Edifício Vera recebe a exposição NENHUMLUGARAGORA

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Com obras de 138 artistas nacionais e internacionais, a mostra ocupa os 10 andares do prédio, localizado no Centro Histórico da cidade, e busca apresentar a riqueza da produção da arte a um público amplo.

 

No próximo sábado, 2 de setembro, o Edifício Vera recebe a exposição NENHUMLUGARAGORA. Com obras de 138 artistas nacionais e internacionais; a mostra é destaque na programação cultural da cidade.  A mostra fica em cartaz até o dia 21 de outubro.

A exposição NENHUMLUGARAGORA problematiza e reflete sobre a vida pós-pandêmica, onde os mercados financeiros substituíram a concretude e a utilidade da produção pela abstração financista, imprimindo no mundo uma configuração mental “plugada”, porém desconectada do real. Dividida em 10 eixos temáticos centrais – política, identidade, memória, globalização, sexualidade, ecologia, cultura de massa, urbe, tecnologia e linguagem – as obras refletem sobre os temas mais prementes da contemporaneidade, colocando a arte como um patamar possível de resistência das falências contemporâneas.

NENHUMLUGARAGORA busca evidenciar a arte contemporânea como expressão viva da diversidade cultural brasileira e internacional. Num só lugar, reúnem-se artistas diversos para narrar poeticamente temas de uma pluralidade de lentes que evidenciam a riqueza da produção da arte.

 

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Noise Ensemble – Tania & Lazlo.

 

Essa primeira edição, idealizada pelo artista César Meneghetti e organizada de forma participativa, voluntária e espontânea por artistas como Sérgio Adriano H, Helena Marc, Rafaela Jemmene, Carolina Mikoszewski, Cynthia Loeb, Luiz Martins e Jê Américo, conta com importantes adesões e parcerias como Alex Flemming, Denise Adams, Hélio Fervenza, Olinda Tupinambá, Rejane Cantoni, Gabriel Borba Filho, Ding Musa, Márcia Beatriz Granero, Lucila Meirelles, Lucas Bambozzi, Raphael Escobar, Luiz 83, Katia Salvany, Helô Sanvoy, Renata Padovan, André Parente, Bijari, André Komatsu, Mauro Veracidade, Fernando Velázquez, Almir Almas, o coletivo Tupinãodá, Daniel Melim, Edith Derdyk, Simone Michelin, além de artistas da Itália, Holanda, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Taiwan, Bélgica e Japão.

“NENHUMLUGARAGORA é uma exposição inclusiva e plural que combina todos os gêneros, raças e pesquisas artísticas que vão da pintura à fotografia, vídeo, grafite, escultura, performance, saraus, música e se desdobra em torno de obras que catalisam a atenção, capazes de recriar um sentimento de um futuro possível.” – César Meneghetti.

Localizado no Centro Histórico de São Paulo, o Vera é um espaço independente que, desde 2019, abriga ateliês de artistas, eventos culturais, festivais e três espaços independentes: Lux Espaço de Arte, Alter Edições e o Vórtice Cultural.

 

NENHUMLUGARAGORA / NOWHERENOW – ARTISTAS

ACHILES LUCIANO
ALEJANDRO LLORET
ALESSANDRA VETORAZZI
ALEX FLEMMING
ALEX SIMÕES
ALEXANDRA UNGERN
ALMIR ALMAS
AMANDA D’ONOFRIO
ANA AMELIA GENIOLI
ANDRÉ KOMATSU
ANDRE PARENTE
ANDREA BRACHER
ANTON ROCA
ANTONIO TRIMANI
ARTUR BARRIO
BEATRIZ FRANCO
BELLA VALHOSA
BIJARI
BRUNO ROMI
CARLOS BORSA
CAROL AMBRÓSIO
CAROLINA GATTI
CAROLINA MIKOSZEWSKI
CÉSAR MENEGHETTI
CHRISTINA ELIAS
CLAUDINEI ROBERTO DA SILVA
CLAUDIO CRETTI
CRISTINA CANEPA
CYNTHIA LOEB
DANIEL MELIM
DANIEL MELLO
DANIEL MINCHONI
DANIELE CARVALHO
DANIELLE CUKIERMAN
DENISE ADAMS
DEOLiNDA AGUIAR
DING MUSA
DUDU TSUDA
EDER RIBEIRO
EDGARD OLIVA
EDITH DERDYK
ÉLCIO MIAZAKI
ELENA BELANTONI
FERNANDO PONTES
FERNANDO VELÁZQUEZ
FLAVIA RENAULT
FLAVIA VENTURA
FRANZOI
GABRIEL BORBA FILHO
GABRIEL PESSOTO
GAMA H
GENIVALDO AMORIM
GINA DINUCCI
GISELLE BEIGUELMAN
GRUPO TUPINÃODÁ (CARLOS DELFINO, CIRO COZZOLINO E ZÉ CARRATU)
GUIGA MARIA
GUSTAVO PRATA
GUSTAVO TORREZAN
HELENA MARC
HELIO FERVENZA E MARIA IVONE DOS SANTOS
HELÔ SANVOY
HIGO JOSÉ
HIROSUKE KITAMURA
JAIME PRADES
JAN M O
JÊ AMERICO
JP ACCACIO
JULIO DOJCSAR E ZECA CALDEIRA
KATIA SALVANY
KIKA NICOLELA
LAERTE RAMOS
LEA VAN STEEN E RAQUEL KOGAN
LEANDRO GUTUM
LEONARDO MACIEL
LUCAS BAMBOZZI
LUCILA MEIRELLES
LUDMILLA RAMALHO
LUIZ 83
LUIZ MARTINS
LUMAC
MARCIA BEATRIZ GRANERO
MARCIA XAVIER
MARCIO MARIANNO
MARCIO MARQUES
MARCOS AKASAKI
MARIA LUIZA MAZETTO
MARÍLIA DEL VECCHIO
MARINA RODRIGUES
MATHEuS CHIARATTI
MAURO NERI VERACIDADE
MIRIAM BRATFISCH SANTIAGO
NEILIANE ARAUJO
OLINDA TUPINAMBÁ
PATI SAYURI
PAULO AGI
PAULO CIBELLA
PAULO RIBEIRO
PEDRO MARTINS
PEDRO ORLANDO
PETER FLACCUS
PRISCILA DOS ANJOS
RAFAELA JEMMENE
RAPHAEL ESCOBAR
RAQUEL FAYAD
REJANE CANTONI
RENAN MARCONDES
RENATA BARROS
RENATA BASILE
RENATA CRUZ E LAURA GORSKI
RENATA LAGUARDIA
RENATA PADOVAN
ROBERTA SEGURA
RODRIGO LINHARES
ROSA MENKMAN (NL)
SANDRA LAPAGE
SATO DO BRASIL
SÉRGIO ADRIANO H
SHU LIN
SILVIO GURGEL
SIMONE MICHELIN
SIMONE REIS
SOBERANA ZIZA
SONIA GUGGISBERG
SORAIA DIAS
STEFANO CAGOL
TANIA & LASZLO
THALES POMB
THATIANA CARDOSO
THIAGO TOES
THOMAS ISRAEL
YOHANA OIZUMI
YUKO MATSUYAMA

Organização participativa dos artistas:
César Meneghetti (Artista)
Helena Marc (Artista, Lux Espaço de Arte)
Cynthia Loeb e Carolina Mikoszewski (Artistas, Ed. Vera)
Sérgio Adriano H (Artista)
Rafaela Jemmene (Artista)
Jê Américo (Artista e arquiteto)
Luiz Martins (Artista e designer)
Leandro Gutum (Artista e designer)

 

Serviços

Local: Edifício Vera
Endereço: Rua Álvares Penteado, 87 – Centro
Inauguração: Sábado 2 de setembro 2023 das 14h às 22h
Visitação: De segunda a sábado das 11h às 18h até 21 de outubro.
Entrada gratuita

 

NENHUMLUGARAGORA

 

Galeria Idea!Zarvos recebe exposição “PROTO-TIPO” a partir de 1º de abril

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Propondo reflexões sobre as noções de escala no pensamento arquitetônico, exposição reúne 13 artistas brasileiros contemporâneos.

 

Em uma semana que a cidade de São Paulo respira arte com a abertura da tradicional feira SP-ARTE, entra em cartaz na Galeria Idea!Zarvos, a partir de 1º de abril, a exposição ‘PROTO-TIPO”, que reúne treze artistas plásticos e arquitetos para expor seus trabalhos e intervenções – algumas delas site-specific – que dialogam com as maquetes dos empreendimentos espalhados pelos 3 mil m² da Galeria, localizada nos Jardins.

Curada por Guilherme Giufrida, PROTO-TIPO busca trabalhar sobre as noções de escala (protótipo, imagem, 1:1) sob o olhar dos artistas: Bruno Baptistelli, Grupo Cinza, Gabriel Roemer, Gustavo Utrabo, Grua Arquitetos, Jaime Lauriano, Leon Ferrari, Manoela Medeiros, Marcelo Cidade, Miguel Antunes Ramos, Renato Maretti, Talles Lopes e Vão Arquitetura.

Até 11 de junho, o público visitante da mostra verá uma rica seleção de obras que vão desde os objetos encontrados nas escavações de fundações dos edifícios da Idea!Zarvos por Bruno Baptistelli, representado pela Galeria Luisa Strina,  até a performance “Decorado”, do grupo de teatro Cinza de João Turchi e Gustavo Colombini, ocupando os modelos de apartamentos em exposição no espaço.  O destaque vai para as labirínticas plantas de Leon Ferrari, representado pela galeria Gomide&Co. A “Natureza morta” de Manoela Medeiros, empréstimo da Galeria Nara Roesler, traz blocos de concreto em escala real como se fossem maquetes de edifícios. Outro artista da mesma galeria, Jaime Lauriano, propõe uma intervenção afro futurista em uma maquete. Da Galeria Vermelho, Marcelo Cidade traz uma montagem inusitada de um objeto pré-fabricado em concreto.

 

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Obra sem título de Gabriel Roemer

 

A Galeria Idea!Zarvos é um projeto inédito no Brasil e foi pensada para que o público experimente uma completa imersão na história da Idea!Zarvos, e também para fomento da reflexão sobre arquitetura, arte, e cidade. Com a abertura da PROTO-TIPO, a incorporadora espera ser um ponto de encontro da comunidade artística e o público interessados em arte, além de contribuir para ampliação do acesso à arte no país.

No dia da abertura da mostra a Idea!Zarvos criou uma programação especial que começa às 12h com a vernissage, segue com a performance do Grupo Cinza ao longo da tarde e encerra com o show “O ovo e o vôo”, de Zé Miguel Wisnik, Guile Wisnik e Marina Wisnik, em um espetáculo que reúne poesia, arquitetura e música. Às 15h, o bate-papo “Ainda sobre o modernismo? Arte, arquitetura e reflexões sobre o futuro”, entre o artista Jaime Lauriano e a família Wisnik será mediado pela apresentadora Marina Person.

O público poderá apreciar as delícias do restaurante Mila, uma osteria moderna, que incorpora referências das diferentes imigrações na cozinha clássica italiana. Haverá também uma seleção artesanal da cervejaria Chroma e dos vinhos na pressão “Tão Longe, Tão Perto”, um projeto de curadoria de vinhos nacionais comandado pela sommelière Gabriela Monteleone.

Programação

12h – Vernissage

15h – Bate-papo “Ainda sobre o modernismo? Arte, arquitetura e reflexões sobre o futuro” com de Zé Miguel Wisnik, Guile Wisnik, Marina Wisnik e Jaime Lauriano, mediação por Marina Person

17h – Show “O ovo e o Vôo” com de Zé Miguel Wisnik, Guile Wisnik e Marina Wisnik

 

Lista de artistas

Bruno Baptistelli
Grupo Cinza
Gabriel Roemer
Gustavo Utrabo
Grua Arquitetos
Jaime Lauriano
Leon Ferrari
Manoela Medeiros
Marcelo Cidade
Miguel Antunes Ramos
Renato Maretti
Talles Lopes
Vão Arquitetura

 

Galeria idea!Zarvos
Endereço: Rua Sampaio Vidal, 978 – Jardins
Serviço: Galeria Idea!Zarvos recebe exposição “PROTO-TIPO”
Data: A partir de 1 de abril
Horário: Todos os dias, das 10h às 19h
Entrada Gratuita

www.ideazarvos.com.br

Obras de Lina Bo Bardi e Max Bill se encontram na Casa Zalszupin

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A casa administrada pela ETEL e Almeida & Dale Galeria de Arte expõe O Diálogo Bardi Bill, com curadoria de Francesco Perrotta-Bosch, e parceria com o Instituto Bardi | Casa de Vidro.

 

Max Bill foi um designer, pintor, escultor e arquiteto suíço reconhecido como um dos mais influentes do século 20, principalmente pelo movimento concretista, atuando especialmente na área da educação, no Brasil e na Alemanha. Já Lina Bo Bardi, uma das mais icônicas arquitetas do século 20, que ficou conhecida por projetar o MASP e a famosa Casa de Vidro. Seu legado extrapola o campo da arquitetura, pois ela também contribuiu para a cenografia, artes plásticas, desenho de mobiliários e design gráfico.

A união entre os dois trabalhos se dá a partir de um terceiro personagem, central: Pietro Maria Bardi, então diretor do MASP à época. É ele quem convida o suíco para uma exposição no Brasil, em 1949, que seria viabilizada apenas em 1951. E é sobre esta relação, entre o casal Bardi e Max Bill, que a exposição O Diálogo Bardi Bill se debruça, desde o dia 15 de outubro, na Casa Zalszupin, em São Paulo, sob curadoria de Francesco Perrotta-Bosch.

 

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Casal Bardi. Diretores do museu recepcionando o casal Lina e Max Bill, junho de 1953. Foto_ Desconhecido – Acervo do MASP.

 

“Max Bill pertence àquela categoria de artistas contemporâneos (especialmente, arquitetos) cujo insofrimento para as soluções fáceis, do não controlado, do não exato, é absoluto. A matemática está na base de toda sua concepção. Não a matemática imaginada pelos leigos (isto é, “fria”), mas a matemática como pode ser hoje considerada em toda a resplandecência de sua poesia integral”, escreveu Lina Bo Bardi em texto que será reproduzido na parede da exposição.

O suíço fez sua primeira grande exposição individual no Brasil em 1951, à convite de Pietro Maria Bardi, feito em 1949. Como dezenas de pinturas, esculturas e cartazes de Bill aqui se encontravam, a primeira edição da Bienal de São Paulo reapresentou ao público a Unidade Tripartida e a laureou com o Grande Prêmio de escultura. Em 1953, o artista veio ao Brasil para fazer suas notórias e polêmicas conferências, fazendo florescer então o concretismo de Waldemar Cordeiro e Luiz Sacilotto com o grupo Ruptura, de Ivan Serpa e Abraham Palatnik com o grupo Frente.

“Entretanto, o diálogo Bardi Bill desenvolveu-se também numa outra dimensão intelectual: sem palavras, somente formas. Nesta, Lina Bo Bardi explicitou seu encanto pelo suíço cuja arte e arquitetura fundamentou-se na matemática ‘em toda a resplandecência de sua poesia integral'” – Francesco Perrotta-Bosch.

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Vista da exposição Max Bill. Foto de Peter Scheier – Acervo do MASP.

 

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Vista da exposição Max Bill. Foto de Peter Scheier – Acervo do MASP.

 

A mostra na Casa Zalszupin propõe uma aproximação do conjunto de esculturas de Max Bill com o mobiliário de Lina Bo Bardi, algumas peças originais reeditadas pela ETEL e outras vintages do acervo do próprio Instituto. As estruturas geométricas, sintéticas, racionais e com poucos pontos de apoio das cadeiras de Lina Bo Bardi estão em consonância com o ideário concreto formulado por Bill. Ao reunir no mesmo ambiente as formas rigorosamente projetadas pelos dois grandes autores, saltará aos olhos que Lina compreendeu a essência das matrizes geométricas de Max, Lina dialogou com Max, Lina aprendeu com Max.

Nos trabalhos de Max, planos em torção intercalam o dentro e o fora; no mobiliário da arquiteta, superfícies igualmente complexas funcionam como moles moldes ao corpo. “Semiesferas aqui tocam o piso encontrando um delicado equilíbrio, sejam elas esculpidas em granito ou madeira, sejam assentos de couro. Não se trata tão somente de geometria descritiva: cada um ao seu modo, Lina Bo Bardi e Max Bill desenharam formas para, com rigor, materializar sua postura ética. Naquela virada dos anos 40 e 50, Bardi e Bill tratavam o raciocínio humanista e o desenho técnico como complementares”, escreve Francesco em seu texto curatorial.

 

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Interior do Palma Studio de Arte e Arquitetura. Foto Desconhecido – Arquivo Instituto Bardi.

 

 

 

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Poltrona de balanço, reedição ETEL. Foto Fernando Laszlo.

 

“Max Bill é representante de uma geração que quer explicar os fatos: de uma geração que assistiu à catástrofe da guerra e à falência da cultura tradicional. Como pesquisador cuidadoso e solitário de novas possibilidades, Max Bill não as procura em “evasões” abstratas, mas sim colocando concretamente os problemas. Parece-nos ouvir a esta altura a voz de uma senhora, que diligentemente frequenta as exposições, perguntando: Mas, meu Deus, como é possível chamar de pintura aqueles tracinhos vermelhos sobre um fundo completamente branco? Onde estão os famosos problemas da arte?”, diz ainda Lina Bo Bardi, no texto que estará na parede e foi escrito em abril de 1951.

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Mancebos Lina Bo Bardi, reedição ETEL. fotografia fernando laszlo Easy Resize com

 

 

O Diálogo Bardi Bill

Obras de Lina Bo Bardi e Max Bill; e documentos e correspondências entre o casal Bardi e Max
Curador: Francesco Perrotta-Bosch
Casa Zalszupin
Visitação: 15 de outubro a 10 de dezembro de 2022
Mais informações: Link
De segunda a sexta, das 10h às 18h e aos sábados das 10h às 14h
Ingressos gratuitos mediante agendamento prévio
Sem estacionamento
Casa Zalszupin

 

 

Kengo Kuma cria instalação em icônico edifício desenhado por Gaudí

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Escada da Casa Batlló recebeu uma cortina de 164.000 metros de correntes de alumínio para criar experiência imersiva aos visitantes

 

Como parte da nova Casa Batlló Experience, o arquiteto japonês Kengo Kuma foi convidado a projetar uma escada de emergência vestida com 164.000 metros de corrente de alumínio que captam a luz como se fossem redes de pesca. Segundo o arquiteto, as correntes brincam com a luz através do brilho, das silhuetas e das sombras criadas por seu formato ondulante.

O design tira inspiração da própria Casa Batlló, edifício modernista desenhado por Antoni Gaudí localizado em Barcelona, mais especificamente o pátio de luzes da residência. A instalação propõe uma gradação de tons, iniciando mais claros na parte superior, no nível do telhado, e escurecendo ao nível inferior, até atingir tons pretos.

 

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A escadaria parece suspensa no ar e cria um incrível efeito de passagem, pensado para enriquecer ainda mais a experiência dos visitantes do edifício icônico. A intervenção arquitetônica forma o núcleo da circulação vertical da Casa Batlló Experience, uma nova exposição imersiva de 2.000 m² dentro da obra-prima modernista. A nova escada conecta oito andares e os depósitos de carvão no porão.

 

“Imaginamos este espaço revestido de cortinas de alumínio, que com sua materialidade captam a luz como se fossem redes de pesca e nos mostram todas as suas formas: luminosidade, silhuetas, sombras; assim dispensando o uso de qualquer outro material e apagando esta caixa cega e sua escada usando apenas correntes” – Kengo Kuma

 

kengo kuma casa batllo gaudi foto pere vivas biel puig

kengo kuma casa batllo gaudi foto pere vivas biel puig

 

O projeto também encarou o desafio de encontrar uma solução para neutralizar o som das correntes. Para isso, o Departamento de Desenvolvimento e Inovação da empresa Montblanc criou painéis acústicos inovadores que cobrem o teto acima das correntes e neutralizam o ruído causado pelo seu movimento.

 

 

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Fonte: Designboom, Archello e Arquitectura Viva
Imagens: Pere Vivas e Biel Puig/Jordi Anguera/Divulgação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lab88 apresenta exposição “Cubos”

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Obras serão vendidas e toda a renda será em prol de entidades filantrópicas

 

A Lab88 Revestimentos, empresa de mão de obra especializada nas instalações de porcelanatos em grandes formatos, reúne artistas para a concepção de 16 obras de artes, impressas em cubos de 20cm e confeccionadas com recortes de porcelanatos que normalmente são descartados durantes as obras arquitetônicas.

Artes expressas por meio de graffiti, pintura, desenho, fotografia, estêncil, escultura e poesia dão o tom na exposição “Cubos”. Cada cubo, em suas seis faces, imprime obras impressionantes de arte, com estilos variados, mas, com o mesmo objetivo: a arte em prol do bem. Entre os artistas, figuram: Alê Jordão, Arthur Grangeia, Binho, Carolina Kowarick e Ciro Basto, Ciro, Daniel Melim, Flávio Samelo, Flip, Gabriel Wickbold, José Ricardo Basiches, Ju Violeta, Mauricio Lamosa, Nunca, Tinho, Vitché e William Mophos.

A ideia surgiu de um dos artistas para arrecadar fundos e auxiliar as vítimas da pandemia, causada pelo coronavírus. Os 16 cubos expostos estão à venda e todo o valor arrecadado será destinado, integralmente, para 4 instituições: NABEM- Núcleo Assistencial Bezerra de Menezes, Missão Cena, UTI Casas André Luiz e Casa Ninho.

 

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André Moral

 

“O CUBO LAB foi criado para que os nossos parceiros arquitetos tivessem em mãos uma amostra do nosso trabalho. Um cubo feito com sobras de produto e que virou arte beneficente. Esta ação visa minimizar a dor das pessoas afetadas pela pandemia e agradecemos de coração a todos os artistas que se dispuseram a estar conosco e acreditaram que juntos somos muito mais fortes” – André Moral, CEO Lab88.

 

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Cubo Binho

 

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Cubo Lamosa

 

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Cubo Basiches

 

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Cubo Arthur Grangeia

 

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Imagens: Divulgação

Museu da Língua Portuguesa será reinaugurado em julho

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Após incêndio, espaço reabre ao público reconstruído e com conteúdo renovado

 

O Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo,  será reinaugurado no próximo dia 31 de julho, reconstruído após o incêndio que o atingiu em dezembro de 2015. Um dos primeiros museus totalmente dedicados a um idioma, instalado na cidade com o maior número de falantes de português no mundo, na histórica Estação da Luz, o Museu celebra a língua como elemento fundador da nossa cultura. Por meio de experiências interativas, conteúdo audiovisual e ambientes imersivos, o visitante é conduzido a um mergulho na história e na diversidade do idioma falado por 261 milhões de pessoas em todo o mundo.

O Museu da Língua Portuguesa foi projetado pelo arquiteto britânico Charles Henry Driver e construído entre 1895 e 1901 pela São Paulo Railway Company. Iniciado em 2000 e inaugurado em março de 2006, o projeto arquitetônico da conversão em museu das outrora salas de escritório que ocupavam os seus interiores foi concebido por Paulo Mendes da Rocha e seu filho Pedro. O prédio é tombado pelo Iphan, Condephaat e Conpresp.

A reconstrução do Museu da Língua Portuguesa é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo em parceria com a Fundação Roberto Marinho e tem como patrocinador máster a EDP; como patrocinadores Grupo Globo, Grupo Itaú e Sabesp; e apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Federal por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O ID Brasil Cultura, Educação e Esporte é a organização social responsável pela sua gestão.

A cerimônia oficial de inauguração, no dia 31, terá transmissão ao vivo pelas redes sociais do Museu (Facebook e YouTube). A posterior abertura ao público se dará sob as restrições determinadas pelas medidas de combate à COVID-19. Os ingressos poderão ser adquiridos exclusivamente pela internet, com dia e hora marcados, e a capacidade de público está restrita a 40 pessoas a cada 45 minutos. Os visitantes receberão chaveiros touchscreen para evitar toque nas telas interativas.

 

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Passagem para o primeiro andar, vista para um dos saguões da estação da Luz.

 

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Uma das novidades do espaço é o Terraço, agora aberto ao público.

 

O conteúdo do Museu foi atualizado. Em sua exposição de longa duração, o Museu terá experiências inéditas e outras anteriormente existentes, que marcaram o público em seus 10 anos de funcionamento (2006-2015). Entre as novas instalações estão “Línguas do Mundo”, que destaca 23 das mais de 7 mil línguas faladas hoje no mundo; “Falares”, que traz os diferentes sotaques e expressões do idioma no Brasil; e “Nós da Língua Portuguesa”, que apresenta a língua portuguesa no mundo, com os laços, embaraços e a diversidade cultural da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Com curadoria de Isa Grinspum Ferraz e Hugo Barreto, o conteúdo foi desenvolvido com a colaboração de escritores, linguistas, pesquisadores, artistas, cineastas, roteiristas, artistas gráficos, entre outros profissionais de vários países de língua portuguesa. São nomes como o músico José Miguel Wisnik, os escritores José Eduardo Agualusa, Mia Couto, Marcelino Freire e Antônio Risério, a slammer Roberta Estrela d’Alva e o documentarista Carlos Nader. Entre os participantes de experiências presentes na expografia estão artistas como Arnaldo Antunes, Augusto de Campos, Laerte, Guto Lacaz, Mana Bernardes e outros.

Continuam no acervo as principais experiências, como a instalação “Palavras Cruzadas”, que mostra as línguas que influenciaram o português no Brasil; e a “Praça da Língua”, espécie de ‘planetário do idioma’ que homenageia a língua portuguesa escrita, falada e cantada, em um espetáculo imersivo de som e luz.

Já a exposição temporária de reabertura do Museu, “Língua Solta”, traz a língua portuguesa em seus amplos e diversos desdobramentos na arte e no cotidiano. Com curadoria de Fabiana Moraes e Moacir dos Anjos, a mostra conecta a arte à política, à vida em sociedade, às práticas do cotidiano, às formas de protesto e de religião, em objetos sempre ancorados no uso da língua portuguesa.

 

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Obra “Manuais de Liedo – lote1” – Marcelo Silveira

 

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Painel Português do Brasil.

 

Novo terraço e reforço de segurança contra incêndio 

Um dos principais prédios históricos de São Paulo, marco do desenvolvimento da cidade e querido por toda a população, a Estação da Luz tem uma importância simbólica única: foi uma das portas de entrada para milhares de imigrantes que chegavam ao Brasil. Era lá que eles, depois de desembarcarem dos navios em Santos, tinham o primeiro contato com a língua portuguesa.

Com a completa recuperação arquitetônica e readequação de seus espaços internos, o Museu manteve os conceitos estruturantes do projeto de intervenção original – assinado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha e seu filho Pedro, em 2006 ­–  e ganhou aperfeiçoamentos. No térreo, o museu abre-se à estação, reforçando sua comunicação com a cidade. Nos andares superiores, espaços foram otimizados, novos materiais foram introduzidos e o museu ganhou mais salas para suas instalações. E no terceiro piso haverá um terraço com vista para o Jardim da Luz e a torre do relógio. Este espaço homenageará o arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que morreu este ano. A nova versão foi concebida por Pedro Mendes da Rocha e desenvolvida nas etapas de pré-executivo e projeto executivo pela Metrópole Arquitetura, sob coordenação de Ana Paula Pontes e Anna Helena Villela.

A reconstrução também incorpora melhorias de infraestrutura e segurança, especialmente contra incêndios, que superam as exigências do Corpo de Bombeiros. Entre as novas medidas, está a instalação de sprinklers (chuveiros automáticos) para reforçar o sistema de segurança contra incêndio. No caso do Museu, os sprinklers não são uma exigência legal, mas foi uma recomendação dos bombeiros acatada para trazer mais segurança para o projeto.

Todas as etapas foram aprovadas e acompanhadas de perto pelos três órgãos do patrimônio histórico: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), órgão de âmbito estadual; e Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).

Sustentabilidade: foco no selo LEED e madeira recuperada 

O museu também será reaberto com certificação ambiental. As diretrizes de sustentabilidade pautaram toda a obra, e o Museu obteve o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) — um dos mais importantes do mundo na área de construções sustentáveis — na categoria Silver. Entre as medidas estão a adoção de técnicas para economia de energia na operação do museu; a gestão de resíduos durante as obras; e a utilização de madeira que atende às exigências de sustentabilidade (certificada e de demolição) em todo o Museu.

Cerca de 85% da madeira necessária para a recuperação das esquadrias foram utilizados do próprio material já existente no edifício, com a reutilização de madeira da cobertura original, datada de 1946. Já na construção da nova cobertura, foram empregadas 89 toneladas (67 m³) de madeira certificada proveniente da Amazônia.

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Praça da Língua, com vídeos projetados em 360 graus.

 

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Espaço Falares, que reúne vídeos e áudios de pessoas anônimas e famosas.

 

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Totens interativos trazem palavras cruzadas.

CONHEÇA MAIS 

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA (1º Andar)

O 1º andar do Museu é dedicado às exposições temporárias. A mostra “Língua Solta”, que traz os diversos desdobramentos da língua portuguesa na arte e no cotidiano, marca a reinauguração do espaço. São 180 peças que vão desde mantos bordados por Bispo do Rosário até uma projeção de memes do coletivo Saquinho de Lixo, com curadoria de Fabiana Moraes e Moacir dos Anjos. Os visitantes terão contato com o embaralhamento proposto pelos curadores, conectando a arte à política, à vida em sociedade, às práticas do cotidiano e às formas de protesto, de religião e de sobrevivência – sempre atravessados pela língua portuguesa. Cartazes de rua, cordéis, brinquedos, revestimento de muros e rótulos de cachaça se misturam a obras de artistas como Mira Schendel, Leonilson, Rosângela Rennó e Jac Leirner, entre outros.

EXPOSIÇÃO DE LONGA DURAÇÃO (2º e 3º andares) 

2º andar – Viagens da Língua. Experiências:

Línguas do mundo – Em uma das novas experiências do museu, 23 mastros se espalham pelo hall do 2º andar, cada um com áudios em um idioma. São saudações, poemas, trechos de textos e canções em gravações feitas por falantes de português, espanhol, italiano, alemão, francês, inglês, russo, hindi, grego, armênio, farsi, árabe, idishe, mandarim, japonês, coreano, turco, yorubá, quimbundo, quéchua, guarani-mbyá, yanomami e basco. As línguas foram escolhidas entre as 7 mil existentes no mundo segundo os critérios de seus laços com o Brasil – principalmente pela imigração – ou por representarem diferentes regiões do mundo e suas famílias linguísticas.

Laços de família – O tema das várias línguas do mundo e sua organização em famílias segue pela parede do corredor da Rua da Língua. Um diagrama animado desenvolve-se para mostrar a evolução da família indo-europeia, da qual o português faz parte, e o parentesco entre grupos linguísticos.

Rua da Língua – A instalação que se estende por toda a Grande Galeria – mimetizando a linha do trem da Estação da Luz alguns andares abaixo – teve seu conteúdo todo renovado. Para convidar o visitante a refletir sobre a linguagem na vida urbana contemporânea, as telas “se transformam” em paredes, murais, outdoors. Como nas ruas das cidades, ali surgem a poesia-relâmpago dos fragmentos verbais eruditos e populares: expressões, provérbios, pichações, poemas, propaganda, inscrições anônimas da grande cidade, em desenhos surpreendentes. São criações de artistas como Augusto de Campos, Arnaldo Antunes, Guto Lacaz, Felipe Grinaldi, Fábio Moraes, GG (Susto), Mana Bernardes e Coletivo Bijari, a partir da consultoria especializada de José Miguel Wisnik e Antonio Risério, com roteirização de Wisnik e Leandro Lima. A experiência tem trilha sonora original de Alê Siqueira e Cid Campos.

Beco das palavras – Uma das experiências que se mantiveram no Museu, com tecnologia renovada. Nas mesas interativas, o público deve formar palavras, descobrindo, de forma lúdica, a origem das palavras da língua portuguesa e os mecanismos secretos com que nossa língua pode sempre se renovar. A consultoria é do linguista Mário Viaro, com roteirização de Marcelo Tas.

Palavras cruzadas – Um dos principais espaços expositivos do Museu desde sua inauguração, também teve sua tecnologia multimídia renovada. Oito totens interativos com recursos audiovisuais e painel explicativo expõem as influências das principais línguas e povos que contribuíram para formar o português do Brasil. A navegação pode ser feita por palavra, descobrindo sua forma e pronúncia na língua de origem, ou por povos, investigando sua cultura, tradições e sua chegada no Brasil.

O português do Brasil – Estudar o português do Brasil é também estudar a história da formação do país e de seu povo. Esta Linha do Tempo passeia por diferentes períodos históricos – desde o Império Romano e Mundo Árabe, passando pelas Grandes Navegações, influências indígenas e africanas até questões atuais – através da combinação de diferentes recursos expográficos, como vitrines com objetos, textos, depoimentos de especialistas, mapas animados, vídeos históricos e obras literárias

Nós da língua – A instalação “Nós da Língua Portuguesa”, novidade na exposição e que amplia a presença da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no Museu, tem duplo objetivo. De uma parte, mostrar a presença estabelecida da língua portuguesa no mundo: o idioma é falado hoje em cinco continentes por 261 milhões de pessoas. De outra, mapear suas novas movimentações.

Na instalação audiovisual, os pontos em comum e a diversidade que marcam a língua portuguesa no mundo são reveladas através de três eixos: o intercâmbio entre os povos com o mesmo idioma; a ruptura dos colonizados com a língua dos colonizadores; e a invenção, com as trocas que enriquecem a língua até hoje. O visitante navega pelos diferentes rostos e sotaques; imagens históricas; conflitos; paisagens; culturas e formas de comunicação que compõem as identidades dos países.

3º andar – O que quer e o que pode essa língua. Experiências: 

Falares – “Falares” é como a língua se expressa nas falas do Brasil, nos territórios, nos corpos – nas gírias, na fala dos mais velhos, na linguagem das ruas, nas rezas, nas brincadeiras das crianças. Uma das novas experiências audiovisuais do Museu – com consultoria de Marcelino Freire e Roberta Estrela Dalva, roteiro e direção de Tatiana Lohman –, forma o mosaico de um Brasil diverso.

Nove grandes telas verticais – que retratam anônimos e famosos, como a cartunista Laerte – formam uma espécie de “bosque” de falares, mostrando a diversidade do português brasileiro, suas variações geográficas e socioculturais. O visitante passeia por entre as telas, percebendo diferentes aspectos da língua portuguesa viva. Os depoimentos se desenvolvem em loop, com alguma conexão entre palavras, expressões e assuntos. Uma estação multimídia permite aos visitantes aprofundar a pesquisa sobre variação linguística, com o acervo de falares do país, depoimentos sobre a língua e explicações de especialistas.

O que pode a língua – No auditório, o público é convidado a mergulhar em um filme poético sobre o desenvolvimento da linguagem e seu poder criador, concebido e dirigido por Carlos Nader.

Praça da Língua – Uma das experiências originais do Museu, a Praça da Língua, espécie de ‘planetário do idioma’, mantém parte do seu conteúdo, homenageando a língua portuguesa escrita, falada e cantada em um espetáculo imersivo de som e luz.

Concebida por José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski, traz um mosaico de músicas, poesias, trechos literários e depoimentos em língua portuguesa – de Carlos Drummond de Andrade a Dorival Caymmi, passando por Fernando Pessoa, Nelson Rodrigues e Lamartine Babo –, interpretados por nomes como Maria Bethânia e Matheus Nachtergaele.

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Rua da Língua é um corredor com mais de cem metros que recebe projeções em vídeo.

 

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Auditório, no terceiro andar.

Fonte: Museu da Língua Portuguesa

Imagens: Eduardo Knapp

Participação brasileira na 17° Mostra Internacional de Arquitetura

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CONHEÇA A PARTICIPAÇÃO OFICIAL DO BRASIL

 

A Fundação Bienal de São Paulo anuncia o projeto que ocupará o Pavilhão do Brasil na 17° Mostra Internacional de Arquitetura da La Biennale di Venezia [Bienal de Veneza], que acontece de 22 de maio a 21 de novembro de 2021, com curadoria do arquiteto e estudioso Hashim Sarkis. A exposição “utopias da vida comum” tem curadoria do estúdio colaborativo Arquitetos Associados (composto pelos arquitetos e urbanistas Alexandre Brasil, André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel e Paula Zasnicoff) e do designer visual Henrique Penha.

utopias da vida comum” dialoga com o tema geral do evento, How will we live together?, e parte do mapeamento da presença das utopias em solo brasileiro, desde a cosmovisão Guarani da Terra sem Males até a contemporaneidade, destacando alguns momentos singulares em que ideias transformadoras promoveram ou têm o potencial de promover mudanças significativas no modo como a arquitetura e a cidade podem fomentar novas alternativas para a vida comum. A exposição será acompanhada de um catálogo digital, com lançamento previsto para o final de junho.

Simultaneamente à pré-abertura da 17. Mostra Internacional de Arquitetura da La Biennale di Venezia [Bienal de Veneza], no dia 20 de maio, a Fundação Bienal realizará, em seu canal no YouTube, um evento on-line para apresentar ao público a exposição utopias da vida comum. A live será realizada em parceria com o canal ARTE 1 e mediada pela jornalista Gisele Kato. A evento-online terá participação dos curadores do estúdio colaborativo Arquitetos Associados, e falas de representantes da Fundação Bienal de São Paulo e da Secretaria Especial da Cultura – pasta do governo federal que, sob o Ministério do Turismo, realiza a mostra conjuntamente com o Ministério das Relações Exteriores, além de um vídeo do Pavilhão do Brasil e fotos e vídeos das obras que compõem a mostra. O ARTE 1 também transmitirá a live em seu canal no mesmo dia, às 22h. O público poderá visitar a exposição a partir de sábado, 22 de maio, até domingo, 21 de novembro de 2021.

 

“A ideia de utopia perpassa vários momentos da história do pensamento e da produção do espaço brasileiro, muito antes da própria criação da palavra por Thomas More em seu conhecido livro. Transportar e ressignificar este conceito como um dispositivo para abordar o contemporâneo é o que procuramos fazer ao construir a narrativa curatorial” – Carlos Alberto Maciel

 

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Luiza Baldan, Sem título. Série Natal no Minhocão, 2009.

 

A exposição brasileira conta com dois núcleos, expostos nas duas salas que constituem o Pavilhão do Brasil. A sala menor abriga o núcleo Futuros do passado, dedicado a dois projetos icônicos da arquitetura moderna e às utopias que os orientaram, realizados entre o fim do Estado Novo e os anos JK (1946 e 1961). A sala grande recebe Futuros do presente, onde são exibidos dois vídeos, comissionados especialmente para a Bienal de Veneza, que refletem utopicamente sobre a ocupação das metrópoles contemporâneas.

How will we live together? foi proposto pelo arquiteto e acadêmico Hashim Sarkis, curador geral desta edição da Mostra Internacional de Arquitetura. Sarkis desafia a refletir sobre a possibilidade de um novo contrato espacial e imaginar espaços onde as pessoas possam, de fato, viver juntas no atual contexto de polarização política, de crescimento da desigualdade econômica em escala global e, agora, dos desafios impostos por uma pandemia. A curadoria incentiva os arquitetos convidados a envolverem outros participantes em seus projetos, sejam artistas, construtores, jornalistas, políticos, cientistas sociais ou os próprios cidadãos. Sarkis propõe, assim, retomar o papel do arquiteto como organizador e zelador de um contrato espacial comum à sociedade como um todo.

A prerrogativa da Fundação Bienal de São Paulo na realização da representação oficial do Brasil na 17ª Mostra Internacional de Arquitetura de Veneza é fruto de uma parceria com a Secretaria Especial da Cultura, responsável pelo desenvolvimento da política de intercâmbio cultural do país. É um reconhecimento à excelência do trabalho da Fundação Bienal de São Paulo, a outorga da realização do projeto.

 

“A realização das representações brasileiras neste espaço de prestígio que são as Bienais de Arte e Arquitetura de Veneza é vital para a promoção do patrimônio cultural do Brasil no exterior, uma das preocupações centrais da Secretaria Especial da Cultura”, afirma Mario Frias, Secretário Especial da Cultura.

 

As participações brasileiras nas Bienais de Arte e Arquitetura de Veneza ocorrem no Pavilhão do Brasil, construído em 1964 a partir de um projeto de Henrique Mindlin e mantido pelo Ministério das Relações Exteriores. Para José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, “as representações nacionais em Veneza são ocasiões privilegiadas para compartilhar, com outros países, a força da produção artística e arquitetônica brasileira contemporânea”.

 

Pavilhão do Brasil na 17. Mostra Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia

Comissário: José Olympio da Veiga Pereira, Presidente da Fundação Bienal de São Paulo
Curadoria: Arquitetos Associados (Alexandre Brasil, André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel e Paula Zasnicoff) e Henrique Penha
Título da exposição: utopias da vida comum
Local: Pavilhão do Brasil
Endereço: Giardini Napoleonici di Castello, Padiglione Brasile, 30122 Veneza, Itália
Data: 22 de maio a 21 de novembro de 2021

“Reconstruções: Arquitetura e Negritude na América” | MoMA

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MoMA inaugura a exposição “Reconstructions: Architecture and Blackness in America” e reúne trabalhos inéditos.

 

Primeira exposição do MoMA à explorar a relação entre a arquitetura e os espaços das comunidades de diáspora afro-americana e africana, “Reconstructions: Architecture and Blackness in America” apresenta obras recém-encomendadas por arquitetos, designers e artistas que exploram maneiras pelas quais histórias podem ser visíveis e a equidade pode ser construída. A exposição e a publicação que a acompanha examinam a arquitetura contemporânea no contexto de como o racismo sistêmico fomentou histórias violentas de discriminação e injustiça nos EUA e reúne trabalhos inéditos, obras de Emanuel Admassu, Germane Barnes, Sekou Cooke, J. Yolande Daniels, Felecia Davis, Mario Gooden, Walter Hood, Olalekan Jeyifous, V. Mitch McEwen e Amanda Williams, além de novas fotografias e um filme do artista David Hartt.

 

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Cortesia do Museum of Modern Arte – Robert Gerhardt

 

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Cortesia do Museum of Modern Arte – Robert Gerhardt

 

O museu observa que as condições de racismo sistêmico “estruturaram e continuam a informar o ambiente construído das cidades americanas por meio de políticas públicas, planejamento municipal e arquitetura, com repercussões específicas para as comunidades afro-americanas e da diáspora africana. As obras exploram como as pessoas têm mobilizado espaços, formas e práticas da cultura negra como locais de imaginação, liberação, resistência e recusa”. A exposição apresenta projetos individuais que respondem a narrativas e condições encontradas em Atlanta, Brooklyn, Los Angeles, Miami, Nashville, Nova Orleans, Oakland, Pittsburgh, St. Louis e Syracuse e os projetos propõem uma intervenção em uma das 10 cidades: desde as varandas da frente de Miami e as baías de Nova Orleans até as autoestradas de Oakland e Siracusa.

 

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Cortesia de V.Mitch McEwen

 

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Cortesia do Museum of Modern Arte – Robert Gerhardt

 

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Cortesia do Museum of Modern Arte – Robert Gerhardt

 

A mostra é organizada por Sean Anderson, curador associado do Departamento de Arquitetura e Design do Museu de Arte Moderna, Mabel O. Wilson, professora da Universidade de Columbia, Arièle Dionne-Krosnick, ex-assistente curatorial, e Anna Burckhardt, assistente curatorial do Departamento de Arquitetura e Design do Museu de Arte Moderna. Um comitê consultivo composto por acadêmicos, escritores, historiadores, agentes políticos, pensadores e arquitetos apoiou a equipe curatorial no estabelecimento da estrutura conceitual e no processo de seleção dos participantes e locais.

De 27 de fevereiro até 31 de maio/2021.

Veja mais em Reconstructions: Architecture and Blackness in America | MoMA.

 

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Cortesia do Museum of Modern Arte – Robert Gerhardt

 

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Cortesia de Felecia Davis