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Soluções de engenharia podem amenizar desastres naturais

Tecnologias da engenharia civil, mecânica e eletrônica podem evitar grandes rupturas em edifícios, potencializando a comunicação e agilizando os planos de evacuação.

 

Nos últimos anos, a quantidade de desastres naturais vem aumentando significativamente em todo o mundo, motivados por enchentes, deslizamentos de encostas e terremotos, como o ocorrido na Turquia e na Síria. Por isso, as ameaças mais recentes exigem formas inovadoras de enfrentamento, o que faz aumentar a demanda por profissionais de engenharia, suas expertises, técnicas e tecnologias agregadas para amenizar os prejuízos à vida humana.

As engenharias têm uma variedade de papéis a desempenhar na mitigação de desastres naturais. Isso inclui desenvolver tecnologias de ponta, construir infraestruturas mais resistentes e atuar nas próprias operações de resgate e reconstrução. A construção civil, por exemplo, pode ser uma das primeiras linhas de defesa para minimizar os danos. Novas estruturas precisam ser resistentes a inundações, terremotos, deslizamentos de terra, furacões e tufões.

“Além dos tradicionais cálculos para as construções, há outras técnicas para fortalecer a construção que podem ajudá-la a resistir os esforços gerados pelos terremotos, como isolar a fundação do prédio com o solo, ou seja, aparelhos de apoio abaixo dos pilares ou fundação que desacoplam a superestrutura de sua fundação”, relata o engenheiro Pedro Henrique Cerento de Lyra, coordenador do curso de Engenharia Civil do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).

“Quando ocorre movimentação do solo, é possível evitar que as vibrações passem para o prédio ou qualquer construção que esteja sendo contemplada com essa técnica”, aponta. O especialista reforça ainda que para cada catástrofe pode ser aplicada uma técnica específica para a construção.

O engenheiro Fernando Malvezzi, professor no curso de Engenharia Mecânica do IMT, ressalta que terremotos causam vibrações nas estruturas dos edifícios e que, quando a frequência da vibração coincide com uma das frequências naturais da estrutura, as oscilações se amplificam, o que pode causar o colapso do edifício.

Uma alternativa para se evitar esse colapso, diz ele, seria o emprego de um absorvedor dinâmico de vibrações, que consiste em uma grande massa ligada à estrutura do edifício por um elemento flexível, possibilitando a oscilação. “A instalação desse sistema altera as frequências naturais da estrutura, de modo que a oscilação é ‘transferida’ para a massa do absorvedor, como acontece no Taipei 101”, conta Malvezzi, sobre o prédio de 101 andares em Taiwan.

 

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Taipei 101 – absorvedor dinâmico de vibrações.

 

Outra solução potencial recente é o 5G, que pode elevar as potencialidades da rede atual e alçar a banda larga móvel a altíssimos padrões de velocidade de conexão e de usuários simultâneos. Para amenizar as catástrofes, as smart cities (cidades inteligentes) também são excelentes opções, incluindo sensores que captam sinais de perigo, como enchentes, tremores ou deslizamentos. Esses sinais são enviados a uma central, onde as informações são utilizadas para a elaboração de planos de fuga com maior rapidez.

“Em uma barragem, por exemplo, esses sensores podem captar fragmentos na estrutura, tremores ou anormalidades que possam levar à sua ruptura”, reforça Ricardo Caranicola Caleffo, professor do curso de Engenharia Eletrônica do IMT.

Segundo ele, essas informações podem ser decisivas para avisar previamente a comunidade local e planejar uma rota de fuga. “No caso de locais onde possa haver terremotos, é possível instalar um sismógrafo, que registra os movimentos do solo”, prossegue. “Esse aparelho traz informações com maior rapidez sobre possíveis vibrações no solo e, com isso, é possível alertar os moradores, para otimizar o tempo de evacuação ou até mesmo durante as operações de resgate”, assinala.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: GC Grandes Construções
Imagem: Divulgação

 

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