Como casa de colecionador

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Pioneira em sua área no Rio de Janeiro, galeria de design pretende apresentar peças exclusivas em mostras temporárias.

 

Sob o olhar afiado e experiente do jornalista, publicitário e curador Sergio Zobaran, nasceu em maio deste ano a galeria de design gozto, que propõe inundar seus espaços expositivos com a originalidade, a autenticidade, a exclusividade e a excelência do design autoral ou anônimo, nacional ou internacional, contemporâneo ou vintage. 

Localizada no Largo do Boticário, a galeria ocupa todo o térreo de um prédio tombado de 1840, que foi por 31 anos o atelier do artista plástico pernambucano Augusto Rodrigues, agitador cultural do Boticário e criador da Escolinha de Arte do Brasil. 

Segundo Zobaran, a proposta é apresentar o melhor do design exclusivo, dando preferência às peças únicas ou de edições limitadas, numeradas e/ou assinadas. Não somente móveis, mas “buscar também o diálogo com a arte, o que já tem sido uma demanda de alguns artistas plásticos consagrados e, aliás, muito bem aceita pelos designers”, comenta o curador. De acordo com ele, a gozto surgiu de um tripé básico: nome, lugar e paixão. 

O nome foi uma sacada à parte, algo que nasceu da impossibilidade do registro do substantivo comum “gosto”. Zobaran esclarece: “A corruptela gozto, com z, se materializou no logo simples e bonito que minha filha Antonia Zobaran, publicitária, desenhou – e achou que o Z no meio, o “gosto com z”, funcionaria bem por conta da letra inicial de nosso sobrenome espanhol. O nome é afinal sobre tudo o que gosto”. 

 

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A gozto é uma galeria diferente: ambientes repletos de arte e mobiliários assinados, além da área expositiva, para acolher seus clientes e colecionadores.

 

O Largo do Boticário, no bairro do Cosme Velho, foi revitalizado pela primeira vez nos anos 1930/40 pelo casal Paulo Bittencourt, pois Silvia, sua mulher, idealizou ali um canto do Rio Antigo. “Encontrar nos classificados do jornal o porão de uma casa tombada de 1840, logo na entrada do Beco do Boticário, onde já foi o ateliê de um grande artista, parecia, no mínimo, pertinente e emblemático. A atual revitalização das casas do Largo pelo grupo hoteleiro francês Accor foi o empurrão final”, comenta Zobaran. 

O curador também nos conta que a concretização do espaço partiu do conteúdo, “da excelente aproximação com as famílias de grandes arquitetos que desenhavam móveis, e que hoje classificamos como designers”, elucida. Zobaran aposta que parceiros – investidores, colecionadores, empresas – virão junto e proporcionalmente com a capacidade de produção, exposição e crescimento potencial do business da gozto

Em outubro e novembro de 2021, galeria ganhou um preview como um dos espaços externos à sede da primeira edição da mostra Modernos Eternos Rio, com a exposição Oásis, do designer Maximiliano Crovato, que também assinava a cenografia do local. Após alguns eventos, a gozto estreou na SP Arte, setor de design, em abril de 2022. Em maio, em sua sede, ocorreu a exposição Patuzzi, Crovato & gozto, com peças de mobiliário do italiano Gianni Patuzzi e de Maximiliano Crovato novamente – a mesma que esteve na SP Arte sob o nome Patuzzi, Crovato & Italia. 

 

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Maximiliano Crovato assinou, para a gozto, a instalação “Sala de Jantar Gozto”, em sua estreia na sétima edição da mostra Modernos Eternos BH.

 

Em junho partimos para Belo Horizonte, onde o parceiro Crovato assinou a instalação Sala de Jantar Gozto, com 75m2, na mostra Modernos Eternos BH. Ainda em junho voltamos ao Largo abrindo a exposição Iorubá, de Zanini de Zanine, que ali permaneceu até final de setembro”, comenta o curador. A próxima empreitada é a representação exclusiva para as praças Rio e BH, da JLD – Jaime Lerner Design, com lançamento que merece uma exposição à altura de seu trabalho de peso – quando o arquiteto e urbanista se aprofundou também no design. 

Enfim, para além de todos os passos ousados, confiantes e certeiros, retomando aquele tripé: e a paixão? “Desde sempre pelo design brasileiro, que admirava desde os anos 1960 quando era vizinho da loja Oca, no Rio de Janeiro, ainda criança”, finaliza Zobaran.

 

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Por Redação
Imagens: André Nazareth  e divulgação

 

Primeira Smart City do Brasil conta com tecnologia de mobilidade da Engineering

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São José dos Campos renova contrato com a empresa de Tecnologia da Informação para manter sistema INFOBUS, que disponibiliza informações sobre as linhas de ônibus municipais.

 

São José dos Campos, que fica a 87 km de São Paulo, se tornou, no começo de 2022, a primeira Smart City do Brasil a ser certificada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A cidade passou por um processo rigoroso, que levou em consideração 276 indicadores contidos em setores como serviços urbanos, qualidade de vida e práticas sustentáveis. A certificação tem como principal objetivo não apenas destacar os fatores de aplicação tecnológica, como também detectar as boas práticas de gestão que contribuem diretamente na qualidade de vida da população. Apenas 79 cidades no mundo possuem essa certificação.

Um dos indicadores para chegar a essa classificação é a mobilidade urbana. A prefeitura de São José dos Campos conta, desde 2014, com a parceria da Engineering, companhia global de Tecnologia da Informação e consultoria especializada em Transformação Digital, que é responsável pelo sistema INFOBUS de registro das linhas, rotas, locais de embarque e desembarque e quadro de horários do transporte público. Em 2022, o contrato entre o órgão público e a empresa de tecnologia foi renovado por mais 12 meses. Para Rodolfo Alves, chefe da divisão de planejamento de transporte da prefeitura de São José dos Campos, o sistema também apoia nas questões de sustentabilidade, já que a ferramenta auxilia no desenho de novos trajetos. O usuário tem informação de previsão de chegada de acordo com a tabela horária

“A população tem acessado o que acontece na operação do ônibus e tudo que facilita para se deslocar por meio do Google usando o smartphone ou mesmo pelo computador. O usuário consegue checar que horas o ônibus vai passar. Além disso, há também um sistema de bilhetagem eletrônico e GPS instalados nos carros para abastecer os sistemas e informar o cidadão joseense, que é exigente” – Rodolfo Alves, chefe da divisão de planejamento de transporte da prefeitura de São José dos Campos.

 

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São José dos Campos conta com 101 linhas em operação, sendo 328 ônibus rodando em cerca de 2.500 pontos, com cerca de 130 mil pessoas usando diariamente o transporte público. “O sistema é conectado ao Google Maps via API (Interface de Programação de Aplicativos) e possibilita, além das informações sobre a cadeia de transporte, a alteração de rotas em casos de interdições de vias por causa de obras, quedas de árvores, semáforos em flash e eventos, entre outros”, explica Wanderson Magalhães, account do mercado de Transporte e Trânsito da Engineering.

O INFOBUS nasceu na época da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, com a necessidade de levar os torcedores até os estádios. “Antigamente, a atualização de rotas de ônibus era algo feito anualmente, mas, com o advento do GPS e dos smartphones, esse processo passou a ocorrer em tempo real. O sucesso do sistema na Copa foi tão expressivo que possibilitou a adesão para cidades como São José dos Campos”, finaliza Fernandes, acrescentando que hoje o sistema também está disponível em Belo Horizonte, Ribeirão Preto e Rio de Janeiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagem: Divulgação Engineering

 

Barueri entra na rota das artes e do turismo com recém-inaugurado complexo cultural Praça das Artes

prefeitura inaugura praca das artes o maior e mais moderno complexo cultural da regiao

Com 22 mil m2 de construção, local tem projeto arquitetônico assinado por Ruy Ohtake. Além da infraestrutura pensada na formação profissional de alta qualidade em teatro, música e dança, a Praça oferece cursos, workshops e apresentações artísticas.

 

Às margens da rodovia Castelo Branco – uma das principais rodovias do país, uma infraestrutura moderna, curvilínea e de cor predominantemente amarela chama a atenção de quem passa: é o novo complexo cultural Praça das Artes, localizado em Barueri (SP). O lugar, recém-inaugurado, tem potencial para se tornar um dos mais requisitados do roteiro artístico, arquitetônico, turístico e cultural do país.

Projetado por Ruy Ohtake (1938-2021), uma das principais referências em Arquitetura do Brasil e do mundo, o último trabalho do profissional, a Praça das Artes, foi criada para ser uma área de experimentação, intercâmbio, formação e difusão de arte e cultura, ou seja, um lugar de convívio e de troca de conhecimentos.

Segundo o secretário de Cultura e Turismo de Barueri, Jean Gaspar, a cidade sempre buscou valorizar e democratizar o acesso à arte, por meio de cursos, palestras, formação profissional ou de apresentações artísticas. “No entanto, precisávamos de uma estrutura adequada para receber espetáculos e unir todas as disciplinas artísticas que estavam pulverizadas na cidade, assim valorizando ainda mais os talentos que temos na região.

A Praça tem uma infraestrutura que permite a troca e interação entre os alunos de diferentes modalidades e se consolida como centro de preparo, ensino e apresentação da arte” – Jean Gaspar, secretário de Cultura e Turismo de Barueri.

O complexo tem 22mil m2 de área construída distribuída em cinco pavimentos, sem contar o mezanino e tem capacidade de atender 10 mil alunos nos cursos de dança, teatro, música e artes visuais, entre outras atividades artísticas. As salas de música estão equipadas para aulas individuais e coletivas. “A Praça tem uma estética moderna, que aproveita a luz natural na maior parte dos seus espaços. A área externa, de quase 2 mil m2, já recebeu espetáculos, como o ballet aéreo e apresentações de dança. O complexo ainda possui um palco aberto, que foi projetado para apresentações gratuitas que podem ser assistidas de qualquer um dos andares”, diz Jean.

Um espaço do centro cultural que merece destaque é o teatro: com capacidade para 963 pessoas, contempla palco de 490 m2, um dos maiores do Brasil, fosso para orquestra com até 80 músicos, cenário, backstagefoyer térreo e superior. A estrutura, desenvolvida com iluminação e acústica de última geração, está preparada para receber grandes espetáculos.

 

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Ecossistema das artes

A Praça das Artes está ingressando no circuito nacional das principais apresentações artísticas – em um mês trouxe uma série de atrações, entre eles, Zizi Possi, o maestro João Carlos Martins e o espetáculo Barnum.

Além dessa frente, a Praça é um centro de excelência para formação artística profissional e, hoje, conta com 755 alunos de música, dança e teatro. ”A Praça das Artes, vem para somar e ampliar o atendimento já existente. Hoje, atendemos cerca de 6 mil alunos em diversas estações culturais localizadas nos bairros da cidade. Com a Praça, vamos ampliar esse atendimento em 70% já neste ano”, explica o secretário de Cultura.

Para 2023, já estão abertas 4863 novas vagas na Praça das Artes, o objetivo é chegar a 10 mil quando o novo complexo cultural estiver operando com toda sua capacidade, em cinco modalidades: dança, música, teatro, artes visuais e circo. Com a inauguração da Praça, Barueri contará com mais 278 turmas de formação profissional e será palco de cursos, palestras e workshops.

 

A Praça das Artes em números
  • Área construída: 22 mil m2
  • 1 Teatro para 963 pessoas e com capacidade para uma Orquestra de 80 músicos;
  • 1 Palco aberto
  • 1 Auditório para 130 pessoas;
  • Espaços Multiculturais espalhados pelos andares;
  • Espaço de Convivência;
  • 12 Salas de Aula para Música;
  • 12 Salas de Aula para Oficinas de Artes Visuais e Plásticas;
  • Local aberto para Oficinas de Cenários, Figurinos e Artesanato;
  • 5 Salas de Aula de Dança;
  • 3 Salas de Aula de Teatro;
  • 1 Sala Multimídia;
  • 1 Espaço de Leitura;
  • 6 Salas para Meetings e Palestras;
  • 283 vagas de estacionamento para carros e motos
  • 42 vagas para bicicletas
  • Local com acessibilidade.
  • 278 novas turmas de formação profissional para 2023, com 4863 alunos

 

Serviço

Praça das Artes
Local: Rua Ministro Raphael de Barros Monteiro, no Jardim dos Camargos, 225 – Jardim dos Camargos, Barueri
Horário de funcionamento dos cursos e oficinas: Segunda a sexta – 08:00–17:00
Horário de funcionamento para as apresentações artísticas: verifique a programação no Guia Cultural de Barueri.

 

 

 

 

 

 

Fonte: GBR
Imagens: Divulgação

 

Camuflagem Natural

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Chalé da Mata com projeto da Macro Arquitetura é puro aconchego ao valorizar elementos naturais num estilo rústico.

 

O projeto residencial Anexo Chalé Mairiporã levou um ano até ser construído com arquitetura da Macro Arquitetos, dos sócios Carlos Duarte e Juliana Nogueira em Mairiporã, cidade próxima a São Paulo.

Feito para um casal jovem que buscava um refúgio no campo próximo à capital, os clientes, que são do interior e viviam em São Paulo, tiveram a primeira filha quando a casa ficou pronta. Menos luxo e mais aconchego era a premissa para chegar ao morar que a família sonhava. Um outro pedido, segundo os arquitetos, foi para que a obra, de certa forma, se camuflasse na mata em meio aos muitos elementos naturais.

A ideia foi criar um espaço onde pudessem se reunir com amigos e familiares em volta de ambientes acolhedores, aconchegantes, sem divisões por paredes, somente por ambientes de uso, e que sempre que possível houvesse uma conexão visual com a natureza.  O principal desafio foi inserir no terreno a necessidade do programa sem ter que mexer em nenhuma árvore existente. Para isso, foram feitos diversos testes para que fosse possível preservar os ipês no gramado, a jabuticabeira e a pitangueira que ficaram no deck.

 

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Para definir o programa, o primeiro passo foi encontrar o espaço para inserir no terreno, na implantação existente. Toda parte que não necessitava de vista virou-se para a divisa do terreno, e o restante para a natureza.

Dividido em dois salões, o com pé direito mais alto ganhou a cozinha, sala de jantar, sala de estar e lareira, com acesso a uma grande porta que dá acesso ao deck e piscina, que ficam no meio da mata. Já na laje mais baixa está o salão de jogos. Atrás do volume da lareira ficou o lavabo, onde o acesso se dá pela sala de jogos e, no outro lado, a despensa e uma escada que dá acesso ao subsolo, onde há uma adega.

 

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Materiais como pedra, concreto, madeira e a inspiração nas casas de campo do Uruguai ajudaram na concepção. Todos os materiais usados são naturais, nada industrializado. Piso em cimento queimado, teto em concreto aparente, paredes revestidas em pedra, pilares revestidos em madeira carbonizada shou sugi ban, madeira de demolição nas prateleiras, deck em cumaru, esquadrias em ferro pintado de preto e parede branca com reboco rústico.

A arquitetura manteve a conexão visual entre os ambientes e adotou o máximo de transparência para trazer o verde da natureza para dentro da casa e as portas de serralheria usadas marcaram o quadriculado da paginação para a residência não ficar totalmente exposta.

 

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O projeto luminotécnico partiu da priorização de iluminação natural por todas as áreas. As portas são todas piso teto com abertura 100% do vão, trazendo muita ventilação e iluminação para a casa, utilizando o mínimo possível de pontos diretos no teto para valorizar a laje em concreto armado.

 

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Imagens: Victor Affaro

 

Museu do Futebol recebe selo de Carbon Free por neutralizar a emissão de carbono

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Instituição neutralizou a emissão dos gases realizando a plantação equivalente de árvores.

 

O Museu do Futebol, instituição do Governo do Estado de São Paulo, vem somando esforços para ser uma instituição cada vez mais sustentável e, por isso, recebeu o selo de Carbon Free ao neutralizar as emissões de carbono equivalente a um ano de operação através do plantio de árvores. No caso do Museu do Futebol, foram neutralizadas 52 toneladas de carbono, resultando em 1.040 m² de mata nativa restaurada e 174 árvores plantadas. O contrato deverá ser renovado anualmente, mantendo a política sustentável da instituição.

Todas as atividades de uma organização geram gases de efeito estufa, como consumo de água potável, energia elétrica, o tipo de transporte que os funcionários utilizam para chegar e sair do trabalho, entre outros. Estes dados são compilados em planilhas para calcular o quanto de gás é produzido por dia, mês ou ano. Assim, com este número, é feito o cálculo de quantas árvores terão de ser plantadas para compensar a emissão de carbono no período de um ano.

 

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Esta não é a única ação relacionada à sustentabilidade no Museu do Futebol. A organização social de cultura responsável pelo gerenciamento do museu, o IDBrasil, instituiu um Comitê Interno de Sustentabilidade, formado por funcionários, que visa planejar e implementar ações visando à sustentabilidade ambiental, econômica e social, tanto do Museu do Futebol quanto do Museu da Língua Portuguesa, gerenciado pela mesma OS.

“Este é um passo importante para nossos museus, que dessa forma encontram mais um pouco de conexão e comprometimento com a sociedade e com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU. Museus são instituições muito potentes e influentes em suas comunidades e devem ser exemplos para muito além de suas exposições”, diz a diretora executiva do IDBrasil, Renata Motta.

 

Museu do Futebol
Praça Charles Miller, s/n – Pacaembu – São Paulo
De terça a domingo, das 9h às 18h (entrada permitida até as 17h)
Toda primeira terça-feira do mês, até as 21h (entrada até 20h)
R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Crianças até 7 anos não pagam
Grátis às terças-feiras
Garanta o ingresso pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/78348/
Estacionamento com Zona Azul Especial – R$ 6,08 por três horas

 

 

 

Imagens: Luciano Mattos Bogado

Boulevard Urbano

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SP ganhará espaço de convivência na região da Paulista com mais de 400 árvores e mobiliário dos Campana.

 

Daqui a um ano, quando chegar aos 470 anos, a cidade de São Paulo ganhará um presente que a colocará no mapa internacional de exemplos de urbanização sustentável e mobilidade ativa: uma área verde de aproximadamente 10 mil m² na região da avenida Paulista, com mais de 400 árvores plantadas e mobiliário urbano assinado pelo premiado Estúdio Campana, dos irmãos Humberto e Fernando Campana. O boulevard dedicado à convivência, à cultura e à inclusão social será construído em um trecho das alamedas Rio Claro e das Flores e da rua São Carlos do Pinhal, e as obras terão início ainda no primeiro semestre de 2023.

O projeto batizado de “Sua Rua”, assinado pelo escritório Levisky Arquitetos I Estratégia Urbana e inspirado na movimentação que já ocorre nas maiores metrópoles do mundo para colocar o pedestre como o foco das atenções, é resultado de um acordo de cooperação entre a Prefeitura de São Paulo e a Associação São Paulo Capital da Diversidade (sem fins lucrativos). Ele conta com o apoio da Cidade Matarazzo e da Brookfield Properties, líder mundial em desenvolvimento e operação de ativos imobiliários de alta qualidade. O investimento, totalmente privado, para a implementação e a gestão do boulevard será de aproximadamente R$ 125 milhões.

O espaço de convivência e circulação terá uma nova iluminação pública com fios aterrados e de baixo consumo de energia, pavimentação artística e acessível com mesas, cadeiras e jardineiras criadas pelos irmãos Campana, e oferecerá wi-fi gratuito em toda a sua extensão. O local também terá quiosques para experiências gastronômicas feitas com ingredientes orgânicos e associadas a projetos de inclusão social.

 

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A arquiteta e urbanista Adriana Levisky, responsável pelo projeto, explica que o boulevard levará arte, cultura e educação ambiental de forma gratuita e acessível e servirá também como um espaço de descanso para quem transita diariamente pela região da Paulista — segundo a Associação Paulista Viva, o fluxo diário na região é de mais de 1 milhão de pessoas.

O espaço contará com intervenções urbanas, exposições temporárias, áreas de contemplação e repouso e oferecerá conteúdo educativo sobre o meio ambiente — por exemplo, o público conhecerá um pouco mais de cada espécie de árvore que será plantada ali e também curiosidades sobre a fauna e a flora e as comunidades indígenas da Mata Atlântica.

Para Alexandre Allard, empresário que integra a Associação São Paulo Capital da Diversidade e é o fundador da Cidade Matarazzo, o “Sua Rua” vai “trazer a natureza de volta para a cidade, mostrar como a natureza muda a nossa vida, impacta a felicidade e, mais do que isso, trazer eficiência e quebrar a rotina de estresse numa região tão movimentada como a da Paulista”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Cobogó RP
Imagem: Divulgação Levisky Arquitetos I Estratégia Urbana

9 tons de branco: a nova colaboração Sherwin-Williams e Pedro Franco

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Coleção reflete sobre todos os sentimentos, nuances e possibilidades da cor branca.

 

A Sherwin-Williams, líder global na fabricação, distribuição e comercialização de tintas e vernizes, presente no Brasil há mais de 78 anos, se uniu a Pedro Franco, um dos maiores designers do país, para o lançamento da coleção 9 tons de branco. Na nova coleção, a marca oferece uma seleção de cores dentro do leque ColorSnap, escolhidas pela curadoria cuidadosa e afetiva de Pedro Franco, que tem como principal objetivo refletir sobre todos os sentimentos, nuances e possibilidades da cor branca.

“Esse trabalho permitiu trazer uma nova dimensão para minhas criações. E nada mais puro que uma folha em branco, para nos inspirar em nossos belos sonhos, para escrevermos nossas histórias e encontrarmos o propósito que guiará nossas vidas” – Pedro Franco.

A coleção 9 tons de branco apresenta para o público de arquitetura e decoração, consumidores e pintores uma paleta de cores que possibilita inúmeras perspectivas – Algodão Branco SW 7104, Tela em Branco SW 6259, Rua da Saudade SW7552, Darma SW 7014, Branco Puro SW 7005, Belos Sonhos SW 7634, Branco Sutileza SW 6140, Pomba Branca SW 6385, Papel Sulfite SW715.

“É uma honra contar com a curadoria de uma figura tão importante no cenário nacional, para a criação da coleção 9 tons de Branco. O trabalho do designer Pedro Franco é espetacular, com reconhecimento dentro e fora do Brasil, por destacar a nossa brasilidade, com peças criativas e irreverentes, inspirando pessoas no mundo todo”, destaca Patrícia Fecci, gerente de marketing para serviços de Cor & Design da Sherwin-Williams.

 

Para quem quiser conhecer todas as cores e inspirações da coleção é possível baixar o catálogo online, com informações na página: https://www.sherwin-williams.com.br/minuanocollection

 

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Aniversário de São Paulo ganha arte acessível com banners gigantes na paulista

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Galeria Verarte convida para ciclo de exposições em comemoração aos 469 anos da capital.

 

A Galeria VerArte apresenta “SÃO PAULO 469 ANOS: O QUE TE ENCANTA EM SÃO PAULO?” e promove ciclo de exposições pela cidade paulistana. Com curadoria de Vera Simões, o ciclo será dividido em seis etapas, que receberão obras de artes de 12 artistas visuais, com linguagem autoral, uma homenagem à cidade de São Paulo em seu aniversário.

A primeira exposição acontece na Fachada do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. Os artistas convidados irão prestigiar a cidade com banners gigantes que ficarão expostos na fachada do prédio entre os dias 25 de janeiro a 20 de fevereiro de 2023. O início da montagem será no dia 20 e os apaixonados pela capital poderão apreciar todo o processo durante os dias 20, 23 e 24 de janeiro.

“Dialogar a Arte, que será exposta na fachada do Conjunto Nacional – corredor cultural da
Avenida Paulista e um dos cartões postais da cidade, para com o público que utiliza ou passeia
pela por lá, é um dos focos do projeto” – Vera Simões, curadora.

 

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A segunda etapa acontece no térreo do edifício do Conjunto Nacional onde haverá a exposição de painéis com as obras de artes e um pouco da história criativa de cada artista. São diversas obras incríveis de artistas apaixonados e criativos, como: Cris Cavalcante, Dulce Julianelli, Elisabeth Wortsman, Fernanda Fernandes, Gaby Alves, Gaby Faltay, Gersony Silva, Lafaiete Papaiano, Malu Mesquita, Máximo Hernández, Silvana LaCreta Ravena e Zina Kossoy.

CRIS CAVALCANTE: Uma pesquisadora incansável em busca de novas cores, nuances e texturas.
Desenvolveu sua técnica através de pesquisas sobre a mistura de viscosidades, polímeros e
pigmentos, respeitando os fenômenos obtidos através dessas fusões e o equilíbrio que algumas
reações reversíveis realizam, resultando em uma exuberância cromática. Os elementos se
misturam, tomam vida e o efeito disso é uma explosão de cores que despertam sensações,
emoções e surpresa para os que a observam.

DULCE JULIANELLI: “A Cor e a FORMA, são meus principais objetivos quando desempenho meu
trabalho! O diálogo entre eles traduz o que sinto! Equilíbrio, Rigor, Sensibilidade! Cada tela
remete a momentos de pensamentos positivos!”

ELISABETH WORTSMAN: A artista Elisabeth Wortsman é historiadora pela Universidade de São
Paulo, professora de História por mais de 30 anos, sempre estabelecendo relações entre a
História e o contexto artístico de cada período e assunto abordado.

FERNANDA FERNANDES: “O que me motiva a fazer estas imagens é o desafio, a vontade
incontrolável de conviver com o perigo e a precisão de mostrar meus lugares favoritos de São
Paulo sob “birds-eye view”!”

GABY ALVES: Estudou pintura com Deborah Paiva e Adrianne Gallinari no Instituto Tomie
Ohtake, fez orientação do projeto “Memórias Afetivas” com a artista Catarina Gushiken,
também estudou ilustração digital com Soraya Matos e História da Arte com Agnaldo Farias.

GABY FALTAY: “Presto uma homenagem à cidade de São Paulo e a todos que, de uma forma ou
de outra, fazem parte de sua história. Metrópole onde cada habitante é um elo de uma
gigantesca corrente de esforço coletivo. Meu trabalho consiste em trazer camadas que o tempo sobrepõe num constante apagamento. São fragmentos do cotidiano que, assim representados, procuram provocar e despertar a sensibilidade e o lirismo muitas vezes internalizados. Um eterno desvelar…”

GERSONY SILVA: Possui obras em Museus, Centros Culturais e em coleções particulares.
O estudo filosófico da contemporaneidade, a pesquisa de materiais, e seu universo
iconográfico, resultam em pinturas, desenhos, instalações, performances, vídeos,
fotografias e objetos.

LAFAIETE PAPAIANO: Nascido na Cidade de São Paulo, em 06.10.1969, advogado de formação,
dedica-se à fotografia há 15 anos. Com exposições no Brasil e no Mundo.

MALU MESQUITA: Malu perguntou a si própria, com objetiva a postos, como contaria narrando
em imagens uma crônica paulistana sobre os símbolos da cidade. As imagens simbólicas de São
Paulo não deixam de se fazer presentes em toda sua majestade. Seguem ali, sempre
imponentes. Mas, sua objetiva recorta toda a vida além símbolo. Sua objetiva insiste na vida da
urbanidade que se forma ao redor, que renova e ressignifica este redor. Um olhar insistente em
humanizar estas urbanidades como reticências na pauliceia das mudanças.”

MÁXIMO HERNÁNDEZ: “Minhas primeiras fotografias, assim que tive uma câmera reflex, foram
na cidade de São Paulo onde moro desde os 5 anos de idade. Com o passar do tempo, passei a
focar em fotografar minhas viagens. Gosto do contato com a natureza onde posso registrar
animais no seu habitat e paisagens deslumbrantes. Ou de culturas diferentes que me permitem
conhecer e registrar hábitos, religiões e monumentos muito diferentes da nossa realidade.
Mesmo assim, São Paulo nunca saiu do meu foco pois as oportunidades de capturar imagens
são tão amplas e variadas como a própria cidade. A sua arquitetura e história com lugares tão
icônicos e distintos como a Av. Paulista e o Pátio do Colégio, seus eventos gigantescos como o
carnaval e a Parada do Orgulho LGBT+, bairros como a Liberdade e a Vila Madalena, etc… Enfim,
para mim São Paulo é um mundo infinito de imagens a serem registradas.”

SILVANA LACRETA RAVENA: As obras dessa exposição integram a série « Noites da Floresta »,
um grupo de pinturas e fotografias no qual faço uma homenagem poética ao nosso meio
ambiente, destacando a importância das nossas florestas, de seus povos e de sua biodiversidade
como um riquíssimo patrimônio bio-social, cultural e histórico.

ZINA KOSSOY: “Sou natural da Cidade de São Paulo Capital e vem acompanhando as mudanças
dessa metrópole no decorrer da vida. Muitas ruas viraram avenidas. O centro econômicofinanceiro
era na rua Boa Vista, depois passou para a Avenida Paulista, e agora é a Avenida Faria
Lima.”

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A terceira, quarta e quinta acontecem simultaneamente nas estações de metrô e linha de trem. Entre os dias 9 e 31 de janeiro, os passageiros das estações Adolfo Pinheiro (Linha 5 – Lilás), João Dias (Linha 9 – Esmeralda) e Oscar Freire (Linha 4-Amarela) poderão apreciar exposições que contam com 19 imagens e um cartaz de abertura, em cada estação.

 

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Estação Oscar Freire (Linha 4-Amarela)

 

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Estação Adolfo Pinheiro (Linha 5 – Lilás)

 

O projeto, que tem como parceiros a ViaMobilidade e a ViaQuatro, leva a Arte para todos os lugares e, principalmente, para lugares onde ela normalmente não se encontra. “No metrô, onde passam milhares de pessoas diariamente, é possível dialogar a Arte com a população de São Paulo, permitindo que as pessoas conheçam, vejam e vivenciem a Arte de maneira real”, acrescenta Vera, que tem como objetivo tornar a arte acessível a todos.

 

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Estação João Dias (Linha 9 – Esmeralda)

 

Para finalizar esse ciclo, a sexta e última exposição, acontecerá na Galeria VerArte com todas as obras físicas. Com abertura no sábado, dia 21 de janeiro, os apreciadores de Arte poderão comparecer a Galeria e prestar sua homenagem aos artistas visuais e a curadora Vera Simões.

A capital é o centro financeiro do Brasil, está entre as cidades mais populosas do mundo, com 12 milhões de habitantes. Com diversas instituições culturais e uma rica tradição arquitetônica, há inúmeras construções que marcam épocas, como edifícios, museus, praças e parques. São Paulo completa 469 anos em 25 de janeiro de 2023.

A Galeria VerArte, fundada pela empresária cultural Vera Simões, une Arte, Design e projetos contemporâneos. Originalidade é a marca registrada da Galeria que trabalha com pinturas, esculturas, fotografias, papéis, bordados e peças do mobiliário brasileiro, exclusivas.

 

Galeria VerArte

Rua Barão de Tatuí, 302 – 2° andar – Santa Cecília/São Paulo.
Horário de funcionamento: De segunda à sexta, das 10h às 17h. Sábado das 11h às 14h.
www.galeriaverarte.com
@galeriaverarte

Imagens: Phoética

 

Para entrar e querer ficar

SESC Guarulhos Foto NelsonKon Easy Resize com

Profissionais têm utilizado métodos tradicionais e inovações tecnológicas para oferecer conforto ambiental aos clientes.

 

Espaços de convivência não devem ser apenas belos ou funcionais. Precisam propiciar uma experiência
confortável, com temperaturas razoáveis, boa iluminação e poucos ruídos. Com base nisso, arquitetos e especialistas da construção civil têm lançado mão de diferentes recursos para que os clientes tenham mais conforto ambiental, um conjunto de aspectos térmicos, lumínicos, acústicos e ergonômicos que garantam uma melhor vivência nos ambientes.

Melissa Cacciatori, consultora em conforto ambiental e eficiência energética do CTE – Centro de Tecnologia de Edificações, explica que o tópico é dividido em diferentes áreas para que se possa estudar separadamente as relações entre o comportamento físico dos edifícios e as reações fisiológicas do corpo humano, “que é uma das condições que compõe a experiência de habitar”.

Dessa forma, componentes como pisos, aberturas, paredes e janelas formam um sistema mediador nos espaços, atuando na relação entre estímulos externos e internos. “Um dormitório tem frequentemente a ocupação noturna, na qual não se pressupõe uso prolongado de equipamentos que cedam calor. Diferente de uma cozinha, com ocupação mais diurna, com equipamentos como fogão, forno e geladeira, que cedem elevada carga térmica”, exemplifica a consultora.

Desse modo, projetar espaços com conforto térmico demanda um amplo planejamento para que cada ambiente seja composto por elementos que tornem a experiência de habitar mais agradável. “Classificamos as tecnologias para promoção de conforto ambiental entre ativas e passivas”, explica Melissa Cacciatori. As ativas são aquelas que consomem energia tais como ar-condicionado, ventiladores, aquecedores. As passivas, por sua vez, são os elementos estruturais definidos a partir dos estudos sobre o entorno da edificação. “Idealmente, recorremos às estratégias ou tecnologias ativas, quando as estratégias passivas já foram esgotadas”, diz.

A arquiteta Andressa Gama, atuante na coordenação de projetos da Construtora RVE, pontua que atualmente no Brasil as construções devem seguir a Norma de Desempenho de Edificações NBR 15575, um guia nacional de conforto ambiental, com premissas de acessibilidade, temperatura, iluminação e ruídos. Segundo a profissional, tais normas são importantes para construções de baixo padrão, considerando que são utilizadas pelas famílias por muitos anos, e por isso são mais fiscalizadas. “Já obras comerciais não têm esse tipo de exigência, porque o uso é mais sazonal”, afirma.

Diversos elementos construtivos alteram a temperatura, a insolação e o isolamento acústicos ambientes, desde a posição das janelas até a altura do pé-direito (se muito elevado, o ar quente permanece no alto, mantendo o piso mais frio). “Mas quando o imóvel está construído sem esses recursos, não precisa ir tão longe, basta mudanças como a troca de piso e até o espaçamento de imobiliário”, explica Andressa Gama.

A arquiteta Thais Ruiz detalha o planejamento das melhores estratégias de conforto ambiental. “O primeiro passo é ver as faces do terreno, face norte e face sul, para definir posição da casa no lote, fazendo análise de insolação. Depois ver área de implantação a partir disso”, explica. A profissional aponta ainda que é importante identificar área do vento dominante para ter ventilação cruzada, evitando assim o consumo de energia em equipamentos como ar-condicionado.

“O ideal é tentar escolher materiais de construção com inércia térmica eficiente”, diz a arquiteta. A escolha dos materiais dependerá das necessidades do espaço. Há softwares disponíveis no mercado que auxiliam no estudo das necessidades do projeto. O diferencial será quais decisões serão tomadas a partir das informações coletadas.

 

SESC Guarulhos Foto NelsonKon Easy Resize com
O escritório Dal Pian também incluiu brises na cobertura do projeto do Sesc Guarulho, que são reguladas mecanicamente e se inclinam de acordo com a hora do dia. Nos momentos de maior insolação, as peças reduzam a incidência de luz e calor.

 

Soluções

A incidência de luz natural é um dos pontos principais a ser analisados, uma vez que pode influenciar tanto na temperatura quanto na iluminação dos ambientes. Na etapa de posicionamento de janelas e aberturas, o profissional deve levar em consideração como a incidência do Sol irá afetar a rotina dos moradores. “Uma fachada sul por exemplo, tem menor disponibilidade de luz natural do que uma fachada norte, mas tem menor potencial de ofuscamento ao longo do ano em relação à fachada norte. Assim, aberturas maiores orientadas à sul, ajudam no maior aproveitamento de luz, com menor carga térmica”, explica Melissa Cacciatori.

Para Andressa Gama, em regiões quentes é interessante ter blocos com enchimento para ter bloqueio do calor. “Em regiões frias, é interessante usar madeira, que tende a manter o ambiente confortável”. E as escolhas dos revestimentos têm grande interferência, sendo aconselhável o uso de pedras em regiões de muito calor, e pisos de madeira e vinílicos em regiões de temperaturas baixas.

É possível colocar mantas aquecidas com reguladores termostatos que ajudam a controlar a temperatura dos pisos. Thais Ruiz sugere a instalação de uma serpentina elétrica por baixo do piso cerâmico, permitindo climatização. “Com o boom dos painéis solares, é um recurso interessante, com fonte própria para suprir o consumo energético”, opina.

O uso de tecidos é solução para trazer mais calor em regiões frias. Tapetes, cortinas, sofás, poltronas, dentre outras peças, ajudam a reter o calor, ao passo que a falta delas torna os espaços mais frios. “Se uma casa tem muitos móveis, o ar não circula. Então você pode mudar a mobília dependendo da época do ano”, esclarece Andressa Gama.

Detalhes como plantas nos interiores, que trazem frescor e alteram a umidade do ar, também podem ser empregados. E as cores devem ser incluídas no planejamento do conforto térmico. “Não se costuma ver prédios com fachadas escuras porque tem um grau de refletância que absorve muito calor”, diz. Nos interiores, paredes claras ajudam a difundir a incidência de luz.

 

G a Easy Resize com
No centro do átrio inundado por iluminação natural, um amplo jardim com espécies exuberantes de Mata Atlântica deu vida ao design de interiores e o teto verde que circunda a claraboia contribui para o controle da temperatura. Certificado com o selo Leed Gold e totalmente automatizado, o Centro de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein teve a Perkins&Will São Paulo como responsável pelo seu planejamento, tornando-se referência arquitetônica no país.

 

Estando a iluminação natural resolvida, é necessário pensar nas soluções de iluminação artificial. “O layout é um ponto de partida, é preciso respeitar o uso do espaço”, afirma Thais Ruiz. A coloração de luz é um dos pontos que deve ser levado em conta, variando se o ambiente é de descompressão ou de trabalho, assim como o posicionamento. “É importante entender as superfícies e o quanto de luz elas refletem ou absorvem. Cores escuras precisam de mais fontes de compensação”, completa.

Quando o assunto é a livre circulação de ar, Melissa Cacciatori recomenda que as aberturas sejam feitas para as direções predominantes dos ventos e posicionar aberturas em paredes opostas, para promover ventilação cruzada. “Também podemos explorar o efeito chaminé, que demanda aberturas de entrada baixas e aberturas de saída altas. Percebo que nossos projetos pecam bastante neste aspecto”, diz

Para isolamento acústico, a consultora aconselha pisos flutuantes que reduzem o ruído de impacto entre unidades separadas pelo piso. Com caixilhos e portas acústicas, e um sistemas de molas que amortece a transmissão de vibrações entre estruturas e vedações, é possível que os ambientes sejam mais privativos e silenciosos.

Andressa Gama afirma que é necessário cuidado com a estrutura da edificação, uma vez que o oco dos blocos favorece a passagem de barulho, assim como de calor. “Trabalhei muito tempo com dry wall. Dependendo do tipo de enchimento entre a placa de acartonado e a estrutura metálica (lã de rocha, lã de vidro e lã de PET), é uma boa solução se estiver bem vedado”, afirma. Os têxteis são também úteis para reduzir os ruídos, segundo Thais Ruiz. Numa superfície refratária, o som bate e retorna, o que não ocorre em superfícies porosas. Assim, carpetes, cortinas, tapeçaria e mobiliário ajudam a oferecer conforto acústico. “Quando a casa está vestida, não tem retorno das ondas sonoras”, diz.

 

Cases

Em Curitiba, a arquiteta Luciana Gibaille projetou um escritório de advocacia, construído em 2012, e atualizado no último ano com novas obras de arte. Todos os espaços foram pensados com conforto ambiental, uma vez que a profissional trabalha com neuroarquitetura e baseia-se em aspectos sensoriais. “O projeto tem 10 anos e atende perfeitamente às necessidades até hoje, porque o foco está na pessoa”, diz Gibaille.

Para que se tenha transparência, muitos panos de vidro foram empregados, valorizando iluminação solar e as vistas para os jardins. A distribuição do mobiliário também favorece a iluminação. “Praticamente não ligam a luz interna”, afirma Gibaille. O projeto apostou também em ventilação natural, com grandes janelas, para evitar riscos de contaminação, alergia e ácaros.

As salas de reunião contam com paredes de drywall com isolamento acústico, mas não se preocupou utilizar pisos antirruído, pois consideraram dispensável para o escritório. Por outro lado, o contato com a natureza foi uma grande aposta. “Todas as salas têm comunicação com lado externo, com vista para algo verde, porque traz descanso visual”, pontua a arquiteta.

Em obras populares o conforto ambiental também tem sido aplicado, como evidencia a construtora Lyx Engenharia nas construções para o programa Minha Casa Minha Vida. “A partir da Norma de Desempenho 15575 houve uma mudança muito grande parâmetro, melhorou muito”, diz Guilherme Kobaski, coordenador de produto da empresa. A Lyx tem critérios estabelecidos para cada zona climática, e realiza ensaios por meio de softwares. A empresa busca, por exemplo, oferecer temperaturas de -3° no verão ou +3° no inverno, com espessuras de laje de 12cm para evitar ruídos entre as unidades.

 

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Minha Casa Minha Vida – Lyx Engenharia

 

Esquadrias maiores e mais espessas ajudam no controle de luz e de climatização. “Quando a unidade está muita próxima de outra torre e não tem luz suficiente, aumentamos a esquadria, afastamos a torre ou usamos paredes brancas”, explica. Os ensaios incluem os tipos de materiais empregados e as cores das fachadas e do telhado, variando de obra para obra, analisando custo-benefício. “O que a gente tende a fazer é trabalhar em cima do pior caso para que em qualquer lugar a gente consiga atender aos critérios da norma”, pontua.

 

Construção modular

A arquiteta Thais Ruiz tem utilizado diferentes recursos para ampliar o conforto ambiental em uma casa contêiner que está em construção. No projeto foram utilizadas telhas termoacústicas, com manta térmica no forro entre a chapa do contêiner e o forro de gesso. “Mas o ponto de partida foi a implantação inteligente dos módulos, pensando na insolação e ventilação”, explica.

A indústria tem oferecido variados recursos para que obras modulares ofereçam tanto melhores condições de vivência quanto variadas opções estéticas. É o caso da Thermo-Iso, que produz placas e telhas isotérmicas. Segundo Carolina Luca, supervisora de vendas de coberturas da empresa, os painéis são como sanduíches, com duas placas de aço galvalume e um manto isolante no meio, que pode ser feito de isopor (EPS), poliuretano (PUR) ou poliisocianurato (PIR), com diferentes espessuras e densidades.

Segundo a profissional, as placas ajudam a conservar as temperaturas, evitando a troca de calor com materiais tradicionais que tornam necessário o consumo elevado de ar-condicionado. Isso gera economia de cerca de 50% da energia. “A espessura da chapa interfere no local que vai ser aplicado, então é tudo sob medida. Nada é indicado sem estudo prévio”, afirma. Com a durabilidade de cerca de 30 anos das placas de aço, a solução tem ganhado mais adeptos. “Hoje a demanda cresce nesse conceito casa contêiner, essas construções estão tendo maios visibilidade no mercado”, diz Gláucia Correia, supervisora técnica de vendas do setor de refrigeração da Thermo-Iso.

 

BlocoPUR PIR min
Para aplicações industriais, refrigeração, comércio ou de construção civil, a Thermo-Iso possui blocos de Poliuretano (PUR) e Poliisocianurato (PIR) em diversas densidades e dimensões.

 

Automação

As arquitetas Fabiana Villegas e Gabriela Vilarrubia, à frente do escritório Vila Ville Arquitetura, defendem que a automação é um grande facilitador na promoção do conforto ambiental. “Nem todo cliente tem consciência do quanto facilita a dinâmica da vida da pessoa. Muitas vezes ele precisa, mas não sabe que é possível”, diz Gabriela.  De acordo com as profissionais, a automação da iluminação seria o principal a ser feito, pois é evita desperdícios e permitem regular a intensidade da luz de acordo com seus usos.

Outras soluções possíveis incluem automação de brises e persianas, para controle de insolação, regulagem inteligente do ar-condicionado, e isolamento do som nos ambientes. “Muitos acham que é luxo, mas é praticidade e conforto. É um investimento, a princípio, alto, mas que se paga pois gera economia”, concorda Fabiana.

 

Adesão

Os especialistas ouvidos pela reportagem concordam que a busca por conforto ambiental tem aumentado, mas não há conscientização geral dos clientes sobre esse assunto. “Em geral, o custo-benefício não é objetivamente avaliado e tanto projetistas como proprietários/ocupantes acabam embasando suas decisões em premissas de que são sistemas extremamente caros”, opina Melissa Cacciatori. Segundo a consultora do CTE, é preciso intensificar pesquisas, avaliações de custo-benefício e comunicação para que o mercado difunda essas práticas e tecnologias.

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Victor Hugo Felix
Imagens: Nelson Kon e Divulgação