Grupo Tigre patrocina documentário “O Futuro das águas, desafio do século”

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Multinacional brasileira estimula a consciência sobre boa utilização de recurso hídricos, tema central do filme

 

O Grupo Tigre, multinacional brasileira, líder em soluções para construção civil e cuidado com a água, e seu braço social, o Instituto Carlos Roberto Hansen (ICRH), patrocinam “O Futuro das águas, desafio do século”.

O documentário, dirigido por Camilo Tavares, diretor premiado na França e EUA e com experiência na TV Globo e Canal Futura, e produzido por Nexo Filmes e Lavoura Santa, apresenta os principais desafios e soluções relacionados à gestão da água no Brasil, com destaque para o estado e a cidade de São Paulo. Com uma visão crítica dos desafios hídricos atuais, o filme aponta soluções que mostram bons exemplos na gestão do saneamento e reuso de água em prédios comerciais e na indústria.

 

“A ideia inicial veio da necessidade de produtos audiovisuais que fomentem uma tomada de consciência perante os recursos híbridos. Agora temos uma chance, com o novo marco do saneamento, de gerir melhor a questão e adotar o modelo da economia circular. A partir daí, fizemos o documentário com o patrocínio cultural da Tigre e o ICRH. Espero que estimule a consciência de todos” – Camilo Tavares, diretor de “O Futuro das águas, desafio do século”

 

Com duração de 29 minutos, o curta-metragem traz depoimentos de especialistas do setor hídrico. Entre eles está Ewerton Pereira Garcia, diretor da Tigre Água e Efluentes (TAE) que fala sobre um dos grandes temas para reflexão nesta Semana Mundial do Meio Ambiente: a boa utilização da água: “No Brasil, mais de 100 milhões de pessoas não têm acesso à rede coletora de esgoto, segundo dados do Instituto Trata Brasil. Atender a esse desafio envolve disponibilizar unidades de tratamento cada vez menores com potencial para substituir fossas sépticas e biodigestores, contribuindo para a ampliação do saneamento básico”, declara Garcia.

A previsão é de que o documentário estreie nacionalmente, em TV aberta, em agosto.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte Tigre
Imagem: Divulgação

 

 

 

Pegada de CARBONO, redução de impactos.

pegada de carbono

Saiba mais sobre a pegada de carbono na construção civil e como reduzi-la.

 

A construção civil é uma das áreas que mais contribui para a emissão de gases do efeito estufa, sendo praticamente protagonista no problema atual da pegada de carbono. A pegada de carbono é uma metodologia utilizada para calcular a emissão de gases do efeito estufa (GEE). Todos os gases nocivos ao planeta são convertidos em carbono equivalente. Os principais gases considerados para o cálculo são:

CO2 – Dióxido de Carbono: queima de combustíveis fósseis, desmatamentos e queimadas, transporte.

CH4 – Metano: agricultura, aterros sanitários e lixões.

N2O – Óxido Nitroso: combustão em carros, manutenção de solos agrícolas.

HFC – hidrofluorocarboneto: ar condicionado, refrigeração, retardadores de chamas, aerossóis e solventes.

PFC – perfluorocarbonetos: produção de alumínio.

SF6 – hexafluoreto de enxofre: equipamentos de eletricidade e energia.

 

Cada um desses gases possui um potencial diferente para aquecer a atmosfera. O Óxido Nitroso (N2O), por exemplo, é 310 vezes mais prejudicial que o dióxido de carbono. Isso significa que cada Kg de N2O equivale a 310 Kg de CO2. Dessa forma, utiliza-se o carbono como medida de grandeza para contabilizar esses gases.

O impacto ambiental causado por tais substâncias tem ganhado espaço na sociedade e na mídia. Diversos países se reúnem para discutir estratégias de redução de emissão de gases e assinam acordos de investimentos e comprometimento, como por exemplo o Acordo de Paris. 195 países assinaram o tratado mundial que objetiva conter o aquecimento global durante a COP21 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015), em Paris. As medidas e metas do tratado passaram a valer no ano passado (2020), cada país dentro de seu contexto de crescimento populacional e econômico.

Hoje, o Brasil ocupa o 15º lugar na classificação mundial de quantidade de emissões de CO2 por consumo de energia. Muitas indústrias vêm atuando na redução da pegada de carbono. Contudo, ainda contam com baixos resultados, atingindo somente 10% nas reduções. A meta brasileira corresponde a uma redução de 66% na emissão de gases do efeito estufa por unidade do PIB até 2025 e de 75% até 2030. Ambas em relação a 2005.

 

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Esquema de pegada de carbono por estado brasileiro. (2018)

 

Como a pegada de carbono é contabilizada

Diversas atividades do nosso cotidiano envolvem a emissão de gases poluentes. Boa parte dos alimentos que compramos chegou até o mercado pelo transporte de caminhões. Antes disso, ocupou terras de plantio ou de pasto. Tanto os caminhões quanto o desmatamento para agricultura e pecuária são atividades que aumentam os níveis de carbono na atmosfera. Para fazer a conta desses níveis é possível utilizar dois métodos: o ‘top down’ ou o ‘botton up’.

 

‘Top Down’:

Emissões totais ÷ Emissões = Atividades Geradoras.

De cima para baixo, divide o total de emissões de uma entidade (organização, cidade, país…) pelas suas atividades.

‘Bottom Up’:

Atividades Geradoras ÷ Emissões = Emissões totais

Nesse caso são somadas as emissões de carbono de cada uma das atividades individuais.

 

A quantificação da emissão de carbono é necessária para contabilizar reduções e seu possível valor de comercialização. Sim, o carbono pode ser comercializado. Você já ouviu falar em créditos de carbono? É basicamente uma moeda de troca que consiste na não emissão de dióxido de carbono.

Representa um mercado de créditos que são gerados tanto na base da não emissão de gases, como em ações que revertem o problema. Programas de plantio de árvores ou de geração de energia renovável são exemplos dessas ações. Esses créditos podem ser comercializados. Assim, países ou empresas que não conseguem cumprir suas metas de redução, podem adquirir créditos.

Utilizamos o termo “sequestro de carbono” para atividades que absorvem carbono da atmosfera. A maior e mais natural delas é o crescimento de florestas. Cada hectare de floresta em crescimento pode absorver de 150 a 200 toneladas de carbono. A compensação de carbono é a procura pelo contrapeso das emissões de determinada empresa ou país.

 

 

A Construção Civil e a Redução da Pegada de Carbono

Em um edifício, devemos considerar os efeitos da pegada de carbono em dois momentos: Durante o período de construção e ao longo dos anos de uso. Um bom projeto e gerenciamento de obra são fundamentais para otimizar o processo, não adianta projetar uma casa eficiente se não forem considerados materiais e técnicas em sua construção. A etapa da obra geralmente é quando se tem o maior impacto. Cada material da construção (revestimentos, iluminação, estrutura, tijolos, portas, janelas…) também passa por um processo de fabricação, por isso o momento de especifica-los é de imprescindível importância, assim como entender o impacto desse processamento no ciclo de vida do material.

No Brasil, por exemplo, a siderurgia responde por cerca de 35% das emissões de carbono do setor industrial. Enquanto isso, a produção de cimento corresponde por 19%. Contudo, o aço pode ser reciclado, já o cimento, não. Se não houver uma logística de reciclagem, é muito possível que a destinação final seja o aterro sanitário ou algum lixão. Ambos são grandes emissores de gás metano e dióxido de carbono, portanto, quanto menos processado for o material, melhor. Deve-se priorizar o uso de materiais naturais facilmente assimilados pelo ambiente. Os principais materiais que emitem gases de efeito estufa são: aço, cal e o cimento.

Além da escolha dos materiais, existem outras técnicas que abrangem a redução da pegada de carbono em uma edificação e colaboram para reduzir os impactos do edifício durante seu uso. Uso de energia renovável (solar, eólica…); elementos passivos para conforto térmico, como brises e ventilação natural; captação de água da chuva; tratamento de água quando possível; paisagismo com vegetação densa; medição para alcançar melhorias; direcionar resíduos de obra para reciclagem, compostagem ou outras obras., etc, são algumas estratégias para empreendimentos mais sustentáveis e menos poluentes. É fundamental promover pesquisas acerca de materiais e técnicas construtivas. Assim, garante-se uma evolução constante de eficiência e qualidade na construção civil.

Uma boa ferramenta para elaboração de projetos de baixo impacto é a  “Climate Positive Design”. Gratuita, ela permite que você simule o projeto com tipologias genéricas de plantas. Então, ela cria uma estimativa de quanto carbono foi poupado ou sequestrado com seu design.

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Fontes:

Ugreen: www.ugreen.com.br
Ministério do Meio ambiente: www.mma.gov.br
Ferramente Climate Positive Designclimatepositivedesign.com
Observatório do Clima: www.observatoriodoclima.eco.br

Imagens: Divulgação Ugreen