Organizada anualmente pelo ArchDaily, premiação reconhece os melhores projetos de arquitetura em todo o mundo, entre os mais diversos programas
Após duas semanas de votação aberta na16ª edição do Building of the Year Awards, os leitores reduziram um grupo de quase 4.000 projetos a um seleto grupo de 75 finalistas em 15 categorias. Os prêmios deste ano homenageiam o auge do design, inovação e sustentabilidade em escala global, apresentando uma gama excepcional de projetos dentro da lista de finalistas. As seleções refletem autenticamente o estado atual da arquitetura, e o calibre dos finalistas deste ano ressalta ainda mais a excelência e a diversidade predominantes no campo. Os resultados serão anunciados no dia 20 de fevereiro.
Seis escritórios brasileiros de arquitetura são finalistas do prêmio internacional! Confira abaixo:
Estúdio Piloti Arquitetura
Categoria Casas
Projeto: Casa Pátio Guapuruvu – Fotografia: Pedro Kok
Rosenbaum + Terra e Tuma Arquitetos Associados
Categoria Habitação
Projeto: Fazenda Canuanã School Staff Village – Fotografia: Pedro Kok
PFLEX – Escola de Arquitetura – UFMG
Categoria Arquitetura Industrial
Projeto: Viveiro de Plantas – Fotografia: Sofia Vasconcelos
Estúdio Módulo
Categoria Escritórios
Projeto: Ágora UNI – Fotografia: Manuel Sá
Ecomimesis Soluções Ecológicas
Categoria Arquitetura Pública e Paisagística
Projeto: Parque Rita Lee – Legado do Parque Olímpico – Fotografia: Rafael Salim
Para conhecer todos os finalistas e votar, CLIQUE AQUI!
Curada por Tereza de Arruda, a exposição ROOTED Female Brazilian Artists traça um percurso visual e conceitual em torno da ancestralidade, identidade e sustentabilidade, e propõe uma reflexão sobre a relação intrínseca entre o ser humano e a natureza
O Programa de Cultura da Brainlab, fornecedora líder em tecnologia médica digital, apresenta a exposição ROOTED Female Brazilian Artists, na sede da empresa em Munique-Riem. A curadora Tereza de Arruda concebe a mostra conectando obras de artistas brasileiras da Coleção Vilsmeier – Linhares, com outras artistas, algumas das quais com obras específicas para a ocasião. Em cartaz até 25 de março de 2025, na sede da Brainlab em Munique, a exposição se insere na tradição de um Brasil que, há séculos, dialoga com sua história e território por meio da arte.
ROOTED conta a história da relação entre humanos e natureza que conecta todas as obras em exposição. Organizada em diferentes aspectos dessa conexão, esta exposição se baseia na exposição anterior da empresa, Unrooted, realizada no primeiro semestre deste ano, que abordou os traumas do deslocamento e da migração. Esta sequência também sugere implicitamente que, ao retornar às nossas “raízes” na natureza, também podemos superar a incerteza de identidade e origem. Através dos olhos desses artistas brasileiros, somos convidados a examinar nossa própria relação com a natureza e extrair dela uma nova força.
Dividido em cinco seções, a mostra apresenta o papel que a relação entre humanos e natureza continua a desempenhar na produção artística. Ligadas por essa afinidade, as 15 artistas contemporâneas entregam um “Expressionismo Tropical” que Tarsila do Amaral, uma pioneira do Modernismo brasileiro que também é representada nesta exposição, cunhou meio século atrás.
ORIGEM
As raízes de uma pessoa se referem às suas origens familiares, sua ancestralidade e as tradições passadas de geração em geração. Essas raízes formam a base da identidade de uma pessoa.
Hoje, o Brasil está trabalhando para chegar a um acordo com a sua história. As raízes pós-coloniais do Brasil são uma rede complexa de influências históricas, culturais e sociais que moldaram e continuam a moldar o país. Elas são essenciais para entender a identidade brasileira e os desafios que a nação enfrenta hoje. As artistas brasileiras Carmezia Emiliano, Sonia Gomes, Iêda Jardim e Rosana Paulino exploram as raízes pós-coloniais e a identidade complexa de seu país, refletindo sobre as múltiplas influências e conflitos resultantes da era colonial e suas consequências.
IDENTIDADE
A cultura brasileira é caracterizada por sua diversidade. Suas raízes culturais são baseadas nas influências e tradições de diferentes continentes, que se unem para moldar o pensamento, o comportamento e os seus valores. Na natureza, as raízes conectam as plantas ao solo e fornecem alimentos a elas. Da mesma forma, as influências culturais ancoram as pessoas em sua comunidade e história, dando a elas um senso de pertencimento e identidade. A representação do entorno e os rituais cotidianos são expressões de costumes que integram as pessoas em seus contextos privados, sociais e históricos. Tarsila do Amaral, Beatrice Arraes, Lúcia Laguna, Paula Siebra e Larissa de Souza retratam esses elementos em suas obras
CONEXÃO
Conexões emocionais e confiança são como raízes que estabilizam um relacionamento e ajudam as pessoas a superar desafios juntas. Estar profundamente enraizado em um relacionamento significa ter um forte vínculo emocional, uma compreensão profunda um do outro e apoio mútuo para crescerem juntos. As peças de Ahzuli, Rosilene Luduvico e Alexsandra Ribeiro destacam esses relacionamentos.
NATUREZA
A natureza desempenha um papel central no mundo da arte e inspira artistas há séculos. Esse envolvimento vai muito além da mera contemplação e imitação. Hoje, artistas frequentemente interpretam paisagens de forma mais abstrata ou conceitual, usando várias mídias para explorar a relação entre humanos e natureza. Em muitas culturas e tradições artísticas, a natureza simboliza conceitos como vida, morte, renascimento e harmonia – aludindo à transitoriedade de nossa existência. Para Solange Pessoa, Laura Lima e Luzia Simons, a natureza desempenha um papel crucial em seu trabalho artístico, seja em uma forma estilizada ou na representação do poder da natureza.
SUSTENTABILIDADE
No contexto da natureza, não são apenas as raízes que têm um significado central e diverso, mas também a terra, a água e o ar — elementos cruciais para a vida. Os artistas trabalham com elementos naturais em suas peças, promovendo uma compreensão e conscientização mais profundas do meio ambiente. Eles usam materiais e motivos naturais para retratar a beleza, a importância e a fragilidade da natureza e chamar a atenção para questões de sustentabilidade. Este é o caso de Marlene Almeida, que pesquisa e usa pigmentos naturais há cinquenta anos e projetou uma instalação monumental para esta exposição.
SERVIÇO
ROOTED Female Brazilian Artists
Curadoria de Tereza de Arruda
Período Expositivo: até 25.04.2025
Brainlab – Olof-Palme-Str. 9, 81829 München, Germany
Visitação: Sexta-feira das 9:00 às 18:00 com reserva prévia www.brainlab-culture-program.com
Patronado da Embaixada do Brasil em Berlim
Gratuito
Produtos e soluções de arquitetura podem abrandar o impacto das mudanças climáticas
Nos últimos anos, a incidência de ondas de calor, eventos climáticos marcados por temperaturas acima da média em determinada região ou época do ano, tem aumentado expressivamente no Brasil. Nos dados observados em um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o crescimento foi de 645% em 60 anos. No período entre 1961 e 1990, houve 7 dias com ondas de calor, mas entre 1991 e 2000 ocorreu um salto para 20 dias; depois, subiu para 40, entre 2001 e 2010; e então, para 52, entre 2011 e 2020. A expectativa é de que o cenário se agrave quando houver uma atualização com dados a partir de 2021.
O calor excessivo traz prejuízos para a saúde, gerando desidratação, dores de cabeça, náuseas, dentre outros sintomas físicos e mentais. Para o setor de arquitetura e construção, enquanto desenvolvedor de espaços de convívio e de moradias, o desafio é propor soluções que ajudem as pessoas a ter qualidade de vida diante da nova realidade climática.
Segundo Fernando Forte, sócio do escritório FGMF, algumas soluções podem ser acessíveis, como cuidado com implantação, iluminação e ventos predominantes, que devem vir em primeiro lugar. “Em segundo, um uso mais abundante de vegetação, sobretudo de espécies locais para refazimento do ecossistema arruinado”. Produtos como telhas metálicas com isolamento térmico e tijolos de solocimento retirado do próprio canteiro de obras, são também citadas como soluções sustentáveis e acessíveis.
A Casa Brisa conta com soluções que fazem parte da proposta arquitetônica (partido) além da estética desejada. FotografIa: Fran Parente.
Para Daniel Mangabeira, arquiteto e sócio-fundador do BLOCO Arquitetos. , um país como o Brasil exige que o setor desenvolva soluções para enfrentamento do calor. “Em nosso clima, é uma irresponsabilidade pensarmos edificações que dependam exclusivamente da utilização intensa de sistemas artificiais de climatização ou iluminação. Para nós, a boa arquitetura necessariamente se utiliza das possibilidades de ventilação e iluminação naturais que seu terreno permite. Por isso, acreditamos que as lições básicas do bom projeto ainda se aplicam atualmente, talvez de forma ainda mais urgente”, diz.
O arquiteto completa afirmando que proteger as fachadas da insolação excessiva e tirar proveito da ventilação e iluminação naturais, quando possível, é “uma obrigação de todo arquiteto que trabalha em países com climas semelhantes ao nosso. Há soluções industrializadas e outras que podem ser feitas com mão de obra local, depende muito do projeto. A arquitetura moderna brasileira, por exemplo, pode oferecer lições valiosas nesse aspecto com o uso de cobogós, brises-soleil, grandes beirais, fachadas vazadas, etc.”
A Casa Tupin tem todas as fachadas feitas com tijolo maciço espaçado sobre o vidro, garantindo sombreamento às superfícies envidraçadas e ventilação natural cruzada em toda a casa. Os tijolos aqui funcionam como cobogós. FotografIa: Joana França.
Isolamento térmico
Um dos produtos que auxiliam no enfrentamento do calor são as mantas de isolamento térmico, como as oferecidas pela Trisoft. As mantas são produzidas com lã de PET reciclada, matéria-prima que, por si só, não retêm calor. “Podemos destacar o Roof White para a construção civil, que é uma manta com película aluminizada, que ajuda na contenção de calor direto sobre as construções, como galpões, armazéns, etc”, afirma o CEO Maurício Cohab. As mantas são atóxicas, autoextinguíveis, leves e personalizáveis, garantindo que possam ser aplicadas em variadas tipologias.
Como qualquer produto que visa o controle da temperatura nos ambientes internos, as mantas têm a principal vantagem de gerar economia e sustentabilidade ao reduzir a necessidade de uso de ar-condicionado. Contudo, os produtos da companhia ainda são sustentáveis por si mesmos, produzidos com PET reciclada em processos que não consomem água, sem uso de aditivos químicos e com menor pegada de carbono, possibilitando que o produto possa voltar por logística reversa e ser novamente reciclado e se transformar em um novo produto. “Até dezembro de 2024, a Trisoft já retirou o equivalente a 6 bilhões de garrafas PET e as transformou em produtos de conforto térmico, acústico e estético”, pontua Maurício Cohab.
A Roof White é uma manta com película aluminizada que ajuda na contenção de calor direto sobre as construções, da Trifsoft. Fotografia: Divulgação.
Vidros para controle de insolação
A cadeia produtiva de vidros tem investido em tecnologias que ajudam na climatização dos ambientes. Isso porque os vidros sem qualquer preparo podem absorver todo o calor do sol e transformar os espaços em bolhas de calor. Vidros como ClimaGuard SunLight, da Guardian Glass, contam com bloqueio de calor duas vezes superior ao vidro incolor comum, e o Solar Plus, G31, da série SunGuard, oferece um bloqueio próximo a 67%. “Os vidros High Performance completam a série SunGuard, revestidos com uma camada única de prata e, por isso, oferecem equilíbrio entre passagem de luz e bloqueio de calor”, afirma Kristina Wu, Gerente Técnica Comercial da Guardian Glass.
Segundo a executiva, os vidros de controle solar da empresa são fabricados com a tecnologia de deposição catódica à vácuo – “sputtering”. “Este é um processo no qual as moléculas e íons são aplicadas sobre o vidro de maneira uniforme, resultando em um produto de controle solar com performance e qualidade consistente, homogeneidade estética e, consequentemente, mais eficiente”, acrescenta.
O Neutral Plus, da Guardian Glass, no EdifIcio Helbor Wide. Fotografia: Divulgação.
Seguindo o mesmo propósito, a Blindex desenvolve uma série de vidros temperados para controle solar que recebe, no processo de fabricação, uma camada metálica para conferir maior proteção quando comparado com películas que têm a mesma função. “Além de diminuir a entrada de raios solares, esteticamente, é possível que o vidro seja produzido com diferentes níveis de transparência – mais transparente ou mais refletivo –, dependendo da escolha do cliente”, informa Glória Cardoso, Gerente Geral da divisão de Arquitetura da Blindex.
Uma vez que os vidros com controle solar são versáteis e podem trazer benefícios que vão desde redução do consumo de energia à preservação dos móveis – uma vez que reduz o impacto dos raios solares no ambiente interno –, esses produtos são populares em todo o país, em especial no Nordeste. “Nas grandes cidades, as pessoas estão cada vez mais conscientes sobre o impacto de um ambiente climatizado no conforto e na produtividade. Em regiões com menor acesso à tecnologia, ainda há uma lacuna na compreensão sobre a importância de ambientes bem projetados para o conforto térmico. Fatores como custo inicial e pouca informação técnica podem levar ao uso de soluções inadequadas ou sistemas ineficientes. Muitos ainda veem a climatização como um luxo”, diz Glória Cardoso.
Blindex na Casa RB, projetada pelo escritório Falchi Arquitetura. FotografIa: Edson Ferreira
Telas e cortinas
Como complemento aos vidros temperados, as telas solares trazem uma proteção extra contra o calor. A empresa Uniflex, do grupo Elubel, desenvolveu tecidos tecnológicos para a produção de materiais que refletem a luz natural e minimizam a transmissão de calor. “Suas tramas milimétricas, bem como o formato dos fios, potencializam a difusão da luz do sol, bloqueando a radiação direta sobre ocupantes e superfícies. Estudos de simulação computacional mostram que a tela pode reduzir a temperatura interna de 30% a 50%, dependendo do tipo de vidro utilizado”, diz Silvia Fagundes, Head de Marketing da Elubel.
Nos escritórios e empresas, telas solares contribuem para uma economia de energia significativa, ao mesmo tempo que aumentam o bem-estar e conforto dos colaboradores. Fotografia: Divulgação.
A Hunter Douglas, que oferece suas próprias telas solares, produzidas com um combinação de PVC, poliéster e fibra de vidro, podem ser acrescentadas em outros produtos do catálogo da empresa, como as cortinas Duette e Rolô KoolBlack. “A Duette tem uma estrutura inspirada nas colmeias e apresenta um formato de favo de mel com bolsões que retardam a dissipação do calor de dentro para fora. Em alguns modelos, isso pode proporcionar até 80% de eficiência energética. Já a KoolBlack, com modelo originalmente usado na indústria militar para refletir calor em aeronaves, foi reinventada pela para trazer uma nova perspectiva ao design de interiores”, explica Patrícia Cayres Head de Marketing da Hunter Douglas.
A executiva afirma que as mudanças do clima impactou a demanda pelos produtos. “Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde predominam altas temperaturas e grande incidência solar, a demanda por soluções com conforto térmico é maior. Já nas regiões Sul e Sudeste, além do controle térmico, destacam-se as soluções que oferecem conforto acústico. Com as variações de temperatura e a imprevisibilidade climática — seja pela troca de estações ou pelos efeitos da crise ambiental —, cresce a procura por soluções que oferecem conforto térmico durante todo o ano”, aponta.
Brise Metálico da Hunter Douglas no Centro Olímpico Tênis, no Rio de Janeiro. FotografIas: Divulgação.
Soluções estruturais
A Hunter Douglas oferece ainda soluções arquitetônicas que contribuem para o enfrentamento das ondas de calor, como: brises, sistemas modulares instalados em fachadas, que permitem o sombreamento dos edifícios sem comprometer a ventilação natural; e revestimentos perfurados, paineis com perfurações personalizáveis, permitindo diferentes graus de sombreamento e ventilação, ao mesmo tempo que criam efeitos visuais exclusivos.
Os produtos atendem a uma ampla variedade de ambientes internos e externos, utilizando matérias-primas como metais, madeira, cerâmica, HPL e têxteis, garantindo adaptação a diferentes projetos e necessidades. “Todas as regiões do Brasil enfrentam períodos de calor intenso que justificam o uso de soluções de controle solar. Entretanto, as regiões como o Nordeste e Centro-Oeste apresentam temperaturas mais elevadas e grande incidência de sol praticamente o ano todo. Essas regiões demandam materiais e subestruturas mais resistentes devido à ocorrência de ventos fortes, especialmente em edifícios altos”, explica José Henrique F. Ribeiro, Diretor de Produtos Arquitetônicos da Hunter Douglas.
Aplicação de Brises Fins, da Hunter Douglasm no empreendimento On Melo Alves, assinado pelo escritório FGMF. Fotografia: Fran Parente.
Novas escolhas
Há um consenso entre os profissionais do setor de que os clientes finais ainda não estão plenamente cientes sobre a importância da climatização dos ambientes. A mudança desse cenário é possível pela difusão de informação. Para Patrícia Cayres, da Hunter Douglas, despertar o interesse dos brasileiros por conforto térmico exige uma abordagem estratégica de conscientização. “É fundamental mostrar, de forma prática, como essas soluções ajudam a reduzir o consumo energético e elevar o bem-estar. É essencial para inspirar uma transformação nos hábitos e escolhas”, diz.
De acordo com Silvia Fagundes, da Uniflex, muitas pessoas ainda não têm plena noção de como soluções inteligentes fazem a diferença. “Os profissionais da arquitetura desempenham um papel chave nesse processo de educação, pois são eles que têm o conhecimento técnico para mostrar como essas soluções impactam diretamente no bem-estar dos ocupantes e, claro, na eficiência energética dos projetos”. Para a executiva, é importante que as empresas estabeleçam parcerias com especificadores. “Trabalhar de perto com arquitetos, designers e construtoras irá integrar essas soluções desde o início dos projetos, para garantir que o conforto térmico seja uma prioridade”, pontua.
Para finalizar, segundo Fernando Forte, do FGMF, as soluções chamadas passivas, que não possuem mecanismos elétricos, como ar condicionado, ventiladores, exaustores e afins, são mais acessíveis a grande parte da população. Entre os exemplos estão:
Orientação da construção em relação a sua latitude e norte, para que a insolação seja controlada e correta;
Uso de beirais, venezianas, brises e vegetação, preferencialmente em conjunto com a implantação adequada;
Uso de “ventilação cruzada” que permite que os ambientes desfrutem, ao abrir janelas opostas, de uma ventilação natural;
Uso de paredes com inércia térmica (mais densas, mais grossas, etc) em locais corretos para que o calor não as ultrapasse e esquente demais determinados ambientes internos;
Uso de ventilação zenital – aberturas no teto –,que pode estar atrelada a iluminação também;
Uso de telhas metálicas com isolamento térmico, mantas sob telhados de telhas de barro, lajes jardim ou ainda lajes com elementos que não esquentam como argila expandida, manta anti calor, etc.
Primeira construção finalizada em um novo condomínio, residência contempla pátio que privilegia privacidade e conexão com a natureza
O projeto da Casa Dante, assinado pelo escritório BLOCO Arquitetos, foi elaborado para abrigar as necessidades de uma família apaixonada por arte, desenho e arquitetura, que desejava mudar de um apartamento para uma nova casa. Localizada no bairro Lago Sul, em Brasília, arquitetos e clientes trabalharam juntos no processo de escolha do terreno, situado no último lote da rua de um novo condomínio próximo a uma das principais pontes de acesso ao centro da cidade.
A localização privilegiada do terreno, sem lote vizinho no limite norte, foi um aspecto primordial para a posterior implantação da casa de 400 m², que é térrea e possui uma planta em formato de “L”, com acessibilidade plena em todos os ambientes internos. Essa configuração criou uma espécie de pátio que contempla grande gramado com árvores frutíferas e piscina, transformando-se no espaço onde as crianças podem brincar ao ar livre, próximas à natureza.
A integração entre os ambientes foi uma prioridade, como forma de se manter a rotina e o contato entre os moradores. Cada cômodo foi projetado de acordo com as necessidades da família: enquanto as crianças desejavam redes na varanda de cada quarto – todos voltados para o grande pátio, assim como a sala – o casal buscava uma sauna e uma adega, que foram incluídas no projeto.
Uma grande mesa de concreto que começa na cozinha, tornou-se o principal elemento da área de convívio, unindo as funções de mesa de jantar, mesa de estudos dos filhos e mesa de apoio da cozinha em uma só peça. O acesso aos quartos é feito por um corredor sob uma grande claraboia – um espaço sem janelas, mas que, ainda assim, recebe iluminação natural zenital (vinda de cima), assim como outros ambientes da casa.
Outro desejo da família era que a casa fosse construída com materiais naturais, como pedra e madeira. Por sugestão dos arquitetos, o concreto aparente da estrutura foi adicionado a essa combinação de materiais. A cobertura apoia lajes em diferentes níveis sobre a área social e de serviço, deixando frestas para entrada de iluminação e ventilação natural.
Já o paisagismo privilegiou plantas nativas da região e outras com baixa necessidade de água, que se adaptam com facilidade ao bioma do cerrado.
O agricultor mundialmente reconhecido pela criação da técnica de cultivo foi convidado a aplicá-la ao condomínio Aldeia do Vale
Cada espécie vegetal tem sua função na natureza e colabora para o equilíbrio ambiental. Se cultivadas em consórcio, colaboram entre si e trazem benefícios como a manutenção e recuperação de lençóis freáticos e nascentes, além de manter o solo rico em nutrientes. Espécies arbóreas e alimentícias podem ser plantadas juntas, gerando assim a produção de alimentos enquanto a floresta cresce.
Estes são princípios da agricultura sintrópica, conceito desenvolvido pelo suiço Ernst Götsch, que se tornou mundialmente reconhecido pelo método. Convidado pela Associação dos Amigos do Residencial Aldeia do Vale (Saalva), ele veio à Goiânia pela primeira vez, para analisar as áreas verdes e reservas ambientais contidas num dos condomínios horizontais mais tradicionais da capital, o Aldeia do Vale, idealizado e lançado pela Tropical Urbanismo.
“A vinda do Ernst foi motivada pelo nosso desejo de tornar nossas áreas verdes cada vez mais mais harmônicas ambientalmente, considerando a fauna, a flora, os recursos hídricos e os próprios moradores”, declarou Luis Henrique Vita, coordenador, diretor de meio ambiente da Saalva. Ao longo de dois dias de sua visita, Ernst proporcionou um verdadeiro curso imersivo de conscientização ambiental, rotacionamento de culturas e biodiversidade aos representantes da Saalva e aos moradores do condomínio que se disponibilizaram a acompanhar as trilhas e palestras.
O agricultor comentou as espécies que melhor se adaptariam à cada região, o modo de cultivo ideal – considerando o índice de precipitação da chuva, ordem de plantio, interação de culturas e incidência de luz solar -, propôs soluções para harmonizar, ainda mais, a convivência dos moradores com a fauna e flora locais, e ainda recomendou cuidados extras para as nascentes presentes no condomínio, que ocupa área superior a 4,5 milhões e possui 750 mil metros quadrados só de reserva, fora os parques e área de paisagismo. No perímetro, existem três nascentes.
Paulo Roberto da Costa, sócio do Grupo Tropical, responsável pela implantação do projeto e atualmente morador do condomínio, lembra que o Aldeia do Vale foi implantado com baixa densidade, no máximo 20% de ocupação da área. O restante do lote é de área permeável. “Foi um sonho criar um condomínio ecológico porque a nossa essência é essa, o goiano aprecia estar perto da natureza”, lembra.
Casas sem muros e com grandes afastamentos entre si abriram espaço para que verde se tornasse um grande protagonista do lugar. A vegetação original da área foi mantida e o empreendedor plantou mais 100 mil árvores na época da implantação. As intervenções foram feitas apenas para as vias, áreas comuns e para as casas do condomínio. A cada árvore retirada para a construção das casas, devem ser plantadas outras três. “Então, a preocupação ambiental está no DNA do Aldeia do Vale, e agora os moradores convidaram Ernst para aprimorar este compromisso com a natureza”, diz Paulo Roberto da Costa, sócio do Grupo Tropical.
Para ele, o engajamento dos moradores é fundamental para uma ocupação responsável. “O sucesso de um empreendimento como este é resultado de um projeto bem elaborado e implantado. Os outros 50% vêm do compromisso das pessoas com o lugar, e o convite do especialista a partir da Saalva representa isso muito bem”, conclui Paulo Roberto.
Esta foi a primeira vez que Ernst aplicou o conhecimento em agricultura sintrópica no meio urbano. “É uma honra para mim e um grande desafio de dialogar com público completamente diferente. Ao mesmo tempo, é uma forma de contribuir [com as cidades] porque 90% da população [brasileira] vive na zona urbana”, disse. Durante sua visita, Ernst conheceu também a técnica dos swales que estão sendo implantados nos novos lançamentos desenvolvidos pela Raiz Urbana, empresa do Grupo Tropical. Ele visitou as obras do Aldeia Santerê, em Terezópolis de Goiás, que contará com esta técnica de drenagem da água das chuvas, inspiradas nas curvas de nível da agricultura. O futuro condomínio faz parte da linha Aldeia, terá características do Aldeia do Vale e virá inovações em sustentabilidade.
Quem é Ernst Götsch?
Na década de 1980, Göstch encerrou suas pesquisas em melhoramento genético na Suíça, seu país de origem, pois estava convicto de que era possível usufruir de melhores resultados com a agricultura se o plantio fosse feito em harmonia com o bioma nativo da região. Assim, adotou o Brasil como sua nova terra, e mudou-se para a Fazenda Fugidos da Terra Seca – hoje conhecida como Fazenda Olhos d’Água – em Piraí do Norte, região do cacau na Bahia, onde aplicou seu método de agricultura.
Ernst desenvolveu a agricultura sintrópica na fazenda e amenizou o débito que a sociedade tem com o bioma da Caatinga, que, de acordo com a Articulação Semiárido Brasileiro (Asa), já perdeu cerca de 53,62% de sua cobertura vegetal original. Em sua propriedade, foi percebido um aumento de 70% na quantidade de chuvas na fazenda Olho d’Água, e o reflorestamento da propriedade de Ernst fez com que chovesse mais em áreas que ficam a até 8 km a oeste da fazenda. Os efeitos foram reconhecidos internacionalmente, por países como Portugal, Alemanha e Espanha.
“Ao fazer a associação de culturas de maneira eficiente, criamos um ecossistema mais autossuficiente. Se uma espécie de porte menor for cultivada aos pés de uma árvore de grande porte, na estação de queda das folhas a menor vai ter mais umidade e matéria orgânica, o que diminui a necessidade de irrigar com frequência e garante frutos de maior qualidade”, explicou Ernst durante a consultoria, sendo este um dos vários exemplos de como a agricultura sintrópica poderia ser implantada em contextos urbanos.
Discípulo do mestre Evandro Carlos Jardim, Dias aplica técnicas da gravura em suas pinturas abstratas
Em sua primeira exposição individual na Dan Galeria, Teodoro Dias reúne um conjunto de pinturas, desenhos e esculturas que revela a essência de sua poética visual. Como artista que surgiu na cena artística brasileira mais recentemente, seu trabalho é marcado por uma aparência de concisão que não oculta o processo de maturação que em geral acompanha a realização de obras significativas. Nas palavras de Taisa Palhares, curadora da exposição, “Teodoro utiliza uma forma compositiva sintética: a combinação de faixas verticais que só diferem na largura e na cor, e que lembram o caráter repetitivo e anônimo do mundo industrial. No entanto, o que à primeira vista pode parecer um exercício conceitual vazio em torno da arte abstrata, é temperado pelo trabalho singular e artesanal que o artista mantém com a produção das cores e suas combinações, gerando a sensação de uma forma viva, vibrante e expressiva”.
“O desafio do artista – um desafio consciente – está na capacidade de, a partir de elementos tão simples, proporcionar ao público experiências que revelem as possibilidades infinitas contidas em gestos corriqueiros e anônimos: traçar uma linha ao lado da outra. A sua preocupação central reside na criação de objetos que não se mostram ostensivamente como arte. Antes, requerem uma percepção sutil do mundo e dos indivíduos que os coloque no limiar de uma experiência em que todos os seres carecem de uma identidade obesa e autos satisfeita” – Rodrigo Naves, crítico, historiador de arte e professor.
Ainda de acordo com Taisa Palhares, “no caso dos trabalhos maiores, feitos de perfis de alumínio pintados e articulados em posição vertical – e que podem ser manipulados pelo visitante – produz-se a imagem de uma partitura visual colorida em aberto que materializa o movimento dinâmico, e ao mesmo tempo harmonioso, de um organismo vivo. Se é possível falar em uma tradição da arte brasileira que foi enfeixada sob a definição de “geometria sensível”, é certo que sua poética se aproxima de tal tendência, a fim de reafirmar a potência inventiva que há naquilo que é simultaneamente sintético e múltiplo, simples e complexo, anônimo e singular”, finaliza.
SERVIÇO
Teodoro Dias – pinturas, relevos e esculturas
Curadoria de Taisa Palhares
visitação até 15 de fevereiro
Local: DAN Galeria Contemporânea – Rua Amauri 73, Jardim Europa, SP
Horário: das 10h às 19h, de segunda a sexta; das 10h às 13h, aos sábados.
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida
Texto e imagens: Divulgação DAN Galeria Contemporânea
Realizada há mais de cinco décadas em Verona, na Itália, e considerada a mais importante do mundo no segmento de pedras naturais, feira é realizado pela primeira vez em um destino fora da Europa
A Marmomac faz primeira edição em um destino fora da Europa. Trata-se da Marmomac Brazil, que será realizada na próxima semana, entre 18 e 20 de fevereiro, no Pavilhão de Exposições do Distrito Anhembi, em São Paulo, cujo credenciamento já está disponível para visitantes e imprensa.
Sob a temática Stones Takes the Stage” (“Pedras Sobem ao Palco”, em tradução livre), a feira ocupará uma área de 14 mil metros quadrados, reunirá cerca de 200 marcas expositoras e tem expectativa de atrair 15 mil visitantes de mais de 60 países. A escolha pelo Brasil não foi por acaso: quarto maior produtor e quinto maior exportador de rochas naturais do mundo, com clientes em mais de 120 países, o País é um gigante mundial em rochas e tem a maior geodiversidade do planeta, com materiais reconhecidos por sua beleza e qualidade mundo afora.
Gratuito para profissionais do setor e obrigatório para a participação, abrangendo visitantes, imprensa, autoridades e estudantes, o credenciamento está disponível neste link.
Churrasco brasileiro é a marca registrada da Tramontina na principal feira internacional de bens de consumo, na Alemanha
De 7 a 11 de fevereiro, a Tramontina marca presença em Frankfurt, na Alemanha, onde participa da Ambiente, principal feira internacional de bens de consumo que recebe compradores e fornecedores de todo o mundo. Com um estande de 330m², a marca leva os seus principais lançamentos e novidades do ano para apresentar aos cerca de 100 mil visitantes de mais de 170 países aguardados para esta edição do evento. Para isso, conta com uma equipe de atendimento composta por profissionais de 12 nacionalidades diferentes.
Como atração principal, o típico churrasco brasileiro com tudo que faz parte dessa tradição: do preparo ao servir. A linha de produtos Churrasco Black, premiada pelo NY Product Design Awards 2024, é um dos destaques desta edição. Resistentes e duráveis, suas facas são desenvolvidas com lâminas em aço inox escurecido e contam com cabos de madeira, rebites de aço inox escurecido e design anatômico, que tornam o uso mais firme e confortável.
Linha de facas da linha Churrasco Black com lâminas em aço inox escurecido.
Para que os visitantes da feira possam, além de visualizar a usabilidade dos produtos da marca, experimentar o sabor do tradicional churrasco brasileiro, a Tramontina leva para o seu estande um espaço dedicado às ativações diárias da chef churrasqueira Júlia Carvalho. “Vamos proporcionar a degustação e cultura do churrasco, atrelado aos conhecimentos de produzir utensílios essenciais ao preparo e servir”, relata Marcos Grespan, diretor da Tramontina.
Segundo Grespan, a Ambiente é uma grande oportunidade para a Tramontina apresentar suas novas linhas de produtos, pois é uma das maiores e melhores feiras mundiais em termos de visibilidade. “Uma oportunidade de fortalecer a marca não só na Europa, mas em todo o mundo. Durante os cinco dias de evento, esperamos ter mais de 500 reuniões com empresas de mais de 90 países em nosso estande. Além disso, o ganho de mercado e a valorização da marca é um importante indicador de nossa participação nesta feira”, declara o executivo. Confira alguns lançamentos da marca na ambiente!
Panelas de alumínio com antiaderente e fundo indução Spezia Induction
Desenvolvidas para atender principalmente a demanda europeia por produtos adequados a fogões de indução, são modelos com design e cores exclusivas. Corpo de alumínio com espessura de 3 mm que proporciona cozimento rápido e uniforme. Revestimento interno e externo de antiaderente Starflon Excellent carbono que não gruda, é fácil de limpar, mais durável e não é prejudicial à saúde, pois é livre de PFOA. Possuem cabos e alças de baquelite com acabamento soft-touch, que oferecem resistência e conforto, tampas de alumínio, pegadores de nylon e fundo de indução, que garante mais segurança e rapidez no cozimento. Pode ser utilizada em fogões a gás, elétrico, vitrocerâmico – resistência elétrica e indução.
As panelas Spezia Induction estão disponíveis nas cores Azul Ardósia (foto) e Areia.
Novas linhas de porcelanas para uso doméstico
A coleção Azzurra (foto abaixo) é a escolha ideal para quem busca unir tradição e requinte à mesa posta. Cada peça da coleção reflete a inspiração nos azulejos portugueses e a delicadeza das raras flores azuis. Com detalhes cuidadosamente desenhados, consegue criar uma atmosfera acolhedora e cheia de charme, seja em jantares especiais ou no dia a dia.
Já a coleção Nix (foto abaixo) encanta com a beleza inspirada na noite e na tendência boho. Com tons marcantes de azul e detalhes únicos, oferece elegância e modernidade para transformar suas ocasiões em experiências memoráveis.
Novos produtos na linha de térmicos
Bule térmico Tramontina Exata (foto abaixo) em aço inox 1 litro é a escolha perfeita para quem busca elegância e funcionalidade em sua cozinha. Com um design contemporâneo, ele se adapta a qualquer estilo de mesa, agregando um toque de sofisticação e beleza em todas as refeições. Leve e fácil de manusear, se destaca também por sua facilidade: com botão de acionamento na tampa, ele garante a manutenção da temperatura desejada por mais tempo, seja para bebidas quentes ou frias, pois será aberto somente quando necessário, o que faz com que sua ampola de vidro com fechamento a vácuo e a vedação eficiente, preserve a temperatura com eficiência e por longos períodos.
Com um bico de precisão, o Bule Tramontina Exata permite servir suas bebidas sem derramar e sem desperdícios. Além disso, sua alça ergonômica facilita o transporte até a mesa e o manuseio na hora de servir. Fabricado com materiais seguros para contato com alimentos, o produto alia qualidade e estilo, sendo uma peça indispensável para o seu dia a dia.
Com o copo térmico Tramontina 460 ml inox com bocal 360°, suas bebidas estarão sempre na temperatura ideal. Ele conta com parede dupla isolada a vácuo que conserva líquidos quentes por até 3 horas e gelados por até 7 horas. O bocal 360° proporciona facilidade de uso, permitindo que você beba de qualquer ângulo. O design compacto e resistente é perfeito para quem está sempre em movimento, além de encaixar facilmente no porta-copos do carro. Ideal para uso em casa, no trabalho ou durante passeios, esse copo oferece praticidade e estilo em todas as situações.
Novas linhas voltadas à culinária indiana
A linha Tramontina Utsava foi projetada para aqueles que prezam a tradição indiana e amam criar momentos inesquecíveis na cozinha. Com sua construção em aço inox de corpo triplo, oferece aquecimento rápido e uniforme. Compatível com todos os cooktops, incluindo indução, a Utsava incorpora versatilidade, dando a você a liberdade de explorar sua criatividade culinária. Com certificação NSF, foi projetada para durar e atender aos padrões profissionais, oferecendo confiança em cada prato. Um detalhe importante é que esta linha não está sendo lançada no Brasil. Por enquanto apenas no exterior.