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Editoria Olhares lança livro sobre o design moderno brasileiro

Novo livro da Olhares reúne quatro nomes de peso no estudo e na documentação do design moderno brasileiro para investigar uma de suas fronteiras de conhecimento com o livro “Anônimos – móvel moderno brasileiro além dos ícones”

 

Dentre os patrimônios materiais brasileiros, o mobiliário do período moderno se destaca com grande reconhecimento nacional e internacional – e uma série de designers emblemáticos. Entretanto, se esses profissionais se tornaram suas faces mais evidentes, o legado do período vai muito além. Sua intensa atividade de criação, produção, comercialização e consumo incluía dezenas de fábricas e marcenarias de portes diversos, lojas com perfis variados, presença em veículos de mídia, muitos designers independentes e arquitetos que eventualmente projetavam móveis. O livro aborda esse espectro menos reconhecido do design moderno brasileiro, em que figuram móveis de autorias anônimas ou pouco difundidas, buscando debater e dar visibilidade a essa cena mais ampla.

O livro conta com uma vasta iconografia, que inclui um ensaio produzido especialmente por Ruy Teixeira em um galpão histórico do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, e mais cerca de 200 imagens, entre editoriais e publicidades publicados em revistas de época e fotografias recentes de peças do período cedidas por galerias parceiras.

 

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Dividido em três partes, o livro tem início com uma revisão histórica da produção moveleira no Brasil, em texto de Giancarlo Latorraca. Em paralelo ao debate de temas como autoria e reprodutibilidade, Giancarlo e Karen Matsuda contextualizam a inserção local do design moderno e refletem sobre, em que medida, mesmo sendo expressão de um racionalismo global relacionado à simplificação dos modos de morar, ele ganhou, por aqui, características peculiares. Na segunda parte, também assinada por Karen, são repassadas tipologias, características formais e materiais recorrentes da produção em escala que se pretende estabelecer no período, além de suas principais formas de difusão e relação com o público consumidor.

Com autoria de Jayme Vargas, a terceira parte do livro apresenta móveis de dezenas de experiências produtivas da época, de grandes fábricas com histórias mais acessíveis como a Cimo, a Gelli, o Liceu de Artes e Ofícios e a Celina Decorações, a outras sobre as quais praticamente não há informação disponível, identificadas apenas pelo selo em um móvel ou por um anúncio em revista. Por fim, são reunidos exemplares sem qualquer atribuição de procedência disponível. Anônimas?

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