Energia solar evita 58,6 milhões de toneladas de CO2, e custos de armazenamento com baterias caem significativamente.
Em novembro, a COP 29, conferência anual sobre discussões climáticas da ONU, reuniu líderes de cerca de 200 países e da União Europeia, em Baku, capital do Azerbaijão. O foco foi apresentar soluções que viabilizem práticas sustentáveis, como o fim da emissão de gases do efeito estufa e a adaptação aos impactos da mudança climática. Entre as inúmeras pautas importantes discutidas durante o evento, está o financiamento climático.
A emissão de dióxido de carbono tem um impacto significativo nas mudanças do clima, sendo a energia solar uma das formas mais eficazes de reduzir a produção CO2. No Brasil, cerca de 58 milhões de toneladas de
As casas inteligentes, ambientes equipados com dispositivos conectados à internet e que permitem automação e controle remoto de várias funções são o futuro de uma habitação sustentável. E quando o assunto é autossuficiência residencial, não incluir no projeto a energia fotovoltaica é algo quase improvável. O crescimento do uso de energia solar, e de sistemas de armazenamento inteligentes, no caso as baterias de íon-lítio, apontam para um futuro onde a sustentabilidade e a tecnologia estarão interligadas.
De acordo com o mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), as residências lideram o uso da tecnologia fotovoltaica, com mais de 2,8 milhões de imóveis abastecidos, com 70% do total de unidades consumidoras. A tendência é de mais crescimento no consumo no setor residencial, uma vez que, dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), projetam um aumento médio de 3% ao ano ao longo da próxima década, alcançando 226 TWh em 2034, com uma previsão de 91 milhões de consumidores, que devem utilizar, em média, 202 kWh, por mês.
A energia fotovoltaica representa uma solução atraente e viável para aqueles que buscam reduzir seus custos de energia, aumentar a sustentabilidade e contribuir para um futuro mais sustentável. Ainda segundo a Absolar, como uma fonte de energia limpa, o crescimento do setor fotovoltaico contribuiu para evitar a emissão de aproximadamente 45,5 milhões de toneladas de CO2 na produção de eletricidade. Esse crescimento colocou o Brasil como responsável por 4% da oferta global de energia fotovoltaica em 2023, consolidando o país entre os maiores mercados do mundo. Entre as vantagens do uso de energia fotovoltaica, estão a redução de custos de energia, sustentabilidade, compatibilidade com tecnologia inteligentes e autossuficiência.
Energia fotovoltaica e baterias de íon-lítio
A combinação de energia solar e baterias permite que a residência continue funcionando mesmo em caso de falta de energia da rede, mantendo dispositivos essenciais como sistemas de segurança e iluminação. As baterias de lítio, conhecidas por sua durabilidade e eficiência, têm se mostrado ideais para esse tipo de armazenamento.
Além de aproveitar uma fonte de energia limpa e renovável, o sistema de energia solar e baterias de lítio é responsável pelo armazenamento do excesso de eletricidade durante o dia, o que garante a autonomia dos sistemas de automação, como luzes, termostatos e sistemas de segurança, permitindo que sejam usados até mesmo após o pôr do sol.
As baterias também garantem fornecimento contínuo durante quedas de energia da concessionária, minimizam cobranças extras por picos de consumo em ambientes industriais e comerciais com tensão ≥ 2,3 kV, e otimizam o uso de energia em horários de tarifas elevadas, aproveitando tarifas binômias e brancas. Além disso, maximizam o autoconsumo ao utilizar a geração local sem depender da conexão à rede.
“Com a queda dos custos das baterias e o avanço da energia solar, o Brasil se encontra diante de uma grande oportunidade de transformação do setor energético. A adoção dessas tecnologias pode melhorar a qualidade de vida da população, especialmente em regiões onde o fornecimento de energia enfrenta maiores desafios”, ressalta o diretor geral da Fox ESS no Brasil, Robson Meira.
Regiões como o Norte e o Nordeste do Brasil sofrem com grandes déficits no fornecimento elétrico, que é irregular e sujeito a interrupções frequentes. Em áreas remotas, como na Amazônia e no semiárido nordestino, o acesso à eletricidade é limitado, e os altos custos de geração e transmissão agravam ainda mais o problema. Nessas localidades, a combinação de baterias e sistemas solares apresenta uma solução eficiente e viável para melhorar a oferta de energia.
Fontes: Absolar e Fox ESS no Brasil