Conexão Setorial CM – Uma visita à fábrica da Trisoft

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Arquitetos e designers de interiores puderam conhecer de perto todas as soluções e inovações Trisoft para conforto acústico arquitetônico em tour fabril realizado pela CM

 

A Trisoft, empresa líder em soluções sustentáveis de isolamento térmico e acústico atuando há 61 anos no mercado, recebeu no último dia 22 um grupo de Arquitetos e Designers de Interiores para um tour fabril em sua sede, em Itapevi. Os profissionais foram recebidos pela equipe da marca e pelo CEO Maurício Cohab, que pessoalmente apresentou de perto todo o processo de fabricação dos produtos oferecidos pela Trisoft, além de ministrar um grande bate papo sobre a versatilidade das soluções e suas origens sustentáveis: a marca já consumiu o equivalente a mais de 5.1 bilhões de garrafas PET do meio ambiente, que após passar por um processo de seleção, lavagem, moagem e secagem, resulta num produto chamado Flake, matéria prima para a fabricação das fibras que compõem seus produtos.

 

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Referência em soluções inovadoras e de alta qualidade, adaptando-se constantemente às necessidades dos clientes, a marca atua em mais de 97 segmentos, com mantas, fibras e feltros de poliéster para tratamento termo acústico arquitetônico, estofados, colchões, filtros, calçados, etc. Laudos e certificados garantem a performance e a segurança de seus produtos que, projetados especialmente para atingir os mais altos índices de desempenho, são desenvolvidos sem adição de resina ou água no processo. Tudo é 100% reciclável e a empresa incentiva a logística reversa, onde os restos Trisoft pós consumo podem ser devolvidos para a própria empresa os reciclar.

Dentre as soluções acústica voltadas para o seguimento arquitetônico, estão: BAFFLES, NUVENS , REVEST, COBOGÓ , FORROS, TECH FELT TRISOFT, etc, distribuídas entre diversas linhas, como a CLASSICA, NESS e a FOMAKÜSTIKA. Os profissionais puderam conhecer de perto cada uma delas e entender a versatilidade dos produtos. A linha FOMAKÜSTIKA, por exemplo, abre um leque de possibilidades quando o assunto é design. A natureza do material permite que diversas soluções acústicas sejam desenhadas e implementadas, tendo como um único limite a própria imaginação do arquiteto.

 

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A marca tem executado diversos projetos junto a grandes escritórios de Arquitetura e amplia cada vez mais seu portfólio de produtos. Recentemente, lançou o NOT Paper, uma linha de papeis de parede que, diferente dos revestimentos convencionais, pode ser aplicado, removido e reaplicado quantas vezes forem necessárias de maneira prática, rápida e sem danos a parede ou ao produto, que é respirável, não mofa, facilita a detecção de vazamentos, possui juntas perfeitas que não se separam ou descolam com o tempo.

Outra grande revolução no mercado, diferentemente das soluções convencionais em metal, é que a Fachada Ventilada Trisoft não se transforma em uma elemento que emite calor por radiação para o lado interno das construções. Por ser de material térmico proveniente de garrafas PET recicladas, não ultrapassa a temperatura ambiente e protege o edifício do aquecimento solar, beneficiando a redução do consumo do ar-condicionado.

 

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NOT Paper, novo lançamento da Trisoft.

 

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Da esquerda para a direta: Matheus Soares Alves, Stephanie Figueiredo, Victória Nogueira, Júlia Cossermelli, Douglas Aguilar, Lucas Pereira, Luciano Zuliani, Karen Camillo e Sônia Esteves.

 

“Foi muito interessante conhecer os processos de fabricação e as infinitas possibilidades de aplicação e acabamentos dos produtos acústicos da Trisoft. Com certeza vão me ajudar na especificação nos meus projetos.” – Arquiteto Douglas Aguilar

“Agradeço de coração o convite para esta imersão tão importante sobre acústica. Agradeço o Maurício por esta aula de hoje e sua dedicação e seu tempo, que tão gentilmente explicou todo o processo e nos faz pensar mais sobre criação! Presente maravilhoso ter passado um dia com esta imersão importantíssima.” – Arquiteta Sônia Esteves

“Fizemos uma visita técnica à fábrica da Trisoft conhecendo todos os materiais e possibilidades, muito enriquecedor ver de perto o manuseio do produto e informações técnicas, já recomendei para amigos arquitetos!” – Arquiteto Luciano Zuliani

 

 

 

 

 

 

 

 

Reconstrução do Rio Grande do Sul – Um novo modelo de política urbana

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Raquel Rolnik, professora da FAU USP, sinaliza que é preciso a adoção de uma política que promova uma maior resiliência a inundações

 

No Rio Grande do Sul, a palavra de ordem agora é reconstrução. Bairros inteiros – e até municípios que ficaram debaixo de água – terão de ser reconstruídos, exigindo, em algumas situações, o reassentamento, o que significa que deverão ser construídos em outro lugar, diz a professora Raquel Rolnik, colunista do Cidade para Todos. E isso, segundo ela, leva a questões de fundamental importância. “Como será essa reconstrução Nós vamos repetir um modelo de construção das cidades responsável pelo altíssimo impacto dessas inundações, além daquele que também é muito responsável pelos alagamentos?”

É uma questão de política urbana, que até aqui tem se preocupado em aterrar e ocupar as várzeas, enfiando os rios dentro de calhas e canais, e que é contrária a uma política que promova uma maior resiliência a inundações. “A questão fundamental é não ocupar a várzea”, afirma a colunista. No entanto, tudo se torna muito mais difícil quando a própria legislação atualmente existente promove o aterramento da várzea e é alvo de mais flexibilizações, com várias propostas nesse sentido tramitando no Congresso Nacional.

“Nesse momento da reconstrução, o fundamental é fazer exatamente o contrário. É definir que as várzeas dos rios também devem evitar uma ocupação e um aterramento, tem que preservar as matas ciliares.” Outro ponto destacado pela colunista é o de que os alagamentos estão diretamente relacionados à impermeabilização do solo. “E aí a gente não tem área de absorção, a terra não funciona como uma esponja.”

Para a colunista, é importante que se entenda que, em vez de trabalhar contra o rio e a natureza, devemos trabalhar a seu favor, como, menciona ela, vem ocorrendo no campus Butantã da USP, com a reinauguração do Restaurante do Viveiro. “Se as pessoas forem visitar lá, vão perceber que toda área é uma grande esponja. Foi tudo pensado como uma solução baseada na natureza, com jardins de chuva, valetas nos estacionamentos. O que eu estou querendo dizer com isso? Estou querendo dizer que é absolutamente possível se implantar políticas desse tipo”, finaliza Raquel.

 

*Cidade para Todos
A coluna Cidade para Todos, com a professora Raquel Rolnik, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Jornal USP – Cidade para Todos Publicada em 16 de maio de 2024.
Imagem: Google Earth

IA e sustentabilidade: uma combinação estratégica para o futuro das empresas

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A adoção da inteligência artificial (IA) no mundo corporativo abre caminho para estratégias mais eficientes e resultados positivos nas práticas ESG

 

A conscientização sobre a importância da sustentabilidade e responsabilidade social tem crescido significativamente nas empresas e corporações. De acordo com o estudo realizado pela agência de pesquisa norte-americana Union + Webster indica que 87% dos consumidores brasileiros optam por comprar de empresas que tenham ações efetivas rumo à sustentabilidade. Nesse contexto, a inteligência artificial (IA) surge como uma ferramenta relevante capaz de estimular a eficiência e impulsionar o impacto das atividades envolvidas com a sustentabilidade.

No mundo corporativo, o uso eficiente da IA com projetos ESG (ambiental, social e governança) permite às equipes traçar estratégias, otimizar processos e melhorar os resultados, com impactos positivos para sociedade e meio ambiente”, enfatiza Gustavo Loiola, gerente do PRME/ONU, professor e consultor ESG. O especialista afirma que a IA tem se mostrado um instrumento poderoso para solucionar desafios enfrentados pela sociedade, com a necessidade de preservar o meio ambiente e garantir a sustentabilidade do planeta.

Com a IA, é possível coletar e analisar dados ambientais de forma mais precisa, isso permite identificar padrões e problemas ambientais com mais rapidez, precisão e volume. Gustavo cita como exemplo a área da energia, onde a IA pode otimizar o uso de recursos, como água e eletricidade, reduzindo desperdícios. A ferramenta pode analisar esses dados em tempo real, com resultados sobre o desempenho ambiental e identificando áreas que precisam de melhorias.

Outro ponto é a análise de conformidade com as regulamentações e normas. A IA torna-se fundamental para garantir uma governança corporativa alinhada com melhores práticas. A adoção de tecnologias especializadas pode auxiliar nesse processo, facilitando o monitoramento e o cumprimento dos requisitos legais e normativos. Gustavo Loiola afirma que o monitoramento contínuo das atividades e métricas ESG é fundamental para uma gestão transparente e eficiente.

“Além das empresas identificarem áreas de melhoria, também deve haver um foco na elaboração de relatórios transparentes tanto para o interno quando para a sociedade. As pesquisas indicam que o consumidor cada vez mais quer comprar das empresas que vem avançando na sustentabilidade”Gustavo Loiola, gerente do PRME/ONU, professor e consultor ESG.

Segundo o relatório How AI can enable a Sustainable Future, da PwC UK, as perspectivas para a adoção de IA são otimistas, com benefícios econômicos e ambientais substanciais. Acredita-se que a implantação de recursos de IA pode permitir que nossos sistemas futuros sejam mais produtivos para a economia e a natureza, ajudando a combater a degradação ambiental, contribuindo para uma transição de baixo carbono e protegendo o planeta.

Empresas e países que abraçam o advento da inteligência artificial e economias sustentáveis ​​devem lucrar mais com as mudanças e oportunidades que se aproximam. Do ponto de vista macroeconômico e de desenvolvimento, há oportunidades para os mercados emergentes, obtendo ganhos consideráveis ​​de produtividade e sustentabilidade.

 

A inteligência artificial nas práticas empresariais

A inteligência artificial é uma ferramenta para que as empresas reduzam seus impactos socioambientais, melhorando a eficiência e desenvolvendo novos produtos. Um exemplo é a IBM, que utiliza sua experiência em inteligência artificial para melhorar a previsão do tempo e as previsões de energia renovável. O sistema, conhecido como SMT, usa aprendizado de máquina, big data e análises para analisar, aprender e melhorar as previsões solares derivadas de um grande número de modelos climáticos continuamente.

Por meio da aplicação de inteligência artificial e “computação cognitiva”, a IBM pode gerar previsões de demanda 30% mais precisas. Esse tipo de previsão pode ajudar as concessionárias com grandes instalações renováveis ​​a gerenciar melhor sua carga de energia, maximizar a produção de energia renovável e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

No entanto, também é importante reconhecer que a IA pode apresentar desafios ambientais, principalmente relacionados ao aumento no consumo de energia pelas ferramentas que permitem seu funcionamento.  É por isso que é tão importante procurar práticas e abordagens que promovam a sustentabilidade tanto no desenvolvimento quanto na aplicação da IA.

 

3 inovações sustentáveis impulsionadas por IA
  • Eficiência energética com inteligência artificial

Garantir a eficiência energética é um dos objetivos principais de diversas empresas, mas também um dos maiores desafios, porque requer investimentos em tecnologia e infraestrutura.

O que nem todos sabem é que a IA pode ser utilizada para otimizar de forma mais simples o uso de energia em edifícios e instalações comerciais por meio de algoritmos de análise de padrões de consumo.

A partir deles, é possível prever, de forma mais assertiva, as demandas futuras e, com isso, controlar os sistemas, como por exemplo de iluminação, aquecimento e refrigeração. Assim, a adoção da tecnologia torna-se muito mais um investimento do que um gasto.

  • Gestão de resíduos e reciclagem com IA

Outra forma de aumentar a sustentabilidade da sua empresa é com uma gestão de resíduos e reciclagem. Por meio de análise de dados, a IA é capaz de realizar previsões de demanda e otimização de estoque.

Dessa forma, a empresa consegue evitar o excesso de produção e o desperdício de materiais, além de identificar oportunidades para aumentar a reciclagem de resíduos.

  • Tomada de decisões aprimoradas pela IA

A análise de dados da IA também permite melhorar a tomada de decisões empresariais, fornecendo insights importantes relacionados ao desenvolvimento sustentável.

Por exemplo, os algoritmos podem analisar dados de emissões de carbono para identificar áreas de oportunidade para redução de impacto ambiental e otimização de processos, permitindo que as empresas gerenciem melhor os recursos naturais.

Além disso, ao automatizar processos de atendimento com respostas automáticas, reduz o consumo de energia associado às operações de suporte tradicionais.  Por fim, a inteligência artificial e a análise de dados permitem uma gestão mais eficiente dos recursos envolvidos no atendimento ao cliente, evitando desperdícios e maximizando a produtividade.

 

 

 

 

 

 

 

Imagem: Ilustrativa/Divulgação

CASACOR São Paulo

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37ª edição da mostra tem abertura programada para 21 de maio no Conjunto Nacional

 

CASACOR São Paulo, principal evento da maior plataforma cultural de arquitetura, paisagismo e design de interiores das Américas começa nesta terça-feira, 21 de maio, e segue até 28 de julho, no Conjunto Nacional, com o tema De Presente, O Agora.

Em 2024, a mostra ocupa um espaço de 9 000m² de área construída, com uma configuração totalmente nova para os visitantes, que poderão conhecer ainda mais de perto e desfrutar de bons momentos com vista privilegiada para a arquitetura do icônico edifício modernista, assinado pelo arquiteto David Libeskind (1928-2014).

O circuito tem 5 áreas dedicadas a exposições e instalações artísticas e 70 ambientes entre 8 estúdios e lofts, 16 casas, 7 jardins, 6 operações de restaurante, bar e café, 5 banheiros unissex com espaço família, 4 lojas e operações comerciais, além de quartos, lavabos, salas de leitura, home office, home cinema, lavanderia, cozinhas, livings e até um espaço de coworking totalmente funcional, que poderá ser utilizado pelos visitantes.

André SecchinDiretor Geral da CASACOR, conta que a mostra paulistana vai encantar os visitantes. “A 37ª edição da CASACOR São Paulo aponta para um caminho mais diverso e conectado com a cultura brasileira, reunindo uma amplitude ainda maior de gestos criativos. A CASACOR se tornou um espaço de convivência, em que arquitetar relações humanas se torna o objetivo central.”.

Ele aponta ainda que o evento deste ano vem para consolidar a posição da CASACOR como plataforma cultural e de tendências, reunindo um leque variado de patrocinadores. “Reunimos este ano 130 marcas patrocinadoras e estamos evoluindo em forma e conteúdo, com parceiros, que hoje vão além do universo do morar e incluem marcas como JBS, Natura, Peugeot, Aviva e Diageo, além das tradicionais, como Deca, Coral, LG, Banco BRB e o cartão BRB CASACOR. Com tudo isso, nossa expectativa é de que a 37ª edição receba 125 mil pessoas ao longo das 10 semanas de exibição”.

 

App CASACOR

A nova versão do aplicativo CASACOR terá uma funcionalidade de realidade aumentada, pela qual será possível fotografar as peças expostas nos ambientes e obter informações completas sobre elas a qualquer momento da experiência.

Além disso, todas as reservas em restaurantes e bares presentes no evento serão concentradas nesse mesmo app, para facilitar e otimizar ainda mais a visita, inclusive para quem quer desfrutar dos espaços de gastronomia presentes na edição, já que será possível, por meio da reserva prévia, ir a todos os bares e restaurantes sem passar por todo o circuito.

 

Tema e elenco

De Presente, O Agora, tema proposto para a edição de 2024, convida a refletir sobre como as nossas decisões cotidianas impactam nas futuras gerações, afinal, sempre seremos ancestrais de alguém.

Para transformar o tema e apresentar uma mostra que surpreenda a cada novo ambiente visitado, os curadores da CASACOR, Livia Pedreira, Pedro Ariel Santana e Cris Ferraz, convidaram um elenco poderoso, que esbanja criatividade e homenageia as mais diversas fontes das heranças culturais que formam o povo brasileiro, para responder a complexidade deste tempo.

A edição de 2024 vem repleta de nomes consagrados no mercado e terá projetos imperdíveis de Fernanda Marques, Brunete Fraccaroli, David Bastos, José Roberto Moreira do Valle, Leo Shehtman e Rosa May Sampaio.

Deca, patrocinadora master de CASACOR, convida a arquiteta carioca – e parceira de longa data da marca – Gisele Taranto para assinar seu ambiente deste ano.  Já a Portinari trará para a CASACOR São Paulo mais uma arquiteta conhecida das marcas Dexco: Melina Romano, que já esteve à frente da Casa Alma Duratex, em 2021. Também da Dexco, a Duratex terá seu espaço criado pelo catarinense Marcelo Salum, cuja marca registrada são ambientes cheios de cores e brasilidade.

A LG vem repleta de novidades em tecnologia com seu ambiente projetado primeiro pelo baiano e prata da casa, Nildo José. As arquitetas Letícia Nannetti e Fernanda Rubatino completam o time escolhido para mostrar as novas tecnologias da marca. A Coral, nessa edição, aposta em outra carioca já muito conhecida pelo público de CASACOR, Paola Ribeiro.

Sempre buscando trazer diversidade de estilos e culturas, a mostra recebe profissionais de outros estados brasileiros. Aline Borges, José Navarro e Natan Gil representam o Estado de Minas Gerais. O Rio de Janeiro marca presença com Migs Arquitetura e Studio Ro+Ca, além de Rodolfo Consoli, que estreia em São Paulo.  Romário Rodrigues é natural do Ceará e a PA Arquitetos vem de Alagoas para a mostra paulistana. A região sul também garante seu espaço com Gustavo Scaramella, do Paraná, Luciana Viganó, do Rio Grande do Sul e Luciana Bacheschi de Santa Catarina.

O interior do Estado também terá forte presença com projetos assinados por Cacau Ribeiro, de Ribeirão Preto e Paulo Azevedo, de Bauru. Carla Felippi, de Santos e Gabriel Fernandes, da Praia Grande, representam o litoral Sul de São Paulo.

Para construir alguns dos espaços dedicados à gastronomia, a CASACOR traz a expertise de Johnny Vianna, que vai projetar o famoso restaurante Badebec. Flávia Burin e Bruna Monetti darão vida ao espaço da doceira Isabela Akkari e Gabriela Prado ficará responsável pela ambientação do Bar Caracol.

Voltando ao evento, o elenco contará ainda com o arquiteto Renato Mendonça, que teve sua estreia em 2019 e atualmente é apresentador do programa “24 Horas para Decorar” no canal pago Discovery Plus.

Ester Carro, destaque dentro e fora da mostra com foco em Arquitetura Social, apresentando, pela primeira vez uma casa real, localizada no Jardim Colombo, que receberá visitação a partir de junho.

O elenco tem ainda a turma da ADVP Arquitetura, Bruno Moraes, Renan Altera, Felipe e Eloy Fichberg, Ana Weege e Juliana Cascaes. Entre os estreantes da edição temos Letícia Granero, Fragmento Arquitetura, Gabriel Rosa, Studio Marca, Kesley Santiago, Bruno Reis e Helena Kallas, Carol Miluzzi e Willian Vasconcelos, Monik Santos, Sala2 Arquitetura, LP+A, Adriana Farias, Daniela Funari, Panapaná Arquitetura, Marina Salomão, Laura Rocha e Red SquareArquitetura.

 

Experiência CASACOR

Nesta edição, a novidade é que o visitante poderá ver diversos ambientes e acessar todos os espaços gastronômicos e lojas de forma gratuita, tanto no início (que dá acesso ao Bar Caracol, instalações de arte, jardim, bilheteria e lounge) quanto no final do percurso (mall completo, Bardega, Badebec e Ristorantino).

Fazendo um convite a viajar pelo tema, as boas-vindas à mostra é com a instalação em dois atos do amazonense Denilson Baniwa, artista visual e defensor dos direitos dos povos originários que, por meio de seus trabalhos, busca a construção de uma imagética indígena. Além de celebrar essa ancestralidade na CASACOR, este ano ele também integra a Bienal de Veneza como parte da equipe curatorial do pavilhão brasileiro.

A aproximação com o universo das artes fica ainda mais evidente nesta edição. Pelo segundo ano consecutivo, a mostra apresenta uma galeria de arte operacional, com curadoria desta vez a cargo da equipe da Martins&Montero, formada pela dupla Jaqueline Martins e Maria Montero, em colaboração com a arquiteta Juliana Cascaes. O objetivo é destacar artistas brasileiros que deixaram sua marca na história através de práticas experimentais e explorar como essas influências reverberam na produção artística contemporânea.

Alexandre Salles, arquiteto e mestre em Semiótica Urbana pela FAU-USP, traz para a CASACOR 2024 um projeto inovador, inspirado na interação social dos quintais, tradicionalmente espaços de convívio no contexto do samba e do candomblé. Utilizando inteligência artificial, ele reinventa a materialidade do ambiente, incorporando elementos simbólicos, texturas e formas que evocam uma narrativa visual negra, destacando a cultura e a história afro-brasileira. O projeto apresenta um terreiro contemporâneo, onde a terra batida e as paredes de taipa são transformadas em um espaço dinâmico e significativo, que convida os visitantes a explorar e refletir sobre a riqueza da herança cultural do Brasil.

Henrique Oliveira traz para a mostra a obra Memento Habilis (2023), uma instalação artística de formas orgânicas que se assemelham a vegetais e animais, sem, no entanto, se definir como tais. Feita a partir dos resíduos de madeira provenientes de tapumes e canteiros de construções, Oliveira desafia a dicotomia entre espaço natural e arquitetônico, entre natureza e humano.

Pedro Ariel Santana, que faz parte do time curador, se junta a Rodrigo Ambrósio na exposição coletiva Ecos Armoriais, que reúne 25 artistas do sertão nordestino e que, 50 anos depois do início, mantêm viva a chama do Movimento Armorial, fundado por Ariano Suassuna em 1970, com a intenção de realizar uma arte autêntica brasileira baseada nas raízes populares. A exposição na CASACOR, traz artistas em atividade e une elementos ancestrais da cultura nordestina com uma linguagem contemporânea, criando poéticas que dialogam entre si e formam um panorama atual do Nordeste, mostrando que a região é plural, viva e respeitosa com as suas tradições.

 

Espaços gastronômicos e lojas

A gastronomia, sempre celebrada na CASACOR São Paulo, traz de volta o buffet brasileiro do Badebec, a doceria saudável de Isabela Akkari e o moderno Bar Caracol. Entre os estreantes estão o italiano Ristorantino e o Bardega, especializado em vinhos.

Haverá ainda um bar secreto presente no circuito 2024, mas assim como o nome sugere, a entrada será camuflada e exclusiva. Presente no evento já em 2023, este tipo de estabelecimento nasceu nos Estados Unidos e apresenta uma proposta intrigante de apreciar bebidas e petiscos em um espaço escondido, intimista e diferente de tudo o que se pode viver em um bar convencional. Na CASACOR São Paulo 2024, as operações do Speakeasy serão do Guilhotina Bar.

No mall da CASACOR, a Livraria Unisaber terá uma seleção de livros de Arte e Arquitetura. A Gustavo Eyewear encanta com sua coleção de armações de óculos de grau e de sol. A Oficina Francisco Brennand retorna com sua seleção de cerâmicas e a estreia deste ano é da loja da Feira na Rosenbaum.

 

Acessibilidade

Desde 2016, a CASACOR São Paulo é um evento 100% acessível para pessoas com mobilidade reduzida. Este ano, o evento conta com a parceria da arquiteta Silvana Cambiaghi, da Design Universal Consultoria. Para atender a quem tem dificuldades de locomoção todos os banheiros dispõem de cabines acessíveis, além de serem unissex e contarem com espaço famíliaHá também uma série de gentilezas voltadas aos deficientes visuais e auditivos, como mapa tátil em braile, trajetos de piso tátil, aplicativo de tradução em libras em tempo real e visitas guiadas especialmente preparadas.

 

Sustentabilidade e Impacto Social

Parte fundamental do DNA de CASACOR, a sustentabilidade continua sendo não apenas a maior tendência do segmento, mas a força motriz de toda a mostra, que tem alcançado níveis surpreendentes com seu programa de gestão de resíduos, que hoje tem a marca de 99,8% de reaproveitamento. A meta deste ano é alcançar 100%.

Além de adotar medidas como obra secas, economia e reutilização de recursos hídricos, economia de energia, coleta seletiva, programa de reciclagem e destino adequado para resíduos promovendo a economia circular, a mostra também realiza doações de materiais de construção resultantes do desmonte do evento para instituições parceiras.

Nesta edição, a CASACOR São Paulo fará 100% de compensação para suas emissões de carbono, assim como nos dois anos anteriores, além de ter a certificação Lixo Zero há 8 anos. Outra ação será em parceria com a Pachamama, que atuará para a neutralização do impacto ambiental da mostra, do deslocamento dos visitantes que optarem pelo ingresso neutralizado, e pela compensação do impacto dos ambientes dos profissionais que voluntariamente submeterem seus projetos a uma avaliação de impacto e consequente compensação por meio dos ativos de conservação da floresta em pé.

A mostra também promove ações de impacto social. Para seguir com o apoio às ações do Fazendinhando – instituto de transformação territorial, cultural e socioambiental que atua em favelas, feito por e para os moradores – a CASACOR São Paulo irá doar para a entidade a quantia de R$1,00 a cada ingresso vendido na mostra deste ano.

 

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SERVIÇO – CASACOR São Paulo 2024 
Onde: Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, 2073.
Quando: de 21 de maio a 28 de julho de 2024
Horário bilheteria:
Terça a Sábado das 12h às 20h
Domingos e Feriados das 11h às 19h
Horário de funcionamento do evento:
Terça a Sábado das 12h às 22h
Domingos e Feriados das 11h às 21h

Bilheteria digital: https://appcasacor.com.br/en/events/sao-paulo-2024-em-breve

Valores totais dos ingressos  
De terça a domingo e feriados – R$111,00 (inteira) e R$ 56,00(meia entrada)

Compra de ingresso de meia-entrada 
Idoso a partir de 60 anos
Estudante apresentando o documento válido com foto ou recibo de pagamento.
Deficiente e seu acompanhante (conforme lei 12.933/13).
* comprovação de meia-entrada será exigida na porta 

Mais Informações:
www.casacor.abril.com.br

Lúdico e Contemporâneo

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Localizado no Itaim Bibi, um dos bairros mais boêmios da cidade de São Paulo, o projeto Zé
Delivery + Ambev Tech apresenta visual despojado e muitas referências

 

Seguindo à risca o briefing do cliente, os profissionais do escritório LP+A assinam um espaço fluido e amplo, para conectar as diversas áreas e atividades do escritório, além de reforçarem a identidade jovem das marcas contratantes. O layout está materializado em referências do mundo da cerveja e bares, como não poderia deixar de ser, mas o conjunto apresenta embalagem cool e despojada conectada ao estilo dos donos do pedaço.

No projeto Zé+Ambev estão presentes o ladrilho hidráulico amarelo, balcão de bar com banquetas
altas e telas metálicas para compartimentar os espaços e estruturar as logomarcas das empresas.
Além das placas dos ambientes inspiradas nos tradicionais bares brasileiros”, explica a arquiteta
Pierina Piemonte.

Para as boas-vindas, no escritório, criou-se uma recepção unificada para atender as equipes de Zé
Delivery e Ambev Tech. Ainda próximo desta entrada, encontra-se um bar idealizado para destacar o
portfólio das marcas, recebendo inclusive, eventos, happy hours entre outros petits comités dos
times. Outro destaque são as matérias-primas como telas expandidas metálicas com os caixilhos pretos que conferem uma atmosfera industrial interessante ao espaço.

 

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A comunicação visual descontraída rouba a cena da narrativa de interiores proposta para a
ambientação. “Trabalhamos a linguagem geek, referências ao mundo dos games, filmes e cultura pop em geral. Como resultado alcançamos um espaço leve, temperado com uma pitada lúdica, tudo
bem contemporâneo”, explica a arquiteta Pierina Piemonte.

 

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Para o Open Space, a LP+A apostou em nuvens tipo origami na paleta amarela. O acessório foi especificado como um atributo para dar um up no décor, além de cumprir a função importante de organizar a acústica desta sala aberta.

Por falar em acústica, o tema foi um ponto de atenção relevante para os profissionais na hora da
execução do programa. Desse modo, a laje aparente recebeu jateamento de celulose em toda
estrutura. Dentro das salas fechadas, as divisórias de vidro duplo dão conta do reforço na vedação.
Já nos interiores do espaço, um forro mineral em dobradinha com um carpete, são suportes para a
absorção dos volumes. Vale ressaltar que as paredes das salas de reuniões e phone booths também levam painéis Inovawall que auxiliam na redução dos sons externos

 

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Imagens: Maurício Moreno

A marca jaderalmeida expõe na ICFF de Nova Iorque

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A participação da marca no evento reafirma o compromisso em promover a alta qualidade do design brasileiro em mercados internacionais

 

Pelo sexto ano consecutivo, importantes criações de Jader Almeida serão destaque no International Contemporary Furniture Fair (ICFF) em Nova Iorque (de 19 a 21 de maio) e consolida sua posição como uma das marcas brasileiras de mobiliário contemporâneo mais proeminentes no mercado norte-americano. O evento é reconhecido como a plataforma líder da América do Norte para o design global.

Como um dos estandes principais da feira, projetado e curado pelo designer, serão apresentadas peças icônicas em uma exposição que transmite a atmosfera de uma verdadeira galeria de arte. A disposição de suas obras revela as características individuais de cada uma, enquanto uma iluminação envolvente realça ainda mais os detalhes construtivos e os acabamentos sofisticados.

Um dos destaques nesta edição está a multipremiada poltrona CELINE, lançada em 2017, que harmoniza perfeitamente com outros ícones da coleção e com os mais recentes lançamentos, como as cadeiras DREY e DERBY. Essa composição de assentos, mesas e luminárias celebra a excelência do design atemporal da jaderalmeida, que transcende fronteiras culturais e se comunica de forma universal.

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A participação da marca nesse evento, assim como no Salão do Móvel de Milão em abril deste ano, reafirma o compromisso em promover a alta qualidade do design brasileiro em mercados internacionais, bem como reforçar sua presença enquanto companhia de design em um mercado tão globalizado e exigente quanto o norte-americano.

Além da celebrada parceria com a indústria SOLLOS., com quem completa 20 anos em 2024, esta participação no ICFF conta com o apoio do projeto Brazilian Furniture, promovido pela APEX-Brasil e pela Abimóvel. A marca jaderalmeida já possui operação nos Estados Unidos, e além de distribuir por meio de cinco importantes players do segmento, planeja a abertura de uma Flagship Store no país até o ano que vem.

Para mais informações sobre a participação da marca jaderalmeida no ICFF, visite www.jaderalmeida.com

 

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RESÍDUOS VERDES

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Especialistas debatem a forma correta de lidar com folhas e galhos de árvores que caem ao longo do ano 

 

Em determinadas épocas, o chão das praças e das vias públicas encontra-se forrado de folhas, galhos, troncos e flores que caem das árvores e dos arbustos. O outono é a estação marcada justamente por esse fenômeno. E esses materiais, também chamados resíduos verdes, são varridos pela gestão pública para que não se acumulem. Mas qual seria o fim ideal para resíduos que são descartados pela própria natureza? 

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, parte dos resíduos verdes recolhidos em espaços públicos são destinados para projetos de compostagem, que transformam o material orgânico em adubo. Nesses casos, o resíduo verde proveniente da queda natural das árvores é unido aos resíduos gerados pelas podas, capinas e despraguejamentos na cidade. Desse material, 30% é levado para o projeto Feiras e Jardins Sustentáveis, que busca oferecer tratamento para resíduos orgânicos de cerca de 180 feiras livres do município.

A cidade conta, segundo a Prefeitura, com cinco pátios de compostagem, localizados nas subprefeituras da Sé, Lapa, Mooca, São Mateus e Ermelino Matarazzo. Entre janeiro e dezembro de 2020, esses pátios receberam 10,5 mil toneladas de resíduos, e com eles foram produzidas 2,1 mil toneladas de composto orgânico. Esse composto, por sua vez, é utilizado como insumos em jardins e praças públicas. O objetivo com essa medida é evitar que mais resíduos verdes sejam despejados em aterros sanitários. 

Outra parte dos resíduos verdes recolhidos – dessa vez, sem especificação exata das quantidades pela prefeitura – é destinada para ações de paisagismo na cidade. O material é triturado e utilizado para evitar a erosão do solo, aumentar o teor de matéria orgânica e facilitar a fixação de adubos minerais. Até o fechamento da reportagem, a Prefeitura não informou quanto dos resíduos verdes são levados para aterros sanitários. 

 

Aterros x compostagem 

Lígia Pinheiro, professora de planejamento urbano e regional na FMU e doutora em geografia, afirma que o uso dos aterros é de praxe no município. A urbanista menciona como exemplo a subprefeitura da Vila Mariana, que possui maquinário para triturar os resíduos verdes e orgânicos, mas que comumente descarta os materiais em aterros, uma vez que ainda não há uma composteira no local. 

Em Vila Mariana também é feito o reaproveitamento dos resíduos em projetos de jardinagem, como explicado por Lígia Pinheiro. “O resíduo triturado pode servir para fazer uma manta e aumentar os nutrientes no solo. Em algumas condições, quando precisam de produção de serrapilheira, eles têm o triturador, então a matéria orgânica volta para as áreas verdes”, diz. Entretanto, de acordo com a professora, quando não há demanda o material segue para os aterros sanitários.  O problema é que os aterros são espaços com vida útil específicas e a utilização excessiva afeta essa vida útil, tornando necessária a criação de novos aterros. 

“O ideal seria se esses materiais fossem aproveitados de maneira que entrassem num ciclo, em vez de serem descartados” – Lígia Pinheiro, professora de planejamento urbano e regional na FMU. 

 

Iniciativa privada 

A recomendação para o reaproveitamento dos resíduos verdes tem se fortalecido e instituições privadas vêm apostando nessa alternativa. Exemplo é a Trashin, startup focada em gestão de resíduos, que trabalha em três frentes: compostagem; biodigestão, que produz biogás e biofertilizantes; e produção de biomassa, que gera uma fonte energética renovável. 

A compostagem é a mais empregada pela empresa junto aos clientes, segundo Sérgio Finger, fundador e CEO da Trashin. “Completamos os resíduos verdes com um composto para que o próprio cliente faça uso ou para ser utilizado em outras cadeiras, como agricultura, jardinagem e outros setores”, explica. 

De acordo com o empresário, a startup já atuou em escolas, shoppings e parques, nos quais foram recolhidas 200 toneladas de resíduos verdes. “A maior parte desses resíduos é utilizada para biodigestão dentro do próprio gerador, reduzindo custo logístico para levar para outro local e acelerando a transformação do composto”, explica. 

Sérgio Finger analisa que um dos maiores desafios para a realização das transformações dos resíduos é justamente a necessidade de espaço apropriado para instalação dos equipamentos de compostagem e biodigestão, além da logística para levar os resíduos até esses locais.

“Geralmente o custo para a destinação em aterros ou descarte inadequado acaba sendo economicamente mais viável para os geradores. Isso causa um impacto negativo na gestão correta destes resíduos” – Sérgio Finger, fundador e CEO da Trashin.

 

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Outra questão é o custo do tratamento, que não é economicamente favorável quando comparado à destinação para aterros. “O tratamento pode levar um tempo às vezes demorado para tratar esse tipo de resíduo em grande escala. O resultado é uma inviabilidade da operação se comparado a essas soluções de maior impacto negativo ambiental”, explica. 

Há ainda outros desafios para a transformação dos resíduos verdes, como apontado por Danilo Urias, diretor comercial do grupo Multilixo, empresa especializada em gestão de resíduos. De acordo com o especialista, os desafios variam de acordo com o tipo de tratamento, mas tanto para a compostagem quanto para a transformação em biomassa o desafio está associado à segregação dos materiais.

“Para que possamos recebê-los, o gerador do resíduo deve fazer a sua separação a fim de que não haja mistura/contaminação com outros resíduos” – Danilo Urias, diretor comercial do grupo Multilixo.

Segundo Vinícius Pardini, gerente comercial do grupo Multilixo, a empresa destina folhas e galhos finos para compostagem, unindo-os a outras matérias orgânicas de origem vegetal e animal. Já galhos maiores, troncos de árvores e madeira em geral são destinadas para produzir biomassa. “Já efetuamos serviços de coleta, transporte e reciclagem de resíduos verdes recolhidos em parques municipais em São Paulo e Grande São Paulo em um volume aproximado de 100 toneladas”, explica. 

O grupo Multilixo atualmente tem contrato de varrição com seis consórcios que atuam na gestão de resíduos na cidade de São Paulo. A unidade de Reciclagem Energética já tem parceria com algumas das empresas que integram esses consórcios para recebimento de resíduos verdes. “Acredito que é uma questão de tempo para que as demais empresas dos consórcios também façam uso dessa modalidade de tratamento”, afirma Vinícius Pardini. 

 

Alternativas 

O reaproveitamento dos resíduos verdes pode ocorrer de forma mais simples que o realizado em processos de compostagem e biodigestão: simplesmente não removendo folhas e galhos que caem no solo. É o que defende o doutor em arquitetura e urbanismo Paulo Pellegrino, professor associado da FAU-USP.

“O ideal seria não haver resíduos verdes a serem descartados, mas serem aproveitados in situ, como no preparo de mulching” – Paulo Pellegrino, professor associado da FAU-USP. 

Mulching, ou cama morta, é o reaproveitamento das cascas, galhos, folhas e flores, que caem das árvores como cobertura do solo, nos locais onde não nasce grama ou tem sombra. Segundo o urbanista, a cobertura do solo por esse material orgânico é benéfica pois remete à serrapilheira natural que se forma no solo das matas. Ou seja, é uma forma da própria natureza reaproveitar seus nutrientes. Assim, o solo e as árvores mantêm-se saudáveis, sem necessidade de transportar os resíduos para tratamento, nem de maquinário específico. “Economia de energia com benefícios sociais e ecológicos”, diz o especialista. 

De acordo com Paulo Pellegrino, a gestão pública da cidade de São Paulo tem falhado na gestão dos resíduos verdes. “Houve uma sensível piora nessa questão por conta do corte raso mais frequente da grama, além da poda drástica de arvores e da exposição do solo a processos erosivos”. Em razão disso, o outono é um período em que esse tema merece especial atenção. “Justamente nessa época seca o solo exposto com grama cortada rente não consegue reter umidade, provocando stress hídrico, que seria evitado pela cobertura com material orgânico”, explica. 

A urbanista Lígia Pinheiro lembra que o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) estimula as cidades paulistas a realizarem a gestão dos resíduos de forma consorciada. Ou seja, enquanto município X recebe recursos para fazer a coleta, o município Y recebe para fazer o tratamento, por exemplo. “Resíduos estão nas demandas que devem estar em escala metropolitana”, esclarece. Dessa forma é possível agir de forma integrada para uma gestão mais eficiente. 

Diante desses desafios, o que se entende é que os resíduos verdes têm grande potencial para serem reaproveitados em diferentes frentes, podendo ser utilizados em pequena ou larga escala, servindo para manutenção das áreas verdes e para produção agrícola. O que falta é saber se a gestão pública saberá como gerir e investir no tratamento sustentável desses materiais. 

 

Urbanismo Ativo: Inclua composteiras caseiras em projetos residenciais 

Qualquer pessoa pode se engajar no reaproveitamento de matéria orgânica adquirindo composteiras caseiras. Esses aparelhos podem ser utilizados em residências, transformando resíduos verdes em húmus. É necessário, contudo, alguns cuidados, como explica Thiago Santos, paisagista da J. Lira Green Life. 

Primeiramente, será necessário um espaço físico para a montagem da composteira. Recomendo utilizar as informações da Embrapa Agroecologia sobre o assunto”, diz. O paisagista afirma que há diversas formas de se montar uma composteira, mas que em geral utilizam-se caixas plásticas com encaixes entre elas, de modo que o resíduo sólido orgânico seja depositado nas caixas superiores, e o resíduo líquido vá se acumulando na última caixa. “Existem kits completos com todo o material necessário vendidos em lojas especializadas em jardinagem e agricultura”, informa Thiago Santos. 

Nas composteiras é possível incluir alimentos cozidos ou crus, cascas, bagaços, sementes de frutas, restos de hortaliças, borra de café, e componentes provenientes da madeira, como papel. Contudo, deve-se evitar óleos, gorduras, alimentos salgados, resíduos animais e excesso de cascas de cítricas. “É possível fazer com as folhas das árvores que caem no jardim no outono, desde que observados os passos para montagem da composteira e suas variáveis do processo”, explica. É importante saber, por exemplo, que resíduos secos devem cobrir os resíduos úmidos. Esses cuidados farão a diferença na qualidade da decomposição. 

As composteiras geram um composto sólido, conhecido como húmus, que serve como adubo orgânico e substrato de desenvolvimento. “O composto líquido é um excelente adubo de superfície e pode ser diluído e aplicado sobre as folhas, diretamente na terra, ou junto com a água de rega”, finaliza Thiago Santos. 

 

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Por Victor Hugo Felix
Imagens: Divulgação

Aditivo de base renovável favorece reciclagem do asfalto

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Aditivo de alto desempenho permitem pavimentação sustentável com redução de consumo de energia e de emissões

 

A possibilidade de reciclar até 100% das matérias-primas na produção do asfalto sem perda de qualidade é a proposta do rejuvenescedor RheoFalt ® HP-AM, da BASF. Como primeiro rejuvenescedor orgânico do mundo baseado em resina totalmente natural, o aditivo de alto desempenho melhora as propriedades do betume desgastado e endurecido, melhorando inclusive a qualidade do asfalto reciclado (RAP).

“Com excelentes resultados em testes internos e de universidades, foi verificado que o produto nos permite atender à necessidade renovação dos pavimentos já existentes e de construção de estradas sustentáveis. O rejuvenescedor permite usar menor quantidade de novos materiais e leva a uma redução importante no consumo de energia e das emissões de gases de efeito estufa” – Camilo Alvarado, Marketing Industrial de Dispersões, Resinas e Aditivos da BASF da América do Sul.

Com o aumento da mobilidade, além da necessidade de construção de novas estradas, uma grande parte do pavimento existente necessita de renovação devido ao envelhecimento do asfalto antigo, com desgaste do ligante, comprometimento da resistência e fissuras na superfície. A reciclagem do asfalto evita também o descarte de grandes quantidades de resíduos.

 

Resina natural

Com base renovável, as matérias-primas utilizadas para produzir o RheoFalt ® HP-AM têm origem no subproduto agroindustrial da castanha de caju (LCC), que não está em conflito com áreas agrícolas ou com florestas naturais/tropicais. Feito 100% em resina polimérica, não contém solventes e usa energia renovável em sua produção. Devido à natureza de base biológica, as emissões de CO2 são reduzidas pela metade, uma das maiores reduções conhecidas nas indústrias pesadas.

O betume envelhecido do pavimento pode então ser utilizado na reciclagem do asfalto adicionando uma pequena quantidade de agente rejuvenescedor às misturas. Na Europa, o uso do asfalto reciclado (RAP) nas camadas inferior e intermediária está sendo ampliado para uma média de 80% com possibilidade de reciclagem de até 100%. Com RheoFalt ® HP-AM as misturas asfálticas têm uma melhor taxa de penetração, redução da rigidez da mistura e aumento da resistência.

Recentemente, a BASF levou estas e outras soluções ao XXII Congresso Ibero Latino-Americano de Asfalto, evento internacional voltado para a construção de estradas e tecnologias de asfalto, que aconteceu este ano em Granada, na Espanha. O coordenador do laboratório de aplicações da BASF, Luis Borrero e a equipe da companhia realizaram quatro palestras técnicas mostrando o compromisso com a criação de soluções sustentáveis, duráveis, seguras e eficientes para a indústria da construção e asfalto na América do Sul. As apresentações abordaram o impacto do cimento para estabilizar os solos, os benefícios do uso da emulsão trackless bondcoat, a melhoria da segurança viária com slurry seal colorido e a implementação de rejuvenescedores para otimizar o desempenho do asfalto reciclado (RAP).

Em outubro, a equipe também vai marcar presença no 7º Paving Expo evento de infraestrutura viária e rodoviária do Brasil e do Congresso de Infraestrutura e Construção, a Paving Conference, que vai promover debates de alta qualidade com especialistas do setor em São Paulo. A BASF apresentará o portfólio para asfalto durante o congresso no dia 22 de outubro das 13h às 16h. A BASF tem trabalhado em soluções novas e sustentáveis ​​para misturas asfálticas na plataforma central Asphalt Performance e mantém dois laboratórios em Ludwigshafen e Trostberg destinados ao desenvolvimento de novos aditivos de alto desempenho para construção de estradas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Maquina e Basf
Imagens: Divulgação