Iniciativa pioneira do Reserva Raposo oferece uma ferramenta de recrutamento e seleção para vagas dentro do próprio bairro, promovendo um novo modelo de cidade inteligente
O Reserva Raposo, projeto habitacional de uso misto, localizado no km 18,5 da rodovia Raposo Tavares, lança o Raposo Contrata, um programa inédito de empregabilidade voltado exclusivamente aos moradores do novo bairro, situado na Zona Oeste da capital paulista. O Raposo Contrata nasce com o objetivo de transformar a relação entre trabalho, moradia e mobilidade.
A plataforma atua como um banco de talentos digital, conectando diretamente os moradores às empresas e comércios instalados no próprio empreendimento. Para se candidatar a uma das vagas, basta acessar a plataforma raposo contrata.com.br, que já está no ar. Empresas interessadas em cadastrar suas vagas podem preencher o formulário disponível em https://forms.gle/cU3A8VYLPma7cP577. Em breve, a plataforma ganhará também um espaço físico, reforçando o compromisso com a inclusão social e o desenvolvimento local.
“Nosso propósito é garantir que o morador tenha acesso a uma vida mais prática, humana e digna. No Reserva Raposo, será possível levar os filhos à creche, trabalhar, voltar para casa e ainda aproveitar áreas de lazer, tudo a poucos minutos de caminhada”, destaca Verena Balas, diretora do empreendimento. O programa atende a todos os perfis profissionais – desde o primeiro emprego até vagas mais especializadas – com oportunidades nas áreas de construção civil, administração, varejo, tecnologia, logística, gastronomia, entre outras. Os moradores poderão se candidatar gratuitamente às vagas e participar dos processos seletivos promovidos pelas empresas locais.
Cidade inteligente, inclusão real
Fundamentado no conceito de cidade inteligente, o Reserva Raposo aposta na sustentabilidade humana, onde o bairro oferece não apenas moradia, mas também infraestrutura, serviços públicos, lazer e emprego em um único território. A expectativa é que o Raposo Contrata contribua para reduzir o desemprego, impulsionar a economia local e, ainda, diminuir o impacto no trânsito da cidade ao eliminar a necessidade de longos deslocamentos para o trabalho. “O Raposo Contrata representa um novo paradigma na gestão urbana e de pessoas. É um modelo de desenvolvimento que o Brasil precisa: inclusivo, eficiente e transformador”, reforça Verena.
Com 22 mil unidades habitacionais previstas até 2030 e capacidade para abrigar até 90 mil pessoas, o Reserva Raposo é o maior empreendimento habitacional da América Latina. Desenvolvido pela RZK Empreendimentos, o bairro une moradia, mobilidade, infraestrutura pública, áreas verdes, comércio, serviços e agora, também, empregabilidade. O projeto já entregou mais de 2.600 unidades e tem outras 4.142 em construção, consolidando-se como uma referência em urbanismo social no Brasil.
Reforma valoriza integração, conforto e o verde como símbolo de equilíbrio com a natureza
Localizado no bairro de Perdizes, em São Paulo, este apartamento de 170m² passou por uma reforma parcial assinada pela arquiteta Juliana Miranda. O projeto, que inicialmente previa apenas a retirada da banheira do banheiro principal e, depois, a reforma do banheiro do escritório, evoluiu de forma orgânica a partir das conversas com a moradora. Em pouco tempo, o desejo por mudanças pontuais se transformou em uma reconfiguração completa da área social, abrangendo sala, varanda, lavabo, hall e os banheiros.
Com foco na integração e no aproveitamento das generosas proporções dos ambientes, a reforma unificou salas e varanda. As esquadrias foram removidas e o piso da varanda nivelado, ampliando a área de convivência e reforçando o uso contínuo entre os ambientes. A marcenaria foi redesenhada e novos móveis completaram a proposta, que revela um estilo contemporâneo e acolhedor.
As salas, agora ainda mais amplas e iluminadas após a integração com a varanda, ganharam aconchego com o uso da madeira, equilibrado com uma base em tons de cinza, cor preferida dos moradores. O banheiro do escritório, por sua vez, adota uma paleta mais sóbria, com cinza, verde escuro e preto.
A escolha dos revestimentos priorizou materiais neutros e atemporais, enquanto a introdução do verde foi a grande novidade. Indicada pela arquiteta, a cor foi incorporada ao projeto com a proposta de criar uma atmosfera relaxante, de renovação e aproximação com a natureza. A tonalidade aparece em diversos ambientes, como varanda, sala, hall de entrada, banheiros e lavabo.
Embora o cliente não fosse muito adepto de cores vibrantes, ele se encantou por essa tonalidade e decidiu substituir os antigos pontos de azul que existiam no apartamento. O cinza, antes predominante, foi mantido com moderação, respeitando a paleta original, mas com nova distribuição. A varanda ainda recebeu ladrilho hidráulico no piso, o que ajuda a equilibrar com o forro revestido em vinílico amadeirado.
No hall de entrada, a arquiteta apostou na mudança da cor das paredes e na aplicação de um forro em muxarabi, elemento que trouxe charme e identidade ao espaço.
A iluminação foi cuidadosamente planejada para atender aos diferentes gostos do casal. Enquanto a esposa prefere ambientes mais claros, o marido valoriza a meia-luz. A solução foi uma malha bem distribuída e segmentada em diversos circuitos, permitindo múltiplas possibilidades de cenários. A arquiteta utilizou diferentes tipos de luminárias, todas com luz quente, reforçando a atmosfera acolhedora.
Os moradores participaram ativamente de todo o processo, o que contribuiu para o bom andamento da obra e a ausência de grandes imprevistos. Segundo Juliana, o maior desafio foi transformar um apartamento que já era bonito em uma versão ainda mais encantadora, alinhada às necessidades e ao estilo de vida do casal.
Combinando sofisticação e versatilidade, novas coleções unem tradição artesanal e inovação no design outdoor
A Tidelli lança novas coleções que unem materiais de alta tecnologia a técnicas artesanais consagradas, em peças autênticas e atemporais que combinam sofisticação, conforto e inovação. A Boho, linha de móveis e acessórios, foi desenvolvida por Tatiana Mandelli, fundadora da marca. Paralelamente são lançadas as linhas de acessórios Carnaúba e Elos, assinados pela arquiteta e designer Thais Marquez.
Para Tatiana, a criação da coleção Boho foi um processo dinâmico, fruto da fusão de diversas inspirações. A coleção mistura, por exemplo, o resgate de elementos com referências de suas próprias viagens, além de revisitar peças marcantes da Tidelli. Um exemplo disso é a reinvenção do design da estrutura de uma antiga cadeira giratória da coleção Goa, que agora ganha novas soluções, incorporando cordas náuticas que, juntas, formam franjas leves e fluidas, com uma estofaria almofadada. O resultado é uma coleção que exalta o conforto, o charme e a autenticidade.
“Criar uma coleção é como montar um mosaico. A ideia surgiu do questionamento: por que não fazer uma cadeira com franjas, bem estofada e giratória? Queríamos unir conforto à beleza e ao dinamismo das franjas em movimento, quase como uma dança. A coleção Boho traduz essa essência, com um forte foco no aconchego, no charme e na brincadeira com as cores” – Tatiana Mandelli, designer e fundadora da Tidelli.
Essas características conferem à coleção uma grande versatilidade, permitindo que suas peças transitem com facilidade entre ambientes internos e externos. Mandelli destaca que o objetivo foi criar franjas leves, mas também resistentes à água, preservando a estrutura e garantindo o movimento fluido desejado, mesmo em áreas externas. A coleção também incorpora a nova cor Mocca Mouse em corda náutica, lançada pela Tidelli, com tons terrosos que adicionam aconchego e sofisticação às peças. Essa paleta reforça a proposta sensorial e natural da linha, inspirada na mocha – a cor do ano segundo a Pantone –, um marrom quente inspirado no cacau e na terra batida.
A coleção Boho é composta por várias peças de mobiliário, como cadeiras, sofá, pufes, bancos, mesas de centro e auxiliares. Acessórios também complementam o clima, com destaque para o pendente franjado, além de peças para a mesa, como sousplats e argolas, almofadas, mantas e tapetes.
Nova tecnologia incorpora técnica artesanal brasileira na produção de tapetes
Junto com o lançamento da linha Boho, a Tidelli também apresenta a coleção de acessórios da mesma coleção, que tem como marca registrada o uso de franjas. As peças foram desenvolvidas em parceria com a designer Thais Marquez. Convidada para agregar sofisticação ao projeto, Thais trouxe sua expertise no design de produtos e na aplicação das franjas em elementos como almofadas, centros de mesa e sousplats.
Um dos destaques do lançamento é a inovação na produção dos tapetes. Inspirada em sua experiência com tecelões artesanais do sul de Minas Gerais, Thais trouxe para a produção de tapetes da Tidelli uma técnica de tear manual adaptada para o uso da corda náutica, um diferencial exclusivo da Tidelli, que fabrica internamente o material. O resultado é um tapete mais leve e funcional.
“Essa nova técnica implementada pela Thais possibilita a criação de um produto de fácil manuseio e fabricação. O resultado é um tapete leve, bonito e com qualidade, e no qual acreditamos muito”, explica Tati.
Ao incorporar memórias do trabalho manual no desenvolvimento da linha, a designer Thais Marquez buscou homenagear a tradição das comunidades artesãs do sul de Minas, onde os teares manuais transformam fios em tecidos exclusivos, com os quais ela já teve contato anteriormente.
“Ao conhecer as cordas e fitas náuticas da Tidelli, recordei meu trabalho com comunidades que utilizam teares manuais no sul de Minas, onde a trama ganha vida nas mãos do tecelão, criando tecidos únicos. Minha experiência com comunidades artesanais de diversas regiões e culturas, combinada com a constante pesquisa de tendências, me permitiu explorar um vasto repertório de materiais e técnicas. Isso me incentivou a experimentar novas abordagens no uso da corda náutica. Os tapetes da coleção, por exemplo, são um desses resultados ”, explica Thais Linha exclusiva de acessórios Carnaúba e Elos marcam nova fase da marca
Com foco em acessórios para casa, a Tidelli também lança as linhas exclusivas de Carnaúba e Elos. A linha Carnaúba inclui bandejas, baldes de gelo, cestos e suportes para lanterna e vela, enquanto a linha Elos apresenta argolas para guardanapos e almofadas.
Tanto a coleção completa de móveis e acessórios da linha Boho, quanto as linhas Carnaúba e Elos, estarão disponíveis em todas as lojas da Tidelli no Brasil. Para mais informações, visite o site www.tidelli.com
Marcando os 15 anos do CAU/BR e os 65 anos da capital federal, evento reunirá arquitetos, urbanistas, estudantes, gestores públicos e representantes da sociedade civil interessados nas transformações urbanas e no papel da arquitetura no desenvolvimento sustentável
Entre os dias 4 e 6 de setembro, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) promoverá, em Brasília, a Conferência Internacional CAU 2025. Com o tema “Arquitetura e Urbanismo para todos”, o encontro será realizado no Centro de Convenções Brasil 21 e reunirá profissionais nacionais e internacionais para discutir desafios, oportunidades e soluções relacionadas a temas como patrimônio, inteligência artificial, mudanças climáticas, habitação, mobilidade, entre outros.
De acordo com a presidente do CAU/BR, Patrícia Sarquis Herden, discutir o futuro da profissão é discutir o futuro das cidades. “A Conferência Internacional do CAU busca promover esse debate, reunindo diferentes perspectivas e construindo caminhos para os desafios contemporâneos”, pontua a presidente.
A conferência marca os 15 anos do CAU/BR e os 65 anos da capital federal. A expectativa é reunir cerca de 5 mil participantes, entre arquitetos, urbanistas, estudantes, gestores públicos e representantes da sociedade civil interessados nas transformações urbanas e no papel da arquitetura no desenvolvimento sustentável.
Em três eixos principais – “Cidades para todas as pessoas”, “Arquitetura e emergência climática” e “Democracia e participação” -, os debates devem abordar políticas públicas, habitação de interesse social, mobilidade urbana, financiamento da moradia e instrumentos de inclusão territorial.
Entre os palestrantes confirmados para tais discussões, está Karl Fender, sócio-fundador da Fender Katsalidis (Austrália), escritório responsável por projetos como o Australia 108 e a Torre Eureka, edifícios mais altos de Melbourne, e o Merdeka 118, em Kuala Lumpur, segundo edifício mais alto do mundo.
A conferência também contará com a presença da arquiteta franco-brasileira Elizabeth de Portzamparc, reconhecida por desenvolver projetos que valorizam a flexibilidade e a integração com o contexto social e ambiental. Entre os palestrantes está ainda a arquiteta mexicana de origem polonesa Sara Topelson de Grinberg, ex-presidente da União Internacional dos Arquitetos (UIA). Fundadora do Docomomo México, Sara foi agraciada com o Prêmio Nacional de Arquitetura do México e recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidad Anáhuac.
Representando o Brasil, o arquiteto Marcio Kogan, fundador do Studio mk27, está entre os convidados da conferência. Membro do American Institute of Architects (AIA) e integrante do conselho do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Kogan se destaca no cenário internacional. Também participam a arquiteta Nathália Bussioli, vencedora do concurso GREAT Architecture promovido pela embaixada britânica para a América Latina, e o arquiteto Gustavo Ribeiro, fundador do escritório Sito Arquitetura. Vencedor do “Concurso Nacional para o Centro Cultural Usiminas em Ipatinga (MG)”, Ribeiro é ex-conselheiro do CAU/MG, diretor-geral da AIA International e fundador e ex-presidente da AIA América Latina.
Confirmado entre os participantes, o especialista em acessibilidade Eduardo Ronchetti de Castro traz mais de 25 anos de experiência na área. Autor de livros sobre o tema, é também o idealizador de uma pós-graduação nacional focada em acessibilidade arquitetônica.
Promovido pelo CAU/BR, o evento conta com a parceria da AIA International e da AIA América Latina, além do apoio institucional das entidades que compõem o Colegiado das Entidades Nacionais de Arquitetura e Urbanismo (CEAU-CAU/BR): Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA), Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura (AsBEA), Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (FeNEA).
Conferência Internacional de Arquitetura e Urbanismo – CAU 2025
Local Centro de Eventos e Convenções Brasil 21 Endereço Q. 6 a – Asa Sul, Brasília – DF, 70316-920 Data 4 a 6 de setembro de 2025
A relevância do projeto, iniciado em 2020, chamou atenção do CAU/SP que, através da presidente Camila Moreno de Camargo, busca levar a utilização de software livre para os arquitetos e urbanistas paulistas
Projeto inédito capitaneado pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), o Solare — Softwares Livres para Arquitetura e Engenharia, entra em sua segunda fase em março de 2025. Por meio de Acordo de Cooperação Técnica firmado nesta quinta-feira (27/02) com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP), a iniciativa segue na busca por difundir o uso de softwares de código aberto na sociedade brasileira. Tendo como base os programas utilizados por profissionais de arquitetura e urbanismo e construção, o Solare é um grupo de inteligência para potencializar o uso das ferramentas já existentes e promover sua expansão.
Com vigência até fevereiro de 2028, o acordo prevê campanhas e cursos para ampliar a utilização das ferramentas de trabalho entre os profissionais. “O Solare é um projeto inovador nascido dentro da FNA que já recebeu adesão de diferentes grupos de profissionais e entidades parceiras. O CAU/SP une-se em um momento estratégico e, com certeza, será essencial para sua ampliação nessa segunda fase, potencializando o trabalho do arquiteto e urbanista. Estes programas oferecem diversas possibilidades para o desenvolvimento do trabalho, numa realidade mais ampla e livre, que é o que se propõe com software aberto”, destaca a presidente da FNA, Andréa dos Santos.
Foto: Marco Teixeira.
Danilo Matoso, coordenador do Solare pela FNA, indica que o acordo garante a divulgação sobre os recursos dos softwares livres e deve atrair mais usuários, também amparado no fato de que o custo de algumas ferramentas as torna inacessíveis, principalmente entre os mais jovens. Questionado sobre a qualidade dos softwares, Matoso não tem dúvida: “A maioria é muito melhor, mais fácil de usar, mais robusta e mais universal do que os proprietários”. O arquiteto faz questão de reforçar que em sua prática profissional privada usa exclusivamente sistemas livres há mais de dois anos. “Desde o Linux, passando pelo LibreOffice, Inkscape para vetores, Gimp para imagens e Scribus para diagramação até QCAD para desenhos técnicos”, descreve, ao ressaltar que o uso de softwares livres é também uma questão política. “O fundamento é o código aberto, permitindo que entidades e conselhos voltem a ser o local de discussão democrática do nosso método de trabalho e a maneira como guardamos nossa memória em arquivos digitais”, afirma.
“Vamos definir metas e trabalhos com foco na formação, na capacitação e na difusão de softwares livres, além do desenvolvimento de novos aplicativos para otimizar o trabalho”, projeta o vice-presidente da FNA, Maurilio Chiaretti, ao ressaltar a função social destas ferramentas no reconhecimento da categoria e dos conselhos de arquitetura e no fortalecimento do papel dos sindicatos, incentivando uma maior participação dos profissionais. “Essa estruturação é fundamental para ampliar direitos, garantir melhores condições de trabalho e levar a profissão a um patamar mais sólido, especialmente em apoio às classes sociais que mais necessitam”, completa.
O presidente do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP), Marco Antônio Teixeira, acredita que a iniciativa une as entidades em busca de soluções para o dia a dia dos profissionais. “O Solare, assim como outros projetos da FNA que têm apoio do SASP, vem para tornar a vida dos arquitetos brasileiros mais simples e o acesso às ferramentas de trabalho mais barato. Estamos falando da democratização dos meios de produção”, assinala.
Programa com foco em formação profissional, produtividade e transformação digital é apresentado em São Paulo e será levado a 11 cidades do interior paulista
O SENAI-SP, em conjunto com a Indústria da Construção, apresentou nesta segunda-feira (28), na sede da FIESP, o programa Indústria da Construção: Soluções Educacionais e Tecnológicas, que tem como objetivo apoiar o setor na superação de um dos seus principais desafios: a dificuldade de contratação de mão de obra qualificada.
A parceria vai oferecer mais de 70 mil vagas gratuitas ao ano em cursos de qualificação para todo estado de São Paulo e, para apresentar as soluções para os empresários, serão realizados eventos em 11 cidades do interior paulista, até o final de agosto, levando soluções em educação profissional e inovação tecnológica.
“O programa intensifica ações que já estavam no nosso portfólio e nasce com a missão de entregar resultados rápidos por todo Estado. Queremos levar soluções práticas, conectadas com a realidade dos canteiros e com o ritmo da indústria”, afirma Ricardo Terra, diretor regional do SENAI-SP. “A nossa atuação está alinhada ao desafio de ampliar a produtividade da Indústria da Construção e promover oportunidades de formação profissional de qualidade para trabalhadores e jovens”, complementa.
Desenvolvido com base nas diretrizes do Conselho Consultivo da Construção, que reúne representantes da FIESP, do SENAI-SP e de sindicatos do setor, o programa responde diretamente às demandas do mercado. Entre junho de 2024 e maio de 2025, a Construção Civil admitiu, em média, 136.445 profissionais por mês no Brasil, sendo 40.527 apenas no Estado de São Paulo, de acordo com dados do CAGED.
O mercado de trabalho na Construção Civil é um dos mais dinâmicos e aquecidos da economia paulista. Nas cidades onde serão ofertadas as qualificações, o número de admissões mensais revela a alta demanda por trabalhadores. Para o mesmo período, a média mensal de contratações foi de 20.422 trabalhadores no município de São Paulo, 1.440 em Campinas, 827 em Bauru, 691 em Sorocaba, 651 em São José dos Campos, 604 em Santo André, 557 em São José do Rio Preto, 347 em Santos, 325 em Mogi das Cruzes e 142 em Presidente Prudente.
O programa se organiza em três frentes principais:
Conexão Jovem e Indústria – Programa de Aprendizagem Industrial
Voltado a jovens de 17 a 24 anos, promove formação gratuita com parte teórica nas unidades do SENAI-SP e prática nas empresas. A proposta é conectar a formação à inserção profissional real, com base nas necessidades da indústria.
Qualificação em Canteiro de Obras
O programa leva cursos diretamente aos canteiros, com apoio das empresas. Voltado a profissionais já contratados ou recém-integrados, promove ganhos imediatos em segurança, produtividade, melhora a eficiência e valorização profissional.
Jornada de Transformação Digital para Indústria da Construção
Ação voltada à modernização da indústria, com aplicação de metodologias como BIM (Modelagem da Informação da Construção) e Lean Construction, promovendo inovação e aumento da produtividade.
Durante o evento de lançamento foi apresentado um panorama atualizado do setor, com dados sobre empregabilidade e produtividade, além de cases de empresas parceiras que já aplicam as soluções do SENAI-SP com resultados concretos.
Entre os cases de sucesso apresentados no evento, está o da MRV, que integrou os cursos de Aprendizagem Industrial à rotina dos canteiros, qualificando jovens e modernizando os processos construtivos. Já a Direcional Engenharia capacitou 60 trabalhadores operacionais diretamente no local de trabalho, promovendo engajamento, redução da rotatividade e ampliando a ação para outras regiões.
Carlos Roberto Petrini, presidente do Conselho Consultivo Setorial da Construção, destaca que “essa iniciativa é construída em parceria com o setor e reflete uma escuta ativa das empresas sobre as mudanças e urgências da Construção Civil”.
As mais de 70 mil vagas gratuitas por ano em cursos de qualificação profissional serão oferecidas em 71 unidades do SENAI-SP e diretamente em canteiros de obras de empresas associadas ao setor da construção em diversas regiões do Estado.
David Fratel, diretor-adjunto de Gente do SindusCon-SP, reforça que “ao conectar o jovem à indústria e qualificar diretamente no canteiro, promovemos empregabilidade e valorizamos o trabalhador, pilares essenciais para o avanço sustentável da Construção Civil”.
As próximas apresentações do programa ocorrem nas seguintes cidades:
Campinas – 29 de julho
Sorocaba – 30 de julho
Ribeirão Preto – 31 de julho
São José dos Campos – 1º de agosto
Santo André/São Caetano do Sul – 4 de agosto
Bauru – 5 de agosto
São José do Rio Preto – 6 de agosto
Mogi das Cruzes – 7 de agosto
Santos – 8 de agosto
Presidente Prudente – 11 de agosto
Como participar
A formação de profissionais em funções específicas da Construção pode ser demandada diretamente às unidades do SENAI-SP ou pelo formulário disponível no site industriadaconstrucao.sp.senai.br. Os cursos são gratuitos, realizados em canteiro de obras ou nas escolas da instituição, conforme a infraestrutura disponível e demanda das empresas nas regiões. Além disso, as indústrias podem contar com consultorias, com foco em digitalização.
Cursos
Mais de 80 títulos de cursos para quem quiser se especializar no setor de Construção, em áreas como alvenaria, revestimento cerâmico, armação, carpintaria, pintura, instalações elétricas e hidráulicas, entre outras. As formações têm foco prático, alinhadas às necessidades industriais.
Profissionais da área ou alunos que querem participar do programa, bastam acessar o site industriadaconstrucao.sp.senai.br, inscrever-se nos cursos ou procurar a unidade do SENAI-SP mais próxima. A iniciativa busca reforçar a importância da formação profissional como instrumento para aumentar a produtividade e acelerar a modernização do setor.
Com móveis assinados por grandes nomes do design mundial, a Studio Forma alia estética, funcionalidade e qualidade, reforçando o protagonismo do mobiliário em projetos de interiores atemporais
Na construção de um ambiente sofisticado, funcional e acolhedor, o mobiliário exerce um papel central. Móveis bem escolhidos têm o poder de organizar o espaço, sugerir fluxos, criar zonas de uso e estabelecer uma narrativa visual coesa e sofisticada.
Mais do que elementos de apoio, mesas, cadeiras, poltronas e sofás tornam-se protagonistas na composição espacial, traduzindo o estilo, a história e a identidade dos usuários daquele espaço. É nesse contexto que a Studio Forma se destaca no cenário nacional há 25 anos, oferecendo peças clássicas do design mundial com excelência em acabamento, ergonomia e durabilidade. A marca preza por respeitar a alma das criações originais e se mantém sempre atualizada no mercado, buscando parcerias para lançar novos produtos e novas coleções.
De acordo com Liliane Cecília, supervisora comercial da marca, a alta qualidade de sua produção assegura não só o conforto, mas também a resistência e a longevidade das peças. “As peças são projetadas dentro dos padrões mundialmente reconhecidos como adequados e com matéria-prima de alta qualidade. Isso garante durabilidade, resistência e um acabamento impecável, além de manter a autenticidade e o estilo original de cada peça”, comenta Liliane à CM.
Ambiente assinado por Ricardo Rossi Arquitetura. Foto: Divulgação.
Em projetos de interiores contemporâneos, o uso de móveis icônicos agrega mais do que beleza: proporciona funcionalidade inteligente e uma conexão emocional com o espaço. Fundada com o propósito de trazer ao Brasil o que há de mais relevante na produção de mobiliário assinado, a Studio Forma representa um seleto portfólio de designers consagrados.
Cada peça carrega em si não apenas um rigor técnico e construtivo, mas também um valor cultural e artístico inestimável. “Trabalhamos com produtos exclusivos e assinados por designers renomados nacionais e internacionais, tais como Pedro Mendes, André Cruz, Daniel Simonini e Decoma Design, Simone Micheli, dentre outros. Em nosso portifólio, constam desenvolvimento de projetos exclusivos para grandes marcas do mercado de luxo”, sinaliza a supervisora.
Além da curadoria criteriosa, a empresa também se destaca pelo padrão elevado de fabricação, com atenção minuciosa aos materiais e aos acabamentos. Liliane relata: “Nossa expertise é trabalhar com metais como aço inox e alumínio e tubos curvados. Também, temos opções de produtos em madeiras. Quanto ao acabamento trabalhamos com diversos tipos de revestimentos, tecido, couro e outros. Além disto as estruturas podem receber cores de pinturas do catálogo sayerlack e metalizadas, que harmonizem perfeitamente com o conceito do ambiente”.
Ambiente assinado por Ricardo Rossi Arquitetura. Foto: Divulgação.
Para ambientes corporativos, a Studio Forma oferece uma variedade de opções, incluindo cadeiras, poltronas, mesas, aparadores, sofás, bancos e mais, peças pensadas para atender às necessidades de ambientes de trabalho, salas de reunião, entre outros espaços, combinando funcionalidade, conforto e um design elegante. Liliane explica à CM que a marca disponibiliza de catálogos completos de produtos, amostras de tecidos digitais e físicas e blocos sketchup de alguns produtos, para facilitar a inserção nos projetos em 3D.
Atenta ao pós-venda, a marca oferece suporte completo com foco na durabilidade e manutenção dos produtos. “Contamos com assistência técnica permanente e realizamos reformas sob demanda, como troca de revestimentos e ajustes gerais, com custo adicional. Dessa forma, garantimos que os produtos continuem alinhados às suas necessidades ao longo do tempo”, finaliza Liliane.
Ambiente assinado por Ricardo Rossi Arquitetura. Foto: Divulgação.
Estética sensorial e minimalista transforma casas em refúgios de bem-estar e pertencimento, que acolhem, acalmam e reconectam
Durante décadas, o luxo foi barulhento. Ele morava nos móveis espelhados, nos ambientes instagramáveis e nos objetos que gritavam por status. Mas os últimos anos, intensos, solitários, esgotados, mudaram radicalmente a direção do desejo. O novo símbolo de sofisticação não é mais o que se mostra, é o que se sente, e mais do que nunca, se sente em casa.
“A estética do bem-estar, ou design wellness, como já é chamada nas grandes capitais, está substituindo o excesso por sensibilidade. Hoje, o sofá mais valioso é aquele que comporta a família inteira em silêncio. A sala de jantar mais cobiçada é aquela que acolhe conversas reais, risos demorados e pratos compartilhados, e a cozinha dos sonhos não é a que impressiona nas fotos, mas a que convida à presença”, explica Rose Chaves, arquiteta especialista em design de interiores.
Segundo ela, estamos vivendo a Era do Silêncio Emocional. “O verdadeiro luxo não está mais nas etiquetas, mas na experiência sensorial. Uma casa bem desenhada é uma casa que abraça, que cuida do seu tempo, da sua energia e do seu descanso.”
Para Rose Chaves, essa transição não é apenas estética, é psíquica. “O design de interiores virou terapia. É uma ferramenta concreta para restaurar o bem-estar emocional das pessoas e isso começa com escolhas muito simples: uma cabeceira de veludo que acolhe o corpo, uma poltrona em linho que vira refúgio ao fim do dia, cadeiras que convidam à permanência, mesas redondas que encurtam distâncias afetivas.”
Foto: Divulgação Decorilla.
A arquiteta ressalta que o novo luxo está na escolha de materiais naturais, nas formas arredondadas, nas cores que acalmam. Está em priorizar o espaço de convivência em vez da exibição, em integrar ambientes para favorecer o encontro, em valorizar o silêncio como valor emocional. Um lar bem desenhado hoje precisa responder a uma pergunta essencial: essa casa acolhe quem eu sou ou o que eu quero aparentar?
“É essa reflexão que tem guiado uma geração inteira de consumidores que já não buscam mais móveis, mas sim experiências. Não compram mais para impressionar visitas, mas para se reconectarem com aquilo que os sustenta por dentro”, afirma Chaves.
De acordo com a especialista, esse movimento é global, pois em Milão, nas últimas feiras de design, os estúdios que mais se destacaram foram aqueles que criaram peças sensoriais, ambientes silenciosos e composições que geram calma. “A madeira bruta, o linho natural, os tons terrosos, as curvas macias, tudo aponta para o mesmo caminho: o conforto virou símbolo de pertencimento, a simplicidade virou luxo e o tempo virou moeda”.
Se antes o consumo era sobre superar o outro, agora ele é sobre se recuperar de si mesmo. “A casa wellness é mais do que uma tendência: é uma resposta à exaustão de uma sociedade que se cansou de parecer forte e quer, finalmente, se sentir em paz e o design é o caminho mais íntimo, silencioso e transformador para chegar lá”, finaliza Chaves.
Banheira freestanding de imersão Virginia. Foto: divulgação Roca.
Com aporte de R$ 5 milhões, requalificação teve como base os superblocos da cidade espanhola e transforma cartão-postal em espaço de convívio, arte e mobilidade ativa
Ponto cultural e gastronômico em Belo Horizonte, a rua Sapucaí, no bairro Floresta, reabriu ao público em 2025 depois de um ano de obras. A revitalização da rua custou cerca de R$ 5 milhões e redesenhou os 600 m da via entre as avenidas Assis Chateaubriand e Contorno no âmbito do programa municipal “Centro de Todo Mundo”, que visa requalificar o hipercentro de Belo Horizonte.
Mais do que uma simples obra de infraestrutura, o projeto da rua Sapucaí marca uma virada no modo como a cidade pensa seus espaços públicos. A estratégia adotada pela Prefeitura de Belo Horizonte se inspira nos “superblocos” de Barcelona, na Espanha, um modelo urbano de transformação urbana que propõe o fechamento parcial de ruas ao tráfego de veículos para criação de espaços de convivência, destinados à pedestres e ciclistas, para maior lazer e mobilidade ativa.
“O conceito dos superblocos transforma quarteirões em ilhas de calmaria, com prioridade para pedestres, jardins e espaços de estar. É uma cidade que se mantém vibrante a partir do encontro das pessoas”, explica Alexandre Nagazawa, arquiteto e urbanista e diretor da BLOC Arquitetura Imobiliária. Para ele, o projeto resgata ideias importantes do urbanismo, como as de Jane Jacobs e Jan Gehl, sob uma abordagem contemporânea conhecida como placemaking, termo que enfatiza o papel dos espaços urbanos como catalisadores da vida em comunidade.
Entre o passado e o futuro
A requalificação da Sapucaí não é um caso isolado em Belo Horizonte. “O fechamento das diagonais da Praça Sete, em 2003, já apontava essa direção. Também o projeto da Praça da Savassi, em 2012, caminhava sobre o mesmo conceito. O que muda agora é a maturidade técnica e política para executar isso com qualidade e o mais importante, com mais participação popular”, afirma Nagazawa, destacando que a revitalização da Sapucaí reforça o caráter já existente da rua, com foco em cultura, gastronomia e arte urbana, valorizando, através da consulta pública, uma construção conjunta com a população.
A obra incluiu a pavimentação de plano único com concreto armado, ladrilho hidráulico, pedra portuguesa e trechos gramados, drenagem nova, ciclovia bidirecional, mobiliário urbano, bancos e lixeiras, arborização e paisagismo. O mirante, valorizando a vista da área central, foi reforçado com lunetas de observação gratuitas, instaladas próximo aos números 193 e 303, como parte do projeto turístico da Belotur.
“Cidades vivas são aquelas que oferecem lugares de encontro. E a Sapucaí já tinha esse potencial. A revitalização veio para potencializar algo que já existia, ela é um catalisador urbano”, analisa o arquiteto e urbanista.
Rua Sapucaí em Belo Horizonte. Foto: Rodrigo Clemente PBH.
Impactos econômicos e sociais
Apesar dos benefícios, a obra não passou ilesa de críticas. Durante a execução, comerciantes locais relataram queda de até 80% no faturamento. Nagazawa explica que esse tipo de transtorno é comum em intervenções urbanas, mas precisa ser minimizado. “Quanto maior o tempo da obra, maior o impacto para quem vive e trabalha no entorno. Mas, em termos de retorno, o que se colhe depois pode ser muito mais robusto do que o que se perde temporariamente”, avalia.
Exemplos internacionais de sucesso, como o High Line de Nova York, ilustram os efeitos positivos, e também os riscos, de projetos assim. “A revitalização do High Line gerou um boom econômico e imobiliário na região, mas também trouxe gentrificação. A cidade precisa estar atenta para equilibrar esse crescimento com inclusão”, pondera o arquiteto.
Participação popular e visão integrada
Diferente de outras intervenções feitas “de cima para baixo”, o projeto da Sapucaí passou por um processo de consulta pública que envolveu cerca de 7 mil moradores, além de comerciantes e pesquisadores. Houve reuniões presenciais e um formulário online que coletou sugestões da população.
Nagazawa ressalta que esse diálogo é essencial por se tratar de uma área simbólica da cidade. “Quando a população sente que sua opinião está sendo levada em consideração, ela se sente parte do processo. Assim há maior uso e apropriação do espaço, com menor chance de abandono ou vandalismo, e criação de um verdadeiro senso de pertencimento”, explica o diretor da BLOC.
A revitalização da Rua Sapucaí está alinhada às diretrizes do Plano Diretor de Belo Horizonte, revisado em 2022, que incentiva o uso misto do solo e busca uma cidade mais acessível para pedestres e menos dependente do automóvel. A proposta é recuperar o espaço urbano para as pessoas, em contraste com décadas de expansão centrada nos carros.
Para Nagazawa, o desafio não é apenas físico-financeiro, mas politicamente estrutural e permanente. “A obra física é só o começo. É preciso integrar transporte público, garantir policiamento, promover eventos e assegurar manutenção constante para que o espaço continue vivo”, afirma. Também chama atenção para o potencial de replicar esse modelo em outras áreas da cidade, para além da região centro-sul, desde que acompanhadas por políticas estruturadas e continuidade administrativa.
A transformação da Sapucaí, segundo ele, representa mais do que uma obra, sendo um movimento de reconexão com a essência urbana de Belo Horizonte. “Não é uma ruptura ou uma grande inovação. É uma reconexão com a cidade que Belo Horizonte já foi um dia. Mais caminhável, verde e humana”, finaliza o arquiteto.