ONU-Habitat lança guia prático para espaços urbanos

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Publicação é dividida em cinco temas que destacam aspectos desejáveis para uma vida urbana mais sustentável e resiliente

 

O Laboratório Urbano UN-Habitat publicou “My Neighborhood”, uma publicação que oferece uma lista de princípios de projeto urbano com o objetivo de criar cidades mais sustentáveis e resilientes. Contendo ações aplicáveis ​​à escala do bairro, o guia se dedica a apresentar uma abordagem integrada que responde a setores-chave, como transporte, iniciativas urbanas locais, moradia, espaços públicos, serviços públicos e outros.

 

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Fossgate em York / Fotografia: cktravels.com

 

A publicação da ONU-Habitat é dividida em cinco temas, cada um destacando aspectos desejáveis ​​da vida urbana: Cidade Compacta, Cidade Conectada, Cidade Inclusiva, Cidade Vibrante e Cidade Resiliente. Oferece princípios acionáveis ​​para ajudar atores urbanos-chave a colaborar e projetar soluções em escala local. O objetivo final da publicação é ajudar a criar bons bairros, entendidos como áreas que proporcionam um ambiente propício para uma melhor qualidade de vida para todos. A escala do bairro garante um impacto máximo dessas estratégias, sem perder de vista os sistemas da cidade que alimentam o bairro.

Juntos, esses capítulos cobrem uma diversidade de indicadores espaciais, como forma, distribuição, proximidade, diversidade, intensidade e conectividade. Em vez de criar uma abordagem linear que divide os assuntos em categorias isoladas, o guia visa conectar as dimensões espaciais de bairros, ruas, espaços abertos e unidades de construção, e destacar como essas características desejáveis ​​funcionam em todas as escalas e dependem umas das outras.

 

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O guia visa ser usado como um banco compartilhado de princípios, oferecendo também uma matriz digital interativa para servir como base para conversas. É dirigido a profissionais de planejamento, urbanistas, especialistas setoriais, grupos da sociedade civil, acadêmicos e representantes governamentais e ONGs. Pode ser usado para iniciar iniciativas interdisciplinares que envolvam grupos comunitários e criar responsabilidade para todos os atores envolvidos.

 

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Programa de Renovação de Habitação – Bairro Mugica – Bueno Aires / Fotografia: cortesia Special Projects Unit Barrio Padre Carlos Mugica

 

Várias outras iniciativas semelhantes se esforçam para ajudar líderes comunitários a criar espaços mais equilibrados, inclusivos e resilientes, com programas diversos voltados para reconsiderar o design apropriado das ruas, criar novos modelos de habitação coletiva ou repensar espaços públicos para receber categorias populacionais negligenciadas. Da mesma forma, em colaboração com a Associação Nacional de Serviços de Saúde, o Heatherwick Studio lançou a iniciativa Heath Street, um guia para repensar ambientes clínicos tradicionais e reimaginar como olhamos para o bem-estar e aspectos de saúde holística da vida urbana. Outras táticas mais subversivas para proteger a comunidade local podem incluir formas disruptivas de arte pública, como grafite de rua e a proteção de espaços para protestos.

Casa e Mercado promove Ciclo de Palestras na Belas Artes

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Ciclo de Palestras promovido pela CM pretendeu fomentar aprendizados aos alunos do Centro Universitário Belas Artes e permitir um diálogo aberto entre bem sucedidos escritórios do cenário atual e futuros profissionais.

 

Na primeira quarta-feira do mês de dezembro, a Casa e Mercado promoveu, junto ao Centro Universitário Belas Artes, um ciclo de palestras destinadas aos alunos sobre os seguintes assuntos: Arquitetura, Urbanismo e Design. A ocasião contou com a especial participação do estúdio ACIA Arquitetos e dos escritórios BLOCO Arquitetos e TRIPTYQUE Architecture. No final de cada apresentação foi aberto um bate-papo para perguntas e respostas no momento presente, enriquecendo a experiência dos alunos e palestrantes.  

Em síntese, os principais assuntos abordados pelos primeiros profissionais em palco, da ACIA Arquitetos, navegaram sob o tema “O Futuro das Cidades”. Fabio Aurichio e Ricardo Baddini, Sócios-fundadores do estúdio, iniciaram a apresentação comentando sobre como o período pandêmico do Covid-19 afetou a convivência humana e transformou o cenário atual urbano, sinalizando que se estabeleceu em sociedade um certo “efeito pendular” (ficar indo de um ponto ao outro). A apresentação dos arquitetos então sugeriu algumas ideias e reflexões sobre como melhorar esse impasse e assim regenerar a comunidade, colocando a cidade como fomentadora de integrações. A policentralidade também foi levada em pauta como um modelo humano – a cidade de 15min, o Plano de Paris: viver, trabalhar e prosperar sem grande deslocamento.

“As cidades devem se adaptar às pessoas, transformando os espaços em “placemaking” – que significa criar lugares, mas o conceito vai muito além dos espaços físicos. Essa abordagem tem o objetivo de transformar bairros, cidades e regiões. E o foco dessa transformação é a conexão entre as pessoas, ou seja, o futuro das cidades é pelo caminho da humanização!” –  Fabio Aurichio, sócio-fundador da ACIA Arquitetos. 

 

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Logo em seguida, o escritório BLOCO Arquitetos, formado pelo trio Daniel Mangabeira, Matheus Seco e Henrique Coutinho, discutiram sobre questões de  “Processo e Identidade”. Diante disso, apresentaram cases singulares, esmiuçando projetos e técnicas utilizadas na elaboração de cada um deles. Dentre alguns destaques, o sistema “Off Grid” – sistema isolado e autônomo que tem como principal característica o “auto sustento”, ou seja, um sistema não conectado à rede elétrica que armazena a energia solar excedente em baterias para ser utilizada quando não houver outro meio de produção; e a “Fossa Ecológica” – um sistema de tratamento de esgoto que utiliza processos naturais para a decomposição da matéria orgânica sendo uma alternativa à fossa séptica, que utiliza produtos químicos para o tratamento do esgoto. 

O projeto da Casa Bacuri, que pertence a Mariana Siqueira, foi um dos mais detalhados pelos sócios. Os arquitetos relataram os desafios de criação, trazendo aos espectadores um pouco das soluções elaboradas às demandas solicitadas. O ideal, por exemplo, era conseguir manter as árvores do local e otimizar os recursos disponíveis, como criar uma estrutura de madeira laminada para coletar a água da chuva, que posteriormente teria usos diversos. “Tivemos a ideia de dar o nome à casa de Bacuri, que faz referência a uma planta do cerrado, por ser muito resistente”, explicaram. 

“Uma coisa que a gente tenta é não chegar com uma ideia pré concebida. Queremos primeiro entrar no lugar, sentir o lugar, pois ele é que orienta nosso trabalho. As ideias são projetos que não tenham o que ser tirado deles, ou seja, os princípios continuam sendo os mesmos, de repetição e adaptação de linguagem.” – BLOCO Arquitetos

 

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Por fim, foi a vez da TRIPTYQUE Architecture que trouxe como tema central “O Vocabulário Sustentável”. Gustavo Panza, diretor de Arquitetura do escritório, apresentou a história da arquitetura e da própria TRIPTYQUE, apontando estratégias e modificações que ocorreram com o tempo. Para conduzir a conversa no momento atual, foram citadas teorias e dados de pesquisas, apontando características e singularidades da Arquitetura Européia e Brasileira. Gustavo contou sobre como sua experiência no “Xingu” o ensinou a trabalhar com elementos mais sustentáveis e os desafios de aplicar tais conceitos. Dentre alguns projetos que melhor ilustram as premissas do escritório, Edifício De Uso Misto, Conjunto Modular e Conjunto Multifamiliar,  destacou o retrofit na Cidade Matarazzo.

“As cidades foram sendo geradas com discrepância e mal planejamento fazendo com que haja uma forte resiliência à natureza. Por isso, realmente procuramos meios mais sustentáveis.” –  Gustavo Panza, diretor de arquitetura da TRIPTYQUE Architecture. 

 

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Por Redação
Imagens: Phoética

 

Jogo de tabuleiro com soluções urbanas é lançado no Catarse

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“Trilhas Urbanas” diverte enquanto estimula a cooperação para resolução de problemas, a construção de cidadania e o debate de políticas públicas.

 

Vencedor do 5o Prêmio de Design do Instituto Tomie Ohtake (2023), o Trilhas Urbanas é um jogo de tabuleiro no qual, a cada passo, os jogadores mudam o futuro da cidade, une divertimento, imaginação e soluções urbanas avançadas. Para garantir sua produção, a Pistache Editorial está em um financiamento coletivo pela plataforma Catarse. A campanha fica aberta até 10 de outubro. O Trilhas Urbanas tem design de jogo de autoria da urbanista e arquiteta Beatriz Martinez e ilustrações de Bruna Martins.

 

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Enquanto um jogador cria desafios que podem acontecer no território-tabuleiro, os outros participantes precisam encontrar as soluções nas cartas que têm nas mãos – e que cartas! O jogo traz, em suas cartas de soluções, o que há de mais inovador em temas como mobilidade urbana, meio ambiente, patrimônio histórico, cultura, espaços de brincar na cidade, entre outros. Todas as soluções são baseadas em ferramentas implementadas e testadas por urbanistas de vanguarda pelo mundo.

O jogo foi testado durante 3 anos e passou por 2 protótipos. Foi utilizado em processos participativos com crianças, em jogatinas com a família, em eventos de jogos com adultos. É uma ótima pedida para escolas, na discussão sobre temas urbanos.

Pensado para crianças a partir de 7 anos, a mecânica de jogo valida o conhecimento dos participantes e ajuda o grupo a se desenvolver e a pensar junto sobre questões da vida real. Ao mesmo tempo em que é divertido, o Trilhas Urbanas promove a reflexão de forma natural e instigante. “Eu aprendi muito com esse jogo porque inventei soluções para os problemas da cidade que eu nem imaginava que podiam ser resolvidos. Mesmo os desafios mais difíceis, quando pensamos juntos, chegamos numa boa solução. Além disso, comecei a pensar no que posso fazer para melhorar a praça aqui na frente do CCA”, contou Pedro, 12 anos, que participou de uma partida em um processo participativo em São Paulo conduzido pelo CoCriança, parceiro implementador do jogo.

 

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Tabuleiro: caminho que se cria

O tabuleiro do Trilhas Urbanas é formado por 9 peças: a casa (início), a escola (fim) e 7 territórios que devem ser selecionados no início da partida, de acordo com a escolha dos jogadores – é nesses territórios que os desafios acontecem e as soluções serão aplicadas.

No processo de desenho do tabuleiro, Beatriz Martinez chegou a um formato curvo. “As peças tortuosas do tabuleiro representam uma forma de sair do quadro, de romper a margem, de se enveredar pela cidade e por um caminho que nunca é reto”, explica Beatriz.

Por isso, também, o formato do tabuleiro proporciona diversas formas de montagem: a partir da experiência dos jogadores, pode-se selecionar os territórios onde os desafios irão acontecer, e montar da forma que mais fizer sentido para o grupo. As ilustrações contribuem com cor, movimento e diversão – e, não importa a forma de montagem, as ilustrações sempre se encaixam.

Os sete territórios são: avenida, praça, escadaria, rua comercial, patrimônio histórico, rio e praia.

 

Mecânica do jogo

É o jogador da vez, com os dados de ícones, que formula o desafio que será enfrentado pelos outros participantes. Por isso, cada rodada tem uma história diferente para ser solucionada.

Já os outros jogadores buscam em suas cartas de solução a melhor ferramenta para o desafio proposto – e precisam defendê-la com bons argumentos, pois todos os jogadores votam na melhor solução. Cada voto é transformado no número de casas que o jogador irá andar. Quem chegar primeiro ao final do tabuleiro é o vencedor. “É um jogo divertido para pensar em soluções que podem virar realidade. A gente usa muito a criatividade, brincando”, conta João, 10 anos, que jogou o Trilhas Urbanas na fase de testes.

Mas o jogo é semicooperativo: há sempre dois problemas gerais da cidade que precisam ser solucionados na partida, e só há um vencedor se todos, em parceria, puderem resolver esses problemas durante o jogo.

 

O financiamento coletivo

Para tornar o jogo realidade, a Pistache Editorial vai iniciar um financiamento coletivo, de 29 de agosto a 10 de outubro. É possível apoiar com contrapartidas a partir de 45 reais. A contrapartida que inclui o jogo é de 245 reais (nas primeiras 48 horas, o jogo estará com desconto, saindo a R$ 220). Há também opções de kits de jogos para escolas e uma opção inovadora: a recompensa “Apoie uma escola” – nela, o apoiador pode escolher ou sugerir uma escola pública para receber um kit de jogos e debate.

Principais características:

• Fomento à cooperação para resolução de problemas

• Estímulo à cidadania e ao direito à cidade

• Fomento ao debate de políticas públicas

• Tomada de decisão para a construção de cidades mais humanas

• Proporciona um ambiente lúdico e criativo de aprendizado urbanístico

• A cidade como cenário para diferentes disciplinas escolares, baseando-se nas habilidades da BNCC (Base Nacional Comum Curricular)

• Introduz os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) de forma lúdica, mas aplicado em contexto real e cotidiano

• Design e mecânica de jogo vencedores de prêmios: Projeto vencedor do 5o Prêmio Design Tomie Ohtake

 

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SERVIÇO – TRILHAS URBANAS

Tipo Jogo de tabuleiro
Idade A partir de 7 anos
Número de jogadores 3 a 4 (jogo base); 3 a 6 (jogo completo)
Design de jogo Beatriz Martinez
Ilustrações Bruna Martins
Publicação Pistache Editorial
Financiamento coletivo De 29 de agosto a 10 de outubro
Entrega dos jogos dezembro de 2023

Imagens: Divulgação Trilhas Urbanas

 

Crea-SP lança Manual REURB

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Material foi elaborado por Comitê do Conselho com diretrizes sobre regularização fundiária urbana.

 

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) lançou, durante o 2º Workshop sobre Regularização Fundiária Urbana (REURB), realizado no último dia 15/08, um manual orientativo sobre a atuação dos profissionais da área tecnológica nesse processo tão importante para o planejamento urbano, que é a formalização de moradias.

O Manual REURB é fruto de um trabalho do Comitê de Regularização Fundiária do Crea-SP e tem como objetivo servir de apoio para profissionais e poder público. Com explicações detalhadas, a cartilha está disponível para download no link. “É um material vasto, que teve a participação de especialistas não só da área tecnológica, para que os gestores públicos possam ser mais assertivos em suas ações”, ressaltou o engenheiro Joni Matos Incheglu, conselheiro do Crea-SP e membro do Comitê.

“A iniciativa é significativa para trazer as novidades da área e temas em alta para o nosso aperfeiçoamento profissional, como é a discussão sobre REURB. Uma questão social e fundamental nas cidades que o Conselho está nos permitindo aprofundar” – geólogo Laert Rigo, Presidente da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos (AEASC).

Fora o lançamento do conteúdo, o workshop contou com painelistas convidados que trataram das diversas frentes relacionadas ao tema, como modalidades das Engenharias, Agronomia e Geociências, aplicabilidades técnicas e demais questões que envolvem a regularização de moradias, além da apresentação de estudos de caso do planejamento urbano. Foram três painéis sobre processos jurídicos e a importância da integração com profissões, uma vez que a regularização fundiária urbana requer um conjunto de medidas e ações voltadas para o desenvolvimento das cidades de maneira mais sustentável. “O intuito foi trazer essa discussão técnica, buscando cada vez mais a presença de profissionais capacitados no mercado de trabalho”, enfatizou a coordenadora do Comitê de REURB do Crea-SP, engenheira Caroline Macedo.

Sobre o Crea-SP - Instalada há 89 anos, a autarquia federal é responsável pela fiscalização, controle, orientação e aprimoramento do exercício e das atividades profissionais nas áreas da Engenharia, Agronomia e Geociências. O Crea-SP está presente nos 645 municípios do Estado, conta com cerca de 350 mil profissionais registrados e 95 mil empresas registradas.

 

 

Como a visualização de dados pode moldar a arquitetura e as cidades

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Saiba um pouco mais sobre como a visualização de som, imagens e dados demográficos podem inspirar criativamente a Arquitetura.

 

Manuel Lima é um designer e pesquisador conhecido por seu trabalho em visualização e mapeamento de redes complexas. Ele é o fundador do VisualComplexity.com, membro da Royal Society of Arts, e foi nomeado uma das “50 mentes mais criativas e influentes” pela revista Creativity. A entrevista a seguir explora suas inspirações e processos, assim como seus pontos de vista sobre como a visualização dos dados pode ajudar a melhorar a qualidade das nossas cidades.

 

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Anéis e espirais. Christian Tominski e Heidrun Schumann, exposição interativa em espiral aprimorada, 2008. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

 

O que inicialmente o inspirou a converter dados em imagens?

Manuel Lima (ML): Às vezes é difícil encontrar esse momento específico em que a vida o impele a algo, mas me lembro de uma situação específica em 2004. Eu estava fazendo um mestrado em Belas Artes na Parsons School of Design, em Nova York. Eu estava na plateia assistindo a uma palestra de um professor chamado Christopher Kirwin, que apresentava algo como o “understanding spectrum“. É um diagrama que tem nomes diferentes, mas basicamente mostra como os dados levam à informação, informação ao conhecimento e conhecimento à sabedoria.

Embora minha experiência e treinamento tenham vindo do lado do design industrial, eu estava interessado e queria fazer parte desse processo. Especificamente, construindo uma ponte entre informação e conhecimento, entre produtores e consumidores. Eu acho que é uma das coisas mais difíceis que podemos fazer. Faz sentido quando os seres humanos são ótimos em coletar informações, e é por isso que temos o fenômeno do big data hoje.

Mas agora precisamos entender os dados, transformá-los em informações e, finalmente, em conhecimento. Esse é o nosso maior desafio. Para mim, foi como um chamado. Houve um tempo em que pensei: uau, preciso fazer parte desse movimento. Eu queria trabalhar criando conhecimento e sabedoria através de dados.

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Rodas e tortas. Jess3 Quem ocupa Wall Street ?, 2011. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

Uma parte importante de saber o que fazer com os dados é saber quais perguntas devem ser feitas. Como você sabe quais são os dados relevantes que devem ser mostrados em meio a tantos?

ML: Eu acho que sempre surge da pergunta que você está tentando responder. Em sua mente, ao tentar realizar uma visualização, você está pensando em uma pergunta que deseja responder ou em uma mensagem que deseja transmitir. Às vezes, os dados que podem servir a esse propósito são ignorados. Então, digamos que você esteja tentando entender melhor os diferentes dados demográficos de um lugar. Provavelmente, tentaremos entender os usuários, no sentido de procurar saber como eles navegam através de um edifício ou projeto urbano. Você tem essa pergunta imediata em mente e os dados podem fornecer essa resposta.

Por isso, os dados sem processamento raramento são suficientes para que um padrão faça sentido. A resposta que você precisa está em visualizá-los. Se necessário, converter e traduzir dados em metáforas visuais e modelos que podem ser entendidos. Desta maneira, é possível responder a esta pergunta por meio de algum tipo de visualização ao mesmo tempo em que serve como mensagem que se deseja transmitir.

Como você faz isso? Como você trabalha?

ML: Hoje existem muitas ferramentas diferentes que você pode usar. Existem diferentes bibliotecas disponíveis para entender o mundo. Ultimamente, estou mais interessado em taxonomia, em entender o sistema. Eu realmente sinto que a visualização de dados é uma linguagem. Da mesma forma que a linguagem escrita é composta por blocos que assumem a forma de palavras que, por sua vez, são combinadas e criam sentenças, o mesmo acontece com a visualização de dados. Temos gráficos que você pode combinar usando cor, tamanho ou forma. E através desse processo, você cria mensagens significativas.

Procuro olhar para as diferentes maneiras pelas quais as pessoas têm usado essa linguagem, entendendo as semelhanças e as diferenças ao longo do tempo, não apenas nos tempos modernos, mas também voltando à história e entendendo como os humanos têm usado as imagens, símbolos e comunicação visual como meio de transmissão de informações.

Sempre fico fascinado por quanto tempo isso acontece. Estamos usando imagens há muito mais tempo do que a linguagem escrita. O alfabeto mais antigo conhecido tem aproximadamente 6.000 anos. O primeiro tipo de representação pictórica remonta a 40.000 anos atrás. Temos usado imagens e símbolos por muito mais tempo do que o sistema escrito. Então, de alguma forma, está embutido em nosso DNA; Temos uma forte inclinação para imagens.

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Ebbs e fluxos. Siori Kitajima e Ravi Prasad (oposto) Luz solar, gordura e felicidade, 2012. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

Hoje, as pessoas não apenas escrevem e leem mais, mas também veem mais imagens: o Instagram e o Pinterest estão cheios de fotografias de arquitetura e cidades. Isso me leva à próxima pergunta: como você acha que a visualização de dados pode ajudar a arquitetura e as cidades?

ML: Eu acho que pode ajudar de três maneiras diferentes:

Pode servir de inspiração. Uma das melhores coisas que descobri sobre a complexidade visual é que, quando comecei a colocar a ciência por trás disso, há mais de quinze anos, notei uma maravilhosa polinização cruzada de ideias. Recebi e-mails de biólogos inspirados em recursos visuais que viram, por exemplo, algo completamente diferente. E até me lembro de um e-mail de um arquiteto que recebi naquela época; eles estavam usando visualizações que encontraram em uma rede social e estavam aplicando algumas dessas ideias em um edifício. A arquitetura, como qualquer campo criativo, pode ser inspirada por muitas áreas diferentes, uma delas é a visualização. Pode ser uma visualização de som, dados demográficos ou qualquer outra coisa, mas pode ser uma ótima fonte de inspiração.

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Formas e limites. Matteo Bonera, Giulia De Amicis, Francesco Roveta e Mir Shahidul Islam (Agência Visual) Tutti i voli portano a Londra (Todos os vôos estão indo para Londres), 2013. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

A outra maneira é por meio da metodologia, que também pode ser inspiradora para a arquitetura. Hoje, muitos campos são gerenciados por códigos. Uma das melhores coisas que sigo são as artes generativas e as pessoas que criam arte através de códigos, através de algoritmos. Elas estão criando formas interessantes, imprevisíveis e únicas. Elas não são criadas por computadores, mas por máquinas. Então, eu acho que isso é algo que a arquitetura também está tentando entender: como a forma pode ser criada através de código, algoritmo e máquinas. Me parece muito interessante. Especialmente quando se trata de Inteligência Artificial – e estamos falando muito sobre design orientado por Inteligência Artificial. Há uma oportunidade para a arquitetura alimentada por inteligência artificial, onde podemos criar um elemento de surpresa através desse processo.

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Mapas e plantas. Ji Soo Han e Paul Ornsby, Situatorist Drawing Device, 2010. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

Meu terceiro ponto é que a visualização pode trazer muitas ideias para arquitetos e planejadores urbanos. Um dos grandes projetos que vem à mente se chama Tracing the Visitor’s Eye, construído na cidade de Barcelona há aproximadamente 10 anos. Eles coletaram todas as imagens enviadas para o Flickr que foram tiradas na cidade de Barcelona. Duas coisas eram importantes: o momento em que a foto foi tirada e o local. Eles utilizaram esses dados e recriaram o caminho que as pessoas percorreram pela cidade. Agora imagine a riqueza dessa visualização. De repente, você tem esse mapa de onde as pessoas estão realmente navegando e por quais ruas estão andando. Por onde elas começam? Onde elas terminaram sua jornada? Para um planejador urbano, ou mesmo o prefeito de uma cidade, há muitas ideias realmente interessantes que podem ser derivadas desse processo.

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Nós e links. Justin Matejka e George Fitzmaurice (Autodesk Research) OrgOrgChart: A evolução de uma organização, 2012. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

O lamentável é que, às vezes, as pessoas que estão tornando as visualizações realmente interessantes não estão necessariamente conversando com as pessoas que podem se beneficiar delas, como arquitetos e urbanistas. Eu acho que há uma grande oportunidade para esse tipo de pensamento estar mais conectado às pessoas que podem se beneficiar dele.

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Uma taxonomia de círculos: 1) Anéis e espirais 2) Rodas e tortas 3) Grades e gratículas 4) Ebbs e fluxos 5) Formas e limites 6) Mapas e plantas 7) Nós e links. Imagem © The Book of Circles, Manuel Lima

Fonte: Archdaily, por Fabian Dejtiar
Todas as imagens são cortesia de Manuel Lima 

8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility

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Evento revela as cidades mais inteligentes e conectadas do país e propõe debate de ideias e projetos para dar eficiência à relação entre os municípios e seus habitantes.

 

A 8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility, principal encontro nacional entre sociedade civil, academia, iniciativa privada e poder público para o debate e apresentação de projetos sobre cidades inteligentes e mobilidade urbana, ocorrerá agora em outubro.

Realizado de 4 a 5 de outubro de 2022, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e também no dia 6 de outubro, mas apenas na versão digital, o evento é esperado com muita expectativa pela iniciativa privada e pelas gestões públicas em todo o país, porque é durante o Connected Smart Cities & Mobility que é revelada qual a cidade mais inteligente e conectada do país.

Trata-se da edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities, elaborado em parceria com a Urban Systems. O ranking CSC é um minucioso levantamento que identifica as cidades que melhor se posicionaram na avaliação de critérios por eixos de mobilidade, urbanismo, meio ambiente, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo, governança e energia. A edição 2022 do Ranking Connected Smart Cities coletou dados e informações de todos os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, totalizando 680 cidades.

No ano passado, São Paulo (SP) se manteve no primeiro lugar geral do ranking. Florianópolis (SC) foi a segunda colocada, seguida de Curitiba (PR), Brasília (DF), São Caetano do Sul (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP), Niterói (RJ) e Salvador (BA). Também foram premiadas as cidades de Balneário Camboriú (SC), Belo Horizonte (MG), Barueri (SP), Palmas (TO), e Jaguariúna (SP). Prefeitos e secretários municipais receberam o troféu de cidade mais inteligente e conectada do Brasil.

 

Soluções inteligentes para cidades inteligentes

A transformação da pirâmide demográfica, os fluxos migratórios acelerados pela pandemia, a recessão econômica mundial que pressiona e transforma as relações de trabalho e as formas de consumo, entre tantas outras “novas” realidades deflagradas nos últimos dois anos evidenciaram a necessidade de propor o debate em torno das transformações necessárias nas relações entre os centros urbanos e seus habitantes. É nesse contexto que o Connected Smart Cities & Mobility acontece.

Temos como propósito aproximar os stakeholders e promover as boas práticas e os projetos que viabilizem melhorias concretas na experiência cotidiana de cada indivíduo. O objetivo do Connected Smart Cities & Mobility é trazer soluções para tornar as cidades brasileiras mais inteligentes, humanas e sustentáveis e, por isso, reunimos empresas de diversos segmentos de atuação e o poder público para que juntos viabilizem sinergias que promovam desenvolvimento” – Paula Faria, CEO da Necta – Conexões com Propósito, idealizadora do evento.

O evento tem 12 palcos simultâneos nas quais as seguintes temáticas serão abordadas por especialistas: cidades prósperas, cidades empreendedoras, cidades participativas engajadas urbanismo sustentável nas cidades, cidades conectadas, cidades resilientes e inclusivas, mobilidade para as pessoas, mobilidade ativa, mobilidade compartilhada, veículos elétricos, data analytics e tendências, conectividade e integração.

Além de rodadas de negócios e workstations, o Connected Smart Cities & Mobility conta com a participação de empresas líderes em soluções inteligentes para mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, educação, saúde, segurança e empreendedorismo.

 

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Prêmio

Ainda durante o Connected Smart Cities & Mobility acontece também a premiação dos melhores projetos inovadores, orientados para a resolução de problemas das cidades e elaborados por pessoas jurídicas de direito público ou privado, com sede no Brasil.

Este ano, o prêmio está dividido em duas categorias: Negócios Pré-Operacionais, referindo-se a iniciativas que ainda não atingiram o break even e que estão sendo financiadas por investimentos e não pelo resultado das receitas e lucros gerados. A segunda categoria são Negócios em Operação, ou seja, produtos ou serviços que já tenham gerado receita para suas empresas e que estão plenamente disponíveis no mercado.

Na oitava edição, o prêmio é uma iniciativa da plataforma Connected Smart Cities & Mobility, da Necta, em parceria com a Neurônio Ativação de Negócios e Causas.

 

AirConnected

Simultaneamente ao Connected Smart Cities, a Necta organiza o AirConnected – Transporte Aéreo Resiliente, Flexível e Tecnológico, evento dedicado à cadeia do transporte aéreo para debater a colaboração entre os diferentes atores, com a finalidade de encontrar alternativas sustentáveis, considerando a necessidade de flexibilidade e adequação de todos os envolvidos.

Em 2022 o evento traz uma novidade: o lançamento do Connected Urban Air Mobility (CUAM), conectando as novas soluções de mobilidade aérea, como eVTOLs e aeronaves regionais elétricas, com a discussão da cadeia de transporte aéreo, de cidades e mobilidade urbana, eventos simultâneos e complementares ao CUAM.

Em 2021, o Connected Smart Cities & Mobility e o AirConnected reuniram mais de 300 palestrantes e, aproximadamente, 600 pessoas no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, além de 2.400 acessos que foram registrados na plataforma de transmissão online.

 

SERVIÇO

8ª Connected Smart Cities & Mobility e Airconnected

Quando: 4 a 5 de outubro de 2022 (presencial) e 6 de outubro (digital).
Onde: Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
Inscrições: clique aqui.

Ônibus elétricos começam a ser testados em Curitiba

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Veículos vão circular pelas ruas da capital para avaliar experiência dos usuários e desempenho no transporte coletivo.

 

A real transição para uma mobilidade elétrica nas cidades precisa incluir veículos usados no transporte coletivo, como os novos modelos de ônibus elétricos que serão testados em Curitiba, a partir desta semana. Entre os dias 19 e 26 de setembro de 2022, os curitibanos e curitibanas poderão conhecer de perto como são os novos ônibus elétricos, que estarão circulando em cinco linhas – Campo Comprido/CIC, Jardim Ludovica, Detran/Vicente Machado, Campina do Siqueira/Batel e Campo Alegre.

A capital do Paraná pretende dar um salto de qualidade na mobilidade ativa e limpa com a entrada destes veículos na operação do transporte coletivo. O primeiro veículo desta fase de demonstração vai ser trazido pela fabricante chinesa Higer, operada no Brasil pela TEVX Motors, mas outros fabricantes também se preparam para trazer seus veículos à Curitiba.

A circulação dos novos ônibus elétricos pretende avaliar configurações de veículos, seu desempenho nos itinerários e a experiência dos usuários, e ainda vai permitir o treinamento de motoristas na nova tecnologia.

“Essa rodada de testes é a consolidação da construção de política pública de estímulo à uma nova matriz energética para o transporte coletivo. Temos um compromisso com o futuro da cidade, alinhado aos desafios do combate aos riscos climáticos. É a construção da mobilidade limpa para Curitiba e seus cidadãos”, observa Luiz Fernando Jamur, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc), responsável pela articulação com os parceiros para a realização dos testes, juntamente com a Urbs.

 

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A demonstração foi viabilizada como um marco para a chegada dos veículos para testes, nos termos do chamamento público feito pela Prefeitura. Todo o processo conta com o apoio de parcerias com diferentes atores do segmento, como o Projeto TUMI E-Bus Mission, que reúne entidades de fomento à eletromobilidade no mundo – WRI, 40Cities e GIZ.

A demonstração foi viabilizada como um marco para a chegada dos veículos para testes, nos termos do chamamento público feito pela Prefeitura. Todo o processo conta com o apoio de parcerias com diferentes atores do segmento, como o Projeto TUMI E-Bus Mission, que reúne entidades de fomento à eletromobilidade no mundo – WRI, 40Cities e GIZ.

A empresa já colaborou para a transição energética da frota de importantes capitais da América Latina, como Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia). Agora a empresa participa do processo em cidades inteligentes brasileiras, como Curitiba.

 

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Vantagens

A eletromobilidade no transporte coletivo reduz a emissão de poluentes gerados pelo uso de combustíveis fosseis e ruído urbano, com impacto direto na saúde e na qualidade de vida do cidadão. No dia a dia, o usuário também é beneficiado pelo conforto dos veículos, equipados com ar-condicionado, mais espaço entre as poltronas e com avançados sistemas de segurança. O ônibus da Higer tem autonomia para rodar 270 quilômetros, capacidade para 89 passageiros – na configuração feita para Curitiba – e recarrega em até três horas.

Além de imprescindível para o enfrentamento das cidades às mudanças climáticas, a transição para ônibus elétricos representa um salto de qualidade para o setor”, afirma Cristina Albuquerque, gerente de Mobilidade Urbana do WRI Brasil. “O TUMI E-Bus Mission quer acelerar a eletrificação do transporte coletivo em centenas de cidades do mundo, e Curitiba é uma das 20 cidades que recebem apoio aprofundado para liderar esse processo. Apresentar a tecnologia à população é um marco importante”, conclui.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: CicloVivo
Imagens: Divulgação

Tembici anuncia compromisso de implementar pelo menos 10 mil bicicletas no sistema

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Somente nos primeiros meses deste ano, a startup já registrou cerca de 7 milhões de deslocamentos realizados pelos usuários com as bikes

 

Ontem, 03 de junho, Dia Mundial da Bicicleta e semana do meio ambiente, a Tembici – líder em tecnologia para micromobilidade na América Latina – anunciou o compromisso de implementar pelo menos mais 10 mil bikes compartilhadas em seus sistemas até o fim de 2022. Um dos principais objetivos é continuar fomentando práticas ESG com os deslocamentos por meio da mobilidade ativa e, como parte dessa meta, a startup, em parceria com a Associação Transporte Ativo, organização da sociedade civil voltada para qualidade de vida através da utilização de meios de transportes à propulsão humana, cria o “Vai Longe”, programa de aceleração de projetos que vai promover e estimular o uso da bicicleta nas cidades.

A Tembici é a empresa líder de micromobilidade na América Latina, responsável por mais de 50 milhões de deslocamentos com bicicletas nas principais capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília, além de Santiago, no Chile, e Buenos Aires, na Argentina. Destaque da categoria Mobilidade no “Melhores do ESG” da Exame (2021), ao longo dos últimos anos a empresa acompanhou o aquecimento do setor de micromobilidade no mundo e, devido ao seu modelo de negócio e qualidade do produto, registra crescimento sólido e contribui diretamente para consolidar a bicicleta como um modal de transporte nas cidades em que atua.

Somente em 2020, a empresa registrou mais de 4 mil toneladas de CO2 economizados s pelos usuários pedalando as as bikes, que se fossem emitidos seria necessário o plantio de aproximadamente 30 mil árvores.  Com o compromisso ESG, a Tembici praticamente dobrará de tamanho até o final do próximo ano. Para isso, há uma grande aposta na expansão do número de  estações – chegando em novas regiões e cidades, como Brasília, continuar investindo fortemente em tecnologia, além do acréscimo substancial no número de bicicletas e e-bikes – os modelos elétricos lançados em setembro de 2020.

 

“Neste mesmo dia, no ano passado, anunciamos uma rodada série B de 47 milhões de dólares que vem possibilitando, desde então, a expansão dos projetos, a implementação de bikes elétricas e as diversas melhorias em tecnologia. Somente nos primeiros meses deste ano, já tivemos cerca de 7 milhões de deslocamentos realizados pelos nossos usuários com nossas bicicletas, o que nos motiva ainda mais a continuar investindo no desenvolvimento de cidades inteligentes e na revolução que sempre acreditamos”, declara Tomás Martins, CEO e co-fundador da Tembici.

 

Nos últimos meses a Tembici disponibilizou mais de 1.000 bicicletas elétricas em seu sistema. Dessas, cerca de 500 foram destinadas para o sistema Bike Rio e as demais para o iFood Pedal, em São Paulo, onde são utilizadas por cicloentregadores. Após um mês de operação, em constante crescimento, o projeto já havia registrado, em um mesmo dia, mais de 3 mil viagens e em fevereiro deste ano, o recorde foi batido, com 4 mil viagens em um único dia, um crescimento de 45% do número de viagens desde o lançamento no fim de setembro.

A bike elétrica expande a possibilidade de uso diário, uma vez que facilita deslocamentos mais longos, com menos tempo e em diferentes relevos, exigindo menos esforço de quem pedala. Também por esta razão, ela permite a muitas pessoas, que antes combinavam diferentes modais em seus trajetos, usar agora apenas a bike para se locomover, resultando também em economia financeira.

 

Inscrição no Programa de Aceleração

No site do programa as pessoas, físicas e jurídicas, têm acesso a todas as informações do “Vai Longe” e podem submeter seus projetos até o dia 20/06. Além do cumprimento dos requisitos de documentação e adequação ao escopo de atuação, serão utilizados para os critérios de avaliação: Viabilidade técnica, Viabilidade financeira, Diversidade e Acessibilidade, Potencial de impacto, Sustentabilidade, Criatividade e Inovação.

Serão considerados no processo de seleção, projetos que coloquem a bike como protagonista, seja por meio de educação e conscientização no trânsito, promoção direta ao uso do modal ou até mesmo projetos de estudos e pesquisas para disseminação de conhecimentos sobre mobilidade urbana.

“Da mesma forma que a Tembici nasceu de um trabalho universitário de conclusão de curso acreditamos muito no potencial de projetos que podem ampliar o uso da bike e queremos dar a oportunidade de saírem do papel e fazerem a diferença para as cidades”, complementa Tomás.

Zé Lobo, Diretor Executivo da Transporte Ativo, acredita e valoriza projetos que tenham impacto sustentável e que promovam a democratização da bicicleta e a inclusão. “Em um momento como o que estamos vivendo, repleto de desafios e em busca de soluções, a bike tem ganhado protagonismo e melhorado a vida de muitas pessoas que dependem do modal para deslocamentos e até como fonte de renda. O mercado da magrela cresceu 26% na pandemia. O “Vai Longe” traz incentivo fundamental para a mobilidade e para quem busca uma chance de inserir projetos incríveis no mercado. É uma honra estar mais uma vez junto à Tembici em uma nova parceria em prol da mobilidade ativa”, afirma

Para selecionar os projetos, o comitê será formado por especialistas da Tembici e da Transporte Ativo, uma organização da sociedade civil, voltada para a promoção do uso da bicicleta e outros modos ativos. Desde 2003 buscamos levantar dados e fatos para que se torne cada vez mais fácil planejar e circular de bicicleta em nossas cidades.

 

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Fonte: VCPR Brasil
Imagem: Divulgação

Mobilidade sustentável e logística a favor da natureza

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Como grande vilão na batalha contra a natureza, o transporte vem passando por muitas mudanças, desde a mobilidade sustentável urbana até soluções efetivas para grandes frotas.

 

Os veículos estão na lista dos maiores poluentes do planeta com o processo de queima e evaporação de combustível. De acordo com os dados do SEEG, os transportes de cargas e passageiros, foram responsáveis pela emissão de cerca de 196,5 Mt de CO², em 2019. Algumas mudanças já foram adotadas, como o uso de biocombustíveis (livres de CO²) e os veículos elétricos, e outras estão a caminho como o programa de controle da poluição do ar para veículos pesados (Proconve). No entanto, quando falamos em empresas com grandes frotas é preciso tempo para reestruturação econômica e adaptação, o que não significa continuar poluindo.

Segundo Daniel Schnaider, especialista em tecnologias disruptivas e CEO da Pointer by Powerfleet Brasil, líder mundial em soluções de IoT para redução de custo, prevenção de acidentes e roubos em frotas, soluções como a Pointer SmartSaver foram desenvolvidas para que a redução de combustível atingisse o equilíbrio em todos os seus pilares: social, econômico e ecológico. Com o uso da IoT, a solução é capaz de economizar cerca de 26% de combustível por mês, em uma frota de 8 mil veículos. A redução de poluentes segue o mesmo número.

 

“Embora frotas sustentáveis sejam uma demanda essencial e muito desejada, nem todas empresas conseguirão fazer a transição, principalmente em meio à crise. Trocar dezenas de milhares de veículos de alto custo para suas versões elétricas de uma única vez é inviável. Isso requer tempo e muito investimento. Mas não por isso a sustentabilidade deve ser uma premissa descartada, pelo contrário. É possível inclui-la no planejamento de redução de custos. Não é necessário esperar pelo elétrico para ajudar o meio ambiente. Podemos revolucionar a gestão de frotas e veículos sustentáveis no mundo agora mesmo.” – Daniel Schnaider, CEO Pointer by PowerFleet Brasil, líder mundial em soluções de IoT.

 

Ainda, no conceito de sustentabilidade o uso da tecnologia prevê manutenções preventivas aos veículos e rotas otimizadas. A inteligência artificial do driver feedback, em tempo real identifica padrões não desejados como ultrapassagem em faixa contínua, alta velocidade, direção com celular, falta de respeito ao pedestre e até mesmo distância segura do veículo da frente, evitando freadas bruscas e desgaste desnecessário dos pneus.

 

Pointer by Powerfleet Brasil

A multinacional de origem israelense iniciou operações em 1994 e está presente no Brasil desde 2010. Em 2019, foi adquirida pela norte-americana PowerFleet®. A companhia é especializada no desenvolvimento de ferramentas, serviços e tecnologias para gestão inteligente de frotas de empresas e locadoras, com foco em soluções de telemetria. Além de possibilitarem uma redução de custos em torno de 20%, seus produtos proporcionam o monitoramento remoto dos veículos, diminuindo a incidência de fraudes, desvios de conduta e roubo de cargas. Com mais de 3 milhões de produtos de telemetria vendidos reúne mais de 50 mil carros, motocicletas, caminhões e implementos rodoviários rastreados no Brasil e 600 mil no mundo.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte Pointer by Powerfleet Brasi
Imagem: Tomáš Malík