Projeto de atmosfera casual e layout fluido conecta-se de maneira significativa com a paisagem natural ao seu entorno
Localizada em Ontário e com 1600 m2, de área construída, a casa do Lago Huron, projeto assinado pelo escritório SAOTA, compreende dois elementos sobrepostos que pousam discretamente na paisagem florestal circundante. O terreno, situado em um talude de transição entre o lago e a floresta, possui um desnível de 3,5 metros em relação à cota da estrada, atingindo o lago para configurar um jardim no embasamento. A parte posterior da residência, recuada na propriedade de forma a preservar o penhasco natural, se configura em uma parede de vidro de dois pavimentos, que permite o acesso de luz natural para o amplo interior e um grande espaço ao ar livre foi planejado para as tardes de verão no lago.
Pretendendo aprimorar a experiência de uma casa de veraneio, o projeto de abordagem arquitetônica contemporânea consiste em uma série de caixas empilhadas e suspensas, uma incorporando o edifício no plano do solo, a outra suspensa ao alto para permitir que um espaço social exista entre os volumes. Um volume interno/externo ao sul ancora o edifício e maximiza as vistas, permitindo que os espaços de estar ocupem o primeiro plano. O nível inferior é em concreto e os níveis superiores com estrutura emoldurada de aço. De espaços fluidos, pavimentos de fácil circulação e layout simples e bem estruturado, a residência conta com pé direito triplo que permite a entrada de luz natural e destaca a paisagem.
Um sistema de automação controla e monitora a casa, garantindo alto desempenho tecnológico; o painel solar de 15kw, fornece energia suficiente para a casa e o excedente é regularmente alimentado de volta à rede elétrica, para crédito e uso posterior. O projeto ainda integra outros dois sistemas: um subterrâneo de águas pluviais na propriedade e um séptico eco-flo, para tratar todos os requisitos de esgoto no local.
Os revestimentos Neolith em grandes formatos, externos e internos, configuram um sistema de painéis robustos e resistentes o suficiente para suportar o extremo clima canadense, que, somado a eficiência energética da casa, a longevidade da construção e de seus materiais, contribuem para a sua sustentabilidade. A cor mais clara refere-se à areia da praia em frente à propriedade, o painel mais escuro à casca das árvores da floresta, propondo diálogo e conexão com o entorno.
Evento de alta decoração acontece em outubro e reúne marcas renomadas, talks exclusivos e experiências imersivas
De 7 a 10 de outubro de 2025, São Paulo será palco da terceira edição da Casa 6F, evento que já se consolidou como referência no cenário da alta decoração. A mostra acontecerá na icônica mansão da família Scarpa, localizada no Jardim América, região nobre da zona Oeste da capital paulista. Considerada uma relíquia arquitetônica, a residência será o cenário para reunir marcas de prestígio, lojistas, empresários, formadores de opinião e profissionais de arquitetura e decoração em torno de design, lifestyle e negócios.
Idealizada por Marcelo Felmanas, que está à frente da 6F Decorações há quase três décadas, a Casa 6F reafirma o poder da curadoria como ferramenta de posicionamento de marca. Filho de galeristas e formado em Administração, Felmanas transformou seu olhar estratégico em diferencial competitivo, selecionando peças que unem tradição, emoção e inovação.
Aquarela da mansão Scarpa, por Rita Benvenuto.
Mais do que uma mostra de tendências, a Casa 6F promove um encontro entre marcas nacionais e internacionais – entre elas Ginori 1735, Rosenthal, Century, Riva, Strauss, Livraria Paisagem, Auguri Casa, Luana Ramalho, Maiori Casa, Dani Fernandes Aromas, Cristais Di Murano, Green House, Bitossi Home e Missoni Home Collection – e um público ávido por experiências imersivas e conteúdos de alto nível.
A programação também contará com talks exclusivos de nomes relevantes no mercado, como João Adibe, CEO do Grupo CIMED; Alfredo Soares, cofundador e mentor do G4 Educação; Andrea Natal, uma das principais líderes e consultoras de hospitalidade de luxo no Brasil; além dos empresários Marcelo Antunes e Fátima Scarpa.
Segundo Marcelo Felmanas, “a Casa 6F vai além de uma mostra de decoração: é um palco para gerar negócios, construir relacionamentos e compartilhar conhecimento”, diz. “Nós reunimos marcas, lojistas, profissionais e formadores de opinião em um ambiente onde o networking se transforma em valor e onde o lifestyle encontra sua dimensão mais estratégica”, conclui.
Marcelo Felmanas. Foto: Henrique Padilha.
Serviço
Casa 6F – 3a Edição
De 7 a 11 de outubro, das 13h às 20h
Jardim América – São Paulo
O festival chega à 9ª edição com programação que propõe mergulhar nos territórios criativos do Brasil, trazendo casas temáticas, instalações em circuito, conexões entre artesãos e designers, homenagens e curadorias colaborativas
A Semana Criativa de Tiradentes chega à sua 9ª edição consolidada como um dos mais relevantes festivais brasileiros dedicados à cultura, design, artesanato, arquitetura, moda e gastronomia. Mais do que um evento, trata-se de um projeto que, ao longo do ano, promove colaborações entre designers e artesãos de diversas regiões do país, com foco na valorização dos saberes manuais e no fortalecimento da cultura e economia criativa local.
Em 2025, o festival acontece entre os dias 16 e 19 de outubro, ampliando seu alcance, diversidade e protagonismo cultural. Com novos espaços, experiências e territórios representados, a Semana se firma como uma verdadeira imersão na criatividade brasileira.
“A cada edição, reafirmamos nosso compromisso com os saberes tradicionais, mas também com a capacidade de inovar sem perder a essência. A Semana Criativa é sobre encontros verdadeiros, trocas que geram transformação e um Brasil que pulsa com criatividade e identidade” – Simone Quintas, idealizadora do projeto.
“Produzir a Semana Criativa é um exercício contínuo de articulação entre tradição e inovação. Ao longo dos anos, consolidamos um modelo que valoriza os saberes populares, estimula a economia criativa local e constrói pontes entre diferentes territórios e linguagens. Esta edição, em especial, reforça nosso compromisso com a diversidade regional, a formação de redes e o protagonismo de quem faz: artesãos, artistas, designers e toda a comunidade envolvida no processo,” afirma Junior Guimarães, idealizador e produtor do projeto.
Casa Pará, um dos destaques da edição de 2024 está de volta em 2025. Foto: Alberto Lopes.
Destaques de 2025
Em 2025, o evento traz um circuito de intervenções artísticas espalhadas por ruas, praças e espaços históricos da cidade, além da aguardada inauguração da Escola da Semana, projeto transformador voltado à preservação e reinvenção dos ofícios manuais.
O percurso de experiências começa no Largo das Mercês, onde bordadeiras de várias regiões de Minas Gerais apresentarão barracas bordadas, fruto de um projeto conduzido por Renato Imbroisi e Cristiana Barretto. No Largo das Forras, praça central de Tiradentes, o designer André Ferri prepara uma instalação imersiva que combina som e movimento.
O Museu Padre Toledo será palco de duas atrações inéditas: no porão, um jardim de flores iluminadas assinado por Pietro Oliveira; e, nos jardins externos, a instalação do artista plástico Francisco Nuk. Já a varanda da Câmara Municipal será transformada por uma instalação têxtil que reutiliza ourelas da indústria para criar uma poética imersão em águas imaginárias, livres de resíduos.
O Beco Zé Moura também ganha protagonismo com mobiliário urbano projetado pelos escritórios Zoom Arquitetura e Studio Brasileiro. Mais que funcional, o espaço convida a refletir sobre a memória dos caminhos antes percorridos por pessoas escravizadas. Em outra ação, o designer Marcus Camargo se une às Mulheres Coralinas, de Goiás Velho, para apresentar uma instalação que conecta tradição artesanal e linguagem contemporânea.
Além disso, o tradicional Espaço Festivo terá uma nova proposta: durante o dia, receberá o Mercado e o Palco Artesão Stella Artois, espaço dedicado ao diálogo, à troca de ideias e à valorização do design e do artesanato brasileiros.
O grande marco desta edição é a abertura da Escola da Semana, localizada no distrito rural da Caixa D’Água da Esperança. Após três anos de obras, o espaço será inaugurado como um centro de formação e inovação nos ofícios manuais, consolidando-se como um dos legados mais relevantes da Semana Criativa.
A sustentabilidade segue como um dos pilares da Semana. Entre as ações, destaque para o uso de copos reutilizáveis e a ampliação do Carona Criativa, serviço gratuito de transporte entre os pontos do evento, que agora também funcionará na madrugada.
Casa Pará, um dos destaques da edição de 2024 está de volta em 2025. Foto: Cacá Bratke.
Programação 2025
Instalações: trabalhos de nomes como André Ferri, Pietro Oliveira, Francisco Nuk, Ana Vaz, Marcus Camargo e o coletivo Mulheres Criativas ocuparão praças, becos e edifícios históricos.
Exposições: destaque para Design feito à mão, que reúne parcerias entre designers e artesãos; a homenagem ao artista popular Fabio Francino; além de mostras vindas de Alagoas, Ceará, Pernambuco e Vale do Jequitinhonha.
Oficinas e visitas guiadas: atividades práticas de bordado, tecelagem, madeira, couro, cerâmica e serigrafia, além de roteiros guiados pelas instalações do festival.
Bate-papos e palestras: encontros com designers, arquitetos, artesãos e pensadores, abordando temas como tradição e inovação, sustentabilidade, memória, identidade e diversidade cultural.
Programação musical: shows no Espaço Festivo com artistas e coletivos que unem tradição popular, música autoral e experimentação contemporânea.
A agenda completa, com dias, horários e locais, estará disponível, a partir de 07 de outubro, no guia oficial no site www.semanacriativadetiradentes.com.br.
Números que inspiram
A força da Semana Criativa de Tiradentes se revela também nos números. Em 2024, mais de 14 mil visitantes circularam por Tiradentes durante os quatro dias do festival — um crescimento de 40% em relação à edição anterior. Pessoas de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, além de países como Argentina, Canadá, Colômbia, Finlândia e Noruega, participaram das mais de 100 atividades oferecidas, entre palestras, exposições, oficinas, passeios e apresentações culturais.
Mais de 3.150 pessoas acompanharam os bate-papos e lançamentos de livros presencialmente ou online, enquanto 498 pessoas participaram das oficinas e do Agulhaço. Já o Espaço Festivo, um dos pontos altos da programação, reuniu mais de 2 mil pessoas em suas três festas.
A Semana Criativa de Tiradentes é um movimento cultural e social, que acontece em Tiradentes, MG, com o objetivo de divulgar e valorizar saberes de tradição, evitando que se percam e levem consigo a nossa história. O projeto é realizado por Simone Quintas e Junior Guimarães. Ao longo do ano, a SCT promove imersões entre designers e artesãos para que troquem conhecimentos, levando frescor ao artesanato e brasilidade aos projetos de design. O resultado destes encontros são produtos criativos e cheios de histórias, exibidos no festival Semana Criativa de Tiradentes, uma verdadeira maratona de conteúdo e de experiências em torno do artesanato, que acontece sempre no mês de outubro.
Uma das oficinas realizadas em 2024 | Foto: Thais Andressa
Novo Museu das Amazônias une arte e arquitetura em inauguração marcada por Sebastião Salgado e mostra colaborativa
O Museu das Amazônias abre suas portas ao público neste sábado (4), ocupando o Galpão 4 do Complexo Porto Futuro II, em Belém – capital que receberá a COP-30 em novembro de 2025. Concebido para ser um polo de experimentação e diálogo entre arte, ciência e território, o espaço foi projetado para ser uma referência em práticas museológicas inovadoras, inclusivas e conectadas aos territórios, valorizando a identidade e a diversidade da região, e faz parte do conjunto de obras que ficará como legado da COP30 à capital paraense.
A inauguração apresenta duas mostras de destaque: “Amazônia”, de Sebastião Salgado — inédita na região Norte —, e “Ajurí”, exposição colaborativa que reúne artistas amazônidas e nomes de diferentes partes do país, em uma celebração da pluralidade cultural e estética da floresta.
O museu possui dois espaços para exposições (950 m² e 500 m²), loja, sala multiuso modular com capacidade para 130 pessoas e sala educativa de 77 m². A comissão curatorial do Museu das Amazônias reúne olhares complementares: a antropóloga e pesquisadora indígena Francy Baniwa, a ecóloga Joice Ferreira e a arqueóloga Helena Lima. Juntas, elas constroem uma narrativa que entrelaça ciência, tradição e memória, refletindo a complexidade do território amazônico.
O equipamento é implementado pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), conhecido pela atuação em museus de referência como o Museu do Amanhã (RJ) e o Paço do Frevo (PE), em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi, com quase 160 anos de produção científica. O museu integra o Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM) da Secretaria de Estado de Cultura do Pará.
Amazônia
No térreo, a exposição internacional “Amazônia”, do renomado fotógrafo Sebastião Salgado, ocupa o espaço com cerca de 200 imagens em preto e branco, fruto de sete anos de expedições pela região. As fotografias revelam a grandiosidade da floresta e a força das comunidades que nela habitam, propondo ao visitante uma imersão sensorial e reflexiva sobre a urgência da preservação ambiental e o respeito aos povos originários.
Com passagens por Paris, Londres e São Paulo, a mostra chega pela primeira vez ao Norte do Brasil, realizando um desejo antigo do artista.
Ajurí
No mezanino, a mostra “Ajurí” celebra a colaboração, a ancestralidade e o uso de materiais orgânicos característicos das Amazônias, como fibras de coco, taboa e miriti. O destaque é um móbile composto por mais de 1.500 animais de miriti, criado por artesãos de Abaetetuba, que paira sobre o espaço como símbolo de leveza e coletividade.
Reunindo oito instalações de artistas do Norte e de outras regiões do país, a exposição propõe um diálogo entre arte, território e matéria, por meio de pinturas, vídeos, esculturas e experiências imersivas que evocam a vitalidade e a sensorialidade da floresta.
Porto Futuro II
O Complexo Porto Futuro II reunirá cinco armazéns restaurados: Armazém Gastronômico (entrega em 4 de outubro), o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia (entrega em 7 de outubro) e a Caixa Cultural (abertura em 8 de outubro).
A construção do Porto Futuro II, onde o Museu das Amazônias está instalado, é fruto de uma parceria entre o Governo do Pará e a empresa Vale, como parte do programa Estrutura Pará.
Serviço
Museu das Amazônias Endereço: Armazém 4A, Complexo Porto Futuro II, bairro do Reduto, Belém Funcionamento: de quinta a terça, das 10h às 18h (última entrada às 17h). Fechado às quartas para manutenção. Entrada: gratuita até fevereiro de 2026. Horário especial: de 4 a 10 de outubro, das 10h às 20h.
Nos dias 11 e 12 de outubro, o museu estará fechado para o Círio de Nazaré.
Fonte e imagens: Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG)
Com projeto da Lilutz Arquitetura e ambientação de Marcus Ferreira, a flagship se torna vitrine de soluções para apartamentos de alto padrão
A Carbono inaugurou, no segundo andar de sua flagship em São Paulo, um estúdio decorado que expressa o morar brasileiro contemporâneo, unindo sofisticação e identidade. Com projeto arquitetônico do escritório Lilutz Arquitetura e Interiores e ambientação assinada pelo designer Marcus Ferreira, o espaço foi concebido como vitrine inspiradora para construtoras, incorporadoras e investidores que buscam soluções completas e diferenciadas para o mercado de alto padrão.
Com inspiração tropical contemporânea, o ambiente combina texturas naturais, paleta terrosa, marcenaria sob medida e móveis com curvas suaves, criando uma atmosfera acolhedora e sofisticada. Painéis de palhinha, divisórias em vidro canelado e iluminação intimista reforçam o caráter sensorial do projeto, enquanto o mobiliário 100% Carbono destaca o protagonismo do design brasileiro.
O Estúdio Carbono propõe uma nova abordagem para o mercado imobiliário, substituindo as tradicionais unidades “em branco” por soluções turnkey completas, que oferecem valor imediato, identidade e sofisticação, mesmo em espaços compactos. O ambiente será apresentado a parceiros estratégicos e permanecerá em exibição permanente no showroom, servindo como referência para apartamentos decorados e projetos residenciais de médio e alto padrão.
Responsável pela ambientação, o designer e empresário Marcus Ferreira fala da importância do projeto: “Este estúdio é uma síntese do que acreditamos: que o morar deve ser sensorial, inteligente e visualmente marcante. Criamos uma experiência tropical contemporânea, que representa o Brasil de forma sofisticada e ao mesmo tempo acessível para as novas demandas do mercado imobiliário urbano”, afirma.
CARBONO
www.carbonodesign.com.br @carbono._design
Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1618, Jardim América – São Paulo/SP
De segunda à sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 15h
Residencial erguido em Goiânia irá trazer uma área de lazer com 568 m², situada no 22º pavimento. A obra exigiu soluções inovadoras para garantir eficiência de itens como impermeabilização e acústica
Construir uma praça com 568 m², com bancos, pista de cooper, playground, pet place, espelho d’água e paisagismo, mas a 70 metros de altura, no 22º andar. Este foi o desafio da equipe de engenharia da Yutá, incorporadora responsável pelo residencial Urban Garden, que contará com uma praça suspensa, que além de todos os benefícios que uma área de lazer pode oferecer, trará para os seus futuros usuários uma vista única de Goiânia, cidade onde o empreendimento foi construído.
Localizado numa das regiões mais nobres da capital goiana, na Rua T-44, bem próximo à AV. T-2, no Setor Bueno, o residencial de 35 andares e com 191 unidades habitacionais, está prestes a ser entregue. O empreendimento traz apartamentos de um, dois e três quartos, com plantas de uma, duas e três suítes e metragens que variam de 47 m² a 137 m². À frente das obras está o engenheiro civil Elvis Henryque Marques Queiroz, que fala de alguns desafios que sua equipe teve ao construir a praça suspensa em um condomínio vertical, uma estrutura inédita em prédios residenciais de Goiás.
Uma das dificuldades enfrentadas pela equipe de engenharia foi a própria questão de logística para levar alguns materiais para o 22º andar. “Nós usamos cremalheiras, que é um sistema de elevador utilizado para transporte vertical de materiais e pessoas, e para itens mais pesados e maiores, nós usamos a grua. Muitas das estruturas e elementos dessa praça suspensa tivemos que subir a matéria prima e construir no local, como por exemplo as floreiras e os bancos”, explica o engenheiro.
Acústica perfeita Outro aspecto da construção da praça suspensa que mereceu atenção especial foi a questão do isolamento acústico, para que a área comum não impactasse os apartamentos vizinhos. “Para eliminar essa questão do barulho, usamos, tanto no forró dos apartamentos embaixo, quanto no piso da praça suspensa uma manta acústica, que é revestida com uma proteção mecânica, depois vem uma impermeabilização, em seguida outra proteção mecânica. Para os apartamentos de cima, além de termos um pé direito duplo, com seis metros de altura, nós usamos paredes revestidas com blocos cerâmicos mais espessos. Portanto, são várias camadas que foram utilizadas para se ter um isolamento acústico realmente eficiente”, detalha Elvis Henrique.
Além de um grande número de espécies vegetais que compõem o paisagismo, a praça suspensa do Urban Garden Residence terá um espelho d’água. Essa estrutura, junto com a questão da irrigação das plantas, foi outro desafio a ser equacionado pela equipe de engenharia da Yutá. “Fizemos um sistema de impermeabilização que precisou ser testado e retestado para garantir sua máxima eficiência. Portanto, além das mantas de impermeabilização que usamos em todo pavimento e nas floreiras, usamos um produto que a gente chama de antirraiz, que irá evitar com que as raízes dessas plantas não firam a estrutura do concreto.”, explica o engenheiro da Yutá, que também detalha que a praça suspensa terá um espelho d’agua. “Além desse espelho d’água teremos uma fonte no hall de entrada e a água que passará por essas estruturas será a mesma. Para isso, será usado um sistema de bombeamento para que a água circule”, diz o engenheiro.
Plantas certas e irrigação Elvis Henryque explica que para garantir uma impermeabilização ainda mais eficiente e a integridade da estrutura de concreto, foi necessário escolher para a praça suspensa espécies vegetais adequadas ao ambiente, além de contar com a ajuda da tecnologia de irrigação. “Buscamos escolher plantas que não tivessem raízes que agredisse a estrutura de concreto, porque mesmo aplicando no concreto esse tratamento antiraiz, dependendo para árvore ou do arbusto ele pode ter raízes muito fortes e que podem agredir a estrutura de concreto. Então, são plantas que foram pensadas justamente para esse local. Também são espécies que precisam nem tão pouca água e nem muita, mas o interessante é que a irrigação será toda automática. Isso é importante para termos esse controle da água, para que não seja em excesso e nem falte”, esclarece o engenheiro civil.
O que será também totalmente automatizado, segundo explica Elvis Henryque, é a iluminação do espaço de lazer situado nas alturas. “Usamos um sistema em que será possível programar para que as luzes se acendam e se mantenham acesas num determinado horário. Mas mesmo desligadas, não havendo iluminação natural o suficiente, o ambiente terá sensores de presença. Quando a pessoa estiver caminhando, caso esteja à noite, e já estiver desligado, as luzes se acendem automaticamente”, detalha.
Dois projetos apresentados na exposição “Princípios japoneses: design e recursos”, que esteve em cartaz na JHSP recentemente, estão presentes no Parque Ibirapuera
Sob o tema “Extremos: Arquiteturas para um Mundo Quente”, a 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, um dos fóruns mais importantes de discussão dos desafios emergentes da arquitetura e do urbanismo, estreou no último dia 18 de setembro, no Parque do Ibirapuera. Esta edição conta com a participação inédita da Japan House São Paulo com a apresentação de dois projetos japoneses de moradia sustentável que estarão em exibição na Oca: a icônica construção de tubos de papelão “Paper Log House”, criada pelo escritório do arquiteto Shigeru Ban (1957), e a cabana de junco, bambu e corda de sisal, feita pelo artesão Ikuya Sagara (1980).
Os projetos foram exibidos pela primeira vez no Brasil na exposição “Princípios japoneses: design e recursos”, que ocupou o térreo da JHSP até junho deste ano. Ambos evidenciam o conceito do “não desperdício” (parte da filosofia milenar japonesa “mottainai”), que serviu de inspiração para a mostra. Além dessas duas propostas arquitetônicas, a mostra reuniu outros 14 projetos de design, artesanato, têxteis, esporte e música, que propunham formas de aproveitamento máximo de recursos e materiais, minimização de desperdícios e menor impacto no meio ambiente, como apostas para um futuro mais sustentável.
O artesão Ikuya Sagara se baseia em abrigos tradicionais japoneses feitos principalmente de palha de arroz para criar a estrutura, aqui apresentada em junco, espécie cultivada em abundância no município paulista de Registro, além de bambu e corda, combinação que garante conforto térmico, boa insolação e ventilação; resistência à água, sendo ainda biodegradável. Por meio desse trabalho, Sagara explora as técnicas e a artesania japonesas ao mesmo tempo que reflete sobre a necessidade de ciclos responsáveis, capazes de estabelecer uma relação saudável com a natureza, regenerando-a para conservá-la.
Paper Log House. Foto: Thiago Minor.
Com uma proposta de servir de abrigo temporário em cenários de desastres naturais, a “Paper Log House” utiliza tubos de papel e painéis de madeira para construir uma estrutura fácil de montar e que pode ser executada em pouco tempo. A fundação é formada por engradados com sacos de areia, o que facilita a construção e oferece estabilidade, além de ser adaptável a diferentes contextos geográficos e culturais. Após o período na Bienal, a “Paper Log House” será levada para a FAU-USP para servir como objeto de estudo dos alunos.
Principios Japoneses Design e Recursos. Foto: Luciana Izuka.
Serviço
Japan House São Paulo na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo Período: 18 de setembro a 19 de outubro de 2025 Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Portão 2 – Moema, São Paulo, SP) Entrada gratuita. Mais informações em www.bienaldearquitetura.org.br
Dialogando com a história e o presente, residência não apenas atende às necessidades dos moradores, mas também se insere de forma respeitosa e elegante em seu contexto
Erguida em 2019 no Jardim Botânico, a apenas 20 minutos de Brasília, a Casa Papillon tem como destaque a ampla cobertura de quatro águas, elemento que orienta todo o projeto arquitetônico. Atendendo ao desejo dos clientes de resgatar a atmosfera das casas coloniais sem abrir mão da linguagem contemporânea, a residência de 370m², assinada pelo escritório Yi Arquitetos, combina tijolinhos aparentes e forro de madeira com a leveza da estrutura metálica e dos grandes panos de vidro, estabelecendo um diálogo equilibrado entre tradição e modernidade.
Se a cobertura é a protagonista, a coadjuvante seria a ampliação vertical do espaço de “estar”. A inclinação do telhado revestido em telhas Shingle permitiu a criação de uma sala íntima de TV no segundo pavimento, que é conectada à sala de estar social através do mezanino. Esses dois espaços fazem a interlocução entre o setor íntimo e social da casa.
O pedestre é recepcionado por um jardim de entrada, que por sua vez também é emoldurado por duas águas e brises com ripas horizontais que fazem o diálogo entre o externo e interno.
O setor íntimo foi organizado ao longo da lateral esquerda do lote. O corredor dos quartos, voltado para a piscina, recebeu um jardim vertical que funciona como um muxarabi natural, garantindo privacidade sem bloquear a vista. O recuo gerado pela implantação desse bloco prolonga a área social e de lazer, conformando uma ampla praça que se conecta ao mezanino — espaço pensado tanto para receber convidados quanto para desfrutar da paisagem de maneira mais reservada no cotidiano.
O espaço, pensado para os apaixonados por arte, design e cultura contemporânea, marca um passo importante na estratégia do MoMA de aproximar sua produção editorial de novos públicos
A Hyundai Card anuncia a abertura da Livraria MoMA como parte de sua colaboração com o Museu de Arte Moderna (MoMA). A livraria oferecerá uma seleção cuidadosa de publicações do MoMA e produtos da MoMA Design Store. Localizada na área do Dosan Park, perto de outros espaços da marca Hyundai Card, como a Cooking Library, Iron & Wood e Red11, o espaço é a prova da parceria de quase 20 anos entre a Hyundai Card e o MoMA.
O novo espaço abriga mais de 1.100 cópias de mais de 200 títulos diferentes, entre eles, estão catálogos exclusivos de exposições, livros de fotografia, design e arte contemporânea, além de publicações próprias do museu. Diferente de outras iniciativas de varejo do MoMA, o local é totalmente voltado para livros e catálogos. Trata-se de um ambiente único que amplia o acesso a conteúdos artísticos de referência internacional, oferecendo experiências que vão além da visita ao museu.
Além dos títulos, a livraria também abriga objetos de design e itens de lifestyle vindos diretamente da MoMA Design Store. Cada produto foi escolhido para refletir a visão curatorial do museu, unindo utilidade, estética e inovação. Entre os destaques estão edições limitadas, objetos de coleção e itens de culto da marca, como bonés da New Era e suéteres no estilo universitário. Essa seleção faz da loja não apenas uma livraria, mas também um espaço de lifestyle criativo.
A inauguração da Bookstore no mundo fora de Manhattan é um marco para a cidade de Seul, e também uma confirmação do status da capital como polo cultural. Com eventos, instituições e um público crescente interessado em arte e design, a cidade se consolida como destino natural para esse projeto.
Para o MoMA, o lançamento demonstra o compromisso em expandir sua presença internacional e oferecer novas formas de interação com a arte. Para Seul, a novidade reafirma seu papel como cenário vibrante de inovação e criatividade.