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Câmara de São Paulo aprova revisão do Plano Diretor que permitirá prédios mais altos na capital

Proposta amplia área em que podem ser construídos prédios sem limite de altura.

 

No último dia 26, A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segundo turno, a revisão do Plano Diretor Estratégico, que deve ampliar a verticalização na cidade. A sessão extraordinária teve início por volta do meio-dia e se estende por quase oito horas. Foram 44 votos favoráveis e 11 contrários.

O texto seguirá para sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Entre a primeira votação, no fim de maio, e a votação final, nesta segunda, o texto passou por mudanças em meio a críticas de urbanistas e associações de bairro, além de negociações entre vereadores e também o Executivo. O projeto propõe mudanças na mais importante lei urbanística municipal, com uma série de regras e incentivos construtivos hoje evidentes na cidade, como os que resultaram na concentração da verticalização perto de metrô, trem e corredor de ônibus, por exemplo, como a possibilidade de construir mais vagas de garagem em áreas próximas às estas áreas.

Entre as principais mudanças aprovadas estão a ampliação da área ao longo dos eixos de transporte coletivo em que podem ser construídos prédios sem limite de altura; a permissão para construir prédios mais altos, desde que uma parte dos apartamentos seja voltado à habitação social.  Outra alteração é a possibilidade de usar parte do fundo municipal voltado para habitação popular e transporte coletivo (Fundurb) para o recapeamento e asfaltamento de ruas.

A proposta aprovada é alvo de críticas de mais de 160 entidades da sociedade civil e grupos de urbanistas, os quais argumentam que o substitutivo descaracteriza o atual Plano Diretor, vigente desde 2014, ao expandir os eixos para áreas nas partes mais internas dos bairros e por outras alterações variadas, como destinar parte do fundo municipal prioritário para habitação e mobilidade ao recapeamento e asfaltamento de vias. O setor das incorporadoras e imobiliário têm se posicionado favoravelmente à verticalização proposta pelo plano e diz que a ampliação das áreas para prédios sem limite de altura é necessária para atrair a população para áreas mais estruturadas da cidade

Diversas emendas foram apresentadas, de autoria de governistas e da oposição, como pela retirada do trecho que dá isenção de ISS a estádios de futebol e pela mudança da regra que veta a autorização de uma vaga de garagem “grátis” para microapartamentos, com menos de 30 metros quadrados. A versão revisada permanecerá ao menos até 2029, quando novas mudanças deverão ser discutidas na Câmara.

 

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Em 2022, São Paulo inaugurou o prédio mais alto da cidade, no bairro Tatuapé.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Exame

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