Projeto de Benedito Abbud Arquitetura Paisagística estimula valorização da paisagem de loteamento, promoção do bem-estar e valorização imobiliária
Localizado em Dourados, no Mato Grosso do Sul, uma região em pleno desenvolvimento, impulsionada principalmente pelo agronegócio, o Hectares Park & Resort é um loteamento da São Bento Incorporadora que nasce com a proposta de integrar arquitetura, urbanismo e paisagismo. Com área total de 900.000 m² e lotes que variam entre 900 e 1.800 m², o empreendimento destina uma parcela significativa do espaço às áreas verdes e aos equipamentos de lazer. Inserido em um contexto econômico favorável à expansão urbana e à valorização imobiliária, o Hectares aproveita esse cenário para consolidar-se como um novo marco no crescimento da cidade.
O projeto paisagístico, assinado pelo escritório Benedito Abbud Arquitetura Paisagística, foi concebido com foco no bem-estar, lazer e qualidade de vida, levando em consideração características do terreno, clima local e objetivos estratégicos da incorporadora. Um dos diferenciais foi o plantio de árvores já adultas como: palmeiras-imperiais, tamareiras, paus-ferro, jabuticabeiras e oliveiras, logo no início das obras. A escolha conferiu um efeito visual imediato, transformando o cenário de lotes ainda vazios em praças e alamedas já arborizadas, o que contribuiu diretamente para impulsionar as vendas e o sucesso do empreendimento.
“Com dezenas de estruturas de lazer e casas encantadoras, o paisagismo é protagonista no Hectares. Cada espaço foi pensado para envolver os moradores com o verde das árvores, o canto dos pássaros e as cores das flores — elementos que transformam o cotidiano em uma experiência singular.O paisagismo é parte da alma do bairro, que hoje se tornou referência em Dourados e em todo o estado de Mato Grosso do Sul.” – Pineca e Victor Messias, idealizadores do Hectares Park & Resort.
Foto: Hectares Park & Resort.
A distribuição dos espaços públicos no Hectares Park & Resort foi cuidadosamente planejada para que todos os lotes estivessem próximos de áreas de convivência e lazer. Ao longo do bairro, ciclovias, pistas de caminhada, áreas de ginástica e calçadas arborizadas garantem sombra e conforto nos percursos, incentivando o deslocamento a pé e a prática de atividades físicas no dia a dia.
“Nosso ponto de partida foi valorizar a escala humana e o contato com a natureza. No Hectares, buscamos criar paisagens que acolhem, conectam e promovem o bem-estar, desde o primeiro momento. O uso de árvores adultas e a criação de percursos sombreados foram escolhas estratégicas para garantir conforto ambiental e impacto visual imediato — um paisagismo que já nasce maduro e que se integra de forma orgânica à proposta urbanística do bairro.” – Equipe Benedito Abbud Arquitetura Paisagística
Foto: Hectares Park & Resort.
Entre os principais destaques do projeto está o lago ornamental artificial de 4 mil metros quadrados, concebido como um verdadeiro refúgio natural no coração do empreendimento. Com cerca de 3 milhões de litros de água e mais de 1.200 toneladas de pedras naturais, o lago combina beleza e funcionalidade. As margens foram cuidadosamente formadas com pedras de diferentes tamanhos, combinadas com um fundo de areia e vegetação aquática, criando um visual mais orgânico e acolhedor. O ecossistema abriga seis espécies de peixes nativos que atrai aves típicas do cerrado, além de favorecer um microclima mais fresco e agradável nos arredores. Sua superfície espelhada reflete a capela e a sede social, conectando natureza, arquitetura e bem-estar.
Complementando essa paisagem, o empreendimento também oferece uma série de espaços destinados ao lazer e à convivência, como praças, pergolados, gazebos, salões de festa, playgrounds e quadra de areia. Esses elementos foram distribuídos de maneira estratégica, estimulando encontros e fortalecendo o senso de comunidade entre os moradores.
A plataforma Casa e Mercado e Yes Eventos irão realizar em setembro, na estância turística de Atibaia, São Paulo, a primeira edição da Mostra Primavera Design 2025
Casa e Mercado é uma multiplataforma voltada à arquitetura, interiores e design. Yes Pesquisas e Eventos é empresa de pesquisas de mercado, eventos e feiras, entre as quais a Construexpo, voltada à Construção Civil. Em comum, empenho na produção de conteúdos relevantes para a arquitetura e construção. Juntas irão realizar, no período de 17 a 20 de setembro, a Mostra Primavera Design 2025, em Atibaia, estância turística de localização privilegiada, a menos de 60 km de São Paulo e área Metropolitana, Campinas e região e São José dos Campos e região, com uma população estimada de em torno de 26 milhões de pessoas. Não é pouco.
A Mostra Primavera Design 2025 se caracterizará como um circuito cultural imersivo, composto por palestras, oficinas, exposições, nos mais diversos suportes.
A sociedade contemporânea, hoje, se estrutura a partir do Consumo, Tecnologia e Comunicação
“Consumo não só em sua dimensão utilitária, mas também simbólica, na busca de certa imaterialidade, sendo suas vertentes, para lidar com desafios cotidianos, a saúde, a satisfação e realização pessoais, a felicidade e a esperança. Produtos descomplicados, simplificação da vida, condutas éticas mais elevadas por parte dos fornecedores e governos, sustentabilidade”, de acordo com Renato Marin, diretor comercial da plataforma Casa e Mercado.
Por entender o design como um suporte síntese, enquanto linguagem, da sociedade atual, esclarece: “busca-se hoje mudança de hábitos, novas aprendizagens, maior racionalidade, educação e conhecimento, estabelecendo-se, assim, nova tipologia de consumidores; busca-se, enfim, maior espiritualidade e o design é elemento agregador disso tudo.” Design enquanto desenho industrial, expressão formal de produtos industrializados, em maior ou menor escala, voltados ao mercado de consumo. Daí a importância da indústria como produtor do Design.
A Mostra Primavera Design 2025 buscará a visitação de arquitetos, designers de interiores, designers de produtos, estudantes, revendedores e também, claro, consumidores finais. E, para isso, contará com um vasto circuito de eventos simultâneos.
Eliane Dias, CEO da Yes Pesquisas e Eventos, parceira realizadora da Mostra Primavera Design, também responsável pela feira de negócios Construexpo, voltada para a construção civil, enfatiza: “estamos otimistas e nos sentindo abraçados por inúmeros parceiros com este evento incrível, o Primavera Design. O olhar cuidadoso para oferecer ao público uma experiência diferenciada, a aposta na localização privilegiada, Atibaia, são pontos alinhados com o propósito inclusive da Construexpo, embora posicionamento, objetivos e públicos distintos. Tenho certeza que o Primavera Design será transformador em vários aspectos”.
Eventos simultâneos inclusive na rede lojista local
As Lojas de Atibaia irão aderir ao circuito cultural da Mostra Primavera Design, enquanto setores do mobiliário, da moda, da gastronomia, por exemplo, as quais irão promover oficinas e experiências, em formatos cursos, desfiles, degustações gourmet, com curadoria dos organizadores, durante todo o período da Mostra imersiva. Em breve, o site Mostra Primavera Design irá informar calendário com todos os conteúdos e eventos.
Concurso para estudantes: Entremeios
A Mostra Primavera Design 2025 Atibaia irá contar com o apoio institucional de instituições de ensino para produção de conteúdos e para divulgação da mostra junto a estudantes. Irá também promover um concurso a estudantes, o qual está sendo elaborado por equipe de professores e profissionais sob coordenação da arquiteta Beatriz Pacheco, professora e coordenadora do curso de arquitetura do Centro Universitário UNIFAAT e coordenadora dos cursos de arquitetura e urbanismo da Universidade Paulista, graduada pelo Mackenzie, mestrado e doutorado em comunicação e semiótica pela PUC SP, com vários livros já publicados.
“A parceria entre a Unifaat e o Primavera Design configura-se como oportunidade para impulsionar a criatividade e a inovação na área do design, no Brasil como um todo. Nesse contexto, o concurso “Entremeios”, direcionado a estudantes de design, arquitetura e áreas correlatas, representa um compromisso com a sustentabilidade, desafiando os participantes a desenvolverem objetos com consciência ambiental. A importância desse concurso reside não apenas em promover o talento emergente nesses campos, mas também em estimular a reflexão sobre responsabilidades social e ambiental inerentes ao processo de produção do design. Ao incentivar a criação de objetos que considerem os princípios da sustentabilidade, estamos não apenas moldando o futuro do design, mas também abrindo caminhos para uma abordagem mais ética e consciente em relação ao meio ambiente”, declara Beatriz Pacheco.
Entremeios são espaços sem limites ou bordas, coisas sem começo ou fim definidos, a sugerir circularidades para a produção de novos sentidos. “Com o evento marcado para o início da primavera, há grandes expectativas em relação ao impacto que terá no cenário amplo do design. Além de proporcionar uma plataforma para exibição e reconhecimento de talentos dos participantes, o Primavera Design tem o potencial de inspirar mudanças significativas na forma como pensamos e praticamos o design. Esse evento promete não apenas celebrar a criatividade, mas também catalisar um movimento em direção a um design mais sustentável e responsável”, ressalta a arquiteta Beatriz Pacheco.
“A formação do engenheiro vai além da obtenção de um diploma: ela exige prática, convivência multidisciplinar e capacidade crítica”, pontua Vinicius Marchese, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea)
*Por Vinicius Marchese
A publicação do Decreto no 12.456, de 19 de maio de 2025, que dispõe sobre a oferta de Educação a Distância (EAD) por instituições de ensino superior na graduação, resultou em uma nova portaria — nº 378, da mesma data — do Ministério da Educação (MEC). O documento define os formatos aceitáveis para a formação profissional, e representa um avanço para a Engenharia brasileira ao estabelecer que os cursos da área devem ser ofertados em formato semipresencial, com pelo menos 40% de atividades presenciais e 20% de atividades presenciais ou síncronas — mediadas por tecnologia.
Trata-se de um passo importante — o primeiro, mas não o último — no processo de reequilibrar a formação entre o presencial e o virtual, especialmente em uma profissão que lida com a vida das pessoas e a infraestrutura do País. Precisamos entender, de uma vez por todas, que Educação é política pública. Ou mudamos a direção e a forma que a pensamos, ou não conseguiremos sustentar nem os projetos que temos hoje — o que dirá os que são necessários para o desenvolvimento do País.
Sabemos reconhecer o papel transformador do EAD na democratização do ensino brasileiro, que ampliou o acesso a diferentes públicos e regiões. O movimento surgiu com força nos últimos anos por uma necessidade de atender à demanda da própria população, que busca no formato um meio de se profissionalizar sem precisar se deslocar. Fora isso, foi o ensino a distância que possibilitou a continuidade do aprendizado diante da realidade complexa que a pandemia de covid-19 impôs a todos nós.
No entanto, para a Engenharia, o modelo não pode substituir a formação presencial. A atuação do engenheiro exige muito mais do que técnica aprendida por meio de ensino à distância. Nossa formação vai além da obtenção de um diploma: ela exige prática, convivência multidisciplinar e capacidade crítica. São áreas extremamente importantes e sensíveis e o ensino presencial é imprescindível para desenvolver essa sensibilidade e o senso da importância que esses profissionais têm para o Brasil.
Com uma atuação institucional consistente, levamos essa proposta ao Ministério da Educação e mantivemos um diálogo constante com as autoridades responsáveis pela regulação do ensino superior. Foi assim que os resultados começaram a aparecer: pela primeira vez, vimos o MEC, por meio da Diretoria de Regulação da Educação Superior (Dired), reconhecer que o ensino 100% remoto não é adequado à complexidade da formação em Engenharia.
Hoje, o Brasil forma apenas cinco engenheiros para cada mil habitantes — uma taxa muito aquém das principais economias globais. Nos Estados Unidos e no Japão, por exemplo, esse número chega a 25 engenheiros por mil habitantes. A consequência é um déficit técnico preocupante: segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), faltam atualmente cerca de 75 mil engenheiros. Junto a isso, somam-se universidades obsoletas que formam profissionais incapazes de solucionar problemas e de ter pensamento crítico.
Sim, é preciso repensar a forma como ensinamos Engenharia. Devemos buscar meios que dialoguem com os novos perfis de estudantes e aproveitem as ferramentas tecnológicas disponíveis – mas sem renunciar à qualidade da formação crítica e da vivência técnica. A Engenharia exige execução, multidisciplinaridade, capacidade analítica e sensibilidade para propor soluções viáveis, inovadoras e seguras.
Tanto o Decreto no 12.456/2025 quanto a Portaria no 378/2025 reconhecem esse princípio e abrem espaço para que continuemos aprimorando a Educação brasileira, de modo a valorizar tanto a inclusão quanto a excelência. Essa é uma prioridade do Sistema Confea/Crea. Seguiremos atuando para garantir que os órgãos reguladores mantenham o foco na formação responsável, estratégica e socialmente comprometida da área tecnológica.
Integrar educação e tecnologia é essencial — mas isso só faz sentido se for para ampliar horizontes sem comprometer a formação plena de quem será responsável por construir o futuro do país. A Engenharia exige essa seriedade. A sociedade merece essa garantia.
* Vinicius Marchese é engenheiro de telecomunicações e presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea)
Studio apresenta instalação que reúne imagens, textos e vídeos explicativos sobre o impacto da arquitetura e do design de interiores na saúde e bem-estar humano
Os arquitetos brasileiros, Nicholas Gennari e Roberto Racy, do Nar Design Studio, escritório premiado com sede em Miami, apresentam uma nova perspectiva sobre como o design de interiores e a arquitetura podem transformar o bem-estar físico e emocional na 7ª edição da Time Space Existence, que integra a programação da 19ª Mostra Internacional de Arquitetura, La Biennale di Venezia, que acontece de 10 de maio a 23 de novembro, em Veneza, na Itália.
Com atuação de destaque em projetos residenciais, comerciais e hoteleiros de alto padrão, o estúdio é reconhecido por suas soluções de design inovadoras e personalizadas, que aliam elegância estética à excelência funcional. A dedicação à criatividade e ao bem-estar nos ambientes projetados já rendeu à dupla diversos prêmios internacionais, consolidando o escritório como referência em design centrado no ser humano.
A convite do Centro Cultural Europeu, a dupla participa da exposição com uma instalação que reúne imagens, textos e vídeos explicativos, propondo uma reflexão sobre o impacto da arquitetura e do design de interiores na saúde e bem-estar humano. O escritório apresenta projetos próprios como exemplos dos princípios e filosofias de certificações como do WELL Building Standard e do LEED.
Residência SK. Imagem: Divulgação.
A certificação WELL adota uma abordagem holística que valoriza a qualidade do ar, a iluminação, conforto térmico, a acústica e a saúde mental como pilares para o bem-estar em ambientes construídos. Já o LEED promove práticas sustentáveis de design, construção e operação de edifícios, com benefícios ambientais, sociais e econômicos.
O projeto também se apoia no design biofílico, conceito que fortalece a conexão entre o ser humano e a natureza, e evidencia como a integração de elementos naturais à arquitetura pode impactar positivamente o humor, a produtividade e a saúde emocional.
Os visitantes são convidados a explorar os impactos significativos que ambientes bem planejados podem ter na vida cotidiana, com o design sendo apresentado como uma ferramenta dinâmica para o bem-estar e regeneração. Entre os recursos utilizados para criar atmosferas que inspiram calma e equilíbrio estão a Iluminação natural, a vegetação interna, o uso de materiais orgânicos, estratégias para redução de ruídos e poluentes, além de sistemas inteligentes de iluminação que se adaptam ao ciclo circadiano do usuário.
Estudos de caso e destaques de projetos apresentados:
Dois projetos residenciais do escritório ilustram essa abordagem, evidenciando a integração fluida dos conceitos de bem-estar e dos princípios do design biofílico ao design de interiores. As propostas ressaltam o papel essencial dos ambientes na promoção da saúde mental e física.
Juntos, esses projetos ilustram a diversidade de estilos arquitetônicos e filosofias de design capazes de incorporar, de forma eficaz, os padrões de bem-estar e os princípios do design biofílico. Ao fazer isso, os ambientes alcançam excelência estética e promovem saúde e bem-estar psicológico, reforçando uma abordagem holística da arquitetura que coloca a saúde humana no centro de cada decisão de projeto.
A Residência SK foi concebida como um refúgio contemporâneo que une sofisticação a elementos naturais. O projeto se destaca pelo uso de materiais sustentáveis e por uma paleta inspirada na savana, com tons terrosos e verdes profundos que criam uma atmosfera serena e acolhedora. Entre as soluções sensoriais, estão o forro esculpido sob medida, inspirado no movimento da água, e uma imponente parede de pedra natural na sala de jantar, que remete às cavernas dos cenotes.
Residência SK. Imagem: Divulgação.
Em contraste, o apartamento SV demonstra como o design biofílico pode ser interpretado em um contexto ultramoderno. O projeto combina os princípios do WELL, voltados à promoção da saúde, com curvas orgânicas ousadas inspiradas no movimento Art Nouveau, utilizando materiais sustentáveis como o Krion – uma superfície sólida reciclável e antibacteriana.
O apartamento também incorpora soluções avançadas de iluminação que se adaptam aos ritmos circadianos, alternando entre cenários vibrantes e serenos, refletindo uma abordagem futurista e, ao mesmo tempo, orgânica dos espaços residenciais.
Apartamento SV. Imagem: Divulgação.
Apartamento SV. Imagem: Divulgação.
Linha de Mobiliário Protótipo
Ao longo da jornada de pesquisa sobre design voltado ao bem-estar, os profissionais perceberam que os princípios aplicados em projetos como os apresentados geralmente ficam restritos a empreendimentos comerciais ou de grande porte. Essa constatação inspirou o desenvolvimento de uma linha de mobiliário protótipo, pensada para levar os conceitos amplos de design biofílico e bem-estar a ambientes mais íntimos e cotidianos.
Considerando que passamos cerca de 90% do tempo em espaços internos, torna-se essencial que os móveis não apenas complementem a estética dos ambientes, mas também contribuam para a qualidade ambiental dos interiores.
A exposição apresenta uma das peças da nova linha de mobiliário: a Chaise Mantis, criada para inspirar arquitetos, designers e visitantes, demonstrando como os princípios do bem-estar e do design biofílico podem ser incorporados de forma fluida ao mobiliário residencial. Seguindo os critérios das certificações WELL e LEED, as peças utilizam materiais com baixa emissão de poluentes e soluções inovadoras, como dutos com luz ultravioleta para purificação do ar, promovendo conforto físico, relaxamento mental e contribuindo ativamente para a criação de ambientes mais saudáveis. A peça foca em três aspectos fundamentais da qualidade ambiental interna:
Qualidade do ar e controle microbiano: Cada peça conta com sensores integrados de qualidade do ar, que fornecem feedback discreto e aumentam a percepção dos ocupantes sobre o ambiente. A integração de sistemas UVGI (Irradiação Germicida Ultravioleta) em componentes como dutos de ar embutidos atua no controle ativo de microrganismos, contribuindo para um espaço mais saudável. Além disso, são utilizados materiais como poliéster e nylon com revestimentos antimicrobianos sustentáveis, que inibem a proliferação de bactérias e fungos.
Conforto Acústico: A estratégia de design incorpora materiais com propriedades acústicas, como painéis estofados, que ajudam a reduzir a reverberação e a melhorar a privacidade sonora, minimizando os impactos cognitivos da poluição sonora. Sistemas de mascaramento de som, com alto-falantes ocultos, mantém um ruído de fundo suave e constante, reduzindo distrações. Chaises e poltronas também contam com tecnologia de cancelamento de ruído, utilizando sensores e alto-falantes embutidos que detectam vibrações e emitem sinais sonoros opostos, criando ambientes mais calmo e silenciosos.
Conforto Térmico: Os móveis são projetados para se adaptar à temperatura corporal e às condições do ambiente, com o uso de materiais termorreguladores e formas que favorecem a circulação de ar. Isso garante conforto contínuo, independentemente das variações climáticas externas.
Na visão dos arquitetos responsáveis pela instalação, este é um momento de transformação na forma como os espaços construídos são projetados. “Ao vislumbrarmos o futuro da arquitetura e do design de interiores, fica evidente que os princípios do WELL, do LEED e do design biofílico oferecem um caminho transformador para o setor”, afirma Nicholas Gennari. “Com esta exposição, queremos inspirar arquitetos, designers e urbanistas a adotarem essas filosofias centradas na saúde, promovendo uma nova era de arquitetura sustentável, voltada ao bem-estar”, completa Roberto Racy.
Chaise Mantis. Imagem: Divulgação.
SERVIÇO
Exposição: Time Space Existence – 19ª Mostra Internacional de Arquitetura da La Biennale di Venezia
Curadoria: Centro Cultural Europeu
Pré-abertura: 8 e 9 de maio
Período de visitação: 10 de maio a 23 de novembro de 2025
Entrada gratuita | Aberto diariamente das 10h às 18h (fechado às terças)
Locais: Palazzo Michiel, Palazzo Bembo, Palazzo Mora e Marinaressa Gardens
Endereço: Strada Nuova 4391 30121 Veneza, Itália
Site oficial: https://timespaceexistence.com
Instagram: @ecc_italy
O formato triangular da cabana confere um caráter dinâmico e espontâneo à arquitetura, criando um refúgio aconchegante e sofisticado
Projetada para proporcionar uma experiência única de hospedagem em meio à natureza, a Cabana Piri, assinada pelo escritório 73.Onze Arquitetura, combina um design contemporâneo com a rusticidade da madeira, integrando-se de maneira harmoniosa ao terreno repleto de vegetação nativa em Trancoso, Bahia.
As fachadas principais, totalmente envidraçadas, garantem não apenas uma conexão visual fluida com a paisagem, mas também favorecem a ventilação cruzada, proporcionando um ambiente naturalmente fresco e agradável.
Pensada para uma execução ágil e eficiente, a cabana foi inteiramente construída em madeira de garapa, material escolhido por sua resistência, durabilidade e estética refinada. Diferentes perfis foram utilizados para se adaptar às exigências estruturais e de design do projeto.
O revestimento externo da cobertura foi executado com telha sanduíche, que além de sua leveza estrutural, contribui para o conforto térmico do espaço. Para aprimorar a acústica, foi incorporada lã de rocha na estrutura, assegurando isolamento e privacidade aos usuários.
O banheiro, por ser uma área molhada, recebeu uma laje interna para garantir maior durabilidade e estanqueidade.
“A verdadeira transformação está em enxergar a governança de dados como vetor de valor e confiança”, pontua Patricia Punder, advogada com expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance
Por Patricia Punder*
Vivemos uma era em que a informação se consolidou como ativo estratégico central para empresas de todos os setores. Com a aceleração das tecnologias digitais e a expansão da economia de dados, surge um novo desafio: alinhar práticas corporativas às exigências de uma regulação global cada vez mais complexa e convergente. Observo que a preparação para essa nova fase passa por um redesenho profundo da governança de dados.
As empresas precisam compreender que as regulações não são mais eventos locais, mas parte de um ecossistema global interconectado. O Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia deu o tom em 2018, seguido por leis como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no Brasil, o California Consumer Privacy Act (CCPA) nos Estados Unidos, a Lei Chinesa de Proteção de Dados (PIPL) na China e mais recentemente discussões avançadas sobre uma regulação única na Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e uma revisão do GDPR pela Comissão Europeia. Se trata de uma nova geração de normas que não apenas protegem dados pessoais, mas também impõem regras sobre inteligência artificial, transferência internacional de dados e segurança cibernética.
A Forrester, empresa de pesquisa e consultoria, realizou um estudo que mostrou que 70% das empresas planejam expandir sua governança de dados para abranger responsabilidade algorítmica e ética, além da privacidade, revelando que a governança de dados está deixando de ser apenas uma função de compliance para se tornar parte da estratégia de confiança digital e reputação das marcas. Já uma pesquisa da Gartner, empresa de pesquisa e consultoria em TI e negócios, enfatizou que até 2026, mais de 60% das grandes organizações terão programas formais de governança de IA, impulsionados justamente pela pressão regulatória global.
Diante desse cenário, vejo cinco pilares essenciais para empresas que desejam uma governança de dados resiliente e preparada para o futuro:
Governança global, Compliance local: A governança precisa ser pensada em camadas. No topo, um framework global unificado, que estabeleça princípios gerais de proteção e uso ético dos dados, como transparência, accountability e privacy by design. Em paralelo, deve haver compliance adaptado a cada jurisdição. O segredo está em mapear com precisão onde e como os dados são processados e alinhar essas operações às leis locais, sem perder a visão integrada do todo.
Data Stewardship como cultura corporativa: Não é mais suficiente ter um Data Protection Officer (DPO) ou um comitê de privacidade. A governança de dados precisa ser transversal, envolvendo áreas como TI, jurídico, compliance, recursos humanos e marketing. O conceito de data stewardship, ou seja, responsabilidade compartilhada pela qualidade e segurança dos dados, deve ser incorporado à cultura da empresa. Isso exige treinamento contínuo e métricas claras de responsabilidade.
Arquitetura técnica resiliente: Do ponto de vista tecnológico, as organizações precisam investir em arquiteturas que suportem requisitos regulatórios futuros, como a portabilidade de dados. Isso significa sistemas com capacidade de auditar, manter registros e rastrear dados, além de aplicar políticas de acesso e uso. A adoção de soluções baseadas em zero trust e criptografia avançada será cada vez mais mandatória.
Preparação para auditorias e certificações: As novas regulações indicam uma tendência clara: maior rigor na fiscalização e valorização de certificações internacionais, como ISO 27701 e NIST Privacy Framework. As empresas que desejam operar globalmente precisam estruturar processos para responder prontamente a auditorias regulatórias e conquistar certificações que funcionem como selo de conformidade. Esse preparo inclui desde relatórios automatizados até simulações periódicas de incidentes.
Ética e responsabilidade social dos dados: Mais do que obedecer à lei, a governança de dados do futuro terá que responder às expectativas sociais sobre ética digital. Com o avanço da IA e da análise preditiva, surgem debates sobre discriminação algorítmica, vigilância e manipulação comportamental. As empresas que se posicionarem de forma proativa, com comitês de ética em dados, políticas claras sobre uso de IA e compromissos públicos com a proteção dos direitos fundamentais, terão uma vantagem competitiva e reputacional em relação as suas concorrentes.
Entendo que conformidade regulatória é um ponto de partida, não o destino final. A verdadeira transformação está em enxergar a governança de dados como vetor de valor e confiança. As corporações que compreenderem isso hoje, estarão preparadas para navegar com segurança e vantagem estratégica na economia digital global. O futuro da governança de dados não pertence aos que resistem à regulação, mas aos que a antecipam e a transformam em diferencial competitivo.
*Patricia Punder, é advogada e compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020.
Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patricia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil).
Exposição que ocupa o Pavilhão do Brasil reflete sobre recentes descobertas arqueológicas do território amazônico e as condições socioambientais da cidade contemporânea
A Fundação Bienal de São Paulo apresenta a participação do Brasil na 19a Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia com (RE)INVENÇÃO, que ocupa o Pavilhão do Brasil de 10 de maio a 23 de novembro de 2025, em parceria com o Ministério da Cultura e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Com curadoria dos arquitetos Luciana Saboia, Eder Alencar e Matheus Seco, do grupo Plano Coletivo, o projeto explora a relação dinâmica entre natureza, infraestrutura e prática arquitetônica, abordando as urgências socioambientais da vida urbana contemporânea, propondo um olhar para o Brasil atual, explorando como a arquitetura pode ressignificar territórios urbanos e fomentar práticas mais sustentáveis.
A exposição se desenvolve em dois atos. O primeiro investiga as infraestruturas ancestrais da Amazônia, revelando como as populações indígenas moldaram paisagens há mais de 10 mil anos por meio de técnicas que integravam conhecimento técnico e manejo ambiental. Essas práticas representam uma ocupação equilibrada do território, oferecendo caminhos para repensar as infraestruturas urbanas atuais.
O segundo ato desloca o foco para o Brasil contemporâneo, explorando as nuances das relações entre arquitetura e infraestrutura, assim como as possibilidades de ressignificação da cidade a partir de uma curadoria de pesquisas, processos e práticas em arquitetura. Dessa forma, foca-se o olhar para a possibilidade de reconhecimento e valorização de estratégias e operações projetuais “encapsuladas” na engenhosa produção existente, herdada e apropriada.
“Hoje, sabemos que os povos ancestrais da Amazônia se organizavam em populações muito maiores do que se imaginava anteriormente. As florestas da região são, em grande parte, resultado direto da ação humana, fruto de uma ocupação equilibrada e do manejo cuidadoso da vegetação, em contraste com o modelo predominante na Amazônia atualmente, que com frequência reduz a paisagem a um cenário de devastação.” – Matheus Seco, Plano Coletivo.
A Plataforma-Jardim, uma das estratégias na exposição, retrata como uma estrutura linear com jardim em toda a sua extensão, que anteriormente necessitava de constante irrigação, foi substituída por espécies nativas ou adaptadas à temporalidade do Brasil Central. O jardim naturalista de flores, capins e plantas savânicas nasce, cresce, floresce e seca acompanhando a sazonalidade do bioma do Planalto Central em uma grande plataforma existente de estrutura pré-moldada em concreto protegido. Seguindo essa lógica, outras estratégias são expostas como ações projetuais inventivas que se apropriam do existente, criam identidades e fazem do espaço construído uma oportunidade para se reinventar como realidade.
“Propomos um entendimento de infraestrutura que vai além de sua dimensão física e utilitária, considerando também seu caráter simbólico e social. Na curadoria, destacamos estratégias de projeto que possibilitam múltiplos usos e adaptações ao contexto, buscando transcender a análise de casos específicos para refletir sobre soluções aplicáveis a diferentes realidades” – Eder Alencar, Plano Coletivo.
O espaço da exposição foi projetado pela equipe curatorial a partir de elementos mínimos que se utilizam da estrutura do Pavilhão do Brasil como suporte para reconfigurar seus espaços internos. Na primeira sala, todos os elementos da instalação se apoiam no chão. Na segunda, a instalação é construída a partir do equilíbrio de painéis de compensado, pedras usadas como contrapesos e cabos de aço que formam um sistema que, percorrido por forças de ação e reação, mantém-se suspenso e estável. Dessa forma, os materiais da instalação podem ser remontados ou reciclados em novas formas de aproveitamento após a exposição.
Já Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, aponta que o conceito curatorial e o projeto arquitetônico de Saboia, Seco e Alencar trazem uma reflexão fundamental sobre a urgência climática e a necessidade de repensarmos nossa relação com o meio ambiente. “(RE)INVENÇÃO nos convida a aprender com as práticas ancestrais, explorando a simbiose entre humanos, terra e natureza como um caminho para um futuro mais sustentável. A participação do Brasil na Bienal de Veneza, fruto de uma parceria frutífera com o Governo Federal, destaca a importância de estratégias que conciliam um compromisso real com o planeta.”
A mostra dialoga diretamente com o tema geral desta edição, intitulada Intelligens. Natural. Artificial. Collective., proposto pelo curador italiano Carlo Ratti, que convida os países participantes a refletirem sobre a intersecção entre inteligência natural e artificial, compreendendo esses dois eixos como parte de uma esfera expandida que integra arte, engenharia, biologia, ciência de dados, ciências sociais e políticas, ciências dos sistemas planetários e outras disciplinas – ligando cada uma delas à materialidade do espaço urbano. A proposta brasileira responde a essa provocação ao examinar como as diferentes formas de conhecimento – tanto ancestrais quanto contemporâneas – moldam os territórios e as dinâmicas urbanas.
A prerrogativa da Fundação Bienal de São Paulo na realização da representação oficial do Brasil nas bienais de arte e arquitetura de Veneza é fruto de uma parceria de décadas com o Governo Federal, que outorga à Fundação Bienal a responsabilidade pela nomeação da curadoria e pela concepção e produção das mostras em reconhecimento à excelência de seu trabalho no campo artístico-cultural. Organizadas com o intuito de promover a produção artística brasileira no mais tradicional evento de arte do mundo, as exposições ocorrem no Pavilhão do Brasil, projetado por Henrique Mindlin e construído em 1964. A Fundação Bienal de São Paulo agradece seus patrocinadores máster: Itaú, Bloomberg, Bradesco, Petrobras, Instituto Cultural Vale, Citi e Vivo.
Serviço
Pavilhão do Brasil na 19a Mostra Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia
Comissária: Andrea Pinheiro, Presidente da Fundação Bienal de São Paulo
Curadoria: Luciana Saboia, Eder Alencar e Matheus Seco [Plano Coletivo]
Colaboradores: André Velloso, Carolina Pescatori, Cauê Capillé, Daniel Mangabeira, Guilherme Lassance,
Henrique Coutinho, Sérgio Marques [Plano Coletivo]
Local: Pavilhão do Brasil
Endereço: Giardini Napoleonici di Castello, Padiglione Brasile, 30122, Veneza, Itália
Data: 10 de maio a 23 de novembro de 2025
Pré-abertura: 8 e 9 de maio
Sob o slogan “Sua Casa, o Melhor Lugar do Mundo!”, a WolyCasa inaugura uma nova fase, mais aspiracional e conectada às necessidades do consumidor moderno
O Grupo Rojemac dá mais um passo estratégico para consolidar sua posição como um dos principais importadores de utilidades domésticas, presentes e decoração do Brasil. Detentora das marcas Wolff e Lyor, a empresa anuncia o rebranding do seu e-commerce Woly, que agora passa a se chamar WolyCasa.
A nova identidade está mais alinhada com os desejos e intenções do consumidor contemporâneo. O novo nome simboliza estilo, conveniência e confiança, tornando cada escolha única e marcante. A mudança vai além da logomarca ou da paleta de cores, representando uma transformação completa na identidade visual e na experiência digital da marca. O site aposta em uma navegação mais intuitiva, que facilita a localização dos produtos e ainda traz inspirações para os clientes.
A WolyCasa segue com a missão de oferecer um mix completo de produtos para todos os momentos e estilos de vida. Com mais de 8 mil itens selecionados, reúne a sofisticação da Wolff e a praticidade da Lyor, abrangendo categorias como Mesa Posta, Bebidas Quentes, Bar em Casa, Faqueiros & Talheres, Panelas & Frigideiras, Utensílios de Cozinha, Decoração, Mobiliário, Organização, Acessórios, Limpeza do Lar e Utilidades de Uso Pessoal.
Além da variedade de produtos, a excelência operacional continua sendo um diferencial da marca. Com um Centro de Distribuição exclusivo em São Paulo e uma equipe dedicada, a WolyCasa assegura qualidade e eficiência em cada entrega, proporcionando uma experiência de compra simples, rápida e descomplicada.
O rebranding reafirma o compromisso da marca em ser referência em utilidades domésticas, presentes e decoração no Brasil. A nova identidade reforça a visão da WolyCasa de inspirar pessoas em seu dia a dia e em ocasiões especiais, trazendo mais praticidade e elegância para os lares brasileiros.
Com o slogan “Sua Casa, o Melhor Lugar do Mundo!”, a WolyCasa inaugura uma nova fase, mais aspiracional e conectada às necessidades do consumidor moderno. Este é um novo capítulo na trajetória da marca, que continua a evoluir e a oferecer uma curadoria exclusiva para transformar cada casa em um espaço único e cheio de personalidade.
Fuorisalone reafirmou seu protagonismo como território criativo onde o design è uma linguagem de resistência e reinvenção
Entre os dias 8 e 13 de abril, Milão foi palco da 63ª edição do icônico Salone del Mobile.Milano, o maior evento global de design e mobiliário. Com mais de 2 mil expositores de 37 países, a feira apresentou inovações que refletem as transformações do setor e antecipam as demandas do mercado contemporâneo.
Sob o tema “Thought for Humans” (Pensamento para Humanos, em tradução livre), o Salone 2025 enfatizou a criação de ambientes que priorizam o bem-estar e a conexão emocional. Materiais naturais e sustentáveis, como madeiras claras e tecidos recicláveis, dominaram os estandes, evidenciando o compromisso da indústria com práticas ecológicas. As formas orgânicas e curvas suaves em móveis e acessórios reforçaram a busca por harmonia e conforto nos espaços.
A adaptabilidade dos móveis foi uma tendência marcante, com soluções que atendem às necessidades de espaços compactos e multifuncionais. Mesas extensíveis, divisórias que se transformam em estantes e designs modulares refletem a dinâmica da vida contemporânea e a importância da versatilidade no mobiliário.
63ª edição do Salone del Mobile.Milano. Imagem: Juliana Pinheiro.
O olhar brasileiro sobre Milão
A ForMóbile – Feira Internacional da Indústria de Móveis e Madeira – reforça sua conexão com o design global por meio da ForMóbile Digital, plataforma que acompanha de perto os principais movimentos do setor. Nesta edição do Salone, a colunista Fah Maioli destacou, em seu artigo “Fuorisalone em tempos de glocalização”, uma transformação nas relações entre indivíduos e objetos. Para ela, as marcas compreenderam que, mais do que seguir modismos passageiros, precisam propor peças atemporais e modulares, com significado e propósito. Essa percepção conecta-se diretamente ao comportamento da Geração Z e dos millennials mais jovens, que buscam narrativas envolventes, experiências digitais e peças versáteis, trocando o desejo de posse por uma relação fluida, sensorial e adaptável com o design.
“Para além da estética superficial, este evento revelou transformações profundas nas dinâmicas econômicas, comportamentais e psicológicas que estão reconfigurando nossa relação com o design contemporâneo. O momento atual – imerso em crises de todos os tipos – transcendeu o simples lançamento de produtos ou a ocupação de espaços visíveis. Aqui, tratou-se fundamentalmente de comunicar um posicionamento, cultivar conexões genuínas e proporcionar experiências que ressoem com a sensibilidade do público — exatamente o que o Fuorisalone tem possibilitado com maior liberdade e expressividade poética. O objeto de design tornou-se um agente de expressão identitária em constante mutação, refletindo valores sociais emergentes“, pontua Fah Maioli.
63ª edição do Salone del Mobile.Milano. Imagem: Juliana Pinheiro.
Conexão com o mercado nacional
As inovações apresentadas em Milão têm impacto direto no mercado brasileiro, especialmente na ForMóbile, que ocorrerá de 30 de junho a 3 de julho de 2026, em São Paulo. O evento é referência na América Latina e reúne os principais players do setor para apresentar tendências, tecnologias e soluções para a indústria moveleira.
“O Salone del Mobile.Milano é uma vitrine das tendências que influenciarão o design de móveis nos próximos anos. Na ForMóbile, buscamos trazer essas inovações para o contexto brasileiro, adaptando-as às particularidades do nosso mercado e promovendo o desenvolvimento da indústria nacional“, afirma Tatiano Segalin, show manager da ForMóbile.
A ForMóbile 2026 promete ser um espaço de convergência entre as tendências globais e as necessidades locais, impulsionando a inovação e a competitividade da indústria moveleira brasileira.