A Guardian Glass junta-se à Garantia Solar para oferecer a primeira solução nacional de Integração Fotovoltaica em Edifícios

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O vidro será integrado no sistema de módulos solares da Garantia Solar e poderá ser aplicado como revestimento de fachadas, coberturas e como brises de edifícios

 

Guardian Glass iniciou uma parceria com a Garantia Solar, empresa especializada em sistemas de integração de energia solar na arquitetura, para trazer ao Brasil a primeira solução de Integração Fotovoltaica em Edificações (BIPV, sigla para Building Integrated PhotoVoltaics) desde o início da especificação até a instalação final, tudo em território nacional. A iniciativa segue uma tendência mundial para uma arquitetura mais sustentável e edifícios inovadores, que permitem gerar energia e consumir menos recursos.

O BIPV integra os elementos de geração de energia solar ao próprio design arquitetônico, em vez de adicionar módulos solares convencionais a um edifício apenas após a sua conclusão. A solução ganha relevância à medida que o número de casas, edifícios e prédios públicos que instalam sistemas fotovoltaicos para a geração de energia solar cresce rapidamente.

O sistema BIPV ganha cada vez mais relevância à medida que a conscientização da eficiência energética aumenta. Ele oferece uma abordagem inovadora para a geração de energia solar, combinando funcionalidade com design arquitetônico” – Fábio Reis, Gerente de Desenvolvimento de Produtos da Guardian Glass.

 

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A construção com BIPV acontece com a substituição de materiais de construção convencionais por revestimentos ou coberturas com integração de células fotovoltaicas (Créditos: Solaxess)

 

Com toda a solução agora em território nacional, a Garantia Solar, com o apoio da Guardian Glass, pode atender o Brasil com uma gama completa de BIPV, tanto com vidros de controle solar quanto com opções de módulos coloridos, com especificações totalmente customizadas para cada tipo de projeto, seja ele comercial ou residencial em construção, além de retrofits.

“Percebemos a necessidade e a carência de realmente ter uma empresa que pudesse ir do projeto à instalação final de um sistema BIPV, reunindo os melhores profissionais e empresas que colaboram com o segmento da construção civil há mais de três décadas”, diz Eduardo Lopes, diretor de ESG da Garantia Solar. Ele destaca que outro parceiro desta iniciativa é a Solaxxes, empresa suíça que detém o know-how e a tecnologia que permite dar cor aos módulos fotovoltaicos com alto aproveitamento da luz solar.

Desta forma, a Garantia Solar pretende dar resposta a uma demanda adormecida na arquitetura, disponibilizando soluções BIPV que os clientes valorizam mais do que as alternativas, ajudando-os a gerar energia, a consumir menos recursos e a reduzir as emissões de carbono operacionais dos seus edifícios. “Disponibilizamos agora um produto nobre para o mercado nacional e estamos empenhados em torná-lo acessível, rentável e com retorno do investimento num curto espaço de tempo”, afirma o executivo da Garantia Solar.

Para a arquiteta Clarissa Zomer, diretora de Projetos Arquitetônicos da BIPV Garantia Solar, não faz mais sentido projetar novos edifícios ou reformar fachadas sem considerar a integração da energia solar. “Com as possibilidades que a tecnologia fotovoltaica oferece, o arquiteto poderá manter a estética da obra, agregando benefícios de eficiência e alto desempenho energético, além de usufruir da substituição de materiais passivos por materiais ativos”, explica.

 

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BIPV: o sistema ganha cada vez mais relevância à medida que a conscientização da eficiência energética aumenta (Créditos: Solaxess)

 

Como funciona

A construção com BIPV acontece com a substituição de materiais de construção convencionais por revestimentos ou coberturas com integração de células fotovoltaicas, criando uma dupla função para o sistema fotovoltaico. Assim, diferentes partes da envoltória do edifício passam a gerar energia, como fachadas, coberturas, clarabóias e brises.

O gerente da Guardian explica que, ao servirem simultaneamente como material de envoltória do edifício e gerador de energia, os revestimentos BIPV podem ajudar a reduzir os custos de eletricidade e as emissões de carbono operacionais, bem como aumentar o valor do projeto, acrescentando uma estética inovadora. “Alguns dos principais benefícios do BIPV é poder focar em estratégias para uma arquitetura energeticamente eficiente e auxiliar na pontuação para obtenção de selos e certificações verdes”, diz Reis, ressaltando que a integração do sistema com o edifício torna-se quase imperceptível.

O BIPV ganha ainda mais relevância diante do crescimento acelerado da implantação de painéis solares em prédios, residências e empreendimentos públicos e empresariais dos mais diversos setores. Segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o Brasil já conta com mais de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos, que geram 22 GW, consolidando o avanço da energia fotovoltaica no país.

 

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Mighty Buildings: Revolucionando a Construção Sustentável

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Combinação de impressão 3D, robótica e ciência dos materiais abre novos caminhos para a construção civil

 

A Mighty Buildings anuncia participação no Green Interiors Day de Milão, diretamente da Califórnia, para compartilhar suas inovações em casas impressas em 3D. Esta empresa está na vanguarda da construção sustentável, trazendo soluções que são verdadeiramente revolucionárias.

A empresa se destaca por sua capacidade de construir casas sustentáveis em apenas 4 dias, com uma equipe de apenas 4 pessoas, gerando 99% menos desperdício em comparação com métodos tradicionais de construção. Isso não apenas otimiza o processo de construção mas também contribui significativamente para a redução do impacto ambiental.

 

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Um dos aspectos mais impressionantes é o material utilizado pela Mighty Buildings, conhecido como Lumos. Este material inovador cura rapidamente, transformando-se em uma substância 5 vezes mais forte que o concreto, tanto em tensão quanto em flexibilidade, e ainda é 30% mais leve. A combinação de impressão 3D, robótica e ciência dos materiais abre novos caminhos para a construção civil, oferecendo durabilidade, eficiência e sustentabilidade.
Compromisso com o Meio Ambiente
Além da inovação em construção, a Mighty Buildings também se destaca pelo uso de materiais 60% reciclados, reafirmando seu compromisso com práticas sustentáveis. A tecnologia de automação avançada utilizada em sua fábrica permite que a construção seja realizada com precisão, reduzindo o desperdício a quase zero.
A participação da empresa no Green Interiors Day em Milão trará oportunidade para difundir mais sobre como a impressão em 3D pode fortalecer o futuro dos interiores sustentáveis.

CECarbon – Calculadora de Consumo Energético e Emissões de Carbono na Construção Civil

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Ferramenta desenvolvida pelo SindusCon-SP é citada em portaria do Ministério das Cidades e já vem sendo utilizada por construtoras, incorporadoras e projetistas para o cálculo das emissões de GEE.

 

Para a avaliação ambiental da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) dos projetos de obras habitacionais, elaborados no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), o Ministério das Cidades recomenda a utilização da CECarbon – Calculadora de Consumo Energético e Emissões de Carbono na Construção Civil.

A CECarbon foi elaborada pelo SindusCon-SP, por meio de seu Comitê de Meio Ambiente (Comasp), em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação do então Ministério do Desenvolvimento Regional, e com a Agência Internacional de Cooperação Alemã (GIZ). A ferramenta já vem sendo utilizada por construtoras, incorporadoras e projetistas para o cálculo das emissões de GEE.

A recomendação consta da Tabela 2 – Especificações Recomendáveis da Obra, do Anexo II da Portaria 725 do Ministério das Cidades, de 15 de junho (DOU de 16/6/2023).

A Portaria 725 traz as novas especificações urbanísticas, de projeto e de obra para empreendimentos habitacionais no âmbito das linhas de atendimento de provisão subsidiada de unidades habitacionais novas em áreas urbanas com recursos do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) e do FDS (Fundo de Desenvolvimento Social), integrantes do MCMV.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte e imagem: Grandes Construções

 

 

Casa e Mercado promove Ciclo de Palestras na Belas Artes

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Ciclo de Palestras promovido pela CM pretendeu fomentar aprendizados aos alunos do Centro Universitário Belas Artes e permitir um diálogo aberto entre bem sucedidos escritórios do cenário atual e futuros profissionais.

 

Na primeira quarta-feira do mês de dezembro, a Casa e Mercado promoveu, junto ao Centro Universitário Belas Artes, um ciclo de palestras destinadas aos alunos sobre os seguintes assuntos: Arquitetura, Urbanismo e Design. A ocasião contou com a especial participação do estúdio ACIA Arquitetos e dos escritórios BLOCO Arquitetos e TRIPTYQUE Architecture. No final de cada apresentação foi aberto um bate-papo para perguntas e respostas no momento presente, enriquecendo a experiência dos alunos e palestrantes.  

Em síntese, os principais assuntos abordados pelos primeiros profissionais em palco, da ACIA Arquitetos, navegaram sob o tema “O Futuro das Cidades”. Fabio Aurichio e Ricardo Baddini, Sócios-fundadores do estúdio, iniciaram a apresentação comentando sobre como o período pandêmico do Covid-19 afetou a convivência humana e transformou o cenário atual urbano, sinalizando que se estabeleceu em sociedade um certo “efeito pendular” (ficar indo de um ponto ao outro). A apresentação dos arquitetos então sugeriu algumas ideias e reflexões sobre como melhorar esse impasse e assim regenerar a comunidade, colocando a cidade como fomentadora de integrações. A policentralidade também foi levada em pauta como um modelo humano – a cidade de 15min, o Plano de Paris: viver, trabalhar e prosperar sem grande deslocamento.

“As cidades devem se adaptar às pessoas, transformando os espaços em “placemaking” – que significa criar lugares, mas o conceito vai muito além dos espaços físicos. Essa abordagem tem o objetivo de transformar bairros, cidades e regiões. E o foco dessa transformação é a conexão entre as pessoas, ou seja, o futuro das cidades é pelo caminho da humanização!” –  Fabio Aurichio, sócio-fundador da ACIA Arquitetos. 

 

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Logo em seguida, o escritório BLOCO Arquitetos, formado pelo trio Daniel Mangabeira, Matheus Seco e Henrique Coutinho, discutiram sobre questões de  “Processo e Identidade”. Diante disso, apresentaram cases singulares, esmiuçando projetos e técnicas utilizadas na elaboração de cada um deles. Dentre alguns destaques, o sistema “Off Grid” – sistema isolado e autônomo que tem como principal característica o “auto sustento”, ou seja, um sistema não conectado à rede elétrica que armazena a energia solar excedente em baterias para ser utilizada quando não houver outro meio de produção; e a “Fossa Ecológica” – um sistema de tratamento de esgoto que utiliza processos naturais para a decomposição da matéria orgânica sendo uma alternativa à fossa séptica, que utiliza produtos químicos para o tratamento do esgoto. 

O projeto da Casa Bacuri, que pertence a Mariana Siqueira, foi um dos mais detalhados pelos sócios. Os arquitetos relataram os desafios de criação, trazendo aos espectadores um pouco das soluções elaboradas às demandas solicitadas. O ideal, por exemplo, era conseguir manter as árvores do local e otimizar os recursos disponíveis, como criar uma estrutura de madeira laminada para coletar a água da chuva, que posteriormente teria usos diversos. “Tivemos a ideia de dar o nome à casa de Bacuri, que faz referência a uma planta do cerrado, por ser muito resistente”, explicaram. 

“Uma coisa que a gente tenta é não chegar com uma ideia pré concebida. Queremos primeiro entrar no lugar, sentir o lugar, pois ele é que orienta nosso trabalho. As ideias são projetos que não tenham o que ser tirado deles, ou seja, os princípios continuam sendo os mesmos, de repetição e adaptação de linguagem.” – BLOCO Arquitetos

 

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Por fim, foi a vez da TRIPTYQUE Architecture que trouxe como tema central “O Vocabulário Sustentável”. Gustavo Panza, diretor de Arquitetura do escritório, apresentou a história da arquitetura e da própria TRIPTYQUE, apontando estratégias e modificações que ocorreram com o tempo. Para conduzir a conversa no momento atual, foram citadas teorias e dados de pesquisas, apontando características e singularidades da Arquitetura Européia e Brasileira. Gustavo contou sobre como sua experiência no “Xingu” o ensinou a trabalhar com elementos mais sustentáveis e os desafios de aplicar tais conceitos. Dentre alguns projetos que melhor ilustram as premissas do escritório, Edifício De Uso Misto, Conjunto Modular e Conjunto Multifamiliar,  destacou o retrofit na Cidade Matarazzo.

“As cidades foram sendo geradas com discrepância e mal planejamento fazendo com que haja uma forte resiliência à natureza. Por isso, realmente procuramos meios mais sustentáveis.” –  Gustavo Panza, diretor de arquitetura da TRIPTYQUE Architecture. 

 

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Por Redação
Imagens: Phoética

 

Tecnologia promove sustentabilidade na arquitetura e construção

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Construções modulares, novos materiais, redução do desperdício de recursos e conexão entre fornecedores são algumas das estratégias em crescimento no mercado de arquitetura e construção com vistas à sustentabilidade.

 

O mercado da arquitetura e construção está passando por uma transformação significativa, em parte impulsionada pelo apelo à conscientização sobre a importância da sustentabilidade e da preservação de recursos. A construção civil convive com a má reputação por ser um dos setores que mais gera impactos negativos ao meio ambiente. Mas aos poucos, começam surgir alternativas na substituição de materiais, diminuição de desperdícios e novas metodologias que reduzem desde o uso de máquinas, energia utilizada no escritório e até o deslocamento entre escritório, obra e fábrica. Novas técnicas construtivas estão sendo desenvolvidas e adotadas, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental e promover edificações mais eficientes e sustentáveis. Por outro lado, é inevitável considerar que a sustentabilidade engloba também aspectos econômicos e que métodos alternativos de construção geram, em média, um custo 15% maior do que construções tradicionais, embora ao longo dos anos reduza consideravelmente as despesas operacionais e de manutenção.

Para abordar as novas possibilidades construtivas, Cleandro Nilson, CEO da Gabster, plataforma gaúcha de tecnologia que conecta fornecedores em um mesmo ambiente 3D, aponta algumas ações direcionadas à sustentabilidade que já estão sendo aplicadas na arquitetura e construção e vem ganhando cada vez mais espaço e destaque no mercado e na indústria.

 

A substituição das “fábricas” no canteiro de obra por montadoras das construções modulares

Os resíduos de obras são um dos principais desafios enfrentados pela indústria da construção e pelo meio ambiente, devido ao grande volume gerado e descarte inadequado que podem trazer consequências graves, como a contaminação do solo e da água. Esses resíduos incluem materiais como concreto, tijolos, cerâmicas, metais, madeiras, gesso, plásticos e muitos outros. Nessa linha, as construções modulares vem ganhando espaço pela sustentabilidade do sistema construtivo, que gera uma quantidade menor de entulhos e podem ser mais eficientes no consumo de energia ao incorporar com facilidade tecnologias de isolamento térmico e painéis fotovoltaicos, por exemplo.

Para Cleandro, a construção modular está ganhando popularidade devido à sua eficiência, rapidez e capacidade de reduzir o desperdício de materiais. “A fabricação de módulos pré-fabricados em ambiente controlado permite um melhor planejamento e aproveitamento dos materiais, resultando em menos desperdício durante o processo de construção. Além disso, os resíduos gerados nas fábricas podem ser reciclados e reutilizados, diminuindo ainda mais o impacto ambiental”, argumenta. Cleando ainda complementa que, hoje, um canteiro de obra pode ser considerado como uma montadora de blocos, deixando de ser uma fábrica à céu aberto, que além de sofrer com as intempéries do tempo, degrada todo o ambiente à sua volta.

As vantagens em relação à construção modular vão além dos aspectos sustentáveis, sendo bastante promissoras também no aspecto econômico. Segundo uma pesquisa realizada pela McKinsey junto à Administração Rodoviária Federal dos Estados Unidos, aplicando compensações como estas a diferentes segmentos imobiliários, o mercado poderá atingir mais de US$ 130 bilhões até 2030 para o mercado de novas construções na Europa e Estados Unidos. O método pode, ainda, gerar uma economia de US$ 22 bilhões por ano até 2030. Além da economia real, também existem muitas oportunidades de aplicar técnicas modulares à infraestrutura e à indústria.

 

A economia com a repetibilidade para obras personalizadas

Arquitetos e construtores estão cada vez mais comprometidos em encontrar soluções inovadoras que sejam ecologicamente corretas e economicamente viáveis. Essa abordagem holística considera não apenas a eficiência energética, mas também o uso responsável de todos os recursos envolvidos.

Quando falamos em sustentabilidade logo pensamos em novos materiais e recursos renováveis. No entanto, um grande potencial econômico reside na mudança dos métodos de projeto e construção em série, mesmo em unidades personalizáveis. No método tradicional de construção, o projeto mais econômico está diretamente relacionado a sua repetibilidade, altamente padronizada. Isso leva a um pensamento de poucas variações e uso da construção mais econômicas somente para moradias populares, hotéis ou construções comerciais.

Com tecnologia e um novo método de projeto e construção esta velha forma pode dar lugar a um nível de personalização muito elevado. Hoje as estruturas mais complexas, com um maior número de variações podem ser projetadas, produzidas e montadas em grande escala. Dessa forma, é possível equilibrar os fatores econômicos que valorizam o empreendimento pelo nível de personalização ao mesmo tempo em que a sua produção pode ser feita em escala.

 

A tecnologia impulsionando a sustentabilidade na arquitetura e construção

A tecnologia está desempenhando um papel fundamental na transformação do setor, modificando a forma de trabalhar e gerando mais eficiência tanto no uso de recursos naturais, quanto de tempo e mão-de-obra. A perspectiva cada vez maior é de que a tecnologia seja fonte de soluções para a reinvenção e adequação de setores, para que a sustentabilidade continue ganhando espaço e que o mercado possa absorver com velocidade as alternativas sustentáveis.

Exemplo disso é a própria Gabster, que desenvolveu uma solução que reduz em até 30% o tempo necessário para programar um projeto sob medida, ao permitir que arquitetos e designers se comuniquem diretamente com mais de 11 segmentos da indústria, tanto acessando seus catálogos de produtos, quanto enviando à fábrica todas as especificações dos projetos com precisão. “Na indústria 4.0 impera um novo modelo de negócio, que une as pontas de todo o processo de produção. Uma das grandes vantagens é a eliminação de riscos de interpretação humana pois, ao ter o projeto 3D conectado diretamente com o chão de fábrica, são eliminadas as incompatibilidades e, consequentemente, os erros que geram o gasto desnecessário de materiais. Com maior precisão nas especificações, menos retrabalho e desperdício”, afirma Cleandro.

O executivo conclui argumentando que essas mudanças no mercado de arquitetura e construção não são apenas uma resposta às preocupações ambientais, mas também uma oportunidade de negócio. “Empresas que adotam práticas sustentáveis estão se destacando e atraindo uma base crescente de clientes que valorizam a responsabilidade ambiental. O futuro da indústria da arquitetura e construção depende de abraçar a preservação do meio ambiente. Aqueles que liderarem essa mudança serão os pioneiros de um setor mais consciente e responsável”, finaliza.

Para saber mais sobre a plataforma, acesse: https://gabster.com.br/

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: IZYCOM
Imagem: Ilustrativa

Conexão Setorial CM – Uma visita à fábrica da Trisoft

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Arquitetos e designers de interiores puderam conhecer de perto todas as soluções Trisoft para conforto acústico arquitetônico em tour fabril realizado pela CM.

 

A Trisoft, empresa líder em soluções sustentáveis de isolamento térmico e acústico atuando há 61 anos no mercado, recebeu no último dia 30 um grupo de Arquitetos e Designers de Interiores para um tour fabril em sua sede, em Itapevi. Os profissionais foram recebidos pela equipe da marca e pelo CEO Maurício Cohab, que pessoalmente apresentou de perto todo o processo de fabricação dos produtos oferecidos pela Trisoft, além de ministrar um grande bate papo sobre a versatilidade das soluções e suas origens sustentáveis: a marca já consumiu o equivalente a mais de 5.1 bilhões de garrafas PET do meio ambiente, que após passar por um processo de seleção, lavagem, moagem e secagem, resulta num produto chamado Flake, matéria prima para a fabricação das fibras que compõem seus produtos.

 

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Pati Cillo, Anderson Schmidt, CEO Maurício Cohab, Nathalia Gomes e Rose Corsini.

 

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Referência em soluções inovadoras e de alta qualidade, adaptando-se constantemente às necessidades dos clientes, a marca atua em mais de 97 segmentos, com mantas, fibras e feltros de poliéster para tratamento termo acústico arquitetônico, estofados, colchões, filtros, calçados, etc. Laudos e certificados garantem a performance e a segurança de seus produtos que, projetados especialmente para atingir os mais altos índices de desempenho, são desenvolvidos sem adição de resina ou água no processo. Tudo é 100% reciclável e a empresa incentiva a logística reversa, onde os restos Trisoft pós consumo podem ser devolvidos para a própria empresa os reciclar.

“Para a Trisoft, tudo é possível. Investir em tecnologia, pessoas e no desenvolvimento de produtos que promovam a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente, aliando trabalho, honestidade, responsabilidade e muita fé em Deus são a base de nosso sucesso.” – Maurício Cohab, CEO Trisoft

 

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Dentre as soluções acústica voltadas para o seguimento arquitetônico, estão: BAFFLES TRISOFT, NUVENS TRISOFT, REVEST TRISOFT, COBOGÓ TRISOFT, FORROS TRISOFT e TECH FELT TRISOFT, distribuidas entre diversas linhas, como a CLASSICA, NESS e a recém lançada FOMAKÜSTIKA. Os profissionais puderam conhecer de perto cada uma delas e entender a versatilidade dos produtos. A linha FOMAKÜSTIKA, por exemplo, abre um leque de possibilidades quando o assunto é design. A natureza do material permite que diversas soluções acústicas sejam desenhadas e implementadas, tendo como um único limite a própria imaginação do arquiteto.

 

“Foi muito bacana conhecer a fábrica da Trisoft. Muito interessante descobrir tudo sobre a matéria prima e conhecer as máquinas que eles mesmo fabricam, algo que influencia bastante no impacto final, pois não dependem de outras empresas e acabam produzindo com mais agilidade e também oferecendo uma diversidade maior de produtos. Além de entender um pouco mas sobre a decidação deles e o quanto estão abertos às novas idéias e novas propostas.” – Nathalia Gomes, arquiteta da Perkins&Will.

“Amei a visita a fábrica da TRISOFT! Todas as inovações são fantásticas e deixaram muitas possibilidades na minha cabeça. E o fato de não ter limites para a criatividade e aplicação, é demais! Sem contar que fomos muito bem recebidos pelo CEO Mauricio! Ele é muito entusiasmado com a empresa, isso contagia. Ótima energia e hospitalidade.” – Rose Corsini, arquiteta e designer de interiores da Studio FICODesign.

 

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“Gostaria de agradecer imensamente o convite para visitar a Trisoft. Foi muito bom receber os conhecimentos e ver todo o processo da fábrica, que Mauricio nos proporcionou. Realmente foram conhecimentos importantes e acrescentadores em minha vida profissional. É muito bom saber que temos todo esse acesso a uma fábrica como a Trisoft, a qual nos ajuda a evoluir criativamente e tecnicamente.” – Anderson Schmidt, arquiteto da Anderson Schmidt Arquitetura.Interiores.Iluminação.

 

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Imagens: Phoética

Concreto têxtil é opção para construção de estruturas livres de corrosão

concreto textil passarela albstadt Olho

 UFRGS é a primeira universidade brasileira a iniciar pesquisa sobre nova tecnologia.

 

Nas última década, a busca por materiais cimentícios que permitam criar estruturas resistentes e duráveis tem impulsionado o trabalho de pesquisadores no Brasil e no mundo. É nesse contexto que surge o concreto têxtil (textile-concrete, em inglês), material que tem configuração semelhante aos tecidos e que utiliza uma rede formada por polímeros em substituição ao aço no concreto armado.

As vantagens associadas a essa nova tecnologia são muitas. A começar pela possibilidade de moldar o concreto em sessões mais esbeltas e arrojadas, uma vez que passa a ser desnecessário o cobrimento mínimo das armaduras. Mas o maior benefício está relacionado à durabilidade. Afinal, ao dispensar o uso de elementos metálicos, o concreto torna-se isento de corrosão, fenômeno que é o principal redutor de vida útil das estruturas de concreto. Há, ainda, ganhos atrelados à sustentabilidade, decorrentes do fato de as estruturas serem produzidas com menor volume de concreto e terem maior durabilidade.

O concreto têxtil tende a ser aproveitado principalmente pelo segmento de pré-fabricados de concreto, para a produção de elementos em forma de painéis e para peças com sessões mais complexas. Componentes produzidos com concreto têxtil podem ser produzidos com seções transversais de espessura significativamente menores (5-50 mm) do que aquelas produzidas em concreto convencional.

 

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Inovador, material utiliza rede de matriz polimérica para substituir as armaduras de aço.

 

Outra aplicação importante é no reforço e reparo de estruturas corroídas, incluindo em edifícios históricos. “Nesses casos, o concreto têxtil pode recompor de forma muito eficiente a capacidade de carga original, sem implicar em elevação de peso”, comenta Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, diretor da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ele lembra que o concreto têxtil pode utilizar fibras de diferentes origens e morfologias, como as de carbono e as de vidro, especificadas em função da necessidade do elemento estrutural resistir a esforços. Segundo ele, os pesquisadores investigam, no momento, como esse novo material se comporta em ensaios de envelhecimento e quando exposto a temperaturas elevadas.

“Com o concreto têxtil, o limite de cobrimento mínimo não será mais pautado pela corrosão, e sim pelo comportamento desejável da estrutura em caso de incêndio” – Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, diretor da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

 

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Com aproximadamente 100 metros, a passarela de concreto têxtil em Albstadt-Lautlingen é a primeira aplicação prática do concreto têxtil e atualmente o maior obra do tipo do mundo.

 

O futuro do concreto armado

primeira aplicação prática do concreto têxtil está exposta na cidade de Albstadt, no sul da Alemanha. Trata-se de uma passarela com 97 metros de comprimento executada com fios de fibra de vidro para armar os componentes pré-fabricados. A superestrutura com o concreto têxtil pesa aproximadamente 40% menos, em comparação à execução com concreto armado.

Outras obras de referência são a reforma da catedral de Aachen, também na Alemanha, que empregou reforço de argamassa têxtil nos reparos estruturais. O desenvolvimento do concreto têxtil é resultado de um avanço gradativo que vem ocorrendo no desenvolvimento dos materiais poliméricos. Ao longo dessa trajetória, um momento importante foi o desenvolvimento de fios poliméricos por pesquisadores da Universidade Técnica de Dresden, em parceria com o Instituto de Pesquisa Têxtil Saxon, em Chemnitz.

Depois disso, os avanços foram muitos. Tanto é que na Alemanha já há empresa que desenvolve comercialmente concreto têxtil para múltiplas aplicações, especialmente para painéis de fachadas. A próxima etapa nessa linha evolutiva é a formatação de uma nova teoria de dimensionamento estrutural.

“Como ocorre com outros materiais construtivos, o concreto têxtil não é uma panaceia, mas uma solução ótima para algumas aplicações”, pondera o professor da UFRGS. “Para compor uma viga tradicional, por exemplo, sua utilização não faz muito sentido. Mas em peças com geometrias especiais ele pode ser bastante competitivo”, conclui Silva Filho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: AECweb
Imagem: Jörg-Singer e Divulgação

Guiados pelo sol

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Exaltando a produção artesanal brasileira, projeto representa, técnica, artística e conceitualmente, um trabalho de inclusão e cooperação.

 

Preservando a estrutura existente em eucalipto, o projeto para a Loja Farm, em Moema, previu integrar todos os espaços, adquirindo a amplitude arejada de uma casa de praia. A reforma da edificação já existente, de 247 m² de área construída, ficou sob os cuidados do escritório Rosenbaum Arquitetura e Design que, convidado pela marca, realizou algumas intervenções pontuais e agregou uma atmosfera criativa repleta de design autenticamente brasileiro ao local. 

O fio condutor central foi garantir que a integração não fosse apenas entre ambientes, mas que estimulasse a conexão também entre pessoas e natureza, trazendo a força do conhecimento ancestral e a habilidade do fazer a mão à curadoria de moveis e objetos, que contam a história de vários artesãos, artistas populares e jovens designers. Os móveis criados por artistas populares da Ilha do Ferro, Alagoas, do nordeste do Brasil, às margens do rio São Francisco, são peças únicas que usam os movimentos dos galhos das arvores dos mangues, raízes e troncos, à exemplo. 

“A atmosfera criativa traduz a força do conhecimento ancestral e a habilidade do fazer a mão, em total integração com elementos da natureza, como a madeira o algodão, a palha e a cerâmica. Trabalho de grandes mestres, cujas obras têm valor artístico e estético, e representam a sabedoria popular, colocando nosso país entre os mais expressivos produtores de arte no mundo.” – Rosenbaum Arquitetura e Design

 

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O projeto da estrutura teve consultoria do doutor e professor Yopanan Rebello, especialista em concepção estrutural para arquitetura, que em parceria com a arquiteta Helena Ruette e a engenheira Bruna Rocha projetaram a estrutura que suporta a cobertura em telhas com isolamento térmico, e recebe os lanternins e coberturas translúcidas. 

O espaço recebeu uma arara em bambu para suportar as roupas em exposição; uma estrutura que serpenteia pelo ambiente criando fluidez e harmonia com os revestimentos e texturas naturais, como o piso em tijolos e as paredes caiadas de massa feita com colher pela equipe de executores da Máximo engenharia. 

Os provadores, um destaque à parte, são grandes ocas tramadas em crochê de algodão, e derivam de um projeto social do estilista Gustavo Silvestre e do Projeto Ponto Firme, que oferece formação técnica em crochê para sentenciados da Penitenciária Desembargador Adriano Marrey, na cidade de Guarulhos.

Foto Easy Resize com

Foto Easy Resize com

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Compondo a iluminação do interior inundado de luz natural, um projeto luminotécnico propôs peças que banham as paredes com uma luz contínua e luminárias especiais, que presas às colunas de eucalipto estrutural criam braços para iluminar os produtos em exposição. No centro da loja circulam carrinhos de compras que substituem o balcão caixa, sacola de compras e balcão pacote, liberando o espaço físico e tornando mais dinâmica a experiência de compras.

 

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Na parte frontal, o antigo estacionamento de carros no recuo da loja foi ocupado por um jardim de mata atlântica que devolve para o espaço urbano uma pequena floresta, concebida e executada pelo paisagista e botânico Ricardo Cardim. A vitrine é uma sementeira que abriga os manequins em meio a uma produção de mudas de árvores da mata atlântica, semeadas em berços.

 

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POR Redação
IMAGENS Pedro Kok

Sistemas de ar condicionado: eficiência energética

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Conheça mais sobre Processos integrativos para a concepção de um sistema de ar condicionado.

 

Os temas “sustentabilidade” e “eficiência energética” vêm ganhando força e se tornando termos populares e comuns em todas as áreas. Na construção civil não é diferente: tanto no âmbito de projetos como nas atividades de construção (obras, resíduos e materiais), a sustentabilidade vem se intensificando com a demanda cada vez maior de certificações sustentáveis (LEED®, AQUA®, BREEAM® etc.), bem como de selos de eficiência energética (PBE Edifica) nos empreendimentos.

Por conta dessa procura, identificamos projetos que, “alavancados” pelos processos de certificação sustentável e eficiência energética, acabam resultando em empreendimentos com soluções de sistemas prediais, especificamente em sistemas de ar condicionado, que apresentam elevado custo.

Isso, no entanto, não é regra. O grande equívoco tem sido relacionar os projetos de sistemas prediais sustentáveis e eficientes a projetos que possuem sistemas de elevada tecnologia e alta complexidade. Na verdade, está fundamentalmente relacionada ao conceito integrado dos projetos ou processo integrativo de projetos, envolvendo não somente os projetos de sistemas prediais (ar condicionado, elétrico, iluminação, hidráulico etc.), mas principalmente a sinergia de todos com os projetos arquitetônicos, porém, com a visão sistêmica de conceitos correlacionados das diversas disciplinas e não focado apenas em determinação de espaços e compatibilizações físicas de desenhos.

Os projetos arquitetônicos têm grande participação no consumo energético de qualquer empreendimento. Em se tratando de um edifício comercial, por exemplo, o projeto arquitetônico é responsável por quase 25% da participação no consumo energético global. Mas como isso é possível, já que a arquitetura não possui componentes que consomem energia? O desconhecimento da resposta a essa pergunta é o que gera, em grande parte dos projetos, sistemas prediais com instalações e equipamentos de elevada tecnologia e de elevado custo.

A arquitetura, representada principalmente pelo projeto de fachada ou arquitetura bioclimática, tem enorme influência na eficiência energética de qualquer construção, pois é nela que serão especificadas as características físicas da composição dos materiais que irão formar a “casca” do edifício. Entendemos, então, que a “casca” deverá proteger as áreas internas das influências externas. Proteger contra a ação de intempéries (vento, chuva etc.) e principalmente contra a transmissão de calor, composto principalmente pelo ingresso de radiação infravermelha e ultravioleta na edificação. Abordaremos, a seguir, um breve exemplo de um processo integrativo para a concepção de um sistema de ar condicionado.

 

 

Primeiramente, um projeto arquitetônico eficiente deve levar em consideração todos os efeitos da arquitetura bioclimática, de modo a estabelecer estratégias de concepção, desenho (orientação e forma), escolha de materiais (vidros, vedação, cobertura etc.) e sistemas de proteção passivas (brise soleil, peitoril etc.), com o objetivo fundamental de promover sempre o conforto térmico, lumínico e acústico dos ocupantes e, também, reduzir a demanda de cargas internas, especialmente para o sistema de ar condicionado.

Após essa otimização arquitetônica, deve-se avaliar como será a utilização e finalidade dos espaços internos, tais como atividades dos ocupantes, taxa de ocupação e nível de ocupação ao longo do tempo (dia, semana, final de semana, feriados etc.), já que essas condições determinarão a melhor concepção operacional do sistema de ar condicionado. Por exemplo, se é melhor um sistema centralizado (uso de centrais de água gelada) em uma grande área de data center ou shopping center, que possuem operação conhecida e constante, ou equipamentos distribuídos e independentes (aparelhos do tipo split ou unidades VRF – Variable Refrigerant Flow), que flexibilizem a operação em função da necessidade não constante de ocupação dos espaços em um escritório corporativo. 

Com a seleção da concepção do sistema, podemos explorar estratégias que reduzam a demanda de resfriamento, como aproveitar somente o sistema de ventilação forçada, sem acionamento de equipamentos de refrigeração, para condicionar o ambiente (free cooling a ar) em função das condições climáticas externas favoráveis; tratar ou pré-resfriar o ar externo (renovação) através de equipamentos dedicados ou através de recuperadores de energia (calor) ou rodas entálpicas, para redução de carga térmica de ar externo; implementar soluções híbridas com equipamentos de condicionamento artificial que permitam aproveitar as condições externas naturais (ciclo economizador), em função da necessidade, ou outras tecnologias.

E finalmente, após todas as estratégias avaliadas, passamos para a escolha e seleção do melhor equipamento de ar condicionado. Porém, não basta escolher o mais eficiente e sim verificar em qual momento o equipamento opera com a melhor eficiência. Existem equipamentos que têm maior eficiência em condições parciais de operação, ou seja, em momentos nos quais a demanda por resfriamento não é intensa (exemplos: ambiente parcialmente ocupado, ambientes com muita variação de ocupação ao longo do dia ou da semana, dias nublados, inverno etc.). Nesses casos, o ideal é optar por equipamentos que tenham compressores com inversores de frequência ou que o mercado chama de “inverter”, que irão variar o consumo energético em função da demanda variável de resfriamento ou aquecimento, sendo o IPLV (Integrated Part Load Value) o indicador energético adequado para verificação de eficiência nessas condições.

Por outro lado, existem equipamentos que possuem maior eficiência em condições plenas de operação, na qual a demanda por resfriamento é quase constante e próxima da máxima (ambientes de servidores num data center, hospital com 90% de ocupação etc.). Nessas situações é importante optar por equipamentos que possuem a melhor eficiência em condições plenas, sendo o COP (Coeficiente de Performance) o melhor indicador energético.

Quanto maior for o IPLV e o COP, mais eficiente é o ciclo de compressão de vapor do equipamento de refrigeração do sistema de ar condicionado, que demandará menos energia na geração de resfriamento ou aquecimento, reduzindo o consumo. Com todos os estudos e projetos desenvolvidos de acordo com o processo descrito acima, podemos explorar estratégias sustentáveis de geração de energia renovável por geração fotovoltaica, por exemplo, que resultará no projeto arquitetônico e do sistema fotovoltaico mais econômico e eficiente possível, já que teremos a melhor condição na qual a demanda do sistema de ar condicionado, que é representativa, foi amplamente otimizada.

Atualmente, fala-se muito em empreendimentos “Zero Energy” ou “Autossustentáveis” em energia e, certamente, a aplicação do Processo Integrativo nesses casos é fundamental para a viabilização técnica e econômica desses projetos.  A metodologia de Processo Integrativo promove a visão do projeto de forma sistêmica, desde a concepção, execução e entrega do projeto. Todos os envolvidos devem buscar sinergias entre si, coordenando as disciplinas e sistemas, para que possam atender da melhor forma os objetivos do cliente e da comunidade, com conceitos e soluções eficazes.

Alinhado a isso, existe um outro processo que pode contribuir bastante ao longo da cadeia de desenvolvimento de um projeto, que é o Processo de Comissionamento, baseado no Guia 0 (Guideline 0 – The Commissioning Process) da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers), que, inclusive, é exigido na Certificação LEED® e em outras metodologias. Infelizmente, o mercado da construção civil brasileira possui um entendimento um pouco equivocado com relação ao comissionamento. Muitos entendem que este serviço está relacionado às atividades de testes e calibração no final das instalações. De nada adianta aprovar ou reprovar um teste no final da obra caso o conceito do projeto já “nasceu” desalinhado com as premissas.

De acordo com o Guia 0, para este serviço ter grande eficácia, deve ser contratado no início do projeto, pelo cliente ou proprietário, com o levantamento e definições das necessidades e premissas, sendo apresentado num documento denominado OPR (Owner Project Requirements). Definido esse documento, todos os projetos arquitetônicos e multidisciplinares deverão ser concebidos para atender as premissas, sendo acompanhadas e avaliadas pela empresa ou equipe de comissionamento. Essa fase inicial é onde ocorre a sinergia do Processo Integrativo de projetos, já que haverá uma liderança que poderá contribuir para avaliação de todos os conceitos e necessidades dos projetos. Em seguida, a mesma equipe ou empresa de comissionamento deverá acompanhar toda as demais etapas da cadeia de construção, passando pela avaliação das contratações (construtora e instaladores), verificação da qualidade das instalações em obras, validação de compras, acompanhamento e validação de testes, avaliação dos manuais de operação/ manutenção e dos treinamentos.  Logo, é um processo sistêmico que tem grande sinergia multidisciplinar em todas as etapas, estando sempre presente ao longo do desenvolvimento de um novo projeto.

É importante também destacar que, além do Processo Integrativo e Processo de Comissionamento, as metodologias de construção sustentável trouxeram da academia e de boas práticas de engenharia ferramentas que auxiliam arquitetos e engenheiros a buscarem a melhor concepção de projetos, tanto em termos de estudos de fachadas e orientação solar, como de eficiência energética dos equipamentos dos sistemas prediais, que são os softwares de modelagem ou simulação computacional. Essas modelagens de eficiência energética, iluminação natural e de insolação (orientação solar) são as principais ferramentas que irão determinar e auxiliar os projetos na busca da maior eficiência e redução de custos, resultando em edificações efetivamente sustentáveis e definitivamente eficientes. As ferramentas e metodologias estão à disposição e devemos nos apropriar delas para resultados eficazes nos projetos em busca da sustentabilidade real.

 

 

 

 

 

Por Eduardo Seiji Yamada*

*Eduardo Seiji Yamada é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP (1997) e mestre em engenharia de Sistemas Prediais (2000) pela mesma instituição. Gerente técnico de sistemas prediais do CTE – Centro de Tecnologia de Edificações. LEED® AP (Accredited Professional). Integrante do Comitê Executivo da ASHRAE BRASIL e do Comitê Diretor do BCA (Building Commissioning Association) BRASIL. Professor do curso de especialização e pós-graduação do PECE-USP “Energias Renováveis, Geração Distribuída e Eficiência Energética”, da FAAP no curso de pós-graduação “Real Estate & Construction Management” e do MACKENZIE no curso de pós-graduação “Sustentabilidade em Arquitetura e Urbanismo”.

 

Imagem: GBC brasil – ilustrativa