LEÃO DE OURO para Lina Bo Bardi!

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Segundo o curador do evento, Lina representa melhor do que qualquer outra arquiteta o tema da Bienal de 2021.

 

Arquiteta italiana naturalizada brasileira Lina Bo Bardi recebe hoje o Leão de Ouro Especial in memorian pela trajetória e conjunto de sua obra durante a 17ª Mostra Internacional de Arquitetura de La Biennale di Venezia. Lina é a primeira mulher brasileira a conquistar um Leão de Ouro e a terceira arquiteta brasileira a receber a honraria, depois de Oscar Niemeyer (1996) e Paulo Mendes da Rocha (2016).

Com o Leão de Ouro, a criatividade e o talento da mais conhecida arquiteta brasileira, Lina Bo Bardi (1914-1992), são reconhecidos mundialmente Segundo o curador do evento, o arquiteto libanês Hashim Sarkis, Lina representa melhor do que qualquer outra arquiteta o tema da Bienal de 2021, “Como viveremos juntos?”. Nascida em Roma e formada em Milão, a arquiteta veio ao Brasil em 1946 com seu marido, Pietro Maria Bardi, a convite do jornalista Assis Chateaubriand. E foi aqui que desenvolveu sua carreira com obras de relevância internacional, como o Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Sesc Pompeia, a Casa de Vidro, o Solar Unhão e o Teatro Gregório de Mattos.

 

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O Sesc Pompeia, obra de Lina Bo Bardi listada como uma das 25 mais importantes obras arquitetônicas do pós-guerra. Pedro Kok.

 

Mesmo sendo europeia, Lina se tornou uma das principais intérpretes do Brasil para os brasileiros e para o mundo. Não só na Arquitetura, mas também por meio do design de móveis e objetos, das aulas na Universidade Federal da Bahia, dos seus livros e da sua atuação política. Segundo Hashim Sarkis, é uma carreira que destaca o arquiteto como coordenador de visões coletivas.

 

“Sua carreira como designer, editora, curadora e ativista nos lembra o papel do arquiteto como construtor de visões coletivas. Ela também exemplifica a perseverança da arquiteta em tempos difíceis, sejam guerras, conflitos políticos ou imigração, e sua capacidade de permanecer criativa, generosa e otimista o tempo todo. Lina Bo Bardi foi a arquitetura do compromisso comunitário, arquitetura entendida como um serviço coletivo, livre das amarras de qualquer escola de pensamento; uma arquitetura moderna e antiga ao mesmo tempo, popular, vernácula e culta, artesanal e não industrial, respeitadora da tradição mas também inovadora” – Hashim Sarkis, curador da 17ª Mostra Internacional de Arquitetura de La Biennale di Venezia.

 

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A Casa de Vidro, antiga residência de Lina Bo Bardi e P.M. Bardi.

 

Desde sua morte em 1992, a memória e o reconhecimento de seu trabalho são promovidos pelo Instituto Bardi sediado na Casa de Vidro através do acesso ao seu acervo e a promoção de atividades culturais. O novo portal online do Instituto Bardi reúne pela primeira vez uma retrospectiva completa de atividades culturais realizadas até hoje pelo Instituto em seus 30 anos de existência, além de um acervo inédito sobre a vida e obra de Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, compilando a bibliografia e mapeando a obra do casal.

O website também dispõe de todas as participações do acervo da Casa de Vidro em exposições através do mundo, somando mais de 200 exibições. O acervo conta com uma página própria e atua também como ferramenta de pesquisa, facilitando a pesquisa de mais de 8 mil desenhos de Lina Bo Bardi. Pela primeira vez serão disponibilizadas também as plantas arquitetônicas da Casa de Vidro, além da possibilidade de alugá-la para apoiar financeiramente o Instituto.

 

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Fonte: Instituto Lina Bo Bardi
Imagens: Pedro Kok e Divulgação

Bienal de Arquitetura de Veneza 2021

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A 17ª Biennale di Venezia está marcada para abrir em 22 de maio!

 

A 17ª Exposição Internacional de Arquitetura “Como viveremos juntos?” está marcada para abrir para o público presencialmente de 22 de maio a 21 de novembro de 2021. Organizada pela Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, a exposição foi adiada em um ano, inicialmente ela estava programada para acontecer entre os meses de  agosto e novembro de 2020.

“Precisamos de um novo contrato espacial. No contexto de crescentes divisões políticas e desigualdades econômicas, pedimos aos arquitetos que imaginem espaços em que possamos viver juntos com generosidade“ – arquiteto e curador da exposição Hashim Sarkis.

Para refletir sobre o tema, 110 participantes de 46 países representarão a comunidade internacional na Biennale –  em especial, vindos da África, América Latina e Ásia. Além disso, a edição terá 63 participações nacionais, que irão expor nos pavilhões Giardini, Arsenale e no centro histórico de Veneza. Quatro países estão participando pela primeira vez da Biennale: República do Azerbaijão, Granada, Iraque e Uzbequistão .

Em nota, a organização do evento explicou: “a Biennale Architettura 2021 é motivada pelos novos problemas que o mundo está colocando à frente da arquitetura, mas também é inspirada pelo ativismo emergente de jovens arquitetos e as revisões radicais que estão sendo propostas para enfrentar esses desafios. Mais do que nunca, os arquitetos são chamados a propor alternativas“.

A exposição será articulada entre o Pavilhão Central do Giardini e o Arsenale. Os dois espaços são independentes mas complementares ao mesmo tempo, no sentido de que fazem parte da mesma exposição.
Organizada em cinco escalas entre o Arsenale e o Giardini, a exposição também apresenta grandes instalações conectadas a uma das cinco escalas, que serão expostas nas áreas externas dos pavilhões.

A 59ª Bienal de Arte, que deveria acontecer ainda neste ano, foi adiada para 2022. O evento, que terá curadoria de Cecilia Alemani, ocorrerá entre 23 de abril e 27 de novembro de 2022.

 

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Eventos satélite e Exposição online

A Bienal de Arquitetura ainda terá 17 eventos satélites, alternativos à exposição principal no Giardini e Arsenale.
Organizados em vários pontos da cidade de Veneza, as exibições paralelas apresentam um amplo leque de projetos e participações que enriquecem o pluralismo de vozes e distingue a mostra de Veneza.

Na segunda-feira, 12 de abril, a 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza será apresentada ao vivo no site, Facebook, Twitter e YouTube oficiais da exibição. A transmissão inicia às 14h e irá dar uma ideia do que esperar da abertura oficial, que acontece no sábado, 22 de maio.

Desde novembro, a Bienal está lançando uma série de podcasts em inglês com o curador da mostra, Hashim Sarkis, em que ele compartilha seus pensamentos e reflexões sobre a exposição em Veneza e sua sua história. Os episódios estão disponíveis no Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts.

A jornada virtual da exposição também pode ser vivida através de uma trilha sonora disponibilizada no perfil oficial do Spotify. A playlist contém uma música, canção ou composição escolhida pelos participantes que o inspirou na criação de seu projeto e representa sua identidade profissional. A exposição, quando inaugurada, poderá ser visitada ao som desta mesma trilha sonora personalizada.

 

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Fonte: Casacor
Imagens: Divulgação