Neuroarquiteta lança livro com dicas práticas de Feng-Shui

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Cris Paola, especialista no tema há mais de 25 anos, reuniu seu saber e experiências no livro “Sua Casa Tem Alma – Guia Prático de Feng-Shui”

 

A relação entre os espaços e o bem-estar nunca foi tão abordada quanto nos últimos anos. Mais que uma simples edificação com novos toques decorativos, personalidade e atenção aos detalhes, a construção ganhou status de lar e um refúgio particular. Desta forma, a neuroarquitetura trouxe bases científicas e estudos que nos auxiliam a entender como os ambientes influenciam nossas emoções, produtividade e qualidade de vida. Por outro lado, cada vez mais se fala sobre a física quântica, nossa intenção e pensamentos positivos, conectados a tudo o que nos cerca.

Entretanto, muito antes desse conceito ganhar força, o Feng-Shui já demonstrava, por meio dos fundamentos milenares chineses, que um lugar energeticamente equilibrado e planejado de acordo com suas técnicas é capaz de transformar vidas. E foi essa conexão entre arquitetura, energia e tradição milenar chinesa que levou a neuroarquiteta Cris Paola, especialista em Feng-Shui há mais de 25 anos, a lançar seu primeiro livro sobre o tema.

A obra “Sua Casa Tem Alma – Guia Prático de Feng-Shui” chega ao público em fevereiro, pela SMP Editora, e é um convite para compreender e aplicar as habilidades de maneira prática, descomplicada e acessível a todos. Muito mais que apenas reposicionar os móveis, Cris desmistifica os conhecimentos chineses, em detalhes, ao longo das 382 páginas. Seu intuito é mostrar como olhar o local que habitamos como um todo, energeticamente, pode através de pequenas mudanças nas cores, móveis e elementos trazer harmonia para nossas casas e, consequentemente, à vida das pessoas.

A Energia está presente em tudo que fazemos, no espaço que nos rodeia, o Feng Shui não é um conceito místico ou esotérico, mas sim uma prática chinesa com mais de três mil anos de história. Sua profundidade está em tornar qualquer ambiente energeticamente correto, em uma realidade que escapa à nossa percepção tátil, mas atua no nosso subconsciente o tempo todo. Ou seja, tratar a energia de um espaço, através da ciência, física e interpretação da Técnica do Feng Shui, traz de fato um impacto mensurável“, pontua a autora e especialista.

 

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Náiade Nunes, editora de Casa e Mercado, e a Neuroarquiteta Cris Paola. Fotografia: Hamilton Penna.

 

Quem é Cris Paola?

Com uma trajetória consolidada na arquitetura e uma abordagem voltada sempre para o bem-estar, Cris Paola encontrou no Feng-Shui e na Neuroarquitetura um caminho para tornar seus projetos ainda mais humanos, ajustados e funcionais. Além disso, a combinação das técnicas resulta em um trabalho que corrige plenamente as energias dos ambientes que, por sua vez, mudarão a vida das pessoas diariamente.

“O Feng-Shui entrou na minha vida como uma ferramenta complementar à arquitetura e foi ele quem deu mais sentido ao meu trabalho e me permitiu ver, realmente, como as energias podem transformar os seres humanos. Muito mais do que entregar projetos de arquitetura de interiores esteticamente bonitos, meu mais profundo desejo sempre foi proporcionar o verdadeiro bem-estar, além de manifestar a prosperidade e a estabilidade em todas as áreas da vida dos meus clientes “, explica Cris.

Apresentada a técnica por um cliente em 1999, Cris Paola se viu desafiada a aprender mais e aplicar os aprendizados passados por seus mentores nos projetos que desenvolveria dali em diante. Vendo o poder renovador da energia, Cris acumulou experiências e conhecimentos nesses mais de 25 anos e sentiu a necessidade de compartilhá-los. “Com a chegada da internet, vemos muitos artigos e informações que banalizam a prática do Feng-Shui ou que a explicam de maneira errônea. Minha intenção, ao escrever o livro Sua Casa Tem Alma – Guia Prático de Feng-Shui, foi unir o que a Neuroarquitetura ensina e apresentar a sabedoria milenar de forma simplificada e de fácil compreensão. É uma alegria compartilhar o resultado de mais de duas décadas de pesquisa e trabalho prático”, conta a neuroarquiteta.

 

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Pós-graduada em Neuroarquitetura, Cris Paola tem se dedicado há mais de três décadas ao design de interiores e Feng Shui. Fotografia: Divulgação.

 

A cura dos ambientes

Mas afinal, como a energia atua nos ambientes? Abordando o conceito da cura dos ambientes da casa, Cris Paola pontua que tudo ao nosso redor exerce influência nas mais diversas áreas de nossas vidas: a posição da cama pode afetar a qualidade do sono e nossa saúde, a disposição dos móveis impacta na circulação de energia e até mesmo as cores escolhidas interferem no humor e na produtividade das pessoas. Desta forma, ela demonstra estudos de caso, dicas e um olhar técnico acerca de pequenas, mas significativas, transmutações a serem implantadas no dia a dia e na vida interior dos moradores.

“Meu grande propósito é ajudar as pessoas a desenvolverem espaços energeticamente corretos de modo que esse vigor possa fluir e trabalhar sempre a favor, e não contra” enfatiza a especialista. Com uma linguagem acessível e exemplos do cotidiano, a obra promete ser um guia essencial para quem deseja transformar a casa ou espaço de trabalho em um local de bem-estar e prosperidade.

Disponível nas principais livrarias e plataformas digitais, o livro “Sua Casa Tem Alma – Guia Prático de Feng-Shui” chega ao mercado como uma leitura indispensável para arquitetos, designers e entusiastas do Feng Shui que buscam melhorar sua relação com os espaços que habitam. Afinal, muito mais do que paredes, móveis e objetos de decoração, nossas casas são verdadeiras extensões de quem somos – e cuidar delas também implica em zelar por nós mesmos.

 

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Na noite do dia 13/02 ocorreu o lançamento oficial do livro, na loja da SCA Jardim Europa, com a presença de convidados especiais, profissionais e mídias do setor. Fotografia: Hamilton Penna.

 

 

 

CASACOR São Paulo anuncia elenco para 2025

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“Semear Sonhos” é tema da 38ª edição, que acontece no Parque da Água Branca

 

A CASACOR São Paulo, principal evento da maior plataforma cultural de arquitetura, paisagismo e design de interiores das Américas, apresentará sua 38ª edição de 27 de maio a 3 de agosto. Este ano, o evento estreia no Parque da Água Branca, um espaço verde urbano de grande importância histórica e cultural. Com 137 mil metros quadrados de remanescentes da Mata Atlântica preservados, o parque, inaugurado em 1929 e protegido pelo patrimônio histórico, representa um refúgio natural essencial dentro da cidade, oferecendo uma rara combinação de natureza e história em espaço público. Em 2025, a mostra ocupará um espaço de 10.161m² de área construída, com mais de 70 ambientes que incluem casas, apartamentos, lofts, jardins, além de espaços dedicados a instalações artísticas, gastronomia e compras.

‘Semear Sonhos’, tema desta edição, fundamenta-se em três eixos: sonhos coletivos, ecossistemas em cooperação e confluência de saberes. O primeiro é um convite à reflexão sobre a capacidade de sonhar coletivamente e criar um futuro sustentável, que guie as ações humanas com harmonia e colaboração com a natureza.

O segundo pilar destaca a integração entre o urbano e o natural, promovendo cidades como ecossistemas vivos que desafiam a separação entre o ambiente construído e a natureza. A proposta é criar cidades que funcionem como florestas. Por fim, o terceiro eixo enfatiza a colaboração entre diversas disciplinas e culturas. A transdisciplinaridade é apresentada como essencial para desenvolver soluções inovadoras e sustentáveis que conectem áreas como arquitetura, engenharia, biologia e ciências sociais.

Para transformar o tema em projetos surpreendentes, a CASACOR convidou um elenco multidisciplinar que terá o desafio de usar sua criatividade para responder à complexidade dos tempos atuais.

 

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CASACOR São Paulo no Parque da Água Branca. Fotografia: Fran Parente.

 

O Elenco 

A edição de 2025 reunirá renomados profissionais do mercado e apresentará projetos de Ana Maria Vieira Santos, Dado Castello Branco Arquitetura, Paola Ribeiro Interiores, João Armentano (AARQ Arquitetura), Marina Linhares, Bruno Carvalho (BC Arquitetos), Mauricio Arruda Design, Gisele Taranto Arquitetura e Léo Shehtman.

Paisagismo

O paisagismo será um dos grandes destaques desta edição, com projetos assinados por Gilberto Elkis, do escritório Elkis Paisagismo, Roberto Riscala Paisagismo, Mônica Costa Paisagismo, a dupla Catê Poli e João Jadão, Luciano Zanardo do Zanardo Paisagismo e os estreantes Simone Campos Paisagismo, Paula Varga Paisagismo e o Denis Bessa do escritório Musgo.

Retornos

Entre os profissionais e escritórios que retornam à CASACOR em 2025 estão Luciana Moreno Arquitetura, Daniela Funari Arquitetura, Gabriel Rosa Arquitetura, Natan Gil Arquitetura, Beatriz Quinelato Arquitetura, Vanessa Martins (SALA2 Arquitetura), Felipe Fichberg (Fichberg Arquitetura e Interiores), Kesley Santiago (Artek Arquitetura e Design), Henrique Freneda, Otto Felix (Studio Otto Felix), Paula Neder Arquitetura, Rodolfo Consoli Arquitetura, Gleuse Ferreira Arquitetura, Romário Rodrigues Arquitetos, Tufi Mousse Arquitetura e Gabriel Fernandes.

Estreias 

Pela primeira vez na CASACOR São Paulo participam Leda Simões, a dupla André Bastos e Pedro Luiz de Marqui, Letícia Figueiredo e Priscila Sunao do escritório Traço 8 Arquitetura & Interiores, Giovanni Vespe Arquitetura, Larissa Perna do La Rous Studio Arquitetura e Interiores, Marta Martins, a dupla Carlos Navero e Melissa Camargo, Fernanda Zulzke Interiores, Marcos Serrano, Marília Aguiar Junqueira do MAJ Arquitetura, Felipe Carolo Arquitetura, Daniel de Castro Cunha Arquitetura e Interiores, Mariana Meneghisso e Alexandre Pasquotto do escritório Meneghisso & Paschotto, as arquitetas Anike Tomanik e Kalyn Diegues, do escritório de arquitetura Lá na Teka.

A presença de profissionais do Rio de Janeiro se consolida ainda mais com Pedro Coimbra e Jackson Tinoco, João Panaggio do escritório Panaggio Arquitetura. Representando o Espírito Santo estão Renzo Cerqueira e Daniela Andrade Arquitetura. Já o Rio Grande do Norte será representado por Rodrigo Cunha do Rodraarq. Representando o interior de São Paulo, Ribeirão Preto, estão a dupla Fabrício Frezza e Gabriel Figueiredo do Frezza & Figueiredo e o Rafael Granero Arquitetura. Minas Gerais será representada pelo arquiteto Lui Costa. Já Goiás será representado por Expedito Bezerra e Lucas Panobianco do Bezerra Panobianco. A capital do Brasil, será representada pelos sócios Monica Pinto, Arnaldo Pinho e Isabel Veiga do escritório MAAI Arquitetura.

Entre os jovens talentos desta edição as revelações são a arquiteta Yara Elias do Lynhas Arquitetura e Nicholas Oher e Paloma Bresolin da OHMADesign.

 

A CASACOR São Paulo 2025 acontecerá no Parque da Água Branca (Rua Dona Ana Pimentel, 40), entre os dias 27 de maio e 3 de agosto. O evento conta com apoio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e do Governo do Estado de São Paulo. A 38ª edição tem patrocínio master da Deca; Banco Oficial BRB; Carro Oficial Peugeot; Tinta Oficial Coral; além dos patrocinadores locais Duratex e Brastemp. Conta também com apoio local da Portinari e parceria midiática com a revista Veja.

www.casacor.abril.com.br

Fórum Econômico Mundial aponta Arquiteto de Ambientes Virtuais como profissão em alta

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A demanda é alta, principalmente nas áreas de mídia (cinema, games) e construção civil, onde as simulações digitais desempenham um papel essencial

 

De acordo com um relatório do Fórum Econômico Mundial, publicado pela revista Época Negócios, a profissão de arquiteto de ambientes virtuais se destaca como uma das mais promissoras até 2025. Mas, você sabe o que faz um profissional dessa área?

Jaime Vega, professor doutor do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Belas Artes, explica que, para se destacar no mercado, o arquiteto de ambientes virtuais precisa dominar a criação e simulação de projetos e espaços digitais, além de utilizar uma variedade de ferramentas avançadas, tanto em softwares quanto em hardwares. “A virtualização sempre fez parte do processo de criação na Arquitetura. Desde os tempos antigos, com maquetes e modelos em escala, até as tecnologias mais avançadas de hoje, como inteligência artificial, animações digitais e algoritmos, que permitem criar simulações mais complexas e realistas”, afirma o professor.

Seguindo essa tendência, a plataforma BA Carreiras, do Centro Universitário Belas Artes, tem auxiliado mais de 150 novos profissionais a ingressarem no mercado de trabalho, especialmente nas áreas de Arquitetura e Urbanismo. Este dado reflete o crescimento da demanda por especialistas em ambientes virtuais e a crescente inserção de profissionais formados com essas habilidades no mercado.

Com a evolução constante das tecnologias e a crescente exigência por profissionais altamente qualificados, o futuro da profissão de arquiteto de ambientes virtuais é promissor. Nesse cenário, as universidades desempenham um papel fundamental na formação dos profissionais que irão moldar os espaços digitais do futuro.

A seguir, Jaime Vega, fala sobre como a profissão de arquiteto de ambientes virtuais será cada vez mais crucial. Ele explica que, à medida que as tecnologias digitais evoluem, elas estão moldando uma nova realidade e transformando a forma como interagimos com os ambientes.

 

Quais habilidades necessárias para se tornar um arquiteto de ambientes virtuais?

Para atuar na criação de ambientes virtuais, quando no caso da construção civil, é fundamental que o profissional tenha formação nas áreas de: Arquitetura, Engenharia Civil ou Design de Interiores, conforme a legislação vigente. Isso porque as simulações de obras e ambientes arquitetônicos, são consideradas documentos de grande valor técnico e jurídico. Já na criação de cenários digitais para games, cinema e design de animação, não é exigida tal formação, em que pese ser muito interessante e um diferencial o conhecimento técnico destas áreas. 

O profissional também precisa se atualizar constantemente em tecnologias emergentes, como modelagem 3D, simulação e gerenciamento digital de projetos, além de ter uma compreensão profunda de arte, história e percepção de ambientes, o que amplia a capacidade de criar experiências mais ricas e imersivas.

 

Como a digitalização e a realidade virtual estão influenciando a demanda por profissionais?

Com o avanço da digitalização e a popularização das tecnologias de realidade virtual, a demanda por arquitetos especializados em ambientes virtuais está em alta. A realidade virtual pode ser experimentada de diversas formas, como através de projeções ou outros sentidos, sem a necessidade de óculos específicos. Profissionais que compreendem essas tecnologias têm um grande diferencial, pois sabem como explorar a interação entre o digital e o analógico, criando experiências mais imersivas e acessíveis.

Além disso, setores como games e cinema, que dependem da criação de cenários e ambientes digitais, também estão em busca desses profissionais. As cidades e cenários virtuais exigem um planejamento cuidadoso, com base em conceitos de urbanismo e arquitetura, para garantir sua funcionalidade e realismo.

 

Qual é a previsões de crescimento para a profissão?

O mercado para arquitetos especializados em ambientes virtuais apresenta um enorme potencial de crescimento. A demanda é alta, principalmente nas áreas de mídia (cinema, games) e construção civil, onde as simulações digitais desempenham um papel essencial. Profissionais que saibam integrar programação digital e simulações avançadas serão cada vez mais requisitados. A constante evolução das tecnologias, incluindo a inteligência artificial, amplia as oportunidades para esses profissionais, que precisam se manter atualizados e preparados para lidar com novas ferramentas e soluções.

 

Como as universidades estão se adaptando à demanda crescente por arquitetos de ambientes virtuais?

Universidades e escolas de design estão adaptando seus currículos para formar profissionais capacitados a atender a essa crescente demanda. O Centro Universitário Belas Artes, por exemplo, oferece infraestrutura de ponta e disciplinas de vanguarda para preparar seus alunos. Além disso, muitos programas estão incluindo o uso de softwares gratuitos e open source, como D5 Render, Blender e Unreal Engine, que são amplamente utilizados na indústria.

Essas instituições também precisam de professores altamente qualificados, com experiência prática no mercado, além de manterem uma infraestrutura tecnológica atualizada. A constante evolução dos softwares e tecnologias exige que tanto as universidades quanto os profissionais se dediquem ao aprendizado contínuo e à adaptação às novas ferramentas.

 

Istituto Europeo di Design comemora 20 anos no Brasil

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O IED se mantém como um dos principais fomentadores do mercado de design nacional, com presença ativa nos maiores eventos do segmento

 

Com uma trajetória de destaque no Brasil, o Istituto Europeo di Design (IED) completa 20 anos no país em 2025. Reconhecida como referência no ensino de design na Europa, a instituição se posiciona como uma faculdade internacional com foco local, promovendo a permeabilidade da cultura brasileira com a circulação de ideias globais. Nos últimos anos, o número de alunos que realizaram intercâmbio pelo IED Brasil cresceu 133%, reforçando ainda mais a vocação global da instituição.

Em 2025, a instituição também reafirma sua posição de liderança ao ser anunciada como escola oficial da Revestir 2025, um dos maiores e mais importantes eventos do setor de design de interiores e arquitetura da América Latina. Esta parceria fortalece ainda mais a relevância do IED no cenário nacional, conectando o conhecimento acadêmico da faculdade com as inovações mais recentes da indústria.

Com uma forte presença internacional, o IED mantém unidades em cidades-chave como Milão, Madrid e Barcelona, criando uma rede de aprendizado conectada às tendências mais avançadas do design mundial. Ao longo dessas duas décadas, além de formar milhares de alunos em cursos de graduação, pós-graduação, extensão e one year, o IED coleciona projetos premiados e reconhecidos pelos principais prêmios do setor, como o BDA, Design for a Better World e o Prêmio Design da APEX.

 

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Buscando compreender o mercado brasileiro de educação em design, o IED também encomendou diversas pesquisas em colaboração com o Semesp, que revelam tendências relevantes, como o crescente interesse dos jovens em estudar em Portugal e a valorização de cursos ligados às áreas criativas.

“A conexão Brasil – Europa é fundamental para o grupo. Além de trazer um contexto global para o ensino do design, fortalecemos, respeitamos e incentivamos as raízes brasileiras. Ao mesmo tempo, promovemos o intercâmbio dos nossos profissionais, levando o melhor do design brasileiro mundo afora.” – Gianfranco Pisaneschi, diretor geral do IED Brasil.

O IED se mantém como um dos principais fomentadores do mercado de design nacional, com presença ativa nos maiores eventos do segmento, incluindo não só a Expo Revestir, como a Design Week São Paulo, Feira na Rosenbaum e Decor Social.

Com uma rede internacional em cidades estratégicas ao redor do mundo, o IED facilita a realização de intercâmbios, permitindo uma rica troca de conhecimento e experiências. Essa estrutura global beneficia tanto estudantes brasileiros que desejam vivenciar o ensino em outras culturas quanto alunos internacionais que escolhem o Brasil como destino para suas formações.

Seis escritórios brasileiros de Arquitetura são finalistas do prêmio internacional ArchDaily Building of the Year 2025

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Organizada anualmente pelo ArchDaily, premiação reconhece os melhores projetos de arquitetura em todo o mundo, entre os mais diversos programas

 

Após duas semanas de votação aberta na16ª edição do Building of the Year Awards, os leitores reduziram um grupo de quase 4.000 projetos a um seleto grupo de 75 finalistas em 15 categorias. Os prêmios deste ano homenageiam o auge do design, inovação e sustentabilidade em escala global, apresentando uma gama excepcional de projetos dentro da lista de finalistas. As seleções refletem autenticamente o estado atual da arquitetura, e o calibre dos finalistas deste ano ressalta ainda mais a excelência e a diversidade predominantes no campo. Os resultados serão anunciados no dia 20 de fevereiro.

Seis escritórios brasileiros de arquitetura são finalistas do prêmio internacional! Confira abaixo:

 

Estúdio Piloti Arquitetura
Categoria Casas
Projeto: Casa Pátio Guapuruvu – Fotografia:  Pedro Kok

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Rosenbaum + Terra e Tuma Arquitetos Associados
Categoria Habitação
Projeto: Fazenda Canuanã School Staff Village – Fotografia: Pedro Kok

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PFLEX – Escola de Arquitetura – UFMG
Categoria Arquitetura Industrial
Projeto: Viveiro de Plantas – Fotografia: Sofia Vasconcelos

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Estúdio Módulo
Categoria Escritórios
Projeto: Ágora UNI – Fotografia: Manuel Sá

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Ecomimesis Soluções Ecológicas
Categoria Arquitetura Pública e Paisagística
Projeto: Parque Rita Lee – Legado do Parque Olímpico  – Fotografia: Rafael Salim

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Para conhecer todos os finalistas e votar, CLIQUE AQUI!

ROOTED Female Brazilian Artists

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Curada por Tereza de Arruda, a exposição ROOTED Female Brazilian Artists traça um percurso visual e conceitual em torno da ancestralidade, identidade e sustentabilidade, e propõe uma reflexão sobre a relação intrínseca entre o ser humano e a natureza

 

O Programa de Cultura da Brainlab, fornecedora líder em tecnologia médica digital, apresenta a exposição ROOTED Female Brazilian Artists, na sede da empresa em Munique-Riem. A curadora Tereza de Arruda concebe a mostra conectando obras de artistas brasileiras da Coleção Vilsmeier – Linhares, com outras artistas, algumas das quais com obras específicas para a ocasião. Em cartaz até 25 de março de 2025, na sede da Brainlab em Munique, a exposição se insere na tradição de um Brasil que, há séculos, dialoga com sua história e território por meio da arte.

ROOTED conta a história da relação entre humanos e natureza que conecta todas as obras em exposição. Organizada em diferentes aspectos dessa conexão, esta exposição se baseia na exposição anterior da empresa, Unrooted, realizada no primeiro semestre deste ano, que abordou os traumas do deslocamento e da migração. Esta sequência também sugere implicitamente que, ao retornar às nossas “raízes” na natureza, também podemos superar a incerteza de identidade e origem. Através dos olhos desses artistas brasileiros, somos convidados a examinar nossa própria relação com a natureza e extrair dela uma nova força.
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Dividido em cinco seções, a mostra apresenta o papel que a relação entre humanos e natureza continua a desempenhar na produção artística. Ligadas por essa afinidade, as 15 artistas contemporâneas entregam um “Expressionismo Tropical” que Tarsila do Amaral, uma pioneira do Modernismo brasileiro que também é representada nesta exposição, cunhou meio século atrás.

 

ORIGEM

As raízes de uma pessoa se referem às suas origens familiares, sua ancestralidade e as tradições passadas de geração em geração. Essas raízes formam a base da identidade de uma pessoa.

Hoje, o Brasil está trabalhando para chegar a um acordo com a sua história. As raízes pós-coloniais do Brasil são uma rede complexa de influências históricas, culturais e sociais que moldaram e continuam a moldar o país. Elas são essenciais para entender a identidade brasileira e os desafios que a nação enfrenta hoje. As artistas brasileiras Carmezia Emiliano, Sonia Gomes, Iêda Jardim e Rosana Paulino exploram as raízes pós-coloniais e a identidade complexa de seu país, refletindo sobre as múltiplas influências e conflitos resultantes da era colonial e suas consequências.

 

IDENTIDADE

A cultura brasileira é caracterizada por sua diversidade. Suas raízes culturais são baseadas nas influências e tradições de diferentes continentes, que se unem para moldar o pensamento, o comportamento e os seus valores. Na natureza, as raízes conectam as plantas ao solo e fornecem alimentos a elas. Da mesma forma, as influências culturais ancoram as pessoas em sua comunidade e história, dando a elas um senso de pertencimento e identidade. A representação do entorno e os rituais cotidianos são expressões de costumes que integram as pessoas em seus contextos privados, sociais e históricos. Tarsila do Amaral, Beatrice Arraes, Lúcia Laguna, Paula Siebra e Larissa de Souza retratam esses elementos em suas obras

 

CONEXÃO

Conexões emocionais e confiança são como raízes que estabilizam um relacionamento e ajudam as pessoas a superar desafios juntas. Estar profundamente enraizado em um relacionamento significa ter um forte vínculo emocional, uma compreensão profunda um do outro e apoio mútuo para crescerem juntos.  As peças de Ahzuli, Rosilene Luduvico e Alexsandra Ribeiro destacam esses relacionamentos.

 

NATUREZA

A natureza desempenha um papel central no mundo da arte e inspira artistas há séculos. Esse envolvimento vai muito além da mera contemplação e imitação. Hoje, artistas frequentemente interpretam paisagens de forma mais abstrata ou conceitual, usando várias mídias para explorar a relação entre humanos e natureza. Em muitas culturas e tradições artísticas, a natureza simboliza conceitos como vida, morte, renascimento e harmonia – aludindo à transitoriedade de nossa existência. Para Solange Pessoa, Laura Lima e Luzia Simons, a natureza desempenha um papel crucial em seu trabalho artístico, seja em uma forma estilizada ou na representação do poder da natureza.

 

SUSTENTABILIDADE

No contexto da natureza, não são apenas as raízes que têm um significado central e diverso, mas também a terra, a água e o ar — elementos cruciais para a vida. Os artistas trabalham com elementos naturais em suas peças, promovendo uma compreensão e conscientização mais profundas do meio ambiente. Eles usam materiais e motivos naturais para retratar a beleza, a importância e a fragilidade da natureza e chamar a atenção para questões de sustentabilidade. Este é o caso de Marlene Almeida, que pesquisa e usa pigmentos naturais há cinquenta anos e projetou uma instalação monumental para esta exposição.

 

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SERVIÇO

ROOTED Female Brazilian Artists
Curadoria de Tereza de Arruda
Período Expositivo: até 25.04.2025
Brainlab – Olof-Palme-Str. 9, 81829 München, Germany
Visitação: Sexta-feira das 9:00 às 18:00 com reserva prévia
www.brainlab-culture-program.com
Patronado da Embaixada do Brasil em Berlim
Gratuito

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Texto e imagens: Divulgação Brainlab – ROOTED

Conforto térmico em meio às ondas de calor

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Produtos e soluções de arquitetura podem abrandar o impacto das mudanças climáticas

 

Nos últimos anos, a incidência de ondas de calor, eventos climáticos marcados por temperaturas acima da média em determinada região ou época do ano, tem aumentado expressivamente no Brasil. Nos dados observados em um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o crescimento foi de 645% em 60 anos. No período entre 1961 e 1990, houve 7 dias com ondas de calor,  mas entre 1991 e 2000 ocorreu um salto para 20 dias; depois, subiu para 40, entre 2001 e 2010; e então, para 52, entre 2011 e 2020. A expectativa é de que o cenário se agrave quando houver uma atualização com dados a partir de 2021.

O calor excessivo traz prejuízos para a saúde, gerando desidratação, dores de cabeça, náuseas, dentre outros sintomas físicos e mentais. Para o setor de arquitetura e construção, enquanto desenvolvedor de espaços de convívio e de moradias, o desafio é propor soluções que ajudem as pessoas a ter qualidade de vida diante da nova realidade climática.

Segundo Fernando Forte, sócio do escritório FGMF, algumas soluções podem ser acessíveis, como cuidado com implantação, iluminação e ventos predominantes, que devem vir em primeiro lugar. “Em segundo, um uso mais abundante de vegetação, sobretudo de espécies locais para refazimento do ecossistema arruinado”. Produtos como telhas metálicas com isolamento térmico e tijolos de solocimento retirado do próprio canteiro de obras, são também citadas como soluções sustentáveis e acessíveis.

 

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A Casa Brisa conta com soluções que fazem parte da proposta arquitetônica (partido) além da estética desejada. FotografIa: Fran Parente.

 

Para Daniel Mangabeira, arquiteto e sócio-fundador do BLOCO Arquitetos. , um país como o Brasil exige que o setor desenvolva soluções para enfrentamento do calor. “Em nosso clima, é uma irresponsabilidade pensarmos edificações que dependam exclusivamente da utilização intensa de sistemas artificiais de climatização ou iluminação. Para nós, a boa arquitetura necessariamente se utiliza das possibilidades de ventilação e iluminação naturais que seu terreno permite. Por isso, acreditamos que as lições básicas do bom projeto ainda se aplicam atualmente, talvez de forma ainda mais urgente”, diz.

O arquiteto completa afirmando que proteger as fachadas da insolação excessiva e tirar proveito da ventilação e iluminação naturais, quando possível, é “uma obrigação de todo arquiteto que trabalha em países com climas semelhantes ao nosso. Há soluções industrializadas e outras que podem ser feitas com mão de obra local, depende muito do projeto. A arquitetura moderna brasileira, por exemplo, pode oferecer lições valiosas nesse aspecto com o uso de cobogós, brises-soleil, grandes beirais, fachadas vazadas, etc.”

 

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A Casa Tupin tem todas as fachadas feitas com tijolo maciço espaçado sobre o vidro, garantindo sombreamento às superfícies envidraçadas e ventilação natural cruzada em toda a casa. Os tijolos aqui funcionam como cobogós. FotografIa: Joana França.

 

Isolamento térmico

Um dos produtos que auxiliam no enfrentamento do calor são as mantas de isolamento térmico, como as oferecidas pela Trisoft. As mantas são produzidas com lã de PET reciclada, matéria-prima que, por si só, não retêm calor. “Podemos destacar o Roof White para a construção civil, que é uma manta com película aluminizada, que ajuda na contenção de calor direto sobre as construções, como galpões, armazéns, etc”, afirma o CEO Maurício Cohab. As mantas são atóxicas, autoextinguíveis, leves e personalizáveis, garantindo que possam ser aplicadas em variadas tipologias.

Como qualquer produto que visa o controle da temperatura nos ambientes internos, as mantas têm a principal vantagem de gerar economia e sustentabilidade ao reduzir a necessidade de uso de ar-condicionado. Contudo, os produtos da companhia ainda são sustentáveis por si mesmos, produzidos com PET reciclada em processos que não consomem água, sem uso de aditivos químicos e com menor pegada de carbono, possibilitando que o produto possa voltar por logística reversa e ser novamente reciclado e se transformar em um novo produto. “Até dezembro de 2024, a Trisoft já retirou o equivalente a 6 bilhões de garrafas PET e as transformou em produtos de conforto térmico, acústico e estético”, pontua Maurício Cohab.

 

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A Roof White é uma manta com película aluminizada que ajuda na contenção de calor direto sobre as construções, da Trifsoft. Fotografia: Divulgação.

 

Vidros para controle de insolação

A cadeia produtiva de vidros tem investido em tecnologias que ajudam na climatização dos ambientes. Isso porque os vidros sem qualquer preparo podem absorver todo o calor do sol e transformar os espaços em bolhas de calor. Vidros como ClimaGuard SunLight, da Guardian Glass, contam com bloqueio de calor duas vezes superior ao vidro incolor comum, e o Solar Plus, G31, da série SunGuard, oferece um bloqueio próximo a 67%. “Os vidros High Performance completam a série SunGuard, revestidos com uma camada única de prata e, por isso, oferecem equilíbrio entre passagem de luz e bloqueio de calor”, afirma Kristina Wu, Gerente Técnica Comercial da Guardian Glass.

Segundo a executiva, os vidros de controle solar da empresa são fabricados com a tecnologia de deposição catódica à vácuo – “sputtering”. “Este é um processo no qual as moléculas e íons são aplicadas sobre o vidro de maneira uniforme, resultando em um produto de controle solar com performance e qualidade consistente, homogeneidade estética e, consequentemente, mais eficiente”, acrescenta.

 

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O Neutral Plus, da Guardian Glass, no EdifIcio Helbor Wide. Fotografia: Divulgação.

 

Seguindo o mesmo propósito, a Blindex desenvolve uma série de vidros temperados para controle solar que recebe, no processo de fabricação, uma camada metálica para conferir maior proteção quando comparado com películas que têm a mesma função. “Além de diminuir a entrada de raios solares, esteticamente, é possível que o vidro seja produzido com diferentes níveis de transparência – mais transparente ou mais refletivo –, dependendo da escolha do cliente”, informa Glória Cardoso, Gerente Geral da divisão de Arquitetura da Blindex.

Uma vez que os vidros com controle solar são versáteis e podem trazer benefícios que vão desde redução do consumo de energia à preservação dos móveis – uma vez que reduz o impacto dos raios solares no ambiente interno –, esses produtos são populares em todo o país, em especial no Nordeste. “Nas grandes cidades, as pessoas estão cada vez mais conscientes sobre o impacto de um ambiente climatizado no conforto e na produtividade. Em regiões com menor acesso à tecnologia, ainda há uma lacuna na compreensão sobre a importância de ambientes bem projetados para o conforto térmico. Fatores como custo inicial e pouca informação técnica podem levar ao uso de soluções inadequadas ou sistemas ineficientes. Muitos ainda veem a climatização como um luxo”, diz Glória Cardoso.

 

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Blindex na Casa RB, projetada pelo escritório Falchi Arquitetura. FotografIa: Edson Ferreira

 

Telas e cortinas

Como complemento aos vidros temperados, as telas solares trazem uma proteção extra contra o calor. A empresa Uniflex, do grupo Elubel, desenvolveu tecidos tecnológicos para a produção de materiais que refletem a luz natural e minimizam a transmissão de calor. “Suas tramas milimétricas, bem como o formato dos fios, potencializam a difusão da luz do sol, bloqueando a radiação direta sobre ocupantes e superfícies. Estudos de simulação computacional mostram que a tela pode reduzir a temperatura interna de 30% a 50%, dependendo do tipo de vidro utilizado”, diz Silvia Fagundes, Head de Marketing da Elubel.

 

Showroom Uniflex Aldeota Foto Felipe Petrovsky () Easy Resize com
Nos escritórios e empresas, telas solares contribuem para uma economia de energia significativa, ao mesmo tempo que aumentam o bem-estar e conforto dos colaboradores. Fotografia: Divulgação.

 

A Hunter Douglas, que oferece suas próprias telas solares, produzidas com um combinação de PVC, poliéster e fibra de vidro, podem ser acrescentadas em outros produtos do catálogo da empresa, como as cortinas Duette e Rolô KoolBlack. “A Duette tem uma estrutura inspirada nas colmeias e apresenta um formato de favo de mel com bolsões que retardam a dissipação do calor de dentro para fora. Em alguns modelos, isso pode proporcionar até 80% de eficiência energética. Já a KoolBlack, com modelo originalmente usado na indústria militar para refletir calor em aeronaves, foi reinventada pela para trazer uma nova perspectiva ao design de interiores”, explica Patrícia Cayres Head de Marketing da Hunter Douglas.

A executiva afirma que as mudanças do clima impactou a demanda pelos produtos. “Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde predominam altas temperaturas e grande incidência solar, a demanda por soluções com conforto térmico é maior. Já nas regiões Sul e Sudeste, além do controle térmico, destacam-se as soluções que oferecem conforto acústico. Com as variações de temperatura e a imprevisibilidade climática — seja pela troca de estações ou pelos efeitos da crise ambiental —, cresce a procura por soluções que oferecem conforto térmico durante todo o ano”, aponta.

 

Brise Metálico Centro Olímpico Tênis Rio de Janeiro Easy Resize com
Brise Metálico da Hunter Douglas no Centro Olímpico Tênis, no Rio de Janeiro. FotografIas: Divulgação.

 

Soluções estruturais

A Hunter Douglas oferece ainda soluções arquitetônicas que contribuem para o enfrentamento das ondas de calor, como: brises, sistemas modulares instalados em fachadas, que permitem o sombreamento dos edifícios sem comprometer a ventilação natural; e revestimentos perfurados, paineis com perfurações personalizáveis, permitindo diferentes graus de sombreamento e ventilação, ao mesmo tempo que criam efeitos visuais exclusivos.

Os produtos atendem a uma ampla variedade de ambientes internos e externos, utilizando matérias-primas como metais, madeira, cerâmica, HPL e têxteis, garantindo adaptação a diferentes projetos e necessidades. “Todas as regiões do Brasil enfrentam períodos de calor intenso que justificam o uso de soluções de controle solar. Entretanto, as regiões como o Nordeste e Centro-Oeste apresentam temperaturas mais elevadas e grande incidência de sol praticamente o ano todo. Essas regiões demandam materiais e subestruturas mais resistentes devido à ocorrência de ventos fortes, especialmente em edifícios altos”, explica José Henrique F. Ribeiro, Diretor de Produtos Arquitetônicos da Hunter Douglas.

 

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Aplicação de Brises Fins, da Hunter Douglasm no empreendimento On Melo Alves, assinado pelo escritório FGMF. Fotografia: Fran Parente.

 

Novas escolhas

Há um consenso entre os profissionais do setor de que os clientes finais ainda não estão plenamente cientes sobre a importância da climatização dos ambientes. A mudança desse cenário é possível pela difusão de informação. Para Patrícia Cayres, da Hunter Douglas, despertar o interesse dos brasileiros por conforto térmico exige uma abordagem estratégica de conscientização. “É fundamental mostrar, de forma prática, como essas soluções ajudam a reduzir o consumo energético e elevar o bem-estar. É essencial para inspirar uma transformação nos hábitos e escolhas”, diz.

De acordo com Silvia Fagundes, da Uniflex, muitas pessoas ainda não têm plena noção de como soluções inteligentes fazem a diferença. “Os profissionais da arquitetura desempenham um papel chave nesse processo de educação, pois são eles que têm o conhecimento técnico para mostrar como essas soluções impactam diretamente no bem-estar dos ocupantes e, claro, na eficiência energética dos projetos”. Para a executiva, é importante que as empresas estabeleçam parcerias com especificadores. “Trabalhar de perto com arquitetos, designers e construtoras irá integrar essas soluções desde o início dos projetos, para garantir que o conforto térmico seja uma prioridade”, pontua.

Para finalizar, segundo Fernando Forte, do FGMF, as soluções chamadas passivas, que não possuem  mecanismos elétricos, como ar condicionado, ventiladores, exaustores e afins, são mais acessíveis a grande parte da população. Entre os exemplos estão:

  1. Orientação da construção em relação a sua latitude e norte, para que a insolação seja controlada e correta;
  2. Uso de beirais, venezianas, brises e vegetação, preferencialmente em conjunto com a implantação adequada;
  3. Uso de “ventilação cruzada” que permite que os ambientes desfrutem, ao abrir janelas opostas, de uma ventilação natural;
  4. Uso de paredes com inércia térmica (mais densas, mais grossas, etc) em locais corretos para que o calor não as ultrapasse e esquente demais determinados ambientes internos;
  5. Uso de ventilação zenital – aberturas no teto –,que pode estar atrelada a iluminação também;
  6. Uso de telhas metálicas com isolamento térmico, mantas sob telhados de telhas de barro, lajes jardim ou ainda lajes com elementos que não esquentam como argila expandida, manta anti calor, etc.

 

 

 

 

 

 

 

Por: Victor Hugo Felix.

 

Próximo à natureza

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Primeira construção finalizada em um novo condomínio, residência contempla pátio que privilegia privacidade e conexão com a natureza

 

O projeto da Casa Dante, assinado pelo escritório BLOCO Arquitetos, foi elaborado para abrigar as necessidades de uma família apaixonada por arte, desenho e arquitetura, que desejava mudar de um apartamento para uma nova casa. Localizada no bairro Lago Sul, em Brasília, arquitetos e clientes trabalharam juntos no processo de escolha do terreno, situado no último lote da rua de um novo condomínio próximo a uma das principais pontes de acesso ao centro da cidade.

A localização privilegiada do terreno, sem lote vizinho no limite norte, foi um aspecto primordial para a posterior implantação da casa de 400 m², que é térrea e possui uma planta em formato de “L”, com acessibilidade plena em todos os ambientes internos. Essa configuração criou uma espécie de pátio que contempla grande gramado com árvores frutíferas e piscina, transformando-se no espaço onde as crianças podem brincar ao ar livre, próximas à natureza.

 

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A integração entre os ambientes foi uma prioridade, como forma de se manter a rotina e o contato entre os moradores. Cada cômodo foi projetado de acordo com as necessidades da família: enquanto as crianças desejavam redes na varanda de cada quarto – todos voltados para o grande pátio, assim como a sala – o casal buscava uma sauna e uma adega, que foram incluídas no projeto.

 

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Uma grande mesa de concreto que começa na cozinha, tornou-se o principal elemento da área de convívio, unindo as funções de mesa de jantar, mesa de estudos dos filhos e mesa de apoio da cozinha em uma só peça. O acesso aos quartos é feito por um corredor sob uma grande claraboia – um espaço sem janelas, mas que, ainda assim, recebe iluminação natural zenital (vinda de cima), assim como outros ambientes da casa.

 

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Outro desejo da família era que a casa fosse construída com materiais naturais, como pedra e madeira. Por sugestão dos arquitetos, o concreto aparente da estrutura foi adicionado a essa combinação de materiais. A cobertura apoia lajes em diferentes níveis sobre a área social e de serviço, deixando frestas para entrada de iluminação e ventilação natural.

Já o paisagismo privilegiou plantas nativas da região e outras com baixa necessidade de água, que se adaptam com facilidade ao bioma do cerrado.

 

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Por Redação
Fotografia: Joana França.

Ernst Götsch traz princípios da agricultura sintrópica para o urbanismo, em Goiânia

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O agricultor mundialmente reconhecido pela criação da técnica de cultivo foi convidado a aplicá-la ao condomínio Aldeia do Vale

 

Cada espécie vegetal tem sua função na natureza e colabora para o equilíbrio ambiental. Se cultivadas em consórcio, colaboram entre si e trazem benefícios como a manutenção e recuperação de lençóis freáticos e nascentes, além de manter o solo rico em nutrientes. Espécies arbóreas e alimentícias podem ser plantadas juntas, gerando assim a produção de alimentos enquanto a floresta cresce.

Estes são princípios da agricultura sintrópica, conceito desenvolvido pelo suiço Ernst Götsch, que se tornou mundialmente reconhecido pelo método. Convidado pela Associação dos Amigos do Residencial Aldeia do Vale (Saalva), ele veio à Goiânia pela primeira vez, para analisar as áreas verdes e reservas ambientais contidas num dos condomínios horizontais mais tradicionais da capital, o Aldeia do Vale, idealizado e lançado pela Tropical Urbanismo.

“A vinda do Ernst foi motivada pelo nosso desejo de tornar nossas áreas verdes cada vez mais mais harmônicas ambientalmente, considerando a fauna, a flora, os recursos hídricos e os próprios moradores”, declarou Luis Henrique Vita, coordenador, diretor de meio ambiente da Saalva. Ao longo de dois dias de sua visita, Ernst proporcionou um verdadeiro curso imersivo de conscientização ambiental, rotacionamento de culturas e biodiversidade aos representantes da Saalva e aos moradores do condomínio que se disponibilizaram a acompanhar as trilhas e palestras.

O agricultor comentou as espécies que melhor se adaptariam à cada região, o modo de cultivo ideal – considerando o índice de precipitação da chuva, ordem de plantio, interação de culturas e incidência de luz solar -, propôs soluções para harmonizar, ainda mais, a convivência dos moradores com a fauna e flora locais, e ainda recomendou cuidados extras para as nascentes presentes no condomínio, que ocupa área superior a  4,5 milhões e possui  750 mil metros quadrados só de reserva, fora os parques e área de paisagismo. No perímetro, existem três nascentes.

 

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Paulo Roberto da Costa, sócio do Grupo Tropical, responsável pela implantação do projeto e atualmente morador do condomínio, lembra que o Aldeia do Vale foi implantado com baixa densidade, no máximo 20% de ocupação da área. O restante do lote é de área permeável. “Foi um sonho criar um condomínio ecológico porque a nossa essência é essa, o goiano aprecia estar perto da natureza”, lembra.

Casas sem muros e com grandes afastamentos entre si abriram espaço para que verde se tornasse um grande protagonista do lugar. A vegetação original da área foi mantida e o empreendedor plantou mais 100 mil árvores na época da implantação. As intervenções foram feitas apenas para as vias, áreas comuns e para as casas do condomínio. A cada árvore retirada para a construção das casas, devem ser plantadas outras três. “Então, a preocupação ambiental está no DNA do Aldeia do Vale, e agora os moradores convidaram Ernst para aprimorar este compromisso com a natureza”, diz Paulo Roberto da Costa, sócio do Grupo Tropical.

Para ele, o engajamento dos moradores é fundamental para uma ocupação responsável. “O sucesso de um empreendimento como este é  resultado de um projeto bem elaborado e implantado. Os outros 50% vêm do compromisso das pessoas com o lugar, e o convite do especialista a partir da Saalva representa isso muito bem”, conclui Paulo Roberto.

Esta  foi a primeira vez que Ernst aplicou o conhecimento em agricultura sintrópica no meio urbano. “É uma honra para mim e um grande desafio de dialogar com  público completamente diferente. Ao mesmo tempo, é uma forma de contribuir [com as cidades] porque 90% da população [brasileira] vive na zona urbana”, disse. Durante sua visita, Ernst conheceu também a técnica dos swales que estão sendo implantados nos novos lançamentos desenvolvidos pela Raiz Urbana, empresa do Grupo Tropical. Ele visitou as obras do Aldeia Santerê, em Terezópolis de Goiás, que contará com esta técnica de drenagem da água das chuvas, inspiradas nas curvas de nível da agricultura.  O futuro condomínio faz parte da linha Aldeia, terá características do Aldeia do Vale e virá inovações em sustentabilidade.

 

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Quem é Ernst Götsch?

Na década de 1980, Göstch encerrou suas pesquisas em melhoramento genético na Suíça, seu país de origem, pois estava convicto de que era possível usufruir de melhores resultados com a agricultura se o plantio fosse feito em harmonia com o bioma nativo da região. Assim, adotou o Brasil como sua nova terra, e mudou-se para a Fazenda Fugidos da Terra Seca – hoje conhecida como Fazenda Olhos d’Água – em Piraí do Norte, região do cacau na Bahia, onde aplicou seu método de agricultura.

Ernst desenvolveu a agricultura sintrópica na fazenda e amenizou o débito que a sociedade tem com o bioma da Caatinga, que, de acordo com a Articulação Semiárido Brasileiro (Asa), já perdeu cerca de 53,62% de sua cobertura vegetal original. Em sua propriedade, foi percebido um aumento de 70% na quantidade de chuvas na fazenda Olho d’Água, e o reflorestamento da propriedade de Ernst fez com que chovesse mais em áreas que ficam a até 8 km a oeste da fazenda. Os efeitos foram reconhecidos internacionalmente, por países como Portugal, Alemanha e Espanha.

“Ao fazer a associação de culturas de maneira eficiente, criamos um ecossistema mais autossuficiente. Se uma espécie de porte menor for cultivada aos pés de uma árvore de grande porte, na estação de queda das folhas a menor vai ter mais umidade e matéria orgânica, o que diminui a necessidade de irrigar com frequência e garante frutos de maior qualidade”, explicou Ernst durante a consultoria, sendo este um dos vários exemplos de como a agricultura sintrópica poderia ser implantada em contextos urbanos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagens: Divulgação