Cozinhas inteligentes: a inegável tecnologia

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Hoje, mais do que potência e beleza, a escolha por um aparelho ou acessório envolve impacto sustentável, ciclo de vida do produto e economia a longo prazo

 

Nos últimos anos, a cozinha deixou de ser apenas um espaço funcional onde se prepara refeições e passou a ocupar o centro das atenções em projetos de arquitetura e interiores. O espaço se transformou em um ambiente de convivência, expressão de estilo e, principalmente, em um laboratório de inovações tecnológicas.

Nesse cenário, os eletrodomésticos assumem papel de protagonistas, não apenas pelo design arrojado, mas pela capacidade de aliar alta performance com responsabilidade ambiental. Mais do que tendência, trata-se de uma evolução inevitável, impulsionada por uma nova geração de consumidores e profissionais que entendem que viver bem hoje é, de fato, viver de forma responsável.

Indo de encontro a esta demanda, os eletrodomésticos atuais incorporam sistemas inteligentes que otimizam o uso de energia, água e tempo. A redução no uso de recursos naturais é um dos pilares dos lançamentos mais recentes. Máquinas de lavar louça, por exemplo, utilizam sensores para adaptar o ciclo à quantidade de louça e ao nível de sujeira, economizando até 80% de água em comparação com a lavagem manual. Já os refrigeradores classe A+++ consomem até 60% menos energia do que modelos antigos, graças à melhoria nos compressores e no isolamento térmico.

De acordo com Joyce Nardin, gerente de marketing do Grupo TECNO, os lançamentos da marca unem a praticidade de modulagem de Duos de refrigeradores e freezers de 60 cm, à já reconhecida tecnologia de performance em preservação de alimentos. “O sistema Multi-flow de circulação de ar, funções Drink Cool, Super Cool (resfriamento) e Super Freeze (congelamento rápido), entre outras tecnologias, fazem parte dos nossos produtos. Além disso, refrigeradores com certificação RoHS garantem que não há utilização de substâncias perigosas em sua fabricação, tais como o chumbo, mercúrio, cádmio e certos tipos de cromo e bifenil”, sinaliza.

 

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Os refrigeradores VINTAGE DUO TR28 e TR32, de 60 cm de largura, chegam para complementar cozinhas de alto desempenho sem renunciar à estética. Os modelos oferecem resfriamento e congelamento mais eficiente dos alimentos, com menores níveis de ruído e de consumo de energia.

 

 

Além dos eletrodomésticos tradicionais, diversas soluções tecnológicas vêm sendo incorporadas aos equipamentos e acessórios da cozinha, ampliando a funcionalidade, o conforto e a personalização. Atualmente, é possível criar rotinas integradas, contribuindo para uma gestão mais eficiente de recursos. Torneiras com sensores de movimento e arejadores evitam o desperdício de água, enquanto sistemas de filtragem e reaproveitamento de água residual ganham espaço como soluções sustentáveis e tecnológicas.

Paulo Galina, gerente de marketing da Lorenzetti, sinaliza como a marca alia soluções inteligentes à sustentabilidade, buscando o equilíbrio entre desempenho e consumo consciente. “Nos metais para cozinhas, a marca incorpora atributos indispensáveis, como acionamento rápido e suave com vedação cerâmica ¼ de volta, que proporciona maior controle no fechamento e abertura da água, evitando gotejamentos e vazamentos. As torneiras e monocomandos também contam com arejadores, que misturam ar ao fluxo e reduzem significativamente o consumo de água sem comprometer a pressão, proporcionando uma experiência de uso mais confortável, eficiente e funcional. Já as bicas móveis e/ou flexíveis nos produtos facilitam o direcionamento da água, agilizando as tarefas e contribuindo para evitar desperdícios”, informa.

A Lorenzetti foi, inclusive, pioneira ao apresentar para o mercado as bicas flexíveis de silicone com a linha Loren Flex. “Para a Lorenzetti, a cozinha do futuro será um ambiente que combina praticidade, inovação, sustentabilidade e design, refletindo os novos hábitos e as necessidades do consumidor moderno. A marca acompanha de perto as feiras internacionais e realiza pesquisas com consumidores e profissionais da área, o que a permite lançar soluções inovadoras e alinhadas às expectativas do mercado”, ressalta Paulo.

 

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O Loren Loft Gourmet é a escolha ideal para cozinhas e espaços gourmet compactos. Com linhas suaves e um elegante acabamento brushed nickel, o monocomando se destaca pela saída independente para água filtrada, proporcionando mais praticidade e sustentabilidade no dia a dia.

 

Ainda, na nova geração de eletrodomésticos, sensores, inteligência artificial e algoritmos de aprendizado se aliam para criar experiências cada vez mais personalizadas, inclusive no combate ao desperdício. A chamada “Internet das Coisas” (IoT) transformou os eletrodomésticos em dispositivos conectados a um ecossistema digital doméstico. Por meio de smartphones ou tablets, o usuário pode monitorar, controlar e até diagnosticar falhas nos equipamentos remotamente. Já existem modelos que se comunicam com assistentes virtuais como Alexa, Siri ou Google Assistant, respondendo a comandos de voz.

Refrigeradores com sensores que monitoram os níveis de temperatura e umidade garantem melhor conservação dos alimentos com menor gasto energético. Algumas já contam com inteligência artificial para sugerir receitas com os ingredientes disponíveis, fazer lista de compras ou enviar alertas sobre o vencimento de produtos, reduzindo o desperdício alimentar.

Os fornos e cooktops inteligentes, por sua vez, oferecem controle preciso de temperatura e conectividade via aplicativos, permitindo programações à distância e até mesmo ajustes automáticos com base no tipo de alimento. Aqui, a automação garante não só praticidade, mas menor consumo de energia ao evitar aquecimentos desnecessários. Tainá Schwamberger, Gestora de Comunicação e Marketing da Fischer, nos conta que eficiência energética é um assunto tratado com muita responsabilidade pela marca. “Somos a única marca que disponibiliza uma calculadora energética em nosso site. Com ela, é possível selecionar um produto, indicar o tempo de uso e escolher a fornecedora de energia da sua região. Em poucos cliques, o consumidor descobre quanto custa usar os produtos Fischer. Isso gera mais segurança, transparência e, claro, eficiência”, sinaliza.

Segundo Tainá, a marca investe em pesquisa e desenvolvimento com o objetivo de trazer ao mercado tecnologias e inovações que tornem a rotina dos consumidores mais leve e prática, onde a tecnologia não está apenas ligada ao desempenho dos produtos, mas à responsabilidade ambiental.

 

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O Forno Multipreparo de Embutir Fischer Platinium Ebony entrega tudo o que há de mais moderno e tecnológico. Com capacidade 35 litros, reúne em um só produto Forno Elétrico, Forno à Vapor e Micro-ondas. O modelo conta com função Air convection turbo, Air convection gratinador, micro-ondas, cozimento a vapor, além das funções adicionais de manter aquecido, esterilização de utensílios, descongelar e descalcificação. Possui painel touch screen, corpo interno em aço Inox, lâmpada interna, reservatório de água e prato com sistema flat plate, onde o prato não é giratório..

 

A presença da tecnologia, no entanto, não compromete a elegância do projeto — muito pelo contrário. No quesito design, linhas minimalistas, acabamentos sofisticados e integração perfeita com os mobiliários tornam as peças verdadeiros elementos arquitetônicos. Equipamentos embutidos, com superfícies touch e materiais recicláveis, refletem a busca por funcionalidade aliada ao bom gosto. A personalização também ganha força: muitas marcas já permitem escolher cores, texturas e painéis que se harmonizam com o restante da decoração, assim como acabamentos diversos.

Joyce Nardin pontua que o Grupo Tecno cultiva a visão de que a cozinha não é apenas um espaço de preparo, mas de relacionamento, expressão e convivência. “Há 25 anos, quando o mercado brasileiro de cozinhas começava a descobrir o design como elemento central da casa, o Grupo trouxe para o país uma curadoria de marcas com alta tecnologia agregada que ajudou a transformar não só ambientes como cozinhas e áreas gourmet, mas também a relação das pessoas com estes ambientes. São peças que vão além da função: participam do cotidiano, acolhem, recebem e transformam”, comenta.

E finaliza: “Além disso, os novos conjuntos de refrigeradores e freezers da Tecno chegam para complementar cozinhas de alto desempenho, com belíssimas estéticas residenciais que proporcionam integração perfeita seja em projetos com a coleção Vintage ou Professional”. Toda essa tecnologia não seria completa sem um propósito ambiental.

Marcas de ponta também vêm investindo em processos produtivos mais limpos, com o uso de materiais recicláveis e desmontáveis, facilitando o descarte consciente ao fim da vida útil dos produtos. Além disso, muitas empresas oferecem programas de logística reversa e incentivos para a substituição de eletros antigos por modelos mais eficientes. Na era do design sensorial e da automação personalizada, a cozinha se reinventa como um espaço de performance tecnológica e consciência ecológica. A tecnologia deve, porém, estar a serviço da simplicidade e da eficiência. Inteligente e comprometida com

Mitologia africana inspira projeto de revitalização da Pequena África, no Rio de Janeiro

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Escritório Patrícia AKINAGA é um dos vencedores de concurso promovido pelo BNDES, ao propor a diversidade de memórias e identidades afro-brasileiras na capital fluminense

 

O projeto “Sankofa e a Trama da Pequena África”, assinado pelos arquitetos Clovis Nascimento Junior (autor), Patrícia Akinaga e Marcelo Tomé Kubo (co-autores), do Escritório Patrícia AKINAGA foi um dos vencedores do concurso promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a criação de uma identidade visual para um Museu de Território na região conhecida como Pequena África. O território, formado pelos bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, próximo à zona portuária do Rio de Janeiro, é um dos legados históricos e culturais da diáspora africana no país.

Inspirado no Sankofa, um conceito da mitologia e filosofia africana, especialmente oriundo do povo Akan, do atual Gana, na África Ocidental, o planejamento de revitalização urbana convida a uma jornada de reconexão com as raízes e memórias que moldam a história da região.

Na mitologia, Sankofa é representado por um pássaro que olha para trás enquanto segue em frente. No projeto, a ave carrega em seu bico a semente do baobá, árvore sagrada africana, e a poderosa mensagem de que é preciso resgatar o passado para construir um futuro com consciência, pertencimento e dignidade.

“A simbologia Sankofa representa o cerne do projeto: aprender com a ancestralidade, entender e celebrar o presente na construção de um futuro. Além disso, a ideia de que esses percursos não estão cristalizados, mas podem crescer e se espalhar como as raízes do baobá, permite que a dinâmica da região reflita seu traçado”, explica Clóvis.

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Praça Cais do Valongo. Imagem: Cortesia Escritório Patrícia AKINAGA.

O pesquisador e arquiteto destaca a multiplicidade de etnias que chegaram ao Brasil e se firmaram na Pequena África — e que até hoje resistem nos quilombos urbanos do território. Dessa forma, para abordar a complexidade de representar uma herança ancestral tão vasta e rica, o projeto trouxe o conceito de tecido e trama, uma abordagem que traduz visual e espacialmente essa diversidade.

Clóvis explica que a metáfora da “colcha de retalhos” foi adotada com o objetivo de não deixar ninguém de fora, respeitando as múltiplas origens. “Dessa forma, reconhecemos as diferentes camadas históricas do território, como os quilombos ainda existentes e as escavações arqueológicas, mesmo diante de uma documentação oficial limitada, que era majoritariamente produzida apenas por antigos senhores de escravos”, destaca.

Percurso e experiência viva

Para o concurso, o escritório propôs a sinalização de três percursos (Cultura, Memória e Resistência), que podem se ramificar e crescer com o engajamento da comunidade. A marcação de trajetos que, além da orientação física, fossem também marcadores de valorização cultural, educativa e identitária contribuíram para escolha do Sankofa entre os vencedores do concurso. No planejamento, o Armazém Docas Dom Pedro II seria o centro gerenciador dos percursos. Fisicamente, os pontos e trajetos seriam demarcados por uma sinalização diferenciada formada por totens, bandeiras e pintura no chão. Além disso, duas intervenções em locais-chave, o Cais do Valongo e o Largo de Santa Rita, apresentam o partido, a metodologia e abordagem, servindo de inspiração para as demais intervenções no território.

“A proposta visa estimular o deslocamento ativo e a vivência do território, conectando as pessoas com a memória e a história local em todos os detalhes. Inclusive, as intervenções botânicas propostas, com o plantio de árvores nativas visando o sombreamento, favorecem a mobilidade e permitem a passagem com um tempo de contemplação da história local contada nos totens de sinalização, valorizando a representatividade das intervenções urbanas propostas”, destaca Marcelo.

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Intervenção Sankofa e a Trama da Pequena África. Imagem: Cortesia Escritório Patrícia AKINAGA.

Os trajetos do Sankofa foram pensados sob a inspiração de um padrão têxtil africano, dando singularidade a cada rota e permitindo que os caminhos se multipliquem, se espalhem e se adaptem às necessidades vivas da Pequena África — espelhando sua história orgânica, tal como as raízes do baobá simbolizam. As placas e totens de sinalização foram criados a partir de padronagens inspiradas em tecidos de diferentes tradições africanas, entre iorubás, bantos, jejes, haussás e outros. Assim, para além da função informativa, cada peça sinalizadora traria visibilidade às matrizes que fundaram o Rio de Janeiro negro.

Patrícia destaca que o conceito de “território-trama” visa valorizar a presença negra na região portuária, criando percursos flexíveis guiados por sinalizações que integram marcos históricos e intervenções paisagísticas, urbanísticas e arquitetônicas e que revelam histórias. “Em nossa proposta, as sinalizações tem também uma visão voltada ao desenvolvimento econômico, com estímulo ao turismo, fortalecimento de pequenos negócios e valorização cultural. A ideia é que os totens contassem com programações e eventos, ligando o passado ao presente”, comenta.

Reconhecimento e legado

De acordo com dados do Governo Federal, aproximadamente 11 milhões de africanos foram transportados para as Américas, dos quais, em torno de cinco milhões tiveram como destino o Brasil. A região portuária do Rio de Janeiro foi uma das principais entradas desses povos no país, marcando até hoje a formação cultural e social do território hoje conhecido como Pequena África. Reconhecendo a importância de preservar essa herança e torná-la visível no espaço urbano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou um concurso público para selecionar propostas voltadas à criação de uma identidade visual para um Museu de Território. A iniciativa buscou valorizar a memória da diáspora africana e seu papel fundamental na constituição do povo brasileiro.

Dividem o pódio desta edição o projeto vencedor “Pequena África: Memória Continental”, assinado pelos arquitetos Sara Zewde, Nicholas Gray, Sophie Mattinson; e o segundo colocado “Pequena África: Território Akpalô”, assinado por Carlos Henrique Magalhães de Lima e Júlia Huff Theodoro, que também apresentaram respostas sensíveis aos desafios e potencialidades do território. O projeto Sankofa e a Trama da Pequena África completa, em terceiro lugar, as melhores propostas inscritas no projeto.

Marcelo destaca que iniciativas como o concurso e o projeto Sankofa têm o potencial de transformar a paisagem urbana brasileira ao inserir a memória dos povos negros no centro da cidade e da experiência urbana. “A arquitetura e o urbanismo podem ser um instrumento de mudança ao resgatar histórias e valorizar a identidade local. Ter o ‘selo’ de reconhecimento do concurso do BNDES é apenas um passo — o desafio maior é estruturar e estimular o desenvolvimento sem promover gentrificação, garantindo a permanência da população que já ocupa e transforma esse território ”, destaca.

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Praça Cais do Valongo, árvore Baoba. Imagem: Cortesia Escritório Patrícia AKINAGA.

Desafios da revitalização do espaço público

Dadas as singularidades do território e da história da Pequena África, Clóvis acredita que a trama de sinalização desenvolvida no projeto não possa virar um modelo replicável. No entanto, reforça que a pesquisa e a valorização da identidade através da construção coletiva podem ser modelos para outros projetos de revitalização e projeção da cultura afro-brasileira em outros estados e regiões.

Patrícia destaca que a efetivação da construção coletiva do espaço urbano é um dos principais desafios em processos de revitalização no Brasil. Ela ressalta que esse princípio orienta a atuação do escritório, que busca desenvolver propostas conectadas à realidade e às dinâmicas das comunidades envolvidas. “Essa é uma das dores quando falamos de projetos no Brasil quando dissociados da realidade da comunidade local”, afirma.

Prêmio UIA 2030 dá início à sua 3° edição

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Prêmio UIA 2030 destaca projetos arquitetônicos que promovem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, apresentando uma gama diversificada de abordagens para os desafios globais de sustentabilidade

 

A União Internacional de Arquitetos (UIA), em parceria com a ONU-Habitat, anunciou o início da terceira edição do Prêmio UIA 2030. Criada em 2021, a premiação bienal reconhece projetos que evidenciam a contribuição da arquitetura para o avanço da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, com foco especial no ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis – e na Nova Agenda Urbana.

Promovido pela Comissão dos 17 ODS da ONU da UIA, o prêmio distingue projetos construídos que aliam excelência arquitetônica a contribuições mensuráveis para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Planejado para coincidir com o calendário do Fórum Urbano Mundial (WUF), o concurso será realizado em cinco edições.

O cronograma do terceiro ciclo prevê prazo para envio de propostas até 26 de agosto e divulgação dos resultados preliminares até 2 de setembro. As inscrições para a Etapa 1 se encerram em 29 de outubro, enquanto as da Etapa 2 terminam em 6 de março de 2026. O anúncio final dos vencedores acontecerá durante o WUF13, em maio de 2026, em Baku, Azerbaijão. As propostas serão apresentadas nas plataformas da UIA e da ONU-Habitat, além de integrarem o Congresso Mundial da UIA de 2026, em Barcelona.

 

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Vencedor da 2°edição na categoria Moradia Adequada, Segura e Acessível – Huebergass Berne pela GWJ Architektur AG, Suíça. Imagem: Divulgação UIA 2030.

 

O processo de seleção se desenvolverá em duas etapas. Na primeira etapa, as inscrições serão revisadas regionalmente, refletindo as cinco regiões globais da UIA. O júri escolherá de um a três finalistas regionais por categoria para avançar à segunda etapa, considerando como critério a localização do projeto para definição da região de avaliação. As propostas serão analisadas quanto à eficácia em atender aos princípios dos ODS e da Nova Agenda Urbana, levando em conta o desempenho e o impacto da construção, a qualidade do projeto — incluindo funcionalidade, durabilidade e sensibilidade ao contexto — e o nível de aplicação de uma abordagem holística e orientada ao ciclo de vida.

O júri desta edição inclui Peter Oborn, Natalie Mossin , Tina Saaby, Nadia Habash, Anna Rubbo , Rob Adams e Nadia Tromp. O jurado suplente é Ishtiaque Zahir Titas, e Iman Gawad se junta ao processo como observador especialista em ODS no Comitê Técnico. 

 

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Vencedor da 2°edição na categoria Boa saúde e bem-estar – Centro de Desenvolvimento da Primeira Infância Angels’ Care por FGG Architects – Nerø Holt, África do Sul e Austrália. Imagem: Divulgação UIA 2030.

 

O Prêmio UIA 2030 contemplará projetos construídos em seis categorias, cada uma vinculada a Objetivos de Desenvolvimento Sustentável específicos, evidenciando o potencial da arquitetura para enfrentar desafios globais urgentes por meio do design.

Vinculada ao ODS 6.3 (Progresso no Tratamento de Águas Residuais), a categoria “Garantir a Disponibilidade e a Gestão Sustentável de Água e Saneamento para Todos” foca em iniciativas que melhorem a qualidade da água, reduzam a poluição, minimizem descargas perigosas e ampliem a reciclagem e o reuso seguro. Considerando a estreita relação entre edificações, infraestrutura e sistemas hídricos, esta categoria ressalta como o design pode contribuir para a gestão sustentável da água e para a criação de ambientes urbanos mais saudáveis.

A categoria “Proteger os Direitos Trabalhistas e Promover Ambientes de Trabalho Seguros”, alinhada ao ODS 8.8, reconhece projetos que criam espaços laborais seguros, protegidos e inclusivos para todos. O desenho arquitetônico influencia diretamente as condições de trabalho por meio do layout, ventilação, iluminação e escolha de materiais, contribuindo para ambientes que favoreçam a saúde, a segurança e o bem-estar dos usuários, especialmente em contextos de trabalho vulnerável ou precário.

Já a categoria “Moradia Adequada, Segura e Acessível”, correspondente ao ODS 11.1, valoriza iniciativas que ampliam o acesso a habitações seguras e financeiramente viáveis. Abrange desde novas construções até projetos de regeneração urbana e requalificação de favelas, ressaltando o papel essencial da arquitetura na oferta de moradias de qualidade que atendam às necessidades básicas, enquanto enfrentam desafios demográficos, econômicos e climáticos.

 

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Vencedor da 2° edição na categoria Acesso ao Espaço Verde e Público – Parque Florestal WiBenjakitti por Arsomsilp Community and Environmental Architect Co. Ltd., + Turenscape. Imagem: Srirath Somsawat.

 

Alinhada ao ODS 11.3, a categoria “Planejamento Participativo, Eficiente no Uso do Solo e Inclusivo” valoriza projetos que promovem abordagens mais integradas, sustentáveis e inclusivas no planejamento de assentamentos humanos. Considerando que o ambiente construído é definido por decisões sobre uso do solo e densidade, essa categoria ressalta a relevância de processos participativos e equitativos no desenvolvimento urbano.

A categoria “Acesso ao Espaço Verde e Público”, vinculada ao ODS 11.7, reconhece iniciativas que ampliam o acesso a áreas públicas seguras, inclusivas e acessíveis. Com a crescente compactação das cidades, o planejamento e a manutenção de parques, praças e outros espaços abertos tornam-se fundamentais para promover a saúde física e mental, incentivar a convivência social e fortalecer a biodiversidade urbana.

Por fim, a categoria “Fortalecer a Resiliência e a Capacidade Adaptativa a Desastres Relacionados ao Clima”, correspondente ao ODS 13.1, destaca projetos que integram estratégias para reduzir a exposição e a vulnerabilidade a riscos climáticos. Seja por meio da escolha do local, de materiais, soluções construtivas ou desempenho, a categoria evidencia como a arquitetura pode contribuir para a resiliência e a adaptabilidade de longo prazo diante das mudanças ambientais.

 

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Vencedor da 2° edição na categoria Fortalecer a Resiliência e a Capacidade Adaptativa a Desastres Relacionados ao Clima – Parque de inundação do rio La Torura por Entropía, Colômbia. Imagem: Divulgação UIA 2030.

 

Desde sua criação em 2021, o Prêmio UIA 2030 vem reconhecendo projetos arquitetônicos que impulsionam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, reunindo uma ampla variedade de soluções para os desafios globais da sustentabilidade. Os vencedores do segundo ciclo, anunciados no ano passado, incluem obras de destaque como o Parque Florestal Benjakitti, na Tailândia, desenvolvido pela Arsomsilp Community and Environmental Architect com consultoria de design da Turenscape; a série de capelas em Ruesta, Espanha, assinada pelo escritório Sebastián Arquitectos SLP; e o ETC Bygg, na Suécia, criado por Kaminsky Arkitektur AB e Arkitekt Hans Eek AB, entre outros.

 

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Vencedor da 2° edição na categoria Promoção, restauração e uso sustentável dos ecossistemas – Capela de San Juan, Sigüés de Sebastián Arquitectos SLP, Espanha. Imagem: Divulgação UIA 2030.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte UIA 2030/Archdaily

GART reforça seu compromisso com o design e a funcionalidade

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Após a aquisição integral da GART pela NMC, marca inicia novo ciclo sob o comando de Marcus Bassetti, executivo com forte atuação em empresas internacionais ligadas ao setor de construção

 

A GART, empresa brasileira referência no mercado de elementos de design e acabamento como rodapés e molduras, da sequência a um novo ciclo sob o comando de Marcus Bassetti, executivo com sólida experiência em empresas globais e forte foco em inovação, pessoas e sustentabilidade.

Aos 43 anos, Bassetti que conta com mais de dez anos de atuação em empresas internacionais ligadas ao setor de construção, assumiu o comando da empresa em março de 2025 em substituição a um dos sócios-fundadores e, entre os objetivos para essa nova gestão está “construir uma marca forte, presente em milhares de lares brasileiros, com soluções que combinam design, funcionalidade e acessibilidade”, nas palavras do próprio Bassetti.

Importante ressaltar que sua chegada à empresa se dá em um momento de grande relevância para a marca no mercado: Marcus Bassetti assume o cargo após a aquisição integral da GART pela NMC, multinacional belga líder global em soluções de extrusão de poliestireno (PS). Com esse movimento, foi iniciada uma nova fase de integração e posicionamento estratégico da marca no Brasil.

 

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Foto: Mirjana Miculek.

 

Boiseries Gart NMC

Apesar de sua origem histórica, a boiserie ultrapassou o status de tendência para se firmar como um recurso atemporal no design de interiores. A técnica ornamental francesa do século XVII voltou a ganhar protagonismo em projetos contemporâneos, assumindo desde versões rebuscadas até interpretações minimalistas, que dialogam com a estética atual.

Conferindo profundidade, ritmo e textura, a técnica decorativa transforma visualmente uma parede plana. Em ambientes amplos, elas ajudam a “quebrar” grandes superfícies e a criar uma sensação de escala humana. Já em espaços pequenos, quando bem dosadas, adicionam charme e sofisticação sem sobrecarregar.

Ao longo do tempo, a boiserie se adaptou a diferentes estilos e contextos. Hoje, sua aplicação não se limita mais à madeira entalhada. Os perfis decorativos da Gart destacam-se por serem compostos 100% de poliestireno virgem de alta densidade, que não propagam chamas e são totalmente recicláveis e imunes a cupins, além da tecnologia exclusiva de adesivagem, que permite instalação mais ágil e eficaz, sem a necessidade de parafusos ou pregos.

 

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Foto: Lot Beersel.

Para encontros criativos

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Nar Design Studio assina a sede global da Grendene em Wynwood, Miami, em projeto que une a cultura tropical à moda e ao design

 

A sede global da Grendene está localizada no coração de Wynwood, em Miami, e leva a assinatura do escritório brasileiro, Nar Design Studio. O conceito de interiores propõe um ambiente descontraído, que une a cultura tropical à moda e ao design. A paleta de cores inclui o laranja — principal cor da marca — em harmonia com tons de madeira clara e cinza. Além da identidade visual, elementos do contexto industrial local foram incorporados ao projeto, contribuindo para um espaço criativo e autêntico.

O layout foi cuidadosamente planejado para otimizar a funcionalidade e atender às demandas da equipe. Apesar das limitações estruturais do espaço existente, não foi necessário realizar grandes reformas ou demolições. Intervenções cosméticas foram suficientes para transformar o escritório em um ambiente eficiente e contemporâneo. O reposicionamento estratégico de mobiliário, luminárias e revestimentos conferiu ao espaço uma nova identidade.

Com 278m², o escritório ganhou áreas expositivas e uma atmosfera visualmente marcante voltada à apresentação de produtos. Logo na entrada, murais de floresta em grande escala acolhem os visitantes, mergulhando-os na essência tropical da marca. A recepção também funciona como uma vitrine, com as mais recentes coleções de calçados em destaque. Uma área expositiva em formato de “U”, separada por um painel de vidro, reforça a narrativa da marca tanto na entrada quanto na sala de reuniões.

 

Grendene Global Headquarters () Easy Resize com

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A área de trabalho aberta foi dividida em três seções, atendendo a diferentes estilos de trabalho. Uma mesa colaborativa funciona como ponto central para reuniões e brainstorming; estações rotativas garantem flexibilidade para colaboradores em rodízio; e mesas fixas oferecem estrutura para a equipe fixa. Próximo às janelas, dois lounges com assentos confortáveis e duas cabines acústicas garantem momentos de descanso e privacidade para chamadas.

A identidade da Grendene permeia todo o projeto, presente tanto na paleta de materiais quanto em elementos icônicos, como a meia parede inspirada no padrão de trama do primeiro e mais clássico modelo da Melissa, a sandália “Aranha”, que adiciona um toque de nostalgia e reconhecimento à marca.

 

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Além da área principal, foram criadas três salas de reunião (“huddle rooms”) para encontros privados. Cada uma delas representa uma das submarcas: Ipanema, Rider e Zaxy. Cada sala traz um mural e uma paleta de cores exclusiva, criando ambientes inspiradores e personalizados para encontros criativos.

O projeto valoriza os elementos que promovem bem-estar no ambiente corporativo. Jardins verticais de musgo e vasos suspensos adicionam natureza ao interior, equilibrando a rusticidade do piso de concreto e das paredes de tijolos. Nuvens acústicas foram estrategicamente instaladas para melhorar o conforto sonoro e delimitar setores, reforçando a atmosfera acolhedora e funcional do espaço.

 

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Imagens: Gabriel Volpi

 

Uniflex: uma referência notável

Rolô Balcony Lançamento para varanda () (Foto Carlos Eduardo Costa) Easy Resize com ()

Com portfólio que equilibra funcionalidade e elegância, a Uniflex reafirma seu compromisso diário com a inovação, a sustentabilidade e o bem-estar

 

Marca 100% brasileira, a história da Uniflex tem início com uma família suíça encantada pela riqueza cultural, criatividade e diversidade do Brasil. Dessa conexão, nasceu em 1979 um legado pautado pela inovação, pela gestão de excelência e pela busca constante por qualidade. “Cada etapa de produção passa por protocolos rígidos — testes de resistência, durabilidade dos mecanismos, estabilidade dos tecidos e precisão de medidas”, comenta Silvia Fagundes, Head de Marketing da Uniflex.

Em 1982, a marca já se destacava no mercado de esquadrias e fachadas. Poucos anos depois, em 1991, surpreendia o setor com o lançamento de componentes e acessórios para cortinas. O ponto de virada veio em 1994, com a fundação oficial da Uniflex e a apresentação da cortina Rolô — uma inovação que transformou o mercado nacional de proteção solar.

Hoje, com 66 lojas em operação por todo o país, a Uniflex se consolida como referência no segmento de proteção solar, presente em projetos residenciais, corporativos e comerciais de alto padrão. Há 12 anos consecutivos reconhecida como marca Top of Mind, vai além da entrega de produtos: atua como parceira estratégica de arquitetos e designers, oferecendo soluções personalizadas que aliam conforto térmico e luminoso, estética contemporânea e alto desempenho; agregando valores que permeiam todas as etapas da operação — do desenvolvimento de tecidos inteligentes ao constante aprimoramento de sua planta fabril, considerada uma das mais avançadas da América Latina.

 

Showroom na fábrica da Uniflex Easy Resize com
Na sede da Uniflex, o showroom vai além da exposição de produtos — é um espaço de descoberta sensorial e inspiração. Com ambientações reais e amostras de toda a nossa linha, cada detalhe foi pensado para revelar as infinitas possibilidades que nossas cortinas e persianas oferecem à arquitetura e ao design. Foto: Divulgação.

 

Reconhecida no setor não apenas pela sua infraestrutura moderna, mas pela maneira como combina tecnologia com artesania, a fábrica conta com equipamentos de alta precisão, sistemas de gestão inteligente e processos de controle que garantem qualidade em larga escala, mas sem renunciar à personalização. Silvia comenta que nenhum processo é totalmente automatizado, pois acreditam que mesmo na era da automação o toque humano faz toda a diferença. “Cada peça produzida na Uniflex carrega um cuidado único, resultado da integração entre recursos técnicos e o olhar apurado dos nossos profissionais. Cada cortina e persiana carrega nossa assinatura manual”, pontua.

 

Fábrica Uniflex () Easy Resize com
São em média de 100-150 funcionários, em 8.000 m² de planta fabril. Foto: Divulgação.

 

Essa abordagem garante um controle de qualidade mais rigoroso, maior atenção aos detalhes e a possibilidade de adaptar cada solução às necessidades do projeto, já que, de acordo com a Head, absolutamente tudo é feito sob medida. “Trabalhamos a partir das especificações dos arquitetos e designers, adaptando tecidos, mecanismos e acabamentos de acordo com a linguagem de cada projeto. A equipe técnica de nossa rede de lojas acompanha desde a especificação até a instalação, garantindo que cada cortina ou persiana esteja em sintonia com o ambiente ao qual se destina”, esclarece Silvia.

Em se tratando de inovações tecnológicas, os destaques ficam por conta da alta tecnologia dos tecidos — que oferecem proteção solar avançada, com amplo desempenho térmico, sem bloquear a luminosidade natural nem interferir na conexão visual com o exterior — e da automação, hoje um dos pilares do portfólio da marca. “Desenvolvemos sistemas que integram as cortinas a soluções de smart home, permitindo controle remoto, por voz e por aplicativos. Um dos nossos diferenciais é o sistema Sun Tracking, que move as cortinas de forma automática conforme a posição do sol, otimizando o conforto térmico e a iluminação natural”, declara a profissional.

 

Rolô Balcony Lançamento para varanda () (Foto Carlos Eduardo Costa) Easy Resize com ()
A Linha Balcony é a primeira cortina rolô translúcida do Brasil, que protege sem esconder, perfeita para varandas e grandes janelas. Desenvolvida com a tela solar de alta tecnologia da Uniflex, a linha reduz significativamente a entrada de calor, mas mantém a paisagem visível, leve e presente, porque proteção solar também pode ser sinônimo de conexão com o exterior. Foto: Carlos Eduardo Costa.

 

Importante lembrar que tecidos com bloqueio UV, aliados aos sistemas automatizados da marca, reduzem significativamente o aquecimento dos ambientes e diminuem a necessidade de iluminação artificial e ar-condicionado. Para além disso, a Uniflex adota uma abordagem sustentável em diferentes aspectos, priorizando matérias-primas com certificações ambientais e fornecedores comprometidos com práticas sustentáveis.

“Nossos tecidos possuem certificações internacionais, como a Greenguard, que garante baixas emissões de compostos voláteis e melhoria comprovada na qualidade do ar interno. A marca também implementa ações como o reaproveitamento de resíduos têxteis, uso otimizado de matérias-primas e investimentos em eficiência energética”, garante a Head.

 

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O projeto de Rodra Arquitetura para a CASACOR SP chamado “Estúdio Potiguar”, executado por Uniflex Gabriel, utiliza Cortina Uni Plana. Foto: Valentin Studio.

 

E como a Uniflex prevê o mercado de proteção solar nos próximos anos? “Enxergamos um mercado em expansão, cada vez mais atento à eficiência energética, ao bem-estar e à integração entre design e tecnologia. Em um cenário de cidades densas e construções inteligentes, a proteção solar deixa de ser apenas funcional e passa a ser estratégica — colaborando para o desempenho térmico, o conforto dos usuários e a estética da arquitetura. Nesse contexto, a Uniflex está pronta para liderar a transformação, unindo inovação, sustentabilidade e sofisticação em cada solução”, finaliza Silvia, que com olhar sensível e foco em inovação lidera iniciativas que conectam tecnologia, estética e relacionamento com o mercado especificador.

 

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O projeto de José Ribeiro do estúdio Dois Arquitetura para a CASACOR Piauí chamado “Apartamento Dois”, executado por Uniflex Teresina, utiliza Persiana de Madeira Exotic Bision. Foto: Murano Creative.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Redação

ABUP Show movimenta os negócios no setor de decoração

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Com foco no setor de B2B, segunda edição do ano da ABUP SHOW reúne quase 200 expositores no PRO MAGNO Centro de Eventos, em São Paulo

 

Entre os dias 12 e 15 de agosto, a cidade de São Paulo recebe a segunda edição da ABUP SHOW em 2025, desta vez no PRO MAGNO Centro de Eventos, localizado na Zona Norte da capital paulista. O evento B2B, que revela as tendências e novidades do setor, tem como foco um público formado por lojistas, compradores e profissionais do segmento de decoração (como arquitetos, designers e personal organizers). Referência nos segmentos decoração, design autoral, artesanato, mesa posta, utilidades domésticas, têxteis e presentes, a feira – promovida pela Associação Brasileira das Empresas de Utilidades e Presentes (ABUP) – representa uma excelente oportunidade para a geração de negócios entre os visitantes compradores e os expositores presentes. Participam quase 200 empresas expositoras vindas de todas as partes do país.

“Depois do grande sucesso da ABUP SHOW, em fevereiro, a feira retorna no segundo semestre com nova proposta e a fim de movimentar o cenário comercial. A realização do evento em agosto é uma decisão estratégica, pois empresas e lojistas estão se programando para datas fortes no varejo, como Dia das Crianças, Natal e Réveillon, que precisam ser trabalhadas com antecedência” – Jamil Rima, presidente da ABUP.

 

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Peças das marcas Riva, Casa Bonita, Modali Design e Bella Vita / Divulgação ABUP.

 

Entre os exemplos estão nomes como 6F Decorações, A Menor Loja do Mundo, Acqua Aroma, Aho, Angela Maria Atelier, Appel Home, Aurora Decor, Baci Milano, Bella Vita, Casa Bonita, Cejana Pires, Ceyla Lacerda, Cristais Tavares, Decortrico, DZT Objetos, Estúdio Dentro, Herbo, Fernanda Moreira Objetos de Design, Frynea Art, Gabriela Dias Design, Greghi Design, Iludi Design, Imeltron, LENVIE, Luca Millani, Luli Ateliê, M.Victoria, Mameg Home, MCassab, Marco500, Mercatto Casa, Mimo Galeria, Modali Design, Nao Yuasa, Nidos Design, ÓKÁ por Sandra Barreiro, Old Compton, Priscila Vannucchi, Resimetal, RicMelo Design, Riva, Santa Luzia Redes e Decoração, Santo Torno, St. James, Strauss, Studio SALP, Sui Objetos, Traço Um, Vanessa Lazzari etc.

 

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Peças Mundinho Nino e Mundinho A Beira Mar / Divulgação DZT Objetos e ABUP.

 

Como uma associação que atua no crescimento das empresas participantes, a ABUP possui uma área especial no evento para projetos com foco no design e artesanato brasileiros, que visam abrir o mercado para novos e pequenos expositores, assim como profissionais em ascensão. O Projeto Célula, sob a curadoria de Cristiane Rosenbaum, dedica uma área com a proposta de dar visibilidade aos designers com produção independente e em escala reduzida. A Alma Brasileira, também sob a curadoria de Cristiane Rosenbaum, é uma iniciativa de design autoral que destaca marcas e designers independentes que valorizam a arte e a cultura nacionais.

 

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Peças de artistas variados / Divulgação MARCO500 e ABUP.

 

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Cachepôs e vasos, na 6F Decorações / Divulgação ABUP.

 

 

 

 

 

 

 

 

A real prática das hortas urbanas

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Hortas urbanas ganham cada vez mais espaço e impactam diretamente a cidade, ressignificando seus espaços em prol da transformação alimentar.

 

Hortas urbanas nada mais são do que o plantio de plantas, frutas e hortaliças em espaços públicos localizados em zonas periféricas ou em grandes centros urbanos. Chamadas de comunitárias, quando plantadas em espaços coletivos, ou domésticas, quando cultivadas dentro de casas e apartamentos, as hortas providenciam inúmeros benefícios, fortalecendo a biodiversidade. Dentre os principais estão fornecer alimento e abrigo para a fauna local, regenerar o solo e restaurar sua capacidade de absorção de água, abastecer os lençóis freáticos e melhorar a umidade do ar, contribuir para o aumento de áreas verdes aberta aos cidadãos, promover educação ambiental e comunitária, restabelecer o sentido da partilha do espaço, do trabalho, da colheita e do cuidado com o território, reconectar o homem com a natureza e a produção de alimentos, e desenvolver a real prática de compostagem, gestão de resíduos e, consequentemente, redução de lixo orgânico e emissão de gases na atmosfera. 

Segundo dados do instituto de pesquisas ambientais Worldwatch Institute (WWI), algo entre 15% e 20% dos alimentos consumidos no mundo são produzidos em hortas urbanas. A agricultura urbana tem, inclusive, sido apontada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), como estratégia fundamental para a segurança alimentar, para a estabilidade social e para a preservação do meio ambiente nos grandes centros urbanos do planeta. De acordo com a plataforma Sampa Rural, a cidade de São Paulo tem mais de 1.000 hortas urbanas e esse número não para de crescer, tendo sua expansão relacionada diretamente no combate à fome que, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), atinge cerca de 200 milhões de pessoas no mundo.

Cultivar uma horta então é, sem dúvida, uma forma de contribuição para o desenvolvimento sustentável em vários níveis, desde promover serviços ambientais e maior conscientização sobre a importância de consumir alimentos frescos e livres de agrotóxicos, até suprir necessidades e demandas sociais, incentivando uma participação pública colaborativa. Diante disso, o engenheiro agrônomo Antônio Elisandro fala sobre uma Lei estadual que existe em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, “A própria Emater-RS, com o advento da Lei estadual de 2017, dispõe fornecer assistência no processo de acompanhamento, orientação e a técnica no processo de cultivo das hortas urbanas”, explica. 

 

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O telhado do Shopping Eldorado abrange projeto sustentável multifuncional: compostagem com o objetivo de dar destino ecologicamente correto ao lixo orgânico gerado diariamente em suas praças de alimentação, produção de legumes e verduras destinados ao abastecimento dos próprios restaurantes e reuso da água que escorre dos ares- condicionados para irrigar a horta.

 

O Projeto Hortas Urbanas SSA em Salvador, Bahia, conta à CM que no seu estado não existem Leis sobre essa prática na Câmara de Vereadores ou dos Deputados, mas reforça a importância do cultivo urbano e seus impactos à sociedade. “Uma contribuição que fornece mudanças no comportamento nutricional da população e na integração com universidades, grupos sociais e escolas infantis, ajudando de forma efetiva na formação educacional dos envolvidos e na conscientização humana para uma sociedade mais justa e equilibrada”, comentam. 

Já em Curitiba, há uma Proposta de Lei em discussão na Câmara Municipal, que sugere a criação de um incentivo às hortas e jardins urbanos, nos quais a própria comunidade é responsável pelo plantio e manutenção. O projeto prevê a remissão de multas aplicadas pelo Poder Executivo pela má conservação, abandono e falta de manutenção dos terrenos baldios, contanto que o proprietário concorde em destinar o espaço à implantação de uma horta ou um jardim urbano. 

Aliás, a transformação do espaço, mudando práticas individuais para coletivas, carrega consigo um comportamento mais holístico e integrado. Para a bióloga Luisa Haddad, que trabalha com o projeto Pé de Feijão, que objetiva ressignificar a relação das pessoas com a comida através de ações que informem e orientem, tendo as hortas urbanas, a cozinha e a compostagem como plataformas centrais de trabalho, o principal benefício oferecido pelas hortas urbanas está conectado com a educação e conscientização. “Uma horta é lugar de aprendizado para adultos e crianças sobre agricultura, nutrição, sustentabilidade e meio ambiente. Ali é onde se conectam de uma forma afetiva com a comida, tornando capaz de mudar radicalmente a aceitação que uma pessoa tem de consumir mais frutas, legumes e verduras, porque ela se envolveu no processo”, comenta. 

 

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De acordo com Antônio Elisandro, parceiro do Espaço Ecópolis, que atua voluntariamente desde 2011 na Horta Comunitária Lomba do Pinheiro e desde 2021 faz parte da equipe de organização e coordenação da fase inicial do Fórum de Agricultura Urbana de Porto Alegre (FAUPOA), diz que “Os primeiros elementos fundamentais para se iniciar uma horta urbana coletiva, é ter pessoas dispostas chamadas de âncoras que vão disponibilizar os processos coletivos, de preferência que já tenham alguma familiaridade, seja na sua residência ou na sua história de vida rural com o processo de plantio e cultivo. Toda a presença vegetal altera o clima do seu entorno. Mesmo em espaços pequenos, chamados de microclima”, analisa. 

O paisagista Benedito Abbud nos conta que a demanda de hortas nos seus projetos arquitetônicos têm sido solicitada com frequência. De acordo com ele, os condomínios organizam essas hortas e as pessoas fazem uso principalmente quando as cultivam em ambientes gourmets com churrasqueiras, casas de campo, varandas e gazebos. “Em empreendimentos, como prédios e loteamentos, temos solicitado que se façam hortas orgânicas que são maiores e organizadas por agrônomos. Assim, acaba sendo como um elemento de encantamento para o empreendimento”, relata. 

 

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Segundo Isaque Bressan, técnico em agronomia com 41 anos de experiência na área e gestor na empresa Líder Agro: Hortas Urbanas, o primeiro passo para se iniciar um projeto de horta urbana é saber aproveitar os espaços disponíveis e ter as ferramentas básicas para ajudar no plantio e manutenção, como disponibilidade de água para regas diárias, saber o que plantar e cultivar, e fazer uso de insumos corretos para a manutenção, como fertilizantes e protetores para controle de insetos, fungos e bactérias. Patricia Galbo, que é engenheira agrônoma e está há 7 anos empreendendo a agricultura urbana, também discorre sobre o assunto:Deve-se levar em consideração a incidência de luz solar e estilo de vida da pessoa. É preciso fornecer nutrientes e água da forma adequada, observar o desenvolvimento da planta faz toda a diferença quando se fala de cuidados e manutenção”.

E de fato, a forma de plantar e cuidar depende de uma ação coletiva e de vários fatores como temperatura, chuva, quantidade de luz, estação do ano, lua e cultiva escolhida. “A profundidade do solo é que determina a formação das raízes. O ajuste de ph, é necessário para que os nutrientes presentes no solo sejam disponibilizados de forma inteligente para as plantas”, explica Isaque Bressan. É preciso atentar que existe uma maneira correta de intercalar as espécies entre hortaliças e legumes pois existem plantas que são companheiras e outras que são antagônicas. A bióloga Luisa, comenta que “Para as hortas urbanas são indicadas espécies de ciclo curto, por geralmente se tratar de espaços pequenos”. E, de acordo com ela, a forma indicada para nutrir uma horta é ter uma composteira, levando resíduos orgânicos, restos de cascas de frutas e restos de comida. “O composto vindo da compostagem é o melhor adubo existente”, afirma. 

Salvo às questões ambientais e de alimentação, a presença de hortas urbanas traz ainda benefícios mentais e emocionais, contribuindo para a diminuição da ansiedade e depressão. Nos Estados Unidos existem projetos que recomendam frequentar hortas por 4 meses, duas vezes por semana, para casos de depressão leve, técnica chamada de horta terapia. Patricia Galbo comenta que “Consumir alimentos frescos e sem agrotóxicos com certeza é ter mais qualidade de vida. Manter as áreas urbanas das cidades mais esverdeadas de forma produtiva traz uma melhora tanto mental quanto física”. 

Está constatado que o sentimento de colaboração para com a natureza e para com o outro é plena, e não só bem alimenta ao corpo, mas à alma. Muitos dos problemas relacionados à qualidade de vida nas cidades concerne à forma de como elas se desenvolveram. O ambiente urbano se caracteriza pelo concreto, pela velocidade, pelo oposto à natureza, características acentuadas graças ao crescimento intenso e desordenado, sem planejamento adequado. A prática da agricultura urbana sugere superar o distanciamento entre espaços públicos e privados, vegetação e concreto, individual e coletivo, promovendo o respeito às regras locais e aos outros usuários. “Acabam também sendo como um refúgio da fauna. Quando possuímos uma horta urbana temos um micro ecossistema, com abelhas, joaninha, minhocas, entre tantos outros. Estes espaços se tornam um respiro e fornecem a conservação da biodiversidade urbana”, conclui Luisa Haddad. 

 

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Por Redação
Imagens: Divulgação

Arquitetos brasileiros estão entre os finalistas do WAF

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Fundado em 2008, o WAF ganhou destaque por reconhecer projetos em mais de 30 categorias, como o World Building of the YearFuture Project of the Year e World Interior of the Year

 

Entre os dias 12 e 14 de novembro, Miami, nos Estados Unidos, será palco da 16ª edição do World Architecture Festival (WAF), um dos prêmios mais prestigiados da arquitetura mundial. A programação reunirá expoentes do setor e contará com a presença de arquitetos brasileiros entre os finalistas!

Na categoria “Comercial misto” deste ano, dois projetos brasileiros chegam à final: o Leaf Loefgren, assinado pela Perkins&Will, e o WTC Biotic, da Architects Office — este último com uma proposta de urbanismo contemporâneo que preserva áreas naturais e integra arquitetura e paisagem de forma harmoniosa.

 

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Com projeto assinado pela Perkins&Will, o Leaf Loefgren foi concebido para promover o bem-estar dos usuários, incorporando referências nacionais e internacionais e oferecendo espaços versáteis, pensados para diferentes usos. Foto: Neorama/Divulgação.

 

Na categoria “Saúde”, o destaque brasileiro é o projeto do Hospital Infantil Sabará, assinado pela Perkins&Will. Já na categoria “Casa e Vila Rural/Costeira”, entre os finalistas está a PAB House, do SAAG Arquitetura.

 

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O projeto da Casa PAB, assinada por SAAG arquitetura, visou criar um ambiente que reflita tranquilidade, com foco no conforto e na serenidade do interior. Foto: Fran Parente.

 

Entre os finalistas da categoria “Residencial/Habitação única” estão o Angra House, do Studio Arthur Casas, e dois projetos do Studio MK27 — o Flat Fasano e o Patios House. Já na categoria “Projetos Futuros – Casa”, o destaque brasileiro é a Cliff House, criação da arquiteta Fernanda Marques.

 

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A Cliff House teve como princípio a sustentabilidade, preservando a vegetação existente e conectando as áreas sociais, privadas e de lazer. Projeto da arquiteta Fernanda Marque. Foto: Estúdio DoisDois/Divulgação

 

Em 2009, o arquiteto Isay Weinfeld foi o vencedor da categoria “Edifícios Concluídos”, pelo Espaço Havaianas, em São Paulo. O profissional também foi premiado em “Projetos Futuros”, pelo Edifício 360º.

No ano de 2011, o Studio MK27 foi reconhecido na categoria “Edifícios Concluídos” pelo Decameron, em São Paulo. Já em 2012, Isay Weinfeld foi coroado pela terceira vez na categoria “Edifícios Concluídos”, com a Fazenda Boa Vista.

Em 2024, o Studio mk27 recebeu outro destaque pelo Fasano Itaim na categoria “WAF Interiores: Hotéis”, com liderança do arquiteto Márcio Kogan.

 

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Projeto do arquiteto Márcio Kogan, o Fasano Itaim conta com luminosidade natural difusa, layouts sobrepostos e mobiliário que incentiva a permeabilidade visual. Foto: Fran Parente/Divulgação