WELL: Certificação para SAÚDE e BEM-ESTAR

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Certificação WELL pode ser obtida em qualquer fase do ciclo de vida da edificação

 

A Certificação WELL surgiu em 2014 e é a primeira no mundo voltada exclusivamente sobre a saúde, qualidade de vida e bem-estar das pessoas que utilizam o ambiente construído. Durante a live de estreia da série BW Works, promovida pelo Movimento BW Expo, Summit e Digital, no dia 27 de maio, o engenheiro Eduardo Straub, sócio-proprietário da StraubJunqueira, afirmou que a certificação pode ser obtida em qualquer etapa do ciclo de vida da edificação, uma vez que é possível fazer adaptações no empreendimento construído. Após a primeira certificação, é necessário realizar uma recertificação a cada três anos justamente para verificar se suas características estão sendo mantidas. Como presidente do Comitê de Qualidade do Ar para adaptação da Certificação WELL na América Latina e atuando desde 2009 com as certificações de empreendimentos que buscam selos verdes, Straub comentou sobre os requisitos de desempenho da WELL, que englobam sete categorias: ar, água, alimento, luz, fitness, conforto e mente.

Todo esse processo é responsável por impulsionar o mercado e desafiar os arquitetos e designers a olharem não somente para o meio ambiente, mas também para as particularidades deste ambiente construído que impactam diretamente na saúde e bem-estar dos usuários. Portanto, a importância da certificação WELL é trazer à tona essa necessidade de reinventar os edifícios de forma que o usuário seja colocado em primeiro lugar.

 

“Sem dúvida, é mais fácil incorporar os requisitos da certificação no projeto, mas no Brasil existem dois edifícios construídos que foram adaptados para obtenção da WELL. Mesmo em construção, é possível também conquistá-la. Isso porque ela é uma certificação muito mais voltada à operação” – Eduardo Straub

 

Na avaliação de Straub, a WELL trabalha fortemente o Social da sigla ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa), pois atua diretamente com o stakeholders internos das empresas, ao proporcionar condições adequadas ao ambiente de trabalho. A certificação contribui na implantação de políticas de Recursos Humanos relacionados à saúde e bem-estar dos profissionais, em questões ligadas aos benefícios, suporte ao colaborador e sua família.

Em termos de ambiente, ele trouxe exemplos para melhorar a qualidade do ar, a iluminação, a acústica e utilizar mais elementos naturais no interior dos edifícios. Além disso, a certificação incentiva as empresas a adotarem programas que podem ajudar as pessoas a buscarem novos hábitos saudáveis em sua rotina e a realizar mudanças positivas de comportamento.  “Ao promover um ambiente de trabalho que levem os colaboradores a se sentirem bem resulta em pessoas felizes, seguras e engajadas e como consequência há um aumento de produtividade”, reforçou Straub.

Em termos de valores, uma certificação, em geral,  impacta de 3% a 5% no custo total da construção, conforme calcula Straub. Mas, esse índice pode ser maior ou menor, de acordo com as intervenções no ambiente construído, durante a construção ou no projeto. Outro ponto importante é que a WELL é complementar as certificações verdes, em especial o LEED. “Não se pode tirar nem uma nem outra. Precisamos continuar com foco na sustentabilidade ambiental e, ao mesmo tempo, se preocupar com as pessoas que estão no ambiente construído”, finalizou.

 

O BW Works Well Certification está disponível no site oficial do Movimento BW.

 

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A certificação WELL foi resultado de sete anos de pesquisa, em colaboração com profissionais da saúde e do meio acadêmico. A Certificação foi lançada pelo International WELL Building Institute (IWBI) e administrada em parceria com o órgão certificador Green Building Certification Institute (GBCI), também responsável pela certificação LEED Green Building Rating System.
Esta nova agenda da sustentabilidade agora inclui as pessoas como peça central, a certificação WELL é baseada no monitoramento dos impactos dos empreendimentos na saúde e bem-estar de seus ocupantes. A certificação permite que proprietários e incorporadores projetem espaços que promovam a saúde e bem-estar, bem como o aumento da produtividade e conforto dos usuários baseado em medições periódicas.
O Well possui uma abordagem holística sobre elementos do ambiente construído através de sete conceitos:

  1. Ar
  2. Água
  3. Nutrição
  4. Iluminação
  5. Fitness
  6. Conforto
  7. Mente

 

  1. AR

52% dos empreendimentos apontam (Occupational Safety and Health Administration, 1999) que os problemas relativos a qualidade do ar estão intrinsicamente ligados a ventilação inadequada. Em segundo lugar foi apontado problemas de contaminação interna do ar, com 16%, seguindo por fontes de contaminação externas ou desconhecidas.
A abordagem do WELL é otimizar e alcançar um desempenho superior na qualidade do ar no interior da edificação. Dentre os temas que representam esta categoria estão: o teste de qualidade do ar e seu monitoramento; filtragem e tratamento do ar interno; ventilação mínima necessária para a saúde dos usuários; controle de umidade do ar; seleção de materiais atóxicos; utilizar processo de construção que garantam uma melhor qualidade do ar para os trabalhadores durante a obra, reduzindo a quantidade de particulado em suspensão.

 

  1. ÁGUA

A grande preocupação no requisito de água, não é o consumo, mas sim, a qualidade da água consumida, acesso a água potável e filtragem da água. Uso de cloro e outros produtos para desinfecção; bactérias; sedimentos; quantidade de minerais dissolvidos na água; dureza da água são alguns critérios que devem ser considerados para a atendimento do WELL.

 

  1. NUTRIÇÃO

O WELL incentiva melhorias no habito alimentar através de cultivo de alimentos no empreendimento, respeito a restrições alimentares, local adequado para estoque e preparo de alimentos e pontos para higienização das mãos no empreendimento.

 

  1. ILUMINAÇÃO

Um projeto de iluminação adequado, dimensionamento de aberturas e controle de iluminação podem auxiliar no ritmo circadiano, além de melhorar a produtividade e humor dos usuários.
Os empreendimentos devem ser atentar aos seguintes conceitos para atendimento do WELL:  acesso a iluminação natural; iluminação artificial apropriada para a tarefa; ofuscamento; temperatura de cor.

 

  1. FITNESS

Para o atendimento desta categoria, o empreendimento deve estimular a atividade física. Os requisitos são voltados a incorporar atividades no dia a dia dos usuários, através da inclusão de escadas ergonômicas, projeto exterior agradável e com conexão a infraestrutura local, incluindo ciclovias, se possível.

 

  1. CONFORTO

As estratégias incorporadas no tema Conforto incluem: conforto térmico; acústico; ergonômico; e olfativo, acessibilidade e controlabilidade dos sistemas.

 

  1. MENTE

Os requisitos têm como objetivos melhorar a saúde mental e emocional dos usuários do empreendimento. O projeto deve acomodar espaços que promovam o relaxamento, desenvolver pesquisa de satisfação entre os funcionários sobre a qualidade do ambiente construído.

 

 

 

 

Fonte: BW e GBC Brasil
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EFICIÊNCIA comprovada!

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Conheça as principais certificações ambientais e pelos selos de sustentabilidade para a construção civil.

 

A construção civil é um grande gerador de resíduos e emissor de gases de efeito estufa. Com o objetivo de incentivar mudanças no setor para reduzir os impactos gerados, vários países desenvolveram sistemas de certificação ambiental para edificações. Também conhecidos como “selos verdes”, os selos ambientais tem a função de atestar sustentabilidade e são voltados principalmente para questões relativas a impactos ao meio ambiente e consumo de recursos naturais. Infelizmente, a indústria da construção contribui com uma quantidade significativa de resíduos de obra e demolição, e representam a maior parcela do uso final global de energia e das emissões de CO2 relacionadas à energia. 

Um dos desafios da agenda 2030 — que corresponde ao conjunto de programas, ações e diretrizes que orientarão os trabalhos das Nações Unidas e de seus países membros rumo ao desenvolvimento sustentável — é construir cidades cada vez mais sustentáveis e ambientalmente eficientes. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são metas estabelecidas pela ONU e relacionadas aos principais desafios para o desenvolvimento econômico e social do planeta. Muitas dessas metas estão relacionadas aos impactos causados pelas atividades do mercado de Engenharia e Construção. Incorporadoras e construtoras estão apostando em selos de certificação sustentável como posicionamento de marca, já que traz um viés de qualidade por se tratar de um empreendimento certificado e fortalece a credibilidade, atestando a responsabilidade social e ambiental.

Dentre os principais benefícios alcançados ao construir edifícios verdes é justamente a economia significativa em consumo de energia, aquecimento e refrigeração durante a vida útil do edifício. Certificações valorizam o valor do edifício sustentável, identificando uma propriedade que reduziu as despesas operacionais, aumentando a satisfação do ocupante e apresentando reduções significativas: despesas com resíduos; despesas de energia; despesas de água; despesas de financiamento; custos de manutenção e reparo; custo de seguro; custo de financiamento; taxa de ocupação; rent premium e valor da propriedade. 

“Há anos o SindusCon-SP apoia e incentiva o uso de fontes renováveis alternativas, defende a democratização de geração energética e o consumo racional de água e energia em projetos, edificações e uso final dos empreendimentos imobiliários. Para ser considerada sustentável, uma construção precisar ter olhar para alguns quesitos e pensar em vários aspectos; a escolha dos materiais, a escolha dos sistemas construtivos e, por fim, como será definido o próprio empreendimento.” – SindusCon-SP

Grande desafio ao adotar estratégias de design sustentável tende a ser o custo associado à seleção de materiais e sistemas construtivos que atendam aos critérios do sistema de classificação, e o mercado geralmente não está preparado para todos as estratégias ecológicas determinadas. Equipes operacionais de construções mais sofisticadas também podem não estar preparadas para executar sistemas mais avançados e um treinamento adequado acaba gerando custos ao proprietário. No Brasil, existem diversos sistemas de classificação que atendem a diferentes tipos de projetos ou objetivos e diferem em seu foco e aplicações.  Por meio delas estabelece-se métricas e atinge-se patamares superiores comparado à construções sustentáveis tradicionais. 

 

LEED

Os projetos que buscam a certificação LEED – Leadership in Energy and Environmental Design – são analisados por 8 dimensões. Todas possuem pré-requisitos (práticas obrigatórias) e créditos (recomendações), que a medida que atendidos, garantem pontos à edificação. O nível da certificação é definido, conforme a quantidade de pontos adquiridos, podendo variar de 40 a 110 pontos. Os níveis são: Certificado, Silver, Gold e Platinum. A certificação LEED pode ser aplicada a diversos tipos de projetos, em qualquer fase da construção, incluindo novas construções, reformas, operação e manutenção. As tipologias variam entre: BD+C (Novas Construções), ID+C (Design de Interiores), O+M (Edifícios Existentes) e ND (Bairros). Avaliando um empreendimento em diversas categorias, é o selo ecológico com maior reconhecimento a nível internacional, sendo adotado nos cinco continentes.

Para obter a certificação LEED é preciso que o projeto esteja registrado junto ao USGBC. No Brasil, quem fornece essa certificação, adaptada de acordo com as condições e realidade do país, é o GBC – Green Building Council Brasil, dentre outras certificações. 

“Nossa missão é transformar a indústria da construção civil e a cultura da sociedade em direção à sustentabilidade, utilizando as forças de mercado para conduzir a adoção de práticas de green building em um processo integrado, contribuindo para garantir o equilíbrio entre desenvolvimento econômico, impactos socioambientais e uso de recursos naturais.” – Green Building Council Brasil.

AQUA-HQA

O selo foi desenvolvido a partir da certificação francesa Démarche HQE (Haute Qualité Environnementale) e aplicado no Brasil exclusivamente pela Fundação Vanzolini. Avalia o desempenho ambiental de uma construção por sua natureza arquitetônica e técnica, bem como pela gestão de projeto, e estrutura-se em dois instrumentos principais: o Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE) e o referencial de Qualidade Ambiental do Edifício (QAE). As fases analisadas são programa, concepção, realização da obra e uso do edifício. O desempenho associado pode ser Bom, Superior ou Excelente. São emitidos 6 tipos de certificação: Edifícios Habitacionais; Escritórios e Edifícios Escolares; Renovação; Hospedagem, Lazer, Bem Estar, Eventos e Cultura; Bairros e Loteamentos e os benefícios de um empreendimento com o selo AQUA são os seguintes: a qualidade de vida do seu usuário, a economia de água, a energia elétrica, a disposição de resíduos e respetiva manutenção e a contribuição para o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental da localização em que se insere.

 

WELL

A certificação ambiental WELL é o primeiro que se foca na saúde e no bem-estar dos usuários, sendo um complemento e uma alternativa às outras certificações ambientais. Criado pelo International Well Building Institute em 2015 parte da premissa de que o maior custo de uma edificação comercial são das pessoas que as habitam. Em três níveis de certificação, Prata, Ouro e Platina, a classificação final é calculada a partir de 102 características descritivas, divididas em sete áreas de avaliação, como o ar, água, alimentação, iluminação, saúde física, conforto e mente.

 

PROCEL

PROCEL Edifica é um selo ambiental desenvolvido pela ELETROBRAS/PROCEL, dirigido a edifícios comerciais de serviços ou públicos e residenciais, com o objetivo de promover a eficiência energética e é uma das certificações ambientais que classifica o desempenho da construção. São incentivados projetos que estimulem e aproveitem a iluminação e ventilação natural dos edifícios, na busca por combater o desperdício, assim como reduzir custos e os investimentos setoriais. O Selo Procel Edificações é outorgado tanto na etapa de projeto, válido até a finalização da obra, quanto na etapa da edificação construído, sendo avaliados três sistemas: envoltória, iluminação e condicionamento de ar.

 

SELO CASA AZUL

O Selo Casa Azul é uma classificação socioambiental dos projetos habitacionais financiados pela Caixa Econômica Federal. Foi o primeiro sistema de certificação criado para a realidade da construção habitacional brasileira e é um instrumento de classificação destinado a propostas de empreendimentos que adotem soluções eficientes na concepção, execução, uso, ocupação e manutenção das edificações. São elegíveis projetos novos em fase de análise ou já analisados e contratados, desde que a obra ainda não tenha sido iniciada.

 

BREEAM

BREEAM são as iniciais de Building Research Establishment Environmental Assessment Method, um selo de certificação ambiental de edifícios criado em 1990 com base em critérios relacionados com o bem-estar ambiental, aos quais atribui uma pontuação que varia entre os resultados de aprovação, como: Bom, Muito bom, Ótimo e Excelente. Sendo a principal certificação ambiental de edifícios utilizada no Reino Unido atualmente está disseminado nos cinco continentes e avalia todas as fases do empreendimento de construção, considerando o consumo de menos energia e água, a contaminação resultante do empreendimento, os materiais utilizados, a saúde e o bem-estar de todos os envolvidos direta e indiretamente, o transporte, a gestão de resíduos, o uso do terreno e a também a inovação empregada.

 

EDGE

A certificação Edge – Excellence in Design for Greater Efficiencies – é uma certificação para edifícios sustentáveis, focada em questões que mais causam impacto ambiental na construção civil, considerando 3 categorias: consumo de energia, consumo de água e na energia incorporada nos materiais. Presente em 150 países, ele certifica 6 tipologias de projeto e tem como objetivo incentivar a prática sustentável em empreendimentos de países emergentes. O EDGE é composto por um software que roda em uma plataforma web, uma norma, e um sistema de certificação de sustentabilidade e pode ser acessado gratuitamente, permitindo a avaliação de um projeto de construção de acordo com uma linha de base, apropriada e calibrada ao país em questão. Mais simplificado, o sistema eliminou o comissionamento de gestão de resíduos, de obra, de controle de erosão e poluição durante o período da construção e possui uma ferramenta online onde é possível imputar dados relativos à eficiência energética e hídrica, como orientação solar de vidro, brise, materiais de cobertura e fachada, desempenho de sistemas de ar condicionado, impactos no consumo de água, e assim por diante. Para que você obtenha a certificação, precisa ter minimamente um desempenho em 20% menor de energia, 20% melhor em consumo de água e 20% a menos de energia incorporada nos materiais, em comparação com um edifício referência de mesma localidade, no caso do Brasil. 

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Mas boas práticas vão além da certificação! Não adianta só se falar em economia de energia e de água se o empreendimento não preenche todos os requisitos básicos desde a sua concepção, e para isso é preciso pensar na certificação desde o projeto em um contexto geral e não só em alguns itens. É antecipar soluções que evitem a criação de um problema e não lidar com ele quando já existente, e incentivar a adoção de práticas que contribuam ao real valor de se aplicar a sustentabilidade na construção civil. O reconhecimento por meio das certificações deixam claro quais são as especificidades necessárias no quesito ecológico. A certificação ambiental atesta que as construções são saudáveis para o meio ambiente, com critérios sustentáveis para os edifícios, uma vez que eles são os grandes consumidores dos recursos naturais.

A CM buscou maiores informações sobre processos com o CTE – Centro de Tecnologia de Edificações, uma empresa de consultoria e gerenciamento especializada em qualidade, tecnologia, gestão, sustentabilidade e inovação para o setor da construção atuando de forma integrada em 8 áreas.  

Dentre as valorizações já citadas, a implantação de boas práticas de governança tem sido primordial. Para as empresas, aderir aos padrões ESG – Environmental, Social and Governance, é uma oportunidade de buscar sustentabilidade a longo prazo, conquistar mais eficiência nas operações e elevar a resiliência durante crises. Estratégias ESG estão deixando de ser uma tendência para virar algo mandatório. “Ao implantar o sistema é preciso considerar aspectos como mudanças climáticas, gestão da água e da energia, riscos ambientais, qualidade urbana e uso do solo, entre outros pontos. No âmbito social, as empresas precisam estar atentas a aspectos como direitos humanos, relações de trabalho, diversidade e equidade, além de relações com a comunidade. Na dimensão da governança, por sua vez, são trabalhados temas como estrutura de compliance, gestão de crises e planos de contingência, segurança e proteção de dados, etc.” – explica Roberto de Souza, CEO do CTE.  

“Uma adesão bem-sucedida ao Sistema ESG requer condução da alta administração das empresas, consolidada em um documento de referência, com o detalhamento das diretrizes, requisitos e indicadores. A partir desse referencial, podemos estabelecer padrões e ferramentas de controle para garantir a implementação do ESG, a identificação de não conformidades e a adoção de ações corretivas, preventivas e de melhoria.”-  CTE

 

 

 

 

 

 

 

Por Redação
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Caderno de legislação ambiental disponível para download!

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Colaboração do CAU/SP em legislação ambiental já está disponível para download gratuito.

 

 

Referência para compreensão das questões ambientais no Brasil, o livro “Instrumentos de Planejamento, Licenciamento e Gestão Ambiental no Estado de São Paulo” foi lançado no dia 30/11, e está disponível gratuitamente no site do CAU/SP.

Esta edição (2019) é uma iniciativa da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) em parceria com a autarquia, por meio da Comissão Temporária para Sistematização da Legislação Ambiental do CAU/SP 2020.

 

“Passamos para a próxima etapa, da ampla divulgação, para fazer chegar aos quase 60 mil arquitetos do Estado de São Paulo, às empresas, as mais de 10 mil empresas registradas no CAU, que terão esse material para poder usar como referência para sua atividade do dia a dia.” –  José Roberto Geraldine Junio, presidente do CAU/SP.

 

O livro compila a legislação aplicada e os instrumentos de planejamento, licenciamento e gestão ambiental no Estado. É dividido em três grandes blocos temáticos: planejamento e políticas públicas; licenciamento ambiental; e estrutura de gestão do sistema ambiental e de infraestrutura.

 

“Foram cinco anos de trabalho, que os arquitetos dedicaram a produzir um instrumento ambicioso, para que possamos ter informações homologadas pelo Sistema Ambiental de São Paulo, para que profissionais arquitetos, engenheiros e demais projetistas do território pudessem ter um instrumento poderoso para a qualidade dos nossos trabalhos.” – Eduardo Trani, subsecretário de Meio Ambiente.

 

Confira a íntegra do livro

Instrumentos de Planejamento, Licenciamento e Gestão Ambiental no Estado de São Paulo – Edição 2019

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: CAU/SP.
Imagem: Ilustrativa

 

CERTIFICAÇÕES ambientais na Construção Civil

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Saiba um pouco mais sobre os principais sistemas usados no Brasil para avaliar edificações e gerar certificação Green Building.

 

A construção civil é um grande gerador de resíduos e emissor de gases de efeito estufa. Com o objetivo de incentivar mudanças no setor da construção civil para adequação às agendas de sustentabilidade, vários países desenvolveram sistemas de certificação ambiental para edificações. Também conhecidas como como selos verdes, as ferramentas são voltadas principalmente para questões relativas a impactos ao meio ambiente e consumo de recursos naturais.

De acordo com o Relatório Global de Status da ONU para edifícios e construção, a construção e as operações de construção representaram a maior parcela do uso final global de energia e das emissões de CO2 relacionadas à energia. Além disso, a indústria da construção contribui com uma quantidade significativa de resíduos. Embora os programas de reciclagem ajudem a reduzir o desperdício que acaba nos aterros, os resíduos de construção e demolição ainda são significativos.

 

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Projetada pelo escritório Perkins and Will, Centro de Pesquisa e Inovação da L’Oréal Brasil é o único do Rio de Janeiro a obter a certificação LEED Platinum O+M, para edifícios existentes – Operação e Manutenção.

 

Um dos principais benefícios alcançados ao construir edifícios verdes é a economia significativa em consumo de energia, aquecimento e refrigeração durante a vida útil do edifício. A Certificação Green Building pode ainda valorizar o valor do edifício sustentável, pois apresentam reduções significativas: despesas com resíduos; despesas de energia; despesas de água; despesas de financiamento; custos de manutenção e reparo; custo de seguro; custo de financiamento; taxa de ocupação; rent premium e valor da propriedade.

O maior desafio ao adotar estratégias de design sustentável tende a ser o custo associado à seleção de materiais e sistemas de construção que atendem aos critérios do sistema de classificação. Para compensar isso, cidades de diversos países desenvolveram códigos ou outra legislação que exigem estratégias ecológicas, com critérios de desempenho energético, podendo ou não exigir o uso de determinado sistema de classificação.

No Brasil, os sistemas mais usados para avaliar as edificações são o LEED, o Processo AQUA e os Selos Casa Azul e Procel Edificações, confira a seguir:

 

 

LEED ®

significa Liderança em Energia e Design Ambiental e é um dos principais sistemas de classificação de sustentabilidade. Embora a maioria dos projetos com certificação LEED esteja nos Estados Unidos, o programa também é bem conhecido internacionalmente. O sistema de classificação LEED começou em 1998 como um programa piloto e cresceu para certificar dezenas de milhares de projetos. No Brasil, a certificação doi lançada em 2007.

Os projetos que buscam a certificação LEED são analisados por oito dimensões. Todas possuem pré-requisitos (práticas obrigatórias) e créditos (recomendações) que a medida que atendidos, garantem pontos à edificação. O nível da certificação é definido, conforme a quantidade de pontos adquiridos, podendo variar de 40 pontos a 110 pontos. Os níveis são: Certificado, Silver, Gold e Platinum.

 

Processo Aqua

Alta Qualidade Ambiental é definida como sendo um processo de gestão de projeto visando obter a qualidade ambiental de um empreendimento novo ou envolvendo uma reabilitação.O Processo AQUA avalia o desempenho ambiental de uma construção por sua natureza arquitetônica e técnica, bem como pela gestão. Estrutura-se em dois instrumentos principais: o Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE) e o referencial de Qualidade Ambiental do Edifício (QAE). Na visão deste selo, a gestão da edificação, permite definir as vertentes de projeto que irão atingir e manter os níveis de qualidade ambiental.

Na metodologia do AQUA verifica-se catorze categorias, ou conjuntos de preocupações, que são agrupadas em quatro famílias.As fases analisadas são a do programa de necessidades, a de projeto e a de construção. Os níveis que uma edificação pode obter pelo Processo AQUA são relacionados à Qualidade Ambiental do Edifício. O desempenho associado pode ser Bom, Superior ou Excelente. São emitidos 6 tipos de certificação: Edifícios Habitacionais; Escritórios e Edifícios Escolares; Renovação; Hospedagem, Lazer, Bem Estar, Eventos e Cultura; Bairros e Loteamentos.

 

Selo Casa Azul

Classificação socioambiental destinado a propostas de empreendimentos habitacionais que adotem soluções eficientes na concepção, execução, uso, ocupação e manutenção das edificações. São elegíveis projetos novos em fase de análise ou já analisados e contratados, desde que a obra ainda não tenha sido iniciada. Caso o projeto atenda aos critérios exigidos, o proponente recebe o certificado de concessão do Selo Casa Azul + CAIXA no nível alcançado no ato da contratação e a Caixa verificará durante o acompanhamento da obra se o empreendimento será executado conforme o projeto certificado.

O Selo Casa Azul foi o primeiro sistema de certificação criado para a realidade da construção habitacional brasileira. Foi desenvolvido em 2008 por uma equipe multidisciplinar em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade Estadual de Campinas.

 

Selo Procel Edificações

Tem por objetivo principal identificar as edificações que apresentem as melhores classificações de eficiência energética em uma dada categoria, motivando o mercado consumidor a adquirir e utilizar imóveis mais eficientes. Este é um setor de extrema importância no mercado de energia elétrica, representando cerca de 50% do consumo de eletricidade do país.

Nos edifícios comerciais, de serviços e públicos são avaliados três sistemas: envoltória, iluminação e condicionamento de ar. Nas Unidades Habitacionais são avaliados: a envoltória e o sistema de aquecimento de água. O Selo Procel Edificações é outorgado tanto na etapa de projeto, válido até a finalização da obra, quanto na etapa da edificação construída.

 

 

 

 

 

 

Fonte: ARQ+ Smart Construction
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Capa: Projeto de Manoel Coelho Arquitetura e Design – Colégio Positivo Internacional, Primeiro edifício de ensino no Brasil a receber a certificação ambiental LEED. Fotografia de Nelson Kon.
Matéria: Divulgação.