Já pensou ser possível gerar água a partir da umidade do ar?
Um grupo de profissionais inovadores, o Zero Mass Water, conseguiu o feito criando um hidro-painel chamado SOURCE.
O aparelho, como um painel solar, usa a energia do sol para produzir água limpa, mesmo em condições de pouca luz e umidade e já beneficia comunidades que vivem em áreas de seca. Um único painel fornece água suficiente para 2-3 pessoas.
Além disso, fornecendo água com energia renovável, ele substitui os sistemas de infraestrutura hídrica que podem esgotar ou contaminar reservas de água valiosas, afetando ecossistemas.
Em tempos de sustentabilidade, arquitetos conscientes ou que trabalhem para locais de acesso limitado à água também se beneficiam com a inovação, tecnologia que vem a servir não somente grandes comunidades mas também pode integrar projetos para residências cada vez mais sustentáveis.
Usina de energia elétrica Copenhill, em Copenhague, segue o zeitgeist de sustentabilidade e integração social
Sob o parque, fornos, vapor e turbinas convertem 440.000 toneladas de resíduos por ano em energia limpa, o suficiente para fornecer eletricidade e aquecimento urbano para 150.000 casas.
Após quase uma década de construção, a Copenhill – usina de geração de energia a partir de resíduos – foi inaugurada este ano, em Copenhague. Localizada em uma área industrial perto do centro da cidade, a Copenhill atingiu suas aspirações e se tornou uma usina de 41.000 m², com centro de recreação urbana e centro de educação ambiental, transformando a infra-estrutura social em um marco arquitetônico.
A ideia surgiu em 2002, proposta pelo escritório de arquitetura dinamarquês, atualmente conhecido como Bjarke Ingels Group (BIG), mas passou a ser construído a partir de 2011, já com a inclusão de ideias hedonísticas do primeiro gerador de anéis de vapor do mundo e o financiamento coletivo através do site Kickstarter. Na época, o projeto era a maior iniciativa ambiental da Dinamarca, com orçamento de 3,5 bilhões de coroas dinamarquesas.
Os volumes internos da usina são determinados pelo posicionamento e organização de suas máquinas na ordem de altura, criando um telhado eficiente e inclinado para um terreno de esqui de 9.000 m².
Criada para substituir a fábrica adjacente de trituração da Amagerfor, integrando as mais recentes tecnologias em tratamento de resíduos e desempenho ambiental, a construção também se alinha ao objetivo de Copenhague, em se tornar a primeira cidade do mundo neutra em carbono até 2025.
“Quando a construção começou, a profissão também mudou. Nos tornamos mais sintonizados com a crise climática e a relação entre construção e impacto ambiental. Ao mesmo tempo, adotamos novos programas de construção e formas de envolvimento com a comunidade” – Bjarke, arquiteto e CEO do BIG.
Localizada na orla industrial de Amager, as instalações industriais cruas tornaram-se o local para esportes radicais, desde o wakeboard até corridas de kart, esqui, caminhadas e escaladas.
O parque de 16.000 m² procura dar um novo propósito ao edifício tipicamente não utilizado pelo público, através da introdução de uma programação que inclui contemplação da natureza ao redor, trilhas, pista de corrida, parques infantis e paredes de escalada. Já no inverno, mais de 500 metros de pistas de esqui esperam os mais aventureiros.