Designer gaúcho Tiago Braga estreia na Paris Design Week 2023 com sua marca Oiamo Design, com selecionados para a Exposição Collector’s House.
O designer gaúcho Tiago Braga participa com a sua marca Oiamo Design na Paris Design Week 2023 durante a Semana de Design de Paris, que acontece em paralelo à feira Maison & Objet. A convite do “bref, design art”, projeto nômade com sede em Paris que promove arte contemporânea e design colecionável, juntamente com a galeria brasileira de design Herança Cultural, o designer estreia na exposição “Collector’s House”, entre os dias 07 e 10 de setembro, que será realizada no icônico endereço 14/16 Rue du Faubourg Saint Honoré, em Paris, na França.
Idealizada em 2019 pelo designer Tiago Braga, a marca Oiamo Design é um ateliê localizado no Rio Grande do Sul, cujo foco é mapear e revitalizar a memória das comunidades originárias do extremo sul brasileiro. Com um profundo senso de identidade, a Oiamo resgata técnicas ancestrais e preserva as tradições da lã artesanal gaúcha. O design ancestral da marca valoriza a materialidade natural e orgânica, enriquecida pelo saber fazer manual. O resultado é uma experiência estética e sensorial que celebra a herança cultural da região meridional brasileira.
Tiago Braga / Fotografia: Double B.
Em sua participação na Paris Design Week 2023, o designer apresentará o Banco Achego e a Luminária Hornero, objetos desenvolvidos em parceria com o coletivo de artesãs da Associação Ladrilã para o Projeto Raiz. Com uma abordagem pluralista e inclusiva, o projeto coletivo engaja mulheres artesãs e pequenos produtores locais, em conexões criativas manifestadas nas expressões artísticas das coleções, explorando a versatilidade da matéria-prima de forma sustentável e inovadora para confecção de artefatos culturais que resgatam e atualizam o saber-fazer da lã artesanal gaúcha. A iniciativa exalta a energia ancestral das mulheres dos Pampas, artesãs que tecem com uma existência feminina, assim como faziam suas avós, tanto no poder como no remanso, na profissão de parteira, na cura através da magia e nas lidas em “las casas”, nesta importante zona de fronteira.
Como agente catalisador para o desenvolvimento sustentável, a Oiamoestimula a cadeia produtiva e impulsiona a economia local. Como resultado, a marca foi nomeada oficialmente pelo comitê Global Sustainable Association (GSA) para o Kyoto Global Design Awards 2023, na categoria “Best 100”, além de conquistar o Prêmio de Design Bornancini de Design 2022 na categoria Impacto Econômico e Cultural.
Luminária Hornero e Banco Aconchego / Fotografia: Lufe Torres
SOBRE A SEMANA DE DESIGN DE PARIS
Criada em 2010 pela Maison&Objet, a Paris Design Week tem como objetivo dar vida à cidade todo mês de setembro, sensibilizando o público em geral e profissionais para as últimas tendências e pensamentos no mundo do design, decoração e arte de viver. Organizada paralelamente à mostra Maison&Objet, a Paris Design Week é uma oportunidade para descobrir coisas novas e conhecer pessoas em showrooms, butiques e galerias, bem como em instituições como museus e escolas. É um ponto de encontro para todos os envolvidos no design. Com foco em talentos emergentes, a Paris Design Week pretende ser um trampolim para jovens talentos, dando-lhes a oportunidade de mostrar seu trabalho em um ambiente excepcional, tendo a cidade como pano de fundo. A Paris Design Week também é uma oportunidade para famílias, amantes do design e curiosos de experimentar Paris de uma maneira diferente, graças a instalações temporárias nos espaços culturais da cidade, criadas por designers e abertas gratuitamente a todos. Pontuada por noites de vernissage e palestras, a Paris Design Week coloca o convívio e o intercâmbio no centro de seu programa, reunindo profissionais e o público em geral para compartilhar a essência do design na encruzilhada do comércio e da cultura. Acompanhe a Paris Design Week nas redes sociais.
SERVIÇO
A OIAMO DESIGN ESTREIA NA PARIS DESIGN WEEK 2023
Onde: EXPOSIÇÃO “COLLECTOR’S HOUSE”
Local: 14/16 Rue du Faubourg Saint Honoré – Paris | França
Data: 07 a 10 de setembro
Horário de funcionamento: 9h30 às 18h30
Mantendo as características clássicas do estilo industrial, o projeto também contemplou uma paleta de cores sortidas para garantir muita personalidade ao novo lar do casal.
O estilo industrial não é mais apenas uma tendência, mas sim um estilo de decoração apreciado por muitos. Isso muito se deve à estética diferenciada e à versatilidade na composição de diferentes ambientes, adaptando-se facilmente às preferências dos moradores. Neste projeto, a arquitetura de aparência mais rústica marcou o novo loft de 100 m², assinado pelo escritório Korman Arquitetos. Com uma atmosfera contemporânea e descontraída, o espaço se tornou o lar tão desejado pelo jovem casal.
“Com as referências do industrial, concebemos uma base de aparência bastante atual e perfeita para ambientes abertos. Pensando nos pontos de contrastes, trabalhamos com itens de arte e marcados pela cor – uma paixão dos dois –, que nos permitiu adicionar um toque de autenticidade ao imóvel” – Ieda Korman, arquiteta.
Cada vez mais populares dentro do setor residencial, os lofts são empreendimentos que chamam atenção pelo estilo de vida urbano, além de espaço diferenciado e funcionalidade conveniente. Por geralmente possuir uma planta livre, com ausência de paredes ou divisórias, teto alto e grandes janelas, os lofts proporcionam uma sensação de espaço aberto e uma grande receptividade de luz natural, diferenciando-se dos imóveis tradicionais.
Neste projeto, a parede de vidro junto ao pé direto duplo permitiu, de forma magnânima, a entrada da luminosidade que pode ser controlada por persianas que cobrem toda a extensão. “Com altura de 5,5 metros, a principal vantagem foi a sensação de amplitude que, por sua vez, possibilitou com que fizéssemos uma decoração sofisticada, marcada principalmente pelo jardim vertical e jardim de pedras”, diz Ieda, que ainda enfatiza a importância de uma arquitetura que prioriza elementos de conforto e bem-estar, especialmente quando os moradores trabalham em casa.
Voltando para área de convívio do loft, os detalhes logo chamam atenção por quem adentra o ambiente. Na parede de entrada, Ieda conta com que trabalhou um painel de MDF laqueado azul que mimetizou as portas de entrada e do lavabo. A arquiteta destaca que o revestimento entregou toda a graça ao espaço, uma vez que pode ser observado tanto da sala de jantar, quanto do living, por conta das formas simétricas.
À frente da entrada, o living recebe o casal e seus convidados com um sofá espaçoso e pufes confortáveis e, de estilo alternativo, para descontrair o espaço. A paleta de cores mais moderna evoca as tonalidades de cinza e azul que se juntam aos tons terrosos. Acima do sofá, quadros chineses da avó da moradora e do bisavô de seu marido acrescentam a delicadeza das memórias afetivas.
Na sala de jantar, a paleta de cores terrosas domina o espaço, sem tirar o destaque da mesa de jantar. “Adoramos a rusticidade dos tijolinhos aparentes combinados com o piso de porcelanato que imita cimento queimado em toda a área social. Optamos por uma mesa oval para fugir dos modelos tradicionais e a complementamos com um pendente muito elegante”, complementa Ieda.
O resultado do trabalho agregou também uma estrutura de metal que leva ao mezanino do loft, obra meticulosamente calculada para se tornar o home office dos moradores, com uma atmosfera divertida, a parede de tijolinhos aparentes e as prateleiras com estrutura de serralheria guardam objetos referências da cultura pop e livros marcantes. “Para animar o espaço, inserimos um visual retrô super charmoso dentro da estética rústico-industrial, que pode ser conferido pela combinação dos tijolinhos e a estrutura de serralheria que recebeu as prateleiras”, detalha Ieda, que elegeu como ponto preferido o frigobar vermelho vintage que garante uma água geladinha ou um doce durante o horário de trabalho.
Toda a paixão por arte foi distribuída pelo loft. Discos, pinturas e móveis antigos entregam uma composição entusiasmante. No projeto, os moradores carregaram consigo um acervo diverso e de grande valor simbólico com obras herdadas da família, como os quadros chineses passados de geração para os moradores, além de outras adquiridas no decorrer dos anos como pôsteres e funko-pops, que guardam grandes memórias afetivas.
Já a cozinha foi um tanto desafiadora para conciliar as necessidades do casal dentro da área mais compacta. No planejamento, a marcenaria bem executada foi a solução para guardar eletrodomésticos, objetos e condimentos de forma organizada e funcional. O layout ainda permitiu uma bancada de mármore preto absoluto que separa a cozinha do living, e que dispõe do cooktop, área de preparo e de refeições rápidas. Os banquinhos vermelhos são atrativos dentro da área social e completam a bancada para refeições da cozinha.
O quarto do casal dos moradores manteve a atmosfera industrial presente em todo o apartamento, mas de forma sutil, por meio da combinação de materiais, como a cabeceira de tecido, as paredes de cimento queimado e o painel de marcenaria que são um charme especial para o ambiente. O quarto é um cômodo à parte do loft – característica de empreendimentos atuais, e foi planejado para ser um escape íntimo e tranquilo.
Cité, Escritório Burle Marx e Maneco Quinderé integram equipe responsável pela transformação de empreendimento.
O antigo Hotel Paysandu, um dos clássicos empreendimentos cariocas localizado no bairro de Flamengo, passou por uma reforma que transformou o hotel em um residencial com 50 apartamentos, contemplando espaços coletivos e uma área de lazer no rooftop.
A Cité Arquitetura, responsável pelo projeto de retrofit – reforma e adaptação a um novo uso – mantém e destaca elementos que o definem, como o notável estilo Art Decó da fachada. O novo empreendimento da Piimo contará também com paisagismo do Escritório Burle Marx e iluminação de Maneco Quinderé.
“É sempre um grande desafio e uma honra trabalhar a memória e conectá-la de maneira inovadora com os tempos atuais, vislumbrando o futuro. Esse foi o grande motivador para o projeto do Paysandu 23, o antigo HotelPaysandu. Imóvel tombado, torna-se substrato para mais um desafio que busca entrelaçar as linhas do passado e do futuro” – arquiteto Fernando Costa, sócio da Cité Arquitetura.
Para o escritório, o espaço assume importância simbólica pois permite o diálogo entre as épocas, revelando os interiores ao espaço externo em um lugar pensado para se olhar a cidade e para seu desenvolvimento.No projeto, a memória está presente em vários elementos, e com diversos significados, servindo de suporte para a inserção na contemporaneidade. A fachada tombada conta com um especial cuidado no processo de recuperação, resgatando o brilho de sua arquitetura em estilo Art Déco pela iluminação de Maneco Quinderé.
Em relação aos interiores, ao atravessar a porta, revelam-se o uso de diversos elementos importantes do projeto original, como luminárias, painéis, portas, entre outros, porém ressignificados assumindo novos usos e funções dentro do espaço. “Desta feita, podemos apropriar da memória como suporte para as necessidades do mundo contemporâneo”, prossegue Fernando.
O projeto também apresenta uma evolução no conceito dos espaços de coworking, ao projetar com um olhar contemporâneo das novas formas de trabalhar. “Ao invés de se constituir em um único lugar, os espaços de trabalho se desenvolvem pelos pavimentos, aproximando e facilitando ao morador ter mais conforto em sua nova rotina. Assim se constitui o Paysandu 23, um projeto que se veste da memória sempre buscando novas interpretações para tratar da contemporaneidade e do futuro do morar”, conclui o arquiteto Celso Rayol, sócio da Cité Arquitetura.
Processos de economia circular e logística reversa crescem na construção civil, mas gargalos impedem maior difusão.
A construção civil atualmente dispõe de diferentes ferramentas para evitar o descarte desnecessário de materiais. O ciclo de vida dos produtos utilizados em obras, de argamassas a tubulações e revestimentos, tem sido analisado para que se possa encontrar formas de reduzir a geração de resíduos. No entanto, construtoras e fabricantes ainda encontram dificuldades para ampliar essas práticas, ainda que sejam mais sustentáveis e gerem economia.
Uma das estratégias utilizadas pelo setor é a economia circular, que leva as indústrias a reutilizarem materiais descartados da própria linha de produção ou de outras indústrias. Renato Salgado, consultor de sustentabilidade do CTE – Centro de Tecnologia de Edificações, afirma que o método é mais que uma mera reciclagem. “Ela poderia ser traduzida como uma estrutura de soluções baseada em sistemas que buscam eliminar a trágica lógica da nossa economia baseada na extração, uso e descarte de produtos, em um processo linear”, diz
A logística reversa, por outro lado, é um processo no qual o produto descartado retorna para a indústria, onde será reaproveitado por meio de reuso, reciclagem ou reprocessamento. O tema é regulado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), que define a logística reversa como um conjunto de ações que visam a coleta e restituição de resíduos sólidos ao setor produtivo, para reaproveitamento, ou destinação final ambientalmente adequada. “É justamente este ʻou’ que enfraquece a busca por destinações que agreguem maior valor ao material, uma vez que, por ’destinação ambientalmente adequada’, pode se entender o envio de resíduos para aterros sanitários regularizados, por exemplo”, opina Renato Salgado.
O consultor afirma que, mundialmente, os debates em torno do ciclo de vida dos materiais na construção civil ainda estão tomando forma, sendo impulsionados por instituições europeias, norte-americanas e asiáticas. No Brasil, a discussão ainda engatinha. “Eu atuo diretamente em mais de 30 projetos de construção e posso afirmar que esse assunto é novidade até para obras que buscam alcançar selos de sustentabilidade para edificações”, analisa.
Segundo Renato Salgado, debates sobre o assunto têm sido encabeçadas por instituições como a Rede Empresarial Brasileira de Avaliação de Ciclo de Vida e a fundação Ellen MacArthur. “Já é possível observar um crescimento da pesquisa sobre o tema, envolvendo empresas de vários segmentos da construção civil, como fabricantes de materiais, consultorias, escritórios de arquitetura e até mesmo construtoras”, pontua.
Segundo Patricia Falcão Bauer, diretora da empresa de engenharia consultiva Falcão Bauer, estima-se que o Brasil desperdice mais de 50% dos resíduos produzidos em suas obras, um número que representa mais de 850 mil toneladas de materiais de construção a cada mês no País. “Enquanto isso, países que apostam em políticas de reaproveitamento de resíduos da construção civil — como é o caso do Reino Unido e Japão — desperdiçam 53 mil e 6 mil toneladas ao ano, respectivamente”
As possibilidades de reaproveitamento de materiais na construção civil são diversas, desde os materiais recicláveis tradicionais, como plástico, vidro e estruturas metálicas, a chapiscos e rebocos que podem ser reprocessados para produção de massa de obra. “Muitos materiais de construção podem ser utilizados para a confecção de móveis. Sobras de madeira, por exemplo, podem dar ótimos bancos ou decks. O material também pode ser utilizado como um aparador para armazenar livros e itens de decoração”, explica Patricia
Falcão Bauer.
A produção de cerâmicas tem fácil adesão às práticas de economia circular, reaproveitando descartes da própria linha de produção. A dificuldade é integrar o consumidor final na logística reversa.
A reutilização de produtos para fins decorativos é uma solução bastante recomendada pela diretora.
Canos de PVC, por exemplo, podem se tornar luminárias e até mesmo vasos, enquanto o porcelanato pode ser reaproveitado em tampos de mesas, armários e prateleiras. “Grande parte dos materiais de construção rejeitados pode ser reutilizada para a mesma função. Mas se você não quiser, pode revendê-los ao mercado por um valor mais acessível. Essa é uma forma de agir com responsabilidade, sustentabilidade, e ainda gerar receita”, diz.
A indústria
A economia circular tem sido apontada como uma ferramenta importante para os fabricantes de materiais de construção. É o que afirma Constantino Bueno Frollini, diretor de marketing da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer). “A reutilização não é uma questão secundária. Não se faz porque é bonitinho, mas porque é uma necessidade”. Segundo o profissional, as práticas incluem o consumo de resíduos de outras indústrias, como materiais de moveleiras que geram biomassa para os fornos com energia térmica.
A linha de produção de cerâmicas conta com três etapas de avaliação de qualidade: pós-secagem; pós-extrusão e pós-queima. “Se o produto não está de acordo, ele volta para o início do processo. E todo material extrusado e seco já pode voltar sem fazer reprocessamento”, diz o diretor. A economia circular ajuda a manter os preços das cerâmicas mais baixo, garantindo competitividade no mercado. “Isso traz controle de custo. Se 5% da peça é chamote, uma cerâmica que já foi queimada, então é 5% de argila que não precisa ser extraída”, aponta.
As cerâmicas também podem ser reaproveitadas após o uso pelo consumidor final, mas para isso é necessária uma segregação dos materiais, o que nem sempre acontece. “Acho que a maior dificuldade vem do cliente. Tem que haver separação no canteiro e isso demanda espaço e pessoas para executar”, diz Constantino Bueno Frollini.
Outros setores, como a produção de cimento, encontram o mesmo problema. Bruno Hallack, gerente de meio-ambiente da Lafarge Holcim, pondera que é fundamental que uma construção seja bem planejada e executada para que, após sua construção, ela tenha uma vida útil prolongada. “Quando chega no limite, a nossa assistência técnica tem ações para recuperar, estudando a patologia e encontrando soluções para não ter que demolir”, diz. Se a demolição for inevitável, algumas cidades obrigam recircular o resíduo, separando o concreto do aço que está nos vergalhões. O concreto pode ser britado e moído para utilização em: 1) fabricação de cimento; 2) fabricação de concreto, substituindo areia e agregados.
A economia circular faz parte da estratégia da empresa para reduzir a emissão de CO2 na atmosfera. Além de também utilizar biomassa oriunda de resíduos industriais e urbanos, a Lafarge Holcim reaproveita descartes que seriam destinados a aterros ou lixões. “Na fabricação do cimento, usamos duas matérias primas, calcário (cálcio) e argila (mistura de sílica, alumínio e ferro). Se a argila tem pouca sílica, pode-se corrigir com resíduo industrial que tenha essa característica”, afirma.
Processo semelhante é realizado pela Saint Gobain, de acordo com o engenheiro de produção Wagner
Geraldo Bifulco Neto. Para o profissional, reutilizar minérios na linha produtiva é, ainda, mais vantajosa
para as empresas que a logística reversa. Isso porque é difícil para a indústria estabelecer pontos de coleta dos resíduos de obras, por exemplo, o que demandaria uma conscientização por parte do cliente e um esforço para destinar em local específico. “É difícil conscientizar porque o cliente final não vê ganho nisso. Numa linha de produção é mais fácil, tem maior controle”, opina.
Há ainda questões como custos de frete que impediriam as empresas de investir mais pesadamente
em logística reversa. “A solução seria cada vez mais o mercado agir como engrenagem, com indústrias, clientes e concorrentes alinhados”, afirma Wagner Bifulco Neto. Nessa perspectiva, um produtor deixaria um ponto de coleta em determinado local e uma outra empresa atuaria em conjunto para contribuir com custos de frete, tendo ainda a participação dos clientes se comprometendo a entregar os resíduos de forma adequada. “É uma oportunidade para todo mundo”, pontua.
A distribuição de pontos de coleta da Trashin ajuda na adoção medidas para reciclar e reaproveitar materiais descartado em canteiros de obras.
Gestão de resíduos
Os profissionais do setor concordam que há poucas empresas no mercado realizando serviços de coleta e destinação adequada dos materiais de construção, de forma a reintegrar os resíduos na cadeia produtiva. Um exemplo de instituição nesse segmento seria a Trashin, startup focada em gestão de resíduos. “A grande maioria tem registro para coleta na construção civil, mas a monetização vem pelo uso das caçambas”, afirma Sergio Finger, CEO da Trashin.
A startup atende a diferentes empresas, como Duratex, Tigre e a construtora Cyrela, realizando a gestão de resíduos desde a produção até o descarte final. Os processos incluem treinamento de colaboradores para reduzir a geração de descartes, sinalização nos espaços para segregar os materiais de forma correta e a destinação dos resíduos, seja revenda para cooperativas, reprocessamento ou descarte em aterros sanitários.
Segundo Sergio Finger, os serviços oferecidos pela Trashin foram uma novidade no mercado, uma vez que na sua fundação, em 2018, não havia procura pelas soluções que a empresa oferta. “O problema existia, mas a demanda talvez não”, afirma. As soluções da Trashin se mostraram muito vantajosas para a construção civil. “Quando uma Cyrela nos procura, tem dois pilares: redução de custos, porque deixa de pagar o aterro mais caro de construção civil e resíduo perigoso, além de ganhar com receita da reciclagem; alcançar valor agregado, porque o público da Cyrela tem preocupação com sustentabilidade”, pontua.
Métodos construtivos
É válido lembrar que o debate sobre ciclo de vida dos materiais inclui também o uso racional das matérias primas. Com diferentes métodos construtivos é possível evitar desperdícios, não sendo necessário o consumo de recursos naturais nem o reprocessamento nas linhas produtivas. A construtora Alphaville Urbanismo segue esses procedimentos, segundo o superintendente técnico Ewerton Bonetti. “A construção civil gasta torno de 30% dos materiais em resíduos. O nosso método construtivo reduz 97% dos resíduos”, afirma.
A empresa trabalha com sistemas modulares, light steel frames, wood frames, entre outras soluções
que têm baixo consumo de água e de materiais. E mesmo quando há resíduos, eles são devolvidos à indústria. Para produtos como embalagens e PVC, a empresa realiza parcerias com as coletas seletivas locais, por meio da Fundação Alphaville, entidade dedicada a projetos sociais. E o que é considerado resíduo cinza, ou seja, que contém minerais, inorgânicos, é reaproveitado nas pavimentações dos condomínios e das regiões próximas.
Para Ewerton Bonetti, se o custo das soluções sustentáveis for igual ao das demais soluções, o mercado irá absorver. “As pessoas sentem os efeitos climáticas, mas se não entenderem que precisam de uma parcela de colaboração, não tem como resolver. O ciclo vicioso vai levar o planeta à ruína”, finaliza.
Composta por Diretoria, Conselho Fiscal e Conselho Deliberativo, a Assembleia Geral Ordinária, elegeu o corpo diretivo para o biênio 2023/2025.
No último dia 25 de julho, a AsBEA-SP – Associação Regional dos Escritórios de Arquitetura de São Paulo – elegeu Gustavo Garrido, fundador do escritório ARCHSCAPE, como presidente. Sua liderança tem como objetivo estabelecer a ASBEA-SP como a principal referência para a prática profissional da arquitetura. Nesse contexto, ele destaca a importância de compreender a evolução da sociedade, levando em consideração o desenvolvimento das cidades, os avanços tecnológicos e a crescente complexidade dos projetos.
Para dar suporte às ações do presidente, a entidade se estruturou em seis vice-presidências, cada uma com suas respectivas funções e responsabilidades:
Institucional: Coordena o calendário de representação, estrutura o site e seu conteúdo, representa o presidente em caso de ausência e promove programas institucionais, com foco especial nas ações de inclusão e diversidade;
Comunicação: Colabora na divulgação de eventos nas mídias sociais, identifica oportunidades de comunicação, promove cursos parceiros e compartilha as tendências no setor;
Financeira: Estrutura a governança da entidade, planeja os custos anuais, acompanha o fluxo de caixa e realiza pagamentos;
Comercial: Planeja o calendário de eventos e atrai patrocinadores e apoiadores;
Expansão: Organiza núcleos por todo o Estado, coordena eventos em diversas regiões e promove a captação de novos associados;
Grupos de trabalho: Extrai produtos dos conhecimentos gerados, alinha sua divulgação com a comunicação, coordena ações e representações, além de orientar na busca de patrocínio quando necessário.
A diretoria de Diversidade e inclusão foi implantada na vice-presidência institucional, uma novidade da nova chapa. Sob a direção de Caroline Martins, profissional de Recursos Humanos do escritório FGMF, essa diretoria tem como objetivo posicionar-se à frente de projetos que buscam fomentar a pluralidade no âmbito da arquitetura. Entre as diversas iniciativas planejadas, o primeiro passo consistirá na implementação de um programa voltado para a inserção de estudantes de arquitetura pretos, pardos e indígenas de forma competitiva no mercado. Além disso, a associação engloba cinco eixos de trabalho, sendo eles: Estruturação de dados; Comunicação; Expansão; Educação e Conhecimento; e Comercial.
Em relação à estruturação de dados, o plano consiste em sistematizar a coleta de informações proveniente dos escritórios, visando a melhor compreensão dos problemas existentes e a identificação de oportunidades a partir dessa análise. No âmbito da comunicação, a AsBEA-SP busca ampliar tanto a sua visibilidade quanto a de seus associados, estreitando os canais de comunicação com a imprensa e fortalecendo a colaboração com outras entidades.
No eixo de expansão, a principal meta é impulsionar o crescimento em regiões do interior e promover iniciativas de inclusão social. Isso será realizado através da estruturação de unidades regionais, que serão fortalecidas por meio da realização de eventos e viagens estratégicas. Na área de educação e conhecimento, o plano envolve a concepção de cursos progressivos, abrangendo desde estudantes até proprietários de escritórios, com o intuito de promover um aprendizado contínuo.
Em relação ao núcleo comercial, a meta é estimular a interação de negócios entre os associados e ampliar o leque de patrocinadores, consolidando uma rede de apoio financeiro e recursos para a associação. Confira todos os integrantes:
DIRETORIA
Presidente
Arq. Gustavo Ramalho Mendes Garrido – ARCHSCAPE
Vice-Presidentes
> VP Administrativo Financeiro: Arq. Maria Teresa Faria e Godoy – Matêfaria Arquitetura
Diretora convidada: Arq. Maria Elisa Fernandes – Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados
> VP Grupos de Trabalho: Arq. Maria Jo Steck – Steck Arquitetura
Diretora convidada: Arq. Adriana Tie de Camargo Neves – LE Arquitetos
CONSELHO FISCAL
Titulares
Arq. Luciana Lins Nascimento – PSA Arquitetura
Arq. Marcelo de O. Montoro – Miguel Saraiva + PMA Arquitetura
Arq. Renato Malki – Malki Arquitetura
Suplentes
Arq. Alfredo Del Bianco – Delbianco Arquitetos
Arq. Marcio Porto – Sidonio Porto Arquitetos Associado
Arq. Bruno Felício Turola – Xok Arquitetura
CONSELHO DELIBERATIVO
Arq. Edison Borges Lopes – ArGis Arquitetura
Arq. Gianfranco Vannucchi – Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados
Arq. Henrique Cambiaghi Filho – CFA Cambiaghi Arquitetura
Arq. Miriam Roux Azevedo Addor – Addor e Associados Projetos e Consultoria
Arq. Adriana Blay Levisky – Levisky Arquitetos | Estratégia Urbana
Arq. Eduardo Nogueira Martins Ferreira – Purarquitetura
Arq. Paulo Machado Lisboa Filho – LKS Arquitetos
Arq. Roberto Claudio dos Santos Aflalo Filho – Aflalo/Gasperini Arquitetos
Arq. Gustavo Garrido – ARCHSCAPE (presidente em exercício compõe a 9ª vaga no Conselho conforme pautado no Estatuto Social).
A AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) é uma entidade independente, composta e dirigida pelos escritórios de arquitetura e urbanismo associados. Conta, também, com a colaboração de empresas fornecedoras de produtos e serviços do setor de arquitetura e construção civil. Através da participação em grupos de trabalho, seminários, conferências e encontros sociais/profissionais, seus associados trocam experiências e identificam pontos de interesse comuns para poder qualificá-los, representá-los e divulgá-los perante as instituições públicas ou privadas, ao mercado e ao público em geral. Atualmente a AsBEA-BR tem sede na cidade de São Paulo e atua em conjunto com suas regionais (AM, CE, GO, MG, PE, PR, RJ, RS, SC, SP).
O Guia apresenta informações sobre 18 espécies de madeiras dos EUA que incluem desde características estéticas até a propriedades ecológicas dos materiais.
O American Hardwood Export Council (AHEC), órgão fiscalizador e fomentador no setor de madeiras, acaba de lançar a versão em português do Guia de Madeiras Duras Americanas Sustentáveis. A primeira metade do Guia apresenta uma análise completa das propriedades, aplicações e credenciais ambientais dos EUA de espécies de madeiras disponíveis comercialmente. A segunda parte do livro fornece uma explicação simplificada do sistema de classificação da National Hardwood Lumber Association (NHLA), que é o padrão nacional da indústria madeireira de folhosa dos EUA e que compõe a classificação de exportação.
Para Michael Snow, Diretor Executivo Global do AHEC, o Guia de Madeiras Duras Americanas Sustentáveis é uma ferramenta essencial para arquitetos, designers de interiores, fabricantes de móveis e qualquer pessoa interessada em usar materiais de qualidade e sustentáveis em seus projetos. “A nossa missão é não só promover a matéria prima em si, mas também oferecer de forma gratuita um guia educativo sobre sustentabilidade e informações técnicas sobre o uso dessas madeiras. Com o livro em português, contribuímos com o setor ao incluirmos um player importante como o Brasil”, explica.
Ouro verde: neutralidade do carbono na cadeia de suprimentos
Uma das principais vantagens do uso de madeiras duras americanas sustentáveis é a procedência responsável desses materiais. O AHEC tem se dedicado à gestão florestal sustentável, garantindo que a colheita de madeiras seja realizada de maneira ecologicamente correta, socialmente benéfica e economicamente viável. O Guia destaca as práticas de manejo florestal responsável adotadas pela indústria, incluindo a certificação de florestas e a rastreabilidade das madeiras.
Além disso, o Guia oferece uma visão aprofundada das características e propriedades únicas das madeiras duras americanas, fornecendo informações valiosas para a seleção adequada de materiais. Cada espécie de madeira conta com imagens e descrições detalhadas de suas qualidades estéticas, durabilidade, usos recomendado entre outros. O livro também está disponível online gratuitamente em inglês e português.
Um levantamento para avaliação do ciclo de vida dessas espécies feito pelo AHEC para mostra que o carbono armazenado na madeira dura americana no ponto de entrega para qualquer país do mundo quase sempre excede as emissões de carbono associadas à extração, ao processamento e ao transporte. No Guia, diversos projetos ilustram a pluralidade de aplicações de diferentes maneiras.
Versatilidade na aplicação de projetos a mobiliário
No livro estão descritas as características de cada uma dessas madeiras como a aparência delas e o tempo de regeneração, além da propriedade mecânica e princiapais aplicações que são mencionadas para não apenas promover a espécie, mas indicar formas de utilização, viabilizando assim o melhor e mais sustentável proveito do material. Para deixar o conteúdo ainda mais visual, o livro traz diversos projetos ilustrados com imagens e a história de cada design feitos em diferentes partes do mundo.
Bourke Street Bakery por GRT Architects
A fim de trazer uma atmosfera aconchegante, o co-fundador e padeiro Paul Allam escolheu Nova Iorque para abrir a primeiro Bourke Street Bakery fora da Austrália. Localizado no distrito NoMad de Manhattan, a GRT Architects foi incumbida da tarefa de criar um espaço que lembrasse sua casa australiana.
Este espaço de dois mil pés quadrados foi entregue cru ao escritório de arquitetura que, mais tarde, optou por deixar as vigas de aço que anteriormente sustentavam o segundo andar expostas. Como destaque, o revestimento do café assim como os móveis foram feitos em cerejeira americana (“American Cherry”), que trouxeram mais conforto para um café se contrapondo ao layout metropolitano e agitado de Manhattan.
Para a GRT Architects, era crucial conciliar o ambiente acolhedor com a cozinha industrial “ao longo do processo de projeto, procuramos maneiras de preservar o caráter único do espaço enquanto construímos uma cozinha comercial de última geração visível para os clientes do café durante todo o dia. Além disso, selecionamos a cerejeira pela sua cor e pelas variações naturais de cor inerentes à madeira”, disseram os arquitetos.
Lord’s Cricket Ground por Populous e Arup
O Marylebone Cricket Club (MCC) contratou os arquitetos Populous para projetar o novo Warner Stand com capacidade para 2600 torcedores em uma das instalações esportivas mais icônicas do mundo, Lord’s Cricket Ground em St John’s Wood, Londres.
A escolha pelo carvalho branco americano entrou em cena por meio de discussões com a o escritório de arquitetura Arup, parceiro da Populous no projeto. A Arup já tinha experiência em trabalhar com madeira folhosa dos EUA nos últimos anos, tendo feito parceria com o AHEC para o Festival de Design de Londres. O telhado é formado por 11 vigas de carvalho branco americano laminados com cola cantilever (glulam) que irradiam dramaticamente do canto do solo, abrindo caminho para novos usos estruturais de madeiras folhosas americanas sustentáveis.
“Os critérios para a seleção do carvalho branco foram orientados pela engenharia e pela arquitetura”, disse Giancarlo Torpiano, da Arup. “O carvalho europeu foi considerado, mas o carvalho branco americano tem uma reputação de melhor classificação e um acabamento limpo de móveis. É relativamente denso também, por isso tem propriedades de resistência e rigidez muito boas, permitindo-nos reduzir o tamanho das vigas, o que foi importante arquitetonicamente. Como partem de um ambiente externo, descontrolado, com flutuações de temperatura relativamente altas, para um ambiente interno e controlado, as propriedades térmicas dessa madeira também foram uma grande vantagem”, explicou Giancarlo.
Linha de mobiliário OVO por Foster + Partners
Desenhada pela Foster + Partners e produzida pela Benchmark Furniture, a coleção de móveis OVO teve como base a Nogueira Americana (“American walnut”) e traz detalhes que misturam a tradição milenar de artesanato em objetos do cotidiano, combinando durabilidade e detalhes cuidadosos com forte materialidade para criar uma gama de móveis excepcionalmente táteis.
A coleção conta com detalhes ergonômicos que eliminam pontos de pressão desconfortáveis e trazem ainda mais suavidade ao design das peças. Todo o conjunto tem um acabamento natural oleado que destaca a materialidade da Nogueira americana maciça.
Mike Holland, Head de Design Industrial da Foster + Partners, comentou que “a geometria suave da linha não apenas confere às peças uma solidez, mas também serve como um convite atraente ao toque. Em parceria com a Benchmark, criamos uma linha única de móveis de madeira maciça que incorporam uma sensação de calor e têm uma sensação inerente de atemporalidade que permite que cada peça acumule memórias através de gerações”.
Maggie’s Centre – Oldham
Os Maggie’s Centers são uma rede de centros de terapia intensiva para o tratamento de pessoas afetadas pelo câncer. Projetado por Alex de Rijke da dRMM, o Oldham Centre em Oldham foi construído em 2017, é um edifício sustentado sobre seu jardim por pernas de aço. Por dentro e por fora, seja na estrutura, nos móveis ou nos revestimentos a madeira escolhida foi o tulipeiro americano termicamente modificado.
O Maggie’s Centre de Oldham teve um processo de construção extremamente eficiente, concluído em um ano, e além disso, a madeira utilizada é aproximadamente 70% mais resistente na flexão do que uma madeira macia típica de grau CLT.
Por mais de três décadas, o American Hardwood Export Council (AHEC) tem sido a face global da indústria madeireira dos EUA, promovendo o desempenho, a sustentabilidade e o potencial estético das madeiras duras americanas em todo o mundo. Como a principal associação internacional de comércio de madeira de lei para a América do Norte, o AHEC opera um programa sem fins lucrativos que representa milhares de empresas envolvidas na produção e exportação de madeira – desde pequenas serrarias familiares até grandes fabricantes de pisos. Estabelecida para unir esse amplo espectro de empresas com uma única voz global, o AHEC construiu com sucesso uma marca reconhecida internacionalmente, comercializando mais de 20 espécies de madeira dura disponíveis comercialmente e aumentando a demanda em todo o mundo.
Com obras de 138 artistas nacionais e internacionais, a mostra ocupa os 10 andares do prédio, localizado no Centro Histórico da cidade, e busca apresentar a riqueza da produção da arte a um público amplo.
No próximo sábado, 2 de setembro, o Edifício Vera recebe a exposição NENHUMLUGARAGORA. Com obras de 138 artistas nacionais e internacionais; a mostra é destaque na programação cultural da cidade. A mostra fica em cartaz até o dia 21 de outubro.
A exposição NENHUMLUGARAGORA problematiza e reflete sobre a vida pós-pandêmica, onde os mercados financeiros substituíram a concretude e a utilidade da produção pela abstração financista, imprimindo no mundo uma configuração mental “plugada”, porém desconectada do real. Dividida em 10 eixos temáticos centrais – política, identidade, memória, globalização, sexualidade, ecologia, cultura de massa, urbe, tecnologia e linguagem – as obras refletem sobre os temas mais prementes da contemporaneidade, colocando a arte como um patamar possível de resistência das falências contemporâneas.
NENHUMLUGARAGORA busca evidenciar a arte contemporânea como expressão viva da diversidade cultural brasileira e internacional. Num só lugar, reúnem-se artistas diversos para narrar poeticamente temas de uma pluralidade de lentes que evidenciam a riqueza da produção da arte.
Noise Ensemble – Tania & Lazlo.
Essa primeira edição, idealizada pelo artista César Meneghetti e organizada de forma participativa, voluntária e espontânea por artistas como Sérgio Adriano H, Helena Marc, Rafaela Jemmene, Carolina Mikoszewski, Cynthia Loeb, Luiz Martins e Jê Américo, conta com importantes adesões e parcerias como Alex Flemming, Denise Adams, Hélio Fervenza, Olinda Tupinambá, Rejane Cantoni, Gabriel Borba Filho, Ding Musa, Márcia Beatriz Granero, Lucila Meirelles, Lucas Bambozzi, Raphael Escobar, Luiz 83, Katia Salvany, Helô Sanvoy, Renata Padovan, André Parente, Bijari, André Komatsu, Mauro Veracidade, Fernando Velázquez, Almir Almas, o coletivo Tupinãodá, Daniel Melim, Edith Derdyk, Simone Michelin, além de artistas da Itália, Holanda, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Taiwan, Bélgica e Japão.
“NENHUMLUGARAGORA é uma exposição inclusiva e plural que combina todos os gêneros, raças e pesquisas artísticas que vão da pintura à fotografia, vídeo, grafite, escultura, performance, saraus, música e se desdobra em torno de obras que catalisam a atenção, capazes de recriar um sentimento de um futuro possível.” – César Meneghetti.
Localizado no Centro Histórico de São Paulo, o Vera é um espaço independente que, desde 2019, abriga ateliês de artistas, eventos culturais, festivais e três espaços independentes: Lux Espaço de Arte, Alter Edições e o Vórtice Cultural.
NENHUMLUGARAGORA / NOWHERENOW – ARTISTAS
ACHILES LUCIANO
ALEJANDRO LLORET
ALESSANDRA VETORAZZI
ALEX FLEMMING
ALEX SIMÕES
ALEXANDRA UNGERN
ALMIR ALMAS
AMANDA D’ONOFRIO
ANA AMELIA GENIOLI
ANDRÉ KOMATSU
ANDRE PARENTE
ANDREA BRACHER
ANTON ROCA
ANTONIO TRIMANI
ARTUR BARRIO
BEATRIZ FRANCO
BELLA VALHOSA
BIJARI
BRUNO ROMI
CARLOS BORSA
CAROL AMBRÓSIO
CAROLINA GATTI
CAROLINA MIKOSZEWSKI
CÉSAR MENEGHETTI
CHRISTINA ELIAS
CLAUDINEI ROBERTO DA SILVA
CLAUDIO CRETTI
CRISTINA CANEPA
CYNTHIA LOEB
DANIEL MELIM
DANIEL MELLO
DANIEL MINCHONI
DANIELE CARVALHO
DANIELLE CUKIERMAN
DENISE ADAMS
DEOLiNDA AGUIAR
DING MUSA
DUDU TSUDA
EDER RIBEIRO
EDGARD OLIVA
EDITH DERDYK
ÉLCIO MIAZAKI
ELENA BELANTONI
FERNANDO PONTES
FERNANDO VELÁZQUEZ
FLAVIA RENAULT
FLAVIA VENTURA
FRANZOI
GABRIEL BORBA FILHO
GABRIEL PESSOTO
GAMA H
GENIVALDO AMORIM
GINA DINUCCI
GISELLE BEIGUELMAN
GRUPO TUPINÃODÁ (CARLOS DELFINO, CIRO COZZOLINO E ZÉ CARRATU)
GUIGA MARIA
GUSTAVO PRATA
GUSTAVO TORREZAN
HELENA MARC
HELIO FERVENZA E MARIA IVONE DOS SANTOS
HELÔ SANVOY
HIGO JOSÉ
HIROSUKE KITAMURA
JAIME PRADES
JAN M O
JÊ AMERICO
JP ACCACIO
JULIO DOJCSAR E ZECA CALDEIRA
KATIA SALVANY
KIKA NICOLELA
LAERTE RAMOS
LEA VAN STEEN E RAQUEL KOGAN
LEANDRO GUTUM
LEONARDO MACIEL
LUCAS BAMBOZZI
LUCILA MEIRELLES
LUDMILLA RAMALHO
LUIZ 83
LUIZ MARTINS
LUMAC
MARCIA BEATRIZ GRANERO
MARCIA XAVIER
MARCIO MARIANNO
MARCIO MARQUES
MARCOS AKASAKI
MARIA LUIZA MAZETTO
MARÍLIA DEL VECCHIO
MARINA RODRIGUES
MATHEuS CHIARATTI
MAURO NERI VERACIDADE
MIRIAM BRATFISCH SANTIAGO
NEILIANE ARAUJO
OLINDA TUPINAMBÁ
PATI SAYURI
PAULO AGI
PAULO CIBELLA
PAULO RIBEIRO
PEDRO MARTINS
PEDRO ORLANDO
PETER FLACCUS
PRISCILA DOS ANJOS
RAFAELA JEMMENE
RAPHAEL ESCOBAR
RAQUEL FAYAD
REJANE CANTONI
RENAN MARCONDES
RENATA BARROS
RENATA BASILE
RENATA CRUZ E LAURA GORSKI
RENATA LAGUARDIA
RENATA PADOVAN
ROBERTA SEGURA
RODRIGO LINHARES
ROSA MENKMAN (NL)
SANDRA LAPAGE
SATO DO BRASIL
SÉRGIO ADRIANO H
SHU LIN
SILVIO GURGEL
SIMONE MICHELIN
SIMONE REIS
SOBERANA ZIZA
SONIA GUGGISBERG
SORAIA DIAS
STEFANO CAGOL
TANIA & LASZLO
THALES POMB
THATIANA CARDOSO
THIAGO TOES
THOMAS ISRAEL
YOHANA OIZUMI
YUKO MATSUYAMA
Organização participativa dos artistas:
César Meneghetti (Artista)
Helena Marc (Artista, Lux Espaço de Arte)
Cynthia Loeb e Carolina Mikoszewski (Artistas, Ed. Vera)
Sérgio Adriano H (Artista)
Rafaela Jemmene (Artista)
Jê Américo (Artista e arquiteto)
Luiz Martins (Artista e designer)
Leandro Gutum (Artista e designer)
Serviços
Local: Edifício Vera
Endereço: Rua Álvares Penteado, 87 – Centro
Inauguração: Sábado 2 de setembro 2023 das 14h às 22h
Visitação: De segunda a sábado das 11h às 18h até 21 de outubro.
Entrada gratuita
Conecta Imobi tem a missão de transformar o mercado imobiliário por meio de conexões e da troca de conhecimentos e de experiências, levando aos participantes os mais relevantes conteúdos do setor.
Maior e mais importante evento do Mercado Imobiliário da América Latina, o Conecta Imobi chega à 10ª edição nos dias 20 e 21 de setembro, em São Paulo, no Transamérica Expo Center, e coloca a tecnologia enquanto ferramenta de inovação como uma das pautas mais relevantes da ocasião.
Para isso, oferece ao público uma programação seleta de palestrantes que abordarão o tema por variados caminhos. Uma das palestras mais aguardadas é a da Martha Gabriel, especialista nas áreas de negócios, tendências e inovação, e considerada uma das principais pensadoras digitais do Brasil. Ela subirá ao palco no dia 21, às 17h, para abordar a relação entre as pessoas e a tecnologia. Professora de Inteligência Artificial da (PUC-SP) na pós-graduação do TIDD (Tecnologias da Inteligência e Design Digital), Martha é também autora do recém-lançado livro “Inteligência Artificial – do Zero ao Metaverso”, e dos best-sellers “Você, Eu e os Robôs – Como se Transformar no Profissional Digital do Futuro” (finalista do Prêmio Jabuti), “Marketing na Era Digital” e “EDUC@R – a (r)evolução Digital na Educação” (finalista do Prêmio Jabuti).
Outra palestra aguardada com grande expectativa é a de Gabriela Comazzetto, Head de Global Business Solutions do TikTok para a América Latina. Executiva com mais de duas décadas de carreira, ela apresentará as tendências que a plataforma aponta para o mercado imobiliário.
O time de palestrantes contará ainda com Luiz Gustavo Pacete, uma das principais referências em conteúdo sobre inovação no Brasil, que trará conceitos e usos de IA. O profissional é editor de tecnologia e inovação da Forbes e head de conteúdo da MMA Latam, com passagens em veículos como ProXXima, Meio e Mensagem e IstoÉ Dinheiro.
Outro ilustre palestrante é Gustavo Zanotto, cofundador e apresentador do Proptalks – podcast de tecnologia e inovação voltado para o mercado imobiliário. Entusiasta do ecossistema de proptechs, é reconhecido hoje como um dos grandes nomes para o desenvolvimento de tecnologia no mercado imobiliário. No evento, ele mediará um debate sobre Tokenização e Blockchain, além de apresentar sua visão sobre a próxima década do setor imobiliário.
Maior e mais importante evento do mercado imobiliário da América Latina, o Conecta Imobi tem a missão de transformar o mercado imobiliário por meio de conexões e da troca de conhecimentos e de experiências, levando aos participantes os mais relevantes conteúdos do setor. Mais de 6 mil pessoas devem participar do evento, que será realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo. No total, o evento contará com mais de 160 especialistas. Serão mais de 20 horas de conteúdo ao longo dos dois dias, incluindo, além de tendências para o mercado imobiliário, análises e debates de temas prioritários promovidos por grandes nomes do segmento.
Uma das novidades previstas para este ano é a possibilidade de utilização do aplicativo oficial do evento para uma melhor experiência. A grade de programação será dividida por trilhas que podem ser personalizadas por meio do app. A 10ª edição do Conecta Imobi será em formato 100% presencial, com palestras divididas em quatro palcos simultâneos, com capacidade mínima de 1 mil lugares, em um espaço de mais de 20 mil metros quadrados. O evento é voltado para os principais players do setor, entre corretores de imóveis, imobiliárias, incorporadoras, associações, startups, influenciadores e demais profissionais do mercado imobiliário.
A lista completa dos confirmados pode ser conferida no site do evento.
SERVIÇO
Conecta Imobi 2023
https://conectaimobi.com.br/
Data: Dias 20 e 21 de setembro de 2023, das 8h às 20h.
Local: Transamérica Expo Center – Avenida Doutor Mário Vilas Boas Rodrigues, 387. Jardim
Dom Bosco. São Paulo.
Ingressos: https://conectaimobi.com.br/
Mobiliário público instalado na grama apresenta forma orgânica como uma raiz, espalhando-se de forma radial pelo parque Hangang Art Park, fundindo a fronteira entre instalação artificial e ambiente natural.
Root Bench é a reinterpretação da proposta vencedora no Hangang Art Competition, do escritório Yong Ju Lee Arquitetura. Trata-se de mobiliário público em forma de círculo com diâmetro de 30m, instalado em grama, que apresenta forma dinâmica de raiz espalhando-se por todo o parque. Ele fornece estímulo visual criando forte contraste com o fundo do espaçoso parque ao ar livre. E as pessoas podem descansar com ele enquanto estão sentadas e apoiadas em sua altura diferente. O principal conceito continuado a partir da proposta vencedora é que a forma orgânica que se estende do centro cria conectividade espacial.
A obra de arte projetada por algoritmo computacional apresenta dinamicidade a partir da geometria tridimensional. A estrutura metálica com pé de concreto suporta a forma geral como estrutura principal e deck de madeira a cobre. Ao aplicar material familiar para acabamento, é fácil de usar e manter como um assento confortável. Além de sugerir a forma completa do círculo, o Root Bench é fundido na grama e borra a fronteira entre a instalação artificial e o ambiente natural. Enquanto se comunicam, os visitantes podem se sentir confortáveis no espaço de descanso e apreciar a peça de arte ao mesmo tempo. Também funciona perfeitamente como mobiliário com três alturas diferentes: cadeira infantil (250mm), cadeira adulta (450mm) e mesa (75mm). A forma rítmica pode sugerir um novo estímulo ao Hangang Park e proporcionar vários aspectos de prazer.
Para articular intensamente o ramo de espalhamento, o sistema reação-difusão é aplicado ao processo de projeto. Este modelo matemático descreve a mudança no espaço e no tempo da concentração de uma ou mais substâncias químicas: reações químicas locais em que as substâncias são transformadas umas nas outras, e difusão que faz com que as substâncias se espalhem por uma superfície no espaço. Através do algoritmo a partir dele, a forma radial geral é gerada com o primeiro plano (instalação) fundindo-se em seu fundo (grama).
Imagens: Kyungsub Shin, Dae Won Lee, Kyung Mo Choi e Yong Ju Lee Arquitetura