Saiba mais sobre a importância de medir e controlar para alcance de melhorias consistentes na qualidade de produtos e serviços.
Registrar e medir os resultados de uma estratégia ESG é fundamental para o negócio e para eventuais ajustes do plano estratégico e operacional. Lidar com a subjetividade dos aspectos ESG, contudo, ainda é um desafio para a maioria das empresas, como mostrou uma pesquisa produzida pela Grant Thornton Brasil, em parceria com a XP Inc. e a Fundação Dom Cabral. Segundo o estudo com empresas de capital aberto, apenas 21% dos participantes indicaram ter métricas quantificáveis para analisar o desempenho ESG dos aspectos mais relevantes para a organização.
Normas GRI
É fato que a ausência de uma taxonomia ESG global e de uma padronização na classificação de iniciativas de sustentabilidade é um desafio na jornada das empresas. Mas há algumas referências que podem auxiliar as organizações a identificarem os temas relevantes a considerar para seu negócio e definir métricas de gestão e reporte sobre eles.
Entre elas estão as normas da Global Report Initiative (GRI) que, desde 2018, compilam dados para a divulgação pública de informações ESG e seus impactos econômicos, ambientais e sociais. As normas GRI oferecem orientações universais, setoriais e temáticas para a seleção dos indicadores que devem ser monitorados e constar dos relatórios de sustentabilidade.
Segundo Márcia Menezes, diretora de Inovação & Tecnologia no CTE, a empresa pode começar utilizando as “Normas Universais”, divididas em três cadernos verdes (GRI 1, 2 e 3), que trazem orientações básicas e mínimas para a estruturação das métricas e relatórios.
Há, também, as “Normas Setoriais”, criadas para setores com características peculiares Atualmente estão disponíveis os cadernos para empresas de petróleo e gás, carvão, agricultura, aquicultura e pesca. Em breve serão publicados novos cadernos ampliando a gama de setores.
Existem, ainda, as “Normas temáticas”, que apoiam as empresas na seleção dos indicadores relacionados aos seus temas materiais, como energia, água, relações de trabalho, desempenho econômico, diversidade, saúde e segurança.
Além do GRI, outra referência é o WEF-IBC, criado pelo Conselho Internacional de Negócios do Fórum Econômico Mundial. Publicados no relatório Measuring Stakeholder Capitalism, eles consistem em 21 métricas básicas e 34 métricas expandidas, baseadas em quatro pilares: Princípios de Governança, Pessoas, Planeta e Prosperidade.
Vale citar, também, o modelo de prestação de contas da SASB (Sustainability Accounting Standards Board), que estabelece padrões específicos para diferentes setores, identificando questões ambientais, sociais e de governança que podem gerar impactos materiais no desempenho financeiro de uma empresa.
Como utilizar as métricas ESG?
Márcia Menezes explica que os indicadores ESG podem, e devem, variar conforme as características de cada negócio. Por isso, é importante adaptar as métricas à situação específica da empresa ou de seus projetos.
“A medição e a divulgação consistente desses parâmetros podem contribuir para consolidar o posicionamento da empresa como uma organização sustentável e responsável”, diz ela, reforçando que ampliar a cultura de controle sobre os temas ESG é essencial para o crescimento das companhias em um mundo mais consciente.
O CTE vem auxiliando as empresas da cadeia da construção civil, incluindo construtoras e incorporadoras, na implementação do Sistema ESG. Destaque para a Consultoria ESG, oferecida em duas modalidades: Programa em Grupo de Empresas e Consultoria Empresarial Customizada. Confira aqui mais informações.
Fonte: CTE
Imagem: Divulgação/Ilustrativa