Às vésperas da COP30, evento se insere como gesto político e simbólico de reconhecimento do protagonismo indígena nas discussões sobre clima, território e sustentabilidade
De 3 a 10 de novembro, Belém do Pará recebe a conceituação e o lançamento da Bienal Indígena de Arquitetura e Urbanismo — iniciativa construída em diálogo direto com os povos indígenas e que propõe recolocar os saberes ancestrais como força de inovação frente aos desafios do século XXI.
Como parte das atividades preparatórias da conferência climática da ONU que o Brasil sediará em 2025, a Bienal se afirma como um espaço de construção conjunta entre comunidades indígenas, universidades, pesquisadores e instituições culturais. Mais do que uma mostra expositiva, ela se organiza como um processo contínuo de escuta e troca, no qual a arquitetura é entendida como expressão viva do território — uma síntese entre saber técnico, tradição e espiritualidade.
Idealizado pela Escola da Cidade e pelo Instituto A Gente Transforma, o evento é realizado pelo Centro de Estudos das Cidades – Laboratório Arq.Futuro do Insper (Insper Cidades), pela Unesp Proec – Casa da Floresta Unesp Peabiru, pela Associação Casa Floresta e pelo Coletivo Mídia Indígena, com apoio institucional do Ministério dos Povos Indígenas (MPI).
“Neste lançamento da Bienal, queremos mostrar que as práticas de urbanismo indígena não são apenas um resgate cultural, mas uma resposta contemporânea e necessária para vivermos em equilíbrio com o planeta” – Beatriz Vanzolini, coordenadora de ensino do Centro de Estudos das Cidades – Laboratório Arq.Futuro do Insper.
Ao longo de oito dias, a programação se espalhará por diferentes espaços da cidade — entre eles a Casa Maraká, a Casa da Floresta e a Aldeia COP. Estão previstos encontros, oficinas, mostras audiovisuais e rodas de conversa com lideranças indígenas, pesquisadores, estudantes e coletivos culturais. O objetivo é consolidar a Bienal como uma plataforma internacional que conecta arte, arquitetura e meio ambiente, revelando como os saberes indígenas oferecem caminhos concretos para habitar a Terra em harmonia.
Confira a programação:
03/11 – Casa Maraká
14h – Abertura da Reunião de Concepção da Bienal Indígena
04 a 06/11 – Casa Maraká
9h – Oficinas colaborativas + Mostra de curtas Mídia Indígena
07 a 09/11 – Casa da Floresta Unesp Peabiru
9h – Painéis e rodas de conversa
14h – Oficinas colaborativas
10/11 – Aldeia COP
12h – Lançamento simbólico da Bienal Indígena
Evento presencial, gratuito e aberto ao público.
Não é necessária inscrição prévia e não haverá transmissão online.

Fonte: Insper Cidades
