Nova distribuição e maior integração dos espaços reformula totalmente residência com projeto original de 1960.
Esta residência de 1100m², localizada no coração de um bairro nobre em São Paulo, foi construída pelos avós do atual proprietário, nos anos 60. Antes da reforma promovida pelo arquiteto Guilherme Torres, a casa possuía um estilo neoclássico e apresentava uma planta muito compartimentada. Em total sintonia com as solicitações do morador, um jovem DJ e produtor musical, dono de um estilo despojado e sofisticado, o projeto remodelou completamente a distribuição espacial dos ambientes, abrindo grandes vãos, movendo e criando novas estruturas que transformaram a casa numa obra contemporânea.
Adotando uma paleta de materiais atemporais, a composição dos elementos proporcionou uma estética elegante e de beleza única aos espaços, como os mármores brasileiros brancos contrastando com uma primorosa marcenaria em ébano. O mobiliário foi inteiramente desenhado pelo profissional, que também é designer. Os sofás são revestidos parte em tecido, parte em couro, num sistema modular que permite infinitas combinações, e a mesa de jantar, propositalmente montada com apenas uma cadeira, mantem o clima dramático da decoração. As paredes ebanizadas ocultam portas e espaços como a adega, que é separada do escritório com uma ilha de degustação e por painéis de acrílico que acomodam vinhos, uma paixão do proprietário.
No piso superior, uma generosa suíte de 140m² integra quarto, terraço, closet e banheiros sem divisões formais. Novamente aqui, o mobiliário foi desenvolvido especialmente para estes espaços, que se abrem para painéis metálicos pretos perfurados onde é possível observar as copas das árvores que circundam toda a construção.
“Detalhes minimalistas e paletas de materiais ricos, mas reservados, caracterizam o nosso trabalho. Buscamos priorizar uma residência com espaços amplos e integrados para torná-la contemporânea e adequada ao gosto do proprietário.” – Studio Guilherme Torres
Os painéis criam um forte efeito gráfico “pixelado”, atribuindo certo surrealismo ao projeto que propõe uma marcação forte de mobiliário e faz uso de materiais resistentes, como concreto, mármores brancos e painéis de madeira de ébano – além dos vidros, que amplificam a entrada de ventilação natural em todos os ambientes.
Por Redação
Imagem: Denilson Machado – MCA Estudio