Maximizando os jardins

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Em conexão íntima e constante com a natureza, residência conta com decks externos e recebe luz natural em abundância

 

Um casal que amava o lugar onde vivia há muitos anos, no Itanhangá, no Rio de Janeiro, deseja uma nova residência, mais simples, prática, sem excessos, com muita beleza e um jardim generoso.  O estudo inicial do projeto, assinado pelo escritório be.bo, considerava a construção da casa em CLT (Cross Laminated Timber), onde acabamento e estrutura se integrariam, mas os clientes, preocupados com a durabilidade e manutenção, optaram por uma obra tradicional, mantendo o resultado estético previsto.

A disposição linear da construção, posicionada ao longo do limite longitudinal do terreno, foi planejada para favorecer a entrada principal por um caminho verdejante, maximizando os jardins e preservando quase todas as árvores existentes.  O acesso para os carros e as áreas de serviço foram posicionadas na parte frontal do terreno, enquanto os espaços íntimos ficaram ao fundo. No encontro entre esses espaços, está a sala de jantar aberta, celebrando o desejo dos clientes de comer ao ar livre.

 

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No encontro entre espaços, está a sala de jantar aberta, celebrando o desejo dos clientes de comer ao ar livre. Claraboias permitem que o céu se torne parte integrante do dia a dia. A residência recebe luz natural em abundância e interage harmoniosamente com os jardins. Fotografia: Leonardo Costa.

 

A linearidade se apresenta também na circulação interna responsável pelo acesso a todos os cômodos, com um ritmo marcado pelos montantes intercalados com vidros e seguidos em toda a extensão por um longo banco. A casa de 310 m² de área construída recebe luz natural em abundância e interage harmoniosamente com os jardins, o que garante a experiência de um morar deliciosamente ventilado e solar, algo desejado pelos moradores.

 

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A linearidade se apresenta também na circulação interna, com um ritmo marcado pelos montantes intercalados com vidros e seguidos em toda a extensão por um longo banco. Fotografia: Leonardo Costa.

 

Cada ambiente conta com decks externos que promovem uma conexão íntima e constante com a natureza, e claraboias posicionadas na sala de jantar e banheiros permitem que o céu se torne parte integrante do dia a dia.

 

 

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Os decks externos reforçam a uma conexão com o entorno. Fotografia: Leonardo Costa.

 

Ripas de concreto que imitam tábuas de madeira carbonizadas foram aplicadas na fachada e, para conservar o mesmo contraste acolhedor, algumas paredes internas foram revestidas com chapas de compensado naval de pinus.  Os toques de cor ficaram reservados aos elementos decorativos de total curadoria do cliente.

 

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Ripas de concreto que imitam tábuas de madeira carbonizadas foram aplicadas na fachada. Na visita ao terreno, uma grande surpresa: a posição escolhida da casa trazia com ela um enqua¬dramento perfeito da Pedra da Gávea, um deleite para os olhos dos moradores. Fotografia: Leonardo Costa.

 

 

Top of Mind Casa e Mercado 2024

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Casa e Mercado registra as marcas mais lembradas por arquitetos e designers de interiores em 2024

 

Em face de significativas alterações no comportamento de compra por parte dos consumidores, percebe-se, já neste início de era digital, certa indiferença quanto à escolha de marcas. Os motivos são vários: diversidade de produtos similares, a não percepção dos diferenciais das marcas, falta de informações sobre tecnologias disponíveis e inovações. Em ambiente de comoditização, onde produtos tornam-se massificados e não diferenciados, a priorização por parte do consumidor são o preço e a entrega rápida. Zero fidelidade, quando as marcas não criam vínculos com os consumidores.

Daí o objetivo da pesquisa anual exclusiva para Casa e Mercado continuar o mesmo: identificar as marcas do setor mais lembradas por arquitetos e designers de interiores, especificadores capacitados para as melhores escolhas em seus projetos.  Este ano, foi realizada pela Yes Pesquisas, abrangendo 60 categorias.

Metodologia quantitativa, por meio de abordagem telefônica e questionário estruturado, a pesquisa, desta vez, for realizada com 20 minutos em média de duração, a partir da pergunta, simples e objetiva, “Qual a primeira marca que lhe vem à cabeça quando se fala em…?”. Com nível de confiabilidade de 95%, são registradas, assim, por vezes, mais de uma marca contemplada em uma mesma categoria, em face da proximidade de percentuais constatados.

O Top of Mind Casa e Mercado, pode-se dizer, acaba por premiar estratégias em branding junto ao público especificador da arquitetura e do design de interiores.  Comunicação, engajamento e comprometimento das marcas são os diferencias que as destacam no mercado e na memória afetiva dos profissionais” – Náiade Nunes, Editora Executiva de Casa e Mercado.

O evento de premiação do Top of Mind Casa e Mercado 2024 foi realizado em novembro de 2024 e contou com os patrocínios de RINNAI e ZETAFLEX e apoio de BRETON, HUNTER DOUGLAS, SILIGRAM e STACCATO. Confira abaixo a pesquisa na íntegra e as marcas destacadas!

 

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ABUP SHOW Home 2025

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Celebrando 30 anos de trajetória, feira abre o calendário 2025 e apresenta lançamentos de utilidades domésticas, decoração e mesa posta

 

A ABUP – Associação Brasileira de Empresas de Utilidades e Presentes abre o oficialmente o calendário de negócios no setor de casa com a realização do evento, que contará com mais de 300 expositores de todo o país, que ocuparão os 70 mil m² do recém-inaugurado Distrito Anhembi, na capital paulista. Já estão confirmadas as participações de grandes empresas como 6f Decorações, Casa Bonita, Corttex, Grupo Brinox, Imeltron, Invicta, Karsten, Mcassab, Nadir, Oxford, Plasútil, Sanremo, Tramontina, Riva, entre muitas outras.

Com o novo formato de feira que conectará todos os segmentos em um mesmo local, o evento também marcará o início das celebrações do aniversário de 30 anos da ABUP. Diante de um mundo pujante e repleto de mudanças, o marco das três décadas inspirou a associação a realizar o rebranding da marca. Com a assinatura “Conectando talentos com sucesso”, a mensagem robustece o compromisso a que se propõe: ser o elo que conecta seus associados – fabricantes, importadores, distribuidores, designers e artesãos –, com lojistas e profissionais da área.

“Nosso desígnio sempre foi o de fomentar as negociações B2B dos nossos associados. Muito mais que realizar as feiras que se efetivaram como uma vitrine que revela as tendências para toda a casa, carregamos a expertise de unir e valorizar essas pontas tão importantes do mercado” – Jamil Rima, presidente da ABUP.

Com um mercado aquecido e que segue em ascensão, a ABUP vê boas perspectivas de crescimento. Em geral, o brasileiro segue ávido por viver novas experiências e está sempre em busca de novos itens que facilitem a vida cotidiana e que ativem a satisfação e bem-estar.

Com foco no B2B, as inscrições para profissionais do setor e imprensa podem ser feitas através do site: https://bit.ly/AbupShowPress

 

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Produtos que estarão presentes na feira das empresas Bella Vita, Bella Janela, Oxford, Cortbrás e Brinox / Divulgação ABUP.

 

Serviço

ABUP SHOW Home · Gift · Têxtil · Décor
De 2 a 4 de fevereiro, das 9h às 19h.
Dia 5 de fevereiro, das 9h às 17h.
Local: Distrito Anhembi – Av. Olavo Fontoura, 1209 – Santana / São Paulo – SP

 

 

Coletivo de design Nawa cria um avanço na impressão 3D

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Resistente à água e ideal para aplicações decorativas e arquitetônicas, solução criativa lida com as cerca de 1 milhão de toneladas de caroços de tâmaras produzidas anualmente

 

A sustentabilidade nunca esteve tão em evidência como nos últimos anos. Com a crescente conscientização sobre os impactos das mudanças climáticas e a necessidade urgente de reduzir as emissões de carbono, cientistas, engenheiros e designers de diferentes continentes unem forças para reinventar materiais tradicionais, buscando alternativas que combinam funcionalidade, estética e que tenham um impacto ambiental reduzido.

As inovações na impressão 3D continuam a abrir caminho para alternativas sustentáveis na fabricação. Um desses avanços foi apresentado no ano passado na Dutch Design Week, um importante evento de design de nove dias focado no futuro do design, com forte ênfase na experimentação, inovação e cross-overs.

O coletivo de design Nawa, de Omã, criou um filamento ecológico para impressão 3D usando sementes de tâmaras desperdiçadas. Chamado RePit, uma brincadeira com a palavra ‘repetir’, o material composto foi projetado para oferecer uma alternativa mais sustentável aos filamentos termoplásticos tradicionalmente usados por impressoras 3D e impulsiona uma indústria mais verde no seguimento.

 

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Para fabricar o material sustentável, a equipe da Nawa obtém sementes de tâmaras de suas fazendas em Omã durante a temporada de colheita de Al Qaidh. As sementes residuais de tâmaras são então trituradas e misturadas com argila natural de Omã e fibras de palma que, juntas, formam uma variação de uma argamassa de cal tradicional resistente à água conhecida como Sarooj. Este antigo composto tem sido usado em Omã para construção há séculos e seu uso destaca o alinhamento do projeto com o patrimônio local e o design sustentável.

 

 

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Na Dutch Design Week, Nawa trouxe o RePit apresentando 15 ladrilhos de design intrincado com padrões inspirados nas dunas de areia de Omã. Os ladrilhos foram impressos em 3D, queimados e esmaltados da mesma forma que qualquer outra cerâmica.

 

A inovação pode desempenhar um papel fundamental na redução da dependência da indústria de plásticos e na promoção de práticas ambientalmente responsáveis. Isso ocorre porque a substituição do plástico por compósitos de sementes de tâmaras pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa, apoiar uma economia circular e desviar toneladas de resíduos dos aterros sanitários.

À medida que trabalham para refinar e expandir essa tecnologia de filamento sem plástico, a Nawa está estabelecendo um precedente inspirador para materiais sustentáveis na indústria de impressão 3D. Além disso, o uso inovador de sementes de tâmaras reflete a tradição árabe de hospitalidade, onde as tâmaras simbolizam generosidade e posiciona p coletivo na vanguarda do design sustentável.

 

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Fonte: Arivaa
Imagens: Divulgação Nawa

O Futuro da Agricultura Urbana

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Vertical farming não é apenas uma tendência, mas uma necessidade em um mundo que busca soluções sustentáveis e urbanas para a segurança alimentar

 

A vertical farming, ou agricultura vertical, está transformando a maneira como produzimos alimentos, combinando eficiência tecnológica e sustentabilidade. Em 2025, essa prática avança significativamente, com inovações que prometem enfrentar os desafios da produção agrícola tradicional em um mundo em rápida urbanização e sujeito a mudanças climáticas.

Automação e IA: O Pilar da Eficiência

As tecnologias de automação e inteligência artificial (IA) estão otimizando os sistemas de cultivo vertical. Sensores avançados, drones e robôs estão sendo integrados para monitorar o crescimento das plantas em tempo real, ajustando automaticamente fatores como iluminação, irrigação e nutrição. Isso não só melhora a eficiência energética, mas também aumenta a produtividade, reduzindo o desperdício de recurso.

Sistemas de Iluminação e Economia de Energia

Avanços em LED de espectro completo estão permitindo o crescimento de culturas além das folhas verdes tradicionais, incluindo tomates e morangos. Essas soluções reduzem significativamente o consumo de energia em comparação com tecnologias mais antigas, tornando a vertical farming uma alternativa economicamente viável, mesmo em regiões onde a energia é mais cara. Sistemas que combinam aquaponia (cultivo de plantas e peixes em simbiose) e hidroponia (cultivo em soluções líquidas de nutrientes) estão ganhando espaço. Esses métodos reduzem a necessidade de solo e consomem até 90% menos água em comparação com a agricultura convencional, oferecendo uma solução sustentável e adaptável a áreas urbanas densas.

Expansão Global

Regiões como a América do Norte, Europa do Norte e o Golfo estão liderando o crescimento do setor, impulsionadas por políticas públicas favoráveis, redução de custos de energia e a necessidade de sistemas resilientes às mudanças climáticas. Grandes projetos estão se consolidando nesses locais, aproveitando infraestrutura moderna e incentivo à produção local​.

Desafios e Perspectivas

Embora as perspectivas sejam promissoras, os desafios persistem. O custo inicial elevado e a necessidade de demonstrar viabilidade econômica e escalabilidade ainda limitam a adoção massiva. Contudo, investimentos crescentes e a colaboração entre empresas, governos e acadêmicos estão impulsionando o setor, tornando a tecnologia mais acessível e confiável.

 

 

 

 

 

 

 

Texto: UGREEN Brasil
Imagem: Divulgação/Eden Green

Do olhar à pele

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A tendência do design sensorial cresceu após a pandemia e pode ser executada pela variação de materiais e texturas

 

O senso comum, muitas vezes, faz com que o conceito de design se limite ao prazer estético que um ambiente ou produto podem proporcionar. Porém, o desenvolvimento de projetos pode explorar outras possibilidades associadas aos demais sentidos do corpo humano. Um revestimento, por exemplo, pode não apenas ser visualmente agradável, mas também proporcionar sensações por meio do toque, da temperatura e até mesmo do olfato.

O trabalho com os sentidos é o que se convenciona chamar de Design Sensorial, uma tendência que vem ganhando destaque no ramo de arquitetura e interiores, especialmente após a pandemia – período em que o isolamento social levou as pessoas a transformarem suas casas em verdadeiros refúgios de acolhimento emocional. Contudo, a demanda não é necessariamente nova, ainda que a demanda dos clientes não utilizasse tal denominação para explicar o que precisava.

De acordo com o designer de interiores Fabio Galeazzo – que desenvolveu o revestimento Color da marca de pisos de madeira Akafloor –, o design sensorial nem sempre é uma solicitação direta dos clientes. “Muitas vezes, as demandas aparecem de forma subjetiva, derivadas de memórias afetivas que eles não conseguem articular com clareza”. Para o profissional, contudo, é fundamental que os designers utilizem os princípios do design sensorial em seus projetos. “Ao provocar os sentidos, criamos uma conexão mais profunda entre as pessoas e o espaço, considerando também o aspecto cognitivo dessa interação”, explica.

O uso de materiais naturais é o mais recorrente na promoção da sensorialidade em projetos. Madeiras, tecidos naturais, pedras variadas e plantas cumprem a função de estimular os sentidos por meio das texturas, dos visuais e até dos aromas. “A biofilia, por exemplo, é uma presença constante, conectando o interior ao exterior com a suavidade das plantas e a organicidade das formas naturais”, explica o arquiteto e designer de interiores Jorge Elmor. Para o profissional, a iluminação tem também um papel essencial. “Não apenas para clarear, mas para contar histórias ao longo do dia, mudando a atmosfera conforme a luz toca os materiais”.

 

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A tonalidade vivaz do revestimento Oriba, da linha Color, confere uma essência jovial e descolada ao ambiente. Fotografia: Divulgação.

 

Deivid de Almeida, designer que desenvolveu a coleção Raízes para a marca de móveis Ancezki, explica que seu estilo pessoal envolve processos afetivos, e por isso o design sensorial surge de forma natural e intuitiva. “No meu ponto de vista, podemos ter ambientes sensoriais e produtos sensoriais, mas o auge só é atingido quando existe perfeita harmonia entre os dois. Claro que com uma iluminação adequada e a pintura das paredes favorecendo já se pode colher grandes benefícios. Agora, se somarmos cheiro agradável, música com frequência favorável e mobília confortável, podemos até transportar um ser humano a outros lugares, só pelos sentidos”, pondera.

A relação de Deivid com o design sensorial se deu, principalmente, por uma questão pessoal. “Sou pai de autista, portanto a sensorialidade tem um peso muito alto e é coisa séria. Após a paternidade, consegui distinguir claramente casa de lar e é aí que tudo começa a fazer sentido. Antes, esse assunto não era relevante para mim. Pensamos que é sobre matéria, mas no final é sempre sobre o indivíduo e o meio que ele vive”, conclui.

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A cadeira Raízes contêm linhas, composição de materiais e técnicas de produção que remetem ao aprendizado de Deivid desde o seu início como designer. A linha explora a leveza, o conforto, a ergonomia e a atemporalidade. Fotografia: Moresco Studio.

 

Relação com o cliente

Jorge Elmor explica que, para o sucesso do projeto, é necessário conhecer bem as intenções dos clientes. “Realizamos uma pesquisa profunda para entender quais sentimentos eles gostariam de experimentar no espaço – seja paz, aconchego ou inspiração. A partir dessas respostas, construímos o conceito do projeto, pensando em cada detalhe que possa evocar essas emoções. Embora isso possa ser aplicado também em interiores e décor, é ideal que essa abordagem já faça parte da concepção arquitetônica para que o espaço realmente reflita essas intenções desde sua essência”, diz.

Para Fabio Galeazzo, a relação custo-benefício de um projeto baseado em design sensorial pode variar, mas os benefícios superam os custos na maioria dos casos. “Embora a aplicação de materiais sensoriais e a atenção aos detalhes possam aumentar o investimento inicial, os resultados em termos de conforto, bem-estar e satisfação dos usuários tornam o custo justificado”. De acordo com o designer, ambientes que promovem uma conexão sensorial tendem a causar um impacto emocional positivo, o que pode aumentar o valor percebido do espaço ao longo do tempo. “Essa abordagem também pode contribuir para a sustentabilidade, ao promover uma relação mais duradoura e significativa entre os indivíduos e seu ambiente”, afirma.

Linda Martins, designer que assina a coleção Cecília para a DonaFlor Mobília, opina que os principais benefícios do design sensorial estão na criação de uma conexão mais profunda e emocional com o usuário. “Ativa os sentidos de forma sutil, proporcionando conforto e satisfação que vão além da estética. Produtos e espaços que levam em consideração os sentidos tendem a ser mais memoráveis e a oferecer uma experiência mais imersiva, o que é particularmente importante em ambientes residenciais e de hospitalidade”.

 

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A linha Cecília teve seu início como uma poltrona projetada para ambientes internos, uma homenagem à avó de Linda, Erna Cecília, que era uma grande apaixonada por trabalhos artesanais. Fotografia: Ana Pacheco.

 

Desenvolvimento de produtos

Para que os projetos de arquitetura e interiores tenham uma sensorialidade refinada, é preciso que os fornecedores entreguem produtos alinhados com tais demandas. Segundo Daniel Mosa, arquiteto e analista de marketing da Formica, a diversificação dos revestimentos permite que o design sensorial seja bem executado. “Os projetos de arquitetura e decoração estão cada vez mais personalizados, então é natural que especificadores e consumidores nos tragam demandas que não raro avançam ao nível do detalhe, como é o caso das texturas. Por isso, entregamos possibilidades que vão além da cor”, afirma.

 

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Primeiro laminado termofundido produzido no país, o Formplac® TFL, que pode ser usado para revestir paredes, armários, cabeceiras, painéis, entre muitas outras aplicações, conta com a exclusiva tecnologia FormiClean, capaz de eliminar até 99,68% de partículas virais e bacterianas. Na imagem, o modelo MD26 Castanheira Rip 4cm reveste o painel e 2cm reveste o móvel.

 

A design Karol Suguikawa, que assina o Sofá Bacio da Breton, diz que há situações em que os clientes pedem que os produtos despertem sensações que vêm de formas sinestésicas – ou seja, misturam os sentidos –, e tocam profundamente as memórias visuais e afetivas de cada um. Isso exige o uso de soluções específicas. A curva suave do Sofá Bacio remete ao formato dos lábios, criando uma sensação tátil de conforto. O tecido drapeado traz textura e uma experiência refinada. Esses elementos não só atraem visualmente, mas também proporcionam uma conexão emocional e sensorial”.

Segundo a profissional, a pandemia impactou a forma como as pessoas se relacionam com os produtos. “Antes as pessoas compravam sofá pela cor. Hoje o tecido e composição dele importam e muito. Também foi depois da pandemia que o desejo por sofás acinzentados aumentou claramente, pela proximidade dos moletons que tanto usamos naquele período”, analisa.

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Segundo a designer, para a linha Bacio o desejo foi criar peças que não apenas fossem funcionais, mas que também trouxessem uma sensação de acolhimento e carinho, refletidos nas formas orgânicas e nos detalhes de alta costura. A linha foi inspiradas nas formas orgânicas e na delicadeza de um beijo.

 

Para o arquiteto Rodrigo Ohtake, o usuário não deveria precisar dizer o que espera de uma peça ou projeto, mas indicar a usabilidade desejada. “A nossa função é entender e entregar mais, o inesperado, o inusitado, de modo que a pessoa receba e se surpreenda por desconhecer que realmente precisava daquela entrega”.  O profissional cita como exemplo as cubas que assina para a coleção Ohtake das cerâmicas Roca: “O que entregamos além da funcionalidade é uma questão visual também, para que a pessoa, ao entrar no espaço, tenha orgulho do banheiro onde a peça está instalada. Além da usabilidade, a beleza, o inusitado e a surpresa, para nós, são muito importantes.”

 

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Cubas de Rodrigo Ohtake para a Coleção Ohtake, das cerâmicas Roca. Fotografia: : Ruy Teixeira.

 

A comunhão entre design e tecnologia pode ser um diferencial na hora de proporcionar uma experiência sensorial mais completa, permitindo, por exemplo, que um mobiliário tenha opções de ajustes em altura e angulação que expandem as possibilidades de uso. É o que defende Pasquale Junior Natuzzi, diretor criativa da Natuzzi, marca italiana de móveis: “A síntese desse conceito é que quando falamos em conforto não estamos falando apenas de ergonomia e conforto físico, mas também de conforto espacial. Estamos atentos à micro mobilidade, ao impacto na posição, ao impacto na respiração. Refletir e conceber um produto é imaginar como ele responderá a um certo movimento, a um certo espaço”

 

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Matéria e espaço tomam forma em Melody, sofá modular projetado para Natuzzi Itália por Simone Bonanni. A peça de estrutura linear possui um design pensado para transmitir uma percepção de facilidade e conforto, fruto de um estudo pontual não só na definição criteriosa dos volumes, mas sobretudo nas emoções que o sofá pode despertar, mesmo visualmente.

 

Gisele Bettiol Passos, designer da DOM DAQUI Tapetes, afirma que a combinação de texturas, a mesclas de materiais naturais, como lã e algodão, o uso de cores vibrantes e o design em alto relevo são estratégias utilizadas para estimular os sentidos, o que se conecta com as novas demandas do público. “Com o aumento do trabalho remoto, há uma maior demanda por tapetes confortáveis para pisar e deitar. Os consumidores apreciam a multifuncionalidade desses produtos, que podem ser usados para exercícios, meditação ou relaxamento. Embora muitos já conheçam essas opções, ainda há espaço para educar novos consumidores sobre os benefícios do design sensorial”, finaliza.

 

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Tapete DOM DAQUI de taboa, algodão e pelo de bode na mostra Artefacto B&C.

 

 

 

 

Por Victor Hugo Félix.

Inspiração cultural

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Em colaboração com a Rwanda Village Enterprises (RVE), o Centro foi construído com a grande maioria dos materiais de origem local, assim como a mão de obra, que mantinha uma média de 40% de representação feminina.

 

O Centro de Liderança Komera, assinado pelo escritório BE_Design, na província rural oriental de Ruanda, oferece programas de saúde, educação e orientação para mulheres jovens e um local para iniciativas de desenvolvimento familiar e reuniões comunitárias. Estrategicamente situado na estrada principal, em frente ao campo de futebol da vila, o Centro de Liderança atua como um centro comunitário e educacional muito necessário para os residentes locais.

 

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O coração do edifício apresenta um espaço flexível que funciona como um salão de reunião ou uma série de salas de aula para acomodar a ampla variedade de atividades e programas que a comunidade queria para o Centro de Liderança. Grandes painéis translúcidos articulados transformam o espaço, criando três salas de aula quando fechadas. Quando os painéis são abertos 90 graus, eles criam um grande salão de reuniões para acomodar a comunidade. Quando totalmente aberto a 270 graus, o espaço pode acomodar eventos maiores, como apresentações e cerimônias. Grandes espaços de armazenamento adjacentes permitem essas funções espaciais transformadoras.

 

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As formas do telhado, as telas de eucalipto trançadas e os padrões de tijolos são inspirados na arte tradicional “Imigongo” originária da região e carregam uma associação com a palavra ruandesa “Komera”, que significa “permanecer forte e ter coragem”. O grande telhado conecta os espaços de administração, saúde e aconselhamento, sala de aula e reunião, cozinha e jantar, criando uma abundância de espaços externos cobertos para aulas de descanso e reuniões informais. As grandes telas de eucalipto proporcionam sombra e uma sensação de fechamento e privacidade para os espaços externos.

 

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Em colaboração com a Rwanda Village Enterprises (RVE), o Centro foi construído com a grande maioria dos materiais de origem local. BE_Design empregava uma força de trabalho local que mantinha uma média de 40% de representação feminina e fornecia treinamento de mão de obra qualificada no local, boa renda e contas de poupança, EPI e equipamentos de segurança e habilidades de construção comercializáveis. A empresa também trabalhou em estreita colaboração com a comunidade, e suas contribuições foram vitais desde a concepção até a conclusão de seu centro.

 

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Imagens: Bruce Engel

Como a IA está redefinindo o conceito de moradia segura

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Ferramentas como portarias virtuais, câmeras inteligentes e reconhecimento facial estão entre os itens mais valorizados por compradores de imóveis.

 

A segurança residencial é prioridade para 80% dos consumidores na hora de escolher um imóvel, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) em parceria com a Brain Inteligência Estratégica. Em resposta a essa demanda, construtoras e condomínios têm investido em tecnologia para oferecer soluções mais eficientes de monitoramento e controle. Ferramentas como portarias virtuais, câmeras inteligentes e reconhecimento facial impulsionam a percepção de valor dos imóveis, enquanto a inteligência artificial (IA) surge como uma aliada para aprimorar esses sistemas.

Globalmente, o uso de IA nas empresas cresce em ritmo acelerado: em 2024, 72% das organizações ao redor do mundo já haviam adotado alguma solução de IA, aumento significativo em relação aos 55% registrados em 2023, segundo o relatório “The state of AI in early 2024: Gen AI adoption spikes and starts to generate value” do McKinsey Global Institute. No Brasil, 19% das empresas do setor já utilizam IA, principalmente em sistemas de gestão e atendimento ao cliente, o que também abre caminho para inovações que reforcem a segurança condominial e melhorem a experiência dos moradores.

Em Santa Catarina, o Edify One, empreendimento de alto padrão localizado em Itapema, é um exemplo que se destaca pela adoção de inteligência artificial voltada para segurança residencial. Entre as inovações que serão implementadas, está um moderno sistema de monitoramento por IA, capaz de identificar comportamentos suspeitos em tempo real e oferecer maior proteção aos moradores. Com o sistema, as câmeras serão capazes de analisar as imagens captadas e identificar situações de risco, como invasões, sabotagens e movimentos fora do padrão. Essas câmeras enviam alertas automáticos para a administração do prédio, que pode agir rapidamente diante de qualquer ameaça.

 

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Imagem: Divulgação/Edify One.

 

De acordo com especialistas, os sistemas de segurança com IA processam grandes quantidades de dados de forma contínua e melhoram seu desempenho ao longo do tempo por meio de algoritmos de aprendizado. Isso significa que a IA aprende com os dados gerados pelo próprio monitoramento, refinando suas análises e prevenindo riscos com mais precisão. Estudos mostram que um humano monitorando câmeras de segurança por longos períodos perde até 95% da atenção após 20 minutos.

“Itapema já é reconhecida por seus excelentes índices de segurança, o que torna a cidade um atrativo natural para quem busca qualidade de vida. No entanto, entendemos que um empreendimento como o Edify One exige um nível de proteção que vá além do padrão, especialmente considerando que vamos receber moradores de perfis diferenciados, incluindo atletas de renome internacional. Por isso, investimos em um sistema de segurança moderno, com inteligência artificial, capaz de identificar riscos em tempo real e atender as necessidades dos futuros moradores. Nosso objetivo é proporcionar tranquilidade e bem-estar, aliados à inovação em um dos destinos mais promissores do mercado imobiliário de luxo no Brasil”, afirma Manoela Passos Legarrea, sócia e diretora da construtora Edify.

 

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Jader Almeida celebra 20 anos de sua marca

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Com reedição limitada da cadeira Dinna, comemoração ganha nova coleção de joias inspiradas na peça

 

Jader Almeida e a Indústria Sollos comemoram 20 anos de atuação conjunta no mercado brasileiro e internacional com uma das mais prestigiosas criações do designer para pontuar esta data comemorativa.  Original de 2004, a cadeira DINNA está sendo celebrada com uma edição especial, limitada, com acabamento exclusivo. 

São duas décadas de produção contínua da cadeira o que reforça o atributo de atemporalidade da peça. Para essa edição de aniversário, estarão disponíveis três tonalidades de madeira combinadas com a trama artesanal do revestimento em papel, de forma a valorizar a combinação do feito à mão com a tecnologia envolvida na peça.

O primoroso design da cadeira DINNA é um verdadeiro tributo à forma e à função, unindo beleza estética, conforto e resistência em uma peça única. Com proporções delicadas e refinamento sutil, a cadeira transcende o tempo, tornando-se um ícone do bom design que se adapta a qualquer estilo de ambiente e época. Esta nova coleção não apenas celebra a trajetória de sucesso da DINNA, mas também projeta sua contínua ascensão.

 

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Segunda coleção de joias de Jader Almeida, desta vez o designer apropriou-se de um dos traços empregados na cadeira DINNA para criar uma coleção em homenagem aos 20 anos desta emblemática peça de seu mobiliário autoral. São colares e brincos, em versões ouro rosa e prata, com opção para o acabamento sofisticado em diamante. “As peças evidenciam a delicadeza do design, com o inconfundível cuidado e excelência na escolha dos materiais e na confecção. Cada detalhe é pensado para refletir não apenas o passado, mas também a aspiração contínua por momentos únicos”, explica Jader. “Cada peça se torna um símbolo de elegância atemporal, uma afirmação sutil e refinada de um compromisso inabalável com o design e a excelência”, completa.

 

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Texto e Imagens: Divulgação Jader Almeida.