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A BW Expo, Summit e Digital 2020: Waste-to-Energy

A BW Expo, Summit e Digital 2020 apresentou soluções para contribuir com a preservação ambiental e elevou o debate sobre sustentabilidade

 

A BW Expo, Summit e Digital 2020 reuniu, nos dias 17/18/19 de novembro, em ambiente virtual, uma rede de especialistas, profissionais, empresas e representantes de entidades setoriais que atuam diretamente no fornecimento de tecnologias e soluções que reduzem o impacto da construção civil ao meio ambiente. O evento de tecnologias voltadas à sustentabilidade realizou atividades interativas, transmissão ao vivo dos eventos de conteúdo e ações de Relacionamento e de Negócios, compartilhando conhecimentos e ampliando conexões. 

Realizado pela Sobratema, a programação teve mais de 100 horas de conteúdo e contou com a participação de destacados especialistas do Brasil, das Américas, da Europa e da Ásia, além do vice-presidente da República, General Hamilton Mourão, do Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, do Senador Major Olímpio, e do secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos Penido.

A alta qualificação dos palestrantes, a abrangência e a riqueza no qual os temas foram tratados e a relevância dos assuntos propostos foram os principais destaques da programação, ofertada em múltiplas formas e simultaneamente no Palco BW e no Universo BW, abrangendo nove Núcleos Temáticos: Agronegócio Sustentável, Conservação de Recursos Hídricos, Construção Sustentável, Economia Circular, Reciclagem de Resíduos na Construção, Resíduos Sólidos, Transformação Energética – Hidrogênio, Valorização de Áreas Degradadas e Waste-to-Energy. 

 

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BW Expo, Summit e Digital 2020 contou com mais de 100 horas de conteúdo altamente qualificado.

 

A Casa e Mercado participou do evento disponibilizando em ambiente exclusivo algumas de suas edições mais recentes na íntegra, em formato digital, além de vídeos sobre projetos, artigos e matérias especiais com foco em sustentabilidade e tecnologia. Aqui, a CM destaca alguns temas de relevância tratados na programação. Confira o que rolou sobre Waste-to-Energy!

 

 

Waste-to-Energy

O Núcleo Waste-to-Energy esteve em evidência na programação e mostrou a importância desse setor para a conservação do meio ambiente. O curador Yuri Schmitke, presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), ministrou a palestra Saneamento Energético no Brasil: panorama mundial e brasileiro do WTE, no qual reforçou que o Brasil precisa subir a hierarquia da gestão de resíduos sólidos, buscando a reciclagem, a digestão anaeróbia, a compostagem e o tratamento térmico. A grande disponibilidade de recursos somada a capacitação técnica nacional possibilita instalar usinas que favorecerão a geração de emprego e renda. No quesito viabilidade econômica é preciso identificar bem as receitas, ter uma tecnologia comprovadamente testada, garantir a entrega de insumos no longo prazo e buscar uma taxa de retorno equilibrada.

Patrícia Donaine, membro do Grupo de Experts do WtERT Brasil, salientou como os impactos e prejuízos ambientais são incalculáveis e que diversos elementos químicos correm risco de escassez nos próximos 100 menos, o que significa que a busca por uma eficiência melhorada não resolve o problema, é necessária uma mudança completa no sistema, no qual a cultura de consumo e descarte deve passar a ser consumo regenerativo. Nesse sentido, Patrícia se referiu a implantação da economia circular, cuja a premissa é o lixo zero, onde os resíduos deixam de existir, há uma transformação no design do produto e questionamentos sobre os insumos e sua durabilidade. 

Daniel Sindicic, CEO do Grupo LARA, apresentou um dos maiores projetos de usinas de waste-to-energy do mundo, a Usina de Recuperação Energética Mauá, instalada em uma área de 90 mil m², cuja capacidade será de processar 3 mil toneladas de resíduos e gerar até 80 MW de energia. Uma das conquistas da usina é que o fornecimento de componentes, equipamentos e materiais é cerca de 90% nacional. A usina não interfere nas atividades de reciclagem e programas ambientais.

“Hoje, 48% da população reside em uma das 28 regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes. Isso representa um potencial de tratar 97 mil toneladas por dia de resíduo sólido urbano via usinas waste-to-energy (WTE). á nos 35 municípios com mais de 600 mil habitantes, o potencial é de 60,5 mil toneladas/dia”. Esse tratamento resultaria em uma geração de energia de 18,9 TWh por ano nas 28 regiões metropolitanas e 11,75 TWh por ano nos 35 municípios. “Com isso, seria possível chegar a 5% da demanda nacional da energia.” – Yuri Schmitke, presidente da Abren

Trazendo detalhes sobre o financiamento de usinas WTE, Humberto Bizerril Gargiulo, sócio e fundador da Upside Finance, que ressaltou alguns desafios na área e sugeriu a criação de um mercado livre de baixa tensão, que pode ser enquadrado como projeto prioritário, usufruindo de benefícios fiscais. Segundo ele, cenário mercadológico representa outro risco porque ainda é preciso elaborar um marco regulatório com regras mais claras, que garantam 100% de entrega do lixo à usina WTE e a desativação dos lixões e aterros sanitários junto com o cancelamento gradual de suas licenças ambientais. 

O licenciamento ambiental em usinas de recuperação energética também foi tema em pauta. José Mateus Bichara, diretor técnico da Atmosplan Engenharia e Consultoria Ambiental elucidou que a primeira licença (licença prévia – LP) é a mais importante, tendo em vista suas características gerais e por demonstrar a viabilidade ambiental do empreendimento, aprovando sua concepção e sua localização, dentre outros aspectos envolvidos, além de verificar aspectos operacionais e a eficiência dos sistemas. 

 

 

 

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