Integrando performance, design e sustentabilidade em seu estande, participação da Trisoft reforça o posicionamento da marca como agente de transformação
Como patrocinadora Diamante da Inter-Noise 2025, a Trisoft apresenta um espaço que convida os visitantes a escutarem — e sentirem — o futuro da acústica. A instalação da marca propõe uma jornada imersiva por soluções que aliam tecnologia, estética e responsabilidade ambiental, posicionando a Trisoft como referência em conforto acústico sustentável.
Projetado para dialogar com os sentidos, o estande convida os participantes a atravessarem uma sequência de arcos iluminados, em um túnel que reproduz a atmosfera natural de uma floresta. Elementos como forros orgânicos, painéis de parede e nuvens acústicas se integram ao conceito de imersão, refletindo a versatilidade da lã de PET reciclada como matéria-prima de design e engenharia.
Com mais de 60 anos de trajetória, a Trisoft já transformou mais de 6 bilhões de garrafas PET em soluções acústicas decorativas, térmicas e funcionais. Toda a linha é 100% reciclável, livre de aditivos químicos, atóxica, hipoalergênica e de fácil instalação. Além disso, a empresa mantém um sistema próprio de logística reversa, reafirmando seu compromisso com a inovação responsável.
A Inter-Noise, conferência internacional anual sobre controle de ruído e acústica, organizada pelo International Institute of Noise Control Engineering (I-INCE), representa um marco para o setor de acústica mundial — e a participação da Trisoft reforça o posicionamento da marca como agente de transformação. Ao integrar performance, design e sustentabilidade, a Trisoft prova que o futuro da acústica não precisa abrir mão do conforto — nem do planeta. Este ano, o evento será realizado em São Paulo, Brasil, de 24 a 27 de agosto, no WTC Events Center e Sheraton WTC Hotel.
Com expositores do Brasil e de países da América Latina, o Rotas também apresenta uma programação especial de Talks, reunindo artistas, curadores, pesquisadores e especialistas
Após três edições bem-sucedidas como Rotas Brasileiras, a feira evolui e passa a se chamar SP-Arte Rotas. A mudança reflete um movimento já presente: ampliar o olhar para além do território nacional, sem perder de vista os vínculos com a produção artística brasileira.
SP-Arte Rotas é uma feira de arte que se move com o tempo. Nascida com o olhar voltado para a produção brasileira, ela se reinventa para refletir a pulsação do mundo contemporâneo. Mais do que um território geográfico, Rotas é uma plataforma de conexões, deslocamentos e descobertas. Um ponto de convergência entre artistas, galerias e públicos que traçam os rumos da arte agora. Este ano, de 27 a 31 de agosto, a SP-Arte Rotas ocupará a ARCA com cerca de 66 projetos curados, reunindo galerias, instituições culturais e iniciativas que expandem o debate sobre arte contemporânea.
Orbitam esta edição temas como erotismo, território e ambientalismo em suportes variados, entre pinturas, esculturas, cerâmicas e obras têxteis. A feira amplia seu escopo curatorial e consolida sua vocação como um espaço de descoberta, conexões e circulação da arte brasileira e latino-americana.
Pelo segundo ano consecutivo, Rodrigo Moura, curador do Malba (Buenos Aires), assina a direção artística de Rotas. Ele também é o responsável pelo setor Mirante, que reúne artistas de gerações e pesquisas distintas entre si: pinturas, esculturas e instalações, principalmente em grande escala. O Mirante se coloca no centro da feira como um disparador de rotas e reflexões, provocando diálogos em torno das várias identidades brasileiras.
Entre os nomes confirmados estão galerias de trajetória consolidada como Luisa Strina, Almeida & Dale, Gomide&Co, Mendes Wood DM, Vermelho, Luciana Brito, Flexa, Galatea, Mitre e Martins&Montero, ao lado de estreantes na feira como MT Projetos de Arte, MaPa Foto, Isla Flotante (Argentina) e Xapiri Ground (Peru).
A programação de conversas vai de quinta, dia 28 de agosto, a sábado, dia 30, e contempla papos descontraídos entre artistas e curadores. As mesas não serão transmitidas ou gravadas, então a oportunidade de vê-las é ao vivo.
Dia 28 de agosto, quinta-feira:
15h | Rebeca Carapiá conversa com Deri Andrade
16h | Para além da visão
Vivian Caccuri e Karola Braga; mediação de Felipe Molitor
17h | O reencontro com Otto Stupakoff
Bob Wolfenson e Rubens Fernandes
18h | Como nasce um museu: a chegada do Museu Vassouras
Catarina Duncan e Laura Rago
Dia 29 de agosto, sexta-feira:
15h | Latin American Art in a Global Context
Vivian Crockett, Eugenio Viola, Larry Ossei-Mensah e Margot Norton
(em inglês)
16h | Arte brasileira e internacionalização: a perspectiva do artista
Tiago Mestre e Edu Silva; mediação de Brunno Silva
17h | Manauara Clandestina conversa com Deri Andrade
Dia 30 de agosto, sábado:
14h30 | Do alto do Mirante
Rodrigo Moura conversa com Paloma Bosquê, Patricia Leite e Ana Prata
16h | Arte popular: como colecionar
Edmar Pinto Costa e Alexandre Martins Fontes; mediação de Amanda Tavares
17h | Transe: found in translation
Lucas Albuquerque, Caio Carpinelli, Emilia Estrada, Fernão Cruz, Marina Woisky e Marlan
Cotrim
A SP-Arte tem se dedicado, ano após ano, a fortalecer sua programação VIP e a construir pontes entre o Brasil e o mundo. Nesta edição de SP-Arte Rotas, a feira mais do que duplicou o número de convidados internacionais em relação ao ano passado, entre curadores, diretores de instituições, pesquisadores, colecionadores e outros profissionais que atuam em diferentes pontos do circuito da arte contemporânea.
Entre esses nomes, estão Lucas Morin, curador do Jameel Arts Centre, em Dubai; Vivian Crockett, curadora do New Museum, em Nova Iorque; Larry Ossei-Mensah, curador, crítico e cofundador da Artnoir, ONG dedicada a ampliar vozes de artistas, curadores e comunidades negras nas artes; Jennifer Inacio, curadora-associada no Pérez Art Museum Miami e Katherine Brodbeck, curadora de arte contemporânea no Dallas Museum of Art. Pelo segundo ano consecutivo, também vem para a feira o colecionador David Teplitzky e Will Palley, apresentador do podcast “Art From the Outside”.
SP-Arte Rotas 2025 Local ARCA – Av. Manuel Bandeira, 360 – São Paulo. Data 27–31 agosto Horários
27 de agosto: convidados
28 de agosto: 13h às 20h
29 e 30 de agosto: 12h às 20h
31 de agosto: 12h às 19h
Conheça três pavilhões da Bienal de Arquitetura de Veneza 2025 que se destacam por suas soluções focadas em sustentabilidade e em respostas inventivas aos desafios urbanos e ambientais atuais
A Bienal de Arquitetura de Veneza 2025 – 19ª Mostra Internacional de Arquitetura, se configura como um dos eventos mais importantes do calendário global de arquitetura, reunindo arquitetos, designers e pensadores de todo o mundo. Desde maio deste ano, a exposição oferece uma plataforma para explorar tendências contemporâneas, inovações sustentáveis e abordagens criativas frente aos desafios urbanos e ambientais. Com pavilhões nacionais, exposições individuais e instalações experimentais nos espaços icônicos de Giardini e Arsenale, a Bienal promove um diálogo global sobre o papel transformador da arquitetura na sociedade, conectando o legado histórico de Veneza à visão futura da profissão.
Abaixo, destacamos três pavilhões que se sobressaem por suas propostas inovadoras, centradas em soluções sustentáveis e em respostas inventivas – e ancestrais – aos desafios urbanos e ambientais atuais; projetos que ilustram como a arquitetura pode assumir um compromisso socioambiental, oferecendo referências valiosas para a construção de cidades mais resilientes e inclusivas.
Pavilhão Ucraniano – uma arquitetura vernacular e de emergência
O pavilhão ucraniano na 19ª Exposição Internacional de Arquitetura – Bienal de Veneza investiga a convergência entre técnicas de construção tradicionais e soluções improvisadas em contextos de guerra. Intitulada “DAKH (ДАХ): Hardcore Vernacular”, a mostra explora o conceito de telhado (“dakh” em ucraniano) como abrigo fundamental na arquitetura, analisando tanto a tradição construtiva do país quanto a realidade contemporânea marcada pela vigilância aérea de seu território. Sob a curadoria de Bögdana Kosmina, Michał Murawski e Kateryna Rusetska, a exposição apresenta seis instalações na Sale d’Armi do Arsenale e um programa itinerante chamado Hardcore Planetário.
O elemento central da exposição, DAKH , é uma pré-imagem dinâmica de um telhado vernacular ucraniano, concebido pela arquiteta, artista e curadora Bögdana Kosmina. Sua forma, estrutura, materialidade e espírito emergem do Atlas da Arquitetura Tradicional Ucraniana , um projeto de pesquisa de 50 anos realizado por três gerações de arquitetas: Tamara, Oksana e Bögdana Kosmina. O objetivo do elemento é afirmar que os processos de reconstrução a longo prazo têm muito a aprender com a inteligência enraizada do vernáculo emergencial, e que o processo de reparo deve começar enquanto a devastação e o perigo ainda persistem.
A exposição que compreende seis elementos – dentre registros e documentos audiovisual. Já o programa Hardcore Planetário tem como objetivo construir conexões entre a Ucrânia e coletivos internacionais, explorando as seguintes questões: Como a experiência do vernáculo de emergência difere entre os lugares sujeitos à guerra? Como o “hardcore” do tempo de guerra, as muitas camadas de tecido geológico, social e construído, funcionam como um local de comunalização? Como a coletividade de emergência em condições de guerra pode ser transformada em um assentamento social sustentável, equitativo e justo?
Exposição ucraniana na 19ª Bienal de Arquitetura de Veneza, 2025. Imagens: Valentyna Rostovikova.
Pavilhão Marroquino – a terra como um material de construção sustentável
O Pavilhão Marroquino destaca a arquitetura marroquina de terra e as técnicas tradicionais de construção. A mostra, intitulada Palimpsesto Materiae, foi curada pelos arquitetos Khalil Morad El Ghilali e El Mehdi Belyasmine. Unindo técnicas tradicionais e recursos digitais, a exposição apresenta trabalhos têxteis da arquiteta e artista Soumyia Jalal, acompanhados de hologramas de artesãos e instalações sensoriais. A narrativa enfatiza a terra como recurso renovável e material sustentável, destacando a construção em terra como elemento essencial para preservar o patrimônio arquitetônico e enfrentar desafios ecológicos e sociais contemporâneos. Palimpsesto Materiae convida a repensar a relação da arquitetura com os materiais de construção, promovendo práticas construtivas profundamente conectadas às tradições locais.
A instalação se debruça sobre a rica tradição da arquitetura milenar em terra do país, revelando suas sutis variações regionais e investigando de que maneira práticas ancestrais podem oferecer respostas aos dilemas contemporâneos. No contexto da exposição, a construção em terra é apresentada como um repertório de técnicas que têm na terra crua seu material central, contemplando métodos históricos como taipa, adobe e espiga. Entre os atributos ressaltados estão o reduzido impacto ambiental, a eficiente regulação térmica e a valorização de recursos locais. O conceito dialoga ainda com a arquitetura em terra em sentido amplo, englobando o uso de materiais naturais — lama, argila e solo — como elementos estruturantes e expressivos na construção.
Pavilhão marroquino na 19ª Bienal de Arquitetura de Veneza. Imagens: Samuele Cherubini.
Pavilhão Mexicano – o potencial ecológico dos sistemas agrícolas ancestrais
Intitulada “Chinampa Veneta”, a participação mexicana na 19ª Exposição Internacional de Arquitetura – Bienal de Veneza convida à reflexão sobre a maneira como habitamos, cultivamos e projetamos o mundo que compartilhamos. Frente à crise ecológica global, a exposição destaca as chinampas, antigo sistema agrícola mesoamericano com mais de quatro mil anos de história. Esse saber ancestral, que entrelaça paisagem, infraestrutura e técnica, é reinterpretado no contexto da Bienal, criando um ecossistema vivo dentro da cidade de Veneza. O Pavilhão Mexicano se desdobra em duas “encenações”: uma instalada no Arsenale e outra construída sobre a água.
As Chinampas ainda são usadas hoje em Xochimilco, um ecossistema histórico de lagos ao sul da Cidade do México, onde apoiam o cultivo de flores, vegetais e outros alimentos. Erguidas em lagos rasos a partir de blocos retangulares de sedimentos, lama e vegetação, essas estruturas formam padrões geométricos que geram canais e ampliam as margens dos lagos, criando refúgios ecológicos para a biodiversidade. Como um sistema ancestral, cada componente desempenha funções essenciais para a vida: captura de carbono, purificação da água, produção de alimentos e geração de oxigênio. Segundo os curadores da exposição, as chinampas ilustram uma concepção de mundo na qual os seres humanos fazem parte integral dos ciclos naturais, um equilíbrio que, segundo eles, foi interrompido pelo impulso da modernidade de exercer controle sistemático sobre a natureza.
A exposição enfatiza que a saúde do solo está diretamente ligada ao bem-estar da sociedade. A equipe curatorial descreve sua abordagem como “encenações”, incorporando o conceito de processos naturais na exposição por meio de dois projetos que recriam o sistema chinampa. Ambas as partes da exposição também estabelecem fortes conexões com o contexto veneziano, adicionando uma interpretação contemporânea ao sistema tradicional.
A primeira encenação está localizada dentro do Arsenale e mostra chinampas em vários estágios de desenvolvimento, começando com a regeneração de uma chinampa a partir de um chapin, um pequeno cubo de lama rica em nutrientes que contém uma semente. A segunda encenação flutua na Lagoa de Veneza, evocando o Teatro del Mondo de Aldo Rossi, que concebeu o teatro como um fulcro entre a arquitetura e a imaginação. Aqui, o teatro se torna o Chinampa del Mondo, de frente para o ambiente construído da cidade.
Pavilhão mexicano na 19ª Bienal de Arquitetura de Veneza, 2025. Imagens: Ricardo de la Concha.
Chinampa Veneta, 2025, Colagem sobre uma imagem do Teatro del Mondo de Aldo Rossi. Imagem: Divulgação. Chinampa Veneta.
Fonte Bienal de Arquitetura de Veneza 2025/Archdaily
Com a mostra “Cyclus”, ateliê nasce como novo espaço expositivo e local de experimentação
Concebido como obra site-specific, inteiramente pensado, produzido e pintado pelo artista Eduardo Faduled, a Faduled Art Studio inaugura hoje, 16 de agosto, no bairro do Jardins, região nobre da capital paulista. Concomitante à abertura do espaço, o artista nascido em Goiás em 1980 e radicado em São Paulo desde 2000, anuncia a mostra “Cyclus”, em que apresenta 20 obras inéditas, entre desenhos e pinturas.
O espaço que agora abriga ateliê e exposição, localizado na Rua Haddock Lobo, “era uma tela em branco, um cubo vazio, com paredes intactas, exatamente o que buscava à época”, conta o artista visual. Após dois anos de acirradas e ininterruptas intervenções, o ambiente hoje é composto, predominantemente, por cores azul, rosa, dourado e preto, preenchido, agora, do teto ao chão com formas fluidas e performáticas.
Os 60 metros quadrados do espaço também estão emoldurados por quadriculados em led e outros materiais, como colagens e poliuretano. O ateliê Faduled Art Studio é, nas palavras de seu fundador, um convite ao espectador para experimentar sua interpretação de experiência estética. Para ele, a concepção do local foi uma performance, assim como se dá toda a sua atuação na arte.
“Cyclus” que significa ‘clico’ em latim, “representa, na minha visão, um período intenso de criação do espaço e das obras num determinado contexto. Nesse sentido, ciclo remete a um tempo determinado de uma criação específica, que foi concebida, regada, acumulada e guardada por esses dois anos. A exposição, ao mostrar o lugar e abrir ao público completa esse ciclo, e um novo se abre. A própria linguagem dos trabalhos de se criar uma ideia de camadas simbólicas em que as borboletas/mariposas carregam, também influi num ciclo de começo, meio e fim” – Eduardo Faduled
Ambiente ateliê Faduled Art Studio. Foto: Paulo Freitas.
O nome do Studio é outra construção: Fadul, seu sobrenome de origem árabe-libanesa, significa ‘nobre’, ‘virtuoso’ que, somado ao final ‘ed’, iniciais de Eduardo, intitula o estúdio que, sem qualquer pretensão, mas como qualquer projeto, nasce para ser vitorioso. Graduado em economia, trabalhava em um banco e, expatriado pela empresa para Nova Iorque, onde viveu por dois anos, ganhou o ‘codinome’ Faduled para contatos de email corporativo. E tem mais: o prefixo ‘fadu’, significa destino e quando somado ao sufixo ‘led’ que em latim, significa luz, podem ser lidos, juntos, como ‘destino iluminado’.
Com três ‘momentos’ distintos, sendo estúdio, ateliê e espaço expositivo, todos entrelaçados, o estúdio funciona como espaço fotográfico e audiovisual em meio a anteparos. O ateliê concentra a produção artística e o espaço expositivo compõe-se de mapoteca e arara. O discurso visual que abrange todos os trabalhos é resultado do arcabouço de informações visuais, ideias e conhecimento adquirido ao longo dos estudos, visitas em exposições e experiências pessoais. De desenho solto e linguagem fluida, o carvão vegetal é na maior parte das vezes o ponto de partida para suas criações. Assim, inclusive, nasceram os desenhos que preenchem as paredes de seu ateliê. Inspirado por nomes como Henri Matisse, Basquiat, passando por Willem de Kooning e Andy Warhol, lona e outros materiais são a base para registrar essa interlocução entre os artistas e suas respectivas obras, nas criações de Faduled.
Faduled Art Studio – @faduled.art
Exposição: Cyclus
Rua Haddock Lobo, 1244 – 2º andar
Período expositivo: 18 de agosto a 19 de setembro
Horário de visitação: segunda à sexta-feira das 13h às 18h – Fecha sábados e domingos
Entrada gratuita
Artista Eduado Fadul Teixeira em ambiente de ateliê Faduled. Foto Paulo.
O evento híbrido reuniu cerca de mil pessoas e contou com a participação da apresentadora Ana Hickmann
No último dia 08 de agosto, a Blindex®, marca com mais de 70 anos de tradição na fabricação de vidros de segurança, realizou a quinta edição do Fórum “Transparência com Elas”, sob o tema “O Momento da Colheita”. O evento reuniu cerca de mil pessoas para discutir a participação da mulher na indústria vidreira e no mercado de trabalho como um todo. O evento faz parte da campanha que acontece em todo o Brasil, chamada “Agosto Lilás”, que tem o objetivo de conscientizar e mobilizar a sociedade pelo fim da violência contra a mulher.
O Fórum foi conduzido por Glória Cardoso, Gerente Geral da Blindex, que durante todo o evento conectou o público à mensagem central: cada passo, desafio e conquista na trajetória de uma mulher faz parte de um poderoso ciclo de plantio e colheita.
A Orquestra Sinfônica Jovem Chiquinha Gonzaga, formada exclusivamente por meninas da rede pública de ensino do Rio de Janeiro, fez a abertura do evento e na sequência, a filósofa Kelly Aguiar conduziu uma reflexão profunda sobre propósito, resiliência e o valor atemporal de cultivar ideias, trazendo à tona as barreiras invisíveis do universo feminino no ambiente de trabalho.
Bia Kern, Presidente do IMEC, Instituto Mulher em Construção, contou a sua história e os desafios da formação técnica de mulheres em situação de vulnerabilidade, mas também lembrou que as mulheres são muito mais detalhistas e cuidadosas nas obras, por exemplo. Bia também compartilhou histórias transformadoras de empreendedorismo social, mostrando como o trabalho prático e o engajamento comunitário podem mudar vidas — especialmente de mulheres em situação de vulnerabilidade. “O Instituto já formou mais de 8 mil mulheres e estamos animadas com os avanços da primeira turma de mulheres vidreiras, que está recebendo total apoio da Blindex”, comemora a Presidente.
Thays Oliveira, fundadora da “Plantinha de Geladeira”, falou sobre os desafios do empreendedorismo feminino, como idealizou seu produto com base em design emocional e a repercussão depois que a apresentadora Ana Maria Braga conheceu e divulgou o seu produto no programa Mais Você.
Para encerrar, a apresentadora Ana Hickmann e a delegada Dannyella Pinheiro, Titular da 3ª Delegacia da Mulher em SP, exploraram o tema “Quando o silêncio dá lugar à voz alta – O papel da liderança na preservação da segurança da mulher” e enfatizaram como é importante denunciar os casos. A conversa, mediada por Glória Cardoso, mesclou experiências pessoais com estratégias práticas de liderança, reforçando que respeito, segurança e igualdade é uma responsabilidade coletiva.
“O momento da colheita não é apenas uma celebração. É um chamado à ação para nutrir as sementes que plantamos ao longo dos anos e para garantir que s mulheres também recebam um campo fértil, repleto de oportunidades e igualdade. Essa é uma mobilização importante que reafirma o nosso compromisso com a construção de um ambiente de trabalho mais seguro e acolhedor para as mulheres”, finaliza Glória.
O evento foi híbrido e transmitido ao vivo no YouTube. A gravação está disponível no canal oficial da empresa.
Hoje, mais do que potência e beleza, a escolha por um aparelho ou acessório envolve impacto sustentável, ciclo de vida do produto e economia a longo prazo
Nos últimos anos, a cozinha deixou de ser apenas um espaço funcional onde se prepara refeições e passou a ocupar o centro das atenções em projetos de arquitetura e interiores. O espaço se transformou em um ambiente de convivência, expressão de estilo e, principalmente, em um laboratório de inovações tecnológicas.
Nesse cenário, os eletrodomésticos assumem papel de protagonistas, não apenas pelo design arrojado, mas pela capacidade de aliar alta performance com responsabilidade ambiental. Mais do que tendência, trata-se de uma evolução inevitável, impulsionada por uma nova geração de consumidores e profissionais que entendem que viver bem hoje é, de fato, viver de forma responsável.
Indo de encontro a esta demanda, os eletrodomésticos atuais incorporam sistemas inteligentes que otimizam o uso de energia, água e tempo. A redução no uso de recursos naturais é um dos pilares dos lançamentos mais recentes. Máquinas de lavar louça, por exemplo, utilizam sensores para adaptar o ciclo à quantidade de louça e ao nível de sujeira, economizando até 80% de água em comparação com a lavagem manual. Já os refrigeradores classe A+++ consomem até 60% menos energia do que modelos antigos, graças à melhoria nos compressores e no isolamento térmico.
De acordo com Joyce Nardin, gerente de marketing do Grupo TECNO, os lançamentos da marca unem a praticidade de modulagem de Duos de refrigeradores e freezers de 60 cm, à já reconhecida tecnologia de performance em preservação de alimentos. “O sistema Multi-flow de circulação de ar, funções Drink Cool, Super Cool (resfriamento) e Super Freeze (congelamento rápido), entre outras tecnologias, fazem parte dos nossos produtos. Além disso, refrigeradores com certificação RoHS garantem que não há utilização de substâncias perigosas em sua fabricação, tais como o chumbo, mercúrio, cádmio e certos tipos de cromo e bifenil”, sinaliza.
Os refrigeradores VINTAGE DUO TR28 e TR32, de 60 cm de largura, chegam para complementar cozinhas de alto desempenho sem renunciar à estética. Os modelos oferecem resfriamento e congelamento mais eficiente dos alimentos, com menores níveis de ruído e de consumo de energia.
Além dos eletrodomésticos tradicionais, diversas soluções tecnológicas vêm sendo incorporadas aos equipamentos e acessórios da cozinha, ampliando a funcionalidade, o conforto e a personalização. Atualmente, é possível criar rotinas integradas, contribuindo para uma gestão mais eficiente de recursos. Torneiras com sensores de movimento e arejadores evitam o desperdício de água, enquanto sistemas de filtragem e reaproveitamento de água residual ganham espaço como soluções sustentáveis e tecnológicas.
Paulo Galina, gerente de marketing da Lorenzetti, sinaliza como a marca alia soluções inteligentes à sustentabilidade, buscando o equilíbrio entre desempenho e consumo consciente. “Nos metais para cozinhas, a marca incorpora atributos indispensáveis, como acionamento rápido e suave com vedação cerâmica ¼ de volta, que proporciona maior controle no fechamento e abertura da água, evitando gotejamentos e vazamentos. As torneiras e monocomandos também contam com arejadores, que misturam ar ao fluxo e reduzem significativamente o consumo de água sem comprometer a pressão, proporcionando uma experiência de uso mais confortável, eficiente e funcional. Já as bicas móveis e/ou flexíveis nos produtos facilitam o direcionamento da água, agilizando as tarefas e contribuindo para evitar desperdícios”, informa.
A Lorenzetti foi, inclusive, pioneira ao apresentar para o mercado as bicas flexíveis de silicone com a linha Loren Flex. “Para a Lorenzetti, a cozinha do futuro será um ambiente que combina praticidade, inovação, sustentabilidade e design, refletindo os novos hábitos e as necessidades do consumidor moderno. A marca acompanha de perto as feiras internacionais e realiza pesquisas com consumidores e profissionais da área, o que a permite lançar soluções inovadoras e alinhadas às expectativas do mercado”, ressalta Paulo.
O Loren Loft Gourmet é a escolha ideal para cozinhas e espaços gourmet compactos. Com linhas suaves e um elegante acabamento brushed nickel, o monocomando se destaca pela saída independente para água filtrada, proporcionando mais praticidade e sustentabilidade no dia a dia.
Ainda, na nova geração de eletrodomésticos, sensores, inteligência artificial e algoritmos de aprendizado se aliam para criar experiências cada vez mais personalizadas, inclusive no combate ao desperdício. A chamada “Internet das Coisas” (IoT) transformou os eletrodomésticos em dispositivos conectados a um ecossistema digital doméstico. Por meio de smartphones ou tablets, o usuário pode monitorar, controlar e até diagnosticar falhas nos equipamentos remotamente. Já existem modelos que se comunicam com assistentes virtuais como Alexa, Siri ou Google Assistant, respondendo a comandos de voz.
Refrigeradores com sensores que monitoram os níveis de temperatura e umidade garantem melhor conservação dos alimentos com menor gasto energético. Algumas já contam com inteligência artificial para sugerir receitas com os ingredientes disponíveis, fazer lista de compras ou enviar alertas sobre o vencimento de produtos, reduzindo o desperdício alimentar.
Os fornos e cooktops inteligentes, por sua vez, oferecem controle preciso de temperatura e conectividade via aplicativos, permitindo programações à distância e até mesmo ajustes automáticos com base no tipo de alimento. Aqui, a automação garante não só praticidade, mas menor consumo de energia ao evitar aquecimentos desnecessários. Tainá Schwamberger, Gestora de Comunicação e Marketing da Fischer, nos conta que eficiência energética é um assunto tratado com muita responsabilidade pela marca. “Somos a única marca que disponibiliza uma calculadora energética em nosso site. Com ela, é possível selecionar um produto, indicar o tempo de uso e escolher a fornecedora de energia da sua região. Em poucos cliques, o consumidor descobre quanto custa usar os produtos Fischer. Isso gera mais segurança, transparência e, claro, eficiência”, sinaliza.
Segundo Tainá, a marca investe em pesquisa e desenvolvimento com o objetivo de trazer ao mercado tecnologias e inovações que tornem a rotina dos consumidores mais leve e prática, onde a tecnologia não está apenas ligada ao desempenho dos produtos, mas à responsabilidade ambiental.
O Forno Multipreparo de Embutir Fischer Platinium Ebony entrega tudo o que há de mais moderno e tecnológico. Com capacidade 35 litros, reúne em um só produto Forno Elétrico, Forno à Vapor e Micro-ondas. O modelo conta com função Air convection turbo, Air convection gratinador, micro-ondas, cozimento a vapor, além das funções adicionais de manter aquecido, esterilização de utensílios, descongelar e descalcificação. Possui painel touch screen, corpo interno em aço Inox, lâmpada interna, reservatório de água e prato com sistema flat plate, onde o prato não é giratório..
A presença da tecnologia, no entanto, não compromete a elegância do projeto — muito pelo contrário. No quesito design, linhas minimalistas, acabamentos sofisticados e integração perfeita com os mobiliários tornam as peças verdadeiros elementos arquitetônicos. Equipamentos embutidos, com superfícies touch e materiais recicláveis, refletem a busca por funcionalidade aliada ao bom gosto. A personalização também ganha força: muitas marcas já permitem escolher cores, texturas e painéis que se harmonizam com o restante da decoração, assim como acabamentos diversos.
Joyce Nardin pontua que o Grupo Tecno cultiva a visão de que a cozinha não é apenas um espaço de preparo, mas de relacionamento, expressão e convivência. “Há 25 anos, quando o mercado brasileiro de cozinhas começava a descobrir o design como elemento central da casa, o Grupo trouxe para o país uma curadoria de marcas com alta tecnologia agregada que ajudou a transformar não só ambientes como cozinhas e áreas gourmet, mas também a relação das pessoas com estes ambientes. São peças que vão além da função: participam do cotidiano, acolhem, recebem e transformam”, comenta.
E finaliza: “Além disso, os novos conjuntos de refrigeradores e freezers da Tecno chegam para complementar cozinhas de alto desempenho, com belíssimas estéticas residenciais que proporcionam integração perfeita seja em projetos com a coleção Vintage ou Professional”. Toda essa tecnologia não seria completa sem um propósito ambiental.
Marcas de ponta também vêm investindo em processos produtivos mais limpos, com o uso de materiais recicláveis e desmontáveis, facilitando o descarte consciente ao fim da vida útil dos produtos. Além disso, muitas empresas oferecem programas de logística reversa e incentivos para a substituição de eletros antigos por modelos mais eficientes. Na era do design sensorial e da automação personalizada, a cozinha se reinventa como um espaço de performance tecnológica e consciência ecológica. A tecnologia deve, porém, estar a serviço da simplicidade e da eficiência. Inteligente e comprometida com
Escritório Patrícia AKINAGA é um dos vencedores de concurso promovido pelo BNDES, ao propor a diversidade de memórias e identidades afro-brasileiras na capital fluminense
O projeto “Sankofa e a Trama da Pequena África”, assinado pelos arquitetos Clovis Nascimento Junior (autor), Patrícia Akinaga e Marcelo Tomé Kubo (co-autores), do Escritório Patrícia AKINAGA foi um dos vencedores do concurso promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a criação de uma identidade visual para um Museu de Território na região conhecida como Pequena África. O território, formado pelos bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, próximo à zona portuária do Rio de Janeiro, é um dos legados históricos e culturais da diáspora africana no país.
Inspirado no Sankofa, um conceito da mitologia e filosofia africana, especialmente oriundo do povo Akan, do atual Gana, na África Ocidental, o planejamento de revitalização urbana convida a uma jornada de reconexão com as raízes e memórias que moldam a história da região.
Na mitologia, Sankofa é representado por um pássaro que olha para trás enquanto segue em frente. No projeto, a ave carrega em seu bico a semente do baobá, árvore sagrada africana, e a poderosa mensagem de que é preciso resgatar o passado para construir um futuro com consciência, pertencimento e dignidade.
“A simbologia Sankofa representa o cerne do projeto: aprender com a ancestralidade, entender e celebrar o presente na construção de um futuro. Além disso, a ideia de que esses percursos não estão cristalizados, mas podem crescer e se espalhar como as raízes do baobá, permite que a dinâmica da região reflita seu traçado”, explica Clóvis.
Praça Cais do Valongo. Imagem: Cortesia Escritório Patrícia AKINAGA.
O pesquisador e arquiteto destaca a multiplicidade de etnias que chegaram ao Brasil e se firmaram na Pequena África — e que até hoje resistem nos quilombos urbanos do território. Dessa forma, para abordar a complexidade de representar uma herança ancestral tão vasta e rica, o projeto trouxe o conceito de tecido e trama, uma abordagem que traduz visual e espacialmente essa diversidade.
Clóvis explica que a metáfora da “colcha de retalhos” foi adotada com o objetivo de não deixar ninguém de fora, respeitando as múltiplas origens. “Dessa forma, reconhecemos as diferentes camadas históricas do território, como os quilombos ainda existentes e as escavações arqueológicas, mesmo diante de uma documentação oficial limitada, que era majoritariamente produzida apenas por antigos senhores de escravos”, destaca.
Percurso e experiência viva
Para o concurso, o escritório propôs a sinalização de três percursos (Cultura, Memória e Resistência), que podem se ramificar e crescer com o engajamento da comunidade. A marcação de trajetos que, além da orientação física, fossem também marcadores de valorização cultural, educativa e identitária contribuíram para escolha do Sankofa entre os vencedores do concurso. No planejamento, o Armazém Docas Dom Pedro II seria o centro gerenciador dos percursos. Fisicamente, os pontos e trajetos seriam demarcados por uma sinalização diferenciada formada por totens, bandeiras e pintura no chão. Além disso, duas intervenções em locais-chave, o Cais do Valongo e o Largo de Santa Rita, apresentam o partido, a metodologia e abordagem, servindo de inspiração para as demais intervenções no território.
“A proposta visa estimular o deslocamento ativo e a vivência do território, conectando as pessoas com a memória e a história local em todos os detalhes. Inclusive, as intervenções botânicas propostas, com o plantio de árvores nativas visando o sombreamento, favorecem a mobilidade e permitem a passagem com um tempo de contemplação da história local contada nos totens de sinalização, valorizando a representatividade das intervenções urbanas propostas”, destaca Marcelo.
Intervenção Sankofa e a Trama da Pequena África. Imagem: Cortesia Escritório Patrícia AKINAGA.
Os trajetos do Sankofa foram pensados sob a inspiração de um padrão têxtil africano, dando singularidade a cada rota e permitindo que os caminhos se multipliquem, se espalhem e se adaptem às necessidades vivas da Pequena África — espelhando sua história orgânica, tal como as raízes do baobá simbolizam. As placas e totens de sinalização foram criados a partir de padronagens inspiradas em tecidos de diferentes tradições africanas, entre iorubás, bantos, jejes, haussás e outros. Assim, para além da função informativa, cada peça sinalizadora traria visibilidade às matrizes que fundaram o Rio de Janeiro negro.
Patrícia destaca que o conceito de “território-trama” visa valorizar a presença negra na região portuária, criando percursos flexíveis guiados por sinalizações que integram marcos históricos e intervenções paisagísticas, urbanísticas e arquitetônicas e que revelam histórias. “Em nossa proposta, as sinalizações tem também uma visão voltada ao desenvolvimento econômico, com estímulo ao turismo, fortalecimento de pequenos negócios e valorização cultural. A ideia é que os totens contassem com programações e eventos, ligando o passado ao presente”, comenta.
Reconhecimento e legado
De acordo com dados do Governo Federal, aproximadamente 11 milhões de africanos foram transportados para as Américas, dos quais, em torno de cinco milhões tiveram como destino o Brasil. A região portuária do Rio de Janeiro foi uma das principais entradas desses povos no país, marcando até hoje a formação cultural e social do território hoje conhecido como Pequena África. Reconhecendo a importância de preservar essa herança e torná-la visível no espaço urbano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou um concurso público para selecionar propostas voltadas à criação de uma identidade visual para um Museu de Território. A iniciativa buscou valorizar a memória da diáspora africana e seu papel fundamental na constituição do povo brasileiro.
Dividem o pódio desta edição o projeto vencedor “Pequena África: Memória Continental”, assinado pelos arquitetos Sara Zewde, Nicholas Gray, Sophie Mattinson; e o segundo colocado “Pequena África: Território Akpalô”, assinado por Carlos Henrique Magalhães de Lima e Júlia Huff Theodoro, que também apresentaram respostas sensíveis aos desafios e potencialidades do território. O projeto Sankofa e a Trama da Pequena África completa, em terceiro lugar, as melhores propostas inscritas no projeto.
Marcelo destaca que iniciativas como o concurso e o projeto Sankofa têm o potencial de transformar a paisagem urbana brasileira ao inserir a memória dos povos negros no centro da cidade e da experiência urbana. “A arquitetura e o urbanismo podem ser um instrumento de mudança ao resgatar histórias e valorizar a identidade local. Ter o ‘selo’ de reconhecimento do concurso do BNDES é apenas um passo — o desafio maior é estruturar e estimular o desenvolvimento sem promover gentrificação, garantindo a permanência da população que já ocupa e transforma esse território ”, destaca.
Dadas as singularidades do território e da história da Pequena África, Clóvis acredita que a trama de sinalização desenvolvida no projeto não possa virar um modelo replicável. No entanto, reforça que a pesquisa e a valorização da identidade através da construção coletiva podem ser modelos para outros projetos de revitalização e projeção da cultura afro-brasileira em outros estados e regiões.
Patrícia destaca que a efetivação da construção coletiva do espaço urbano é um dos principais desafios em processos de revitalização no Brasil. Ela ressalta que esse princípio orienta a atuação do escritório, que busca desenvolver propostas conectadas à realidade e às dinâmicas das comunidades envolvidas. “Essa é uma das dores quando falamos de projetos no Brasil quando dissociados da realidade da comunidade local”, afirma.
Prêmio UIA 2030 destaca projetos arquitetônicos que promovem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, apresentando uma gama diversificada de abordagens para os desafios globais de sustentabilidade
A União Internacional de Arquitetos (UIA), em parceria com a ONU-Habitat, anunciou o início da terceira edição do Prêmio UIA 2030. Criada em 2021, a premiação bienal reconhece projetos que evidenciam a contribuição da arquitetura para o avanço da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, com foco especial no ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis – e na Nova Agenda Urbana.
Promovido pela Comissão dos 17 ODS da ONU da UIA, o prêmio distingue projetos construídos que aliam excelência arquitetônica a contribuições mensuráveis para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Planejado para coincidir com o calendário do Fórum Urbano Mundial (WUF), o concurso será realizado em cinco edições.
O cronograma do terceiro ciclo prevê prazo para envio de propostas até 26 de agosto e divulgação dos resultados preliminares até 2 de setembro. As inscrições para a Etapa 1 se encerram em 29 de outubro, enquanto as da Etapa 2 terminam em 6 de março de 2026. O anúncio final dos vencedores acontecerá durante o WUF13, em maio de 2026, em Baku, Azerbaijão. As propostas serão apresentadas nas plataformas da UIA e da ONU-Habitat, além de integrarem o Congresso Mundial da UIA de 2026, em Barcelona.
Vencedor da 2°edição na categoria Moradia Adequada, Segura e Acessível – Huebergass Berne pela GWJ Architektur AG, Suíça. Imagem: Divulgação UIA 2030.
O processo de seleção se desenvolverá em duas etapas. Na primeira etapa, as inscrições serão revisadas regionalmente, refletindo as cinco regiões globais da UIA. O júri escolherá de um a três finalistas regionais por categoria para avançar à segunda etapa, considerando como critério a localização do projeto para definição da região de avaliação. As propostas serão analisadas quanto à eficácia em atender aos princípios dos ODS e da Nova Agenda Urbana, levando em conta o desempenho e o impacto da construção, a qualidade do projeto — incluindo funcionalidade, durabilidade e sensibilidade ao contexto — e o nível de aplicação de uma abordagem holística e orientada ao ciclo de vida.
O júri desta edição inclui Peter Oborn, Natalie Mossin , Tina Saaby, Nadia Habash, Anna Rubbo , Rob Adams e Nadia Tromp. O jurado suplente é Ishtiaque Zahir Titas, e Iman Gawad se junta ao processo como observador especialista em ODS no Comitê Técnico.
Vencedor da 2°edição na categoria Boa saúde e bem-estar – Centro de Desenvolvimento da Primeira Infância Angels’ Care por FGG Architects – Nerø Holt, África do Sul e Austrália. Imagem: Divulgação UIA 2030.
O Prêmio UIA 2030 contemplará projetos construídos em seis categorias, cada uma vinculada a Objetivos de Desenvolvimento Sustentável específicos, evidenciando o potencial da arquitetura para enfrentar desafios globais urgentes por meio do design.
Vinculada ao ODS 6.3 (Progresso no Tratamento de Águas Residuais), a categoria “Garantir a Disponibilidade e a Gestão Sustentável de Água e Saneamento para Todos” foca em iniciativas que melhorem a qualidade da água, reduzam a poluição, minimizem descargas perigosas e ampliem a reciclagem e o reuso seguro. Considerando a estreita relação entre edificações, infraestrutura e sistemas hídricos, esta categoria ressalta como o design pode contribuir para a gestão sustentável da água e para a criação de ambientes urbanos mais saudáveis.
A categoria “Proteger os Direitos Trabalhistas e Promover Ambientes de Trabalho Seguros”, alinhada ao ODS 8.8, reconhece projetos que criam espaços laborais seguros, protegidos e inclusivos para todos. O desenho arquitetônico influencia diretamente as condições de trabalho por meio do layout, ventilação, iluminação e escolha de materiais, contribuindo para ambientes que favoreçam a saúde, a segurança e o bem-estar dos usuários, especialmente em contextos de trabalho vulnerável ou precário.
Já a categoria “Moradia Adequada, Segura e Acessível”, correspondente ao ODS 11.1, valoriza iniciativas que ampliam o acesso a habitações seguras e financeiramente viáveis. Abrange desde novas construções até projetos de regeneração urbana e requalificação de favelas, ressaltando o papel essencial da arquitetura na oferta de moradias de qualidade que atendam às necessidades básicas, enquanto enfrentam desafios demográficos, econômicos e climáticos.
Vencedor da 2° edição na categoria Acesso ao Espaço Verde e Público – Parque Florestal WiBenjakitti por Arsomsilp Community and Environmental Architect Co. Ltd., + Turenscape. Imagem: Srirath Somsawat.
Alinhada ao ODS 11.3, a categoria “Planejamento Participativo, Eficiente no Uso do Solo e Inclusivo” valoriza projetos que promovem abordagens mais integradas, sustentáveis e inclusivas no planejamento de assentamentos humanos. Considerando que o ambiente construído é definido por decisões sobre uso do solo e densidade, essa categoria ressalta a relevância de processos participativos e equitativos no desenvolvimento urbano.
A categoria “Acesso ao Espaço Verde e Público”, vinculada ao ODS 11.7, reconhece iniciativas que ampliam o acesso a áreas públicas seguras, inclusivas e acessíveis. Com a crescente compactação das cidades, o planejamento e a manutenção de parques, praças e outros espaços abertos tornam-se fundamentais para promover a saúde física e mental, incentivar a convivência social e fortalecer a biodiversidade urbana.
Por fim, a categoria “Fortalecer a Resiliência e a Capacidade Adaptativa a Desastres Relacionados ao Clima”, correspondente ao ODS 13.1, destaca projetos que integram estratégias para reduzir a exposição e a vulnerabilidade a riscos climáticos. Seja por meio da escolha do local, de materiais, soluções construtivas ou desempenho, a categoria evidencia como a arquitetura pode contribuir para a resiliência e a adaptabilidade de longo prazo diante das mudanças ambientais.
Vencedor da 2° edição na categoria Fortalecer a Resiliência e a Capacidade Adaptativa a Desastres Relacionados ao Clima – Parque de inundação do rio La Torura por Entropía, Colômbia. Imagem: Divulgação UIA 2030.
Desde sua criação em 2021, o Prêmio UIA 2030 vem reconhecendo projetos arquitetônicos que impulsionam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, reunindo uma ampla variedade de soluções para os desafios globais da sustentabilidade. Os vencedores do segundo ciclo, anunciados no ano passado, incluem obras de destaque como o Parque Florestal Benjakitti, na Tailândia, desenvolvido pela Arsomsilp Community and Environmental Architect com consultoria de design da Turenscape; a série de capelas em Ruesta, Espanha, assinada pelo escritório Sebastián Arquitectos SLP; e o ETC Bygg, na Suécia, criado por Kaminsky Arkitektur AB e Arkitekt Hans Eek AB, entre outros.
Vencedor da 2° edição na categoria Promoção, restauração e uso sustentável dos ecossistemas – Capela de San Juan, Sigüés de Sebastián Arquitectos SLP, Espanha. Imagem: Divulgação UIA 2030.
Após a aquisição integral da GART pela NMC, marca inicia novo ciclo sob o comando de Marcus Bassetti, executivo com forte atuação em empresas internacionais ligadas ao setor de construção
A GART, empresa brasileira referência no mercado de elementos de design e acabamento como rodapés e molduras, da sequência a um novo ciclo sob o comando de Marcus Bassetti, executivo com sólida experiência em empresas globais e forte foco em inovação, pessoas e sustentabilidade.
Aos 43 anos, Bassetti que conta com mais de dez anos de atuação em empresas internacionais ligadas ao setor de construção, assumiu o comando da empresa em março de 2025 em substituição a um dos sócios-fundadores e, entre os objetivos para essa nova gestão está “construir uma marca forte, presente em milhares de lares brasileiros, com soluções que combinam design, funcionalidade e acessibilidade”, nas palavras do próprio Bassetti.
Importante ressaltar que sua chegada à empresa se dá em um momento de grande relevância para a marca no mercado: Marcus Bassetti assume o cargo após a aquisição integral da GART pela NMC, multinacional belga líder global em soluções de extrusão de poliestireno (PS). Com esse movimento, foi iniciada uma nova fase de integração e posicionamento estratégico da marca no Brasil.
Foto: Mirjana Miculek.
Boiseries Gart NMC
Apesar de sua origem histórica, a boiserie ultrapassou o status de tendência para se firmar como um recurso atemporal no design de interiores. A técnica ornamental francesa do século XVII voltou a ganhar protagonismo em projetos contemporâneos, assumindo desde versões rebuscadas até interpretações minimalistas, que dialogam com a estética atual.
Conferindo profundidade, ritmo e textura, a técnica decorativa transforma visualmente uma parede plana. Em ambientes amplos, elas ajudam a “quebrar” grandes superfícies e a criar uma sensação de escala humana. Já em espaços pequenos, quando bem dosadas, adicionam charme e sofisticação sem sobrecarregar.
Ao longo do tempo, a boiserie se adaptou a diferentes estilos e contextos. Hoje, sua aplicação não se limita mais à madeira entalhada. Os perfis decorativos da Gart destacam-se por serem compostos 100% de poliestireno virgem de alta densidade, que não propagam chamas e são totalmente recicláveis e imunes a cupins, além da tecnologia exclusiva de adesivagem, que permite instalação mais ágil e eficaz, sem a necessidade de parafusos ou pregos.