Em sua sétima edição, a mostra ocupará nove andares do prédio do P7 Criativo, de 21 de junho a 7 de julho.
Belo Horizonte é lugar de cultura efervescente, berço de criadores de diversas áreas, e obra de arte de outros tantos. Primeira cidade moderna planejada no Brasil, foi fundada em 1897 e, desde então, acumula uma paisagem urbana singular capaz de contar a passagem da história por meio da Arquitetura. Eclético, art déco, neogótico, neoclássico, modernista, pós-modernista, os estilos se completam pelas ruas e vão muito além de nomes bastante conhecidos como o Conjunto Moderno da Pampulha.
O Modernos Eternos apoia e quer fazer parte da requalificação econômica do coração de Belo Horizonte, o hipercentro que reúne parte do patrimônio histórico, arquitetônico e cultural da cidade. E foi pensando nisso que escolheu-se um espaço especial para erguer morada nesta 7ª edição: o prédio do P7 Criativo, um dos marcos da arquitetura moderna, com projeto desenvolvido por Oscar Niemeyer, localizado na Praça 7, ponto de convergência das principais avenidas da capital. Um local cheio de histórias, que vamos contar ao longo deste 2022. O P7 Criativo é a 1ª agência de desenvolvimento criativo do Brasil, gerida pela Federação das Indústrias de Minas Gerais – FIEMG, com a missão de conectar empresas e talentos para gerar negócios inovadores, sustentáveis e transformar a economia de Minas Gerais.
De 21 de junho a 7 de julho, a mostra vai levar ao emblemático endereço o melhor da decoração, em seus pilares de mix&match de peças vintage e contemporâneas, com muita arte e equilíbrio. Em 9 andares do P7, 39 ambientes assinados por 44 profissionais consagrados e jovens talentos e mais de 70 parceiros, entre fornecedores e apoiadores. Como já virou tradição, os eventos paralelos continuam, com a Ação Street – este ano homenageando o nosso copo lagoinha – e as atividades e ações de cultura, moda, história, entretenimento e claro, gastronomia, comandada pelo Chef Leonardo Paixão pelo 5º ano consecutivo.
Cada Modernos Eternos é única e pensada para contar uma nova história a cada detalhe. Histórias de artistas, arquitetos, decoradores, designers, personalidades. Histórias de prédios, volumes, cores, materiais. Histórias que inspiram, projetam e formam a nossa cultura. A 7ª edição da Modernos Eternos tem o patrocínio da Gerdau, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e conta também com o Patrocínio da Prefeitura de Belo Horizonte por meio da Belotur.
Praça Sete
Um dos espaços mais movimentados de Belo Horizonte, a Praça Sete foi desenhada pelo urbanista Aarão Reis no fim do século XIX, no cruzamento entre as principais avenidas da cidade: Afonso Pena e Amazonas. O nome original era Praça Doze de Outubro – em homenagem à provável data da descoberta da América por Cristóvão Colombo – mas ela foi rebatizada, em 1922, para Praça Sete de Setembro, em função das comemorações do centenário da Independência do Brasil.
Também nesse ano, foi lançada a pedra fundamental para a construção do monumento conhecido como Pirulito e que foi inaugurado dois anos depois, em 7 de setembro de 1924. A obra foi uma doação da cidade de Betim, com desenho do arquiteto Antônio Rego e construção do engenheiro Antônio Gonçalves Gravatá. O obelisco de 13,57 metros de altura, composto por 28 peças de cantaria, ficou em seu lugar até 1962, quando o então prefeito Amintas de Barros o substituiu por outro monumento, executado por H. Leão Veloso, com o busto de importantes personalidades da nova capital: Aarão Reis, Afonso Pena, Augusto de Lima e Bias Fortes. A homenagem ao quarteto ilustre ficou no local de 1963 a 1970, e depois foi levada para o Parque
Municipal Américo René Giannetti.
O Pirulito, enquanto isso, foi instalado na Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi, em 1963, e só retornou a seu lugar de origem em 1980, depois de grande mobilização e reivindicação popular. E em 1994, o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte tomba o conjunto urbano da Avenida Afonso Pena, incluindo a Praça Sete e o Obelisco.
Além de sua importância na circulação dos belo-horizontinos, a Praça Sete também é endereço de edifícios importantes para a história da capital mineira. Entre eles, está o Cine Theatro Brasil, que foi inaugurado em 1932, como o primeiro prédio da cidade projetado sob a influência do estilo Art Déco. O estilo arquitetônico abriu caminho para várias outras edificações nas décadas seguintes, o que fez de BH uma das cidades brasileiras referência no Art Déco.
Um marco do Modernismo
Outro importante movimento estético-cultural pelo qual a cidade é muito conhecida, o Modernismo também é presente na Praça Sete, com o prédio do antigo Banco Mineiro de Produção, que depois ficou conhecido como o prédio do Bemge e, em breve, será o polo da economia criativa de Minas Gerais, com a inauguração da sede do P7 Criativo. O edifício foi projetado em 1953 por Oscar Niemeyer e marca o início da arquitetura moderna em arranha-céus na capital mineira.
Com 25 andares e mais de 14 mil metros quadrados de área construída, o prédio representou uma revolução quando foi construído, pelo contraste com a arquitetura muito tradicional dos seus vizinhos de Praça Sete, e também seu grande porte e desenho inovador. Em 2016, o edifício foi tombado como patrimônio arquitetônico, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG.
Desde que foi inaugurado, a primeira grande reforma na construção só ocorreu 50 anos depois, em 1998, quando o estado de conservação foi considerado muito crítico, com o revestimento original bem deteriorado, esquadrias em estado precário e necessitando de limpeza geral. Recentemente, o prédio passou por uma nova restauração completa para abrigar o P7 Criativo.
Quem passa na rua já pode perceber a grande mudança, com brisesoleils novamente pintados de branco, e as vidraças e painéis de tijolos de vidro renovados. Do lado de dentro, foi feita uma recuperação do revestimento em pedra lioz nas paredes da recepção e no hall dos elevadores, e os tacos de madeira peroba originais foram cuidadosamente removidos e restaurados, um a um, para serem reinstalados no terceiro andar. O cuidado da reforma foi tão grande que, para os banheiros, foi necessário encomendar a uma fábrica de azulejos a produção do revestimento branco no tamanho 15 x 15 centímetros, como usado na construção original, e que não mais são encontrados à venda no mercado.
SERVIÇO
MODERNOS ETERNOS 2022
De 21 de junho a 07 de julho
Horários: Terça a sexta, 15h às 22h; Sábado, 13h às 22h e Domingo, 13h às 19h
Edifício P7 Criativo: Rua Rio de Janeiro, 471 – Centro (Praça Sete)
Ingressos: modernoseternosbh.byinti.com/
Informações: modernoseternosbh.com/edicao-2022/ e (31) 97244-2727
Instagram: @modernoseternosbh
ACESSO AO EVENTO
Recomendamos uso de táxi ou aplicativos
Estacionamentos conveniados (valor R$15 – solicite o voucher na bilheteria do evento):
Amazon Park: Av. Amazonas 510
Estacione 1: entrada pelas ruas Espírito Santo 625, Carijós 151 e Bahia 600
Manobrista (valor R$25, pagamento via cartão ou pix): embarque e desembarque na R. Tupinambás 443,
esquina com R. Rio de Janeiro.
Texto e imagem: Divulgação Modernos Eternos BH 2022