O conceito “Cidade de 15 minutos”

pedestres ciclistas dinamarca febiyan unsplash

Conceito oficializado pelo urbanista franco-colombiano Carlos Moreno propõe comunidades com acesso a tudo o que se precisa em um trajeto de 15 minutos

 

As cidades abrigam grande parte da população mundial e essa concentração urbana tende a aumentar cada vez mais. Mas como manter a qualidade de vida nessas “selvas de pedra”? Uma das propostas é a cidade de 15 minutos, um conceito de planejamento urbano que, como o próprio nome sugere, visa criar comunidades onde as pessoas possam ter acesso a serviços essenciais se deslocando por no máximo 15 minutos a pé ou de bicicleta.

O conceito incentiva o desenvolvimento de cidades com múltiplos centros, com escolas, hospitais, escritórios, lojas, restaurantes e entretenimento localizados localmente, reduzindo a necessidade de transporte por longas distâncias e, consequentemente, a dependência de carros e veículos motorizados.

Com intervenções e políticas urbanas, o planejamento por trás deste conceito iria reduzir a dependência dos veículos, incentivando as viagens ativas (caminhada ou bike). Com isso as emissões de carbono e a poluição atmosférica iriam diminuir e a saúde da população melhorar – graças ao ar mais limpo e à prática mais constante de atividades físicas.

 

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As cidades de 15 minutos envolvem uma série de ideias e projetos que existem há muito tempo. Mas o conceito foi criado “oficialmente” em 2015, pelo urbanista franco-colombiano Carlos Moreno.  Após cinco anos de pesquisa, Moreno revelou o conceito, denominado ville du quart d’heure em francês, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21) em Paris. A ideia ganhou força quando a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, adotou o conceito em 2019 e o utilizou durante sua campanha de reeleição em 2020, que teve o professor como consultor científico.

“As cidades são os sistemas mais complexos criados pelos humanos. E uma das características de um sistema complexo é a impossibilidade de prever sua evolução. Precisamos considerar as cidades como sistemas complexos e imaginar novas maneiras de gerar soluções adaptáveis” – Carlos Moreno, arquiteto e urbanista.

O conceito de cidade de 15 minutos incentiva o desenvolvimento de cidades com múltiplos centros. No início a teoria foi considerada utópica, mas se mostrou uma solução viável durante a pandemia, quando foi necessário repensar a maneira como as pessoas viviam e se deslocavam pelas cidades. Depois que Paris trouxe a ideia de Moreno para a política urbana, o modelo da cidade de 15 minutos foi adotado em outras cidades, incluindo Houston, Milão, Bruxelas, Valência, Chengdu, Melbourne, Buenos Aires, Xangai, Houston e Edmonton.

 

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A rede C40 Cities, um plataforma que reúne prefeitos do mundo inteiro para promover iniciativas contra as mudanças climáticas, adotou o conceito da cidade de 15 minutos como forma de recuperar as áreas metropolitanas depois do Covid-19.

Hoje, Carlos Moreno está repensando o conceito e trabalhando em uma proposta de cidades de 30 minutos, considerando áreas menos povoadas. Ele é professor associado da Universidade Sorbonne em Paris, desde 2017 e, em em 2021, recebeu o Prêmio Obel pela criação do conceito. O Prêmio Obel é um prêmio jovem que homenageia contribuições arquitetônicas excepcionais para o desenvolvimento humano, seja na forma de um edifício, de um plano diretor, um projeto paisagístico, uma teoria ou uma exposição.

Algumas pessoas defendem a teoria de que o conceito de cidade de 15 minutos poderia ser usado como base para limitar o deslocamento da população pela cidade – uma ideia que foi amplamente desmascarada. Em entrevista ao site especializado Dezeen, Moreno explicou que a ideia de que as pessoas não poderiam circular fora de um raio de 15 minutos é falsa. “Na realidade, com a cidade de 15 minutos, desenvolvemos uma cidade policêntrica com muitas novas ciclovias, novas áreas para pedestres e para propor muitos serviços diferentes”, explica ele.

A cidade dos 15 minutos também foi criticada por alguns que acreditam que o seu objetivo é dificultar a vida de quem opta pelo carro como meio de transporte, já que a ideia é incentivar a caminhada e a bicicleta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: CicloVivo
Imagens: Febiyan e Divulgação

Expo Revestir e Haus Decor 2024 – Tendências de mercado

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Em sua 22° edição, maior feira de acabamentos e revestimentos da América Latina apresenta inspirações, inovações e tendências para o setor, revitalizando o networking entre empresas e profissionais e reunindo os principais lançamentos e apostas para 2024

 

Realizada entre os dias 19 e 22 de março, a Expo Revestir consolida mais uma vez sucesso de público altamente qualificado, reunindo mais de 300 marcas expositoras em 65 mil m². Foram quatro dias dedicados aos lançamentos, tendências e inovações repletas de design, tecnologia e sustentabilidade, além de promover o network entre os especificadores e players do mercado.

A cerimônia de abertura contou com as palavras de Sérgio Magalhães, presidente do Conselho da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres), promotora da Expo Revestir, destacando a trajetória de mais de 20 anos da feira e a sua importância e reconhecimento, não somente no mercado nacional, como no internacional. Temas como estímulos às exportações e às lideranças femininas no setor também fizeram parte desta edição. Não somente uma grande plataforma de negócios que dita tendências ao setor da construção, arquitetura e decoração, o evento inspira diretrizes, reunindo o que há de melhor no mercado.

E novamente, simultânea à Expo Revestir, foi realizada a segunda edição da Haus Decor Show, que reúne os principais expositores dos mercados de tintas e vernizes, iluminação, automação residencial e refrigeração. Com parceria do SITIVESP (Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do ESP), o evento se consolida como a feira oficial deste setor, apresentando lançamentos, muito conteúdo, e movimentando os negócios de toda a cadeia produtiva da construção. Este ano, a tecnologia foi o grande fio condutor, percorrendo cada segmento da feira, da criação de ideias a produtos.

A CM esteve presente e destaca algumas novidades!

 

Assa Abloy

Com foco em inovação aliada ao design, o estande da Assa Abloy recebeu novidades das marcas La Fonte, Yale e Papaiz. A La Fonte apresenta uma nova coleção de puxadores, maçanetas e dobradiças de alto padrão, destacam-se pela diversidade de acabamentos e pela possibilidade de personalização. A Yale, além de trazer uma nova linha de fechaduras de alta segurança, apresenta a Fechadura Digital Reflecta, combinando estilo e tecnologia em um design espelhado, com capacidade para até 30 senhas e alarmes de segurança integrados. Já a Papaiz apresentou sua linha Digital, incluindo a Fechadura Eletrônica de Sobrepor SL125B, resistente à intempérie e indicada para regiões litorâneas. A marca também apresentou as fechaduras eletrônicas para móveis: a Fechadura Eletrônica Biométrica com Puxador, que com capacidade de cadastrar até 20 digitais oferece acesso por impressão digital para móveis de 14mm a 21mm de espessura, e a Fechadura Eletrônica Invisível para Móveis de Madeira, uma solução discreta e eficaz, com suporte para cartão/tag – permitindo o cadastro de até 14 cartões, incluindo um administrador.

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Sherwin-Williams

Este ano a marca homenageia a arte popular e artesanato do Brasil, apresentando o “Morada das Cores”, um estande inovador no formato de condomínio, em que cada casa personifica uma paleta de cores. Uma das casas é inspirada na arquiteta Janete Costa (1932-2008), conhecida por sua abordagem disruptiva às cores e sua pesquisa pioneira sobre a arte popular brasileira, apresentando 12 cores concebidas em colaboração com os filhos da artista, Lúcia e Mario Santos e Roberta Borsoi. Sob direção criativa de Rodrigo Ambrósio, essas tonalidades aquecem, inspiram e celebram a riqueza cultural do Brasil. O estante é composto também por ambientes inspirados nas paletas “Azuis & Verdes”, “Vermelhos & Violetas”, “Escuros & Dramáticos” e “Tons Delicados”, que integram o Colormix 2024 da Sherwin-Williams.

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Lorenzetti

A Coleção 2024 da Lorenzetti chegou com muita inspiração e personalidade. São produtos com design inspirador, alinhados com as principais tendências contemporâneas de decoração. A nova linha Loren Like da Lorenzetti traz torneiras autênticas, com modelos para lavatório e para cuba de apoio, ideais para projetos modernos. As torneiras são equipadas com mecanismo cerâmico ¼ de volta, permitindo a abertura e fechamento do fluxo de água de maneira rápida e prática. Além disso, o arejador embutido na bica uniformiza o jato d’água, evitando respingo e garantindo economia de até 50%.

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Trisoft

A marca de revestimentos funcionais e soluções acústicas com excelência na fabricação de produtos alinhados com o meio ambiente participa pela quarta vez da Expo Revestir e apresenta lançamentos, como o papel de parede que pode ser retirado e reaplicado sem nenhum dano, o NOT Paper. Além disso, demonstrando a aplicabilidade de suas inovações e produtos, produzidos de matérias primas recicladas e 100% recicláveis, sem a utilização de água, a Trisoft exibiu um vasto catálogo sensorial em seu stand, com o objetivo de entregar um espaço de inspirações, ideias e dicas para as melhores aplicações em ambientes residenciais, corporativos e comerciais.

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Castelatto

Dentre os destaques apresentados pela Castelatto, a Linha Matéria, criada sob o conceito da economia circular, chega com exclusividade no mercado, trazendo como inovação o reaproveitamento de resíduos do ciclo produtivo de louças sanitárias da Deca, marca também integrante do Grupo Dexco, por meio da reciclagem. Composto por seis versões de cores, Barbante, Chumbo, Cinza, Branco, Sálvia e Terracota, os revestimentos de parede são um novo modelo de brick, com espessura fina e material leve, que traz um aspecto visual contemporâneo e destaque para a textura porosa de tijolos aparentes

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Kingspan Isoeste 

Enriquecendo a sua linha de painéis arquitetônicos Benchmark, a Kingspan Isoeste apresentou o seu primeiro modelo de painel de parede translúcido. Batizada de LuminiWall, a novidade proporciona entrada de luz natural aos ambientes, combinando eficiência térmica e design estético, sem comprometer o desempenho dos projetos, contribuindo para a redução nas despesas com energia e consequente emissão de CO2. O produto pode ser utilizado tanto em aplicações verticais quanto horizontais, sendo a solução ideal para fachadas e divisórias internas, entre outras possibilidades.

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Villagres

Os elementos que compõem o ambiente e que proporcionam conexão com a natureza seguem em alta. A equipe de desenvolvimento da Villagres percebeu que questões relacionadas à saúde e ao bem-estar estão em evidência neste segmento e para contextualizar este cenário criou os porcelanatos exclusivos Emanatura, Trevi, Dolce e La Havre (assinada pelo arquiteto Paulo Niemeyer), apresentados na Expo Revestir. A coleção Emanatura foi cuidadosamente elaborada, pensando em explorar elementos estéticos como textura, cores, tipologia e relevo, todos influenciados pela organicidade intrínseca da matéria-prima que compõem a essência do porcelanato. Para áreas internas e externas, está disponível em três cores, calcário, areia e argila.

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Roca

Dois novos modelos de cubas de apoio assinadas por Rodrigo Ohtake, herdeiro projetual de seu pai Ruy Ohtake, para a coleção Ohtake, da Roca, ganham o prêmio Best in Show nesta edição. O prêmio de melhor cuba para as adições, inspiradas na forma da flor copo-de-leite, representa a fusão entre a tradição e a inovação.

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Cerâmica Atlas

No ano em que completa seis décadas de tradição, a Cerâmica Atlas marca mais uma vez presença na Expo Revestir. Criado com tecnologia de ponta, o Atlastec é um piso em porcelana que oferece maior resistência, beleza e praticidade para áreas de alto tráfego, como hospitais, supermercados, centros comerciais e indústrias. O modelo possui alta resistência à abrasão e ruptura, alta resistência química, alta resistência a manchas e ácidos, alta resistência a choque térmico e gelo e menor necessidade de rejuntamento. Disponível nos tamanhos 12×24 (natural e relevo), 30×30 (retificado), hexagonal 11, rodapé 10×30 e acabamentos internos e externos. Breve em 46×46 com novas cores.

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Cosentino

Lançando Dekton® Ukiyo, a Cosentino foi campeã na categoria Melhor Produto de Superfície Ultra Compactado no Prêmio Best In Show deste ano. O produto representa um marco no setor ao apresentar chapas com estruturas caneladas prontas para instalação, uma das primeiras ofertas desse tipo. Criado em colaboração com a designer de interiores Claudia Afshar, foi especialmente projetado para aplicação em revestimentos verticais, desde fachadas e lareiras até móveis personalizados, e estará disponível em acabamento fosco e duas opções de caneluras. Afshar selecionou a dedo cinco cores Dekton® existentes, Bromo, Kreta, Nacre, Umber e Rem, para fornecer uma paleta de cores abrangente para trabalhar de forma independente e em conjunto.

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Kohler

O projeto do estande dividido em duas ruas reverencia os pilares dos produtos da Kohler -cores matte, tecnologia, performance e design – através de displays de chuveiros e torneiras funcionais, banheiros inteligentes e ambientados e cozinhas, além de uma instalação assinada pelas artistas Deby Oizerovici e Gaby Schattan, da By Gabs. O espaço contou ainda com uma arena criativa, para palestras sobre arquitetura e design.  Dentre as novidades, o sistema de chuveiro Statement oferece uma experiência de banho multi-sensorial, permitindo que os usuários tenham total controle da temperatura e fluxo da água.  Os produtos das coleções incluem uma nova gama que inclui chuveiros manuais, sprays corporais, chuveiros de teto e duchas. Graças as válvulas e controles Anthem, cada um pode ser ajustado independentemente para atingir a temperatura desejada e o fluxo de água, com opções que incluem um spray suave do chuveiro de teto e uma massagem forte do chuveiro manual. Disponíveis em dois acabamentos: Cromado Polido e Matte Black. 

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Portobello

A Portobello apresenta ao mercado sua nova Coleção Authentic. Entre os destaques, estão as linhas Folia e Bordas, desenvolvidas em colaboração com o arquiteto brasileiro de renome internacional Isay Weinfeld, que expressa cores em um equilíbrio preciso e uma proposta lúdica e criativa, marcas do design do arquiteto. Para o desenvolvimento da linha Bordas, placas cimentícias robustas, de superfície e contornos irregulares, evocam o imperfeito do fazer artesanal, quase rústico. Em uma paleta de tons suaves e dimensões múltiplas, suas peças podem ser combinadas em composições moduladas, disponíveis em três formatos: Kit Quadrado, Kit Quadrado Reduzido e Peça Individual, em duas opções de cores: Cimentício Cor A (Cinza) e Cimentício Cor B (Argila).

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Deca

A linha Deca You amplia o conceito de versatilidade com os novos toalheiros térmicos que complementam a linha de acessórios, trazendo maior funcionalidade e estética compatível com diferentes linhas de metais Deca. A aplicação de parede garante maior conforto na saída do banho, enquanto a de piso privilegia o bem-estar em outros espaços, uma vez que pode ser transportada para diferentes cômodos da casa ou ser fechada e guardada. Os toalheiros contam com timer que permite programar ciclos com desligamento automático. Com uma temperatura máxima de 70°, oferecem total estabilidade e podem ser utilizados de forma contínua e segura. Disponível no acabamento Cromado e na tonalidade Black Matte, em D.Coat – tecnologia exclusiva Deca que oferece cores de alta performance aos metais – com maior durabilidade e resistência a corrosão, nas voltagens 110V e 220V.

Deca Toalheiro Térmico Deca You de Piso V Black Matte (créditoDivulgação) Easy Resize com

 

Durafloor

Com um padrão de catedrais leves, o piso laminado Nagoya, da linha Nature, lançamento 2024 da Durafloor, evidencia a suavidade na passagem de cores, trazendo harmonia. Feito em HDF (High Density Fiberboard) de madeira reflorestada, conta com a tecnologia Protekto Plus, diferencial que torna o revestimento mais protegido de vírus e bactérias por um período maior, oferecendo eficácia imediata com 99% de inativação viral no primeiro minuto. Traz também como diferencial o sistema Super Click, que torna a instalação do piso laminado mais rápida e fácil, com encaixe entre uma régua e outra, simplificando a desmontagem. Por ser considerado flutuante, possibilita que seja colocado por cima de outros revestimentos. Indicado para uso residencial e comercial está disponível nas dimensões 7×187 x1340mm.

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Doka

A Doka Bath Works tem se destacado no segmento de banheiras freestanding. Entre os lançamentos, apresenta uma tonalidade inédita da linha Rivvo e um novo modelo de Banheira Air Massage X, além da linha de Banheiras Texture, da linha Rainbow com sua ampla diversidade de tonalidades, das banheiras de imersão Victoria+Albert e as queridinhas banheiras de jatos de ar invisíveis – Air Massage X, que são um destaque a parte para os amantes de Freestanding.

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Lepri

Para o desenvolvimento da coleção MOBILI CREARE, os designers da Lepri buscaram referências na década de 70, quando os móbiles invadiram os quartos infantis. “Móbile significa “móvel” em latim, uma escultura cinética flutuante em sua essência que preenche um espaço tridimensional geralmente não ocupado por outros objetos.  A coleção, que oferece a funcionalidade de uma textura arquitetônica e cria efeitos de luz e sombra com a iluminação, é produzida com argila e auxilia na climatização do ambiente, proporcionando conforto térmico.

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Docol

Convidados pela Docol a projetar um misturador, o Quaglio Simonelli é um premiado estúdio de design baseado em Paris, reconhecido pelos detalhes poéticos e surpreendentes que incorpora a seus projetos. Idealizado como um volume arquitetônico em balanço assimétrico, o misturador monocomando Naiade, versões para cozinha e lavatório, reúne dois elementos de formas simples que criam composição fluida. A leve bica metálica pousada sobre um cilindro robusto sugere um equilíbrio dinâmico, na iminência do movimento, percepção reforçada pelo uso de dois materiais diferentes. A base do monocomando é produzida com o exclusivo Neoclast®, material de alto desempenho composto de resina e agregados minerais, que tem superfície não porosa e suave ao toque, em três opções de cores: giz, areia e basalto.

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Lukscolor

Durante a Haus Decor Show, a Lukscolor apresenta Tidal Wave como a “Cor do Ano de 2024”. Trata-se de um tom que simboliza a conexão com a natureza e a renovação de energias e transmite uma sensação de movimento contínuo. A marca também apresenta uma paleta complementar de cores, permitindo que designers, arquitetos e entusiastas do design de interiores explorem sua criatividade e transformem espaços com uma estética contemporânea.

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Roca Cerámica

A Série Capolavoro conta com tecnologias exclusivas da marca, como a Mineral Lab que utiliza uma granilha especial formada por minerais nobres, traz estampa e efeitos surpreendentes que reproduzem a estética da rocha natural e são percebidos ao toque. As lâminas SuperFormatos com dimensões que impressionam reforçam a caráter nobre da série e permitem sua aplicação em pisos, paredes ou painéis, além de tampose bancadas.

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Tarkett

A Linha “Essence 30” indicada para dormitórios, escritórios pequenos e quartos de hotéis, apresenta uma nova opção de formato para facilitar paginações criativas como a “espinha de peixe” (herringbone) em espaços menores, proporcionando um ambiente moderno. Este piso vinílico LVT traz o formato 600x104mm no design Malva, um dos Best Sellers da categoria, possibilitando um efeito de movimento para o piso, mesmo em ambientes pequenos. Com uma espessura técnica de 2,5mm e uma capa de uso de 0,3mm, garantimos durabilidade e resistência, oferecido pela Proteção de Superfície “Extreme Protection”.

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Fonte e imagens: Divulgação

Novas tendências para a construção civil

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Sustentabilidade é imperativo e Inteligência Artificial não vai substituir bons profissionais

 

tecnologia tem mudado a forma de se fazer Engenharia e, embora este seja um desafio, ainda bem. O mundo precisa construir uma nova economia e isso inclui, necessariamente, transformações. Uma das vantagens de atuar no mercado de construção civil há mais de 30 anos, é acompanhar este processo de perto. Falar em sustentabilidade, por exemplo, não é mais opcional, é imperativo. A construção civil é uma área que produz muitos resíduos e tem um consumo considerável de energia, por exemplo. Felizmente, a cada dia surgem novas soluções que ajudam o setor a diminuir seu impacto. Estar aberto a elas significa não apenas fazer a sua parte para lidar com a emergência climática ou atender a consumidores cada vez mais preocupados com a questão, mas também reduzir gastos.

Apesar de, frequentemente, ser necessário um investimento inicial em novas tecnologias, aderir a elas ajuda a otimizar processos e a economizar no longo prazo. Isso sem falar que os governos costumam dar incentivos fiscais e financiamentos especiais para projetos sustentáveis, a exemplo do IPTU Verde, que traz descontos no imposto a obras que implementam sistemas ecoeficientes em vários municípios.

Segundo o United States Green Building Council (USGBC), o Brasil é o quinto com mais construções sustentáveis no mundo em uma lista de 180 países. Utilizar técnicas ou materiais ecológicos é uma das formas de fazer isso, para que uma obra seja, de fato, considerada sustentável, é preciso muito mais. Eficiência energética e gestão de resíduos, por exemplo, fazem parte do combo.

Vale citar aqui o BIM (Building Information Modeling – Modelagem da Informação da Construção, em português), uma metodologia que utiliza um conjunto de softwares e ferramentas que integram projetos em diversas etapas da construção civil e, assim, tornar as obras mais rápidas, baratas e sustentáveis. Isso é possível porque, com uma melhor visualização dos projetos, a solução permite diminuir o desperdício de materiais e o gasto de energia, por exemplo. Obras feitas com o BIM costumam custar até 20% menos, além de serem concluídas com mais agilidade.

Também é importante estarmos atentos ao assunto do momento: a Inteligência Artificial (IA). A construção civil já está sendo impactada por soluções que vem da área. O próprio BIM, que acabei de citar, está ligado a ela. O que a IA tem feito é, basicamente, otimizar o trabalho dos profissionais da área tecnológica, ajudando-os a ficarem menos sobrecarregados com demandas manuais, possibilitando que eles possam pensar em melhorias para fazer mais e melhor.

Não acredito que a IA vai fazer as pessoas perderem seus empregos. O trabalho do engenheiro civil vai continuar sendo crucial para a segurança de todo tipo de edificação. As máquinas precisam ser supervisionadas. Afinal, se um prédio ou uma ponte colapsar, quem vai ser responsabilizado? É claro que para usar bem tanta novidade, precisamos entender como elas funcionam e a capacitação é essencial. O mercado vai sim exigir que as pessoas saibam trabalhar com a tecnologia e quem não se adaptar vai ficar para trás.

 

*por Lígia Marta Mackey – engenheira civil e presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP)

20ª edição SP–Arte celebra cena cultural

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De 3 a 7 de abril, evento movimenta o Pavilhão da Bienal com galerias de arte, estúdios de design, editoras e instituições culturais

 

O momento é de celebração: há 20 anos, nascia a SP–Arte. Hoje, consolidada como a maior feira do hemisfério sul e com sua relevância cravada no cenário nacional e internacional, o evento criado por Fernanda Feitosa em 2004 se destaca pelo pioneirismo, resiliência e inventividade. Desde a sua fundação, a SP–Arte tem sido uma plataforma de destaque para a promoção da arte contemporânea do Brasil e do mundo.

Os principais artistas da atualidade já passaram pela feira, entre eles nomes como Ai Weiwei, Damien Hirst, Jeff Koons, Lynda Benglis e Olga de Amaral. Ao longo desses 20 anos, a SP–Arte participou da formação de acervos de grandes museus, assim como de relevantes coleções particulares. Já estiveram nos corredores do evento colecionadores de peso como Mera e Don Mera Rubell, Karen e Christian Boros, Martin Margulies, Patricia e Gustavo Cisneros.

Ao longo dos anos, diversas obras apresentadas na SP–Arte foram incorporadas ao acervo de grandes instituições de arte do país. O programa de doações da feira, que já virou praxe entre colecionadores e expositores, estimula que pessoas físicas e jurídicas adquiram e doem trabalhos de arte apontados pelos museus como essenciais para formar suas coleções.

Somente nos últimos dez anos, foram mais de 170 obras incorporadas pela Pinacoteca de São Paulo, o Masp, o MAM-SP, o MAR, o Museu Nacional de Belas Artes, entre outros, e doadas por pessoas físicas e jurídicas como o grupo Iguatemi São Paulo e a colecionadora Cleusa Garfinkel. Artistas como Jonathas de Andrade, Lucia Koch, Marcelo Cidade, Cristiano Lenhardt, Laura Lima e Jaime Lauriano estão entre os contemplados.

Mais do que uma feira, a SP–Arte se tornou um catalisador para o crescimento e reconhecimento do mercado de arte brasileiro, conectando galerias, artistas e apreciadores de arte em um ambiente vibrante e dinâmico. Impulsionando e transformando o mercado, a feira se consolidou como uma plataforma que proporciona o intercâmbio entre galerias, artistas, curadores e pesquisadores.

Engajada desde o início em estimular a produção dos diferentes agentes do sistema de arte brasileiro, entre 2012 e 2014 a feira cedeu espaço ao “Laboratório Curatorial”, programa concebido e realizado por Adriano Pedrosa (curador da Bienal de Veneza deste ano) com o intuito de estimular jovens curadores a desenvolverem projetos expositivos. O laboratório serviu como uma plataforma de profissionalização na área de curadoria, selecionando nomes como Bernardo Mosqueira, Fernando Oliva, Marta Mestre e Tomás Toledo.

Entre 2014 e 2019, o programa “Solo”, outro setor curado, levou aos visitantes exposições individuais de artistas selecionados por curadores como Alexia Atala, Cauê Alves, Rodrigo Moura e Jacopo Crivelli Visconti, que também esteve à frente dos projetos curatoriais “Open Plan”, em 2016, e “Repertório”, em 2017 e 2019.

“Estamos muito entusiasmados em celebrar esta importante marca com nossa 20ª edição da SP–Arte”, diz Fernanda Feitosa, idealizadora do evento. “Ao longo dos últimos 20 anos, testemunhamos um incrível crescimento e transformação no cenário artístico do Brasil todo, e estamos orgulhosos de ter desempenhado um papel fundamental nesse processo. Esta edição promete ser uma celebração verdadeiramente extraordinária da arte, cultura e criatividade”, complementa Feitosa.

Ocupando o Pavilhão da Bienal entre os dias 3 e 7 de abril, a 20ª edição da SP–Arte irá reunir mais de 190 expositores, entre galerias de arte, estúdios de design, editoras e instituições culturais. O evento proporciona a exibição de artistas renomados, bem como de talentos emergentes. A programação da feira conta ainda com conversas com artistas, audioguias e lançamentos editoriais.

 

Destaques

Arte: 1º e 2º andares

No primeiro e no segundo andar do pavilhão, estarão concentradas as galerias de arte moderna e contemporânea, instituições culturais, espaços autônomos, além da Arena Iguatemi – que receberá os Talks SP–Arte. Entre as nacionais, destaques para expositores como Fortes D’Aloia & Gabriel, que apresentará dois estandes, um deles solo da artista Yuli Yamagata. O projeto de Luisa Strina destacará obras de Marepe e também de Anna Maria Maiolino – homenageada com o Leão de Ouro na Bienal de Veneza deste ano. Já a curadoria da Almeida & Dale inclui Tarsila do Amaral, Sérgio Camargo e Lygia Clark – atualmente em cartaz na Pinacoteca.

Presente desde a primeira edição da SP–Arte, a Raquel Arnaud que comemora 50 anos em 2024 leva ao pavilhão obras de nomes como Iole de Freitas, Jesús Rafael Soto, Sergio Camargo, Tunga e Waltercio Caldas. Já Nara Roesler destaca obras de Tomie Ohtake, artista presente na Bienal de Veneza deste ano.

A Gomide&Co apresenta um projeto especial de ukiyo-e, xilogravuras orientais produzidas por meio de matrizes nas quais se processavam pigmentos mais ou menos raros, transferidos para a superfície do papel por diferentes processos de fricção manual. Em seu projeto a galeria apresenta uma seleção de artistas como Utagawa Kunisada II, Utagawa Kuniaki, Tsukioka Yoshitoshi e Toyohara Kunichika. A Lima Galeria, de São Luís (MA), leva ao pavilhão os artistas Thiago Martins de Melo, Silvana Mendes, Gê Viana, Tassila Custodes, Carchíris e Zimar.

A Cerrado destaca trabalhos de Siron Franco, Amilcar de Castro, Manuela Costa Silva, Estevão Parreiras, Raylton Parga, Adriana Vignoli, Talles Lopes, José Bento e Dalton Paula – artista que também foi selecionado para a Bienal de Veneza deste ano. Marcelo Guarnieri leva ao pavilhão um projeto solo de José Resende, um dos artistas mais importantes da escultura brasileira. Diambe e Flávio Cerqueira, com representação anunciada recentemente pela Simões de Assis, apresentam esculturas em bronze desenvolvidas especialmente para a ocasião. A galeria também enfatiza obras de artistas que participam pela primeira vez do evento e de Ione Saldanha e Cícero Dias, artistas cujos espólios são representados pela galeria e também estarão em exposição na Bienal de Veneza deste ano.

Outro destaque é o coletivo MAHKU, presente no stand da Carmo Johnson Projects. O coletivo também integra a Bienal de Veneza 2024 com uma pintura mural inédita e monumental na fachada do Pavilhão Central da Bienal. Já a galeria Superfície leva a obra de Celeida Tostes, artista que dedicou a vida ao diálogo entre arte e educação, ampliando o pensamento no campo da escultura.

 

Galerias internacionais

Entre os destaques internacionais da 20ª edição figuram a Continua (Itália, França, China, Brasil e Dubai), Galería de las Misiones (Uruguai), Galería Sur (Uruguai), Gallery Nosco (Bélgica), Herlitzka & Co. (Buenos Aires), La Balsa Arte (Colômbia), Papai Contemporary (Noruega), Piero Atchugarry (Uruguai), RGR Galería (Venezuela), Ricardo Fernandes (França), Salar Galería (Bolívia) e Zielinsky (Barcelona).

Design e editoras: térreo

O destaque deste ano é a exposição Tátil: materiais no design contemporâneo, curada por Livia Debbané. A coletiva destaca a investigação de matérias-primas e apresenta uma paisagem sensorialmente diversa do design ligado ao ambiente doméstico. Com 25 peças criadas por designers estabelecidos ou em sua primeira década de trajetória, os projetos da exposição mostram como as qualidades próprias de cada material informam processos criativos, incentivam práticas sustentáveis e propõem estéticas inovadoras.

Em 2024, a feira celebra o crescimento de mais de 50% do setor em relação à edição passada, reunindo agora 67 expositores ao todo. No setor, o público poderá conferir trabalhos de grandes nomes do mobiliário brasileiro moderno e contemporâneo, como ETEL, ,ovo, Rodrigo Silveira, Jacqueline Terpins, irmãos Campana, Lina Bo Bardi, Jorge Zalszupin e Joaquim Tenreiro.

A Teo, loja e galeria criada há duas décadas pelos irmãos Lis e Teo Vilela Gomes e referência na sustentação da relevância do design modernista das décadas de 1930 a 1970 no Brasil, estará presente com um preview da exposição Dar forma à Forma. A seleção trará algumas das peças mais emblemáticas da Forma, empresa originalmente idealizada por Lina Bo Bardi, Pietro Maria Bardi e Giancarlo Palanti no início dos anos 50, e à época chamada Pau Brasil – com inspiração na matéria-prima que, juntamente ao Jacarandá, era pela primeira vez utilizada por ícones do design internacional.

 

Instituições culturais, espaços autônomos e editoras

Instituições culturais, como MAM, MASP, Instituto Inhotim e IAC participam da SP–Arte com suas respectivas lojas de objetos de arte e design. A curadoria também conta com espaços autônomos como: Solar dos Abacaxis, Casa do Povo e Pivô. O MAM levará para a SP–Arte o Clube de Colecionadores 2024, que apresenta obras dos artistas André Ricardo, George Love e Lucia Laguna. Selecionadas pelo curador-chefe do museu, Cauê Alves, as obras são produzidas em tiragens limitadas de 70 exemplares e incorporadas ao acervo do museu. Editoras também participam da feira, entre elas: Cobogó, BEĨ, Taschen e Ubu. Destaque para a Desapê, que apresenta com exclusividade uma série de 20 xilogravuras inéditas de Edgar Calel, artista indígena guatemalteco que integrou a 35ª Bienal de São Paulo e foi mencionado nas edições de 2022 e 2023 na seleção Power 100 da ArtReview, uma das revistas mais importantes de arte contemporânea internacional.

 

Programação

Talks SP–Arte na Arena Iguatemi

Realizado com o apoio do Iguatemi, o programa de conversas da feira busca aproximar o público da produção de importantes artistas brasileiros. Nesta edição, participantes de gerações e em fases de carreira diversas conversam com curadoras de arte sobre os principais aspectos de sua obra – das poéticas que permeiam sua pesquisa artística ao cotidiano de um ateliê. Veja abaixo a programação completa.

 

Arena Iguatemi
Quinta-feira, dia 04

14h Vik Muniz conversa com Catarina Duncan
15h Paula Siebra conversa com Fernanda Brenner
16h Maria Prata entrevista André Namitala
17h Yuli Yamagata conversa com Fernanda Brenner
18h Gervane de Paula conversa com Carollina Lauriano + lançamento editorial

 

Sexta-feira, dia 05

14h Adriana Varejão conversa com Catarina Duncan
15h Vinícius Gerheim conversa com Carollina Lauriano
16h Igi Lola Ayedun conversa com Carollina Lauriano
17h Lidia Lisbôa conversa com Catarina Duncan
18h Tiago Sant’Ana conversa com Catarina Duncan + lançamento editorial

 

Sábado, dia 06

14h Lançamento do livro “Julia Kater”, com a presença da artista. Além disso, outros talks pelo pavilhão já estão confirmados. O artista Artur Barrio vêm a São Paulo para uma conversa com o curador João Fernandes, do Instituto Moreira Salles, no dia 4 de abril, quinta-feira, às 15h, no Collectors Lounge. No mesmo dia e horário, a Teo promove no setor Design uma conversa entre Teo Vilela Gomes, Tainá Azevedo e Amanda Carvalho, curadores da mostra “Dar forma à Forma”.

 

Audioguias

Os audioguias temáticos da SP–Arte propõem uma experiência imersiva que permeia artistas e obras de arte expostas pelos expositores. Nesta edição, os audioguias são formulados e narrados por Victor Gorgulho, Thais Rivitti, Renata Felinto e Giancarlo Hannud. É possível ouvi-los antes, durante ou depois do seu passeio e descobrir mais sobre temas instigantes da arte brasileira. As transcrições dos audioguias estarão  disponíveis no site oficial do evento.

 

Um modernismo para deglutir, por Giancarlo Hannud

Partindo da década de 1920, o audioguia busca pelos “acepipes, pitéus e quitutes” da produção artística brasileira daquele período até chegar aos anos 70. Neste roteiro, o modernismo brasileiro surge importando as linguagens formais do exterior, mas, ao encarar suas próprias contradições, torna-se multifacetado, jorrando o gozo da alegria em meio à dor.

 

Saturado de imagens, limpamos os olhos para (re)ver pela primeira vez, por Victor Gorgulho

Este audioguia propõe um percurso em que a experiência de circulação pela feira de arte – usualmente pautada pelo excesso de estímulos e por uma rarefeita absorção dos trabalhos de arte ali expostos – seja substituída por uma caminhada mais lenta, pontuada por pausas, respiros e brechas convidativas à reflexão por parte do público visitante.

 

Salvando a vida que é sua: a criação de seus próprios modelos, por Renata Felinto

Assim como na obra “Em busca dos jardins de nossas mães: uma prosa mulherista”, da escritora norte-americana Alice Walker, o audioguia investiga a importância das referências para artistas da afro-diáspora. No roteiro estão criadores/as que permitiram-se a liberdade e o desafio de enunciar seus próprios paradigmas conceituais, temáticos e estéticos, rompendo barreiras nas produções contemporâneas de seu segmento étnico-social.

 

Natureza, corpo e paisagem na produção feminina contemporânea, por Thais Rivitti

Um passeio por obras feitas por artistas mulheres que escolhem a relação com a natureza como motor de suas pesquisas. Neste audioguia as linguagens são múltiplas, mas as perguntas se mantêm constantes. Como respeitar as formas de vida não humanas? Como agir e transformar o mundo sem recair em relações de exploração? Como valorizar as atividades ligadas ao cuidado e manutenção da vida?

 

Estande Vivo

Será dedicado ao tema da sustentabilidade e contará com a consultoria da curadora Mirtes Marins de Oliveira. Nas últimas edições, a Vivo tem destacado temas importantes para a contemporaneidade, como LGBTQIA+ e povos indígenas.

 

Estande Vivara

A Vivara estreia como patrocinadora master da SP–Arte com o Vivara Art Box. O espaço, customizado por Filipe Jardim, terá um bar com drinques artsy.

 

Arte para leilão

Arte para Arte é um leilão organizado por Adriana Varejão e Pedro Buarque de Holanda, em benefício de seis organizações sem fins lucrativos. O leilão será realizado na quinta-feira, dia 4 de abril, no Hotel Emiliano, e as obras serão expostas no dia de abertura da SP–Arte no Collectors Lounge. Doaram obras para o leilão Adriana Varejão, Alex Cerveny, Emmanuel Nassar, Luiz Zerbini, Marcela Cantuária, Márcia Falcão, Nilda Neves, Vik Muniz e Vivian Caccuri.

 

Circuito SP–Arte by Blue Moon

A convite de Fernanda Feitosa, fundadora e diretora da SP–Arte, o arquiteto Isay Weinfeld realiza na Casa SP–Arte a mostra Funil, organizada em colaboração com Lucas Jimeno. A mostra acontece de 23 de março a 30 de abril, no contexto da comemoração de 20 anos de SP–Arte.

O evento dá início ao Circuito SP–Arte by Blue Moon, agenda completa de aberturas, conversas, visitas guiadas e ateliês abertos que movimentam a cidade antes e durante a feira, estendendo-se até dia 7 de abril. A Blue Moon é a cerveja oficial do evento.

As atividades incluem aberturas e encerramentos de exposições, conversas, visitas guiadas e a possibilidade de visitar ateliês de artistas e designers.

O projeto na Casa SP–Arte, que combina arte e contemporânea e design pelo olhar experiente de Isay Weinfeld construído ao longo de uma carreira que já soma 50 anos, propõe uma ocupação da casa projetada pelo artista e arquiteto Flávio de Carvalho. Nos anos 30, Carvalho propôs novas formas de habitar o lar e, Weinfeld, nesta exposição, convida novamente o público a pensar uma vivência dentro deste espaço.

Funil é resultado de uma vida inteira que se reflete nas escolhas e disposição das obras, dos móveis e tecidos. A mostra é aberta à interpretação de cada um ao se deparar com trabalhos carregados de simbolismo, memórias e relações afetivas, ao mesmo tempo, muito pessoais quanto universais.

Confira a agenda completa em: sp-arte.com/agenda/.

 

SP–Arte
3–7 abril 2024
Localização
Pavilhão da Bienal
Parque Ibirapuera, portão 3

Horários
03 abril: convidados
04–05 abril: das 13h às 20h
06–07 abril: das 11h às 19h

Ingressos
R$ 80 inteira
R$ 40 meia-entrada
https://bilheteria.sp-arte.com/

Com a presença da natureza

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Residência incorpora materiais sustentáveis e promove integração entre externo e interno, priorizando a presença da natureza

 

Localizada na Praia do Forte, um vilarejo que fica pertinho de Salvador, a Casa Neo foi projetada levando-se em consideração o ambiente litorâneo, priorizando a presença da natureza e integrando os jardins à área interna. Contemplando 356 m² de área construída, projeto arquitetônico e de interiores é assinado pelo escritório da arquiteta Tatiana Campos Melo. O local abarca uma base do Projeto Tamar, onde é possível conhecer profundamente sobre a vida marinha e a preservação das espécies de tartarugas e, de quebra, observá-las.

Para além da estética e funcionalidade, a arquiteta orientou suas escolhas considerando a sustentabilidade e observando de perto a procedência dos insumos e a indústria envolvida, de modo a garantir a qualidade e durabilidade dos materiais e minimizar o impacto ambiental da construção. A madeira foi o material predominante na casa, contribuindo para uma estética quente e acolhedora; uma solução que também considerou a resistência do material à maresia e às intempéries características de ambientes litorâneos. A harmonização dos tons quentes da madeira foi equilibrada com a utilização de pisos e tecidos de cores neutras, criando um ambiente aconchegante e leve, ideal para o lazer e convívio da família e amigos.

 

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O projeto contemplou também ambientes amplos e integrados, eliminando barreiras físicas ou visuais a fim de promover a sensação de fluidez e conexão entre a área externa e interna da residência. De encontro a isso, foram utilizados cobogós feitos de bambus, permitindo a entrada do verde através da varanda, ressaltando a utilização consciente de materiais adequados para o ambiente litorâneo em que a casa está localizada.

 

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A amplitude dos espaços e a ausência de fronteiras permitem que a brisa marinha e a luz natural se infiltrem graciosamente, criando uma atmosfera que convida à descontração e à comunhão. Os elementos da decoração ecoam um compromisso com a sustentabilidade. A construção prioriza a presença da natureza ao integrar os jardins às áreas internas e fazer uso predominante da madeira. 

 

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Nesta fachada posterior, os quartos se abrem para o verde com portas que vão do chão ao teto e se alojam nas extremidades. A área externa cumpre bem sua função de conectar a residência com a natureza, A decoração preza por ambientes acolhedores e cheios de equilíbrio, criando um visual amplamente harmonioso entre cores e formas.

 

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Imagens: Gabriela Daltro

 

Istituto Europeo di Design inaugura cursos em parceria com a Expo Revestir

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O IED se une à Expo Revestir para lançar programa de extensão voltado a profissionais e estudantes que desejam aprimorar suas habilidades na criação de ambientes internos e a explorarem o potencial transformador da IA em seus projetos

 

Com objetivo de capacitar alunos a aplicarem os princípios de Design de Serviços e da IA para design de varejo a atender às necessidades do mercado e dos usuários desenvolvendo soluções e estratégias de design que integram diversos tipos de serviços, o Instituto Europeo di Design em parceria com a Expo Revestir trazem para a próxima edição da maior feira de revestimentos e acabamentos da América Latina – que acontece entre os dias 19 e 22 de março na São Paulo Expo – dois novos cursos que tem como principal objetivo explorar ideias inovadoras e ferramentas práticas para integrar estratégias de design que visam proporcionar experiências memoráveis e eficazes.

 

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Voltado para Diretores, Gestores de Marketing e Comunicação, Especificadores, Arquitetos e Designers em início de carreira ou não, além de estudantes, o curso Design Estratégico e Serviços para Design de Varejo com Expo Revestir conta com aulas que acontecem online e ao vivo e oferecem abordagens práticas para aplicação dos conceitos aprendidos, como os estudos de casos reais e exercícios práticos, e conta com carga horária total de 36 horas de duração.

A metodologia oferece uma combinação de apresentações teóricas, mapeamentos de steakholders, tendências futuras e desafios do setor, além de estudos de casos práticos e exercícios em grupo onde os alunos são constantemente desafiados a aplicar ativamente os princípios aprendidos em contextos do mundo real, desenvolvendo habilidades valiosas que poderão ser imediatamente aplicadas em suas carreiras. Ao final do programa, os estudantes terão a chance de consolidar seus aprendizados em um projeto final, onde poderão aplicar os conhecimentos adquiridos para resolver um desafio real de design de interiores sob a orientação dos instrutores IED.

O curso de Design Estratégico e Serviços para Design de Interiores com Expo Revestir oferece uma colaboração valiosa com a maior feira de revestimentos e acabamentos da América Latina, que proporciona um ambiente propício para a imersão nesse universo criativo e inovador, oferecendo aos alunos uma perspectiva abrangente e prática sobre as possibilidades e desafios do mercado. Além de tudo isso, a parceria com a Expo Revestir oferece ainda acesso privilegiado a insights e recursos exclusivos da indústria, onde os participantes terão a chance de interagir com profissionais líderes do setor, explorar as últimas tendências em revestimentos e acabamentos, e estabelecer conexões significativas que podem impulsionar suas carreiras no campo do design de interiores. E como condição especial, os visitantes que realizarem a inscrição no stand do IED durante a Expo Revestir terão 10% de desconto no valor total do curso.

Já o curso IA para Design de Varejo com Expo Revestir representa não apenas uma evolução tecnológica, mas uma transformação profunda na maneira de como são concebidos e executados os projetos no setor, e surge com a proposta de capacitar participantes a explorarem todo potencial da IA para impulsionar a inovação e a criatividade no design de varejo, sendo que a aplicação prática das ferramentas de IA não apenas otimiza os processos e tomadas de decisão, mas também abre caminho para abordagens mais personalizadas e adaptativas, alinhadas às demandas e expectativas do mercado contemporâneo.

Voltado para profissionais e estudantes, arquitetos, designers em geral, publicitários e profissionais do varejo interessados em explorar o potencial transformador em seus projetos, a metodologia oferece uma experiência de aprendizado abrangente e eficaz combinando abordagens teórica e prática, onde serão estruturados três pilares principais, sendo a exposição de conceitos, as práticas com plataformas de IA e a exploração de materiais de acabamento e construção. Durante as aulas expositivas, por exemplo, os participantes terão a oportunidade de compreender os fundamentos teóricos da IA aplicada ao design de varejo, afim de assimilar conceitos-chave que guiarão práticas futuras. Já nas aulas práticas, os alunos irão colocar à prova todo conhecimento adquirido ao utilizar diferentes plataformas de IA. Ao final do curso, os integrantes serão convidados para desenvolverem um projeto gráfico que demonstre suas capacidades de aplicarem os conceitos e técnicas aprendidos durante o programa.

A carga horária é de 20 horas presenciais e os visitantes que realizarem a inscrição no stand do IED na Expo Revestir terão 10% de desconto como condição especial. A parceria com a Expo Revestir, proporciona ainda, acesso privilegiado a insights da indústria conectando os participantes do curso com profissionais e tendências de destaque no cenário do design de interiores e varejo.

 

Design Estratégico e Serviços para Design de Interiores
Investimento: 6 parcelas de R$510,00
Quando: Maio – 08, 13, 15, 20, 22, 27, (29 não haverá aula, véspera Corpus Christi)
Junho – 03, 05, 10, 12, 17, 19 – Segundas e quartas-feiras, das 19h às 22h
Formato: Online – síncrono
Carga Horária: 36 horas
Data: 08/05 e 19/06
Formato: Online – síncrono
Local: IED SP: R. Maranhão, 617 – Higienópolis, São Paulo

INSCRIÇÃO

 

IA para Design de Varejo
Investimento: 6 parcelas de R$ 387,50.
Quando: 04/06, às terças-feiras, das 18h30 às 22h30
Formato: Presencial
Carga Horária: 20 horas
Local: IED SP: R. Maranhão, 617 – Higienópolis, São Paulo

INSCRIÇÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte e imagem: Divulgação IED / Revestir

Construtech: a inovação no mercado da construção civil

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Oferecendo soluções inteligentes para problemas históricos da construção civil, as construtechs vem ganhando mais espaço no mercado brasileiro

 

A consultoria McKinsey & Company chegou a definir o segmento da construção civil como de “baixíssima digitalização nos canteiros de obras e com excessivos métodos artesanais”. Mas o cenário mudou: de mercado engessado, ele agora entrega soluções inovadoras, que vão do planejamento ao pós-obra com as construtechs.

E está crescendo, viu? De acordo com o Mapa de Construtechs e Proptechs publicado em 2021 pela Terracotta Ventures, os últimos cinco anos apresentaram um aumento de 235% no número de startups ativas atuando no setor. No ano do levantamento, eram 839 construtechs atuando ao longo de todo ciclo de projetos, construção, aquisição e propriedades em uso.

 

O QUE É CONSTRUTECH?

As construtechs identificam possibilidades de melhoria no campo da construção civil, dentro e fora da obra, e desenvolvem tecnologias, inovações e soluções para atender esses pontos específicos. E mais do que isso: “as startups na construção civil, as construtechs, vêm questionar o modo como as coisas são feitas na construção civil já há muito tempo”, explica Iago de Oliveira, sócio fundador e consultor de sustentabilidade da Bloco Base, empresa que entrega soluções em eficiência e sustentabilidade na construção civil.

E o impacto delas é imenso. Por trabalharem com toda a cadeia, elas atingem as construtoras e outras organizações que trabalham no mercado civil: mineradoras, empreiteiras, incorporadoras, profissionais liberais — como arquitetos e engenheiros — e, até mesmo, o consumidor final, que deseja administrar seu novo imóvel. Dessa forma, elas ganham espaço para ressignificar o modo como o mercado agiu durante tanto tempo.

Para o especialista, é exatamente isso que une grande parte desses negócio: questionar o status quo. “Por que? O que a Bloco Base oferece, por exemplo, que é democratizar a cultura da construção sustentável, já existe em algum nível, mas para um público muito rico. Então a gente percebe que isso existe e tem que ser ampliado, melhorado e mais pessoas têm que ter acesso. No fim, muitas desse segmento acabam democratizando, por intenção ou não, mas acabam por fazer.”

Algumas olham para eficiência, outras para segurança no canteiro de obra, outras olham para gerenciamento de processo, outras para sustentabilidade, mas, de alguma forma, elas se encaixam em uma das 4 principais divisões do ciclo da construção:

  • Projetos e viabilidade: engloba startups com soluções para a fase pré-obra.
  • Construção: envolve as soluções em torno do ambiente de obra.
  • Aquisição: envolve aplicações ao longo da jornada de compra, venda ou locação do imóvel
  • Propriedades em uso: envolvendo soluções destinadas às edificações comerciais, industriais ou residenciais em uso.

 

COMO AS CONSTRUTECHS IMPACTAM O SETOR?

As construtechs trazem uma mudança de paradigma, apresentando ao setor novas formas de atuar em um meio tão tradicional.  Isso não só por meio de tecnologias e serviços, como também por processos e modelos de gestão inovadores. Inclusive, para Iago, além da cultura, um dos destaque das construtechs é a inovação e a possibilidade de escalabilidade dessa inovação – mais do que a tecnologia envolvida.

Dessa forma, é possível transformar a experiência do cliente e criar relações mais próximas com eles. Descobrindo seus gostos, desejos e dificuldades, utilizando-os para oferecer um serviço que realmente condiz com suas expectativas e orçamento, fidelizando a ponto de conquistar recomendações. Para o cliente, isso mostra novos níveis de transparência e, para os colaboradores, um ambiente mais colaborativo, de fato, e inclusivo.

 

5 CONSTRUTECHS PARA VOCÊ FICAR DE OLHO

Como a gente já comentou, o mercado vem crescendo e, por incrível que pareça, foi um setor que se manteve bem mesmo durante a pandemia. E por mais que São Paulo ainda seja o polo com maior número de startups desse segmento, contando com mais de 339 ativas, as duas startups brasileiras entre as 20 maiores startups da construção civil do mundo são a catarinense Brasil ao Cubo e a paranaense TecVerde. Por isso, separamos 4 construtechs para você conhecer e se inspirar:

BRASIL AO CUBO

A Brasil ao Cubo desenvolve projetos de construção modular offsite, nos quais edifícios são erguidos em módulos individuais pré-fabricados e depois montados no canteiro de obras. O método permite obras prontas 4 vezes mais rápido do que no método tradicional com controle de custos, redução do desperdício e facilidade na gestão do tempo.

TECVERDE

A Tecverde foi pioneira em trazer o modelo de construção industrializada em woodframe para o Brasil. Agora eles estão focando em 3 principais frentes: Residencial para casas térreas; Negócios Corporativos para obras comerciais (varejo e franquias); e TecHome para loteamentos.

ÂMBAR

A Âmbar é uma startup que começou com uma proposta de construção modular e hoje atua em duas vertentes – industrialização e digitalização – a partir da plataforma de soluções criada em 2018, integrando novas soluções para o cliente.

DATALAND

A empresa oferece soluções inteligentes para coleta, catalogação e clusterização de dados que gerem informações e facilitem a tomada de decisões dos seus clientes. Dessa forma, ela busca transformar e direcionar a ocupação urbana a partir da ciência de dados (data science) diante do grande volume de informações disponíveis.

BLOCO BASE

A Bloco Base é uma consultoria em construção sustentável, eficiência e conforto. Eles entregam de maneira assertiva soluções viáveis em sustentabilidade para o ambiente construído.

 

POR QUE IMPORTA?

Essas startups são fundamentais para ajudar construtoras, empreiteiras, empresas de arquitetura, indústria de materiais, imobiliárias, mineradoras e governos a reduzirem custos, duração do projeto, mão de obra e desperdício de materiais. Para isso, elas apostam em tecnologias verdes, impressão 3D, materiais sustentáveis e um olhar aguçado para as novas possibilidades do mercado.

Isso faz diferença em tempos de ESG, onde o consumidor quer saber mais sobre a obra, o impacto para o meio ambiente e as funcionalidades (como a escolha por janelas que iluminem mais o ambiente e exijam menos iluminação artificial ou a priorização de espaços para gestão de resíduos no condomínio, por exemplo). Como exemplifica Iago, “a gente olha pra uma edificação e pensa ‘não, não pode. a gente [construção civil] não pode mais continuar a ser responsável por gerar mais de 50% dos resíduos sólidos urbanos.’”

Isso significa que por maior que tenha sido o crescimento das construtechs nos últimos anos, ele é um mercado em ascensão, com espaço para o desenvolvimento de novas tecnologias, soluções e inovações em um setor que cresce tanto como o da construção civil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte e imagens: Startse

Canteiro Bioséptico: uma opção para o saneamento

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Opção ecológica, saiba como é possível realizar a filtragem natural do esgoto doméstico

 

Cerca de 100 milhões de brasileiros não têm acesso à rede de coleta de esgoto. De acordo com o Instituto Trata Brasil, são mais de 5.522 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento despejadas na natureza diariamente. Em áreas rurais, esta alarmante situação é mais evidente e, por isso, soluções ecológicas e de baixo custo podem ser boas alternativas para amenizar o problema. É o caso do canteiro bioséptico, também conhecido como “fossa de bananeiras”.

O canteiro bioséptico é um sistema de filtragem que trata naturalmente o esgoto doméstico usando plantas. O método é pensado para limpar as chamadas “águas negras”, que são provenientes do vaso sanitário, reaproveitando-as para o cultivo de plantas.

O canteiro bioséptico funciona da seguinte forma: a água sai do banheiro e das fossas da casa, atravessa o subsolo e vai em direção ao canteiro onde uma estrutura física separa os dejetos do líquido enquanto microorganismos digerem o material orgânico e o utilizam para “adubar” uma área. No canteiro, para absorver a água produzida, deve haver alguma espécie de planta que tenha alto consumo de água, como uma bananeira.

Entre os benefícios, o saneamento ecológico reduz a propagação de doenças, uma vez que evita o descarte incorreto de dejetos. Este fato fica evidente com as informações do DATASUS que apontam que houve quase 130 mil hospitalizações em decorrência de doenças de veiculação hídrica em 2021. Entre os impactos na saúde que podem ocorrer estão as infecções gastrointestinais e doenças transmitidas por mosquitos e animais.

 

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Construindo canteiros biosépticos

Buscando promover o saneamento rural no entorno da Reserva Natural Serra das Almas, canteiros biosépticos foram construídos para 75 famílias do Ceará e Piauí. A unidade de conservação está localizada justamente entre Crateús (CE) e Buriti dos Montes (PI) e é gerida pela Associação Caatinga.

“Antes de conhecer a tecnologia, as pessoas achavam que a água do vaso sanitário não serviria mais para nada e chegaram até a duvidar, mas ao longo das capacitações que realizamos elas foram percebendo as inovações do canteiro bioséptico”, explica Gilson Miranda, coordenador de conservação da Associação Caatinga.

Antonia Lúcia da Silva, moradora da comunidade de Queimadas, em Crateús, compartilha sua surpresa ao entender o funcionamento da fossa ecológica. “Fiquei encantada como é possível reaproveitar a água da descarga do vaso sanitário e, por meio do acompanhamento dos técnicos, pude compreender melhor o funcionamento do canteiro. E agora posso usar a água dessa tecnologia para cultivar frutas que nem a banana”, destaca.

A ação é patrocinada pelo Programa Petrobras Socioambiental, através do projeto No Clima da Caatinga. Também estão sendo construídos 12 banheiros em residências que não contam com o cômodo, mas que mesmo assim irão receber o canteiro bioséptico, visto que essa tecnologia só pode ser aplicada em casas que já possuem banheiro estruturado e fossa comum.

Como parte integrante do Programa de Tecnologias Sustentáveis do Projeto No Clima da Caatinga, foi desenvolvida uma cartilha digital com as fases de construção, funcionamento e como fazer um bom uso da tecnologia social. A cartilha possui 54 páginas e traz informações importantes, que vão desde a norma regulamentadora da fossa bioséptica até a ilustração de como colocar a mão na massa e construir seu próprio canteiro bioséptico.

Baixe a cartilha gratuitamente aqui!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: CicloVivo
Imagem: Associação Caatinga

‘Agrobairro’ une moradia e agricultura urbana

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Projetos urbanos que combinam casas e áreas de produção de alimentos estão ganhando espaço nos EUA e podem virar tendência

 

O conceito ‘agrobairro’ está ganhando força nos Estado Unidos e tem como ideia central unir habitação e produção agrícola em espaços urbanos. Este projeto resolve duas demandas de quem vive em cidades: um contato maior com a natureza e a proximidade com a produção de alimentos – o que gera menos impacto ambiental e, muitas vezes, acesso à comida produzida de maneira mais saudável e sustentável. Hoje existem cerca de 200 bairros agrícolas nos EUA – em 2018 eram apenas 30.

Na Austrália, um novo agrobairro está sendo planejado para a região norte de Queensland. “Durante muito tempo, as fazendas foram para fora das cidades, enquanto a expansão urbana continuava. Com isso, houve uma desconexão com a agricultura e a única interface que você tem com os produtores é o supermercado ou os mercados comunitários. O agrobairro é um novo desenho dos assentamentos humanos, reintegrando as fazendas e a agricultura aos sistemas de vida humana”, explica Steve Grist, fundador da Arkadian Developments, empresa australiana que quer implementar a proposta.

“Acho que o modelo é fantástico. Cabe aos urbanistas e governos, começarem a reconhecer que este é um modelo de desenvolvimento viável no futuro. Esse é um dos maiores desafios que enfrentamos: repensar o planejamento territorial e o desenvolvimento como um todo” – Steve Grist.

 

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Para a instituição sem fins lucrativos Urban Land Institute (ULI), os bairros agrícolas vão ser comunidades de uso misto construídas com uma chácara em funcionamento ou uma horta comunitária como foco. Cada local deve ter áreas dedicadas à agricultura, serviços para produtores de alimentos e casas agrupadas.

O diretor sênior do ULI Randall Lewis Center for Sustainability in Real Estate, Matt Norris, disse que sua pesquisa descobriu que 73 por cento dos residentes dos EUA levaram em consideração o acesso a alimentos frescos e saudáveis ​​quando procuraram um lugar para morar.

Alguns agrobairros podem incluir uma área agrícola gerida profissionalmente por terceiros que vai abastecer a comunidade. Outra possibilidade são hortas e espaços comunitários em que os próprios moradores locais assumem o trabalho. Ao final, os alimentos são comercializados em um mercado com preços acessíveis.

 

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Especulação imobiliária?

Quem aposta na ideia de bairros agrícolas, argumenta que as pessoas estão cada vez mais interessadas na origem dos seus alimentos. Com a pressão crescente sobre as cadeias de abastecimento alimentar, a ULI afirma que alguns governos locais estão à procura de propostas aceleradas que combinem habitação e agricultura.

“Olhar para estes modelos urbanos inovadores é uma ideia interessante. Mas, em geral, a prioridade deve ser proteger as áreas agrícolas da especulação imobiliária. Não é fácil que a agricultura e o desenvolvimento residencial coexistam de uma forma que permita que os agricultores prosperem”, alerta Rachel Carey, da Escola de Agricultura, Alimentação e Ciências dos Ecossistemas da Universidade de Melbourne.

Grist defende que o projeto desenvolvido para Queensland incluiria até quatro operações agrícolas mistas, desde horticultura até avicultura – e possivelmente até uma leiteria de cabras. “É absolutamente necessário procurar reintegrar as operações agrícolas em áreas mais residenciais e suburbanas. Acredito que quanto mais próximo o alimento estiver do consumidor, melhor”, defende o empreendedor.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte e imagens: CicloVivo