A Guardian Glass junta-se à Garantia Solar para oferecer a primeira solução nacional de Integração Fotovoltaica em Edifícios

Solaxess phoyo BIPV brazil () Easy Resize com

O vidro será integrado no sistema de módulos solares da Garantia Solar e poderá ser aplicado como revestimento de fachadas, coberturas e como brises de edifícios

 

Guardian Glass iniciou uma parceria com a Garantia Solar, empresa especializada em sistemas de integração de energia solar na arquitetura, para trazer ao Brasil a primeira solução de Integração Fotovoltaica em Edificações (BIPV, sigla para Building Integrated PhotoVoltaics) desde o início da especificação até a instalação final, tudo em território nacional. A iniciativa segue uma tendência mundial para uma arquitetura mais sustentável e edifícios inovadores, que permitem gerar energia e consumir menos recursos.

O BIPV integra os elementos de geração de energia solar ao próprio design arquitetônico, em vez de adicionar módulos solares convencionais a um edifício apenas após a sua conclusão. A solução ganha relevância à medida que o número de casas, edifícios e prédios públicos que instalam sistemas fotovoltaicos para a geração de energia solar cresce rapidamente.

O sistema BIPV ganha cada vez mais relevância à medida que a conscientização da eficiência energética aumenta. Ele oferece uma abordagem inovadora para a geração de energia solar, combinando funcionalidade com design arquitetônico” – Fábio Reis, Gerente de Desenvolvimento de Produtos da Guardian Glass.

 

Solaxess phoyo BIPV brazil () Easy Resize com
A construção com BIPV acontece com a substituição de materiais de construção convencionais por revestimentos ou coberturas com integração de células fotovoltaicas (Créditos: Solaxess)

 

Com toda a solução agora em território nacional, a Garantia Solar, com o apoio da Guardian Glass, pode atender o Brasil com uma gama completa de BIPV, tanto com vidros de controle solar quanto com opções de módulos coloridos, com especificações totalmente customizadas para cada tipo de projeto, seja ele comercial ou residencial em construção, além de retrofits.

“Percebemos a necessidade e a carência de realmente ter uma empresa que pudesse ir do projeto à instalação final de um sistema BIPV, reunindo os melhores profissionais e empresas que colaboram com o segmento da construção civil há mais de três décadas”, diz Eduardo Lopes, diretor de ESG da Garantia Solar. Ele destaca que outro parceiro desta iniciativa é a Solaxxes, empresa suíça que detém o know-how e a tecnologia que permite dar cor aos módulos fotovoltaicos com alto aproveitamento da luz solar.

Desta forma, a Garantia Solar pretende dar resposta a uma demanda adormecida na arquitetura, disponibilizando soluções BIPV que os clientes valorizam mais do que as alternativas, ajudando-os a gerar energia, a consumir menos recursos e a reduzir as emissões de carbono operacionais dos seus edifícios. “Disponibilizamos agora um produto nobre para o mercado nacional e estamos empenhados em torná-lo acessível, rentável e com retorno do investimento num curto espaço de tempo”, afirma o executivo da Garantia Solar.

Para a arquiteta Clarissa Zomer, diretora de Projetos Arquitetônicos da BIPV Garantia Solar, não faz mais sentido projetar novos edifícios ou reformar fachadas sem considerar a integração da energia solar. “Com as possibilidades que a tecnologia fotovoltaica oferece, o arquiteto poderá manter a estética da obra, agregando benefícios de eficiência e alto desempenho energético, além de usufruir da substituição de materiais passivos por materiais ativos”, explica.

 

Solaxess phoyo BIPV brazil () Easy Resize com
BIPV: o sistema ganha cada vez mais relevância à medida que a conscientização da eficiência energética aumenta (Créditos: Solaxess)

 

Como funciona

A construção com BIPV acontece com a substituição de materiais de construção convencionais por revestimentos ou coberturas com integração de células fotovoltaicas, criando uma dupla função para o sistema fotovoltaico. Assim, diferentes partes da envoltória do edifício passam a gerar energia, como fachadas, coberturas, clarabóias e brises.

O gerente da Guardian explica que, ao servirem simultaneamente como material de envoltória do edifício e gerador de energia, os revestimentos BIPV podem ajudar a reduzir os custos de eletricidade e as emissões de carbono operacionais, bem como aumentar o valor do projeto, acrescentando uma estética inovadora. “Alguns dos principais benefícios do BIPV é poder focar em estratégias para uma arquitetura energeticamente eficiente e auxiliar na pontuação para obtenção de selos e certificações verdes”, diz Reis, ressaltando que a integração do sistema com o edifício torna-se quase imperceptível.

O BIPV ganha ainda mais relevância diante do crescimento acelerado da implantação de painéis solares em prédios, residências e empreendimentos públicos e empresariais dos mais diversos setores. Segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o Brasil já conta com mais de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos, que geram 22 GW, consolidando o avanço da energia fotovoltaica no país.

 

Solaxess phoyo BIPV brazil () Easy Resize com

Eficiência energética permitirá redução de 6% do consumo elétrico da indústria em 2030

ENERGIA EOLICA

Compromisso do Brasil é atenuar o lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera em 37%, até 2025, e 43%, até 2030.

 

Entre os esforços do Brasil traçados para 2022 está o de frear o alto consumo de energia elétrica. É que o País foi eleito como um dos membros do Energy Efficiency Hub – plataforma global de colaboração para possibilitar benefícios ambientais, sociais e econômicos no que diz respeito à eficiência energética.

Este trabalho será realizado ao lado de outras 15 nações, sendo elas: Argentina, Austrália, Canadá, China, Dinamarca, União Europeia, França, Alemanha, Japão, Coreia, Luxemburgo, Rússia, Arábia Saudita, Reino Unido e Estados Unidos, as quais, juntas, têm por objetivo favorecer as comutações sobre política de eficiência, bem como regulação e implementação de medidas.

Entre as principais orientações do Energy Efficiency, está a procura por novas soluções para o uso racional e sustetável da energia sejam nas residências, empresas e indústrias. São tecnologias voltadas a garantir eficiência energética. Em seu pronunciamento no lançamento do Hub em Paris, Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia, disse considerar a eficiência energética “o ‘primeiro combustível’ porque ela é crucial para enfrentar as mudanças climáticas e tornar nossos suprimentos de energia mais seguros, deixando também dinheiro em nossos bolsos”. “Estou muito satisfeito em ver os países se unindo como parte do Hub de Eficiência Energética para acelerar esforços”, afirmou.

É importante lembrar que o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (Organização das Nações Unidas) mostra que não há tempo e qualifica como urgente a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE).

 

Imagens SITE Easy Resize com

 

Indústria é vilão do consumo de energia

As maiores vilãs do consumo de energia no mundo são as indústrias. Isso se dá por conta do uso de motores elétricos na produção (muitas vezes antigos e nada eficientes), segundo Gustavo Batista, promotor técnico da Reymaster Materiais Elétricos e especialista em iluminação e eficiência energética.

Segundo ele, se as fábricas se comprometerem a implementar a cultura da eficiência energética, as chances de êxito na redução do consumo de eletricidade são bem grandes. “Eficiência energética é fazer mais com menos. Como? Utilizando motores mais eficientes; substituindo as lâmpadas convencionais por LED; automatizando os processos industriais; utilizando inversores de frequência; instalando painéis fotovoltaicos, e outras soluções”, lista.

Gustavo ressalta ainda, que as condutas de eficiência energética concretizadas pela indústria serão a chave na contenção das emissões de CO2, e as marcas que abraçarem essa causa sairão na frente. “Além de reduzir custos na produção e retrabalho, gerando economia de dinheiro e tempo, a inovação de automatizar processos para fazer mais com menos conserva o meio ambiente pela redução das emissões de gás carbônico, o principal causador do efeito estufa”

Cálculos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mostram que os ganhos de eficiência energética reduzirão aproximadamente 6% da eletricidade da indústria em 2030.

A eficiência energética é um dos pilares da estratégia definida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentada na Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, como um dos principais ativos do país em sua agenda ambiental. Entre os quase 200 países signatários do Acordo de Paris, o Brasil, assumiu um dos desígnios mais ambiciosos de redução de suas emissões de GEE. Fixando 2005 como base, o compromisso do País foi atenuar o lançamento de gases de efeito estufa em 37%, até 2025, e 43%, até 2030!

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Reymaster
Imagens: Divulgação

Relatório de EMF com a ONU revela que metas contra poluição plástica até 2025 estão se tornando inatingíveis

Cover landscape Easy Resize com

Aceleração urgente no combate à poluição plástica é necessária para atingir metas até 2025.

 

O compromisso de usar apenas embalagens plásticas reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025 provavelmente não será cumprido, de acordo com o último relatório de progresso do Compromisso Global por uma Nova Economia dos Plásticos.

Progresso mensurável está sendo feito em relação ao Compromisso Global, mas o uso de embalagens flexíveis e a falta de investimento em infraestrutura de coleta e reciclagem significam que a meta de embalagens plásticas 100% reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025 está se tornando inatingível para a maioria das empresas signatárias.

O relatório de progresso do Compromisso Global de 2022 – produzido pela Fundação Ellen MacArthur e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – também destaca:

  • A utilização de conteúdo reciclado em embalagens plásticas continua a aumentar fortemente, tendo duplicado nos últimos três anos
  • Mais da metade das empresas signatárias reduziram o uso de plástico virgem desde 2018, mas o uso geral entre o grupo aumentou em 2021, voltando aos níveis de 2018
  • A parcela de embalagens plásticas reutilizáveis diminuiu ligeiramente para uma média de 1,2%

 

GC Charts for media B PT

 

Quatro anos após o lançamento do Compromisso Global para uma Nova Economia dos Plásticos, o relatório anual de 2022 mostra que o progresso varia de acordo com o grupo signatário.

A parcela de conteúdo reciclado pós-consumo aumentou de 4,8% em 2018 para 10,0% em 2021. Embora tenha levado décadas para as empresas atingirem a marca de 5%, os signatários do Compromisso Global duplicaram para 10% em apenas três anos.

Marcas e varejistas devem continuar a aumentar exponencialmente seu uso de conteúdo reciclado se quiserem atingir a meta agregada de 26% até 2025. Embora algumas empresas parecem estar a caminho de superar sua meta, outras precisarão acelerar significativamente esse uso para atingi-las.

Desde 2018, mais da metade – 59% – das marcas e varejistas reduziram o uso de plástico virgem. No entanto, no ano passado, os aumentos de alguns dos maiores usuários de embalagens plásticas resultaram em um aumento geral de 2,5%, revertendo as quedas observadas em 2019 e 2020.

A razão pela qual algumas empresas não atingiram o pico de utilização de plástico virgem é devido ao aumento no uso total de embalagens plásticas. Isso reforça a necessidade de as empresas dissociarem o crescimento do uso de embalagens plásticas.

Em 2021, as primeiras marcas globais anunciaram metas quantitativas para aumentar a adoção de embalagens reutilizáveis. No entanto, 42% dos signatários ainda não introduziram nenhum modelo de reutilização em suas estratégias de embalagem.

 

GC Charts for media B PT

 

Muitas empresas têm investido em maneiras de alcançar 100% de reciclabilidade técnica para embalagens plásticas rígidas, mas o benefício desse investimento está sendo sufocado pela infraestrutura inadequada de coleta e triagem em todo o mundo. Embalagens plásticas flexíveis, como sachês e películas, representam um problema significativo. A dificuldade de reciclá-los – na prática e em escala – é uma das principais razões pelas quais a maioria das empresas não alcançarão sua meta de usar apenas embalagens plásticas reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025.

 

“O Compromisso Global continua a fornecer transparência sem precedentes sobre como as principais empresas estão lidando com a crise da poluição plástica. As últimas descobertas demonstram a necessidade de intensificar urgentemente os esforços – tanto de empresas quanto de governos. São necessários planos viáveis e ambiciosos das empresas para dimensionar a reutilização, lidar com a questão das embalagens flexíveis e reduzir a necessidade de embalagens descartáveis. Os governos devem tomar medidas para ajudar a acelerar o progresso. Paralelamente, devemos trabalhar para estabelecer um tratado global ambicioso para acabar com a poluição plástica. Organizações como a recém-lançada Coalizão Empresarial para um Tratado Global de Plásticos – convocada pela Fundação Ellen MacArthur e a WWF – estão aqui para ajudar os governos a aproveitar essa oportunidade única em uma geração”. – Sander Defruyt, líder da Iniciativa de Plásticos da Fundação Ellen MacArthur.

 

GC Charts for media B PT

 

Os signatários governamentais do Compromisso Global agora representam um bilhão de pessoas. Mais de 500 empresas, governos, ONGs e outras organizações se alinharam em torno de uma visão comum de uma economia circular para plásticos. A Fundação Ellen MacArthur e o PNUMA continuarão trabalhando com os signatários para ajudar a enfrentar a crise da poluição plástica.

Marcas e varejistas têm o potencial de oferecer uma contribuição positiva e significativa para enfrentar a crise da poluição plástica. Para isso, eles devem adotar estratégias ambiciosas para ampliar as estratégias de reutilização, inovando para além de embalagens plásticas flexíveis sempre que possível e reduzindo o uso de embalagens de uso único. A reciclagem por si só não é suficiente para parar o fluxo de poluição plástica.

Em todo o mundo, o apoio do governo a uma ferramenta internacional e juridicamente vinculativa para enfrentar a crise continua a crescer. No entanto, é necessária uma aceleração significativa dos esforços políticos para ajudar a resolver o problema e a transição para uma economia circular para plásticos.

 

“A transparência proporcionada pelo Compromisso Global nos ajuda a entender o quão grande é a lacuna que ainda precisamos preencher. É claro que grandes desafios permanecem à medida que as empresas buscam cumprir o Compromisso Global. À medida que os países iniciam negociações para uma estratégia global para acabar com a poluição plástica, o Compromisso Global fornece uma estrutura importante para ajudar a acelerar as ações de combate à poluição plástica. Ao aderir ao Compromisso Global e engajar no início do processo, os governos podem identificar áreas prioritárias para acabar com a poluição plástica de forma eficaz e acelerar o progresso. Nesse sentido, temos o prazer de ver que 34 governos nacionais e subnacionais adicionais em diferentes continentes se comprometeram a aderir ao Compromisso Global desde o início de 2022.” –  Inger Andersen, Diretor Executivo, PNUMA.

 

GC Charts for media B PT

 

SOBRE O COMPROMISSO GLOBAL

O Compromisso Global por uma Nova Economia dos Plásticos, coordenado pela Fundação Ellen MacArthur em conjunto com o Programa para o Meio Ambiente da ONU, une empresas, governos e outras organizações com perspectivas e metas em comum, visando solucionar o desperdício e a poluição de plástico e poluição na sua origem. Os signatários do Compromisso trabalharão para eliminar os itens de plástico que não precisamos; inovar para que todos os plásticos que precisamos sejam reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis; e circular tudo o que usamos, mantendo os materiais dentro da economia e fora do meio ambiente.

Desde seu lançamento, em 2018, mais de 500 signatários se comprometeram a manter os plásticos na economia circular e fora do meio ambiente, incluindo empresas que representam 20% da produção global de embalagens plásticas. Todas as empresas e governos signatários se comprometeram com metas ambiciosas para 2025 e relatar publicamente seus resultados todos os anos.

Para mais informaçõesemf.org/global-commitment | @circulareconomy

 

SOBRE O PROGRAMA PARA O MEIO AMBIENTE DA ONU

O PNUMA é a principal voz mundial sobre o meio ambiente. Ele proporciona liderança e incentiva parcerias com o objetivo de cuidar do meio ambiente inspirando, informando e permitindo que as nações e as pessoas melhorem sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações.

Mais informações: unep.org | @UNEP

 

 

 

 

8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility

Imagens SITE T Easy Resize com

Evento revela as cidades mais inteligentes e conectadas do país e propõe debate de ideias e projetos para dar eficiência à relação entre os municípios e seus habitantes.

 

A 8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility, principal encontro nacional entre sociedade civil, academia, iniciativa privada e poder público para o debate e apresentação de projetos sobre cidades inteligentes e mobilidade urbana, ocorrerá agora em outubro.

Realizado de 4 a 5 de outubro de 2022, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e também no dia 6 de outubro, mas apenas na versão digital, o evento é esperado com muita expectativa pela iniciativa privada e pelas gestões públicas em todo o país, porque é durante o Connected Smart Cities & Mobility que é revelada qual a cidade mais inteligente e conectada do país.

Trata-se da edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities, elaborado em parceria com a Urban Systems. O ranking CSC é um minucioso levantamento que identifica as cidades que melhor se posicionaram na avaliação de critérios por eixos de mobilidade, urbanismo, meio ambiente, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo, governança e energia. A edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities coletou dados e informações de todos os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, totalizando 680 cidades.

No ano passado, São Paulo (SP) se manteve no primeiro lugar geral do ranking. Florianópolis (SC) foi a segunda colocada, seguida de Curitiba (PR), Brasília (DF), São Caetano do Sul (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP), Niterói (RJ) e Salvador (BA). Também foram premiadas as cidades de Balneário Camboriú (SC), Belo Horizonte (MG), Barueri (SP), Palmas (TO), e Jaguariúna (SP). Prefeitos e secretários municipais receberam o troféu de cidade mais inteligente e conectada do Brasil.

 

Soluções inteligentes para cidades inteligentes

A transformação da pirâmide demográfica, os fluxos migratórios acelerados pela pandemia, a recessão econômica mundial que pressiona e transforma as relações de trabalho e as formas de consumo, entre tantas outras “novas” realidades deflagradas nos últimos dois anos evidenciaram a necessidade de propor o debate em torno das transformações necessárias nas relações entre os centros urbanos e seus habitantes. É nesse contexto que o Connected Smart Cities & Mobility acontece.

Temos como propósito aproximar os stakeholders e promover as boas práticas e os projetos que viabilizem melhorias concretas na experiência cotidiana de cada indivíduo. O objetivo do Connected Smart Cities & Mobility é trazer soluções para tornar as cidades brasileiras mais inteligentes, humanas e sustentáveis e, por isso, reunimos empresas de diversos segmentos de atuação e o poder público para que juntos viabilizem sinergias que promovam desenvolvimento” – Paula Faria, CEO da Necta – Conexões com Propósito, idealizadora do evento.

O evento tem 12 palcos simultâneos nas quais as seguintes temáticas serão abordadas por especialistas: cidades prósperas, cidades empreendedoras, cidades participativas engajadas urbanismo sustentável nas cidades, cidades conectadas, cidades resilientes e inclusivas, mobilidade para as pessoas, mobilidade ativa, mobilidade compartilhada, veículos elétricos, data analytics e tendências, conectividade e integração.

Além de rodadas de negócios e workstations, o Connected Smart Cities & Mobility conta com a participação de empresas líderes em soluções inteligentes para mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, educação, saúde, segurança e empreendedorismo.

 

con

 

Prêmio

Ainda durante o Connected Smart Cities & Mobility acontece também a premiação dos melhores projetos inovadores, orientados para a resolução de problemas das cidades e elaborados por pessoas jurídicas de direito público ou privado, com sede no Brasil.

Este ano, o prêmio está dividido em duas categorias: Negócios Pré-Operacionais, referindo-se a iniciativas que ainda não atingiram o break even e que estão sendo financiadas por investimentos e não pelo resultado das receitas e lucros gerados. A segunda categoria são Negócios em Operação, ou seja, produtos ou serviços que já tenham gerado receita para suas empresas e que estão plenamente disponíveis no mercado.

Na oitava edição, o prêmio é uma iniciativa da plataforma Connected Smart Cities & Mobility, da Necta, em parceria com a Neurônio Ativação de Negócios e Causas.

 

AirConnected

Simultaneamente ao Connected Smart Cities, a Necta organiza o AirConnected – Transporte Aéreo Resiliente, Flexível e Tecnológico, evento dedicado à cadeia do transporte aéreo para debater a colaboração entre os diferentes atores, com a finalidade de encontrar alternativas sustentáveis, considerando a necessidade de flexibilidade e adequação de todos os envolvidos.

Em 2022 o evento traz uma novidade: o lançamento do Connected Urban Air Mobility (CUAM), conectando as novas soluções de mobilidade aérea, como eVTOLs e aeronaves regionais elétricas, com a discussão da cadeia de transporte aéreo, de cidades e mobilidade urbana, eventos simultâneos e complementares ao CUAM.

Em 2021, o Connected Smart Cities & Mobility e o AirConnected reuniram mais de 300 palestrantes e, aproximadamente, 600 pessoas no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, além de 2.400 acessos que foram registrados na plataforma de transmissão online.

 

SERVIÇO

8ª Connected Smart Cities & Mobility e Airconnected

Quando: 4 a 5 de outubro de 2022 (presencial) e 6 de outubro (digital).
Onde: Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
Inscrições: clique aqui.

Ônibus elétricos começam a ser testados em Curitiba

onibus eletrico curitiba x

Veículos vão circular pelas ruas da capital para avaliar experiência dos usuários e desempenho no transporte coletivo.

 

A real transição para uma mobilidade elétrica nas cidades precisa incluir veículos usados no transporte coletivo, como os novos modelos de ônibus elétricos que serão testados em Curitiba, a partir desta semana. Entre os dias 19 e 26 de setembro de 2022, os curitibanos e curitibanas poderão conhecer de perto como são os novos ônibus elétricos, que estarão circulando em cinco linhas – Campo Comprido/CIC, Jardim Ludovica, Detran/Vicente Machado, Campina do Siqueira/Batel e Campo Alegre.

A capital do Paraná pretende dar um salto de qualidade na mobilidade ativa e limpa com a entrada destes veículos na operação do transporte coletivo. O primeiro veículo desta fase de demonstração vai ser trazido pela fabricante chinesa Higer, operada no Brasil pela TEVX Motors, mas outros fabricantes também se preparam para trazer seus veículos à Curitiba.

A circulação dos novos ônibus elétricos pretende avaliar configurações de veículos, seu desempenho nos itinerários e a experiência dos usuários, e ainda vai permitir o treinamento de motoristas na nova tecnologia.

“Essa rodada de testes é a consolidação da construção de política pública de estímulo à uma nova matriz energética para o transporte coletivo. Temos um compromisso com o futuro da cidade, alinhado aos desafios do combate aos riscos climáticos. É a construção da mobilidade limpa para Curitiba e seus cidadãos”, observa Luiz Fernando Jamur, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc), responsável pela articulação com os parceiros para a realização dos testes, juntamente com a Urbs.

 

onibus eletrico curitiba x

 

A demonstração foi viabilizada como um marco para a chegada dos veículos para testes, nos termos do chamamento público feito pela Prefeitura. Todo o processo conta com o apoio de parcerias com diferentes atores do segmento, como o Projeto TUMI E-Bus Mission, que reúne entidades de fomento à eletromobilidade no mundo – WRI, 40Cities e GIZ.

A demonstração foi viabilizada como um marco para a chegada dos veículos para testes, nos termos do chamamento público feito pela Prefeitura. Todo o processo conta com o apoio de parcerias com diferentes atores do segmento, como o Projeto TUMI E-Bus Mission, que reúne entidades de fomento à eletromobilidade no mundo – WRI, 40Cities e GIZ.

A empresa já colaborou para a transição energética da frota de importantes capitais da América Latina, como Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia). Agora a empresa participa do processo em cidades inteligentes brasileiras, como Curitiba.

 

onibus eletrico curitiba x

 

Vantagens

A eletromobilidade no transporte coletivo reduz a emissão de poluentes gerados pelo uso de combustíveis fosseis e ruído urbano, com impacto direto na saúde e na qualidade de vida do cidadão. No dia a dia, o usuário também é beneficiado pelo conforto dos veículos, equipados com ar-condicionado, mais espaço entre as poltronas e com avançados sistemas de segurança. O ônibus da Higer tem autonomia para rodar 270 quilômetros, capacidade para 89 passageiros – na configuração feita para Curitiba – e recarrega em até três horas.

Além de imprescindível para o enfrentamento das cidades às mudanças climáticas, a transição para ônibus elétricos representa um salto de qualidade para o setor”, afirma Cristina Albuquerque, gerente de Mobilidade Urbana do WRI Brasil. “O TUMI E-Bus Mission quer acelerar a eletrificação do transporte coletivo em centenas de cidades do mundo, e Curitiba é uma das 20 cidades que recebem apoio aprofundado para liderar esse processo. Apresentar a tecnologia à população é um marco importante”, conclui.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: CicloVivo
Imagens: Divulgação

Eternit recebe aprovação em testes para registro no Inmetro de telhas fotovoltaicas de fibrocimento

bedcf ee ea aeefdaecc

Companhia espera que o novo modelo fotovoltaico desenvolvido no Brasil, batizado de Eternit Solar, alcance o mesmo sucesso de vendas e democratize o acesso à energia solar por todo o país.

 

 

Eternit – companhia especializada no fornecimento de matérias-primas, produtos e soluções para o setor de construção civil – acaba de obter aprovação nos testes para registro no Inmetro de suas telhas fotovoltaicas de fibrocimento. Os testes da Eternit Solar, desenvolvida desde 2020, foram executados no Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP).

No médio prazo, a expectativa é de que a Eternit Solar siga o sucesso da telha de fibrocimento mais vendida do país. “Estamos prestes a viver uma revolução no modo como o brasileiro se relaciona com o consumo de energia. Com diversas possibilidades de aplicação, ela poderá ser instalada em casas populares, comunidades, galpões, construções sem telhado aparente, além de instalações comerciais, postos de gasolina, e também em projetos na área agrícola e aviária”, afirma Luís Augusto Barbosa, presidente da Eternit. Líder no segmento de coberturas no Brasil, a companhia comercializou, de janeiro a setembro deste ano, 544 mil toneladas de telhas de fibrocimento, um volume 20% maior do que o mesmo período de 2020.

A Eternit Solar faz parte da linha de produtos fotovoltaicos que o grupo vem desenvolvendo, cujo mais recente lançamento para o mercado foi a telha de concreto Tégula Solar (primeiro modelo fotovoltaico comercializado pela empresa a partir de agosto de 2021). Entre as diferenças dos dois modelos, além do material, estão o tamanho, o custo e os públicos consumidores. A nova linha é esteticamente ondulada (seguindo os padrões das telhas de fibrocimento tradicionais), levemente plana no topo das ondulações, onde células solares são integradas formando um conjunto único, e apresenta dimensão de 2,44 m x 1,10 m.

“Será uma solução econômica e promissora para empresas, instalações públicas, como escolas, e hospitais, e grande parte das moradias dos brasileiros” – Luiz Lopes, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Eternit.

O seu grande diferencial é a maior potência e consequente maior geração de energia. “Enquanto a Tégula Solar possui potência de 9 watts, a de fibrocimento tem 140 watts. Com essa potência, 4 a 6 telhas já podem atender as necessidades de uma casa pequena. O restante da cobertura, portanto, pode ser composto de telhas comuns”, explica Luiz Lopes, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Eternit. Segundo o executivo, as telhas fotovoltaicas não agregam peso à estrutura, mas conferem durabilidade e resistência.

Com o aval do Inmetro, a Eternit agora seguirá acompanhando a performance das novas telhas no IEE-USP e também no Laboratório Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com instalações ao ar livre de projetos-piloto. A empresa tem diversos clientes potenciais para receberem as primeiras instalações da Eternit Solar.

Inicialmente, a fabricação das telhas se dará na unidade de Atibaia – a mesma encarregada da Tégula Solar – com a possibilidade de expandir sua produção para as outras unidades regionais da Eternit. A expectativa é de que o produto seja lançado no mercado em meados de 2022.

Shell Brasil e Gerdau anunciam futura Joint Venture de energia solar

Imagens SITE Easy Resize com

Termo de cooperação permitirá autoprodução em parque fotovoltaico em Minais Gerais

 

A Shell Brasil e a Gerdau assinaram um termo de cooperação para o desenvolvimento de um parque fotovoltaico no município de Brasilândia de Minas, norte de Minas Gerais. O termo estabelece as premissas para a discussão e constituição de uma joint venture. Com capacidade instalada de 190MWdc, o parque Aquarii fornecerá parte da energia limpa para as unidades de produção de aço da Gerdau e outra para ser comercializada no mercado livre através da comercializadora de energia da Shell, a partir de 2024.

A joint venture, que terá participação igualitária das duas empresas, faz parte da estratégia de transição energética e descarbonização de ambas. Trata-se de um passo voluntário da Shell Brasil na oferta de mais produtos e serviços energéticos renováveis e sustentáveis, em total alinhamento com a busca de uma matriz de energia mais limpa pela Gerdau. Aquarii também venderá energia para consumidores livres, ajudando a aumentar o parque gerador do estado de Minas Gerais e contribuindo para a segurança energética da região com mais energia renovável.

 

“Este é o primeiro projeto da Shell em energia solar no Brasil, um marco que diversifica ainda mais a atuação da companhia no país e de maneira completamente alinhada ao nosso propósito de oferecer mais energia e de maneira mais limpa. A presença de um parceiro como a Gerdau nesta jornada nos enche de orgulho e é um sinal de confiança neste propósito na Shell e em sua capacidade como desenvolvedora de soluções de energia para seus clientes. Caminharemos juntos rumo à transição energética e numa região estratégica para ambas as companhias.” -Guilherme Perdigão, Diretor de Renováveis e Soluções de Energia da Shell Brasil.

 

Há cerca de três anos, a Shell Brasil iniciou sua estratégia de desenvolver organicamente seu portfólio em geração de energia solar, que na área de energia, se somam aos investimentos na sua comercializadora de energia, Shell Energy Brasil, e na termelétrica Marlim Azul. Hoje, a companhia tem planos de desenvolver parques solares nos estados de Minas Gerais e Paraíba. Ao mesmo tempo, trata-se de mais um passo da Gerdau em direção à autossuficiência energética, aliado ao direcionamento estratégico de entrada no segmento de geração de energia renovável, parte do portfólio de novos negócios realizados através da Gerdau Next. A energia solar é a fonte energética que mais cresce no Brasil, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com um salto de 70% no último ano, o equivalente a 7,5 GW ou metade da capacidade da hidrelétrica de Itaipu. Atualmente, representa 1,8% da matriz nacional, porcentagem que deve aumentar nos próximos anos. O Brasil tem níveis de irradiação solar entre os maiores do mundo – o território nacional recebe mais de 2.200 horas anuais de insolação, o equivalente a 15 trilhões de MW*, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – indicando o enorme potencial da energia solar no País.

 

“A joint venture para o desenvolvimento e operação do parque solar Aquarii é parte de um plano robusto de investimentos em energias renováveis nas Américas. A iniciativa fortalece a visão de longo prazo da companhia e o compromisso com a inclusão de fatores ESG como pilares fundamentais para as decisões estratégicas da empresa. A parceria com a Shell garante expertise e tecnologia de ponta em energia solar, o que resulta em maior eficiência e uma oportunidade de autoprodução de energia renovável, reforçando o nosso comprometimento com um futuro cada vez mais sustentável. ” – Juliano Prado, vice-presidente da Gerdau e responsável pela Gerdau Next, divisão de novos negócios.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Shell Brasil
Imagem: Ilustrativa

Bombas que utilizam energia solar levam água limpa à locais sem energia elétrica

Copia de Sem nome Easy Resize com

Com a energia gerada por painéis solares, equipamentos garantem abastecimento e purificam a água em regiões isoladas

 

A falta de acesso à eletricidade e escassez de água limpa não são dificuldades exclusivas de áreas rurais isoladas. Milhares de pessoas sofrem com problemas de saneamento nas cidades brasileiras e as bombas de água com energia solar podem modificar essa situação. Pensando em atender a todos os públicos que necessitam de acesso à água limpa, mesmo em períodos de estiagem, a NeoSolar, distribuidora de produtos para energia solar no Brasil, conta em seu portfólio com modernas bombas solares Off Grid (sem conexão à rede).

Esses equipamentos, cada vez mais comuns na cidade e no campo, conseguem levar, mesmo a locais sem energia elétrica, sistemas capazes de bombear  água que podem ser instalados de modo simples, com painéis solares e cabos ligados a qualquer fonte de água, como uma represa. Para evitar contratempos e prejuízos causados pela dificuldade de acesso à água (tanto potável quanto em seu estado natural), Raphael Pintão, sócio fundador da NeoSolar, destaca que as bombas de água com energia solar fotovoltaica são soluções de extrema utilidade.

 

“Essas bombas não necessitam de energia elétrica para isso, já que funcionam à base de painéis solares. Uma vez funcionando, as bombas podem transportar e purificar um grande volume de água todos os dias, permitindo que populações contem com água potável para consumo e outras atividades de limpeza e higiene” – Raphael Pintão, sócio fundador da NeoSolar

 

Existem, ainda, as bombas solares híbridas, que operam tanto com tensões de corrente contínua – CC (painéis solares fotovoltaicos) quanto em corrente alternada – CA (geradores e rede) e, assim, permitem o backup (armazenamento de energia) para que as bombas funcionem também quando não há geração de energia solar. Ou seja, com o uso de bombas híbridas é possível realizar o bombeamento de água durante a noite, aliando equipamentos que atuam em corrente contínua – CC (painéis solares fotovoltaicos), e corrente alternada – CA (geradores e rede).

 

Aplicações

A bomba de água com energia solar permite uma gama de aplicações para bombeamento de água. Seu uso na irrigação permite um aumento da produtividade de até cinco vezes mesmo sem rede elétrica ou geradores; além de proporcionar o bombeamento do insumo para alimentação de animais com ganho de produtividade, confiabilidade e proteção das suas fontes.

Em residências e comunidades, os equipamentos permitem acesso a água de forma limpa e silenciosa, mesmo em locais remotos e com difícil acesso. Entre as múltiplas funções por meio da dessalinização e purificação, as bombas solares permitem a retirada e o tratamento de água em locais remotos de forma simples e econômica para irrigação ou consumo.

Atenta ao movimento do mercado, a NeoSolar já buscou soluções de energia solar para produtores rurais e pecuaristas. Recentemente realizou criação de uma loja online da NeoSolar dentro da plataforma Agrofy, um marketplace voltado ao agronegócio, presente no Brasil e outros oito países da América Latina. A empresa foi a primeira empresa a instalar um sistema de energia solar conectado à rede elétrica no Estado de São Paulo e é a principal distribuidora de equipamentos para sistemas off grid do Brasil.

 

Bomba Solar Anauger R Easy Resize com

 

Bomba Solar Shurflo V Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte:  NeoSolar
Imagens: Divulgação

 

 

1º Comitê Científico de Pesquisa e Inovação em Finanças Verdes do Brasil

Imagens Recorte MIDIAS T Easy Resize com

Fomentado pelo Ministério das Relações Exteriores e de Desenvolvimento do Reino Unido, projeto envolve o uso de conhecimento científico para subsidiar indicações de investimento em infraestrutura sustentável

 

WayCarbon, consultoria brasileira especializada em soluções para economia de baixo carbono e a maior consultoria estratégica com foco exclusivo em sustentabilidade e mudança do clima na América Latina, anuncia parceria com o Ministério das Relações Exteriores e de Desenvolvimento do Reino Unido para coordenar o primeiro Comitê Científico de Pesquisa e Inovação em Finanças Verdes do Brasil.

A iniciativa recebe aporte do Green Finance Programme do UK-Brazil Prosperity Programme, portfólio de programas financiados com recursos do governo do Reino Unido, focados na promoção de crescimento econômico inclusivo e na redução da pobreza. Este debate é particularmente importante em 2021, quando o Reino Unido sediará a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-26) em novembro, em Glasgow, em que a mobilização de compromissos financeiros dos setores público e privado será central nas negociações para tirar o Acordo de Paris do papel.

 

UK-Brazil Prosperity Programme Brazil

Alinhado ao 17º ODS (Objetivo do Desenvolvimento Sustentável) da ONU, “Parcerias e meios de implementação”, o portfólio brasileiro se concentra em oito linhas temáticas, como finanças sustentáveis, infraestrutura, mudança do clima, gênero e desenvolvimento social.

A parceria entre a WayCarbon e o governo britânico viabilizará o fornecimento de insumos de base científica para pautar o processo de tomada de decisão ao longo do desenvolvimento do programa de finanças verdes, fomentando a inovação e oferecendo uma perspectiva crítica sobre as metodologias e expectativas estabelecidas.

O comitê é atualmente integrado por Annelise Vendramini, especialista em finanças sustentáveis e Coordenadora do Programa de Pesquisa Finanças Sustentáveis no FGVces, da Fundação Getúlio Vargas, Carlos Nobre, professor e cientista da mudança do clima, com vasta experiência na pesquisa de impactos da mudança do clima sobre a Amazônia, Clarisse Simonek, que atua há mais de 10 anos no mercado de investimentos responsáveis e em grandes universidades, Felipe Bittencourt, CEO da WayCarbon e especialista em mudanças climáticas, energias renováveis e mercados de carbono, Marisa Cesar, especialista em gênero e desenvolvimento social, saneamento e energia, e Viviane Torinelli, especialista em finanças sustentáveis, e co-fundadora da BRASFI, Aliança Brasileira de Pesquisa em Finanças e Investimentos Sustentáveis.

 

Mercado de títulos verdes requer olhar sistêmico

O mercado de finanças sustentáveis chegou, ainda em 2020, a um marco histórico de US$ 1 tri em emissões globais acumuladas de títulos, segundo a Climate Bonds Initiative. Desde o início desse mercado, a partir da emissão do European Investment Bank (EIB) em 2007, instrumentos verdes foram emitidos em 67 países e diversas instituições supranacionais. Para se ter uma ideia, em 2020, foram emitidos mais de US$ 222.8 bi, apesar e por conta dos impactos da COVID-19.

No Brasil, um player chave para as emissões de títulos de dívida temáticos por conta de suas competências em recursos naturais, os green bonds já somam mais de R$10 bi, além de emissões brasileiras em mercados internacionais, que somam US$ 5 bi. Para gerir esses ativos, Viviane Torinelli aponta a necessidade de suprir a lacuna de experts no tema, que vai demandar dos profissionais de finanças uma visão sistêmica sobre desenvolvimento sustentável que os faça “ir além do binômio risco e retorno, agregando o fator ESG como terceiro vetor de viabilidade para mensurar os impactos dos investimentos na sociedade”

O crescimento exponencial das emissões de títulos de dívida temáticos já configura uma macrotendência no mercado, cada vez mais atento à análise de risco climático, como relembra Annelise Vendramini, “há mais de 2,5 milhões de índices financeiros ativos hoje no mundo e os que mais crescem estão atrelados às questões ambientais, sociais e de governança”.

Além dos riscos no âmbito climático, indicadores sociais como a intensificação das populações urbanas e a disparidade social têm ganhado relevância na tomada de decisão dos investidores, como analisa Clarisse Simonek. “Quando eu comecei há 10 anos, perguntávamos como as empresas lidavam com questões como o desperdício de água, por exemplo, hoje o que o investidor ESG real busca é pessoas no board que saibam como essas macrotendências afetarão seu modelo de negócios no futuro. A previsão de riscos está em primeiro lugar quando pensamos num futuro de escassez de recursos e mudanças climáticas”. Outro fator importante para os investimentos ESG deverá ser o viés de justiça de gênero, considerando o impacto da disparidade na qualidade de vida das famílias brasileiras.

“Hoje, 735 mil brasileiras não conseguem trabalhar por falta de saneamento, pois precisam cuidar da família que adoece em decorrência desse problema de infraestrutura. Cada US$ 1 investido em saneamento retorna US$4 de economia em saúde. Se houver investimento em saneamento, conseguiremos melhorar a qualidade de vida das mulheres e consequentemente melhor preparo para o mercado de trabalho” – Marisa César.

Em relação à infraestrutura, Felipe Bittencourt destaca também o investimento no setor de energia. “Em 2019, 83% da eletricidade foi gerada por meio de fontes renováveis, sendo 64% advindas de hidroelétricas e 19% de fontes eólicas, solares e de biomassa. Além disso, etanol e biodiesel corresponderam a 46% do consumo de combustíveis, em sintonia com a tendência de novos mercados pautados em produtos de baixa emissão. O Brasil tem urgência de converter seu potencial de liderança na bioeconomia para um diferencial competitivo no mercado. Acreditamos que, tão importante quanto avançarmos na temática dos títulos verdes é desenvolvermos uma plataforma que organize nossas atividades e chame a atenção do mundo para o que estamos fazendo por aqui”, afirma.

Em defesa da prosperidade com a floresta em pé, Carlos Nobre adianta a ideia de estruturar um hub de inovação na Amazônia, por meio de investimentos público e privado, para estimular o desenvolvimento do empreendedorismo e a capacitação local.

“Os recursos destinados hoje à pesquisa e desenvolvimento na Amazônia, se pegarmos o INPA, por exemplo, que recebe US$ 10 mi, são absolutamente desprezíveis. Seria ideal criar um hub de excelência na Amazônia para desenvolvimento do saber local, a exemplo da contribuição do ITA para a indústria aeronáutica. O país precisa de um agente de excelência em C&T, além do desenvolvimento de parques tecnológicos por lá que se baseiem tanto na bioeconomia, quanto nos saberes dos povos indígenas, algo extremamente disruptivo, sem comparativo no mundo” – Carlos Nobre

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: BRSA
Imagem: Climate Bonds Initiative