O designer assina coleção para a empresa que contou com novo piso e a reedição comemorativa do Sofá K2, assinado pelo italiano Alessandro Mendini.
A Indusparquet e o designer reconhecido mundialmente, Pedro Franco, realizam uma parceria inédita com o lançamento da Coleção Ancestralidade, que enfatiza o valor de que “Beleza é significado”. A parceria traz novo desenho de piso de madeira, inspirado nas raízes brasileiras, e uma reedição do sofá K2, reapresentado com as madeiras tropicais Indusparquet.
A reedição do Sofá K2, assinado por um dos maiores nomes do design de todos os tempos, o italiano Alessandro Mendini, foi uma peça desenhada pelo artista com exclusividade para A Lot Of Brasil, e agora pode ser encontrado em uma Limited Edition em madeiras exóticas sustentáveis (série de 5 unidades), lançada no salão de Milão 2013.
A indusparquet e Franco apresentam ainda desenho do Piso Ancestralidade. O mesmo foi inspirado em pesquisas do designer sobre o grafismo indígena e remete aos desenhos ancestrais da civilização nativa brasileira. “Sempre admirei os pisos de palácios históricos italianos e franceses, muitos dos quais utilizam madeiras brasileiras. Dessa forma sempre me indaguei sobre o porquê de não termos um Piso criado a partir de uma estética brasileira. Com a Indusparquet isso se tornou possível” cita Franco.
As novidades foram apresentadas no espaço da A Lot Of Brazil, empresa fundada por Franco, na 61ª edição do Salão Internacional do Móvel de Milão (Isaloni), ponto de referência internacional para o setor de mobiliário e de design.
“Essa é uma parceria muito importante para a Indusparquet, pois além de acreditarmos na força da co-criação, apresentamos ao mercado um lançamento que une a expertise e qualidade da Indusparquet, com design único trazido por Pedro Franco, além da oportunidade de fazer parte da Reedição de peças icônicas” – Mariana Lisboa, diretora de marketing e comunicação da Indusparquet.
Pedro Franco é reconhecido mundialmente e possui inúmeras participações internacionais. Ao todo foram cerca de 17 exposições durante a feira de Milão-Itália começando com o Fuorisalone e já pelo 11º ano dentro do Salão Internacional do Móvel de Milão (Isaloni). O Designer coleciona em sua lista premiações nacionais e reconhecimento mundial, com suas peças citadas em diversas publicações internacionais, como no jornal americano The New York Times.
Com mais de 53 anos de tradição, o Grupo Indusparquet vem conquistando espaço no mercado nacional e internacional. Mantêm relações com mais de 46 países, com 6 centros de distribuição, entre eles Estados Unidos, França, Argentina, Espanha e China; três lojas próprias (São Paulo e Piracicaba) e mais de 100 revendas no Brasil.
Restaurado pelo escritório Effect Arquitetura, o projeto também contemplou a inclusão de salas imersivas, cinema 6D e uma linha do tempo que mostra a importância dos imunizantes para a humanidade.
Novidade na cidade de São Paulo, o Museu da Vacina foi criado para ensinar e difundir a ciência por trás dos imunizantes. A ideia é demonstrar, para toda a população, sua importância e eficácia por meio de uma base histórica, conhecimento do processo de produção e da atuação das vacinas no corpo. Para isso, a exposição é dividida em oito espaços interativos e informativos que fazem uso de diferentes tecnologias para conscientização de crianças e adultos.
É o primeiro museu da América Latina dedicado exclusivamente à vacina e se encontra no patrimônio mais importante do Parque da Ciência, a Casa Vital Brazil – também chamada Casa Rosa, sede da Fazenda Butantan no século 18. Com a missão de preservar a história do local, coube aos especialistas Celso Grion e Erick Tonin, arquitetos à frente do escritórioEffect Arquitetura e de importantes projetos na cidade, realizar uma obra cuidadosa de restauro para manter a originalidade da construção.
A Casa Rosa, no Parque da Ciência, local que abriga o Museu da Vacina, foi a antiga casa do médico pioneiro e cientista Vital Brazil.
A Casa Vital Brazil foi construída por volta de 1880 e serviu como residência do médico e pesquisador Vital Brazil Mineiro da Campanha, primeiro Diretor do Instituto Serumterápico do Estado de São Paulo – atual Instituto Butantan. A edificação abrigou o laboratório conduzido pelo médico onde era produzido o soro antipestoso para peste bubônica que assombrou o país em 1899. Além disso, para a trajetória das vacinas, Vital Brazil contribuiu com a descoberta dos soros antiofídico, antiaracnídico, antitetânico, antidiftérico e do tratamento para picadas de escorpião.
“Em sua expressão primordial, a construção é um exemplar remanescente de arquitetura residencial rural ao gosto eclético, neoclássico, sendo um exemplar significativo do período. Mas sua apresentação a diferencia do restante das antigas construções rurais remanescentes que possuíam particularidades mais expressivas de sedes de fazendas paulistas” – Celso Grion, Effect Arquitetura.
O casarão, que já havia passado por um processo de restauro nos anos 2000, recentemente se tornou o local do desenvolvimento e produção da CoronaVac, a primeira vacina nacional aplicada no país para combater a pandemia da Covid-19. “A construção estava um tanto descaracterizada em seu interior devido aos usos mais recentes. Embora tenha passado por diversas reformas, conservava as linhas originais e seu exterior, então nós optamos por deixar à mostra alguns desses atributos”, conta Erick Tonin.
Completamente recuperada, a Casa Rosa mantém sua entrada autêntica e ornamentada.
Mudanças e adaptações necessárias
A implantação do Museu da Vacina na Casa Vital Brazil faz parte do processo de reestruturação de novas condições de uso de edificações históricas contempladas no Plano Diretor do Instituto Butantan, e, à vista disso, os arquitetos esclarecem que o projeto de preservação e restauração buscou manter, ao máximo, as camadas históricas relevantes para compreensão do valor cultural da edificação – tendo todas as ações pautadas pelos princípios contemporâneos de preservação do patrimônio cultural.
Com 550 m2 de área útil inseridos dentro de uma área verde do Instituto com cerca de 725 mil m2, o casarão teve apenas parte do bloco central demolidos para dar vez a criação de quatro áreas: corpo principal, pátio central, corpo secundário e um novo bloco de sanitários. Erick garante que todas as intervenções possuem uma linguagem propositalmente distinta à arquitetura original, a partir das diretrizes para preservação do existente e adequação ao novo uso proposto. “O contraste do antigo e o novo é visto através do uso de materiais diferentes, novos sistemas construtivos, cores e texturas diferenciados, deixando muito claro quais são as partes novas e as preservadas da edificação”, diz Erick.
O escritório construiu um deck metálico elevado revestido de granito para promover a acessibilidade universal na interligação do museu com os demais acessos.
Pensando num lugar acessível para todo tipo de público, os arquitetos Celso e Erick trataram de nivelar todos os desníveis de piso com tampos de vidros, de maneira a deixar a estrutura guardada e exposta, principalmente próximo da interligação da entrada do museu com o acesso às áreas expositivas e o deck dos fundos. “Mesmo com as diferenças dos revestimentos novos com o do edifício histórico existente, mantivemos uma linguagem externa única para promover uma conexão material com o boulevard (rua de acesso às construções do Parque da Ciência)”, contam.
Novos Espaços
Criado com objetivo chamar atenção para a imunização no país, a visitação no Museu da Vacina ocorre assim: a primeira sala traz uma breve história do desenvolvimento das primeiras vacinas, como uma linha temporal, apresentando os principais trabalhos de cientistas pioneiros no mundo. No segundo espaço, é mostrada, de um jeito didático, a produção dos diferentes imunizantes a partir de vídeos educativos e interativos que induzem que a própria pessoa participe.
Como forma de incentivar a cobertura vacinal, a visitação dispõe de jogos lúdicos, exposições, linha do tempo completa e cinema para transmitir confiança dos imunizantes ao público.
A sala reproduz uma réplica de um laboratório com projetores de cientistas.
O terceiro espaço usufrui de hologramas de cientistas explicando o funcionamento do Instituto, dos testes e das razões pelos quais são realizados pela instituição, além disso, algumas amostras também ficam expostas em recipientes. A quarta sala é a mais interativa da casa, pois possui diversos jogos lúdicos que buscam mostrar como as vacinas agem no corpo humano com foco na atuação dos anticorpos.
O Museu possui ferramentas como audiodescrição, interpretação em libras, legendas, escrita simplificada, pisos táteis, sinalização em Braille e conteúdos traduzidos para o inglês e espanhol.
As salas mais adiantes miram principalmente na informação, o público passa por uma exposição de objetos históricos como ferramentas do século passado, cartazes de campanhas, entre outros, tal como em um museu tradicional e depois por um grande glossário para tirar dúvidas que surgem ao realizar a visita.
Cartazes de campanhas das últimas décadas revestem o local.
As últimas salas contam com projeções em 360° que mostram como as vacinas foram a resposta contra a Covid-19 e buscam combater as fake news que rondam as notícias até hoje. Por fim, o passeio termina na sala de cinema 6D transmitindo o curta “Uma viagem no corpo humano”, abordando por dentro do organismo de uma pessoa vacinada e uma não vacinada.
No cinema 6D, o visitante entra em uma experiência para conhecer o corpo humano de uma pessoa vacinada e outra não vacinada.
Fonte: dc33 e Effect Arquitetura
Imagens: Eduardo Pozella
Chegou a vez do Yes Móvel Show Minas Gerais, que ocorre este ano de 16 a 18 de maio, no Expominas, em Belo Horizonte.
Um dos showrooms mais importantes do Brasil, o Yes Móvel Show esteve se preparando para um ano de crescimento no mercado de móveis. Organizado pela Yes, o showroom tem como meta reunir os melhores empresários, fabricantes, lojistas e representantes do segmento para a realização de grandes negócios.
Em números aproximados, estima-se que o evento já movimentou cerca de R$ 200 milhões para mais de 23 estados brasileiros, sendo as cidades-sede importantes mercados provedores e consumidores de móveis e eletros, criando um ambiente propício e qualificado para apresentação de novidades e tendências.
Após o Yes Móvel Show Goiás, Yes Móvel Show São Paulo e Yes Móvel Show Bahia, chegou a vez do Yes Móvel Show Minas Gerais, que ocorre este ano de 16 a 18 de maio, no Expominas, em Belo Horizonte. Dentre as empresas participantes, aCastorestará presente apresentando o que há de melhor em conforto e tecnologia de ponta, que equipam os colchões Castor e garantem máximo desempenho e qualidade, além de outros produtos. Não perca a chance de conhecer os lançamentos exclusivos da marca.
Fonte: Yes Móvel Show
Imagem: Divulgação Yes Móvel Show e Castor
De forma coletiva e socioambiental, a edição enaltece a riqueza das habilidades manuais, expressão criativa e afetiva que transforma materiais naturais e renováveis em produtos sustentáveis com alto valor artístico e cultural.
Para comemorar o Dia das Mães, a Feira na Rosenbaum realiza a Feira de Todas as Mães, que contará com a participação de oitenta marcas de criativos que apresentarão produtos autorais de decoração, moda, bem-estar e gastronomia, entre os dias 10 e 13 de maio, no Museu A CASA do Objeto Brasileiro, localizado na Av. Pedroso de Morais 1216, em Pinheiros, São Paulo.
A edição celebra uma das forças mais poderosas e positivas da humanidade, o amor maternal, sentimento profundo e incondicional que transcende o tempo e o espaço, compartilhado por qualquer pessoa que se dedique a cuidar e a proteger, compreendendo a diversidade de gênero.
Em homenagem às muitas histórias, repletas de pertencimento e permanência, a Feira na Rosenbaum reconhece a multiplicidade de formas da maternidade e apoia a igualdade de oportunidades e direitos para todas as mulheres, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero, raça, etnia, religião, classe social ou qualquer outra característica que as diferencie.
Convidada especial da Feira de Todas as Mães, a ceramista alagoana Maria Corá traz a poesia em forma de bonecas de cerâmica, feitas com o barro das margens do Rio São Francisco. Inspirada nos delicados bordados e nas coloridas rendas sergipanas, realiza um trabalho único e original, explorando técnicas, texturas e pigmentos naturais que extrai da própria argila. O multiartista Felipe Morozini assina a cenografia desta edição e materializa os sonhos, as imagens e os pensamentos da Feira de Todas as Mães.
TEXTO DE FELIPE MOROZINI
Nos reunimos aqui para trocar saberes. Para trocar afetos.
Trocar olhares cúmplices na crença de novos e melhores tempos.
A possibilidade do encontro. A celebração do começo de tudo.
Fico pensando em todas as mães.
Mães com filhos, mães sem filhos que cuidam dos filhos das outras, mães que
sonham com filhos, mães que vivem longe dos filhos, pais que são mães,
mães que são pais.
Todas as mães nesse pequeno planeta chamado Terra evocam e perpetuam a
ancestralidade dentro de cada um de nós.
Penso na mão da mãe segurando a mão do filho.
Na mão que assa o barro. Que troca a fralda.
Que borda a juta. Que faz a comida.
Que costura o couro. Que trabalha longe.
Que entalha a madeira. Que dorme acordada.
Penso sempre em mãos dadas.
Mãos juntas. Muitas mãos.
Penso em mães juntas. Muitas mães.
Todas de mãos dadas.
Que bonito pensar isso.
Mãinha, mamã, майка, mater, אמא ,
madre, mamãe, mitéra, pachamama,
gaia, 母亲, Dana, ouitê.
Penso também na figura da Mãe Natureza.
A detentora de todos os saberes. De todos os fazeres.
Representa o sentido da vida, o nascimento,
a maternidade e a proteção de seus filhos que nela habitam.
Uma metáfora sobre nós mesmos.
É chegado o momento de compartilhar histórias, mas também de
compartilhar amor.
Sejam bem-vindos. Bem-vindas. Bem vindes.
FEIRA NA ROSENBAUM + IED
Em parceria com o IED – Istituto Europeo di Design, a Feira na Rosenbaum cede espaço para o talk “(RE)CONHECER NOSSAS EXPRESSÕES E SABERES”, no dia 11 de maio, às 17h.
A ideia é sonhar um outro design e desenvolver novas soluções e metodologias (RE)conhecendo nossas expressões e saberes apoiadas em abordagem sistêmica com um posicionamento político estabelecendo-se em duas dimensões e escalas de discussões: temporal e, portanto urgente e ancestral, e espacial, sob a perspectiva territorial repensando os processos para que sejam mais abertos e democráticos, de modo plural e colaborativo, como o Brasil.
O TALK será apresentado pelos coordenadores do IED – SP (ISTITUTO EUROPEO DI DESIGN), Christian Ullmann (Coordenador de Projetos de Economia Circular e Design para Inovação Social no CR+IED), Alexandre Salles (Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Design de Interiores Contemporâneo e do Curso One Year de Design de Mobiliário – IED São Paulo) e Graziela Nivoloni (Co-coordenadora do laboratório de Biomateriais e conselheira acadêmica do Centro de Inovação, Design e Pesquisa do IED.
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Ainda que traga benefícios para a cadeia produtiva e o meio ambiente, economia circular encontra resistência na construção civil.
O setor industrial está, há séculos, acostumado com uma lógica de produção linear: extração de matéria prima, manufatura, venda, uso e descarte, sucessivamente. Porém, já é evidente que esse processo traz graves consequências ambientais. O uso contínuo de recursos não renováveis e a frequente produção de lixo acarreta problemas como poluição do solo e das águas, mudanças nas condições climáticas, alterações nos biomas, dentre outros. Logo, uma nova forma de se pensar a produção industrial se faz necessária.
A economia circular surge como alternativa, buscando minimizar ou zerar os danos causados pelas indústrias. “É um modelo econômico com o propósito de dissociar o crescimento e desenvolvimentoeconômico do consumo de recursos finitos”, explica Amanda Neme, engenheira química coordenadora do setor de Construção da Rede Empresarial Brasileira de Avaliação de Ciclo de Vida (Rede ACV). “O objetivo central é manter o valor dos recursos, produtos e materiais em circulação, a partir de um sistema composto por modelos de negócios inovadores e otimizados”.
Um exemplo de circularidade adotado pelas indústrias é o que empresas de cimento, como LafargeHolcim e Saint Gobain, realizam. Parte do resíduo gerado na produção é retrabalhado e retornado para a linha, maximizando o aproveitamento da matéria-prima. Ações como essa, porém, demandam estudos que assegurem a efetividade da sustentabilidade e a qualidade do produto final. “Estas mudanças podem até gerar influências negativas no impacto do ciclo de vida dos materiais. Assim, nosso desafio é buscar inovações que viabilizem a economia circular em todos os seus princípios, seja no uso de resíduos como matérias-primas até o prolongamento da vida útil”, pondera Neme.
A engenheira química Amanda Neme aponta que o acesso a linhas de financiamento para pesquisas em inovação sustentáveis vem crescendo, porém são ainda restritivas e complexas para a cadeia da construção civil.
Na Construção Civil
De acordo com artigo da Ellen McArthur Foundation, instituição global referência em estudos sobre economia circular, a construção civil é um setor tão aquecido que, até 2060, obras equivalentes à cidade de Paris serão erguidas por semana até 2060 ao redor do mundo. Porém, a forma como são realizadas, seguindo processos lineares, é o cerne do impacto ambiental do setor. A instituição indica que, ao se aplicar princípios de economia circular, seria possível reduzir emissões de gases CO2 dos materiais de construção em 38% até 2050, reduzindo a demanda por aço, alumínio cimento e plástico. A indústria também estaria menos suscetível à escassez de matéria-prima e a volatilidade dos preços.
“A construção civil é responsável por 50-75% do consumo de recursos naturais do planeta e 50-65%dos resíduos sólidos urbanos (ABRAINC, 2018)”, corrobora Amanda Neme. Segundo a engenheira química, se por um lado o setor gera os produtos que devem ter durabilidade, por outro é constituído por uma grande quantidade de atores, o que dificulta uma articulação consistente para promover a economia circular. Do mesmo medo, aspectos culturais impedem avanços no tema, gerando frequentes desperdícios: “Como reformas efetuadasem residências ou edificações recém-entregues”, acrescenta.
Na percepção de Amanda Neme, o setor de obras mundial é um dos que menos evoluiu em inovação sustentável, em especial no Brasil, onde a construção civil é considerada tradicionalista, com produtividade reduzida e escassez de mão-de-obra qualificada. “Segue tecnologias culturais antigas, com grande uso de capital humano e pouca industrialização, o que em sua maioria resulta em altos custos, baixo nível estratégico de planejamento e controle, baixa qualidade e altos índices de patologias, além de baixo desempenho ambiental”, pontua.
Catherine Otondo, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP) concorda a construção civil brasileira seja resistente a inovações. “A economia circular de fato é o grande assunto para todos os índices que estão produzindo as cidades e as construções no mundo contemporâneo. Mas no Brasil ainda se trata de um mercado restrito porque exige que os produtos utilizados tenham tecnologia e especificidade custosas para os nossos padrões de construção. Aqui, assentar tijolo e colocar massa ainda é o jeito mais barato de se fazer uma construção”, analisa.
O principal caminho, segundo Otondo, para contornar o problema seria a ação de políticas públicas que gerem demanda e deem escala para a economia circular na construção civil. “Isso deve ser feito de uma maneira consciente e de baixo para cima. Não adianta vir com grandes leis se elas não conseguem ser aplicadas no dia a dia. Acho que o Estado tem como missão produzir exemplares dessas formas de construção que incluem tratamento de água, o uso de materiais pré-fabricados, capacitação de mão de obra etc. Tem que se pensar no ciclo completo e não só na parte final, como fazer um prédio e depois falar para usar água de reuso”, diz.
Catherine Otondo, presidente do CAU/SP, pondera que a circularidade precisa ser aplicada, antes, no planejamento urbano, o que exige revisão de programas como Minha Casa Minha Vida: “A cidade é o produto da economia circular. E não a casa.”
Regulamentação
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305/2010 e regulamentada pelo Decreto nº 10.936/2022, traz importantes direcionamentos para a gestão de resíduos no Brasil, em temas como reciclagem, reuso, descarte e logística reversa. Porém, não dispõe de normas específicas para a economia circular. Segundo a Rede ACV, a regulamentação poderia contribuirpara padronizar conceitos e melhorar no entendimento e diferenciação de projetos. “Assim, cresceria o interesse e promoveriam-se mais e mais projetos voltados para esse tema”, complementa Amanda Neme.
A ausência de um marco regulatório específico dificulta ações dos próprios órgãos públicos, que devem se pautar pelo princípio da legalidade. É o que diz Douglas de Paula D’Amaro, Gerente de Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) da Prefeitura de São Paulo. “A administração pública em geral tem dificuldade em implementar políticas públicas que não estão plenamente previstas na legislação”. De acordo com o gerente, o que a secretaria consegue fazer refere-se a materiais da construção civil classe B, de acordo com a resolução CONAMA 307/02, como plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras, entre outros. “Os canteiros de obra são dotados de recipientes específicos para a destinação de resíduos para reciclagem, e os funcionários das empreiteiras são treinados para realizarem a correta disposição destes resíduos”, diz.
Arquitetos que atuaram em obras públicas, como aeroportos e habitações populares, lidam com essa dificuldade. Exemplo é Andressa Gama, que participou do projeto Residencial Rubens Lara, construído por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), desenvolvido pelo escritório Levinsky Arquitetos. “Não há grandes incentivos financeiros para que a circularidade seja uma premissa. Em geral, sustentabilidade é um artigo de luxo que as construtoras têm como valor agregado”, pontua.
Localizado em Cubatão (SP) e com quase 2 mil unidades, o Residencial Rubens Lara foi projetado para ser modelo em inovação sustentável, com revestimentos de pastilhas recicláveis e capacidade para uso de aquecedores solares. Segundo Andressa Gama, desde a licitação já havia a expectativa de que as obras fossem um novo passo em direção a projetos mais sustentáveis. “Esse foi o primeiro de uma grande virada de chave no programa. Parte da demanda elétrica já era de captação solar, por exemplo”. Porém, segundo a arquiteta, essa nem sempre é a praxe no setor. “Se não está na premissa de pagamento desde a licitação, dificilmente vai acontecer”, afirma.
O arquiteto Luiz Florence teve experiências similares em obras de aeroportos, como os de Macaé (RJ), Florianópolis (SC) e Viracopos (SP). Segundo o profissional, que é membro do Grupo de Trabalho de Cidades e Emergência Climática do Instituto de Arquitetos do Brasil/SP (IAB-SP), as grandes construtoras adotaram políticas para minimizar a geração de resíduos, com materiais como steel frame, drywall, estrutura metálica, concreto pré-moldado, revestimentos secos, fachadas ventiladas, e pinturas simples. “Mas na verdade, a economia circular só foi mais presente nos momentos em que as empresas puderam usar isso para melhorar sua imagem pública e o compliance com seu cliente, ou quando foi financeiramente interessante”, critica.
Florence enfatiza que não há, mesmo nos editais de concessão privada de infraestrutura — no caso de aeroportos, estradas, sistemas de transporte urbano — ou em editais de obras públicas, a proposta de algum benefício contratual, tributário ou financeiro para quem adotar soluções de economia circular. “Fica, portanto, a cargo das empresas privadas de aplicar medidas, o que só acontece quando a dinâmica vier alinhada com os interesses corporativos”, opina.
A lei do PNRS precisaria, assim, ser atualizada, detalhando as demandas novas para a atividade de recepção e retrabalho do material descartado, segundo o arquiteto. Medidas como essa poderiam resultar em mais economia para os próprios setores produtivos. “A indústria do aço poderia se aproveitar da alta dos preços de commodities e repensar a reutilização de estruturas obsoletas. Se ela não apostar nesse caminho, pode acabar perdendo espaço para a madeira engenheirada. Temos também o crescente uso (ainda experimental) da versão modernizada da taipa de pilão, que permite o uso de um material com baixíssima pegada de carbono (solo retirado do local) para a construção de elementos de vedação e estruturas”, pontua.
Profissionais de arquitetura apontam que nem sempre há clareza quanto às práticas de economia circular na indústria, o que dificulta a especificação de materiais garantidamente sustentáveis.
Atuação independente
Na ausência de uma regulamentação específica, diferentes entidades têm buscado meios de nortear práticas de circularidade na construção civil e na economia como um todo. A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA), por exemplo, lançou o guia “Sustentabilidade na Arquitetura – Diretrizes de escopo para projetistas e contratantes”, orientando a escolha sustentável de materiais e sistemas construtivos. Já A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) lançou, em 2020, a cartilha “Compras Públicas Sustentáveis”, apresentando critérios que auxiliam o Poder Público a usar, por exemplo, materiais de construção oriundos da economia circular em obras.
Empresas como a construtora Planet Smart City, responsável por projetos urbanísticos de cidades inteligentes, buscam medidas próprias para aplicar a economia circular. “O principal exemplo é a SG Premoldados, uma fábrica que pertence à Planet Smart City e produz todos os pisos intertravados de nossas cidades inteligentes. Todo os resíduos de cimento são reaproveitados para a produção de outros utensílios, evitando o descarte na natureza”, conta Susanna Marchionni, cofundadora e CEO da empresa no Brasil. Por meio de um sistema BIM integrado por ferramentas personalizada, a construtora faz análises multicenário, escolhendo métodos construtivos que gerem menos resíduo, garantindo até a reutilização do solo escavado para paisagismo e pavimentação.
Pautando-se pela circularidade e sustentabilidade, a Trisoft, empresa de forros para isolamento acústico, investiu em tecnologia para zerar o consumo de água como matéria-prima e manufaturar suas peças com mantas feitas de garrafas PET recicladas. Neste ano, a empresa tem o objetivo de favorecer a logística reversa, reaproveitando os produtos após o uso. “Estamos estudando a vasta diversidade de produtos que podem ser feitos com nossos materiais de pós-consumo. A ideia é usá-los como matéria-prima em formato de revestimentos funcionais. O produto descartado não é lixo, é matéria prima. É importante que as indústrias se organizem”, pontua Maurício Cohab, CEO da empresa.
Diversas outras medidas ainda podem ser aplicadas para promover a economia circular na construção civil, desde a formação de mão-de-obra qualificada à conscientização da sociedade civil. Evidencia-se, contudo, a importância de a sustentabilidade ser transversal na construção civil, englobando diferentes atores, desde a concepção até o uso das construções finalizadas.
O arquiteto Luiz Florence considera que a economia circular foi bem aplicada na Sede Administrativa da Fundação Florestal – Juréia-Itatins (SP). A construção optou pela estrutura com madeira laminada colada (MLC), um pré-fabricado leve de origem renovável.
Primeiro programa, discutindo as tendências vistas no Salão do Móvel de Milão 2023, estreia nesta sexta-feira (12).
Há mais de 30 anos transformando ambientes, a Fani Metais e Acessórios apresenta seu mais novo canal de imersão em arquitetura e decoração com a criação de um programa de entrevistas exclusivo sobre este universo, o Fani Talk.
Direcionado a profissionais especificadores, produtores e curadores de conteúdo e os apaixonados por arq e décor em geral, o programa é um bate-papo em formato descontraído com até dois convidados, sempre profissionais renomados do setor.Arquitetos, designers, decoradores, empresários, entre outros personagens influentes do mercado vão enriquecer as discussões mediadas pela designer de interiores Paula Leme.
A temporada de estreia contará com 12 programas, o primeiro estreando nesta sexta (12) com a presença de Beto Cocenza, diretor da BOOMSPDESIGN, para falar sobre as tendências e o que mais chamou atenção no prestigiado Salão do Móvel de Milão. Os episódios terão duração prevista de 20 a 30 minutos e serão disponibilizados no YouTube tanto na íntegra quanto também em recortes, separando o bate-papo em diferentes temáticas que foram levantadas durante a entrevista.
Primeiro programa, discutindo as tendências vistas no Salão do Móvel de Milão 2023, estreia nesta sexta-feira (12).
“Queremos nos conectar com os profissionais especificadores e os apaixonados por arquitetura e decoração não apenas pelos nossos produtos, mas também prestando um serviço de qualidade, levando conteúdo relevante, informativo e, muitas vezes, até educativo para eles”- Melissa Rossini, gerente de marketing da Fani.
Paralelamente, o programa será editado como podcast, ganhando vinhetas e trilha sonora para personalizar a experiência também em áudio. Com os podcasts, a Fani estreia em mais um canal de relacionamento com o público em geral com a abertura da sua playlist no Spotify, uma das maiores redes digitais de entretenimento e conteúdo em áudio do mundo.
Confira os temas e os convidados já confirmados dos três primeiros programas do Fani Talk:
MAIO 2023 Tendências do Salão do Móvel de Milão 2023, com Beto Cocenza (BOOMSPDESIGN)
Estreia sexta-feira, 12 de maio
JUNHO 2023 Neuroarquitetura, com Gabi Sartori (NEUROARQ Academy) e Flávia Nunes (FNMM Arquitetura e Paisagismo)
JULHO 2023 O papel da biofilia na arquitetura de interiores, com Ricardo Pessuto (Pessuto Paisagismo) e Paula Carvalho (Paula Carvalho Arquitetura)
Episódio “O metaverso além do hype” tem participação de Simone Kliass (presidente do Comitê X-Reality Metaverso e Games do IAB Brasil e cofundadora da XRBR), Paulo Aguiar (3c Gaming) e Marcus Bruzzo (FTD Educação).
O IAB Brasil, associação que tem como objetivo o desenvolvimento sustentável da publicidade digital no país, apresenta o novo episódio de seu podcast IABCastcom o tema “O metaverso além do hype”. O metaverso se tornou um tópico relevante para empresas de diversos setores, que têm realizado grandes investimentos na criação de conteúdos imersivos, seja por meio de jogos, áudios, realidade virtual ou aumentada. Neste contexto, o episódio #37 do IABCast discute a ascensão do metaverso e seu impacto nos hábitos comportamentais e de consumo.
Apresentado pelo jornalista Renato Pezzotti, o episódio conta com a participação de Simone Kliass, cofundadora da XRBR e presidente do Comitê de Metaverso, XR e Games do IAB Brasil; Paulo Aguiar, sócio e CCO do 3c Gaming; e Marcus Bruzzo, coordenador de Design e Experiência Digital (UX) da FTD Educação.
No formato de mesa-redonda, os especialistas compartilham suas perspectivas sobre o metaverso, discutindo definições, modalidades, ações e experiências relacionadas a este universo, que apesar de parecer estar menos presente nas pautas do mercado ainda se encontra em pleno desenvolvimento e expansão, oferecendo inúmeras possibilidades – principalmente junto aos games e comunidades. O episódio fala também sobre como a educação está sendo impactada pela inserção do metaverso no mundo real, e os principais desafios encontrados nesta nova realidade, passando por questões essenciais como a acessibilidade, desenvolvimento tecnológico e até mesmo estético, o metaverso sendo visto como um meio, um suporte para a vivência de conteúdos educacionais.
“Imersão pode ser uma série de coisas, como uma realidade aumentada na qual sobrepomos elementos digitais ao mundo físico ou até mesmo um “áudio aumentado”. Nós temos uma caixa de ferramentas no conteúdo imersivo, é só saber qual utilizar e para qual público”, afirma Simone Kliass. E provoca a reflexão: “Metaverso pra quem, feito por quem e pra quê”.
O IAB Brasil, por meio de seu Comitê X-Reality, Metaverso e Games, também está preparando um guia dedicado ao metaverso e em breve haverá mais informações sobre o tema. O novo episódio do IABCast está disponível no site do IAB Brasil e em agregadores e aplicativos de streaming.
Para ouvir o episódio sobre “O metaverso além do hype”, clique aqui.
Com foco nos desafios atuais, madeira é a principal matéria-prima utilizada nas peças expostas em uma das maiores feiras de móveis e design do mundo.
A edição de 2023 da interzum, principal feira internacional do mundo para a indústria moveleira e de design de interiores retorna aos pavilhões de feiras de Colônia, na Alemanha, de 9 a 12 de maio. O evento reunirá mais uma vez contatos da indústria para apresentar e discutir soluções de design, inovações tecnológicas, tendências e visões para o design de ambientes de lazer e trabalho.
Na interzum 2023, o American Hardwood Export Council (AHEC) destacará os pontos fortes de três espécies de madeira de lei americana além de seus impactos ambientais, apresentando várias ferramentas para verificar sua sustentabilidade. No estande do AHEC, os visitantes conseguirão ver a aplicação desses conceitos na prática através de peças de dois designers dinamarqueses feitas em madeira de lei americana que, apesar de pouco utilizadas, foram eleitas as melhores e mais sustentáveis para a fabricação de móveis.
As poltronas e os bancos foram desenhadas pelo designer e arquiteto dinamarquês Hans Bølling, feitas em carvalho-vermelho, madeira de cerejeira e ácer.
Nascido em 1931, Hans Bølling foi pioneiro na arquitetura e design na Dinamarca em 1950. Embora tenha produzido peças icônicas ao longo de sua carreira, Bølling nunca havia desenhado uma poltrona.
As peças, produzidas em conjunto com a empresa de design dinamarquesa Brdr. Krüger e o American Hardwood Export Council (AHEC), mostram as influências de Bølling trazidas da arquitetura. “Eu quis transmitir linhas arquitetônicas puras e detalhes em meu projeto, que juntos criam conexões humanas e um terreno fértil para o bem-estar”, comenta.
Além de Bølling, as peças da também dinamarquesa Maria Bruun trarão ainda mais profundidade no estilo nórdico de design. A designer lançou a Nordic Pioneer, sua coleção de móveis feitos apenas com bordo americano, que apresenta o contraste entre os detalhes arredondados e retos, mostrando a maleabilidade em esculpir o material que, mesmo em diferentes formas, não perde a resistência. Os bancos empilháveis, a exemplo disso, com almofadas de assento arredondadas feitas em bordo maciço atuam para celebrar a escolha da madeira.
Por meio da utilização da madeira, o desenvolvimento da coleção registrou uma pegada de carbono negativa estimada de -161. O valor negativo indica que o armazenamento de carbono na madeira excede todas as emissões associadas à entrega dos produtos até a empresa distribuidora. Outros detalhes relacionados à pegada de carbono do projeto podem ser conferidos aqui.
Para a coleção Nordic Pioneer, Maria Bruun escolheu o bordo americano.
Por que madeira?
Além de ser um material renovável e facilmente reciclável, a madeira possui baixo impacto e um armazenamento de carbono. Forte por seu peso, a madeira também é versátil e visualmente atraente, adicionando calor e e bem-estar aos ambientes.
Com o mundo enfrentando os impactos cada vez maiores das mudanças climáticas e do consumo excessivo de materiais que causam um alto impacto, a indústria precisa considerar os méritos ambientaise aumentar uso de produtos como a madeira, que já estão disponíveis na natureza.
As escolhas de materiais que consumidores, designers e fabricantes fazem têm um efeito direto na composição e sustentabilidade das florestas. As escolhas de Maria Bruun, por exemplo, apresentam três madeiras de lei americanas que ainda são subutilizadas – carvalho vermelho americano, cerejeira e bordo – e questiona que as espécies óbvias nem sempre são as melhores madeiras a serem utilizadas para o design de móveis.
Essas três madeiras sustentáveis crescem abundantemente nas florestas de folhosas americanas, que vão do Maine, no norte, até o Mississippi, no sul, abrangendo uma parte do meio-oeste. Elas compõem 30% da floresta americana de folhosas e todos contribuem para sua diversidade e sustentabilidade – o carvalho vermelho é a espécie mais abundante, por exemplo, enquanto o bordo macio é a espécie de folhosa que se regenera mais rapidamente. Com tratamentos térmicos e uma variedade de acabamentos, todos os três se mostram extremamente versáteis.
Parcerias
Juntamente com um total de 29 empresas parceiras expositoras – o maior número até agora, aqueles que visitarem o interzum terão acesso a informações sobre uma diversificada paleta de madeiras folhosas americanas, conhecendo também seus pontos fortes quando o assunto é impacto ambiental e qualidades únicas. Além disso, serão apresentados exemplos de uma variedade de aplicações e projetos anteriores, todos com o intuito de demonstrar o potencial dessas madeiras na prática.
Por mais de três décadas, o American Hardwood Export Council (AHEC) tem sido a face global da indústria madeireira dos EUA, defendendo o desempenho, a sustentabilidade e o potencial estético das madeiras duras americanas em todo o mundo. Como a principal associação internacional de comércio de madeira de lei para a América do Norte, o AHEC opera um programa sem fins lucrativos que representa milhares de empresas envolvidas na produção e exportação de madeira – desde pequenas serrarias familiares até grandes fabricantes de pisos. Estabelecida para unir esse amplo espectro de empresas com uma única voz global, o AHEC construiu com sucesso uma marca reconhecida internacionalmente, comercializando mais de 20 espécies de madeira dura disponíveis comercialmente e aumentando a demanda em todo o mundo. Para mais informações acesse www.americanhardwood.org
As razões pelas quais as demolições de edifícios ocorrem variam da falta de manutenção e reformas adequadas ao processo de desenvolvimento imobiliário nas cidades, que busca, a todo o momento, dar nova cara aos bairros, alterando os usos dos terrenos ou, mantendo-os, atualizando ou simplesmente requalificando as funções atuais de edificações existentes. Fato é, para que esta transformação ocorra o antigo deve dar lugar ao novo e não há nada de errado nisso. Neste sentido, a demolição é a resposta ao fim de vida de edifícios, em uma perspectiva de “ciclo de vida”.
Historicamente, percebemos que, se bem mantidos e/ou reformados, os edifícios podem durar até séculos. A contar os mercados municipais de diversas cidades brasileiras e demais edifícios que possuem grande valor histórico-cultural, como o Theatro da Paz, em Belém do Pará (1878) e o Elevador Lacerda, em Salvador (1873). Todavia, em muitos casos, os edifícios não são mantidos de forma adequada, encontrando-se em alto estado de degradação ou em risco de instabilidade e, por várias vezes, o custo de manutenção ou reabilitação é muito elevado em face da demolição total.
Conforme já abordado e bem explorado em outros artigos e reportagens nesta edição, o processo de demolição na Construção Civil representa uma das maiores fontes de geração de resíduos no Brasil e no mundo. Sendo a demolição uma etapa essencial para a renovação do ambiente construído no meio urbano, assim como os demais estágios do ciclo de vida das edificações, este precisa ser realizado levando-se em conta princípios que elevem o grau de sustentabilidade
Traremos aqui algumas técnicas importantes para o desenvolvimento desta atividade, dando ênfase à responsabilidade dos arquitetos, tanto no acompanhamento da demolição de uma edificação como também no estágio inicial do ciclo de vida de uma nova edificação, quando do desenvolvimento de memoriais de especificação que considerem materiais de reuso.
PRIMEIRA ETAPA Planejamento para demolição
Antes de tudo, é importante destacar a importância de se planejar muito bem a demolição antes do seu início, aumentando assim o potencial de aproveitamento e recuperação do valor dos materiais existentes no local. A atuação de equipes multidisciplinares auxilia bastante esta etapa; portanto, envolver arquitetos, engenheiros e a empresa contratada para realizar a demolição (empresa de demolição).
Recomenda-se a realização das seguintes atividades iniciais ao se preparar uma obra para demolição:
-Estudo sobre o terreno e a edificação, registrando todas as informações disponíveis. Nesta fase recomenda-se ainda considerar quais os requisitos legais pertinentes e relevantes para a realização da atividade.
-Realização de uma auditoria pré-demolição. Esta visita in loco tem como finalidade registrar e avaliar o grau de conservação dos materiais existentes e levantar as quantidades e dimensões dos materiais com potencial para reuso. O sucesso do processo de auditoria pré-demolição será maior se houver informações confiáveis de projeto: desenhos, relatórios, listas de quantidades, inventário de equipamentos, especificações etc.
-Realizada esta fase de estudo e caracterização da edificação e dos seus materiais, deverá ser realizada a seleção de princípios e metodologia adequada para execução da atividade de demolição, considerando as normativas e controles relacionados à segurança do trabalho. O tipo e método de demolição dependem, basicamente, do tipo de estrutura e materiais envolvidos, espaço disponível para armazenamento e separação dos materiais, premissas de segurança do trabalho e, não menos importante, do tempo e recurso financeiro disponíveis para a realização da atividade.
Definição dos procedimentos e protocolos a serem seguidos durante a realização da demolição, passando pela forma como as áreas e materiais serão identificados e armazenados aos documentos de rastreio e controle da saída dos materiais do local da obra.
SEGUNDA ETAPA Primeira limpeza ou “soft strip”
Esta é considerada uma etapa-chave para o sucesso de uma demolição, independentemente do seu escopo (demolição parcial ou total). Após o desligamento e desconexão das instalações, é nesta etapa que se encontram as oportunidades mais importantes para se recuperar componentes e materiais para reuso ou reciclagem. A sequência típica de atividades de limpeza inicial pode ser considerada:
-Desligamento, preferencialmente realizado por profissional competente na área de instalações prediais, de todas as instalações elétricas, hidráulicas, de ar-condicionado, mecânicas e de sistemas especiais.
-Identificação cautelosa de todos os resíduos perigosos ou com potencial de contaminação do solo, ar e água. Aqui, se incluem, mas não se limitam, materiais como telhas ou demais componentes fabricados com amianto, pilhas e baterias, gás refrigerante de sistemas de ar-condicionado etc.
-Realização de instalações provisórias (iluminação) e sinalização de emergência antes do início do manuseio dos materiais e equipamentos.
-Primeira triagem de materiais: remoção de materiais de fácil desmontagem e de alto valor agregado, tais como cortinas, carpetes, luminárias, móveis e outros dispositivos e acessórios. Ideal que esta primeira triagem ocorra do pavimento superior e venha descendo aos demais.
-Remoção e destinação dos materiais perigosos que não poderão ser aproveitados, realizadas por empresas especializadas.
-Após a remoção dos itens perigosos e de mais fácil remoção, deverá se avaliar a disponibilidade de espaço para a próxima etapa de triagem, que irá requerer mais espaço para o adequado armazenamento dos materiais.
-Segunda triagem de materiais: remoção de materiais de desmontagem mais complexos, envolvendo tubulações, motores, equipamentos, divisórias, revestimentos, pisos etc.
A partir daí, seguem as etapas consideradas convencionais de uma demolição com a remoção física das estruturas. Caso não se tenham estruturas que possam ser desmontadas (estruturas pré-moldadas, parafusadas, madeira engenheirada) provavelmente os resíduos a serem gerados nesta fase de demolição física terão apenas potencial para reciclagem e não reuso.
A lógica é simples: tudo que é novo requer passar por todas as etapas de produção dentro de uma perspectiva de ciclo de vida; portanto, desde a extração da matéria-prima (primeira etapa) até a sua entrega/instalação, para que esteja pronto para uso. Assim, reusar materiais de construção significa aproveitar todo o trabalho, energia, matéria-prima e tempo empenhados na fabricação de produtos.
Apesar da enorme importância da reciclagem, sendo este um método que busca recuperar parte da matéria-prima existente em materiais já manufaturados e retorná-la ao processo produtivo, esta é considerada uma medida que demanda uma grande quantidade de energia.
Uma demolição cuidadosa no final da vida útil de um edifício provavelmente vai requerer as etapas de triagem maior e mais detalhada que o método convencional, pois materiais e componentes precisam ser retirados com mais cuidado. Um bom projeto, que facilite a desconstrução, tornará esta remoção mais fácil de se realizar (portanto, mais rápida), resultando em mais materiais reutilizados e reciclados, reduzindo assim o impacto ambiental da atividade e o custo total.
Parafraseando Michael Braungart e William McDonough, no famoso livro “Cradle to cradle – criar e reciclar ilimitadamente”, se nós realmente quisermos prosperar enquanto sociedade, então teremos que aprender a imitar o sistema natural, altamente eficaz, no qual o conceito de desperdício simplesmente não existe. Para isso, precisaremos projetar novas edificações considerando a reutilização de materiais que já foram usados em outras construções que não nos servem mais e, como premissa de projeto, a desmontabilidade dos diversos sistemas que compõem uma edificação. Pode parecer distante, mas a arquitetura e engenharia brasileiras já provaram para o mundo que possuem a criatividade e a capacidade técnica de fazer isto acontecer. Talvez o que nos falte seja engajamento e vontade.
Por Renato Rocha Salgado
Engenheiro Ambiental pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) e Especialista em Planejamento, Gestão e Controle de Obras Civis pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Consultor de obras sustentáveis do CTE – Centro de Tecnologia de Edificações desde 2012, atuando em mais de 100 projetos e obras em busca de certificações de construção verde. É LEED® Accredited Professional BD+C (LEED® AP BD+C) pelo Green Business Certification Institute (GBCI) e Profissional GBC Casa e Condomínio® pelo GBC Brasil.
Referências:
ADDIS, BILL. Reúso de materiais e elementos de construção / Bill Addis ; tradução Christina Del Posso. São Paulo: Oficina de Textos, 2010.
MCDONOUGH, WILLIAM. Cradle to cradle – criar e reciclar ilimitadamente / William Mcdonough, Michael Braungart ; tradução Frederico Bonaldo. 1ª. ed. São Paulo: Editora G.Gili, 2013.