Sobre a copa das árvores

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Estrutura implantada em floresta permite que visitantes visualizem a natureza local e os pontos mais elevados de países da península escandinava. 

 

 

Um grupo de pessoas pode observar o mesmo cenário sob diversas perspectivas. Na cidade ou no campo, espaços tendem a apresentar sua subjetividade, mesmo que ela se modifique a cada novo olhar. Com o pensamento de que toda experiência é única, o escritório de arquitetura EFFEKT Architects assinou a obra Forest Tower, na floresta preservada de Gisselfeld Klosters Skove, próximo a Copenhague, na Dinamarca.  

 

Além da estética exuberante, a estrutura conta com rampas acessíveis, inclusive para pessoas com alguma restrição de mobilidade, e ainda promove a interação dos visitantes com a biodiversidade local, oferecendo um Camp Adventure focado em esportes radicais, localizado no interior da torre. O observatório de 45 m de altura, desenvolvido em espiral com passarelas de 650 m de comprimento está cercado por lagos, riachos e pântanos. Enquanto a passarela mais elevada leva à trilhas nas partes antigas da floresta, a inferior passa pelas áreas mais recentes.  

 

Com o intuito de aprimorar a aparência da obra, os arquitetos afunilaram o centro da estrutura e alcançaram um formato de ampulheta, o que de acordo com a EFFEKT Architects, resultou no aumento da estabilidade da construção e ampliou a área do deck de observação no topo. A partir da geometria hiperbolóide, os longos tubos de aço da construção não são dobrados, mas giram 120º, criando a expressão curva, que remete a uma gigante ampulheta no centro da floresta. Desta forma, as copas das árvores se aproximam da parte intermediária mais estreita. Quanto mais alto, maior é a distância entre as rampas, o que permite visualizar a floresta em um ângulo de 360°. 

 

”A torre é moldada para aprimorar a experiência do visitante, desviando a forma cilíndrica típica em favor de um perfil curvo, com cintura fina, e base e coroa aumentadas. Isso permite melhor contato com o dossel da floresta. A natureza fornece a experiência real. Acabamos de torná-la mais acessível e oferecemos uma série de perspectivas e alternativas novas.” – Tue Foged, um dos dois fundadores da EFFEKT.  

 

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Da área mais elevada, os visitantes têm visão de mais de 25 km além da natureza da Ilha Sul, na Nova Zelândia, até o norte, onde é possível ver a Ponte do Øresund e o arranha-céu Turning Torso, em Malmö, sul da Suécia, em dias mais claros. Partes do horizonte de Copenhagen, incluindo o hotel Bella Sky e Ørsted Works, também são visíveis do topo. A estrutura principal é feita em aço temperado, cuja coloração marrom avermelhada se aproxima das cores naturais presentes neste ecossistema. 

 

 O local é o habitat de uma variedade significativa de espécies, o que inspirou o projeto a fazer parte do ambiente, sem interromper ou prejudicar os moradores de vida selvagem. Sustentável, a obra utiliza carvalhos locais de Bregentved e de Gisselfeld Estates na composição das rampas de acesso. O terreno ao redor do Camp Adventure tem localização próxima ao ponto mais alto da Nova Zelândia, Kobanke, repleto de montanhas. A variação permeia entre campos, regiões florestais contíguas e aldeias.  

 

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Além da natureza exorbitante, muitas mansões também fazem parte da área. Em razão da obra estar inserida em uma zona onde urbanismo e meio ambiente dividem o espaço de maneira harmônica, a EFFEKT Architects entende que a Forest Tower desfruta de um longo desenvolvimento histórico-cultural na natureza, onde a tecnologia foi capaz de juntar dois mundos. Enquanto há cultivação de campos, existe também moradia, tanto de animais selvagens como de cidadãos dinamarqueses. O primeiro-ministro dinamarquês Lars Løkke Rasmussen, que inaugurou o projeto, disse que estava fascinado com a estrutura da obra. “É um projeto magnífico. Nada menos. A torre é linda por si só e pode ser colocada literalmente em qualquer lugar. Mas aqui está ela, no meio da floresta, cercada por árvores dentro e fora da estrutura. 

 

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Sem degraus, a passarela em espiral leva o visitante até o topo da torre, que está 135 m acima do nível do mar. Do chão da floresta à extremidade, as árvores podem ser vistas de perto. A passarela inclui recursos de design, como caminhos em loop, arquibancadas e pontes. A experiência propõe conhecimento sobre a vida selvagem nas extremidades do ecossistema, onde é possível perceber a fusão entre natureza e urbanismo. 

 

 

 

 

 

Por Redação
Imagens Divulgação