Espécies como pinus e eucalipto estão entre as mais procuradas; processos de tratamento e manutenção garantem durabilidade e resistência para diversas aplicações
As madeiras de plantio (também chamadas de madeiras de reflorestamento) oferecem resistência e durabilidade tão boas quanto aquelas de madeiras nativas, além de sua característica inerente de sustentabilidade – motivos pelos quais têm se tornado uma excelente solução na construção civil. A afirmação não é somente um detalhe técnico, mas algo reconhecido pelo mercado.
De acordo com a IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), entidade que representa o setor no Brasil, a indústria de base florestal fechou 2019 com US$ 10,3 bilhões de saldo na balança comercial, segundo melhor resultado dos últimos 10 anos. Atualmente, são cerca de 9 milhões de hectares de árvores plantadas, com espécies como eucalipto, pinus, araucária, paricá e teca.
“Hoje a indústria de preservação de madeiras possui padrões de qualidade que garantem o ótimo desempenho de seus produtos, inclusive para estruturas de edifícios com base em madeira de reflorestamento”, comenta Silvio Lima, gerente comercial da Montana Química, multinacional brasileira especialista em proteção, tratamento e preservação de madeira.
Todos esses benefícios vêm com as vantagens estéticas e de conforto que a madeira oferece. Por exemplo, se antes pensávamos em encontrar a proteção superior contra brocas, cupins e umidade era uma exclusividade de madeiras de matas nativas, o cenário mudou por conta de técnicas e tratamentos aplicados na madeira de plantio. Tanto dentro do processo industrial, quando essas madeiras são submetidas a impregnação de preservativos com funções preventivas contra xilófagos, quanto nas etapas de construção, dentro do canteiro de obras ou nas residências com a utilização de acabamentos com funções preventivas para madeira. Existem hoje no Brasil normas técnicas da ABNT, como a NBR 16.143 (Categorias de Uso), que apoiam os usuários e profissionais do setor para que eles possam fazer as melhores escolhas para seus projetos.
Lima explica que, antes de mais nada, para escolha da melhor madeira a ser utilizada em um projeto, é importante entender qual será a sua condição de uso. “Com essa informação podemos definir qual a melhor madeira, produtos e processos que deverão ser utilizados, conferindo ao projeto a segurança, conforto e qualidade necessários.” O segredo não está apenas no tratamento industrial, mas também na manutenção e no acabamento, com produtos que, além de garantir visual superior às superfícies, também contribuem com a proteção. Com tratamento industrial e manutenção corretos, uma madeira que poderia durar de quatro a cinco anos pode passar a ter uma vida útil de 15 a 20 anos, e dependendo da aplicação, até mesmo 30 anos.
Variedades e melhores aplicações
AROEIRA, MACAÚBA E ITAÚBA – apresentam excelente resistência contra cupins e brocas.
CHAMPANHE, PEROBA IPÊ E TECA – madeiras densas e duradouras, utilizadas quando necessitamos de mais resistência mecânica e contra elementos do clima, como sol e chuva. São boas opções para pilares, decks e outras estruturas, principalmente em ambientes externos. Ipê é uma das variedades mais empregadas.
MAÇARANDUBA E SUCUPIRA – ambas oferecem boa resistência contra umidade. Ideais para ambientes úmidos, nos quais há possibilidade de ataque de fungos à superfície.
GARAPEIRA – oferece facilidade de processamento industrial. Por isso, aceita diversos tipos de acabamento e é atrativa para personalização por parte dos consumidores.
PINUS E EUCALIPTO – espécies mais comuns de madeira tratada industrialmente, acabam reunindo todos os atributos das anteriores, além de preço geralmente mais baixo e sustentabilidade (por serem florestas plantadas, há um ciclo de reposição das árvores que não agride o meio ambiente)
Fonte: Montana Química
Imagens: Divulgação