ONU-Habitat lança guia prático para espaços urbanos

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Publicação é dividida em cinco temas que destacam aspectos desejáveis para uma vida urbana mais sustentável e resiliente

 

O Laboratório Urbano UN-Habitat publicou “My Neighborhood”, uma publicação que oferece uma lista de princípios de projeto urbano com o objetivo de criar cidades mais sustentáveis e resilientes. Contendo ações aplicáveis ​​à escala do bairro, o guia se dedica a apresentar uma abordagem integrada que responde a setores-chave, como transporte, iniciativas urbanas locais, moradia, espaços públicos, serviços públicos e outros.

 

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Fossgate em York / Fotografia: cktravels.com

 

A publicação da ONU-Habitat é dividida em cinco temas, cada um destacando aspectos desejáveis ​​da vida urbana: Cidade Compacta, Cidade Conectada, Cidade Inclusiva, Cidade Vibrante e Cidade Resiliente. Oferece princípios acionáveis ​​para ajudar atores urbanos-chave a colaborar e projetar soluções em escala local. O objetivo final da publicação é ajudar a criar bons bairros, entendidos como áreas que proporcionam um ambiente propício para uma melhor qualidade de vida para todos. A escala do bairro garante um impacto máximo dessas estratégias, sem perder de vista os sistemas da cidade que alimentam o bairro.

Juntos, esses capítulos cobrem uma diversidade de indicadores espaciais, como forma, distribuição, proximidade, diversidade, intensidade e conectividade. Em vez de criar uma abordagem linear que divide os assuntos em categorias isoladas, o guia visa conectar as dimensões espaciais de bairros, ruas, espaços abertos e unidades de construção, e destacar como essas características desejáveis ​​funcionam em todas as escalas e dependem umas das outras.

 

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O guia visa ser usado como um banco compartilhado de princípios, oferecendo também uma matriz digital interativa para servir como base para conversas. É dirigido a profissionais de planejamento, urbanistas, especialistas setoriais, grupos da sociedade civil, acadêmicos e representantes governamentais e ONGs. Pode ser usado para iniciar iniciativas interdisciplinares que envolvam grupos comunitários e criar responsabilidade para todos os atores envolvidos.

 

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Programa de Renovação de Habitação – Bairro Mugica – Bueno Aires / Fotografia: cortesia Special Projects Unit Barrio Padre Carlos Mugica

 

Várias outras iniciativas semelhantes se esforçam para ajudar líderes comunitários a criar espaços mais equilibrados, inclusivos e resilientes, com programas diversos voltados para reconsiderar o design apropriado das ruas, criar novos modelos de habitação coletiva ou repensar espaços públicos para receber categorias populacionais negligenciadas. Da mesma forma, em colaboração com a Associação Nacional de Serviços de Saúde, o Heatherwick Studio lançou a iniciativa Heath Street, um guia para repensar ambientes clínicos tradicionais e reimaginar como olhamos para o bem-estar e aspectos de saúde holística da vida urbana. Outras táticas mais subversivas para proteger a comunidade local podem incluir formas disruptivas de arte pública, como grafite de rua e a proteção de espaços para protestos.

Casa e Mercado promove Ciclo de Palestras na Belas Artes

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Ciclo de Palestras promovido pela CM pretendeu fomentar aprendizados aos alunos do Centro Universitário Belas Artes e permitir um diálogo aberto entre bem sucedidos escritórios do cenário atual e futuros profissionais.

 

Na primeira quarta-feira do mês de dezembro, a Casa e Mercado promoveu, junto ao Centro Universitário Belas Artes, um ciclo de palestras destinadas aos alunos sobre os seguintes assuntos: Arquitetura, Urbanismo e Design. A ocasião contou com a especial participação do estúdio ACIA Arquitetos e dos escritórios BLOCO Arquitetos e TRIPTYQUE Architecture. No final de cada apresentação foi aberto um bate-papo para perguntas e respostas no momento presente, enriquecendo a experiência dos alunos e palestrantes.  

Em síntese, os principais assuntos abordados pelos primeiros profissionais em palco, da ACIA Arquitetos, navegaram sob o tema “O Futuro das Cidades”. Fabio Aurichio e Ricardo Baddini, Sócios-fundadores do estúdio, iniciaram a apresentação comentando sobre como o período pandêmico do Covid-19 afetou a convivência humana e transformou o cenário atual urbano, sinalizando que se estabeleceu em sociedade um certo “efeito pendular” (ficar indo de um ponto ao outro). A apresentação dos arquitetos então sugeriu algumas ideias e reflexões sobre como melhorar esse impasse e assim regenerar a comunidade, colocando a cidade como fomentadora de integrações. A policentralidade também foi levada em pauta como um modelo humano – a cidade de 15min, o Plano de Paris: viver, trabalhar e prosperar sem grande deslocamento.

“As cidades devem se adaptar às pessoas, transformando os espaços em “placemaking” – que significa criar lugares, mas o conceito vai muito além dos espaços físicos. Essa abordagem tem o objetivo de transformar bairros, cidades e regiões. E o foco dessa transformação é a conexão entre as pessoas, ou seja, o futuro das cidades é pelo caminho da humanização!” –  Fabio Aurichio, sócio-fundador da ACIA Arquitetos. 

 

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Logo em seguida, o escritório BLOCO Arquitetos, formado pelo trio Daniel Mangabeira, Matheus Seco e Henrique Coutinho, discutiram sobre questões de  “Processo e Identidade”. Diante disso, apresentaram cases singulares, esmiuçando projetos e técnicas utilizadas na elaboração de cada um deles. Dentre alguns destaques, o sistema “Off Grid” – sistema isolado e autônomo que tem como principal característica o “auto sustento”, ou seja, um sistema não conectado à rede elétrica que armazena a energia solar excedente em baterias para ser utilizada quando não houver outro meio de produção; e a “Fossa Ecológica” – um sistema de tratamento de esgoto que utiliza processos naturais para a decomposição da matéria orgânica sendo uma alternativa à fossa séptica, que utiliza produtos químicos para o tratamento do esgoto. 

O projeto da Casa Bacuri, que pertence a Mariana Siqueira, foi um dos mais detalhados pelos sócios. Os arquitetos relataram os desafios de criação, trazendo aos espectadores um pouco das soluções elaboradas às demandas solicitadas. O ideal, por exemplo, era conseguir manter as árvores do local e otimizar os recursos disponíveis, como criar uma estrutura de madeira laminada para coletar a água da chuva, que posteriormente teria usos diversos. “Tivemos a ideia de dar o nome à casa de Bacuri, que faz referência a uma planta do cerrado, por ser muito resistente”, explicaram. 

“Uma coisa que a gente tenta é não chegar com uma ideia pré concebida. Queremos primeiro entrar no lugar, sentir o lugar, pois ele é que orienta nosso trabalho. As ideias são projetos que não tenham o que ser tirado deles, ou seja, os princípios continuam sendo os mesmos, de repetição e adaptação de linguagem.” – BLOCO Arquitetos

 

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Por fim, foi a vez da TRIPTYQUE Architecture que trouxe como tema central “O Vocabulário Sustentável”. Gustavo Panza, diretor de Arquitetura do escritório, apresentou a história da arquitetura e da própria TRIPTYQUE, apontando estratégias e modificações que ocorreram com o tempo. Para conduzir a conversa no momento atual, foram citadas teorias e dados de pesquisas, apontando características e singularidades da Arquitetura Européia e Brasileira. Gustavo contou sobre como sua experiência no “Xingu” o ensinou a trabalhar com elementos mais sustentáveis e os desafios de aplicar tais conceitos. Dentre alguns projetos que melhor ilustram as premissas do escritório, Edifício De Uso Misto, Conjunto Modular e Conjunto Multifamiliar,  destacou o retrofit na Cidade Matarazzo.

“As cidades foram sendo geradas com discrepância e mal planejamento fazendo com que haja uma forte resiliência à natureza. Por isso, realmente procuramos meios mais sustentáveis.” –  Gustavo Panza, diretor de arquitetura da TRIPTYQUE Architecture. 

 

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Por Redação
Imagens: Phoética

 

Jogo de tabuleiro com soluções urbanas é lançado no Catarse

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“Trilhas Urbanas” diverte enquanto estimula a cooperação para resolução de problemas, a construção de cidadania e o debate de políticas públicas.

 

Vencedor do 5o Prêmio de Design do Instituto Tomie Ohtake (2023), o Trilhas Urbanas é um jogo de tabuleiro no qual, a cada passo, os jogadores mudam o futuro da cidade, une divertimento, imaginação e soluções urbanas avançadas. Para garantir sua produção, a Pistache Editorial está em um financiamento coletivo pela plataforma Catarse. A campanha fica aberta até 10 de outubro. O Trilhas Urbanas tem design de jogo de autoria da urbanista e arquiteta Beatriz Martinez e ilustrações de Bruna Martins.

 

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Enquanto um jogador cria desafios que podem acontecer no território-tabuleiro, os outros participantes precisam encontrar as soluções nas cartas que têm nas mãos – e que cartas! O jogo traz, em suas cartas de soluções, o que há de mais inovador em temas como mobilidade urbana, meio ambiente, patrimônio histórico, cultura, espaços de brincar na cidade, entre outros. Todas as soluções são baseadas em ferramentas implementadas e testadas por urbanistas de vanguarda pelo mundo.

O jogo foi testado durante 3 anos e passou por 2 protótipos. Foi utilizado em processos participativos com crianças, em jogatinas com a família, em eventos de jogos com adultos. É uma ótima pedida para escolas, na discussão sobre temas urbanos.

Pensado para crianças a partir de 7 anos, a mecânica de jogo valida o conhecimento dos participantes e ajuda o grupo a se desenvolver e a pensar junto sobre questões da vida real. Ao mesmo tempo em que é divertido, o Trilhas Urbanas promove a reflexão de forma natural e instigante. “Eu aprendi muito com esse jogo porque inventei soluções para os problemas da cidade que eu nem imaginava que podiam ser resolvidos. Mesmo os desafios mais difíceis, quando pensamos juntos, chegamos numa boa solução. Além disso, comecei a pensar no que posso fazer para melhorar a praça aqui na frente do CCA”, contou Pedro, 12 anos, que participou de uma partida em um processo participativo em São Paulo conduzido pelo CoCriança, parceiro implementador do jogo.

 

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Tabuleiro: caminho que se cria

O tabuleiro do Trilhas Urbanas é formado por 9 peças: a casa (início), a escola (fim) e 7 territórios que devem ser selecionados no início da partida, de acordo com a escolha dos jogadores – é nesses territórios que os desafios acontecem e as soluções serão aplicadas.

No processo de desenho do tabuleiro, Beatriz Martinez chegou a um formato curvo. “As peças tortuosas do tabuleiro representam uma forma de sair do quadro, de romper a margem, de se enveredar pela cidade e por um caminho que nunca é reto”, explica Beatriz.

Por isso, também, o formato do tabuleiro proporciona diversas formas de montagem: a partir da experiência dos jogadores, pode-se selecionar os territórios onde os desafios irão acontecer, e montar da forma que mais fizer sentido para o grupo. As ilustrações contribuem com cor, movimento e diversão – e, não importa a forma de montagem, as ilustrações sempre se encaixam.

Os sete territórios são: avenida, praça, escadaria, rua comercial, patrimônio histórico, rio e praia.

 

Mecânica do jogo

É o jogador da vez, com os dados de ícones, que formula o desafio que será enfrentado pelos outros participantes. Por isso, cada rodada tem uma história diferente para ser solucionada.

Já os outros jogadores buscam em suas cartas de solução a melhor ferramenta para o desafio proposto – e precisam defendê-la com bons argumentos, pois todos os jogadores votam na melhor solução. Cada voto é transformado no número de casas que o jogador irá andar. Quem chegar primeiro ao final do tabuleiro é o vencedor. “É um jogo divertido para pensar em soluções que podem virar realidade. A gente usa muito a criatividade, brincando”, conta João, 10 anos, que jogou o Trilhas Urbanas na fase de testes.

Mas o jogo é semicooperativo: há sempre dois problemas gerais da cidade que precisam ser solucionados na partida, e só há um vencedor se todos, em parceria, puderem resolver esses problemas durante o jogo.

 

O financiamento coletivo

Para tornar o jogo realidade, a Pistache Editorial vai iniciar um financiamento coletivo, de 29 de agosto a 10 de outubro. É possível apoiar com contrapartidas a partir de 45 reais. A contrapartida que inclui o jogo é de 245 reais (nas primeiras 48 horas, o jogo estará com desconto, saindo a R$ 220). Há também opções de kits de jogos para escolas e uma opção inovadora: a recompensa “Apoie uma escola” – nela, o apoiador pode escolher ou sugerir uma escola pública para receber um kit de jogos e debate.

Principais características:

• Fomento à cooperação para resolução de problemas

• Estímulo à cidadania e ao direito à cidade

• Fomento ao debate de políticas públicas

• Tomada de decisão para a construção de cidades mais humanas

• Proporciona um ambiente lúdico e criativo de aprendizado urbanístico

• A cidade como cenário para diferentes disciplinas escolares, baseando-se nas habilidades da BNCC (Base Nacional Comum Curricular)

• Introduz os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) de forma lúdica, mas aplicado em contexto real e cotidiano

• Design e mecânica de jogo vencedores de prêmios: Projeto vencedor do 5o Prêmio Design Tomie Ohtake

 

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SERVIÇO – TRILHAS URBANAS

Tipo Jogo de tabuleiro
Idade A partir de 7 anos
Número de jogadores 3 a 4 (jogo base); 3 a 6 (jogo completo)
Design de jogo Beatriz Martinez
Ilustrações Bruna Martins
Publicação Pistache Editorial
Financiamento coletivo De 29 de agosto a 10 de outubro
Entrega dos jogos dezembro de 2023

Imagens: Divulgação Trilhas Urbanas

 

Guiados pelo sol

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Exaltando a produção artesanal brasileira, projeto representa, técnica, artística e conceitualmente, um trabalho de inclusão e cooperação.

 

Preservando a estrutura existente em eucalipto, o projeto para a Loja Farm, em Moema, previu integrar todos os espaços, adquirindo a amplitude arejada de uma casa de praia. A reforma da edificação já existente, de 247 m² de área construída, ficou sob os cuidados do escritório Rosenbaum Arquitetura e Design que, convidado pela marca, realizou algumas intervenções pontuais e agregou uma atmosfera criativa repleta de design autenticamente brasileiro ao local. 

O fio condutor central foi garantir que a integração não fosse apenas entre ambientes, mas que estimulasse a conexão também entre pessoas e natureza, trazendo a força do conhecimento ancestral e a habilidade do fazer a mão à curadoria de moveis e objetos, que contam a história de vários artesãos, artistas populares e jovens designers. Os móveis criados por artistas populares da Ilha do Ferro, Alagoas, do nordeste do Brasil, às margens do rio São Francisco, são peças únicas que usam os movimentos dos galhos das arvores dos mangues, raízes e troncos, à exemplo. 

“A atmosfera criativa traduz a força do conhecimento ancestral e a habilidade do fazer a mão, em total integração com elementos da natureza, como a madeira o algodão, a palha e a cerâmica. Trabalho de grandes mestres, cujas obras têm valor artístico e estético, e representam a sabedoria popular, colocando nosso país entre os mais expressivos produtores de arte no mundo.” – Rosenbaum Arquitetura e Design

 

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O projeto da estrutura teve consultoria do doutor e professor Yopanan Rebello, especialista em concepção estrutural para arquitetura, que em parceria com a arquiteta Helena Ruette e a engenheira Bruna Rocha projetaram a estrutura que suporta a cobertura em telhas com isolamento térmico, e recebe os lanternins e coberturas translúcidas. 

O espaço recebeu uma arara em bambu para suportar as roupas em exposição; uma estrutura que serpenteia pelo ambiente criando fluidez e harmonia com os revestimentos e texturas naturais, como o piso em tijolos e as paredes caiadas de massa feita com colher pela equipe de executores da Máximo engenharia. 

Os provadores, um destaque à parte, são grandes ocas tramadas em crochê de algodão, e derivam de um projeto social do estilista Gustavo Silvestre e do Projeto Ponto Firme, que oferece formação técnica em crochê para sentenciados da Penitenciária Desembargador Adriano Marrey, na cidade de Guarulhos.

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Compondo a iluminação do interior inundado de luz natural, um projeto luminotécnico propôs peças que banham as paredes com uma luz contínua e luminárias especiais, que presas às colunas de eucalipto estrutural criam braços para iluminar os produtos em exposição. No centro da loja circulam carrinhos de compras que substituem o balcão caixa, sacola de compras e balcão pacote, liberando o espaço físico e tornando mais dinâmica a experiência de compras.

 

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Na parte frontal, o antigo estacionamento de carros no recuo da loja foi ocupado por um jardim de mata atlântica que devolve para o espaço urbano uma pequena floresta, concebida e executada pelo paisagista e botânico Ricardo Cardim. A vitrine é uma sementeira que abriga os manequins em meio a uma produção de mudas de árvores da mata atlântica, semeadas em berços.

 

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POR Redação
IMAGENS Pedro Kok

Iniciativa vai criar primeira casa de alvenaria sustentável do Brasil

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Projeto de retrofit contará com materiais recicláveis, madeira de reflorestamento, água de reúso e energia solar; imóvel servirá de modelo para profissionais e estudantes de arquitetura e engenharia civil.

 

Uma iniciativa da Paulo Cardoso Comunicações, em parceria com empresas de arquitetura, de produção de madeira tratada, painéis de madeira, energia solar, de sustentabilidade, decoração e construção civil, vai transformar um imóvel na Grande São Paulo na primeira casa de alvenaria sustentável do Brasil. A obra faz parte do projeto intitulado “My Wood Home” e irá utilizar madeira de reflorestamento, além de água de reúso, entre outras soluções verdes.

O projeto é da Scali Wood+Arch, que reformará uma casa localizada entre os municípios de Jundiaí e Franco da Rocha, na Grande São Paulo. O imóvel, que tem cerca de 400 m² de área construída, passará a ter 450 m². O projeto prevê seis suítes, um espaço em conceito aberto com cozinha, sala de jantar e sala de tv, um deck, área gourmet, solarium, um lago, um escritório, uma lavanderia e uma adega, distribuídos entre pisos inferior, térreo e superior.

“Vamos fazer um retrofit, que é a modernização dessa casa, da década de 90. O projeto prevê uma construção híbrida, mesclando estruturas de madeira com vedações diversas. Um dos nossos objetivos é mostrar o quanto a madeira é prática, barata, confortável e sustentável” – Silvia Scali, arquiteta responsável pelo projeto.

 

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Segundo levantamento do Green Building, entre 2019 e 2021, o número de projetos com esta preocupação ambiental cresceu 22% no Brasil. O instituto ainda aponta que o Brasil já é o quinto país do mundo com mais construções no padrão ESG (sigla, em inglês, para práticas ambientais, sociais e de governança).

O projeto começou a ser idealizado ainda em 2008 após uma viagem do proprietário do imóvel, o jornalista Paulo Cardoso, CEO da Paulo Cardoso Comunicações e idealizador do congresso e do workshop My Wood Home, para a Argentina, onde conheceu projetos sustentáveis com madeira. A previsão é concluir a reforma até o final de 2023.

A ideia é que tanto o projeto de modernização quanto o imóvel sirvam de modelo para a construção civil brasileira, para as empresas parceiras do projeto poderem usar o espaço como um showroom e, principalmente, para que sejam realizados workshops para estudantes de arquitetura e engenharia civil.

 

Tendência

“Atualmente, todas as empresas precisam adotar um olhar mais atento para as práticas de ESG. A construção civil brasileira é exemplo de segmento que caminha na direção de projetos mais sustentáveis. Temos certeza de que essa iniciativa ajudará o mercado a entender ainda mais a importância da madeira nos projetos”, afirma Silvio Lima, especialista em madeiras e gerente da unidade industrial da Montana Química, multinacional brasileira parceira do projeto.

A parceria incluirá ajudar no tratamento e preservação da madeira de eucalipto roliço das estruturas, dos decks, das portas, das janelas e dos pisos. Por fim, a empresa também oferecerá as texturas e soluções de seu catálogo.

 

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O imóvel, que tem cerca de 400 m² de área construída, passará a ter 450 m².

 

 

 

by Kamy entrelaça arte e design na Casa Brasil Bicentenário Lisboa 2022

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Grife apresenta arazzos, tapeçarias e tapetes exclusivos durante evento que valoriza a presença brasileira em Portugal e comemora 200 anos da independência do Brasil.

 

A by Kamy representa o design têxtil brasileiro na Casa Brasil Bicentenário Lisboa 2022, entre 5 e 13 de novembro, em uma instalação montada na prestigiada Avenida Liberdade, número 12. A mostra é promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) em parceria com a Embaixada Brasileira na capital portuguesa, que convidaram marcas como a by Kamy para compor o espaço.

Além de destacar internacionalmente a arte o design do nosso país, o evento aproveita a ocasião do Bicentenário da Independência (1822-2022) para contar a história do desenvolvimento brasileiro em diversos setores, passando pelo agronegócio, indústria e serviços, além de trazer uma visão de futuro dos negócios e da brasilidade.

A instalação conta com a curadoria do arquiteto, designer e crítico Bruno Simões, profissional que também supervisionou o conceito, a narrativa, a escolha das marcas e das peças tal como na instalação brasileira do último Fuorisalone em Milão-ITA. Diante da responsabilidade de representar a tecitura brasileira em mais um palco internacional, a by Kamy selecionou peças exclusivas do seu acervo que abrangem três dos pilares sustentados pela marca nos últimos anos:

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Tapeçaria Arazzo Tarsila® Abaporu (1,37 x 1,20m), da by Kamy

 

Uma das artistas brasileiras mais reconhecidas mundialmente, Tarsila do Amaral® foi uma das principais entusiastas de um fazer artístico genuinamente brasileiro, pregando a valorização de uma identidade regional em meio à efervescência do movimento modernista brasileiro.

No ano em que celebramos o centenário da Semana da Arte Moderna de 1922, da qual Tarsila curiosamente não esteve envolvida diretamente, a by Kamy selecionou duas peças icônicas da artista, tecidas sob licença exclusiva, interpretadas em arazzos por meio de um minucioso processo de seleção de matérias-primas e confecção manual.

Os arazzos Tarsila® Religião Brasileira III (0,90 x 0,69m) e Tarsila® Abaporu (1,37 x 1,20m) representam o rico acervo da by Kamy Arte, que se propõe a conectar a brasilidade e a arte por meio do design têxtil.

 

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Arazzo Tarsila® Religião Brasileira III (0,90 x 0,69m), da by Kamy

 

 

by Kamy Verde

Da origem ao destino dos produtos, a by Kamy se preocupa com o impacto ambiental de cada escolha criativa que faz, engajando-se verdadeiramente nas questões de sustentabilidade e prezando pela produção de uma arte e design 360º. Para evidenciar toda esta capacidade criativa e sustentável da marca, desembarcam em Lisboa, também, três peças assinadas pelo designer Ricardo Centurione e uma pelo diretor artístico Kiko Maldonado.

Os designers desenvolveram as tapeçarias no galpão da by Kamy Verde, unidade criativa da grife que dá espaço e recursos para que designers e artesãos de diferentes gerações, pontos de vista, gostos e expertises, como é o caso desta dupla, troquem ideias, experimentem materiais e criem sem amarras. A partir da reutilização inovadora e responsável de fragmentos de tapetes, a by Kamy desenvolve novas peças únicas e exclusivas, como é o caso dos exemplares levados até a capital lusitana.

Traços limpos e lineares se tornaram a identidade de Centurione, que assina as peças Bela Vista 1 e Bela Vista 2, ambas com 95 cm de diâmetro, que podem ser utilizadas como tapetes ou tapeçarias em paredes. Elas interpretam a paisagem brasileira de formas sinuosas, com camadas e formas sobrepostas de maneira harmônica e fluída, trazendo cores e movimento para a cena.

 

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Tapetes/Tapeçarias Bela Vista 1 e 2 (ambos com 95 cm de diâmetro), da by Kamy

 

Adicionalmente, o designer também criou a tapeçaria Sabedoria Verde (1,22 x 1,82 mm), que parte da sabedoria emanada pela natureza, exaltando-a aos olhos quem a vê, tomando as árvores e as partes que formam esse todo vivo e eficaz como inspiração em particular.

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Tapeçaria Sabedoria Verde (1,22 x 1,82 m), da by Kamy

 

Kiko, por sua vez, exercita sua pop art atual a partir do uso de objetos impessoais, como fragmentos de tapetes, partindo do pressuposto que eles também são elementos culturais.

Com o tapete Flora, de dois metros de diâmetro, o experiente designer parte do costume de se dar nomes femininos inspirados em nomes florais, muito em conta da delicadeza e da beleza que evocam, para criar uma ode à primavera e à exuberância de cores, cor e vitalidade desta estação.

 

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Tapeçaria Sabedoria Verde (1,22 x 1,82 m), da by Kamy

 

 

by Kamy Jovem

Com o olhar atento ao futuro do design e crente que a essência da brasilidade vai muito além do território nacional e inclusive dos próprios brasileiros, a by Kamy leva até o Casa Brasil Bicentenário Lisboa 2022 o tapete Dhurie Geometria Florentinas, assinado pelo jovem designer italiano Fabio Fanfani, na cor Mix Rust e 2,60 x 1,50m.

O desenho foi criado em parceria com a by Kamy para ser apresentado durante a Semana de Design de São Paulo, ganhando a partir dali novas interpretações a partir das técnicas e materiais empregados, sendo produzido hoje como Kilim, Dhurie e Tear – o que denota a capacidade e expertise técnica da marca.

A peça apresenta a tradicional geometria arquitetônica da italiana Florença e sua conexão com o Brasil, país visto no mundo todo como um símbolo de alegria, miscigenação, harmonia e beleza natural, aliando a transfiguração cartesiana com a hereditariedade do design.

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Tapeçaria Sabedoria Verde (1,22 x 1,82 m), da by Kamy

 

 

Relatório de EMF com a ONU revela que metas contra poluição plástica até 2025 estão se tornando inatingíveis

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Aceleração urgente no combate à poluição plástica é necessária para atingir metas até 2025.

 

O compromisso de usar apenas embalagens plásticas reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025 provavelmente não será cumprido, de acordo com o último relatório de progresso do Compromisso Global por uma Nova Economia dos Plásticos.

Progresso mensurável está sendo feito em relação ao Compromisso Global, mas o uso de embalagens flexíveis e a falta de investimento em infraestrutura de coleta e reciclagem significam que a meta de embalagens plásticas 100% reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025 está se tornando inatingível para a maioria das empresas signatárias.

O relatório de progresso do Compromisso Global de 2022 – produzido pela Fundação Ellen MacArthur e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – também destaca:

  • A utilização de conteúdo reciclado em embalagens plásticas continua a aumentar fortemente, tendo duplicado nos últimos três anos
  • Mais da metade das empresas signatárias reduziram o uso de plástico virgem desde 2018, mas o uso geral entre o grupo aumentou em 2021, voltando aos níveis de 2018
  • A parcela de embalagens plásticas reutilizáveis diminuiu ligeiramente para uma média de 1,2%

 

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Quatro anos após o lançamento do Compromisso Global para uma Nova Economia dos Plásticos, o relatório anual de 2022 mostra que o progresso varia de acordo com o grupo signatário.

A parcela de conteúdo reciclado pós-consumo aumentou de 4,8% em 2018 para 10,0% em 2021. Embora tenha levado décadas para as empresas atingirem a marca de 5%, os signatários do Compromisso Global duplicaram para 10% em apenas três anos.

Marcas e varejistas devem continuar a aumentar exponencialmente seu uso de conteúdo reciclado se quiserem atingir a meta agregada de 26% até 2025. Embora algumas empresas parecem estar a caminho de superar sua meta, outras precisarão acelerar significativamente esse uso para atingi-las.

Desde 2018, mais da metade – 59% – das marcas e varejistas reduziram o uso de plástico virgem. No entanto, no ano passado, os aumentos de alguns dos maiores usuários de embalagens plásticas resultaram em um aumento geral de 2,5%, revertendo as quedas observadas em 2019 e 2020.

A razão pela qual algumas empresas não atingiram o pico de utilização de plástico virgem é devido ao aumento no uso total de embalagens plásticas. Isso reforça a necessidade de as empresas dissociarem o crescimento do uso de embalagens plásticas.

Em 2021, as primeiras marcas globais anunciaram metas quantitativas para aumentar a adoção de embalagens reutilizáveis. No entanto, 42% dos signatários ainda não introduziram nenhum modelo de reutilização em suas estratégias de embalagem.

 

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Muitas empresas têm investido em maneiras de alcançar 100% de reciclabilidade técnica para embalagens plásticas rígidas, mas o benefício desse investimento está sendo sufocado pela infraestrutura inadequada de coleta e triagem em todo o mundo. Embalagens plásticas flexíveis, como sachês e películas, representam um problema significativo. A dificuldade de reciclá-los – na prática e em escala – é uma das principais razões pelas quais a maioria das empresas não alcançarão sua meta de usar apenas embalagens plásticas reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025.

 

“O Compromisso Global continua a fornecer transparência sem precedentes sobre como as principais empresas estão lidando com a crise da poluição plástica. As últimas descobertas demonstram a necessidade de intensificar urgentemente os esforços – tanto de empresas quanto de governos. São necessários planos viáveis e ambiciosos das empresas para dimensionar a reutilização, lidar com a questão das embalagens flexíveis e reduzir a necessidade de embalagens descartáveis. Os governos devem tomar medidas para ajudar a acelerar o progresso. Paralelamente, devemos trabalhar para estabelecer um tratado global ambicioso para acabar com a poluição plástica. Organizações como a recém-lançada Coalizão Empresarial para um Tratado Global de Plásticos – convocada pela Fundação Ellen MacArthur e a WWF – estão aqui para ajudar os governos a aproveitar essa oportunidade única em uma geração”. – Sander Defruyt, líder da Iniciativa de Plásticos da Fundação Ellen MacArthur.

 

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Os signatários governamentais do Compromisso Global agora representam um bilhão de pessoas. Mais de 500 empresas, governos, ONGs e outras organizações se alinharam em torno de uma visão comum de uma economia circular para plásticos. A Fundação Ellen MacArthur e o PNUMA continuarão trabalhando com os signatários para ajudar a enfrentar a crise da poluição plástica.

Marcas e varejistas têm o potencial de oferecer uma contribuição positiva e significativa para enfrentar a crise da poluição plástica. Para isso, eles devem adotar estratégias ambiciosas para ampliar as estratégias de reutilização, inovando para além de embalagens plásticas flexíveis sempre que possível e reduzindo o uso de embalagens de uso único. A reciclagem por si só não é suficiente para parar o fluxo de poluição plástica.

Em todo o mundo, o apoio do governo a uma ferramenta internacional e juridicamente vinculativa para enfrentar a crise continua a crescer. No entanto, é necessária uma aceleração significativa dos esforços políticos para ajudar a resolver o problema e a transição para uma economia circular para plásticos.

 

“A transparência proporcionada pelo Compromisso Global nos ajuda a entender o quão grande é a lacuna que ainda precisamos preencher. É claro que grandes desafios permanecem à medida que as empresas buscam cumprir o Compromisso Global. À medida que os países iniciam negociações para uma estratégia global para acabar com a poluição plástica, o Compromisso Global fornece uma estrutura importante para ajudar a acelerar as ações de combate à poluição plástica. Ao aderir ao Compromisso Global e engajar no início do processo, os governos podem identificar áreas prioritárias para acabar com a poluição plástica de forma eficaz e acelerar o progresso. Nesse sentido, temos o prazer de ver que 34 governos nacionais e subnacionais adicionais em diferentes continentes se comprometeram a aderir ao Compromisso Global desde o início de 2022.” –  Inger Andersen, Diretor Executivo, PNUMA.

 

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SOBRE O COMPROMISSO GLOBAL

O Compromisso Global por uma Nova Economia dos Plásticos, coordenado pela Fundação Ellen MacArthur em conjunto com o Programa para o Meio Ambiente da ONU, une empresas, governos e outras organizações com perspectivas e metas em comum, visando solucionar o desperdício e a poluição de plástico e poluição na sua origem. Os signatários do Compromisso trabalharão para eliminar os itens de plástico que não precisamos; inovar para que todos os plásticos que precisamos sejam reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis; e circular tudo o que usamos, mantendo os materiais dentro da economia e fora do meio ambiente.

Desde seu lançamento, em 2018, mais de 500 signatários se comprometeram a manter os plásticos na economia circular e fora do meio ambiente, incluindo empresas que representam 20% da produção global de embalagens plásticas. Todas as empresas e governos signatários se comprometeram com metas ambiciosas para 2025 e relatar publicamente seus resultados todos os anos.

Para mais informaçõesemf.org/global-commitment | @circulareconomy

 

SOBRE O PROGRAMA PARA O MEIO AMBIENTE DA ONU

O PNUMA é a principal voz mundial sobre o meio ambiente. Ele proporciona liderança e incentiva parcerias com o objetivo de cuidar do meio ambiente inspirando, informando e permitindo que as nações e as pessoas melhorem sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações.

Mais informações: unep.org | @UNEP

 

 

 

 

Impressão 3D – Parede de solo vivo

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

Universidade de Virgínia desenvolveu uma nova tecnologia na área de bioconstrução: Parede de solo vivo que brota vegetação.

 

Uma nova pesquisa da Universidade de Virgínia (UVA), nos Estados Unidos, criou um método de impressão 3D que une a estrutura de edifícios com a vegetação. A matéria prima utilizada para a construção é basicamente solo local (terra) e sementes. A nova tecnologia é inédita na área de bioconstrução. O método permite a construção de elementos como paredes e telhados verdes, que funcionariam como isolantes naturais, absorvendo a água da chuva e proporcionando espaços verdes para pessoas, animais e polinizadores.

Para responder à – Por que temos que fazer com que a estrutura ou o edifício seja separada da natureza em que se encontra?” – o professor Ji Ma, na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da UVA, criou um grupo interdisciplinar dentro da universidade com acadêmicos de diversas áreas para, junto, eles desenvolvem um protótipo que comprovou que a impressão 3D de estruturas feitas de solo e sementes é possível de ser feita.

Usando uma impressora 3D do tamanho de uma mesa, o time explorou duas abordagens: em uma, imprimiram o solo e as sementes em camadas sequenciais; na outra, misturaram as sementes ao solo antes de imprimir. Segundo os pesquisadores, ambos os procedimentos deram certo.

 

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

 

A equipe então propôs criar estruturas com geometrias mais complexas, como cúpulas. Os pesquisadores testaram como o material sai da ponta da impressora (ou bocal), em um processo chamado ‘extrusão’. Não foi utilizado nenhum aditivo à mistura do solo.

Os resultados revelaram que as estruturas do solo impressas em 3D podem suportar o crescimento das plantas, mas provavelmente seriam limitadas a plantas que podem sobreviver com pouca água.

“Estamos trabalhando com solos e plantas locais misturados com água; a única eletricidade que precisamos é para mover o material e fazer funcionar uma bomba durante a impressão. Se não precisarmos de uma peça impressa ou se não tiver a qualidade certa, podemos reciclar e reutilizar o material no próximo lote de tintas”, disse Ehsan Baharlou, professor na Escola de Arquitetura da UVA que também participou da pesquisa.

 

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

 

 

Escolha das sementes

Para encontrar a mistura certa de solo e sementes, os pesquisadores contaram com a ajuda de David Carr, da Blandy Experimental Farm, uma estação de campo de ciências ambientais no condado de Clarke, Virgínia. Ele forneceu conselhos iniciais sobre uma série de propriedades do solo.

Além de reter água, o solo precisa acumular matéria orgânica e armazenar nutrientes. Ele também precisa permitir que as plantas se fixem na estrutura impressa, para que, uma vez que tenham qualquer tamanho, não desapareçam ou sejam lavadas, ou desidratem e morram.

Carr propôs plantas que ocorrem naturalmente em áreas onde a vida está no limite – plantas nativas norte-americanas que crescem praticamente na rocha nua. “Os telhados verdes tendem a essas espécies que são boas em viver sob essas condições realmente duras, sendo queimadas ao sol”, disse Carr.

Ele recomendou as plantas suculentas como boas candidatas para estruturas de solo de impressão 3D. As suculentas, formalmente conhecidas como gênero sedum, são comumente usadas em telhados verdes. A fisiologia delas se assemelham ao cacto, podendo sobreviver com muita pouca água.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Additive Manufacturing no início deste ano. A equipe também trabalha em experimentos com outros materiais biodegradáveis, incluindo o cânhamo.

 

Parede de solo vivo que brota vegetacao e impressa em D UVA

 

 

 

 

 

 

Fonte: CicloVivo
Imagens: Virginia University, Tom Daly e Divulgação.

 

Prêmio Zayed de Sustentabilidade 2023

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Prêmio de US$ 3 milhões atrai 4.538 inscrições de 152 países. Alto número de inscrições reflete a necessidade de sistemas mais resilientes em resposta aos crescentes impactos das mudanças climáticas globais.

 

Após uma fase bem-sucedida de inscrições de 4 meses, o Prêmio Zayed de Sustentabilidade, prêmio global pioneiro dos Emirados Árabes Unidos por reconhecer a excelência em sustentabilidade, encerrou oficialmente as inscrições para o ciclo de 2023. Mais de 4.500 inscrições foram recebidas nas cinco categorias do Prêmio de Saúde, Alimentação, Energia, Água e Ensino Médio Global, de um recorde de 152 países, demonstrando o crescente alcance e impacto global do Prêmio.

Os vencedores do Prêmio Zayed de Sustentabilidade serão anunciados na Cerimônia de Premiação que será realizada em 16 de janeiro de 2023 como parte da Semana de Sustentabilidade de Abu Dhabi. O Prêmio testemunhou um aumento de 13% nas inscrições em relação ao ano passado de pequenas e médias empresas (PMEs), organizações sem fins lucrativos e escolas de ensino médio. O total de submissões de PMEs aumentou em todas as categorias, ressaltando uma tendência crescente de que as PMEs estão colocando a sustentabilidade no topo de sua agenda.

“Nos últimos 14 anos, o Prêmio Zayed de Sustentabilidade tem incentivado soluções práticas para desafios globais que geram impacto tangível ao nível comunitário mundial. Inspirado pelo compromisso com o desenvolvimento sustentável e o legado humanitário do Sheikh Zayed bin Sultan Al Nahyan, até o momento, o Prêmio melhorou a vida de 370 milhões de pessoas em 151 países. Este ano, vimos inscrições de um número recorde de países em todas as categorias, desde saúde, alimentação, energia, água e ensino médio global. Estou animado para ver quais soluções criativas os candidatos deste ano trarão para a mesa, principalmente porque os Emirados Árabes Unidos se preparam para sediar a COP 28 no próximo ano.” – H.E Dr. Sultan Ahmed Al Jaber, Ministro da Indústria e Tecnologia Avançada dos Emirados Árabes Unidos e Diretor Geral do Prêmio.

As inscrições deste ano foram mais diversas do que nunca, revelando o impacto das mudanças climáticas em todos os países em todos os continentes e refletindo uma crescente conscientização de que a ação climática urgente é fundamental para atingir as metas globais de carbono zero até meados do século.

Mais inscrições recebidas este ano vieram de países em desenvolvimento da África Subsaariana, Sul da Ásia, Leste Asiático, América Latina, Oriente Médio e Norte da África, o que é uma importante indicação da crescente participação dos países em desenvolvimento na luta contra as mudanças climáticas.

Os países que mais enviaram foram Quênia, Índia, China, Egito, Brasil e os Estados Unidos. Ao receber inscrições de uma ampla variedade geográfica, o prêmio está mais bem equipado para cumprir sua missão de impulsionar o desenvolvimento sustentável e humanitário, impactante, inovador e inspirador em todo o mundo. As categorias Alimentos (1.426) e Saúde (946) atraíram o maior número de inscrições, seguidas por Energia (736) e Água (601), enquanto a categoria ensino médio global recebeu 829 inscrições.

 

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Na categoria Alimentos, que recebeu um aumento de quase 20% nas inscrições em relação ao ano passado, muitas inscrições apresentaram soluções destinadas a alcançar a produção sustentável de alimentos para enfrentar a crescente insegurança alimentar e desnutrição em um mundo ameaçado pelas mudanças climáticas.

Na categoria Saúde, várias entradas abordam as fragilidades dos sistemas de saúde expostos pela pandemia de Covid-19 e oferecem soluções que fornecem serviços de saúde mais resilientes, inclusivos, acessíveis e sustentáveis às pessoas mais necessitadas.

Na categoria Energia, o Prêmio recebeu inúmeras inscrições focadas em melhorar o acesso à energia sustentável em comunidades vulneráveis, apoiar o Objetivo 7 do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, energia acessível e limpa para todos e impulsionar a transição energética de baixo carbono.

Por fim, na categoria Água, várias inscrições ofereciam soluções destinadas a abordar os desafios de produção de água limpa, mudanças climáticas e gestão de recursos hídricos enfrentados em todo o mundo e, particularmente, em países em desenvolvimento.

O número de inscrições recebidas do ensino médio cresceu 55% em relação ao ano passado, o que é especialmente encorajador e uma prova da crescente conscientização dos jovens sobre os desafios e riscos apresentados pela crise climática e sobre a oportunidade de liderar o desenvolvimento sustentável. As inscrições, na categoria ensino médio global, propuseram soluções de gerenciamento de resíduos, sistemas de energia limpa e sistemas alimentares como hidroponia e aquaponia, refletindo o pensamento inovador dos alunos e a consideração cuidadosa dos projetos mais adequados para suas comunidades locais.

Após o encerramento das inscrições, o Prêmio entra agora na fase de avaliação. Todas as inscrições serão agora selecionadas por uma consultoria independente de pesquisa e análise. Um Comitê de Seleção, composto por especialistas do setor de renome mundial, avaliará as inscrições qualificadas e selecionará os candidatos. A terceira e última instância do processo de avaliação é o Júri, que se reunirá em outubro, para eleger por unanimidade os vencedores de cada categoria.

Desde o seu lançamento em 2008, o Prêmio de US$ 3 milhões transformou, direta e indiretamente, a vida de mais de 370 milhões de pessoas em todo o mundo. Seu impacto global continua a crescer, pois catalisa ainda mais o alcance humanitário e o desenvolvimento sustentável. Cada vencedor nas categorias de saúde, alimento, energia e água, recebe US$ 600.000 para expandir o escopo e a escala de sua(s) solução(ões) de sustentabilidade, enquanto a categoria ensino médio global tem seis vencedores, representando seis regiões do mundo, com cada vencedor recebendo até para US$ 100.000.

 

 

 

 

 

Imagens: Divulgação