Personalidade prática

unnamed T Easy Resize com

Sem quebra-quebra radical, apartamento de 150 m² ganhou espaços conectados e um décor elegante e prático, com ar industrial.

 

A personalização do layout, o uso de materiais adequados e a adaptação dos espaços conforme a rotina da família são apenas alguns dos fundamentos que orientam um arquiteto no momento de conceber uma residência funcional. Neste apartamento também entrou na lista de prioridades da reforma a eliminação de separações entre os ambientes, priorizando a integração e, consequentemente, a interação dos moradores e dos amigos. “Com 150 m², este imóvel entregue novo pela construtora não trazia a personalidade dos nossos clientes nem a praticidade que eles tanto buscavam para o dia a dia”, pontua o arquiteto Bruno Moraes, a frente do escritório BMA Studio, que comandou essa transformação.

Com um filho e um cachorrinho da raça pastor de shetland, o casal encomendou acabamentos fáceis de manter, mas também tem apreço pelo estilo industrial, que acabou dando a tônica do projeto, marcado pelo uso de trilhos com spots pretos, cimento queimado em teto e paredes, tudo bem orquestrado com as poucas pinceladas de cores, a exemplo dos armários verde da cozinha.

 

unnamed T Easy Resize com

 

O emprego da madeira natural que participa, junto com a serralheria, do móvel destinado à TV, da porta que leva aos quartos e envolve a bancada da cozinha, é responsável por aquecer os ambientes, trazendo acolhimento. Na base neutra e atemporal da arquitetura, o cinza aparece no piso, no tapete e no efeito cimento queimado do teto e das paredes. Tudo é muito claro e a luz natural abundante vinda da varanda entra sem cerimônias, valorizando o layout fluido, que resulta em praticidade e, sobretudo, conforto e bem-estar.

Materiais duráveis, resistentes e simples de manter também nortearam as escolhas do projeto. O porcelanato, que revestiu toda área social, foi especificado tanto pela estética como por sua facilidade de limpar – um atributo muito importante em todos os projetos do BMA Studio e, em especial, para quem tem pets em casa. Com a localização no último pavimento do edifício, Bruno estudou a condição de frequentes vibrações que podem ocasionar possíveis fissuras nas paredes – para minimizar a aparência de quaisquer futuros danos, a melhor solução para os quartos, por exemplo, foi o uso de papel de parede – uma ideia simples, prática e super funcional. “Na movelaria, a combinação entre serralheria e marcenaria está em diversos pontos, reforçando a atmosfera industrial e moderna” conta o arquiteto.

 

unnamed T Easy Resize com

unnamed T Easy Resize com

 

Com a integração total da área social, os moradores ganharam amplas áreas de convivência que foram setorizadas por meio de sofás, poltronas e tapetes. A peça central da sala de estar é a vigorosa estante, projetada sob medida pelo nosso escritório, e sua presença abrange a extensão completa da parede principal com as seguintes dimensões: 2,65 m x 0,30 m e 2,55 m de altura. Quando o layout da área social deste apartamento foi pensado, a integração era uma prioridade e, para tanto, as ilhas da cozinha e da varanda atuaram como elementos principais de impacto que contribuíram com para a ligação entre as salas de estar e jantar.

 

unnamed T Easy Resize com

 

Já na área reservada para a cozinha e o espaço gourmet, a proposta era tornar tudo bem fresh e acolhedor com a marcenaria em um tom de verde menta, proporcionando aos moradores a experiência de reunir a família e amigos. Ainda na cozinha, conseguimos conciliar a delicadeza dos armários coloridos com o jeito despojado dos elementos de estilo industrial. Como esse ambiente da casa é praticamente uma estação de trabalho, é imprescindível que ele ofereça extrema praticidade, conforto, uma boa circulação e um projeto luminotécnico inteligente. No corredor entre a marcenaria, posicionamos um trilho de spots direcionáveis que auxilia tanto quem estiver na bancada lavando os alimentos, quanto do outro lado onde fica embutido o cooktop.

 

unnamed T Easy Resize com

unnamed T Easy Resize com

 

A varanda gourmet, além de ser um ótimo ponto de encontro do apartamento, se aproxima muito da experiência de possuir um quintal em casa, aquele espaço atrativo, aconchegante e que proporciona toda a privacidade para receber as visitas. A gente continuou com a ilha que também aparece na cozinha, mantivemos a churrasqueira entregue pela construtora e também pensamos num apoio importante com cuba e cooktop, para os moradores não dependerem dessas funções na cozinha. Sobre a escolha da melhor churrasqueira, de acordo com o arquiteto Bruno Moraes, tudo depende das preferências da família. “Este modelo funciona a carvão, que fica condicionado na lateral, mas investimos numa coifa poderosa para que o cheiro nem a gordura migrem para outros ambientes”, conclui.

 

unnamed T Easy Resize com

unnamed T Easy Resize com

 

Tons terrosos e alaranjados se destacam na suíte principal que também denota referências que remetem à natureza. O desejo pelo aconchego foi complementado pela cabeceira estofada, que preenche todo o perímetro da parede, e os pendentes laterais com luz quente. A proposta de Bruno foi pensar em soluções para otimizar o espaço da melhor forma possível.

 

unnamed T Easy Resize com

unnamed T Easy Resize com

 

No banheiro do casal, Bruno optou por um revestimento único para pisos e paredes. Com box até o teto, o espaço foi expandido e ocupou a área que antes pertencia a lavanderia. Os leds embutidos no teto e dentro do nicho são responsáveis pelo clima de aconchego, assim como o banco sob medida que traz aquele clima de sauna na hora do banho.

 

unnamed T Easy Resize com

unnamed T Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DC33
Imagens: Guilherme Pucci

Crea-SP oferece capacitação gratuita para profissionais

Visto automatico Engenheiro x

2ª quinzena de novembro continua com cursos voltados para as Engenharias, Agronomia e Geociências.

 

Os profissionais da área tecnológica têm aperfeiçoado seu conhecimento com novas temáticas em cursos da plataforma Crea-SP Capacita, para atuação nos mercados das Engenharias, Agronomia e Geociências na programação oferecida pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP).

Na segunda quinzena de novembro, são seis cursos que tratam de assuntos técnicos como a ferramenta Power BI, Laudos Periciais em Engenharia, produção agrícola e a norma técnica ABNT NBR 6118. As aulas acontecem de modo 100% on-line ou híbrido: o presencial acontece na Sede Angélica do Crea-SP na capital, com transmissão ao vivo pela TV Crea-SP, canal do Youtube.

 

21/11 – Curso Express Microsoft Power BI – Módulo 2

Uma oportunidade para aprofundar os conhecimentos adquiridos no Módulo 1, com análises diferenciadas e recursos apresentados pela ferramenta de Business Intelligence. O curso tem apresentação, de maneira híbrida, pelo engenheiro civil Álvaro Venegas, pelo analista de desenvolvimento de sistemas e especialista em análise de dados Erick Reis e pela analista de dados com Power BI e desenvolvedora Web Java Junior Jennifer Sicherolli. Inscrições aqui.

 

22/11 – Engenheira e Mulher no Agro – Produção da pecuária sustentável, certificada e premiada

A produtora rural sustentável Eng. Civ. Chris Morais traz a temática de produção agrícola da pecuária de corte com sustentabilidade, agricultura de precisão e conectividade digital com a intenção de ampliar o conhecimento sobre o assunto. O encontro acontece em modelo híbrido. Inscrições aqui.

 

24/11 – Laudos Periciais em Engenharia – Passo a Passo

O Eng. Mec. e Eng. Seg. Trab. Frederico Cesarino apresenta, em curso on-line, o conteúdo sobre laudo e parecer, normativo técnico para documentos de engenharia, entre outros, uma capacitação para profissionais da área tecnológica na elaboração de laudos periciais que segue as normas e procedimentos legais. Inscrições aqui.

 

27/11 – Iniciativas e Processos da SIURB – Melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e a transformação positiva do ambiente urbano

O evento no formato híbrido tem como objetivo explorar como a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanismo (SIURB) desempenha um papel crucial na construção de cidades mais eficientes, inclusivas e sustentáveis, destacando exemplos de projetos que têm impactado positivamente a vida dos cidadãos e o desenvolvimento de áreas urbanas. A palestra será conduzida pelo doutor em ciências sociais e mestre em engenharia aeronáutica, José Bento Amaral; o engenheiro civil e pesquisador Flávio Maranhão; o engenheiro elétrico e coordenador do Radar Meteorológico de SP, Flávio Conde; e o engenheiro civil e diretor de obras na SPObras, Marco Antunes. Inscrições aqui.

 

27 e 28/11 – ABNT NBR 6118

As principais alterações da revisão da norma, seus impactos, importância da utilização na execução de obras públicas e privadas e outras discussões sobre a ABNT NBR 6118 são temas do workshop conduzido pelo professor de estruturas de concreto armado Eng. Civ. Marcos Monteiro. A aula acontece em formato presencial com transmissão on-line. Inscrições aqui.

 

29 e 30/11 – Minicurso Mobilidade urbana: Disruptiva, Sustentável e em Transformação

Com vagas limitadas, sendo 30 no presencial e 30 no modelo remoto, o objetivo do minicurso é aprofundar o conhecimento sobre a mobilidade urbana e questões atuais sobre o tema para agentes públicos, profissionais do setor privado e de organizações da sociedade civil. Esta capacitação é conduzida pela mestre em engenharia de produção Cristiane Gomes; pelo professor e pesquisador de cidades inteligentes e mobilidade urbana Elias de Souza; pelo secretário adjunto de Parcerias e Concessões do Estado do Rio Grande do Sul, Adm. Gabriel Fajardo; pela especialista em planejamento estratégico Eng. Transp. Karisa Ribeiro; e pela mestre em arquitetura e técnica em trânsito e transporte Simone Caberlon. Inscrições aqui.

 

 

São Paulo ganha praça para crianças na primeira infância

Foto Divulgação ()

Planejado para estimular a imaginação, a criatividade e promover aprendizagem ao ar livre, “play lúdico” tem piso monolítico, mais macio, instalado para amortecer impactos.

 

Criar um espaço lúdico, voltado especialmente para as necessidades das crianças na primeira infância. Essa foi a intenção da prefeitura de São Paulo ao desenvolver sua primeira “Praça Conceito” – inaugurada na Praça São Sebastião, no bairro Ipiranga. A primeira infância, que vai de zero a 6 anos, é o período considerado extremamente importante para o desenvolvimento do ser humano. Diversas pesquisas têm apontado que as experiências vividas no começo da vida, desde o período de gestação, influenciam diretamente na formação do adulto.

“Esta fase é de construção da base sob a qual cada indivíduo erguerá sua existência. Tudo o que for vivenciado na infância terá impacto a vida toda” – Ana Lúcia Machado, educadora, especialista na primeira infância.

Desenvolvido pela Secretaria Municipal das Subprefeituras, a nova praça é chamada de “play lúdico”. Um dos destaques do espaço, que levou cinco meses para ser concluído, é o piso monolítico, mais macio, instalado para amortecer impactos. Esse tipo de piso não tem concreto e a aparência de emborrachado vem do micro revestimento asfáltico.

 

Praça da Infância do Recife Foto Paulo Melo PCR

 

A área de lazer para os pequenos possui mesas, que podem ser usadas como bancos, e escorregadores, que se transformam em pistas para os mais aventureiros. Há um mini rapel e uma pista de pump track baby (com curvas e lombadas), projetada exclusivamente para crianças para andarem de patins, bicicletas e patinetes. Tudo é muito colorido e as formas são orgânicas, o que contribui para estimular a imaginação e criatividade. A ideia é fortalecer o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças, promovendo brincadeiras e interações com outras crianças. Para garantir a segurança, os portões possuem um sistema de cancelas que dificulta a saída de crianças do local sem acompanhamento.

 

Foto Divulgação ()

Foto Divulgação ()

 

A praça também inclui um espaço para cachorros e brinquedos adequados para crianças acima de 6 anos. E, por fim, a revitalização da Praça São Sebastião adaptou o espaço às árvores existentes no local, tornando o ambiente agradável do ponto de vista climático. Em Recife, a prefeitura também está construindo praças voltadas à primeira infância. Por lá, além do estímulo às capacidades esportivas, o conceito é baseado em aproximar as crianças do ambiente natural. O foco é promover a aproximação com a natureza, a aprendizagem ao ar livre e os estímulos sensoriais.

O projeto das praças na capital pernambucana é elaborado a partir do “Guia de princípios para remodelação das praças para infância”, organizado pela Prefeitura do Recife. O primeiro parque de São Paulo está localizado na Avenida Presidente Tancredo Neves, Praça São Sebastião, Ipiranga. Um segundo parque, similar, está em construção no bairro da Saúde.

 

Foto Divulgação ()

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagens: Paulo Melo.

KURA e Lucas Recchia aprofundam diálogo entre arte e design em novo espaço

de c

Coleção inédita do designer inaugura seu estúdio no Jardim Paulistano ao lado de obras criadas por grandes nomes como Tunga, Abraham Palatnik e Paulo Roberto Leal.

 

KURA, consultoria de arte fundada por Camila Yunes Guarita, e Lucas Recchia abrirão as portas do novo estúdio do designer no Jardim Paulistano, na capital paulista, em 22 de novembro, com a exposição “Distorção Material”, que estreita as fronteiras entre arte e design. Recchia apresenta a mais complexa coleção de sua carreira, com técnicas, materiais e tipologias inéditas, em diálogo com importantes nomes como Abraham Palatnik, Tunga e Marília Kranz. A seleção de obras de arte que integram a exposição evidenciam a força e a pluralidade da arte contemporânea brasileira.

“A arte tem forte relação com design. Nesse projeto buscamos explorar os cruzamentos e entrelaçamentos entre esses dois mundos. O Lucas é um jovem designer que busca muita referência em arte para criar. Há uma identidade muito única e autoral nas suas peças” – Camila Yunes Guarita.

 

de c

ecfb c

 

Conhecido nacional e internacionalmente por seu mobiliário feito de vidro fundido, o designer amplia os recursos técnicos na nova coleção e introduz o uso do bronze. O título, “Distorção Material”, faz referência à maneira de trabalhar os materiais e à relação fenomenológica que as peças estabelecem com o espaço. Lucas transforma as folhas de vidro colorido ao recortá-las, empilhá-las e levá-las ao forno, o que resulta em mais espessura e superfícies sutilmente arredondadas, além de pequenas bolhas. O bronze, por sua vez, é fundido em moldes para formar molduras para os vidros, e depois passa por processos de oxidação que criam pátinas de cores e texturas distintas e sempre únicas. Quando são atravessadas pela luz, o desenho das peças reverbera no ambiente na forma de luz colorida contida pelas sombras do metal.

Uma consequência da nova fase da produção de Recchia é a diversidade de dimensões e tipologias, permitido pelo trabalho com peças modulares – são quatro no total, que o designer vai conectando de modo a formar cada móvel ou objeto. Além das mesas laterais – encontradas com recorrência em suas coleções anteriores –, há vaso, lustre, bandeja, mesa de centro, espelho e luminária. Na bandeja, Recchia experimenta em alguns dos módulos a inserção do couro de arraia, material raro que importa da Tailândia com certificação.

“Meu trabalho parte de uma ideia inicial e vai se transformando ao longo do processo, com surpresas visuais geradas pelas reações químicas. O termo “design experimental” surge dessa postura de estar constantemente experimentando, suscetível às mudanças, até chegar ao resultado” – Lucas Recchia

 

cfedce c

 

Interessado por história da arte, grande parte de suas referências vêm desse universo e encontram eco no design colecionável e na produção de pequenas tiragens. Nesse sentido, a KURA propõe, para a inauguração, obras que valorizam os materiais e técnicas empregadas por artistas de movimentos, pesquisas e gerações variados – o que resultou no diálogo entre artistas históricos – como Paulo Roberto Leal, Tunga e Pietrinna Checcacci – e jovens e promissores artistas – como Fran Chang, Rebecca Sharp e Vivian Caccuri.

Nas pinturas de Pietrinna Checcacci e Marilia Kranz, os volumes escultóricos e quase palpáveis conversam com a estética circular das peças de design, enquanto as obras de Tunga e Vivian Caccuri extrapolam os materiais tradicionais e experimentam com aço, algodão, ferro, ímã e ardósia, por exemplo. São obras que, de alguma maneira, adotam usos subversivos da matéria, em ressonância com o título da mostra. Após período de exposição no Brasil, as peças serão expostas em Paris, cidade que abarca um movimentado circuito de design autoral e colecionável no mundo.

 

deb c

 

Distorção material

Local: Rua Maria Carolina, número 692 – Jardim Paulistano
Abertura: 22 de novembro
Encerramento: 03 de dezembro
Funcionamento: Segunda a sábado, das 14h às 19h.

Fotos do espaço: Ana Pigosso
Retratos: Igor Reis

 

On Imarés sugere nova dinâmica para a vida urbana

Implantado no coração de Moema, São Paulo, o edifício On Imarés conta com um projeto arquitetônico desenvolvido pela ACIA Arquitetos e se destaca pela sua proposta contemporânea e inspiradora.

 

Para este edifício residencial, que conta com 290 unidades divididas entre estúdios e espaços de serviço, a ACIA Arquitetos se deparou com o desafio de estabelecer uma edificação que estivesse em perfeita sintonia com a dinâmica do dia a dia em Moema. Para isso, o partido arquitetônico adotado buscou “derrubar os muros” existentes para a criação de um térreo aberto, estabelecendo conexões com a cidade e o entorno de forma dinâmica e compartilhada.

Por estar em um terreno menor, com 1.500m², foi proposta a extensão do térreo da fachada ativa e do lobby de acesso, que atravessam a calçada e se expandem por meio de um parklet, gerando uma interligação entre esse espaço e as áreas internas do hall, para aumentar o espaço de uso público e convivência. A solução propicia uma maior ativação do local em todos os horários do dia e reforça a sensação de segurança tanto para o edifício como para o bairro.

 

unnamed T Easy Resize com

 

 

unnamed T Easy Resize com

 

O programa do On Imarés, além de contar com unidades pequenas e flexíveis, engloba uma diversidade de áreas de uso comum de qualidade dentro do condomínio, com espaços de coworking, pet place, bicicletário, cozinha colaborativa, salão de festas, academia e uma loja ao lado do acesso do empreendimento, aproximando os serviços comerciais dos moradores. O estacionamento foi implantado no pavimento do subsolo, com poucas vagas disponíveis, visando incentivar o uso da estação de metrô, localizada ao lado do edifício, e estimular o hábito de caminhar pelo bairro.

 

ON IMARES FOTOS DANIEL DUCCI Easy Resize com

ON IMARES FOTOS DANIEL DUCCI Easy Resize com

ON IMARES FOTOS DANIEL DUCCI Easy Resize com

 

A fachada viva é outro destaque do edifício, com painéis metálicos em cores intensas e contemporâneas, intercalando-se randomicamente entre os pavimentos da edificação. Essa abordagem faz referência à dinâmica do dia a dia do bairro, ao mesmo tempo em que destaca e confere identidade ao On Imarés na paisagem urbana, marcando sua presença como um elemento singular.

Esses painéis da fachada, assim, assumem um papel essencial no conceito do projeto, proporcionando não apenas uma composição artística que rompe com os tons tradicionais de projetos desta escala na cidade, mas também funcionando como brises, garantindo maior eficiência e conforto térmico nos interiores das unidades.

 

ON IMARES FOTOS DANIEL DUCCI Easy Resize com

 

 

 

ON IMARES FOTOS DANIEL DUCCI Easy Resize com

 

O paisagismo, inspirado no próprio bairro verde e dinâmico de Moema, faz-se presente entre as áreas comuns, que estão distribuídas cuidadosamente ao longo dos pavimentos do edifício. A implantação dos elementos paisagísticos nos espaços de convívio busca trazer essas experiências de contato entre a vida humana e a natureza para dentro do edifício.

 

ON IMARES FOTOS DANIEL DUCCI Easy Resize com

unnamed T

 

 

FICHA TÉCNICA
Nome: On Imarés
Local: Moema, SP
Ano de projeto: 2019
Conclusão da obra: 2023
Área do terreno: 1.509,24²
Área construída: 10.665,84m²
Arquitetura: ACIA Arquitetos
Equipe: Fábio Aurichio, Ricardo Baddini, Marcelo Nagai, Fernanda Figueira, Paulo Soares, Dafne Andrade, Felipe Lopes
Incorporadora: Vitacon
Paisagismo: Gaaz Arquitetos Associados
Engenharia: JVG Engenharia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Cobogó
Imagens: Daniel Ducci

Compreendendo a Certificação LEED

Brasil entre os top paises com certificaçao leed

Conheça mais sobre a certificação LEED, ferramenta valiosa para promover práticas de construção sustentável e reduzir os impactos ambientais do desenvolvimento.

 

Os edifícios respondem por uma parcela significativa do consumo global de energia, emissões de gases de efeito estufa e geração de resíduos. À medida que a sociedade se torna mais consciente dos impactos das mudanças climáticas e da importância de conservar os recursos naturais, torna-se cada vez mais essencial focar em práticas de construção sustentáveis. A adoção de métodos mais conscientes e responsáveis pode melhorar a saúde e o bem-estar humanos, além de proteger o meio ambiente para as gerações futuras.

Um dos programas de certificação de edifícios verdes mais amplamente reconhecidos é a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). O programa LEED ganhou reconhecimento global por sua abordagem abrangente para avaliar e certificar práticas de construção sustentável. Ao entender os diferentes níveis de certificação LEED e os benefícios que eles oferecem, construtores, projetistas e gerentes de instalações podem tomar decisões informadas sobre a implementação de estratégias de construção ecológica em seus projetos.

Os edifícios com certificação LEED não apenas oferecem benefícios significativos em termos de custos operacionais reduzidos, melhor qualidade do ar interno e maior comercialização, mas também contribuem para uma sociedade global mais sustentável e resiliente. A conscientização sobre a importância do desenvolvimento sustentável continua a crescer e a certificação continuará sendo uma ferramenta crítica para o avanço das práticas de construção ecológica e para a inovação no ambiente construído.

 

História do LEED

A certificação LEED, estabelecida pelo U.S. Green Building Council (USGBC) em 1998, é um padrão global voluntário e consensual para edifícios verdes. O programa foi desenvolvido em resposta à crescente demanda por um método padronizado e objetivo para avaliar e reconhecer práticas de construção sustentável. Desde a sua criação, o LEED passou por várias revisões para melhorar continuamente e se adaptar à evolução da compreensão da sustentabilidade e dos avanços na tecnologia de construção.

Hoje, o LEED tornou-se uma referência internacionalmente reconhecida para construção ecológica, com projetos certificados em 165 países e territórios em todo o mundo. O programa visa promover práticas de construção ecologicamente corretas, eficientes em termos de recursos e saudáveis, que minimizem os impactos ambientais e contribuam para um futuro mais sustentável.

A certificação LEED fornece uma estrutura para construtores, projetistas e gerentes de instalações criarem e manterem edifícios sustentáveis. O programa avalia projetos com base em vários critérios, incluindo eficiência energética, conservação de água, qualidade ambiental interna, seleção de materiais sustentáveis ​​e estratégias de design inovadoras. Ao implementar esses princípios e estratégias de design sustentável, os edifícios com certificação LEED podem reduzir significativamente seu impacto ambiental e custos operacionais.

Os benefícios da certificação LEED vão além da economia financeira e da gestão ambiental. Os edifícios com certificação LEED também são conhecidos por fornecer um ambiente mais saudável e confortável para os ocupantes, melhorando a qualidade do ar interno, aumentando o acesso à luz natural e promovendo uma conexão com o exterior.

Além disso, a certificação LEED serve como uma valiosa ferramenta de marketing para proprietários e operadores de edifícios, demonstrando seu compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa. Edifícios com certificação LEED geralmente atraem inquilinos ambientalmente conscientes e podem cobrar taxas de aluguel mais altas, contribuindo para um maior retorno do investimento.

Além disso, muitos governos e jurisdições locais oferecem incentivos financeiros, como reduções de impostos e subsídios de zoneamento, para incentivar o desenvolvimento de edifícios com certificação LEED. Esses incentivos, combinados com os benefícios de longo prazo das práticas de construção sustentável, tornam a certificação LEED uma opção atraente para desenvolvedores, proprietários de edifícios e gerentes de instalações.

 

Níveis de Certificação LEED

Existem quatro níveis de certificação LEED, cada um refletindo até que ponto um projeto integrou princípios e estratégias de design sustentável. Os níveis de certificação LEED são determinados pelo número de pontos que um projeto ganha dentro do sistema de classificação LEED. Esses níveis são:

LEED Nível #1:Certificado LEED

Este é o nível básico da certificação LEED, concedida a projetos que alcançam entre 40 e 49 pontos. Os edifícios com certificação LEED atendem aos requisitos mínimos de design sustentável e demonstraram compromisso com a redução de sua pegada ambiental. Embora represente os níveis de certificação LEED mais baixos, os projetos certificados LEED ainda deram passos significativos em direção à sustentabilidade em comparação com as práticas convencionais de construção.

Os edifícios com certificação LEED incorporam uma variedade de recursos de design sustentável, como iluminação com eficiência energética e sistemas HVAC, encanamentos com eficiência de água e o uso de materiais reciclados ou de origem regional. Eles também podem implementar estratégias de desenvolvimento do local que minimizem o impacto nos ecossistemas locais, como gerenciamento de águas pluviais, controle de erosão e paisagismo com espécies de plantas nativas.

Alcançar o status de Certificação LEED é um primeiro passo importante para muitos projetos em sua jornada rumo a uma maior sustentabilidade. Ele serve como uma base sobre a qual eles podem construir e melhorar, eventualmente buscando níveis mais altos de certificação LEED. Além disso, os edifícios com certificação LEED muitas vezes inspiram outros projetos em sua comunidade a adotar práticas de design sustentáveis, contribuindo para uma mudança em larga escala em direção ao desenvolvimento ambientalmente responsável.

 

LEED Nível #2:LEED Prata

A certificação LEED Silver é concedida a projetos que atingem entre 50 e 59 pontos. Esses edifícios implementaram estratégias adicionais de design sustentável e demonstraram um nível mais alto de compromisso com a responsabilidade ambiental em comparação com os edifícios com certificação LEED. Os projetos LEED Silver vão além dos requisitos mínimos e apresentam uma gama mais ampla de recursos de sustentabilidade, que podem servir de inspiração para outras empresas do setor.

Os edifícios LEED Silver normalmente incorporam estratégias de construção ecológica mais avançadas e inovadoras do que suas contrapartes com certificação LEED. Alguns exemplos dessas estratégias podem incluir níveis mais altos de eficiência energética e hídrica, sistemas de energia renovável (como painéis solares ou turbinas eólicas), programas avançados de redução e reciclagem de resíduos e melhor qualidade ambiental interna por meio de sistemas de ventilação aprimorados e o uso de baixo consumo de energia. materiais emissores.

Além dos benefícios ambientais, a certificação LEED Silver também pode oferecer vantagens financeiras para proprietários e operadores de edifícios. Os edifícios LEED Silver geralmente apresentam custos operacionais mais baixos devido ao consumo reduzido de energia e água, e podem ser elegíveis para incentivos adicionais de governos e serviços públicos locais. Além disso, níveis mais altos de certificação LEED podem aumentar a comercialização e o apelo do edifício, atraindo inquilinos ambientalmente conscientes e potencialmente cobrando taxas de aluguel mais altas.

Alcançar a certificação LEED Silver é uma conquista significativa que mostra um forte compromisso com as práticas de construção sustentável. Ao adotar estratégias de design mais avançadas e inovadoras, os projetos LEED Silver contribuem para um ambiente construído mais limpo, saudável e resiliente para as gerações atuais e futuras.

 

LEED Nível #3:LEED ouro

Os projetos que atingem entre 60 e 79 pontos recebem a certificação LEED Gold. Esses edifícios implementaram uma ampla gama de recursos de design sustentável e fizeram um compromisso substancial com a gestão ambiental. Os projetos LEED Gold representam um avanço significativo nas práticas de construção verde e servem como modelos exemplares para outros projetos que visam reduzir seu impacto ambiental.

Os edifícios LEED Gold geralmente incorporam tecnologias de ponta e estratégias de design que os diferenciam dos níveis de certificação mais baixos. Isso pode incluir envelopes de edifícios de alto desempenho, sistemas avançados de gerenciamento de energia e água, técnicas inovadoras de gerenciamento de águas pluviais, uso extensivo de materiais sustentáveis ​​e reciclados e elementos de design biofílicos que melhoram a conexão entre os ocupantes e o ambiente natural.

Além dos benefícios ambientais tangíveis, a certificação LEED Gold também oferece inúmeras vantagens para proprietários e operadores de edifícios. Esses edifícios geralmente apresentam custos operacionais ainda mais baixos devido à sua maior eficiência e podem se qualificar para incentivos financeiros adicionais de governos locais, serviços públicos e outras organizações. Além disso, a prestigiosa designação LEED Gold pode melhorar significativamente a reputação do edifício, atraindo inquilinos, clientes e investidores ambientalmente conscientes.

Alcançar a certificação LEED Gold é uma conquista notável que demonstra um profundo compromisso com a sustentabilidade e responsabilidade ambiental. Ao implementar estratégias avançadas de construção verde e servir de modelo para a indústria, os projetos LEED Gold contribuem para um ambiente construído mais sustentável, resiliente e saudável para as gerações atuais e futuras.

 

LEED Nível #4:LEED Platina

LEED Platinum é o mais alto nível de certificação, concedido a projetos que ganham 80 pontos ou mais. Esses edifícios representam o auge do design sustentável e implementaram as estratégias de construção ecológica mais inovadoras e avançadas disponíveis. Os projetos LEED Platinum demonstram um compromisso excepcional com a gestão ambiental, estabelecendo o padrão de sustentabilidade na indústria da construção e inspirando outros a buscarem objetivos semelhantes.

Os edifícios LEED Platinum geralmente incorporam tecnologias inovadoras e abordagens de design que ultrapassam os limites das práticas de construção sustentável. Isso pode incluir desempenho líquido zero de energia ou água, integração de sistemas avançados de energia renovável, princípios de design regenerativo e programas abrangentes de bem-estar dos ocupantes que priorizam a saúde e o bem-estar dos usuários do edifício. Os projetos LEED Platinum também costumam enfatizar fortes conexões com as comunidades vizinhas, promovendo opções de transporte sustentável e promovendo impactos sociais e econômicos positivos.

Os benefícios de obter a certificação LEED Platinum vão além do impressionante desempenho ambiental desses edifícios. A prestigiada designação Platinum pode aumentar significativamente a comercialização do edifício, atraindo inquilinos e investidores de primeira linha que valorizam a sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa. Além disso, os custos operacionais reduzidos e a potencial elegibilidade para incentivos financeiros adicionais podem contribuir para um retorno atraente do investimento para proprietários e operadores de edifícios.

A certificação LEED Platinum representa a conquista máxima em construção ecológica e exemplifica um compromisso constante com a sustentabilidade e a liderança ambiental. Ao inovar e ser pioneiro em novas abordagens de design sustentável, os projetos LEED Platinum servem como faróis de inovação e inspiração, levando a indústria a um ambiente construído mais sustentável, resiliente e saudável para as próximas gerações.

 

Sistema de Classificação

O sistema de classificação LEED é dividido em cinco categorias, cada uma abordando um aspecto diferente da construção ecológica e atendendo a vários tipos de projetos. Essas categorias garantem que o programa de certificação LEED possa ser aplicado a uma ampla gama de tipos de construção e cenários de desenvolvimento.

Projeto e Construção de Edifícios (LEED BD+C)

Esta categoria se concentra em novas construções e grandes reformas, abordando aspectos como desenvolvimento sustentável do local, eficiência hídrica, eficiência energética, seleção de materiais e qualidade ambiental interna. O LEED BD+C é adaptado para uma variedade de tipos de edifícios, incluindo projetos comerciais, residenciais e institucionais, bem como setores especializados como saúde, data centers e armazéns.

O LEED BD+C avalia projetos com base em um conjunto abrangente de critérios, que são organizados em várias categorias de crédito:

  1. Processo Integrativo:Incentiva as equipes de projeto a usar um processo de design integrado, reunindo as partes interessadas de várias disciplinas para colaborar e otimizar o desempenho do edifício.
  2. Localização e Transporte:Promove a seleção sustentável de locais e opções de transporte, reduzindo o impacto ambiental do deslocamento e incentivando o uso de transporte público, caminhada, ciclismo e veículos de baixa emissão.
  3. Locais Sustentáveis:Incentiva práticas responsáveis ​​de desenvolvimento local, como gerenciamento de águas pluviais, controle de erosão e preservação de habitats naturais e espaços abertos.
  4. Eficiência da água:Enfatiza as estratégias de conservação de água, incluindo paisagismo com eficiência de água, tecnologias inovadoras de águas residuais e a redução do consumo de água em ambientes fechados.
  5. Energia e Atmosfera: Concentra-se em melhorar a eficiência energética, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover o uso de fontes de energia renováveis.
  6. Materiais e Recursos:Incentiva o uso de materiais sustentáveis, redução de resíduos e práticas de construção responsável para minimizar o impacto ambiental dos materiais de construção e geração de resíduos.
  7. Qualidade Ambiental Interna:Aborda fatores que afetam a saúde e o bem-estar dos ocupantes, como qualidade do ar interno, conforto térmico, iluminação natural e acústica.
  8. Inovação:Recompensa projetos pela implementação de estratégias inovadoras ou desempenho excepcional em uma categoria específica.
  9. Prioridade Regional:Pontos de premiação por abordar questões ambientais específicas da região identificadas pelos capítulos locais do USGBC.

Ao atender a esses critérios, os projetos LEED BD+C podem criar edifícios que não são apenas ambientalmente responsáveis, mas também fornecem um ambiente confortável e saudável para seus ocupantes. Este sistema de classificação desempenha um papel crucial na condução da adoção de práticas de construção ecológica e na definição de novos padrões para o desenvolvimento sustentável.

 

Design de Interiores e Construção (LEED ID+C)

Esta categoria é adaptada para melhorias de inquilinos e arranjos internos, enfatizando o uso eficiente do espaço, iluminação com eficiência energética e sistemas HVAC, materiais sustentáveis ​​e qualidade do ar interno. LEED ID+C é adequado para projetos comerciais, de varejo e hotelaria, bem como outros tipos de edifícios onde o foco principal está nos espaços internos.

O LEED ID+C avalia os projetos com base em um conjunto de critérios semelhantes aos usados ​​no sistema de classificação LEED BD+C, com algumas modificações para refletir os desafios e oportunidades exclusivos associados ao design de interiores e construção. Esses critérios são organizados em várias categorias de crédito:

  1. Processo Integrativo:Incentiva as equipes de projeto a usar um processo de design integrado que promove a colaboração e otimiza o desempenho do edifício.
  2. Localização e Transporte: Promove a seleção de locais sustentáveis ​​e opções de transporte, incentivando o uso de transporte público, caminhada, ciclismo e veículos de baixa emissão.
  3. Eficiência da água:Enfatiza as estratégias de conservação de água, como luminárias e aparelhos com eficiência de água, para reduzir o consumo de água em ambientes fechados.
  4. Energia e Atmosfera:Centra-se na melhoria da eficiência energética, particularmente através de iluminação energeticamente eficiente e sistemas HVAC, e na promoção do uso de fontes de energia renováveis.
  5. Materiais e Recursos:Incentiva o uso de materiais sustentáveis, redução de resíduos e práticas de construção responsável para minimizar o impacto ambiental de ajustes internos e melhorias nos inquilinos.
  6. Qualidade Ambiental Interna: Aborda fatores que afetam a saúde e o bem-estar dos ocupantes, como qualidade do ar interno, conforto térmico, iluminação natural e acústica.
  7. Inovação:Recompensa projetos pela implementação de estratégias inovadoras ou desempenho excepcional em uma categoria específica.
  8. Prioridade Regional:Pontos de premiação por abordar questões ambientais específicas da região identificadas pelos capítulos locais do USGBC.

Concentrando-se nos desafios e oportunidades exclusivos associados aos espaços internos, o LEED ID+C incentiva a adoção de princípios de design sustentável nas melhorias dos inquilinos e ajustes internos. Este sistema de classificação ajuda a criar ambientes internos que não apenas minimizam seu impacto ambiental, mas também fornecem um ambiente confortável, saudável e produtivo para os ocupantes.

 

Operações e Manutenção de Edifícios (LEED O+M)

Esta categoria visa edifícios existentes, com foco na otimização do desempenho por meio da eficiência energética e hídrica, redução de resíduos e políticas de compra sustentáveis. O LEED O+M é aplicável a uma ampla gama de tipos de edifícios, incluindo projetos comerciais, institucionais e residenciais. Ele fornece uma estrutura para proprietários de edifícios e gerentes de instalações para melhorar continuamente o desempenho de sustentabilidade de seus edifícios ao longo de seu ciclo de vida.

O LEED O+M avalia os projetos com base em um conjunto de critérios que são organizados em várias categorias de crédito:

  1. Localização e Transporte: Incentiva opções de transporte sustentável, como transporte público, caminhada, ciclismo e veículos de baixa emissão, para reduzir o impacto ambiental do deslocamento.
  2. Sítios Sustentáveis: Promove práticas responsáveis ​​de gestão de sítios, incluindo gestão de águas pluviais, controle de erosão e preservação de habitats naturais e espaços abertos.
  3. Eficiência de água: enfatiza estratégias de conservação de água, como paisagismo com eficiência de água, tecnologias inovadoras de tratamento de águas residuais e redução do consumo interno de água.
  4. Energia e Atmosfera: Concentra-se na melhoria da eficiência energética, na redução das emissões de gases de efeito estufa e na promoção do uso de fontes de energia renováveis, bem como no monitoramento e otimização contínuos dos sistemas prediais.
  5. Materiais e Recursos: Incentiva a redução de resíduos, reciclagem e políticas de compra responsável para minimizar o impacto ambiental das operações e manutenção do edifício.
  6. Qualidade Ambiental Interna: Aborda fatores que afetam a saúde e o bem-estar dos ocupantes, como qualidade do ar interno, conforto térmico e qualidade da iluminação.
  7. Inovação: Recompensa projetos pela implementação de estratégias inovadoras ou desempenho excepcional em uma categoria específica.
  8. Prioridade regional: concede pontos por abordar questões ambientais específicas da região identificadas pelos capítulos locais do USGBC.

Ao focar nos aspectos operacionais dos edifícios, o LEED O+M apóia os esforços contínuos para minimizar o impacto ambiental dos edifícios existentes e maximizar seu desempenho ao longo do tempo. Este sistema de classificação permite que proprietários de edifícios e gerentes de instalações identifiquem áreas de melhoria, implementem as melhores práticas sustentáveis ​​e monitorem os resultados de seus esforços, contribuindo para um ambiente construído mais sustentável e resiliente.

 

Desenvolvimento de Bairro

Esta categoria aborda o planejamento e desenvolvimento de bairros inteiros, integrando princípios de crescimento inteligente, urbanismo e construção verde. O LEED ND é projetado para novos projetos de desenvolvimento de terrenos ou redesenvolvimento de locais existentes, como comunidades residenciais, empreendimentos de uso misto e campi institucionais. Incentiva práticas de desenvolvimento sustentável que criam bairros caminháveis, vibrantes e ambientalmente responsáveis.

O LEED ND avalia projetos com base em um conjunto de critérios organizados em várias categorias de crédito:

  1. Localização e ligação inteligentes: Promove a seleção de locais sustentáveis ​​e padrões de desenvolvimento que reduzem o impacto ambiental do transporte, protegem os habitats naturais e promovem o acesso a serviços e comodidades essenciais.
  2. Padrão e projeto de vizinhança: Incentiva bairros compactos, caminháveis ​​e diversificados que fomentam um senso de comunidade, promovem atividade física e reduzem a dependência de automóveis.
  3. Infraestrutura e edifícios verdes: concentra-se em práticas de design e construção sustentáveis, como eficiência energética e hídrica, redução de resíduos e uso de materiais sustentáveis, tanto para edifícios individuais quanto para a infraestrutura do bairro.
  4. Inovação e Processo de Design: Recompensa projetos pela implementação de estratégias inovadoras ou desempenho excepcional em uma categoria específica.
  5. Prioridade regional: concede pontos por abordar questões ambientais específicas da região identificadas pelos capítulos locais do USGBC.

Ao abordar o planejamento e desenvolvimento de bairros inteiros, o LEED ND visa criar comunidades que não sejam apenas ambientalmente responsáveis, mas também proporcionem uma alta qualidade de vida para seus residentes. Este sistema de classificação apoia o desenvolvimento de bairros sustentáveis ​​que promovem a interação social, promovem estilos de vida saudáveis ​​e minimizam seu impacto ambiental, contribuindo para a criação de cidades e vilas mais sustentáveis, resilientes e vibrantes.

 

Cidades e Comunidades

Esta categoria avalia a sustentabilidade de cidades e comunidades inteiras, levando em consideração fatores como transporte, gestão de resíduos e equidade social. LEED para Cidades e Comunidades é projetado para governos locais, planejadores urbanos e outras partes interessadas que estão comprometidas em melhorar a sustentabilidade, resiliência e habitabilidade de suas cidades e comunidades. Ele fornece uma estrutura abrangente para avaliar e medir o desempenho das áreas urbanas, permitindo-lhes comparar seu progresso e identificar áreas para melhoria.

O LEED para Cidades e Comunidades avalia projetos com base em um conjunto de critérios organizados em várias categorias de crédito:

  1. Sistemas Naturais e Ecologia: Incentiva a proteção e restauração de ecossistemas naturais, bem como a integração de infraestrutura verde e soluções baseadas na natureza no planejamento e design urbano.
  2. Transporte e Uso do Solo: Promove opções de transporte sustentáveis, padrões de desenvolvimento compactos e o uso eficiente dos recursos do solo para minimizar o impacto ambiental da urbanização.
  3. Eficiência de água: enfatiza estratégias de conservação de água, como paisagismo com eficiência de água, tecnologias inovadoras de tratamento de águas residuais e redução do consumo de água em edifícios e infraestrutura.
  4. Energia e emissões de gases de efeito estufa: concentra-se em melhorar a eficiência energética, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover o uso de fontes de energia renováveis ​​na escala da cidade e da comunidade.
  5. Materiais e Recursos: Incentiva a redução de resíduos, reciclagem e políticas de compra responsável para minimizar o impacto ambiental do consumo de recursos e geração de resíduos.
  6. Qualidade de Vida: Aborda fatores que afetam o bem-estar dos residentes, como saúde pública, segurança, equidade social e acesso a serviços e comodidades essenciais.
  7. Inovação: Recompensa projetos pela implementação de estratégias inovadoras ou desempenho excepcional em uma categoria específica.
  8. Prioridade regional: concede pontos por abordar questões ambientais específicas da região identificadas pelos capítulos locais do USGBC.

Ao avaliar a sustentabilidade de cidades e comunidades inteiras, o LEED para Cidades e Comunidades permite que governos locais e planejadores urbanos avaliem o desempenho geral de suas áreas urbanas e identifiquem oportunidades de melhoria. Este sistema de classificação apoia o desenvolvimento de cidades e comunidades sustentáveis ​​que sejam ambientalmente responsáveis, socialmente equitativas e economicamente prósperas, contribuindo para a criação de uma sociedade global mais sustentável e resiliente.

 

Como alcançar um dos níveis de certificação LEED?

A obtenção da certificação LEED envolve várias etapas que garantem que um projeto atenda aos requisitos de sustentabilidade necessários. O esboço a seguir descreve o processo para obter a certificação LEED:

  1. Registrar o projeto no USGBC: O primeiro passo é criar uma conta no site do USGBC e registrar o projeto. Durante a inscrição, você precisará fornecer informações sobre o projeto, como localização, tamanho e tipo, além de pagar a taxa de inscrição.
  2. Selecione o sistema e a categoria de classificação LEED apropriados: Escolha o sistema de classificação LEED mais adequado para o seu projeto, com base em seu escopo e objetivos. Isso o ajudará a identificar os pré-requisitos e créditos específicos que seu projeto precisará alcançar para obter a certificação.
  3. Desenvolva um plano de sustentabilidade abrangente com base nos pré-requisitos e créditos LEED: Trabalhe com sua equipe de projeto para desenvolver um plano de sustentabilidade que atenda aos pré-requisitos e créditos LEED selecionados. Este plano deve detalhar as estratégias, tecnologias e práticas que seu projeto implementará para atender aos requisitos LEED.
  4. Implementar o plano durante as fases de projeto, construção e operação: À medida que seu projeto avança, certifique-se de que o plano de sustentabilidade seja efetivamente implementado nas várias fases. Isso pode envolver a colaboração com arquitetos, engenheiros, empreiteiros e outras partes interessadas para garantir que o design, a construção e a operação do projeto estejam alinhados com os requisitos LEED.
  5. Compilar documentação demonstrando conformidade com os requisitos LEED: Colete e organize a documentação necessária que demonstre a conformidade do seu projeto com os pré-requisitos e créditos LEED. Isso pode incluir desenhos de projeto, especificações, cálculos, fotografias e outros materiais de apoio.
  6. Envie a documentação ao USGBC para revisão: Assim que a documentação estiver completa, envie-a ao USGBC para revisão. O USGBC designará um revisor LEED para avaliar a conformidade do seu projeto com o sistema de classificação e categoria selecionados.
  7. Aborde quaisquer comentários de revisão e reenvie, se necessário: Se o revisor LEED identificar quaisquer problemas ou discrepâncias, você precisará abordar esses comentários e reenviar a documentação para análise posterior. Esse processo pode envolver a revisão do design do projeto, o fornecimento de documentação adicional ou a implementação de ações corretivas.
  8. Receba a decisão final de certificação LEED: Depois que seu projeto tiver demonstrado conformidade com os requisitos LEED, o USGBC emitirá uma decisão final de certificação. A decisão especificará o nível de certificação LEED alcançado (Certified, Silver, Gold ou Platinum) e o número total de pontos ganhos.

Ao seguir essas etapas, você pode garantir que seu projeto atenda aos rigorosos requisitos da certificação LEED, mostrando seu compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental.

 

Os benefícios para os ocupantes

A certificação LEED oferece inúmeros benefícios para proprietários de edifícios, ocupantes e meio ambiente, demonstrando o valor de investir em projetos sustentáveis ​​e práticas de construção. Algumas das vantagens mais notáveis ​​da certificação LEED incluem:

  1. Custos operacionais reduzidos devido à eficiência energética e hídrica: Edifícios com certificação LEED normalmente usam menos energia e água em comparação com edifícios convencionais, resultando em contas de serviços públicos e despesas operacionais mais baixas. Essas economias de custo podem ser significativas ao longo da vida útil do edifício, compensando o investimento inicial em recursos de design sustentáveis.
  2. Melhor qualidade do ar interior e conforto dos ocupantes: A certificação LEED enfatiza a importância da qualidade ambiental interna, que pode ter um impacto profundo na saúde e no bem-estar dos ocupantes do edifício. Ao promover estratégias como ventilação adequada, filtragem de ar e materiais de baixa emissão, os edifícios com certificação LEED podem ajudar a reduzir os poluentes do ar interno e aumentar o conforto dos ocupantes.
  3. Comercialização aprimorada e potencial para taxas de aluguel mais altas: A certificação LEED pode servir como uma ferramenta de marketing valiosa, sinalizando para possíveis inquilinos e compradores que um edifício é ambientalmente responsável e eficiente em termos de recursos. Como resultado, os edifícios com certificação LEED podem exigir taxas de aluguel mais altas e taxas de vacância mais baixas em comparação com suas contrapartes convencionais.
  4. Percepção pública positiva e reconhecimento pelo compromisso com a sustentabilidade: A obtenção da certificação LEED pode ajudar a melhorar a reputação de um edifício e demonstrar seu compromisso com a gestão ambiental. Essa percepção pública positiva pode se traduzir em maior valor da marca, fidelidade do cliente e vantagem competitiva para os proprietários e ocupantes do edifício.
  5. Elegibilidade para abatimentos de impostos, subsídios de zoneamento e outros incentivos em muitas jurisdições: Muitos governos locais e regionais oferecem incentivos financeiros para encorajar a adoção de práticas de construção sustentáveis. Os projetos com certificação LEED podem ser elegíveis para abatimentos de impostos, subsídios de zoneamento, licenciamento acelerado ou outros incentivos que podem ajudar a compensar os custos de implementação de estratégias de construção ecológica.

Ao buscar a certificação LEED, os proprietários e desenvolvedores de edifícios podem desfrutar de uma ampla gama de benefícios que contribuem para o sucesso a longo prazo e a sustentabilidade de seus projetos. Essas vantagens não apenas fornecem um forte retorno sobre o investimento, mas também apóiam os objetivos mais amplos de proteção ambiental, conservação de recursos e bem-estar da comunidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: UGREEN
Imagem: Divulgação

AsBEA, AIA Miami e AIA International lançam iniciativa para fomentar a cooperação internacional entre arquitetos

Imagens SITE T Easy Resize com

Encontro tem por objetivo fortalecer os laços entre arquitetos radicados no Brasil e em Miami, com foco em networking, intercâmbio de competências e colaboração comercial.

 

O lançamento do grupo Brazilian Architects in the World – Miami / Arquitetos Brasileiros no Mundo – Miami (B+A+W – Miami) partiu da união de três entidades: AsBEA (Associação Brasileira dos Escritório de Arquitetura), por meio do Programa Built by Brazil, AIA Miami e AIA Internacional (American Institute of Architects), e tem como objetivo fortalecer os laços entre arquitetos radicados no Brasil e em Miami, independentemente de sua nacionalidade, com foco em networking, intercâmbio de competências e colaboração comercial.

O evento de lançamento do B+A+W Miami, programado para acontecer no dia 29 de novembro, será realizado online, possibilitando a participação de profissionais de todo o mundo. O encontro contará com a apresentação de cases de sucesso na colaboração entre escritórios no Brasil e Miami, além de dinâmicas em grupo para promover o networking e a troca de ideias.  Uma das apresentações confirmadas inclui o case “OSPA–US Connection” por Rodrigo Milani, sócio da OSPA.

Para participar do evento, é necessário preencher um formulário de inscrição, disponível na biografia do Instagram do @builtbybrazil. A participação nos demais eventos do grupo é aberta aos arquitetos radicados em Miami e exclusiva para os associados do Programa Built by Brazil, no caso dos arquitetos radicados no Brasil. Saiba mais sobre o Programa e participe!

 

banner bbyb Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagem: Avenida Atlântica, Copacabana, Rio de Janeiro – RJ, Brasil – Roberto Burle Marx / Divulgação museus.gov.br

Água: produtividade sem desperdício

Imagens SITE Easy Resize com

Para estimular o uso racional de recursos hídricos, a construção civil tem investido em tecnologias e práticas de reuso.

 

Pensar em redução do consumo e do desperdício de água é algo que, costumeiramente, está atrelado aos hábitos dos usuários. Entretanto, o setor da construção civil está cada vez mais ciente de que pode propiciar mecanismos e tecnologias que facilitem o uso racional de água. As práticas são variadas, em diferentes frentes, desde o reuso de água até inovações para a irrigação de jardins.

O engenheiro Eduardo Pacheco, diretor técnico do Portal Tratamento de Água, lembra que algumas soluções como limitadores de vazão, caixas d’água com dois níveis e chuveiros inteligente já estão à disposição no mercado. Entretanto, há recursos mais elaborados que podem trazer economia mais efetiva, como é o reuso de água de esgoto.

“A água não pode ser destinada para consumo humano, mas pode ser usada em vaso sanitário, que é o uso mais cruel da água potável, para transportar fezes”, explica. O engenheiro esclarece que os mecanismos de reuso de água de esgoto está, em geral, associado às águas de torneiras, pias e ralos, classificadas como água cinzas. Águas que venham de vasos sanitários demandam um tratamento mais elaborado.

O engenheiro esclarece que o reuso de água de esgoto nas edificações necessita uma rede separada, por isso é mais difícil de implantar a solução em edifícios antigos. “Mas alguns condomínios estão buscando implantar, porque reduz muito o consumo de água”, diz. O investimento em tecnologia de reuso de água de esgoto deve levar em conta que há um custo com a compra e também com a manutenção. O tratamento da água é um processo químico elaborado, e só pode ser executado por profissionais com registro no Conselho Regional de Química (CRQ).

“Para shoppings, por exemplo, vale tanto a pena que costumam fazer reuso do esgoto todo. Para edifícios residenciais é menos vantajoso”, Eduardo Pacheco pondera. Segundo o engenheiro, como tratamento tem alto grau de exigência de qualidade, em muitos casos não é recomendável. Empreendimentos de grande porte, em geral, contratam equipe terceirizada para realizar essas atividades, evitando contaminações por produtos químicos e proliferações de doenças.

Outra solução possível é o tratamento de água de chuva, que envolve um processo mais simples e pode ser mais facilmente adaptado a edifícios antigos. O mercado oferece diferentes cisternas para esse tipo de solução, que podem se adequar a diferentes demandas. “Mas é difícil espaço de adaptação. Tem o problema da carga, do peso da cisterna. Se a construção não for pensada para isso, fica difícil”, diz Eduardo Pacheco.

 

Foto Easy Resize com
Os jardins deste projeto elaborado pelo escritório Dal Pian, composto por plantas nativas da região, são irrigados por meio do reuso de águas cinzas graças ao gotejamento automatizado.

 

Para o engenheiro, a utilização desses recursos ainda é prematura no Brasil, motivado principalmente pela desinformação. “É complicado deixar uma estação de tratamento para as pessoas tomarem conta, precisa de cuidado. Para algumas construções vale mais produtos como chuveiros inteligentes e a educação das pessoas do que operações que requerem especialistas”, pondera.

No Rio Grande do Sul, a sede estadual da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomercio) adotou amplamente o tratamento da água. De acordo com Vitor Dossa, gerente de condomínio da sede, 100% do esgoto é tratado e retornado para os canais da concessionária local. “A rede passa bem ao lado e entregamos uma água limpa. O tratamento atinge aproximadamente 80% de pureza”, diz.

Além de soluções como temporizadores em torneiras, válvulas de descarga duplas e equipamentos que realizam limpeza de louças com vapor de água, a Fecomerico-RS investiu pesadamente em reuso de água de chuva. Os 38 mil m² do projeto contam com um sistema de drenagem por meio de um lago artificial, que funciona como uma cisterna a céu aberto. A distribuição dessa água consome energia elétrica, e para isso o edifício conta com placas de energia solar (que suprem 50% da demanda) e geradores de energia a gás natural. A água não é utilizada para consumo, apenas para irrigação de jardins.

Os tetos verdes aumentam o potencial de economia de água. “Eles têm uma camada filtrante pequena e uma camada de terra, substrato e grama. A água se deposita, escorre e cai sobre umas formas de colmeia, escorrendo para um captador que canaliza e manda para nossa cisterna”, explica Vitor Dossa. São 8mil m² de tetos verdes captando 600 mil litros de água.

Todo o conjunto de soluções empregadas geram benefícios, desde economia até contenção da água que alagaria a região durantes as chuvas. Segundo o gerente, a Fecomercio-RS investiu R$ 230 milhões no projeto. “Se gastou bastante, mas não em mármore, madeira nobre, nada disso. Se gastou em tecnologia”, afirma.

 

Jardins

No que diz respeito a projetos paisagísticos, o reuso de água é uma das soluções mais viáveis. Exemplo é o que o Grupo VG, aceleradora de greentechs de paisagismo, realizou ao desenvolver as chamadas Wetlands nas estações de transporte sobre trilhos Cidade Jardim e Vila Olímpia, em São Paulo (SP). Custeadas pela iniciativa privada (bancos Santander e Bradesco), as Wetlands são jardins verticais que utilizam água tratada dos esgotos.

“Tratamos toda a água de vaso sanitário, mictórios e pias, filtramos e redirecionamos para 1000m² de jardins verticais. Não devolvemos água sem tratamento para a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo)”, relata Bruno Watanabe, CEO do Grupo VG.

A iniciativa, segundo o profissional, contribui também no âmbito social. “Não só é economicamente viável como é uma questão de saneamento básico no brasil. E muita gente acha que é uma super tecnologia, mas não. As Wetlands são conhecidas fora do Brasil”, diz. Bruno Watanabe defende que a solução seja transformada numa infraestrutura de saneamento capaz de prevenir poluição de rios e alagamentos.

Para o CEO do grupo VG, o Brasil ainda engatinha no que tange ao uso racional de água, por mais que seja abundante em recursos hídricos. “O ponto não é o volume de água em períodos de chuvas, mas os armazenamentos e o sistemas inteligentes durante as estiagens”, opina. Em ambientes corporativos com projetos de paisagismo, o uso de vasos e sistemas drenantes inteligentes seria mais em conta que a rega manual.

O Grupo VG, em razão disso, tem desenvolvido os próprios vasos auto irrigáveis para plantas de grande porte, com um sistema que retém água na parte inferior e faz com que as raízes se aprofundem no solo. A técnica substitui a tradicional rega de cima para baixo e faz com que o vaso seja regado apenas quatro vezes ao ano. “Cada vez as áreas verdes valorizam o imóvel e retornam como payback para o empreendimento”, pontua Bruno Watanabe.

O professor Benedito Abbud, arquiteto paisagista, concorda. Segundo o arquiteto, edifícios que incluem jardins com soluções sustentáveis têm valor agregado. “Hoje é muito valioso morar em espaços biofílicos, lugares gostosos abraçados pela vegetação. Antes era decoração, hoje é mais que isso, é uma tendência morar em locais vegetados”, explica. Assim, soluções de economia de água ganham maior relevância para o mercado imobiliário.

Benedito Abbud desenvolveu um sistema especial, chamado Tec Garden, para reaproveitar água de chuvas em tetos verdes. “Como trabalho muito sobre laje, bolei o sistema que faz um lençol freático artificial”, explica o professor. A tecnologia conta com placas sobre pedestais e pavios que vão até o fundo da laje, sustentando o jardim e mantendo um vazio de 10 cm, onde a água fica armazenada. Os pavios fazem a água subir por capilaridade, sendo assim ideal para que forrações e arbustos cresçam sem manutenção de bombas de energia. “É muito mais eficiente que irrigação feita por jardineiros. E o sistema permite a utilização de água cinza ou água de reuso, que pode ser introduzida diretamente no lençol freático”, afirma.

Os tetos verdes trazem inúmeros benefícios, como melhor impermeabilização e menor impacto pela dilatação e contração da laje diante das mudanças de temperatura. Há ainda ganhos ambientais, mantendo o clima mais saudável em centros urbanos. “As pessoas estão descobrindo que vegetação ameniza ilhas de calor nas cidades”, menciona Benedito Abbud.

 

ddecadfaceaaee Easy Resize com
Praça Urbana, elaborada por Benedito Abbud.

 

Métodos construtivos

Lucas Bongogo, gerente técnico da construtora Decorlit, informa que as técnicas de reuso de água de chuva e de efluentes, assim como outras tecnologias de redução de consumo de recursos hídricos, são reguladas pelas NBR 16782 e NBR 16783. Contudo, para a construção civil é importante ainda que as obras sejam realizadas com menor consumo de água, buscando inovações que sejam economicamente viáveis e interessantes do ponto de vista arquitetônico.

A Decorlit, assim, aposta em construções a seco, com sistemas como Light Steel Frame, Steel Frame, Wood Frame, e outros sistemas modulares pré-fabricados. “Os efluentes são controlados na indústria com maior rigor, mais fiscalização, do que num canteiro de obra. Cada estado tem uma legislação específica, então daria para ter uma solução única”, pondera.

Com os sistemas modulares, as chapas de madeira ou aço saem prontas de fábrica para serem fixadas, sem a necessidade de se utilizar água para argamassa como na alvenaria tradicional, por isso são chamadas de construções a seco. “Na fabricação, todas as indústrias têm tratamento de efluentes e circuitos fechados de água”, diz Lucas Bongogo.

A vantagem é que os sistemas podem ser utilizados para qualquer tipo de edificação e arquitetura. Para o gerente, a adesão às construções a seco depende do fator financeiro, sendo necessário que o arquiteto apresente cálculos que comprovem que o valor investido é retornado pela economia no consumo de água.

Construção a seco é uma aposta também da empresa Quick House, evitando o uso de água nas obras, com exceção das fundações de concreto. “Para o operário é mais saudável, sem umidade e poeira de uma obra convencional”, diz Roberto Decker, arquiteto e responsável técnico da instituição.

 

catalogo casa porto feliz
Residência Quick House.

 

Numa obra de alvenaria, cada metro quadrado pode consumir de 200 a 250l de água. Nas construções modulares, não há consumo, pois os operários apenas parafusam os painéis prontos de fábrica, de forma mais limpa. “Criamos tantos painéis quanto forem necessários para a obra, e já vão prontos para montagem. Uma construção de 100m² pode ser montada em 3h”, conta Roberto Decker.

A iniciativa da Quick House surgiu mais como uma visão de mercado do que uma demanda específica do público, observando que a construção convencional desperdiça muito material e perde controle do orçamento. Mas hoje há maior interesse do consumidor final. “Sem dúvida, de 3 ou 2 anos para cá a demanda aumentou muito por sistemas construtivos alternativos. Hoje já representa de 2 a 2,5% do mercado, e a tendência é crescer”, diz Roberto Decker.

Para que essas tecnologias se difundam mais intensamente na construção civil, demandará tempo, até para adequação da mão de obra e para uma melhor regulamentação. “A cultura é muito arraigada na construção convencional”, finaliza.

 

 

 

 

Por Victor Hugo Felix
Imagens: Nelson Kon e Divulgação