Em suas vinte e duas edições, o Concurso Bienal teve mais de 7.000 inscrições e premiou suas contribuições na prática da arquitetura, planejamento urbano, paisagem, teoria e divulgação arquitetônica. Inscrições vão até 1º de outubro.
Sob o tema “Convergências: Arquiteturas Paisagem”, a Bienal Panamericana de Arquitetura de Quito (BAQ) está com inscrições abertas para profissionais de arquitetura brasileiros enviarem seus projetos. Em colaboração com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), a competição acontecerá em novembro deste ano.
Com coordenação do Colégio de Arquitetos de Pichincha – Equador, que estipulou convocatória acadêmica, premiação nacional e um concurso aberto à participação internacional, as inscrições deverão ser feitas até o dia 1º de outubro de 2024, e os arquitetos interessados devem submeter seus projetos por meio de delegados indicados pelo IAB. Eles poderão concorrer aos Prêmios Panamericano, Habitat e de Publicações. O Prêmio Panamericano conta com oito categorias para projetos de arquitetura construídos no continente americano. Já o Prêmio Habitat inclui três categorias para projetos internacionais, e o Prêmio de Publicações contempla publicações realizadas nas Américas.
O Concurso Bienal é uma chamada aberta para projetos e publicações realizadas durante os quatro anos anteriores a cada edição do BAQ. Em suas vinte e duas edições, o Concurso Bienal teve mais de 7.000 inscrições e premiou suas contribuições na prática da arquitetura, planejamento urbano, paisagem, teoria e divulgação arquitetônica. A instituição é reconhecida pela sua promoção do intercâmbio de ideias e soluções inovadoras no campo da arquitetura e urbanismo, além de fomentar a integração, a transferência de conhecimentos e a divulgação de projetos e tendências arquitetônicas e urbanas atuais.
Como parte da parceria com o IAB, os projetos que foram premiados pelo instituto em 2023 terão desconto na inscrição. Para participar, as propostas devem ter sido construídas ou publicadas entre 2020 e 2024, não terem recebido prêmios na edição anterior e estarem em conformidade com a legislação profissional e edilícia. As obras qualificadas também farão parte da exposição da BAQ 2024 e serão incluídas no Arquivo Digital BAQ.
Escritório Ópera Quatro Arquitetura vence concurso arquitetônico do novo Centro Administrativo de SP propondo projeto que inclui áreas verdes e mais espaços para pedestres
Anunciado no final de agosto pelo governador Tarcísio de Freitas, o escritório Ópera Quatro Arquitetura foi o vencedor do Concurso Público Nacional de Arquitetura para a nova sede administrativa do Governo de São Paulo nos Campos Elíseos, na capital. O projeto selecionado vai orientar uma das maiores intervenções urbanas já vistas no país desde a construção de Brasília ao implementar uma transformação da região central de São Paulo, propondo recuperar a região, aumentando a segurança, estimulando a circulação das pessoas e o investimento na área.
Com investimento previsto de R$ 4 bilhões, a obra deve ser iniciada em março de 2025 e finalizada até 2029. O Terminal Princesa Isabel e o Museu das Favelas serão realocados, enquanto 230 imóveis residenciais serão desapropriados. Além disso, 12 prédios serão construídos para abrigar o gabinete do governo e as 28 secretarias do estado. “É um projeto pensado também para gerar economia ao Estado e deixar um legado. O novo centro administrativo vai se tornar um grande catalisador do desenvolvimento econômico e social para São Paulo”, afirmou Tarcísio.
Projeto servirá de base para uma das maiores intervenções urbanas já vistas no país desde a construção de Brasília. A sede do governo paulista sairá do Morumbi e ficará localizada no centro da capital.
A realização do concurso arquitetônico é considerada um marco na história da cidade de São Paulo ao democratizar o debate sobre a iniciativa de transferência do centro administrativo do governo paulista para a região central da capital, permitindo compreender a visão de arquitetos e urbanistas brasileiros sobre a proposta.
Promovido pela Companhia Paulista de Parcerias (CPP), por meio da secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) do Governo de São Paulo, o concurso foi organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IAB) e prestigiou o desenho do arquiteto Pablo Chakur, entre sete projetos finalistas. Ao todo, 45 propostas foram enviadas por escritórios de arquitetura e urbanismo de todo o país e passaram pelas três etapas de avaliação e votação previstas no certame.
Projeto leva em conta características da região central, como passagem de pedestres.
O projeto do escritório Ópera Quatro Arquitetura chamou a atenção da comissão julgadora pela aderência às diretrizes previstas pelo concurso e atendimento ao programa estabelecido pelo governo paulista para a dinâmica da região e requalificação do centro paulistano. Com 288 mil m², o desenho arquitetônico maximiza os espaços públicos e privados no térreo; a criatividade; a inovação; e adequação à legislação urbanística e normas de patrimônio vigentes na região central de São Paulo. Com grande foco em sustentabilidade, os prédios terão fachadas duplas compostas por vidro temperado serigrafado, entre outros elementos.
O projeto do escritório de arquitetura Ópera Quatro prevê prédios com diferentes alturas e passarelas.
Projeção de como será a nova sede proposta pelo concurso.
A transferência do gabinete de governo paulista para a região dos Campos Elíseos a partir da construção de um novo complexo administrativo prevê a transformação da praça Princesa Isabel e o entorno em uma esplanada com novos edifícios para centralizar todas as secretarias, fundações e autarquias estaduais. Outra mudança relevante é a otimização das áreas de trabalho: o tamanho dos gabinetes e das secretarias será diminuído de 35 m² (atualmente) para 8 m², buscando o melhor aproveitamento dos espaços.
Apesar da mudança, o Palácio dos Bandeirantes continuará sendo utilizado como residência oficial do governador e sede da secretaria de Comunicação, da Casa Militar e da Casa Civil.
A construção da nova sede desapropriará 230 imóveis – Foto: Divulgação/GESP
Fonte: Gov. São Paulo
Imagens: Divulgação/Ópera Quatro
ABEAÇO e ABRAFATI apresentam dicas de pintura e orientações sobre o descarte sustentável dos materiais após a obra
Todos os anos, muitas pessoas aproveitam as festas de fim de ano para renovar suas residências, tornando-as ainda mais agradáveis, acolhedoras e personalizadas. Esse comportamento é influenciado por diversos fatores, como a renda extra proporcionada pelo 13º salário, as ofertas comerciais da Black Friday e o desejo de preparar a casa para receber visitas, alinhada às principais tendências do mercado de decoração e design de interiores.
De acordo com Luiz Cornacchioni, presidente-executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), “o hábito das famílias de realizar melhorias e pequenas reformas no lar se intensifica especialmente no segundo semestre e contribui para a movimentação econômica de diversos setores”. Segundo a Abrafati, houve um aumento significativo nas vendas de tintas imobiliárias no primeiro semestre deste ano, com um crescimento de 2,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Luiz Cornacchioni explica que “esse desempenho positivo reforça as expectativas da indústria e projeta um crescimento de 2,5% até o final de 2024”.
Outro comportamento importante que tem se tornado cada vez mais comum é a preocupação com o uso de materiais sustentáveis e com a melhor relação custo-benefício. “Com a procura por materiais que diminuam os impactos no meio ambiente, o varejo deve oferecer soluções e produtos sustentáveis. No caso do setor de tintas, as apresentadas em lata de aço oferecem segurança, praticidade, resistência e economia, e é considerada a embalagem mais sustentável e ecológica do planeta”, comenta Thais Fagury, presidente-executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (ABEAÇO).
Se você deseja optar por um produto sustentável, escolha as tintas que estão envasadas em lata de aço. A maioria das marcas do mercado nacional utilizam esta embalagem, “isso não acontece por acaso, já que o aço, por ser um material inviolável, também evita falsificações. A embalagem de aço ainda bloqueia a incidência de luz e oxigênio e, por isso, mantém a integridade do conteúdo e suas propriedades por muito mais tempo”, explica Thais, da ABEAÇO.
Para uma pintura impecável
1.Escolha a tinta certa:
Considere o tipo de superfície (alvenaria, metal ou madeira) e o local de aplicação (interior ou exterior). Verifique também se a tinta cumpre as normas técnicas brasileiras. O Programa Setorial da Qualidade de Tintas Imobiliárias (PSQ) da Abrafati garante a qualidade dos produtos.
2. Prepare a superfície:
Na preparação da superfície a ser pintada, é preciso fazer uma limpeza completa, que remova qualquer material que possa contaminar a pintura. A superfície precisa estar firme, uniforme (sem buracos ou rachaduras), seca e sem poeira, gordura, graxa, sabão ou mofo. Antes de pintar, é preciso verificar e corrigir imperfeições na parede, com argamassa ou massa corrida. Em caso de reboco novo, é preciso aguardar 28 dias no mínimo para a sua secagem, antes da pintura.
*Ajuda profissional: Na hora de pintar, é essencial conhecer as técnicas corretas e contar com ferramentas indicadas para a atividade. A contratação de um profissional qualificado para fazer a pintura ajuda a obter bons resultados.
3) Siga as orientações da embalagem:
Outra recomendação fundamental é seguir sempre as orientações presentes nas embalagens dos produtos, no que diz respeito ao rendimento acabado, ao intervalo entre demãos, à diluição, à secagem e a outros aspectos.
Atenção à previsão do tempo: Algumas precauções simples também evitam problemas, por exemplo, não efetuar a pintura em dias chuvosos ou com ventos fortes, pois eles trazem poeira e outras sujeiras para a pintura. Também não é bom pintar quando a temperatura está muito baixa (≤10ºC) ou muito alta (≥40ºC) ou quando a umidade relativa do ar está acima de 90%.
4) Sequência de pintura:
O ideal é começar pelo teto, pintando depois as paredes. Em seguida, devem ser pintadas as portas, as janelas e no final os rodapés. A pintura das áreas externas deve ser feita antes de pintar as áreas internas. É mais racional pintar dois cômodos de cada vez, para otimizar o tempo: pinte o primeiro e, enquanto a pintura seca, antes da próxima demão, passe para a pintura do segundo cômodo. Dessa forma, não há necessidade de deixar dois cômodos sem utilização pelos moradores ao mesmo tempo.
Tome alguns cuidados com o local: Não é preciso encaixotar e proteger todos os móveis e objetos do imóvel, a não ser que a pintura esteja sendo feita em vários cômodos ao mesmo tempo. Deve-se também remover prateleiras, lustres e quadros. Interruptores de luz e tomadas podem ser retirados ou protegidos com fita crepe. O chão do cômodo que será pintado também deve ser coberto, sem se esquecer de proteger os rodapés.
5) Conte com os principais materiais necessários:
É necessário ter rolos, trinchas e pincéis, caçambas ou bandejas, fitas adesivas, lixas, espátulas de aço (para aplicar massas em pequenas áreas e remover a pintura velha) e desempenadeiras de aço (para aplicação de massas em grandes áreas). Para todas as ferramentas e equipamentos, é importante estar atento à sua qualidade e à adequação para a utilização pretendida.
Segurança em primeiro lugar: As luvas de proteção são uma ferramenta essencial na hora de realizar uma pintura. Elas oferecem proteção contra os produtos químicos, mantendo suas mãos seguras de respingos.
*Se precisar lixar, atenção! De uma forma geral, o lixamento deve ser feito nas seguintes fases da pintura:
Superfícies novas: lixar antes da aplicação de qualquer produto.
Superfícies já pintadas (repintura): lixar antes da aplicação de qualquer produto, com o objetivo de fosquear as superfícies brilhantes e melhorar a aderência.
Descarte Sustentável
Ao finalizar a pintura, siga os passos abaixo para reciclar as latas de tintas utilizadas no processo que renovou os ambientes da sua casa.
Em primeiro lugar, evite as sobras de tinta, economizando o seu dinheiro e poupando o meio ambiente. Antes de ir à loja de material de construção, meça as paredes que precisa pintar. Passe as medidas para o consultor técnico de tintas, um profissional disponível nas melhores lojas do mercado. Ele é o mais capacitado a te ajudar a calcular quantos galões você realmente vai precisar.
Se mesmo assim sobrar tinta e não for utilizar mais, doe o que sobrou para associações de bairro, igrejas, escolas, creches, casas de repouso e instituições sociais, ou, ainda, para algum familiar, amigo ou vizinho. É muito importante que você doe sua tinta o mais rápido possível porque, em contato com o ar, com umidade ou com calor excessivo, a tinta vai gradualmente perdendo suas características ideais. Assim, não se pode demorar a utilizá-las depois que a embalagem for aberta.
Nunca jogue restos de tinta no vaso sanitário, na pia ou no bueiro! Muitos fabricantes oferecem a reciclagem do material nos próprios pontos de vendas. Se você descartar tinta velha de qualquer jeito, ela pode ser absorvida pelo solo e atingir até as águas subterrâneas, causando contaminação. Em locais sem tratamento de esgoto, o problema pode ser ainda maior, incluindo danos a áreas que não deveriam ter contato com esse material químico.
O que fazer com a lata? Se a lata estiver vazia, não é necessário lavar. O filme de tinta que sobra na superfície interna costuma secar em cerca de 24 horas e não atrapalha a reciclagem.
Procure um Ponto de Entrega Voluntária (PEV) da Prolata e entregue a embalagem. Se a alça e a tampa também forem de metal, melhor ainda, pois tudo será reciclável.
Para saber os endereços dos PEVs Prolata, basta clicar aqui: Link.
Portobello Shop utiliza IA para gerar previsão de vendas e gestão de demanda reduzindo ruptura de vendas e otimizando estoque em quase R$20 milhões
Por Ricardo Breda*
A inteligência artificial (IA) está transformando a indústria e o varejo de várias maneiras, impulsionando eficiência, inovação e competitividade. Na Portobello Shop tecnologia e dados estão no nosso DNA e tenho certeza que, no atual cenário competitivo de mercado, são fatores decisivos para nos diferenciarmos. Nos últimos dois anos, investimos na digitalização do negócio, com olhar focado na experiência do cliente, implementando pesquisa de NPS em todas as lojas e também, no redesenho da jornada de compra do cliente a partir do CX. Agora, chegou a vez de implementarmos uma importante otimização melhorando a projeção de demanda, usando, claro, IA. Dedicamos quase um ano ao estudo minucioso de tecnologias, incluindo a realização de benchmarks com empresas de setores industriais e varejistas.
O projeto de previsão de vendas e gestão de demanda começou com uma análise profunda da nossa situação atual. Antes, utilizávamos métodos usuais, como planilhas de Excel, prevendo diretamente o sell-in, o que gerava dificuldades em integrar conversas e alavancas de mercado que não acompanhavam de forma tão rápida a dinâmica do varejo, como campanhas promocionais, variações de preço e outras influências de mercado. Este método gerava problemas recorrentes de ruptura de vendas e excesso de estoque, impactando negativamente tanto o faturamento quanto a satisfação do cliente no momento da entrega.
No centro deste projeto está a área de Sales and Operations Planning (S&OP), responsável por garantir que os produtos estejam disponíveis no momento certo. A loja Portobello Shop, como a primeira interface com o cliente, desempenha um papel crucial na especificação e venda dos produtos. A partir do momento que o cliente confirma o pedido, este é direcionado aos nossos Centros de Distribuição, onde é separado e enviado ao cliente final. A precisão na previsão de vendas é fundamental para equilibrar toda essa cadeia de valor.
Para alcançar nossos objetivos, adotamos a DataRobot, uma das principais referências mundiais em IA, segundo a Gartner, em parceria com a Carpa Analytics, uma consultoria especializada em IA e Machine Learning. A escolha se deu pela capacidade de simulação e previsão da ferramenta, além de sua habilidade de transferir conhecimento, permitindo o desenvolvimento de novas habilidades dentro da nossa equipe através do repasse de conhecimento e capacitação em treinamentos ministrados pela consultoria. A ferramenta nos possibilita incluir diversas variáveis de negócio em nossas previsões, como orçamentos em aberto nas lojas, históricos de vendas, campanhas e preços, oferecendo uma precisão que anteriormente não era possível.
Desde a implementação da IA, já conseguimos identificar padrões de comportamento de vendas e obter resultados preliminares superiores ao método antigo. Nos primeiros meses de teste, nossos indicadores melhoraram em 20 por cento, evidenciando uma evolução significativa.
A melhoria contínua proporcionada pela IA tem gerado valor e eficiência, estimando uma otimização de estoque em aproximadamente R$15 milhões. Com o projeto, esperamos melhorar outro indicador importante que é a ruptura de vendas, resultando em aproximadamente R$5 milhões em ganhos adicionais. Outro ponto importante é o ganho de agilidade do processo, que reduzimos em mais de 50% o tempo necessário para gerar as previsões e o fato de agora olharmos e prevermos o sell-out, para então estimar o sell-in, o que gerar a possibilidade de integrar as alavancas de vendas com a produção. Além de evitar rupturas, a previsão mais precisa nos permite evitar o excesso de estoque, que resulta em perda de valor e desqualificação dos produtos. Com IA, estimamos alcançar o tamanho ideal de estoque em um ano. Isso libera caixa para investir em novos produtos, tecnologias e serviços.
Vale mencionar outros benefícios como também o ganho de agilidade do processo, que reduzimos em mais de 50% o tempo necessário para gerar as previsões para um portfólio de mais de 1300 itens e o fato de agora olharmos e prevermos o sell-out, para então estimar o sell-in, o que gerar a possibilidade de integrar as alavancas de vendas com a produção.
Nosso modelo de lojas sem estoque (showrroom) nos permite ter uma operação mais leve, porém oferecendo para nossos clientes nosso portfólio completo através da solução tecnológica de prateleira infinita. Mas por trás temos o desafio de sermos assertivos na previsão de venda e estoques por conta da nossa cadeia integrada e estoque compartilhado entre canais, e isso só é possível com a adoção da Inteligência Artificial (IA), que além de otimizar nossos custo, traz insights para nossos times comerciais e estratégia diz Robert Nunes- CDO Portobello Shop.
A implementação da inteligência artificial na previsão de vendas e gestão de demanda na Portobello Shop não é apenas uma transformação tecnológica, mas também uma revolução em nossa capacidade de atender às demandas do mercado com precisão e eficiência. Com ganhos financeiros substanciais, otimização de estoques e aumento na satisfação do cliente, estamos pavimentando o caminho para um futuro mais ágil e competitivo. A tecnologia não é apenas uma ferramenta; é o alicerce de uma nova era na gestão de demanda e operações da Portobello Shop
*Ricardo Breda é Head de S&OP | Planejamento de Demanda e Supply Chain na Portobello Shop
Em bate papo proposto e mediado pela CM, profissionais da arquitetura e do design de interiores dialogam sobre os principais critérios considerados ao especificar revestimentos de madeira para diferentes projetos.
Revestimentos de madeira, com sua variedade de tipos e aplicações, oferecem uma forma sofisticada e aconchegante de transformar e enriquecer os espaços. Versátil na arquitetura e no design de interiores devido à sua beleza natural, durabilidade e capacidade de adicionar calor e elegância aos projetos, o fato é que atribuem atmosferas únicas aos ambientes, além de agregar valor ao imóvel.
No dia 10 de setembro, a CM reuniu um grupo de profissionais, entre arquitetos e designers de interiores, para dialogar abertamente sobre novas abordagens no uso da madeira em projetos arquitetônicos modernos, discorrendo sobre pautas como tendências em revestimentos de madeira; sustentabilidade e proveniência; a influência do material no comportamento térmico e acústico de um ambiente; as vantagens do revestimento de madeira natural em comparação com alternativas como porcelanatos, pisos laminados ou vinílicos; e quais os principais critérios considerados ao especificar revestimentos de madeira para diferentes áreas de um projeto, observando desempenho e manutenção.
O encontro ocorreu em São Paulo, na Indusparquet, empresa referência em pisos e revestimentos de madeira de ampla jornada sustentável, que recebeu os convidados com um receptivo café da manhã. Após o bate papo com os profissionais, mediado pelo diretor da Casa e Mercado, Renato Marin, a marca apresentou um pouco sobre sua história e destacou alguns produtos e soluções de alta qualidade e desempenho, já reverenciados pelo mercado. “Hoje, a tarefa dos arquitetos e designers de interiores não é simplesmente pensar espaços funcionais e adequá-los aos interesses de seus clientes, mas constantemente fazer decisões, o que eu chamo de ataque tecnológico: a especificação. Nós entendemos que os profissionais são integradores de sistemas e nossa intenção não é somente informar o setor, mas fazer uma volta às origens da conversa, em roda, e entender para onde vai o mercado e de que modo os profissionais estão explorando as soluções existentes e elaborando seus projetos”, esclarece Renato.
Da esquerda para a direita, Alexandre Nascimento e Guilherme Alonso de Souza (Raiz Arquitetura), Silmara Lanatovitz, Guilherme Meneses (Perkins&Will), Alessandra Ruiz (LP + A Arquitetura), Juliana Miranda, Ana Palotta e Raphael Matias (Triptyque), Carolina Paula de Castilho e Marianna Catharina Rafaela Teixeira (Freijó Arquitetura), Adriana Weichsler e Viviane Saraiva (Pro.a Arquiteto), Maria Eduarda Rahal e Gabriel Parede e Fulvia Fiore (EMDA Studio | Arquitetura).
Alessandra Riera (Ar.kitekt )
Daniela e Vera Colnaghi.
Gigi Gorenstein.
Por que especificar revestimentos de madeira?
Dentre os temas propostos por Renato, investigar sobre os critérios de escolha e aplicabilidades reais por parte dos profissionais esteve em destaque. O aspecto ecológico e sustentável da madeira foi amplamente abordado, trazendo à tona assuntos como durabilidade e longevidade, desempenho térmico e eficiência energética, design biofílico e preservação ambiental, na seleção de madeiras de fontes certificadas e na possibilidade de recuperação, reconstituição e reciclagem do material.
Lembrando que a madeira é um recurso natural que armazena carbono durante seu crescimento, Fulvia Fiore, arquiteta na EMDA Studio, comenta: “Como a madeira captura carbono ao longo do seu ciclo de vida, ela é um material sustentável, renovável, muito mais sustentável que o concreto, por exemplo”. Já a designer de interiores Daniela Colnaghi destacou como a matéria prima pode aconchegar e, ao mesmo tempo, atribuir valor. “A madeira é um elemento natural que valoriza demais o imóvel do cliente e ele entende isso”, comentou.
“Além de tudo que podemos apontar a seu favor, acho importante destacar que a madeira é uma matéria viva, que ao longo do tempo também vai se transformando, evoluindo naturalmente com a casa, trocando de cor”, destacou a arquitetura Alessandra Riera, da Ar.kitekt. Sob o viés do design biofílico, a arquiteta Alessandra Ruiz, da LP + A Arquitetura, pontua que cada vez mais se faz necessário inserir elementos naturais nos ambientes residenciais e corporativos e que isso é uma tendência: “Trazer a natureza para dentro destes espaços traz benefícios à nossa saúde e ao nosso bem-estar. Agrega muito e compõe um resultado muito benéfico ao ser humano”. Incrementando o tema, a arquiteta Juliana Miranda acrescentou a neuroarquitetura nesta análise: “É importantíssimo termos a madeira natural, sua referência de cores, toque, cheiro, é algo extremamente confortável e aconchegante para o nosso cérebro, principalmente nos dias atuais”, comenta Juliana.
Ainda sobre o tema, o arquiteto Guilherme Meneses, da Perkins&Will, sinaliza: “Hoje em dia temos uma vida muito plástica. Especificar um material natural é permitir que a casa nos acompanhe ao longo dos anos e envelheça com a gente”. Complementando, Alessandra Riera explica que é importante conscientizar o cliente de que o produto natural desempenha muito melhor que outros materiais a longo prazo. “É nosso papel explicar que a madeira é um elemento vivo, que ela vai marcar, e que isso é bonito, transparece seu uso. Além disso, o revestimento natural pode ser reconstituído”, comenta.
Há resistências na especificação de revestimentos de madeira?
Outro destaque do bate papo foi o diálogo que se estabeleceu sobre as resistências que os profissionais encontram ao propor revestimentos de madeira junto aos clientes, seja em projetos residenciais, corporativos e institucionais, pequeno ou de grande porte. Para projetos residenciais, um ponto bastante comentado foi a necessidade de reeducar os clientes do ponto de vista cultural e transformar seus conceitos pré-concebidos sobre o uso da madeira. “Nas redes sociais tudo se apresenta de forma muito estéril e é uma estética que está ali, sendo difundida todos os dias, as pessoas acabam sendo bombardeadas por essa referência. Além de termos que conscientizar o cliente, é preciso lutar contra essa corrente”, comenta Fulvia Fiore.
Nos projetos corporativos e institucionais, assim como espaços públicos de grande circulação, a manutenção e a aplicação técnica foram apontadas como principais resistências. “Há uma resistência técnica. Hoje temos uma questão de execução de obra que é gerar um impeditivo. Quando propomos uma solução, o primeiro feedback é “não dá para fazer”. É preciso ir atrás dos meios e mostrar que dá para fazer, trazer o possível. É preciso tratar essa resistência que se alimenta do princípio de que o artificial é o mais prático e rápido, consequentemente melhor”, esclarece Guilherme Meneses. De acordo com Ana Palotta e Raphael Matias, da Triptyque, em projetos para incorporadoras o orçamento é a principal resistência. “Nas áreas comuns de incorporações, por exemplo, orçamentos barram a especificação do revestimento em madeira natural. Mas como a estética agrada, procuram aplicar produtos de aparência semelhante”, comentam.
Mesmo em projetos residenciais, as ideias pré-concebidas sobre revestimentos de madeira também resistem à especificação. “Em casa de veraneio, onde o cliente quer exclusivamente descansar, ele se preocupa com a manutenção. Aqui é preciso explicar que toda casa é um organismo vivo, ela precisa de manutenção periódica como um todo”, explica Guilherme Alonso de Souza, da Raiz Arquitetura.
De acordo com os profissionais da Indusparquet que estiveram presentes no bate papo, é necessário estudar o local de aplicação e definir qual a madeira e acabamentos apropriados para aquele local, observando que uma especificação cuidadosa impacta diretamente a manutenção posterior. A marca apontou também a longevidade do material como uma qualidade a ser considerada pelos clientes. “O cliente investidor entende isso, ele prefere a madeira. Ele sabe que ali está estrando um valor agregado”, sinaliza Adriana Weichsler, arquiteta da Pro.a Arquitetos.
Mariana Lisboa, diretora de marketing e comunicação da Indusparquet, apresenta alguns cases da marca.
Voltando ao próprio usuário da edificação, ele acata a especificação com facilidade?
Segundo a arquiteta Viviane Saraiva, também da Pro.a Arquitetos, muitos clientes chegam pedindo o revestimento de madeira, mas é preciso desde o começo entender a verba e procurar trazer clareza às escolhas do cliente. “Sempre que possível sugerimos e defendemos o uso de materiais naturais. É preciso certa inteligência na administração de tudo, desde o interesse do cliente à aplicação. A gente acaba precisando entender também de engenharia, de outras técnicas para justificar os usos, que a longo prazo vale o investimento”, pontua Viviane.
Os profissionais comentam que muito do interesse pessoal dos clientes já é conversado no início do projeto e que nem sempre há liberdade para sugestões, mesmo que eles não tenham clareza total do que querem. “No briefing buscamos saber o que o cliente mais gosta, lidamos com o sonho. As vezes eles trazem uma coisa, e assim vamos organizando o que desejam”, sinaliza Juliana Miranda.
Guilherme Meneses trouxe à roda um ponto interessante sobre como o mesmo cliente pode fazer escolhas diferentes de acordo com a finalidade de uso do imóvel em si: “Por exemplo, para um mesmo cliente, projetando a casa dele e o escritório dele, são espaços e decisões completamente diferentes. O conceito é diferente, os materiais que ele quer ali são diferentes. A madeira dialoga com a nossa memória afetiva, a chance de ela ser aplicada na casa e não no escritório deste cliente, é maior. A não ser que ele queira, propositalmente e conscientemente, trazer elementos que resgatem memórias afetivas para o escritório”, comenta. Confirmando este comparativo, o arquiteto Gabriel Parede, da EMDA Studio, explicita: “No residencial é mais fácil de dialogar com o cliente, a clínica deste cliente não é a casa dele. Na casa dele ele está mais disposto a investir em produtos mais nobres”.
De acordo com a arquiteta Carolina Paula de Castilho, da Freijó Arquitetura, os projetos residenciais precisam propor aconchego, ser um lugar de reabastecimento: “Para nós o importante é saber como o cliente se sente lá dentro. É sensação, porque é casa. Nos parece que as redes sociais forçam um pouco as pessoas a esquecerem da sensação de acolhimento que um lar deveria ter e focar só na aparência, para que o ambiente fique bem na foto, seja instagramável”, esclarece Carolina.
Importante destacar que há sim clientes conscientes que sabem diferenciar materiais, suas propriedades, e que tem a qualidade como fator decisivo para sua escolha. “Mesmo se o cliente optar por um vinílico ou porcelanato que imite a madeira, um bom produto, de qualidade, não é barato. Em termos de orçamento, isso também justifica o uso do revestimento de madeira natural. Estou finalizando um imóvel em que o cliente ponderou a questão e exigiu que eu não trouxesse nada “parecido com madeira” ao projeto, ele optou pelo material verdadeiro”, pontuou a arquiteta Silmara Lanatovitz.
A indústria oferece apoio e conhecimento necessário para que vocês possam justificar a especificação? A aplicabilidade é um problema ou não?
“Costumo pedir aos fornecedores que me preparem, para que eu possa explicar ao cliente todos os diferenciais. É preciso este amparo, esta formação e que isso exista em um diálogo mais direto com os escritórios”, comenta Adriana Weichsler. De acordo com Daniela Colnaghi, quando o cliente tem maior percepção do produto, ele mesmo busca se inteirar mais: “Mas no quesito mais técnico dos produtos, a indústria precisa nos dar este respaldo, orientação”, explica.
A Indusparquet fez questão de informar aos convidados que é de grande interesse da marca manter contato direto e dar todo o suporte necessário aos profissionais, visitando ou recebendo escritórios, oferecendo treinamentos e até auxiliando na especificação e orientação de produto para determinados espaços e projetos. “É muito interessante que a gente possa ter informações técnicas de aplicabilidades, manutenção. Um ponto muito importante é a correta instalação. As vezes adquirimos um produto maravilhoso que mal instalado apresenta péssimo desempenho, levanta, estraga”, reforça Alessandra Riera.
Sobre aplicabilidade, a arquiteta Gigi Gorenstein dividiu com o grupo uma problemática que enfrentou no quesito aplicação recentemente: “A umidade do contrapiso nunca chegava ao ponto adequado. Em determinado momento, se fez necessário aplicar o impermeabilizante, um custo a mais que o cliente não estava contando. É preciso explicar para o cliente tudo que pode ocorrer logo no início no processo, para que ele não se frustre”, esclarece Gigi.
De modo a minimizar problemas como este, a arquiteta Viviane Saraiva acredita que hoje em dia é função do profissional entender sobre a tecnologia do produto e o que implica aplicá-lo. “Temos um case com a própria Indusparquet, de um cliente que veio para a loja e acabou fechando pisos multistrato. Fomos orientadas durante todo o processo e tivemos que aprender toda uma metodologia de conferência com a Indusparquet, eles estão realmente preocupados com o processo de ponta a ponta e ofereceram todo o suporte”, revela Viviane.
Devido ao cancelamento da 10ª edição do Salão de Gramado que aconteceria em junho deste ano, organização adia também o evento de premiação.
A edição comemorativa da 10ª Edição do Salão de Gramado, que seria em junho, no Pavilhão Serra Park, na Serra Gaúcha, onde reuniria importantes indústrias do setor moveleiro e de decoração de todo país, foi adiada para 16 a 19 de junho de 2025, devido à tragédia que assolou o estado do Rio Grande do Sul nos meses de maio e junho deste ano.
Na ocasião, aconteceria a entrega dos troféus para os designers e indústrias vencedoras do Prêmio Salão de Gramado de Design, juntamente com a mostra das peças finalistas. Após algumas avaliações e pesquisas, a organização decidiu adiar também a festa de premiação. “Realizamos alguns contatos com parceiros, consultamos a agenda do Palácio dos Festivais e dos envolvidos com o concurso para a realização do evento de premiação ainda este ano, mas devido à desencontros de agendas não conseguimos chegar a um denominador comum”, afirma o CEO do Salão de Gramado, Flavio Ferreira. “Inclusive, chegamos a cogitar e conversar com algumas instituições de design e de decoração em São Paulo para viabilizar a mostra e a premiação, mas após alguns estudos, concluímos que nosso evento poderia ficar descaracterizado, uma vez que o charme da Noite de Premiação é acontecer em Gramado, na Serra Gaúcha”, conclui.
Sendo assim, a Noite de Premiação e entrega do troféu “Oscar Niemeyer” do 2º Prêmio Salão de Gramado de Design foi adiada para 2025, assim como a avalição presencial da 2ª fase, que seria em maio de 2024 e com o desastre ambiental, os jurados não conseguiram ir à Gramado, onde as peças finalistas estavam expostas. Ambas as datas, avaliação e premiação para o próximo ano, serão divulgadas em breve, segundo a organização do Prêmio.
Relembre os jurados
Foram mais de 200 projetos inscritos em 10 categorias e 43 foram aprovados para a segunda fase de avaliação. Os finalistas do “Oscar do Design do Brasil” foram selecionados pela comissão julgadora da 1ª fase composta por Newton Lima (designer de interiores e sócio da Casa Mollde), Eliana Sanches (diretora de conteúdo da Elle Decoration Brasil), Marcelo Lima (jornalista e crítico de design), Thais Lauton (diretora da Casa e Jardim), Mônica Barbosa (consultora de inteligência do mercado decor e marcas de luxo), Denise Gustavsen (editora da Elle Decor e coordenadora geral da Casa Claudia Luxo) e Paulo Niemeyer (arquiteto, urbanista e designer de produtos do escritório Niemeyer Arquitetos Associados).
Na Casa Manacás, arquitetura privilegiou linhas limpas, ambiente fluidos e materiais naturais.
Ao projeto para esta residência de 700 m² a solicitação foi clara: menos paredes, mais conexão. Os arquitetos Marina Dubal e Carlos Balarini, da Dubal Arquitetura e Design, ilustram no layout e na escolha de móveis e objetos da Casa Manacás, localizada próxima a uma reserva florestal, a leveza visual e a fluidez que a integração entre ambientes e com a natureza proporciona para a arquitetura de interiores. A principal expectativa dos moradores era uma linguagem contemporânea que incorporasse o entorno em linhas arquitetônicas limpas e que, ao mesmo tempo, mantivesse a privacidade.
A inspiração para o projeto surgiu das características do próprio terreno, que tem vista lateral para as montanhas. Para evidenciar o pano de fundo verde, a arquitetura prezou pela linearidade. “Com implantação em U voltada para a vista, o volume frontal da casa se debruça no talude frontal, privilegiando a paisagem no enquadramento da janela e a integração com a natureza”, conta o duo. O pátio é protegido pelos próprios volumes da casa: um refúgio que convida à contemplação da natureza e da arquitetura.
A natureza conduziu, também, o moodboard da parte interna com tons terrosos e texturas orgânicas, oriundas de nogueira-americana. Couro e linho, harmonizam com concreto, pedra e vidro. As cores vibrantes ficam por conta das obras de arte, presentes em alguns ambientes da casa.
À medida que aumentam as pressões climáticas globais, as empresas de todo o mundo são cada vez mais solicitadas a trabalhar em conjunto e a partilhar dados para construir soluções que salvem o planeta, destaca Rónán De Hooge.
*Por Rónán De Hooge
À medida que os eventos relacionados às alterações climáticas proliferam e as temperaturas globais aumentam, proteger os recursos da Terra e reduzir as emissões é o imperativo mais crítico do mundo. E o setor industrial, em particular, tem um papel descomunal a desempenhar.
A indústria, juntamente com o setor de energia, é responsável por 65% das emissões globais, segundo a IRENA. Tendo em mente estas estatísticas cruéis, responder às alterações climáticas exigirá uma transformação sem precedentes dos setores industrializados. Uma transição tão vasta exige soluções tecnológicas inovadoras que permitam às empresas se descarbonizar rapidamente, melhorar a circularidade e implementar práticas menos intensivas em recursos.
O futuro da eficiência empresarial e das reduções de emissões depende cada vez mais do poder dos ecossistemas de dados sustentados pela nuvem, à qual operadores industriais, desenvolvedores, parceiros e clientes estão conectados por tecnologias seguras e confiáveis.
Visualizações unificadas permitem insights
Com os ecossistemas de dados industriais, as empresas obtêm acesso a novas capacidades ou conhecimentos que talvez não tenham internamente. Eles também alcançam uma visão unificada de toda a sua cadeia de valor para descobrir e aproveitar novos insights que podem aumentar a eficiência e a sustentabilidade organizacional.
Quando esse tipo de inteligência é compartilhado na nuvem, os desenvolvedores – e todas as partes – podem visualizar rotas para um desempenho melhor e mais eficiente em termos energéticos. Além disso, ao adicionarem contexto aos dados em tempo real, os promotores e operadores industriais podem agilizar a pesquisa e o desenvolvimento, inovar, acelerar os esforços de sustentabilidade e, coletivamente, aumentar as vantagens competitivas.
Resultados poderosos de sustentabilidade
Em todo o mundo, as empresas industriais e os promotores já fazem uso do ecossistema conectado para gerar resultados positivos. A capacidade de compartilhar dados granulares em formato padrão, de forma aberta e segura com terceiros, apoia o desenvolvimento e as inovações em sustentabilidade.
Este tipo de visibilidade e adaptabilidade é imperativo em um momento de crescente inovação intersetorial, quando os desenvolvimentos em campo, como os grandes volumes de dados, podem apoiar o progresso em outra área.
Embora as organizações possam ter historicamente gerenciado dados por meio de planilhas em Excel, e-mail ou até mesmo cartões de memória, tais meios são ineficientes e inseguros diante de enormes cargas de trabalho. As tecnologias atuais permitem que os desenvolvedores obtenham acesso rápido a dados e conhecimentos externos, para compreender e contextualizar fluxos de dados brutos em tempo real.
Eleve a qualidade dos relatórios ESG
À medida que aumentam as exigências globais de regulamentação e conformidade, continua a existir uma oportunidade colossal para os desenvolvedores ajudarem os operadores industriais na elaboração de relatórios sobre metas Ambientais, Sociais e de Governança (ESG). Ao visualizar os dados unificados da cadeia de valor no contexto, eles ajudam a trazer à tona as áreas interdependentes nas quais as ações de sustentabilidade podem ter um impacto maior, como redução de emissões e melhor conformidade regulatória.
Por exemplo, um operador que necessite informar reguladores, clientes e investidores sobre o desempenho de sustentabilidade ano após ano, pode não dispor do cenário de dados completo necessário ou ter as capacidades internas para contextualizar os dados para relatórios de terceiros. Neste caso, criar um ecossistema para ligar todas as suas fontes de dados e partilhá-los com um parceiro que ofereça relatórios de KPI para ESG resolveria um desafio que, de outra forma, seria exorbitantemente dispendioso e problemático.
Por exemplo, a AVEVA trabalhou recentemente com um dos maiores planos de saúde sem fins lucrativos dos EUA, que atende 12,7 milhões de pacientes. Essa empresa consolidou dados de muitas partes interessadas no setor da energia e fez uma parceria com a DERNetSoft e a AVEVA Data Hub para obter mais visibilidade sobre o seu impacto, para superar desafios de compartilhamento de dados e traçar um caminho para melhorias com vistas sustentabilidade maior. O principal fornecedor de saúde dos EUA está agora em um caminho claro para alcançar os seus objetivos de descarbonização.
A oportunidade do desenvolvedor
Ao permitir uma eficiência operacional reforçada, os desenvolvedores e seus clientes estão bem posicionados para impulsionar a mudança em vários setores, reduzindo significativamente o consumo global de energia e as emissões.
Dentro do ecossistema conectado, cada parte pode ser capacitada para gerar ganhos de sustentabilidade a todas as partes interessadas de forma contínua. Seja para empresas industriais, empresas de tecnologia ou desenvolvedores, a somatória resultante é maior do que as partes envolvidas, demonstrando que os ganhos de eficiência e inovação prometidos pelo ecossistema industrial conectado serão a base do nosso futuro sustentável.
(*)Rónán De Hooge é vice-presidente executivo da Plataforma Industrial, CPO de Sustentabilidade e Gestão de Portfólio da AVEVA.
Sentar • Guardar • Dormir reúne mobiliários evidências de nossa diversidade cultural e social, que marcaram e documentam a história do Brasil
A mostra temporária “Sentar • Guardar • Dormir” reúne móveis que representam a diversidade de soluções utilizadas ao longo do tempo para estas três ações humanas cotidianas. As peças propõem um diálogo entre os acervos do Museu da Casa Brasileira, criado em 1970 para registrar e expor as diferentes formas de morar, e do Museu Paulista, voltado ao estudo de objetos e imagens que documentam a sociedade brasileira.
São bancos, cadeiras, sofás, caixas, cômodas, escrivaninhas, guarda-roupas, redes, esteiras e camas que documentam tanto a vida das pessoas que os utilizavam, quanto a daqueles que os produziam.
As peças também são evidências da diversidade cultural e social que vivemos, envolvendo heranças indígena, portuguesa e afro-brasileira, além daquelas ligadas às diversas imigrações e migrações que marcaram nossa história. Corre que vai até dia 29 de setembro!
Serviço
Sentar – Guardar – Dormir
Museu da Casa Brasileira e Museu Paulista em diálogo
De 11/6 a 29/9
De terça a domingo, das 10 às 17h. Última entrada: 16h.
Salão de exposições temporárias
Entrada gratuita (somente para esta exposição).