As principais tendências de materiais na arquitetura em 2024

Classic luxury empty room with boiserie on the wall Pink colored

Desde técnicas resgatadas da França Imperial até o uso de materiais sustentáveis, 2024 promete tendências ecléticas na decoração e arquitetura

 

Conhecer quais são as tendências de arquitetura, design e decoração é uma maneira de se manter atualizado com as preferências do mercado imobiliário, seja para vender um imóvel, ou apenas para reformar e deixar o lugar com um toque mais moderno e sofisticado. A cada ano, as tendências mudam; o que no ano anterior era novidade hoje pode ser antiquado, e por esse motivo pode ser difícil acompanhar a evolução das tendências. Abaixo, um guia para conhecer algumas das principais tendências de arquitetura em 2024. Confira!

 

Classic luxury empty room with boiserie on the wall Pink colored

 

Baixo relevo veio para dominar

Os revestimentos em baixo relevo chegaram em 2024 para quebrar a hegemonia do alto relevo. A tendência busca a retomada da técnica milenar de decoração para criar padrões e formas intrincados que trazem personalidade e profundidade ao ambiente.

Existem centenas de estilos diferentes, de padrões geométricos a formas orgânicas contínuas, para uma sensação de fluidez na superfície aplicada.

 

Elementos vazados

Outra forte tendência para arquitetura e design em 2024 está na aplicação de elementos vazados utilizando colunas falsas para criar uma moldura entre cômodos (seja para fazer uma separação imaginária de ambientes ou como artigo para exposição de tapeçaria, treliças e até plantas).

Existem diversos tipos de aplicação de elementos vazados, desde os clássicos cobogós, típicos do Nordeste brasileiro, até apresentações mais modernas, com vidros, madeira e cimento queimado.

 

Uso de boiserie

Muitos podem não conhecer esse estilo pelo nome, mas já podem ter visto em algum filme ou série (especialmente aqueles que se passam no final do século XVIII em diante).

A boiserie é um estilo arquitetônico e de decoração francês que emprega uma espécie de moldura nas paredes para criar um aspecto de painéis (muito utilizado nos palácios da monarquia francesa).

As molduras podem ser feitas de diversos materiais como madeira, MDF, espuma, isopor e até concreto. Além disso, podem ser pintadas da mesma cor da parede para uniformidade e para criar uma área de destaque na parede, seja para pendurar um quadro, destacar uma janela ou um espelho.

 

Aposte no marmorizado

Outra tendência que nunca sai de moda e é atemporal é o uso de revestimentos marmorizados. É uma escolha clássica, que combina com a maioria das decorações e estilos quando utilizado com parcimônia.

Não é preciso gastar muito em uma única placa de mármore importado para ter um resultado impactante. Atualmente existem diversos tipos de revestimentos de porcelanatos e azulejos que mimetizam perfeitamente a estética do mármore e que não são tão caros quanto a pedra em si.

 

Elementos naturais: mais que necessários

Uma forma de trazer aconchego para a decoração e que está em alta em 2024 é o uso de elementos naturais, como madeira, treliça, bambu, rattan e palha indiana.

Esses materiais, além de serem sustentáveis, retiram um pouco daquele sentimento de frieza que algumas decorações mais modernas podem proporcionar e trazem mais calor e aconchego para o ambiente.

 

 

 

 

Por: SimoneN
Imagem: iStock

Mighty Buildings: Revolucionando a Construção Sustentável

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Combinação de impressão 3D, robótica e ciência dos materiais abre novos caminhos para a construção civil

 

A Mighty Buildings anuncia participação no Green Interiors Day de Milão, diretamente da Califórnia, para compartilhar suas inovações em casas impressas em 3D. Esta empresa está na vanguarda da construção sustentável, trazendo soluções que são verdadeiramente revolucionárias.

A empresa se destaca por sua capacidade de construir casas sustentáveis em apenas 4 dias, com uma equipe de apenas 4 pessoas, gerando 99% menos desperdício em comparação com métodos tradicionais de construção. Isso não apenas otimiza o processo de construção mas também contribui significativamente para a redução do impacto ambiental.

 

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Um dos aspectos mais impressionantes é o material utilizado pela Mighty Buildings, conhecido como Lumos. Este material inovador cura rapidamente, transformando-se em uma substância 5 vezes mais forte que o concreto, tanto em tensão quanto em flexibilidade, e ainda é 30% mais leve. A combinação de impressão 3D, robótica e ciência dos materiais abre novos caminhos para a construção civil, oferecendo durabilidade, eficiência e sustentabilidade.
Compromisso com o Meio Ambiente
Além da inovação em construção, a Mighty Buildings também se destaca pelo uso de materiais 60% reciclados, reafirmando seu compromisso com práticas sustentáveis. A tecnologia de automação avançada utilizada em sua fábrica permite que a construção seja realizada com precisão, reduzindo o desperdício a quase zero.
A participação da empresa no Green Interiors Day em Milão trará oportunidade para difundir mais sobre como a impressão em 3D pode fortalecer o futuro dos interiores sustentáveis.

CECarbon – Calculadora de Consumo Energético e Emissões de Carbono na Construção Civil

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Ferramenta desenvolvida pelo SindusCon-SP é citada em portaria do Ministério das Cidades e já vem sendo utilizada por construtoras, incorporadoras e projetistas para o cálculo das emissões de GEE.

 

Para a avaliação ambiental da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) dos projetos de obras habitacionais, elaborados no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), o Ministério das Cidades recomenda a utilização da CECarbon – Calculadora de Consumo Energético e Emissões de Carbono na Construção Civil.

A CECarbon foi elaborada pelo SindusCon-SP, por meio de seu Comitê de Meio Ambiente (Comasp), em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação do então Ministério do Desenvolvimento Regional, e com a Agência Internacional de Cooperação Alemã (GIZ). A ferramenta já vem sendo utilizada por construtoras, incorporadoras e projetistas para o cálculo das emissões de GEE.

A recomendação consta da Tabela 2 – Especificações Recomendáveis da Obra, do Anexo II da Portaria 725 do Ministério das Cidades, de 15 de junho (DOU de 16/6/2023).

A Portaria 725 traz as novas especificações urbanísticas, de projeto e de obra para empreendimentos habitacionais no âmbito das linhas de atendimento de provisão subsidiada de unidades habitacionais novas em áreas urbanas com recursos do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) e do FDS (Fundo de Desenvolvimento Social), integrantes do MCMV.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte e imagem: Grandes Construções

 

 

Altamente interativo

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Planejamento e gestão do tempo foram cruciais para garantir que projeto em terreno estreito funcionasse sem problemas.

 

Esta deslumbrante residência localizada em North Bondi, na Austrália, foi projetada pelo escritório CplusC Architects & Builders visando entretenimento familiar. Um terreno estreito com problemas de visão, somado a um desejo de design solar passivo e iluminação natural, levou a forma resultante. Conceitualmente, o ordenamento territorial da casa separa os espaços social e familiar. No andar de baixo, a cozinha interconectada, sala de estar, jantar e espaços ao ar livre criam um local altamente interativo e envolvente projetado para acomodar grandes grupos. Uma piscina única acima do solo que compartilha uma parede transparente com os espaços sociais atua como uma conexão visual entre os espaços internos e externos, refratando a luz natural em toda a casa.

 

North Bondi CplusC Front Elevation () Easy Resize com

North Bondi CplusC Media () Easy Resize com

North Bondi CplusC Dining Kitchen () Easy Resize com

North Bondi CplusC Entry Easy Resize com

 

A piscina foi originalmente projetada como uma estrutura totalmente de concreto e foi ajustada para incorporar a parede de acrílico após o início da construção. Uma ampla gama de negócios foram envolvidos na construção dela. A parede de acrílico exigia que a impermeabilização fosse discretamente integrada com os painéis estruturais e colunas para proporcionar um efeito visual suave. Isso exigiu um alto grau de coordenação e negociação, pois as tolerâncias eram muito apertadas.

 

North Bondi CplusC Pool () () Easy Resize com

North Bondi CplusC Living Dining () () Easy Resize com

North Bondi CplusC Front Courtyard () Easy Resize com

 

No andar de cima, os quartos têm vista para um espaço verde privado na forma de um pátio ou jardim vertical. Telas e plantadeiras personalizadas garantem privacidade para vizinhos e tráfego de pedestres, e são totalmente auto-mantidas e iluminadas por LED. Este projeto marcou a primeira vez que o escritório usou telas FRP como material de fachada e uma certa quantidade de experimentação no local foi necessária para determinar o melhor método de montagem e fixação.

Os painéis exigiram um alto nível de preparação antes da instalação, pré-perfurando os furos para fixar os painéis FRP personalizados do lado com parafusos roscados duplos. A coordenação do encanamento, iluminação e paisagismo foi fundamental para a construção desse intrincado sistema. Além de resolver problemas de privacidade, essas telas permitem mais possibilidades de paisagismo em um local estreito.

 

North Bondi CplusC Bedroom Ensuite () Easy Resize com

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North Bondi CplusC Pool Deck Atrium () Easy Resize com

North Bondi CplusC Front Courtyard () Easy Resize com

 

O artesanato do edifício é elegantemente revelado na paleta de materiais, que inclui tábuas Kobe inacabadas, concreto polido, madeira expressa, fachada Corten e colunas de aço e madeira que celebram os sistemas estruturais da casa. A decisão de deixar os materiais expostos aumentou significativamente a complexidade da construção, pois eventuais defeitos ou curtos-circuitos na construção seriam visíveis na estrutura acabada. Além disso, a estrutura primordial de madeira/aço que se expressa tanto no interior como no exterior resultou em tolerâncias extremamente apertadas para as instalações de revestimentos e janelas, contribuindo para aumentar o desafio da construção.

O sistema de automação residencial incorpora um sistema Dali e Cbus totalmente programável. O cliente pode selecionar entre uma ampla gama de configurações de iluminação e áudio pré-programadas, bem como configurar suas próprias “cenas” personalizadas para serem operadas com um único toque. Também é possível ativar os acessórios remotamente.

 

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North Bondi CplusC Stairs () Easy Resize com

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Imagens: Murray Fredericks, Clinton Cole, Michael Lassman, Ryan Ng e Jem Cresswell.

 

 

 

12ª edição MADE

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Evento acontece junto à ArPa – feira-irmã da MADE voltada ao mercado da arte.

 

Uma das feiras mais tradicionais de design colecionável já definiu as datas e o local de sua próxima edição: de 5 a 9 de junho de 2024, a MADE volta a ocupar o Complexo do Pacaembu, em São Paulo, com sua 12ª edição.

O local já virou sinônimo da feira – é a terceira vez consecutiva que a MADE acontece no Pavilhão Pacaembu, espaço temporário de eventos do tradicional estádio em São Paulo, que já recebeu feiras, festas, apresentações, experiências gastronômicas e de entretenimento. Lá também onde acontece a ArPa – a prima artística da MADE, que, em sua 3ª edição, acontece mais uma vez concomitantemente à feira de design, também de 5 a 9 de junho. A realização dos eventos no estádio símbolo da capital paulista faz parte de uma série de iniciativas que pretendem restaurar e modernizar o complexo como um destino cultural aclamado.

 

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estudiobola inaugura showroom na Al. Gabriel Monteiro da Silva

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Plano de expansão da marca, conclui o ano com terceiro ponto em São Paulo e já prevê abertura no exterior para 2025

 

Com foco na expansão pelo país, a marca de design autoral estudiobola conclui o ano com a abertura da aguardada loja, na principal via da decoração na Capital, a Alameda Gabriel Monteiro da Silva; onde se concentram as maiores marcas do segmento de mobiliários e home decor do país.

Com 400 m², o novo ponto é o terceiro showroom em São Paulo e o 40º em todo País, entre franquias e store in store. “Já estamos presentes nas principais regiões do País. Em São Paulo, faltava ocuparmos a principal via do segmento, muito voltada ao atendimento à arquitetos e designers de interiores”, explica Débora Torquato, head de marca do estudiobola. Com flagship no Alto da Lapa e loja no shopping Cidade Jardim, os designers e fundadores Flavio Borsato e Mauricio Lamosa já se preparam para os próximos passos no exterior.

 

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Sobre o estudiobola

Desenho autoral e simplicidade formal. Esta frase é a espinha dorsal do trabalho da marca paulista. Um trabalho isento de modismos e tendências, com uma pesquisa rigorosa de proporções e acabamentos que confere às criações resultados atemporais.

Conceito este, aplicado em todo lifestyle estudiobola. Alguns prêmios de design durante esse trajeto, como o Prêmio Museu da Casa Brasileira, ajudaram a balizar o trabalho da marca nos últimos 23 anos. Com excelência reconhecida em seu desenho e por sempre vincular seu trabalho à busca de resultados comerciais, o estudiobola segue priorizando suas relações com as empresas que produzem e distribuem suas criações.

Em permanente expansão, a estrutura interna antes comandada pelos fundadores, deu lugar à um time de profissionais que ajudam a posicionar a marca no mercado brasileiro e internacional. O estudiobola está presente no Brasil em diferentes modelos de negócios: Franquias, Store In Store e Multimarcas. Para o mercado internacional a marca se planeja para chegar com lojas nos EUA e Europa nos próximos anos, além de sua Flagship em São Paulo onde mantém o seu estúdio de criação, um galpão de uma antiga fábrica.

 

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www.estudiobola.com
Novo Showroom: Al. Gabriel Monteiro da Silva, 271 – Jd. América

 

 

Casa e Mercado promove Ciclo de Palestras na Belas Artes

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Ciclo de Palestras promovido pela CM pretendeu fomentar aprendizados aos alunos do Centro Universitário Belas Artes e permitir um diálogo aberto entre bem sucedidos escritórios do cenário atual e futuros profissionais.

 

Na primeira quarta-feira do mês de dezembro, a Casa e Mercado promoveu, junto ao Centro Universitário Belas Artes, um ciclo de palestras destinadas aos alunos sobre os seguintes assuntos: Arquitetura, Urbanismo e Design. A ocasião contou com a especial participação do estúdio ACIA Arquitetos e dos escritórios BLOCO Arquitetos e TRIPTYQUE Architecture. No final de cada apresentação foi aberto um bate-papo para perguntas e respostas no momento presente, enriquecendo a experiência dos alunos e palestrantes.  

Em síntese, os principais assuntos abordados pelos primeiros profissionais em palco, da ACIA Arquitetos, navegaram sob o tema “O Futuro das Cidades”. Fabio Aurichio e Ricardo Baddini, Sócios-fundadores do estúdio, iniciaram a apresentação comentando sobre como o período pandêmico do Covid-19 afetou a convivência humana e transformou o cenário atual urbano, sinalizando que se estabeleceu em sociedade um certo “efeito pendular” (ficar indo de um ponto ao outro). A apresentação dos arquitetos então sugeriu algumas ideias e reflexões sobre como melhorar esse impasse e assim regenerar a comunidade, colocando a cidade como fomentadora de integrações. A policentralidade também foi levada em pauta como um modelo humano – a cidade de 15min, o Plano de Paris: viver, trabalhar e prosperar sem grande deslocamento.

“As cidades devem se adaptar às pessoas, transformando os espaços em “placemaking” – que significa criar lugares, mas o conceito vai muito além dos espaços físicos. Essa abordagem tem o objetivo de transformar bairros, cidades e regiões. E o foco dessa transformação é a conexão entre as pessoas, ou seja, o futuro das cidades é pelo caminho da humanização!” –  Fabio Aurichio, sócio-fundador da ACIA Arquitetos. 

 

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Logo em seguida, o escritório BLOCO Arquitetos, formado pelo trio Daniel Mangabeira, Matheus Seco e Henrique Coutinho, discutiram sobre questões de  “Processo e Identidade”. Diante disso, apresentaram cases singulares, esmiuçando projetos e técnicas utilizadas na elaboração de cada um deles. Dentre alguns destaques, o sistema “Off Grid” – sistema isolado e autônomo que tem como principal característica o “auto sustento”, ou seja, um sistema não conectado à rede elétrica que armazena a energia solar excedente em baterias para ser utilizada quando não houver outro meio de produção; e a “Fossa Ecológica” – um sistema de tratamento de esgoto que utiliza processos naturais para a decomposição da matéria orgânica sendo uma alternativa à fossa séptica, que utiliza produtos químicos para o tratamento do esgoto. 

O projeto da Casa Bacuri, que pertence a Mariana Siqueira, foi um dos mais detalhados pelos sócios. Os arquitetos relataram os desafios de criação, trazendo aos espectadores um pouco das soluções elaboradas às demandas solicitadas. O ideal, por exemplo, era conseguir manter as árvores do local e otimizar os recursos disponíveis, como criar uma estrutura de madeira laminada para coletar a água da chuva, que posteriormente teria usos diversos. “Tivemos a ideia de dar o nome à casa de Bacuri, que faz referência a uma planta do cerrado, por ser muito resistente”, explicaram. 

“Uma coisa que a gente tenta é não chegar com uma ideia pré concebida. Queremos primeiro entrar no lugar, sentir o lugar, pois ele é que orienta nosso trabalho. As ideias são projetos que não tenham o que ser tirado deles, ou seja, os princípios continuam sendo os mesmos, de repetição e adaptação de linguagem.” – BLOCO Arquitetos

 

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Por fim, foi a vez da TRIPTYQUE Architecture que trouxe como tema central “O Vocabulário Sustentável”. Gustavo Panza, diretor de Arquitetura do escritório, apresentou a história da arquitetura e da própria TRIPTYQUE, apontando estratégias e modificações que ocorreram com o tempo. Para conduzir a conversa no momento atual, foram citadas teorias e dados de pesquisas, apontando características e singularidades da Arquitetura Européia e Brasileira. Gustavo contou sobre como sua experiência no “Xingu” o ensinou a trabalhar com elementos mais sustentáveis e os desafios de aplicar tais conceitos. Dentre alguns projetos que melhor ilustram as premissas do escritório, Edifício De Uso Misto, Conjunto Modular e Conjunto Multifamiliar,  destacou o retrofit na Cidade Matarazzo.

“As cidades foram sendo geradas com discrepância e mal planejamento fazendo com que haja uma forte resiliência à natureza. Por isso, realmente procuramos meios mais sustentáveis.” –  Gustavo Panza, diretor de arquitetura da TRIPTYQUE Architecture. 

 

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Por Redação
Imagens: Phoética

 

Residência Clotilde e Sérgio Ferreira se torna a nova sede do CAU/SP na região de Ribeirão Preto

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Construída entre 1968 e 1969, a casa é um projeto do arquiteto João Batista Martinez Corrêa, sócio titular da JBMC Arquitetura & Urbanismo, e de Martin Tresca.

 

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP) ganha uma nova sede para seu Escritório Descentralizado na região de Ribeirão Preto, na “Residência Clotilde e Sérgio Ferreira”. Um imóvel histórico, recentemente tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de Ribeirão Preto, planejado para abrigar a família da professora universitária Maria Clotilde Rossetti e do biólogo Sérgio Henrique Ferreira, notável pela sua descoberta sobre o fator de potenciação da bradicinina.

Um exemplo da “Arquitetura Brutalista”, o projeto foi inovador e pioneiro para sua época, principalmente devido a total liberdade que o casal deu ao arquiteto, que ainda era um estudante na época, para experimentar soluções que poderiam ser aplicadas no projeto. “Fizemos muitas experiências nesse projeto porque queríamos fazer uma casa que fosse econômica e atual para aquele, dentro daquela tendência de arquitetura que a gente achava que ela deveria ter.”, destaca João.

 

 

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Mesmo com um orçamento mais restrito, o terreno amplo permitiu a criação de uma casa espaçosa, que enfatiza a integração harmoniosa de espaços e setores internos. Os revestimentos trazem inspirações brutalistas por meio de instalações aparentes, com destaque no uso de tijolos lixados e a união de estruturas de concreto com as alvenarias para impedir o surgimento de fissuras.

O resultado foram paredes tão duráveis que até mesmo as áreas molhadas exigiram apenas uma camada de cera à base de silicone e permaneceram intactas por muitos anos. “A casa foi feita com poucos recursos, mas com material de boa qualidade, o que garantiu uma maior durabilidade aos revestimentos”, revela o arquiteto.

 

 

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Devido à temperatura da região, a casa foi estruturada com pé direito alto e lanternim na cobertura para saída de ar quente pelo teto, garantindo melhor conforto térmico no interior da residência. As portas dos quartos foram equipadas com venezianas divididas ao meio, permitindo que fiquem abertas durante todo dia para uma melhor circulação do vento, aproveitando a inércia térmica proporcionada pelas paredes de tijolos.

As condições de Ribeirão Preto também orientaram a identidade visual da residência, com o uso de tijolos vermelhos locais e lajotas no piso que se assemelham à tradicional terra avermelhada da região. Na cobertura, as calhas nas extremidades contaram com instalação de gárgulas com vidro, que redirecionam as águas pluviais para o canal de drenagem do residencial.

 

MG Easy Resize com

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A decisão de tornar o projeto da Residência Clotilde e Sérgio Ferreira como uma nova sede da CAU em Ribeirão Preto simboliza o respeito pela preservação de um importante patrimônio da Arquitetura Brutalista na cidade, enquanto proporciona o aprimoramento da infraestrutura para atender aos arquitetos urbanistas da instituição. “A notícia foi vista com muita alegria, visto que a própria Clotilde já externava esse desejo que a casa não fosse modificada, e sim que fosse preservada, com possibilidade de utilização da residência como um escritório para arquitetos.”, celebra João.

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Imagens: Carlos Kipnis

 

Construtivo leva tecnologias para projeto inédito em BIM na reconstrução do Museu Nacional/UFRJ

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Companhia de tecnologia fornece sistemas de visualização de nuvem de pontos e modelo, de colaboração e comunicação e de gestão de documentos para todas as etapas de reconstrução do patrimônio.

 

Após quatro anos do trágico incêndio que atingiu o Paço de São Cristóvão (Rio de Janeiro) e abalou uma das mais importantes instituições científicas da América Latina, o Museu Nacional/UFRJ está sendo restaurado e reconstruído por meio do Projeto Museu Nacional Vive. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro (Iphan-RJ) aprovou em junho o Anteprojeto de Restauração e Arquitetura do Paço de São Cristóvão, a sede do Museu Nacional/UFRJ. O documento registra o acordo com o conceito geral do projeto e a disponibilidade da instituição de seguir colaborando com o desenvolvimento do projeto executivo para as intervenções no palácio e no seu entorno.

O Construtivo, companhia de Tecnologia da Informação com DNA em Engenharia, é uma das empresas contratadas pela iniciativa e está apoiando o desenvolvimento de projetos técnicos por meio de um trabalho inédito em BIM (Building Information Modeling). Nesta execução desenvolvida integralmente em HBIM (em português, BIM aplicado a edifícios históricos), metodologia que garante precisão, qualidade de representação e informações adequadas para obras de restauro e intervenção, três soluções do Construtivo estão em operação: o Cintoo, o BIM Track e o Colaborativo.

A primeira passou a ser utilizada na etapa inicial do projeto, cuja metodologia envolveu o escaneamento a laser e o trabalho de pesquisa e arqueologia para trazer conhecimento dos elementos da construção, como a estrutura e os objetos, ou seja, a representação precisa, que tecnicamente é obtida por meio do escaneamento a laser, gerando arquivos de nuvem de pontos para apoiar as atividades de estudo e desenvolvimento do projeto.

Para visualizar todo esse processo, a equipe utilizou o Cintoo, que funciona como uma plataforma streaming para armazenar e suportar o fácil acesso de diferentes partes interessadas à nuvem de pontos e às imagens captadas a partir da realidade. Até o momento, a plataforma recebeu 768 escaneamentos e cerca de 240 GB em imagens.

“O Cintoo possibilita que todos os participantes visualizem o material de forma facilitada. Se não fosse ela, seria necessário que todos os envolvidos tivessem computadores com alta capacidade de armazenamento e conhecimento técnico em nuvem de pontos. Além disso, a possibilidade da plataforma de associar modelos à nuvem de pontos dá condições de tomar decisões considerando as condições retratadas nas imagens. Por exemplo, se o objetivo é fazer um furo em determinada parede, a nuvem de pontos associada a este modelo irá mostrar se a intervenção é apropriada” – Sérgio Leusin, coordenador BIM do projeto e sócio-gerente da GDP – Gerenciamento e Desenvolvimento de Projetos.

 

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Imagem: Museu Nacional Vive / UFRJ

 

Paralelamente ao Cintoo, ocorre o processo de coordenação de projetos, contemplando a comunicação e a colaboração entre os projetistas no BIM Track, que permite acessar o modelo virtual 3D para fazer as análises e as compatibilizações das diversas disciplinas existentes. Sem uma ferramenta de apoio como a BIM Track, seria necessário fazer desenhos e sobrepô-los no computador para verificação de incompatibilidades e conflitos, o que traria além do aumento de tempo na comunicação e na interação entre os envolvidos, a ampliação dos riscos e, consequentemente, o custo do projeto.

“A discussão via uma plataforma de colaboração é essencial num processo BIM, pois otimiza e agiliza o processo de compatibilização resolvendo os problemas antes da execução da obra, além de diminuir a exposição ao risco de atrasos e retrabalhos. Ao todo, 158 arquivos e mais de 1,8 mil questões são administradas dentro da solução. A previsão é finalizar o projeto com cerca de 5 mil tópicos de discussão solucionados”, comenta Leusin.

Com a discussão ocorrendo no BIM Track, o processo administrativo e contratual é gerenciado no Colaborativo, que faz a gestão de aproximadamente sete mil arquivos simultaneamente, entre desenhos 2D, projetos, aprovações dos modelos e documentos em geral. Ou seja, todos os entregáveis são processados e aprovados no Colaborativo e já se sabe que esse volume deve dobrar até o final da obra.

O projeto em BIM para a reconstrução do Museu Nacional envolve 21 empresas, entre projetistas, gerenciadoras e consultorias. Ao todo, mais de 100 especialistas em 32 disciplinas atuam no projeto. O desenvolvimento integrado otimiza recursos financeiros e evita conflitos entre as soluções apresentadas para cada área. O mais emblemático resultado deste processo colaborativo em 2022 é o Anteprojeto de Restauração e Arquitetura do Paço de São Cristóvão e de reforma do Anexo Alípio de Miranda Ribeiro, que foi submetido no mês de agosto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Para Marcus Granadeiro, sócio-diretor do Construtivo, atender projetos com alta complexidade e necessidade de integração em BIM é um dos diferenciais das ferramentas da empresa. “Um projeto dessa dimensão sem a adoção do BIM seria mais longo, teria menos precisão e a obra seria mais cara. Neste modelo, a quantificação para o orçamento é muito mais precisa. O Museu Nacional/UFRJ será uma referência no Brasil em HBIM, abrindo precedentes para que mais instituições adotem o modelo para antecipar problemas e economizar tempo de obra”, finaliza Granadeiro.

O Construtivo é uma empresa de tecnologia com DNA de engenharia. Pioneira no conceito de nuvem, atende aos maiores projetos de infraestrutura do Brasil. Fundado em 2000 como uma joint venture do Grupo Santander, o Construtivo passou por um processo de MBO (Management buy-out) em 2004 e se tornou uma empresa nacional. Atende mais de 100 mil usuários e cerca de 200 clientes ativos, entre eles Norte Energia, AES, CPFL, EDP, Taesa, Alupar, CTG, Energisa, CSN, Rumo, Promon, Concremat, EGIS, Intertechne, Systra, LBR, Voith, Andritz e Weg, a empresa mantém uma sede em São Paulo e uma filial em Porto Alegre.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Museu Nacional Vive / UFRJ e Construtivo