Concreto e vidro são elementos de destaque nesta residência de 1.500 m² banhada por luz natural
De dimensões generosas e elementos contemporâneos, a Casa TRD, projetada pelo escritório Biselli Katchborian Arquitetos Associados, é formada por dois volumes, dispostos de acordo com a geometria não-convencional do terreno, ambos suportados por concreto armado protendido, o que permite minimizar os pontos de apoio, resultando em grandes vãos livres e balanços estruturais. Os moradores, um casal com filhos, desejavam uma casa ampla que visualmente se comunicasse com o exterior, atribuída de certa transparência e luminosidade.
A residência de 1.500 m², localizada em um condomínio em São Paulo, tem forte presença do concreto à vista, deixando evidente seu sistema construtivo. O volume principal é caracterizado pelo uso extensivo do vidro nas fachadas e ainda apresenta uma escada helicoidal, que se destaca no hall da entrada social e se apresenta como um elemento escultórico, um pedido expresso do cliente, que conhece a arquitetura de Oscar Niemeyer e do Palácio Itamaraty. De pé-direito duplo, abriga o programa público da residência, composto pelas salas de estar, estar íntimo e escritório.
O segundo volume abriga o programa privado, composto por sauna, adega, sala de jantar, cozinha gourmet, cozinha, dependência de serviço e cinco suítes. O bloco dos dormitórios apresenta painéis de madeira que controlam a iluminação nos ambientes internos e a sala de jantar conta com uma parede em pedra como pano de fundo, percorrendo toda a sua linearidade, integrando ambientes internos e externos. De organização triangular, o espaço livre formado entre os dois volumes perpendiculares é ocupado pela área de lazer e piscina. Os painéis de madeira que controlam a iluminação nos ambientes internos.
O terreno de formato trapezoidal e irregular, com topografia complexa e não-convencional, configurou um projeto de formas arrojadas derivadas desta geometria. O Partido Arquitetônico define uma barra perpendicular à divisa lateral e outra perpendicular à rua, que se encontram e se interpenetram em um ângulo agudo, formando um triângulo em planta. A articulação dos volumes delimita uma área externa com piscina, área de lazer e jardins.
Pode-se acessar a casa pelo nível térreo a partir da rua ou pela garagem, que em função do desnível também se acessa de carro pela mesma rua. Com 3 níveis, a casa conta com escadas e elevador.
Conheça os projetos premiados destacados pelo público!
O Archdaily acaba de anunciar os vencedores do Prêmio Obra do Ano 2021, dentre os 15 finalistas selecionados entre centenas de obras construídas nos países de língua portuguesa. O Prêmio, que celebra o melhor da arquitetura lusófona convidando os leitores a escolherem seus projetos favoritos, é oferecido pela Dornbracht, empresa conhecida internacionalmente por seus produtos para cozinhas e banheiros.
Hospital Público de Emergência de São Bernardo do Campo / SPBR Arquitetos
Imagens: Nelson Kon
O Hospital Público de Emergência, dirigido por Renata Martello, faz parte do complexo hospitalar municipal e das instalações de saúde administradas pela Fundação ABC. Este hospital funciona como uma entrada para o complexo, chamado de hospital porta, é o primeiro destino para ambulâncias que atendem acidentes e chamadas de emergência. Suas atividades combinam hospitais pediátricos e adultos, que compartilham algum apoio, mas funcionam como dois edifícios independentes. Considerado um hospital de emergência, é guiado por novos conceitos sobre o gerenciamento da classificação de doenças por meio de um processo de triagem e fluxo de pacientes, utilizando o princípio da via rápida.
O edifício ocupa 17.500 m², um bloco inteiro, longelíneo. A rua Joaquim Nabuco foi tomada como sua fachada principal pública, enquanto a Cacilda da Cruz Ferreira funciona como uma rua interna para ambulâncias, funcionários e acesso a serviços. A extensão deste edifício, agregado a um espaço público não claramente definido em seu entorno, nos ofereceu a possibilidade de propor um novo projeto para as ruas Cacilda da Cruz Ferreira e Joaquim Nabuco. No lado público de Joaquim Nabuco, o edifício foi agraciado com uma praça sombreada por árvores cuidadosamente projetadas como paisagem, que oferecem uma boa transição entre o exterior e o interior.
“O Hospital Público de Emergência faz parte do complexo hospitalar municipal e das instalações de saúde administradas pela Fundação ABC. Funciona como uma entrada para o complexo, chamado de hospital porta, é o primeiro destino para ambulâncias que atendem acidentes e chamadas de emergência. Suas atividades combinam hospitais pediátricos e adultos, que compartilham algum apoio, mas funcionam como dois edifícios independentes.” – SPBR Arquitetos
2º Lugar
Pré-fabricados de 1000m² / SUMMARY
Imagens: Fernando Guerra | FG+SG
Os requisitos deste projeto eram claros e estavam definidos desde o primeiro momento: a construção teria de ser rápida, económica e modificável ao logo do tempo, consoante as diferentes necessidades que pudessem surgir. O conteúdo desta encomenda levou o estúdio a utilizar elementos pré-fabricados e a deixar partes do projeto indefinidas, assumindo a rapidez de construção, a flexibilidade e a otimização de recursos como temas centrais.
Os dois programas que compõem o edifício são posicionados em dois pisos diferentes: o rés-do-chão é ocupado com áreas de serviço multifuncionais, em contacto direto com a via pública; o piso superior destina-se às unidades de habitação (seis habitáculos de 45m2). Cria-se um acesso independente para cada um destes programas, posicionados a níveis diferentes, tirando partido da inclinação natural do terreno. Painéis estruturais pré-fabricados delimitam e sustentam perimetralmente o piso térreo, que foiconcebido de forma a permitir a alteração do número e da disposição das paredes divisórias interiores, ou simplesmente a sua eliminação, transformando toda esta área num grande open-space.
O betão armado pré-fabricado, predominante na estrutura e composição do edifício, fica assumidamente visível em toda a sua extensão (no interior e no exterior), sem pinturas ou revestimentos, facto que contribui para a redução dos custos e do impacto ambiental desta construção, pela supressão de materiais adicionais e da mão-de-obra inerente à sua aplicação. Esta economia de meios e recursos resulta ainda numa aceleração processo de construção: os diferentes componentes do edifício são concluídos em fábrica e são montados in situ na sua forma e acabamento finais, resolvendo simultaneamente questões estruturais, de isolamento e de revestimento.
“Os requisitos deste projeto eram claros e estavam definidos desde o primeiro momento: a construção teria de ser rápida, económica e modificável ao logo do tempo, consoante as diferentes necessidades que pudessem surgir. O conteúdo desta encomenda levou o estúdio a utilizar elementos pré-fabricados e a deixar partes do projeto indefinidas, assumindo a rapidez de construção, a flexibilidade e a otimização de recursos como temas centrais.’ – SUMMARY
3º Lugar
Residência RN / Jacobsen Arquitetura
Imagens: Fernando Guerra | FG+SG
Essa residência foi projetada para um casal, seus filhos e netos passarem fins-de-semana e ferias a beira de uma grande represa que oferece, por suas grandes dimensões, inúmeras possibilidades de divertimento náutico. Ao visitarem o terreno pela primeira vez, os arquitetos ficaram impressionados com uma frondosa árvore nativa, da espécie Vinhático, localizada nos fundos da casa existente, além de constatarem que a vista da represa era bem mais ampla e desobstruída a partir de um ponto de vista mais elevado e recuado em relação a agua, devido a suave declividade da topografia.
Desta forma, desenvolveram o projeto em torno da arvore, criando uma enorme área plana e ajardinada, definida pelo nível das raízes. A planta térrea em forma assimétrica, acaba por enquadrar esse pátio delimitado por salas e varandas na lateral, pelos quartos ao fundo, todos os ambientes com ampla vista. Um deck de madeira sob a copa do Vinhático conecta a casa ao jardim de forma natural. As outras extremidades da planta são formadas pelas áreas de serviço, voltadas para a lateral e pelo acesso coberto de carros, para onde portas pivotantes abrem completamente o hall de entrada, onde um “jardim” de pedras de mineiro de ferro lembra a vocação produtiva da região.
“Procuramos utilizar materiais de acabamento que remetessem a casa de fazenda brasileira, como o granito nos muros de pedra e no piso das áreas sociais, e a madeira freijó, no forro e nos painéis vazados nos quartos, porem numa escala maior e num conceito espacial contemporâneo, permitindo abrigar importantes peças de arte e mobiliário.” – Jacobsen Arquitetura