Conexão Setorial CM – Alicante: Uma conversa sobre revestimentos!

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Arquitetos e designers de interiores participam de Brunch à convite da Casa e Mercado para dialogar sobre revestimentos e suas aplicabilidades na construção civil.

 

Junto à Alicante, que desde 1995 importa e distribui soluções de qualidade em superfícies, a Casa e Mercado promoveu nesta última quinta-feira, dia 22/06, um Brunch para arquitetos e designer de interiores, a fim de provocar uma profunda abordagem sobre revestimentos e suas aplicabilidades na construção civil. Em uma roda de conversa mediada por Renato Marin, Diretor da Casa e Mercado, os profissionais trouxeram questões relacionadas ao tema em um bate-papo direto com o Diretor da Alicante, José Roberto Codato, que apresentou soluções, tirou dúvidas e contou um pouco sobre a trajetória da Alicante, empresa que oferece grande variedade de pedras naturais, como mármores, granitos, travertinos, limestones, quartzitos e ônix, além de ampla lista de produtos industrializados de base mineral, para aplicabilidades diversas.

“Hoje, no nosso mercado, existe uma concorrência bastante severa e nós temos que nos aproximar do público especificador. A maneira encontrada entre nós e a Casa e Mercado mostrou-se bastante eficiente. Os profissionais dos escritórios de arquitetura e designer de interiores, que são os especificadores de produtos, são fundamentais para nosso crescimento e para o desenvolvimento do nosso negócio pois é necessário que haja especificações de nossas marcas dentre nosso amplo portifólio. Eles estão bastante habituados a participar de palestras onde eles são os ouvintes, mas percebe-se que é realmente mais rico que eles debatam conosco, participem, tragam suas problemáticas, enfrentamentos, para que a gente possa saber o que eles querem, qual a dificuldade que eles têm em especificar determinados produtos e quais os caminhos percorridos desde sua especificação até o produto instalado na casa do cliente. Este formato permitiu que a gente se tornasse também o ouvinte, algo que só tem a engrandecer nosso relacionamento com os profissionais.” – José Roberto Codato, Diretor da Alicante.

 

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O brunch para o encontro foi realizado no Meu Quintal Eventos, em Perdizes.

 

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Dentro todas as soluções, um dos produtos apresentados por ele ao grupo é o Neolith: superfície de alta performance com base mineral obtida através de um processo de produção altamente tecnológico conhecido como sinterização. Para múltiplas aplicações, o produto é eco-sustentável e 100% reciclável, disponível em grande variedade de cores e acabamentos, algo que proporciona liberdade estética para especificação como revestimento em projetos.

 

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O Diretor da Alicante, José Roberto Codato, apresentou algumas soluções em revestimentos aos profissionais presentes.

 

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Neolith – Bancadas de Cozinha e Paredes / Fotografia: Divulgação Alicante

 

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Neolith – Pisos / Fotografia: Divulgação Alicante

 

O encontro foi marcado por intenso diálogo entre os profissionais presentes, que trouxeram ao grupo as problemáticas enfrentadas na hora de especificar revestimentos em seus projetos.  Por cerca de duas horas, o grupo debateu sobre as soluções disponíveis no mercado e sobre o relacionamento delicado que se estabelece com clientes e construtoras, levantando questões como maturidade de mercado, raízes culturais, sustentabilidade e nobreza de materiais, questões que impactam diretamente os custos e prazos para a realização de uma obra.

“O encontro foi uma excelente oportunidade de conhecer pessoalmente o José Roberto da Alicante e o grupo de arquitetos que participaram. A troca de experiências foi muito enriquecedora. Achei a iniciativa muito boa!” – Pierina Piemonte, arquiteta e sócia do escritório LP+A Arquitetura.

“O encontro promovido pela Casa e Mercado foi muito bem vindo e importante para que nós, arquitetos, pudéssemos estar em contato com uma empresa líder, esclarecendo dúvidas técnicas, o que nem sempre é possível com o pessoal comercial, visto que muito antes da compra vem a especificação em projeto e essa deve estar correta em uso e aplicação. Também destaco que a interação com outros colegas e escritórios, trazendo nossas experiências do dia a dia é muito enriquecedora e ajuda a promover um consciente coletivo muito além da temática do encontro. De vivência diária no exercício profissional.” – Eduardo Guima – escritório Guima Arquitetos Associados

“Tivemos uma troca muito eficiente de experiências entre especialistas em materiais e especialistas em projetos. As questões abordadas refletiram diretamente nossos desafios, enquanto arquitetos, nas especificações para nossos projetos. Essa partilha interdisciplinar, com certeza, dará suporte a novas parcerias de excelência.” –  Nataly Gregório, arquiteta na ACIA Arquitetos.

 

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Da esquerda para a direita: Renato Marin, Diretor da Casa e Mercado, Rose Corsini, Nataly Gregório, Italo Santana, Barbara Beraldo, o Diretor da Alicante José Roberto Codato, Eduardo Guima, Flávia Lago, especificadora Alicante, Michel Stein Valente, Maria Carolina Balaiuna, Juliana Felicíssimo, Pierina Piemonte.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Redação Casa e Mercado
Imagens: Phoética Ateliê Fotográfico

Casa Museu Ema Klabin recebe o XVI Encontro Brasileiro de Palácios, Museus-Casas e Casas Históricas

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Encontro contará com especialistas representando diversos museus brasileiros, como as casas museus Ema e Eva Klabin, a Casa de Vidro, o Museu Judaico de São Paulo, o Museu das Culturas Indígenas, o Museu Paulista, o Museu das Favelas, o Museu da Câmara dos Deputados, entre outros.

 

Anualmente, palácios, museus-casas e casas históricas reúnem-se em São Paulo para refletir sobre temas importantes para melhorar as boas práticas nessas instituições. Neste ano, o XVI Encontro Brasileiro de Palácios, Museus-Casas e Casas Históricas será organizado, pela primeira vez, pela Casa Museu Ema Klabin, no Jardim Europa. O evento será realizado nos dias 28 e 29 de junho e contará com duas palestras e cinco mesas-redondas com a participação de profissionais de diversos museus brasileiros. São 100 vagas presenciais e transmissão ao vivo pelo canal da Casa Museu Ema Klabin no YouTube.

As inscrições podem ser realizadas pelo link: https://forms.gle/VsP1pW5XPBVJX44C9

 

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Casa Museu Ema Klabin conta com uma coleção que abrange 35 séculos de arte e cultura. Foto: Nelson Kon.

 

O XVI Encontro Brasileiro de Palácios, Museus-Casas e Casas Históricas propõe uma ampla discussão sobre a memória e o patrimônio material e imaterial preservado pelas diversas tipologias de museus-casas. Este ano, o encontro buscará reavaliar as narrativas e as formas de comunicação com o público, bem como as lembranças e esquecimentos que estão na própria definição do que é patrimônio.

A abertura do evento, na quarta-feira, 28 de junho, às 10h, traz para o debate o tema  Os desafios dos museus na atualidade: entre a preservação, a sustentabilidade e a comunicação do patrimônio cultural e contará com as presenças do curador da Casa Museu Ema Klabin, Paulo de Freitas Costa, e do diretor do Museu Nacional de Soares dos Reis, António Ponte, que também é vice-presidente do DEMHIST-ICOM, Comitê Internacional para os Museus de Casas Históricas do Conselho Internacional de Museus.

A cerimônia de abertura no dia 28, às 14h, abordará a nova definição de museus aprovada pelo ICOM em 2022, indagando sobre os efeitos dessa atualização para as casas museus. O encontro conta com Bruno Brulon, professor na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e da University of St Andrews (Escócia) e membro do Comitê Internacional de Museologia (ICOFOM); e Renata Motta, Diretora Executiva do IDBrasil Cultura, Educação e Esporte, Organização Social responsável pela gestão do Museu do Futebol e do Museu da Língua Portuguesa. O encontro conta com a mediação de Paulo de Freitas Costa, curador da Casa Museu Ema Klabin.

 

Temas importantes

O encontro terá ainda outros temas importantes como: O papel de arquivos e bibliotecas na construção da memória; Todas as formas de morar; Casas de escritores: memória e esquecimento; Ações de museologia e conservação; A narrativa das coleções museológicas: entre a materialidade e a imaterialidade.

A mesa de encerramento, no dia 29 de junho, das 17h30 às 19h, terá como tema o patrimônio nacional e vai falar sobre o dia 8 de janeiro, data da invasão dos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto por extremistas que depredaram o patrimônio público e diversas obras de arte. A mesa contará com as presenças de Thiago Perpétuo, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Distrito Federal, e de Marcelo Sá de Sousa, diretor do Museu da Câmara dos Deputados. A mediação é de Ruth Levy, museóloga da Casa Museu Eva Klabin (Rio de Janeiro).

 

Museus históricos pelo mundo

Embora voltado a questões específicas da situação de museus brasileiros, o encontro também se alinha à proposta do DEMHIST para a conferência a ser realizada em outubro, em Belgrado, na Sérvia, com o tema Remembrances of Things Lost.

 

Serviço

XVI Encontro Brasileiro de Palácios, Museus-Casas e Casas Históricas
28 e 29 de junho
100 vagas presenciais

Casa Museu Ema Klabin
Rua Portugal, 43 – Jardim Europa, São Paulo, SP, Brasil

Transmissão ao vivo via www.youtube.com/emaklabin
Emissão de certificado para quem acompanhar, no mínimo, 75% da programação.
Programação completa e inscrições: https://forms.gle/VsP1pW5XPBVJX44C9

Entrada franca*

 

Rapha Preto abre galerias de arte em Alphaville

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Espaços nascem do anseio do artista em usar a arte como ferramenta de inclusão e agradecimento.

 

O artista visual e designer Rapha Preto inaugurou em maio deste ano duas galerias de arte, ao mesmo tempo, em Alphaville, município nobre de São Paulo. ‘Rapha Preto Art Gallery’ atende aos propósitos do artista que, entre outros, é levar sua arte para outros públicos, fora da capital paulista e ‘Infinito Criativo Art Gallery’ tem como principal objetivo, apresentar a capacidade criativa de artistas dentro do espectro autista.

Sob a curadoria de Rapha e de Grazi Gadia, professora de artes para pessoas com autismo no Arts & Hearts e curadora de diversos festivais de artes para autistas e de vários congressos sobre autismo no Brasil e no EUA, as galerias, cada uma com 60 metros quadrados, abrem com as exposições “O Começo” e “Infinito Criativo” cujas obras são o verdadeiro e mais fiel retrato do trabalho mais puro de todos os artistas, cada qual com sua especialidade. Assim, “O Começo”, em exibição na Rapha Preto Art Gallery, apresenta cerca de dez trabalhos icônicos de Rapha, entre os quais Favo, Armor, Jequitibá, quatro obras que compõem a coleção Meu Interior, entre outros.

Já “Infinito Criativo” traz doze trabalhos ao todo, sendo que cada artista assina três. São eles: Nicholas Britos Sales, Lucas Ksenhuk, Chris Zumark e Henrique Ferreira. Rapha conta que para a escolha dessas obras, “a curadoria levou em conta o talento destes artistas que como o transtorno do espectro do autismo (TEA) é diverso e diferente. Cada artista tem um estilo próprio, técnica e temas diferentes que os inspiram. Ao mesmo tempo, a exposição tem uma unidade, todas as obras dos quatro artistas com autismo traduzem seus sentimentos, suas emoções e experiências que só a condição de autista pode lhes dar.”

 

As galerias

O artista explica que a abertura da Rapha Preto Gallery é algo remete ao começo de sua trajetória, sobre a aprendizagem, a força e a resiliência como ferramentas para um propósito, enquanto a Infinito Criativo Gallery é o ponto de partida de algo maior, uma forma de agradecimento. “Abrir essa galeria é o início da devolução para o mundo de tudo que um dia aprendi com um grande amigo que mudou a minha vida. É o início de um legado e carinho que quero deixar em sua homenagem”, pontua Rapha.

 

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Rapha Preto Art Gallery / Fotografia: Valentin Studio.

 

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Rapha Preto Art Gallery / Fotografia: Valentin Studio.

 

Sobre Projeto Infinito Criativo

O nome que dá vida ao projeto, surge em 2022 a partir do símbolo do infinito que é, igualmente, a representação do autismo. ‘Infinito Criativo’ é um projeto do Studio, idealizado pelo artista Rapha Preto que tem entre seus objetivos realizar a inclusão no mercado de trabalho de jovens no espectro autista. Empreendedor nato, usa seu know how para inserir, por meio de sua mentoria, a comunidade autista no universo do design e da arte voltados para a arquitetura.

 

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Infinito Criativo Art Gallery / Fotografia: Valentin Studio.

 

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Infinito Criativo Art Gallery / Fotografia: Valentin Studio.

 

Rapha Preto Gallery | Infinito Criativo Art Gallery
Alameda Araguaia 171 – Alphaville
Horário de funcionamento: segunda à sexta-feira, das 9h às 18h | sábados das 10h às 16h | Fecha aos domingos e feriados.
@rapha_preto
@projetoinfinitocriativo
@raphapretogallery_alphaville

Tecnologia Urbana

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Destaque na Categoria Gold do If Design Award 2023, a estação de carregamento E-LOAD é solução urbana para carregamento de bicicletas elétricas.

 

As bicicletas elétricas estão cada vez mais populares e sendo utilizadas para diversos fins: lazer, trabalho, deslocamento. Para apoiar esta mudança bem-vinda em direção a uma ‘nova mobilidade’, as estações de carregamento para e-bikes são uma adição valiosa à infraestrutura. No entanto, eles ainda não são uma categoria de produto estabelecida.

Destaque na Categoria Gold do If Design Award 2023, as estações de carregamento E-LOAD preenchem essa lacuna. A alemã Jordan / Friwo aplicou a estética elegante e monumental do design EV a esta coluna de carregamento para bicicletas elétricas, junto à Design3, agência independente que apoia start-ups e empresas com foco em pesquisa de UX, estratégia de design, design de produto e design de interface do usuário. “E-load tem um design uniforme e combina bem com outros acessórios urbanos, como iluminação pública”, concluiu o júri da premiação.

 

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O produto está equipado com a tecnologia de carregamento dos maiores fornecedores de bicicletas elétricas e está disponível como carregador duplo ou único, com funções diretamente acessíveis, fácil de usar: o plugue de carregamento é claramente visível através do elemento de disco destacado.

 

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Imagens: Divulgação Jordan / Friwo

Panamericana Escola Arte e Design comemora 60 anos com exposição inédita das obras de Enrique Lipszyc

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Vasto trabalho artístico do fundador da Escola é apresentado pela primeira vez ao público, com curadoria de Alex Lipszyc e Massimo Picchi.

 

A Panamericana Escola de Arte e Design comemora 60 anos em 2023 e para celebrar a uma história de sucesso como referência na valorização e estímulo da profissionalização da criatividade brasileira, a instituição vai realizar, a partir de 20 de junho, uma exposição inédita das obras de seu fundador, Enrique Lipszyc. Intitulada O Criador e Sua Obra, a exposição reúne telas e desenhos produzidos entre 2012 e 2020. São raros os nomes cujo propósito profissional e de vida se fundem à vocação pessoal; essa mistura é nítida na figura de Enrique Lipszyc (1932-2020). Empresário, artista, professor, visionário e amante das artes e da educação, Lipszyc se identificou com a arte ainda jovem, se envolvendo em círculos de desenhistas e artistas em Buenos Aires, onde nasceu.

Desenhista voraz, pintor cauteloso e professor dedicado, Enrique Lipszyc nunca expressou vontade de expor suas obras. Mas isso mudou em 2019, quando em uma conversa com seu filho, Alex Lipszyc, atual presidente da Panamericana e curador da exposição junto com Massimo Picchi, mostrou desejo em apresentá-las. “Tivemos esta conversa e foi uma surpresa para mim. Ele sempre explorou seu lado artístico desde muito novo, mas foi impedido de trabalhar nesse universo pelo pai, que o impôs a fazer faculdade de direito, curso que nunca terminou e que foi um embate até o fim da vida do meu avô, que morreu sem fazer as pazes com ele”, explica Alex. “Surgiu a partir daí, um bloqueio em mostrar sua veia artística para o mundo, mas não o bloqueio criativo. Muito pelo contrário: ele continuou criando através das décadas e não parou mais, trabalhando até o último dia de vida”, conta Alex. “De alguma forma, meu pai conseguiu atingir o sucesso por meio da arte criando a Panamericana, deixando seu talento artístico como uma atividade em paralelo”, acrescenta.

Para a exposição, os curadores jogam luz sobre um recorte temático predominante no trabalho de Lipszyc – o mito de Adão e Eva. Sob uma ótica que extrapola os muros erguidos pelo viés da religião, o artista expressou o caráter primordial desses dois personagens, seus comportamentos que o diferenciavam dos outros animais e que definiram permanentemente a existência humana. As necessidades e demandas antes instintivas – desejo sexual, fome, sede, proteção – cedem lugar para os sentimentos secundários, como amizade, confronto, ciúmes, poder, autoidentificação, entre outros. Essa construção da negação da perfeição encontrada no paraíso e da inauguração da humanidade e,
consequentemente, a sua ambiguidade e contradições, é nitidamente percebida nos trabalhos de Lipszyc, que teceu cada etapa evolutiva do casal. “Ele contava que é como se visitasse Adão e Eva e acompanhasse o dia a dia deles, como se fizesse parte daquele ambiente. O pintor, neste momento, passa a ser um espectador direto, quase um voyeur das cenas retratadas”, comenta Alex Lipszyc.

 

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A mulher é o agente que se apodera da dinâmica do casal e isso pode ser observado em diversas obras da exposição. “Há uma dinâmica de poder protagonizada por Eva, que se utiliza de várias ferramentas no desenvolvimento dessa relação. A humanidade só foi possível graças ao poder que ela exercia sobre Adão em todos os aspectos – linguagem, sexo, tarefas do dia a dia, entre outros assuntos –, ou seja, a humanidade nasceu do matriarcado”, enfatiza Alex. A figura humana é o centro desta temática praticada por Enrique Lipszyc em toda a sua trajetória artística. Neste universo do casal primordial, há um objetivo incessante por traduzir uma interpretação mais pura do mito de Adão e Eva.

“Numa procura permanente, meu pai concluiu que mesmo passados milhares de anos, evoluções tecnológicas e intelectuais, continuamos sendo os mesmos seres de sempre: buscamos nos reconhecer no outro, não somos felizes em nossa individualidade, mas sim no coletivo, sempre estamos em conflito por questões banais e que sem o diálogo não solucionamos nossos problemas”. – Alex Lipszyc, filho de Enrique Lipszyc e atual presidente da Panamericana.

 

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Por ser um tema recorrente em todo o trabalho de Enrique Lipszyc, os curadores precisaram fazer um recorte temporal para a exposição. “Enrique trabalhou nesse tema por toda a sua vida nas artes e seria impossível expor todas as obras, que chegam a ser centenas”, comenta Massimo Picchi, ex-diretor geral da Panamericana. Ao estudarem todo o acervo, eles observaram que os últimos anos expressam um artista mais consciente de seu ofício e seu estilo. “De 2012 até 2020, há uma consciência palpável, um domínio pleno de sua identidade como artista”, enfatiza Picchi. O desenho, técnica que será a mais vista da exposição, foi a que Enrique Lipszyc mais trabalhou durante a sua vida. “Ele desenhava
como se fosse um gesto natural, quase inconsciente. Toda a ideia chegava por meio do papel para ele, que depois evoluía – ou não – para a tela”, conta Alex. Assim como no desenho, Enrique Lipszyc se expressava de maneira mais visceral; o artista tinha uma criatividade para explorar novos materiais de diferentes formas. Na pintura, elementos como terra, cola, cera, além de telas reaproveitadas eram empregados em seus trabalhos. “É possível enxergar esses materiais que conversam com a temática proposta; para uma cena mais leve, Enrique utilizava tonalidades mais calmas, traços mais sutis. Já nas cenas de conflito, tons mais vibrantes e texturas mais marcantes são observadas”, explica Alex.

 

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Na jornada de criatividade e liberdade, Enrique Lipszyc não abriu mão de seu esmero e organização. Em todas as suas obras, dedicou tempo para categorizar e catalogar todo o processo de criação. “Ele anotou, na parte posterior de cada obra, tudo que foi empregado – papel, tela, tintas, entre outros materiais, técnicas utilizadas e data, fazendo valer seu trabalho primoroso como professor por mais de 5 décadas”, conta Alex. Nesse contexto, a mostra também apresenta a intimidade do dia a dia de Enrique Lipszyc, com uma sala que reproduz o seu ateliê, com as ferramentas, mobiliário original e outros elementos que compunham o seu ambiente de trabalho. Para Massimo Picchi, a identidade de Enrique Lipszyc está totalmente definida em seu lado como pintor e artista plástico.

“A parte artística de Enrique era a mais verdadeira, a mais passional, a mais integrada com a técnica e o conteúdo. Ele tinha uma paixão pelo homem, pela mulher, desenvolvendo esse tema de uma maneira muito pessoal, muito genuína. O seu estilo muito apurado, expressionista, ganhava vida com as técnicas que ele escolhia: a óleo, acrílico, mistas, variando-as nas telas e nos desenhos, esses sendo muito importantes tanto no campo da expressividade como em projetos para trabalhos maiores” – Massimo Picchi, curador da exposição junto com Alex Lipszyc.

 

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Um marco da criatividade em São Paulo

Os 60 anos da Panamericana Escola de Arte e Design se misturam à história da profissionalização do talento criativo no Brasil, tornando-se uma referência nacional em excelência de ensino. Desde sua inauguração em 1963, a escola mantém o propósito de trazer o aluno mais próximo do mercado de trabalho de forma assertiva e estimulando suas vocações artísticas e seus talentos. “O olhar visionário de Enrique Lipszyc já é visto desde o início, quando criou a Panamericana em Buenos Aires. Profissionalizar os ofícios no campo das artes não era uma realidade 60 anos atrás, então posso dizer que a Panamericana é uma pioneira nesse segmento em São Paulo e um exemplo a ser seguido em diversos lugares do Brasil”, comenta Alex Lipszyc.

A evolução no sistema de ensino da Panamericana foi desenvolvendo-se no decorrer dos anos, sempre atenta ao que o mundo contemporâneo demandava. Mas nada se compara ao salto evolutivo imposto pela pandemia. “Nos vimos numa realidade que exigiu uma adaptação muito acelerada, o que também permitiu que colocássemos em prática algumas ideias que já tínhamos há muito tempo”, conta Alex. A partir desse contexto, a Escola remodelou a sua grade curricular, trazendo cursos EAD, outros de curta duração, além de reavaliar o tempo dedicado de cada aluno ao curso, oferecendo uma trilha educacional mais assertiva para o seu objetivo profissional.

 

A Panamericana e a memória coletiva

Diversos nomes importantes do design, publicidade, artes plásticas, fotografia e design de interiores têm a Panamericana Escola de Arte e Design como importante instrumento em suas formações, além de terem a instituição como um lugar de memórias afetivas. Ex-diretores, professores e colaboradores também fazem parte dessa construção de décadas de referência em profissionalizar talentos. O artista plástico Claudio Tozzi lembra de sua vivência imersiva na escola e também da sua convivência com Enrique Lipszyc. “Enrique foi um grande amigo. Reunimos um grupo de amigos que faziam viagens sempre em setembro, quando era o aniversário dele. Ele tinha uma grande intimidade com a arte e isso refletia diretamente na sua dedicação para com a escola. A cada descoberta em nossas viagens, ele queria implementar novidades na Panamericana. Conduzi alguns seminários por lá e neles levava bastante a experiência da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, além das experiências que a gente fazia nos laboratórios de pesquisa da imagem, com intuito de aplicá-los na Panamericana, para ter um curso bastante atualizado e contemporâneo do que se fazia no mundo. Enfim, foi uma experiência maravilhosa”.

Já o desenhista, escritor e empresário Mauricio de Souza, reflete a importância da Panamericana e da figura de Enrique Lipszyc em sua trajetória profissional. “Sem dúvida tive bons momentos na Panamericana em companhia de amigos ligados à instituição. Visitei suas exposições de arte, convivi com artistas, inclusive internacionais, como o criador do gato Garfield, Jim Davis, que virou um colega e amigo. Outras linhas de amizade emergiram de viagens com Enrique Lipszyc. Com ele, mais Álvaro Moya e Jayme Cortez, percorremos diversas feiras de arte entre as quais o salão de Lucca, na Itália, onde recebi o prêmio máximo – Yellow Kid – pelo lançamento da revista da Turma da Mônica. Enrique passou a acompanhar minha publicação com histórias em quadrinhos no jornal Folha de S. Paulo e a
cada encontro, avaliava a evolução do estilo nas tiras e elogiava meu layout nas produções”.

O publicitário Washington Olivetto acredita que a Panamericana Escola de Arte e Design conseguiu atingir um patamar na educação brasileira inédito, tornando-se um patrimônio da cidade de São Paulo e da comunicação no Brasil. “Desde a década de 70, Enrique e eu convivemos de maneira intensa. Eu, começando a trabalhar na DPZ, ele nos primeiros anos da Panamericana. Tive o privilégio de fazer palestras e exposições da W Brasil dentro da escola, além de ser jurado em diversos concursos entre os alunos. Foi muito bom ter Enrique como companhia e consequentemente seu brilhante trabalho dentro do universo criativo no Brasil”.

 

Serviço

Exposição O Criador e Sua Obra, por Enrique Lipszyc – Panamericana 60 Anos
Onde – Panamericana Escola de Arte e Design – Avenida Angélica, 1900 – São Paulo
Quando – de 20 de junho a 18 de agosto
Horário de visitação – segunda a sexta das 9h às 20h e aos sábados das 9h às 12h
(Domingos e feriados não abre)
Entrada gratuita

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*Texto cedido por Panamericaca Escola de Arte e Design

Prêmio “Pensador de Cidades” contempla o escritório Levisky Arquitetos Estratégia Urbana

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Promovido pelo Estadão em parceria com a Embraesp, premiação bianual tem como objetivo estimular iniciativas de profissionais e empresas que agregaram qualidade de vida urbana no Estado de São Paulo.

 

O escritório Levisky Arquitetos | Estratégia Urbana recebeu nesta segunda-feira (19/06), em São Paulo, o Prêmio bianual “Pensador de Cidades”. Promovido pelo Estadão em parceria com a Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), a premiação contemplou empresas e pessoas do setor que mais se destacaram no ano de 2022. O objetivo é estimular iniciativas de profissionais e empresas que, por sua atuação, contribuíram com soluções que agregaram qualidade de vida urbana no Estado de São Paulo. A premiação foi realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), e transmitida pelas redes sociais do Estadão.

Levisky Arquitetos | Estratégia Urbana, é um escritório de Projetos Urbanos, Arquitetônicos e Consultoria Estratégica, e em seu portfólio de projetos realizados contempla uma atuação focada em requalificação de espaços públicos e privados para a valorização urbana, sempre buscando integrar os temas ambiental, social, educacional, tecnológico, cultural, legal, econômico e de governança para a melhora da qualidade de vida nas regiões metropolitanas.

“O retrofit das áreas centrais das cidades, a valorização do patrimônio cultural, as possibilidades de pactuação de modelos público-privados vêm, de forma sinérgica, apontar para soluções positivas de acesso, segurança e valorização imobiliária. Receber esse prêmio explicita o reconhecimento da atuação e dos valores da Levisky Arquitetos frente a iniciativas qualificadoras da vida urbana” – Adriana Levisky, sócia titular do escritório.

 

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O boulevard dedicado à convivência, à cultura e à inclusão social será construído em um trecho das alamedas Rio Claro e das Flores e da rua São Carlos do Pinhal, e as obras terão início ainda no primeiro semestre de 2023 / Imagens: Divulgação Levisky.

 

Por meio da arquitetura e do urbanismo, a Levisky Arquitetos conta com premiações e reconhecimento internacional por viabilizar novos modelos de negócios que promovam a transformação e a ocupação qualificadas das áreas urbanas. Dentre os projetos estão – a Requalificação urbana em Paraisópolis – Jardim Colombo; os Parques SABESP, localizados nos bairros da Mooca, Cangaíba e Butantã, e a Praça Victor Civita, a Roda Gigante Rocco e a Requalificação Urbana – Boulevard SUA RUA. A. E ainda a publicação do livro Polifonia Urbana: arquiteturas, urbanismos e mediações (Editora SENAC e KPMO).

 

 

 

 

 

 

 

Instalação – Meandros: Mar de Espelhos

créditos Dani Leite Easy Resize com

Instalação propõe um percurso de descobertas para seus visitantes usando de tecnologias de imagem e som associadas às mais diversas soluções atuais de vidros e espelhos.

 

A intervenção “Meandros: Mar de Espelhos” é fruto de uma parceria entre Cebrace, Grupo Cataratas e Instituto do Vidro, com assinatura do escritório Cité Arquitetura. Ocupando o AquaRio, com a beira da Baía da Guanabara e a reinvenção do porto carioca como porta de entrada, a capital fluminense e sua natureza tornou-se a maior fonte de inspiração para a narrativa do projeto. 

 

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Fotografia: Dani Leite

 

O fim de tarde refletido sobre as marés, o reluzir das águas que escorrem nas encostas, os picos que recortam a bruma nas manhãs de inverno, o reflexo dos edifícios: pequenos detalhes que traduzem o mundo a nossa volta inspiram esta intervenção em sua poesia.  Das construções naturais e humanas surgem as referências para esse espaço, onde cada passo traduz em arquitetura uma leitura do mundo e das pessoas que aqui estão, suas paixões e inquietudes.

 

créditos Dani Leite Easy Resize com
Fotografia: Dani Leite

 

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Fotografia: Dani Leite

 

O percurso criado teve cada sala pensada segundo elementos da natureza, do folclore ou do vocabulário do brasileiro, sobretudo do carioca, traduzindo-os em sentimentos como calma, desordem, paz, surpresa, tormenta e outros. Partindo do ambiente Afluência, como o encontro de dois rios que seguirão juntos dali em diante, adentra-se um caminho de desvendamento do espaço, do corpo e da imagem.

 

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Fotografia: Dani Leite

 

créditos Dani Leite Easy Resize com
Fotografia: Dani Leite

 

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Fotografia: Ari kaye

 

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P AQUARIO DIAGRAMAS VISUAIS CLAREIRA Easy Resize com

 

Em um caminho de reviravoltas, entremeado por uma seleção cuidadosa som e luz, o visitante segue por Escarpas, Clareira, Iara, Meandros, Bruma, Ressaca, Marola e Cais: em uma ordem de impacto e contrastes, cada espaço busca uma experiência de revelação ao descortinar diferentes emoções. Ao fim, após mil reflexos e fragmentos de si mesmo, o público se encontrará com seu outro. Como dizem, “ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois as águas não são as mesmas, nem o indivíduo”.

 

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Fotografia: Dani Leite

 

créditos Dani Leite Easy Resize com
Fotografia: Dani Leite

 

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Fotografia: Dani Leite

 

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Serviço

Meandros: Mar de Espelhos

 

Horário de visitação: 

  • Dias de semana: 9h às 17:30h, última entrada às 17h 
  • Finais de semana e feriados: 9h às 18:30h, última entrada às 18h

Horário de funcionamento do AquaRio: 9h as 18h (com último acesso as 17h) 

Endereço: 2º andar do AquaRio | Praça Muhammad Ali, Gamboa (em frente aos Armazéns 7 e 8 do Porto do Rio) 
Informações: www.mardeespelhos.com.br
Ingressos: A partir de R$30,00*

*A exposição possui preço especial para visitação escolar

Artefato monumental

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Além de uma casa de moda de alto luxo, o espaço foi planejado para abarcar eventos, desfiles, exposições de artes, sede administrativa da empresa, além de diversas áreas técnicas. 

 

Uma ideia ousada atribuiu novas narrativas e grande poesia para este projeto assinado por Andrea Bazarian e Aldo Urbinati, sócios do escritório Estudio Tupi: replicar uma escada inteira de 30 toneladas desenhada por Oscar Niemeyer para o Palácio do Itamaraty e pousá-la no meio da galeria em grid da NK STORE, com fé e coragem. “Uma presença gigantesca que entrou no recinto sem nem ter sido convidada, afirmando ter a solução única”, afirmam os arquitetos responsáveis por ressignificar a loja de 1.550m², com acessos para as ruas Haddock Lobo e Sarandi, em São Paulo. O sistema de circulação determinado e forçado pela presença da escada em concreto aparente orientou outras decisões, como manter duas portas, uma para cada rua ao redor da esquina, fazendo com que a área da loja se tornasse uma galeria, um pequeno dispositivo urbano ao invés de um salão.

 

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O principal sistema construtivo implantado foi o concreto armado, que dá suporte a todas as principais peças arquitetônicas, como vigas, pilares e a escada. A loja é composta por três imóveis interligados internamente e as duas entradas por ruas perpendiculares entre si configuram uma planta em forma de T.  A divisa entre os dois imóveis localizados na rua principal apresenta um volume com pé-direito mais baixo todo revestido por pau-ferro que abriga nichos para exposição de produtos, além de esconder as instalações e a estrutura. O terceiro imóvel conecta-se à loja, abrigando as áreas de apoio e o acesso aos pavimentos administrativos. No lado oposto à entrada, foi criado um grande fosso de aproximadamente 11 metros de altura, conectando visualmente a loja às áreas administrativas e abrigando a escultural escada niemeyeresca.

Quanto à escolha dos materiais, buscou-se certa austeridade, utilizando concreto aparente como base para os acabamentos, madeira, espelhos, cortinas de linho, carpete, latão e mosaico português. Criou-se, assim, uma caixa onde os produtos poderiam estar escondidos por cortinas translúcidas (duplicadas também como revestimento das paredes) ou trancados dentro de armários de pau-ferro, cujos nichos já citados, com portas deslizantes, revelam os tesouros de moda e constituem superfícies opacas quando fechados, trabalho de fina marcenaria. 

 

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Tanto o tamanho e a disposição de galeria quanto à sua largura e comprimento proporcionam à casa de moda a possibilidade de celebrar festas e desfiles como nos dias antigos das Maisons de Paris.Moda e arquitetura: esses são os únicos trabalhos de arte onde seres humanos podem habitar o interior”, refletem Andrea e Aldo.

Hoje, visitantes dessa casa de moda podem aproveitar um cafezinho ou uma bela leitura embaixo do artefato monumental. Um objeto arquitetônico que afirma ser a primeira citação na história da arquitetura. Quer dizer, a primeira autenticamente aprovada. Nosso trabalho foi além do projeto e do programa da loja para chegar aos arquivos de Oscar Niemeyer para apresentar a ideia como um objeto de arte.” – Estudio Tupi

 

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Peças icônicas de designers brasileiros como Sérgio Rodrigues, Zanine Caldas e Geraldo de Barros completam os ambientes desenhados com sofás em pau-ferro e couro, concreto e camurça. Aqui, exemplo dos bancos produzidos a partir do desenho original da Cadeira M110, de Geraldo de Barros. Essa adequação foi idealizada pelo Estudio Tupi juntamente com a designer Baba Vacaro, diretora de criação da Dpot.

 

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Por Redação
Imagens: Andres Otero

Com apoio de 35 instituições brasileiras, Aliança de reciclagem de embalagens e circularidade dos resíduos será lançada no Ministério do Meio Ambiente

Please dispose of plastic bottle into the tank Lady throw rubbi

Evento ocorre na manhã de 28 de junho, com a participação dos membros da Aliança, representantes de órgãos públicos, setor privado e sociedade civil.

 

O Brasil é responsável pela produção de 27,7 milhões de toneladas anuais de resíduos recicláveis, de acordo com a edição 2022 do Panorama dos Resíduos Sólidos, e possui um potencial enorme para ampliar os índices de reciclagem no país e liderar esse tema no mundo. Pensando nisso, instituições brasileiras se reuniram para criar a AGIR – Aliança Nacional pela Gestão, Recuperação e Reciclagem de Embalagens e pela Circularidade dos Resíduos. O lançamento oficial acontece na próxima quarta-feira, 28 de junho, a partir de 9h, no auditório do Ministério do Meio Ambiente, localizado no Eixo Monumental, bloco B.

A AGIR nasce como um espaço de diálogo e compartilhamento de experiências, além de formulação, proposição e divulgação de medidas e ações que colaborem para atividades relacionadas à recuperação e reciclagem das embalagens. Na agenda da Aliança, estão previstos pesquisa e harmonização da base de dados e informações sobre o setor,  estudos, publicações,  promoção de seminários, reuniões técnicas e outros eventos para contribuir com a melhora da qualidade do ambiente urbano e fortalecimento do enfrentamento às mudanças climáticas, propiciando a transição para um modelo de economia circular.

Os resíduos estão no centro do debate global acerca de mudanças climáticas, tanto é que a ONU acabou de criar um conselho específico para tratar do tema, ligado diretamente ao seu Secretário Geral. A AGIR será uma referência no país para avançar com políticas que garantam a circularidade dos resíduos, diminuindo impactos ambientais e promovendo inclusão social que os resíduos trazem com a participação dos catadores de materiais recicláveis”, pontua Dione Manetti, presidente do  Instituto Pragma e um dos articuladores para criação da da AGIR.

“O lançamento da AGIR marca um momento importante para o avanço das políticas e ações voltadas à circularidade dos resíduos no país construção e coloca o Brasil na vanguarda de tema a nível Global” – Dione Manetti, presidente do  Instituto Pragma e um dos articuladores para criação da da AGIR.

Para a  ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) que representa nacionalmente as indústrias de transformação e reciclagem de plástico responsável por 12,7 mil empresas e quase 360 mil profissionais, mais do que defender os interesses e prestar assistência à categoria por meio de diversos serviços e iniciativas, é necessário valorizar o plástico e promover o setor e sua competitividade, bem como os avanços tecnológicos com foco na sustentabilidade. Paulo Teixeira, Diretor Superintendente da ABIPLAST, ressalta que, por parte das entidades, há urgência em dialogar sobre o futuro da reciclagem e da circularidade no Brasil.

“Precisamos nos aprofundar nesses temas, mas isso só vai acontecer se houver um esforço coletivo, com responsabilidade assumida por todos os atores da cadeia e esperamos que isso aconteça a partir desses encontros da Aliança com o setor público.” – Paulo Teixeira, Diretor Superintendente da ABIPLAST.

Presidente da ISWA (International Solid Waste Association) e diretor presidente da ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), Carlos Silva Filho observa que o modelo atual, linear, de gestão de resíduos está esgotado.

“A conjuntura global nos mostra que novas práticas e soluções sistêmicas são fundamentais para superar os déficits existentes. A conjugação de esforços entre várias entidades integrantes da Aliança buscará promover ações para uma mudança de perspectiva, rumo a uma maior valorização das embalagens e circularidade dos resíduos” – Carlos Silva Filho, Presidente da ISWA e diretor presidente da ABRELPE.

A Aliança é composta, inicialmente, por 35 instituições, entre elas entidades de representação de empresas do setor produtivo do país, representações de catadoras e catadores de materiais recicláveis, instituições públicas da área ambiental, entidades gestoras de logística reversa e organizações da sociedade civil ligadas ao tema, com atuação nacional e internacional. O evento reunirá membros da Aliança, além de representantes de órgãos públicos, setor privado e sociedade civil.