Em diálogo visual

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Projeto de residência no interior paulista foca em integração e funcionalidade, favorecendo permeabilidade visual entre os ambientes graças ao uso abundante do vidro

 

Um casal com filho único solicitou aos arquitetos Alexandre Ferraz e Elias Souza, sócios do escritório Raiz Arquitetura, uma residência permeável, integrada, funcional, e que tirasse partido do terreno, um pequeno aclive, para aproveitar a vista para o vale. Implantada em ‘U’, a Residência MSA, localizada no condomínio Terras de São José II, no interior paulista, conta com 1.320,27 m² de área construída.

Visando proporcionar maior privacidade e tranquilidade aos moradores, foram realizados diversos estudos sobre as variações térmicas e climáticas da região a fim de entender a melhor forma possível de otimizar a ventilação natural e a incidência solar ideal nos interiores durante todas as estações.

 

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Os usos sociais foram estabelecidos no centro do programa da casa; espaços de lazer, gourmet e cozinha na extremidade mais longa e a fachada de entrada na extremidade mais curta, aproveitando o bloco suspenso no pavimento superior como marquise, bloqueando a incidência solar para quem adentra a casa.

Os interiores do térreo contam com uma ambientação mais leve e integrada, fruto da utilização do elemento do vidro para a criar permeabilidade visual entre os ambientes. No primeiro pavimento, já na entrada, uma ampla sala principal se divide três ambientes: sala de jantar; sala de estar com poltrona e sofá; e espaço para lareira, estruturado em pé direito duplo.

 

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A cozinha da residência se destaca pela presença de uma ilha central e portas de correr, que possibilitam o isolamento e a conexão com os usos sociais e o espaço gourmet. O térreo ainda conta com um lavabo de apoio, sala de TV e um escritório, que se integra visualmente à caixa envidraçada do jardim de inverno. Um elevador conecta o pavimento à garagem no subsolo.

 

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Uma escada, feita totalmente em madeira cumaru, dá acesso aos usos privativos no pavimento superior. O andar conta com 6 dormitórios, sendo duas suítes master para os moradores. A suíte do casal está localizada na menor extremidade e tem parte do revestimento externo feito em madeira ripada, que traz privacidade ao mesmo tempo em que camufla uma das janelas laterais. Esse ambiente ainda conta com um banheiro privativo, que pode se integrar visualmente ao quarto através de caixilhos de vidro.

 

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O posicionamento em uma cota mais alta do terreno foi essencial para garantir maior privacidade aos usuários durante os usos de lazer da residência, que também conta com uma prainha, sauna e um SPA para 6 pessoas. Foi posicionada em frente ao “U” uma piscina com borda infinita, margeando a pele de vidro que revestem parte do ambiente da sala, possibilitando a vista dos interiores para a região do vale.

 

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Por Redação
Imagens: Leonardo Giantomasi

 

 

 

 

Impressão 3D não-planar facilita formas fluidas e curvaturas

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Impressão 3D não planar melhora a precisão e a qualidade de superfície em áreas de alta curvatura, além de reduzir a necessidade de suporte sacrificial e impulsionar a economia de material

 

A impressão 3D tem sido caracterizada pela construção de objetos através da deposição horizontal de material, camada por camada, algo que ainda restringe a fabricação de elementos e limita a forma dos primeiros protótipos dentro da faixa que permite a adição de material em uma única direção, dificultando a criação de formas complexas com curvas suaves.

No entanto, a equipe da disciplina de Tecnologias de Construção Digital na ETH Zurique – integrando design computacional, fabricação digital e novos materiais – tem explorado um método de fabricação aditiva robótica não planar, que facilita a impressão de estruturas finas com dupla curvatura.

 

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Para testar a impressão 3D robótica não planar, a equipe criou ‘Fluid Forms‘, uma concha de 2 metros de altura e 140 cm de largura, composta de plástico PETG translúcido misturado com tons de azul e prata. Durante o processo de fabricação de quase 3 semanas, o braço robótico seguiu caminhos de impressão não planares em um design inspirado pela superfície mínima de Costa. Esta família de formas minimiza a área para um limite dado, resultando em uma geometria com propriedades estruturais notáveis. O protótipo é então materializado através de caminhos de impressão alinhados com suas principais direções de curvatura.

 

 

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A estrutura de 40 peças e 120 quilogramas foi montada através de um método seco usando parafusos para facilitar sua desmontagem e reutilização de suas partes uma vez que a vida útil do projeto tenha acabado. “A orientação do caminho de impressão é controlada através de um método de otimização de campo vetorial que foi ajustado para as necessidades e restrições específicas da impressão 3D não planar. Para aumentar a rigidez da estrutura, são introduzidas ondulações que são ortogonais à direção de impressão”, explica a equipe.

 

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Esses avanços não apenas maximizam a agilidade da fabricação robótica para alcançar maior produtividade e eficiência, mas também revelam mais explicitamente a lógica da geometria que suporta o elemento final, descobrindo uma camada oculta de informação. “A forma permite olhares surpreendentes enquanto se caminha ao redor, às vezes assumindo o papel de uma fronteira opaca e às vezes de uma cortina transparente. Com isso, oferece uma perspectiva sobre uma arquitetura que borra as fronteiras entre dentro e fora e está cheia de cores e surpresas,” acrescentam.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Archdaily- Eduardo Souza (Tradução)
Imagens:  Dominik Vogel, Andrei Jipa

 

Arranha-céu de madeira pretende ser o mais alto do mundo

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Carbono negativo, estima-se que 42% do edifício de 50 andares será construído em madeira e contará com mais de 200 apartamentos

 

O Painel de Avaliação de Desenvolvimento Conjunto do Metrô Interior-Sul (JDAP) de Perth aprovou a proposta da Grange Development para um arranha-céu, atualmente apelidado de edifício C6, que teria quase o dobro da altura do atual detentor do recorde de edifício de madeira mais alto do mundo. Os desenvolvedores afirmam que 42% da torre de de 191,2 metros de altura proposta será construída em madeira, com colunas e núcleo em concreto armado.

O arranha-céu ultrapassará o edifício híbrido de madeira e concreto mais alto do mundo, a torre Ascent, em Milwaukee, no Wisconsin, EUA, que tem 25 andares ou 86 metros, de acordo com o Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano. A estrutura proposta, localizada na Charles Street, em South Perth, também será mais alta do que a futura sede da Atlassian híbrida em madeira em Sydney, que está prestes a reivindicar o recorde da Ascent, mas ainda não foi concluída. Assim como a Atlassian, a proposta torre C6 combinará vigas de madeira laminada com um exoesqueleto de aço para suportar a estrutura.

 

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Edifício de madeira terá 50 andares e mais de 200 apartamentos na Austrália.

 

De acordo com a Grange Development, a torre de 50 andares conterá mais de 200 apartamentos e será o primeiro edifício residencial carbono negativo da Austrália Ocidental, utilizarando 7.400 metros cúbicos de madeira colhida de 600 árvores. Além de usar madeira, o plano de Grange também inclui recursos verdes, como um jardim na cobertura, uma fazenda urbana e acesso dos residentes a 80 novos Tesla Model 3 totalmente elétricos.

“Não podemos cultivar concreto. Nossa aspiração com o C6 é mudar o foco para uma abordagem mais consciente do clima. um novo projeto de código aberto que utiliza metodologia de construção híbrida para compensar o carbono em nosso ambiente construído, que é o maior contribuinte para as mudanças climáticas” – James Dibble, diretor da Grange Development.

 

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Representação artística de um apartamento na torre C6.

 

A obra é uma oportunidade de afirmar uma preocupação genuína tanto com a crise climática mundial. Philip Oldfield, professor associado de arquitetura e chefe da Escola de Ambiente Construído da Universidade de Nova Gales do Sul, esclarece que, do ponto de vista ambiental, o projeto tem “fortes credenciais”. “Normalmente construímos edifícios altos de aço e concreto. O cimento é responsável por 8% de todas as emissões de CO2. Portanto, ao substituir o concreto e o aço por um biomaterial como a madeira, o impacto ambiental do edifício será bastante reduzido”, pontua Oldfield.

Por outro lado, o professor afirma que única maneira de ser carbono negativo seria se o edifício armazenasse mais carbono na madeira do que foi liberado (pelos) outros materiais. “Isso pode ser possível, mas sempre será temporário. Mas no geral, acho que é um grande avanço”, finaliza.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: CNN
Imagens: Grange Development

 

 

 

 

 

 

 

O grafite que ganha as ruas e o lambe-lambe que ganha as casas

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O emblemático lambe-lambe — tipo de cartaz que desde o século XIX é pregado nos muros e postes das ruas como forma de expressão artística, política e cultural – vem sendo escolha para décor de interiores

 

Nos últimos anos, é de se observar uma fascinante transformação: a valorização da arte de rua no Brasil, uma forma de expressão cultural há muito tempo subestimada e marginalizada. O mais interessante é que essa mudança não se limita às ruas das cidades, mas também foi incorporada no design de interiores, seja nas casas, lojas ou escritórios das pessoas, trazendo consigo a essência vibrante e autêntica da arte urbana.

As cidades estão mais coloridas. Projetos de grafite dentro e fora das capitais têm desempenhado um papel fundamental na valorização e legitimação da arte de rua e da cultura Hip Hop como um todo. Essas iniciativas transformam a paisagem urbana, promovem o diálogo cultural, a inclusão social e o empoderamento das comunidades locais ao gerar oportunidades de trabalho para os grafiteiros e democratizar o acesso à arte, promovendo sua apreciação pública.

 

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Se antes São Paulo (SP) era a única referência em grafite no Brasil, hoje outras cidades se destacam nesse campo. Belo Horizonte (MG), por exemplo, se tornou um grande pólo da arte de rua na última década. Para uma capital nascida de um projeto urbanístico de inspiração europeia, com uma educação apegada ao barroco mineiro e o modernismo de Niemeyer, é impressionante que em um intervalo tão curto de tempo a cidade tenha se pintado da arte de origem afro-americana que surgiu contestando o status quo.

Esse novo cenário urbano, aos poucos, molda o olhar das pessoas: oferece um novo repertório estético e cultural, diversifica as referências artísticas e amplia o que se entende por arte. Torna-se natural, então, incluir essas novas referências e narrativas nos espaços da nossa identidade.

 

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Uma das manifestações mais emblemáticas dessa tendência é o lambe-lambe — tipo de cartaz que desde o século XIX é pregado nos muros e postes das ruas como forma de expressão artística, política e cultural — que agora encontra uma nova função dentro da vida das pessoas, sendo usado para dar mais personalidade e originalidade aos ambientes.

A decoração de interiores ganha nova vida com a adesão do lambe-lambe. Artistas locais e trabalhos 100% autorais estão nos conectando mais profundamente com a nossa brasilidade. É possível encontrar trabalhos que partem de elementos da natureza tropical e símbolos culturais do país, em uma verdadeira celebração da diversidade e das riquezas naturais.

 

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Por: Paula Mesquita Lage*,  produtora-executiva do Fábrica de Graffiti, projeto itinerante que humaniza distritos industriais no Brasil por meio da pintura de painéis de grafite e da oferta de oficinas de arte-educação em escolas públicas. Ela também é fundadora da Colado܂art, estúdio de lambe-lambe que produz estampas a partir de obras autorais de artistas visuais parceiros.

Imagens: Fábrica de Graffiti e Colado܂art

 

MASP anuncia maior projeto de preservação do histórico edifício de Lina Bo Bardi

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Ícone da arquitetura moderna brasileira recebe intervenções de restauro nos pórticos vermelhos e no vão livre com patrocínio da AkzoNobel

 

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand anuncia uma importante etapa do projeto de preservação do histórico Edifício Lina Bo Bardi com a realização do restauro e da repintura dos pilares e vigas externas, assim como da laje de cobertura do vão livre – ambas estruturas que apresentam desgastes significativos causados pela ação do tempo e pela exposição às intempéries. “É a primeira vez que essas estruturas passam por um processo que leva em consideração critérios e parâmetros de restauro e preservação do patrimônio histórico. Nós assumimos o compromisso de aplicar metodologias científicas em todas as etapas, mantendo um rigor técnico que será também aplicado durante a obra no vão livre”, explica Miriam Elwing, gerente de Projetos e Arquitetura, MASP.

O restauro dos pórticos conta com o apoio dos patrocinadores master AkzoNobel e Citi. Para recuperar a cor vermelha, que chegou aos pórticos em 1990 para proteger a estrutura de concreto e foi uma escolha da arquiteta Lina Bo Bardi, a AkzoNobel desenvolveu um sistema de pintura de alto desempenho que garante resistência e durabilidade, respeitando a qualidade estética do simbólico vermelho do MASP. “Participar desse projeto é participar da renovação de um símbolo da arte e da cultura no Brasil. Ao renovar suas cores e proteger suas estruturas, estamos dando a nossa contribuição para que o museu possa continuar existindo em seu melhor estado para receber seus visitantes”, comenta Giuliano Tramontini, gerente comercial – Revestimentos Marítimos, de Proteção e para Iates na América Latina da AkzoNobel.

 

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A inovação dos produtos aplicados na obra proporciona um maior espaço de tempo para a manutenção da pintura, preservando as cores características do MASP. Para manter a identidade colorimétrica, a AkzoNobel teve o suporte do seu time de coloristas para alcançar o padrão da cor original. A tonalidade foi batizada como Interfine 878 Vermelho MASP.

 

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AVANÇADAS METODOLOGIAS DE PRESERVAÇÃO E RESTAURO

O MASP tem atuado de forma comprometida com a aplicação das mais avançadas metodologias do campo de preservação, restauro e recuperação estrutural, respeitando a magnitude histórica do seu edifício. Para reparar o concreto armado dos pórticos, são utilizados dois produtos químicos de nanotecnologia que atuam diretamente nos aços da estrutura. O primeiro elimina a ferrugem comprometida e o segundo cria uma proteção para evitar futuras corrosões – os produtos agem de forma não invasiva, sem a necessidade de expor as barras completamente. Para acompanhar e se antecipar a potenciais adversidades, foram instalados sensores de monitoramento em estruturas.

Após solucionar os problemas do aço, é feita a recomposição do concreto nos pontos que ele foi retirado. Com a finalidade de evitar uma aparência desigual com as intervenções, foram desenvolvidas argamassas com diferentes pigmentações, para se adequar às cores existentes no concreto do MASP, que, com o passar do tempo, desenvolveu colorações específicas.

Por último, para aplicar novamente a cor vermelha característica do MASP, a AkzoNobel desenvolveu um sistema de pintura que conta com tecnologia de ponta e oferece extrema resistência com a finalidade de estender a vida útil da renovação. Todos os testes foram acompanhados e aprovados pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, órgão que avaliou tecnicamente e aprovou as soluções apresentadas para a necessidade da construção.

Desde 2015, com a retomada dos cavaletes de cristal e concreto projetados por Lina Bo Bardi, como suporte para as obras, a instituição está desenvolvendo um extenso projeto de preservação do patrimônio histórico com o objetivo de recuperar os conceitos originais da construção e realizar adequações necessárias para acolher as demandas contemporâneas. Inaugurado em 1968, o edifício é um dos mais importantes legados da arquiteta e sua visão de mundo norteia a gestão do MASP, que entende o edifício como parte da identidade e memória da sociedade. Conservá-lo garante modos de compreensão da história e, consequentemente, dos valores que a projetam para o futuro.

O plano de preservação do MASP tem como propósito entregar para a cidade e o país o histórico Edifício Lina Bo Bardi restaurado junto ao projeto de expansão, que consiste em um novo edifício nomeado Pietro Maria Bardi – com 14 andares ocupados por cinco galerias expositivas e duas galerias multiuso, ampliando a área expositiva do museu em 66%. Com a união dos dois prédios, o MASP irá oferecer uma estrutura ampliada para exposições, programas educativos e serviços de restauro de obras, possibilitando ao público maior acesso à cultura.

 

PRESERVAÇÃO DO EDIFÍCIO LINA BO BARDI NA ÚLTIMA DÉCADA

O projeto de restauro dos pórticos iniciou-se com uma pesquisa histórica e um levantamento documental sobre a estrutura do edifício acerca de todas as intervenções implementadas em seus pilares e vigas, desde a sua construção até o período atual. Visando a conservação e preservação da materialidade da estrutura de concreto, foram elaborados testes de campo para a definição dos procedimentos de remoção da pintura existente e de recuperação do concreto, de forma a preservar a sua textura e coloração. Diversos testes também foram feitos para retomar a cor vermelha dos pórticos.

Como parte do conjunto de ações do plano de preservação do edifício, também serão realizados serviços de manutenção e conservação na laje que cobre o vão livre. Essa etapa inclui a limpeza da laje, mapeamento de patologias e testes de recuperação e restauro do concreto armado. As intervenções atendem às crescentes e múltiplas demandas de ocupação do edifício e serão executadas de forma gradual para minimizar o impacto da operação do museu e não comprometer o acesso do público ao espaço. Durante o período de obras, será instalado um tapume no vão por medidas de segurança. Futuramente, a instituição irá realizar o restauro dos bancos, a instalação de guarda corpo de segurança, o refazimento de impermeabilização dos espelhos d’água, das jardineiras e do piso, além da adequação às normas de acessibilidade.

A primeira intervenção se deu com a retirada das divisórias de gesso do 2º andar, retomando os cavaletes de cristal e concreto, projetados por Lina Bo Bardi, como suporte para as obras. Entre 2016 e 2022, o edifício foi adequado às normas de segurança contra incêndio, com mudanças relevantes sem comprometer as características que conferem significância cultural ao edifício. Também foram executados projetos para transformações espaciais nos 1° e 2° subsolos, substituição dos elevadores, reforma do grande auditório adaptado às normas de acessibilidade e a instalação de um novo sistema de iluminação dos pórticos. “A administração atual do MASP, em colaboração com as empresas parceiras e patrocinadores, está dedicando todos os esforços para preservar e honrar o legado do Edifício Lina Bo Bardi, de imensa importância para a cidade e todo o país”, pontua Heitor Martins, diretor-presidente, MASP.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagens: Pedro Truffi

 

Refúgio aconchegante

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Em projeto concebido para proporcionar acolhimento e aconchego, porcelanatos transformam a loja de chocolates Divine

 

Cada vez mais, os consumidores procuram por experiências que vão além de simples produtos e serviços de qualidade. Foi com essa mentalidade que a Divine Chocolates e Café, situada em Encantado, Rio Grande do Sul, criou um novo espaço projetado para envolver os sentidos dos consumidores. Laura Costa Fraporti, responsável pelo projeto, relata que a obra demandava algo verdadeiramente único: “Quando começamos o processo criativo do projeto, levamos isso em consideração e nosso foco principal foi proporcionar experiências a todos que frequentam o espaço, sejam clientes ou funcionários”, pontua Laura.

O estilo arquitetônico do ambiente é clássico, evidenciado pelos móveis provençais, pela presença da madeira, do veludo e o uso pontual da cor dourada em alguns detalhes. Laura comenta que a ideia foi criar diferentes espaços que ofereçam experiências e sensações aos visitantes; uma barra de chocolate gigante, uma cascata de café e salas temáticas foram os principais destaques.

 

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“Buscávamos por produtos de qualidade, resistentes e esteticamente alinhados ao conceito da Divine. Por essa razão, optamos pelos porcelanatos da coleção Copan Fendi Natural, Bali Jatobá Natural, Ibirapuera e o Madero Jatobá da Villagres, distribuídos por todo o projeto”, comenta Laura Costa Fraporti, responsável pelo projeto.

 

Cada sala remete a um país. “Criamos a sala Dubai, país em que a marca Divine importa o chocolate, salas África, Ásia e Europa. De verdade, foi um projeto diferenciado onde é possível oferecer a oportunidade de viver a  experiência de comer um chocolate e tomar um café, desfrutando de um ambiente, pensado cuidadosamente em todos os detalhes, desde o desenho do piso até o detalhe do puxador, do aroma ao barulhinho de água escorrendo na cascata, do aconchego provocado pelos tons quentes ao visual detalhado e personalizado com a marca Divine”, pontua a arquiteta.

 

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Na área interna, o piso foi usado de forma estratégica na área demarcada de fluxo e pontos de destaque da loja. De acordo com a arquiteta, a referência da madeira tanto nos móveis como no piso foi planejada para oferecer acolhimento e harmonia.

 

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Na área externa de aproximadamente 300 m², a intenção foi criar a sensação de um deck tradicional, mas com o uso do porcelanato que reproduz a aparência da madeira e possui acabamento próprio para áreas externas, já que o espaço é aberto e fica sujeito à chuva.

Tile of Spain apresentou “Casa dos Espelhos” durante a Semana de Design de Milão

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A instalação Tile of Spain, projetada pelo Studio La Errería, apresentou produtos de 16 fabricantes de revestimentos cerâmicos no espaço Università degli Studi di Milano

 

Mais uma vez a cerâmica espanhola expôs com uma instalação na Fuorisalone, realizada durante a semana de design mais importante do mundo em Milão. “Casa dos Espelhos” é uma exposição experiencial projetada pelo escritório de arquitetura La Errería * que vai além de uma instalação convencional, pois oferece uma experiência ilusória entre espelhos e estruturas mostrando as cerâmicas instaladas de diferentes ângulos, o que representou a versatilidade dos produtos disponíveis nos catálogos da empresa Tile of Spain. No total, a instalação incluiu produtos de 16 marcas de cerâmica espanholas: Arcana, Azteca, Cevica, Colorker, Cristacer, Decocer, Dune, Equipe, Gayafores, Grespania, Natucer, Realonda, Tau, Undefasa, Vives e WOW Design.

Esta participação fez parte do plano promocional espanhol de azulejos em Itália, co-financiado pela ICEX Spain Exports and Investments e pela ASCER, e gerido pelo Gabinete Económico e Comercial Espanhol em Milão.

A instalação “Casa dos Espelhos” faz parte de um dos seis espaços que a revista INTERNI, que completa 70 anos, tem na Università degli Studi di Milano, mais conhecida como La Statale, na Via Festa del Perdono 7. Milão, com os inúmeros espaços de exposição no Fuorisalone, tornou-se a capital do design e o foco de mídia para profissionais relacionados à decoração, arquitetura e design.

 

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INTERNI Cross Vision – Paolo Consaga / Fotografia: Revista INTERNI

 

A instalação projetada por La Errería ofereceu uma viagem visual única através de uma série de módulos cerâmicos que se refletiam infinitamente e convergiam em uma única obra de arte. Cada módulo era composto por três espelhos que, estrategicamente dispostos, davam forma a estruturas com contornos variáveis.

A magia começou quando os espelhos, juntamente com a cerâmica exposta, multiplicaram infinitamente as imagens das pessoas e do ambiente circundante. O resultado foi um trabalho perfeito na forma, composto por três lados, mas ilógico e ilusório, onde as cerâmicas se multiplicam em todas as direções, usando menos material e ocupando menos metros cúbicos. A instalação se encaixou perfeitamente no slogan escolhido pela INTERNI para sua exposição: ‘CROSS VISION’, que busca explorar novas possibilidades e abrir caminhos para um futuro mais inovador e sustentável.

Os visitantes foram convidados a mergulhar em um labirinto de reflexões, onde cada passo revelava novos cenários protagonizados pelas cerâmicas expostas. Desta forma, menos material foi utilizado, e a instalação ocupou menos metros cúbicos, tornando-se um excelente elemento para mostrar a diversidade de formatos, marcas, acabamentos e cores oferecidos pelos fabricantes de azulejos da Espanha.

 

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INTERNI Cross Vision – Saverio Lombardi Vallauri / Fotografia: Revista INTERNI

 

Por ocasião desta participação no Fuori Salone, foi desenhado um catálogo digital online, mobile first, no site promocional tileofspain.it com os contactos das empresas participantes e os desenhos apresentados.

A cerâmica espanhola também ocupou outros espaços no Fuorisalone, como o “Appartamento Spagnolo”, organizado pela ICEX em conjunto com a revista Elle Decor Italia no histórico Palazzo Castiglioni, com produtos da WOW Design; a exposição “Aqua: uma exploração de design” organizada pela Archiproducts na área de Tortona, com a participação da marca cerâmica Harmony. Outras empresas também organizaram atividades e conferências em seus showrooms durante a semana, como foi o caso da Porcelanosa.

 

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INTERNI Cross Vision – Paolo Consaga e Saverio Lombardi Vallauri / Fotosgrafia: Revista INTERNI

 

 

 

 

 

Brasil ainda aguarda o desligamento de 28 barragens com alerta de risco de rompimento

baixados

Segundo estudos, mais da metade das 53 estruturas listadas para desativação estão localizadas no estado de Minas Gerais

 

Relatório divulgado em dezembro de 2023 pela Agência Nacional de Mineração (ANM) aponta que o Brasil tem ao todo 53 barragens que aguardam desligamento, com destaque para Minas Gerais que possui 34. De acordo com o documento, 28 dessas estruturas estão avaliadas com algum nível de risco de rompimento.

Rogério Neves, CEO da CPE Tecnologia, empresa que atua no mercado de soluções para geotecnologia, comenta que “casos como os ocorridos em Mariana e Brumadinho já deveriam ter sido o suficiente para que as barragens em situação de risco fossem desativadas. Os dois casos nos mostram que devemos abrir os olhos sobre os perigos de não supervisionar grandes estruturas como essas. Com o novo PAC trazendo um grande investimento para os setores de infraestrutura e construção, o poder público e a iniciativa privada precisam trabalhar para monitorar essas barragens, fazer obras necessárias e mitigar quaisquer riscos”.

Segundo Neves, uma das melhores formas de se realizar o monitoramento de barragens se dá pela utilização de equipamentos e ferramentas de geotecnologia. “Algumas tecnologias, como lasers scanners, que fazem varreduras em grandes áreas ou ambientes fechados e podem ser acoplados em drones, ecobatímetros, que fazem a análise de terreno submerso, entre outras, são exemplos de ferramentas que podem ser utilizadas para essa atividade”, comenta.

“Essas tecnologias, por auxiliarem na captação de informações relevantes para os profissionais da área tomarem decisões estratégicas, são recursos muito importantes para auxiliar topógrafos, engenheiros e outros profissionais a identificarem com rapidez e precisão quais os problemas na estrutura, sua gravidade e como proceder, pensando também na população que pode ser afetada”, afirma o executivo, que acrescenta que “é preciso investir em tecnologia e capacitação da mão de obra, não apenas para identificar os problemas, mas para que alguma atitude seja tomada antes de outra catástrofe”.

Sob uma ótima mais polivalente, os equipamentos inclusive podem ser utilizados não só em atividades como monitoramento de barragem industrial e barragem de mineração, fiscalização de acúmulo de água, mas também para fiscalização ambiental, prevenção em áreas de desmatamento, vistoria de licenciamento ambiental e gestão de monitoramento de unidades de conservação.

 

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Fonte: CDI Com
Imagem: CPE Tecnologia