24ª Premiação IABsp está com inscrições gratuitas para arquitetos e urbanistas

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A premiação procura contemplar projetos e obras referenciais, ao identificar os avanços e desafios enfrentados na produção da arquitetura.

 

Estão abertas as inscrições para a 24ª Premiação IABsp 2022 – tradicional e reconhecido prêmio da área de arquitetura e urbanismo – organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – entidade com mais de cem anos de existência. “Esta edição procura consolidar os avanços da edição nacional, celebrada em 2021, afinando as categorias e subcategorias à realidade de nossa profissão.” Hannah Machado, Co-presidente do IABsp

Até dia 21 de novembro, arquitetos e urbanistas poderão fazer a inscrição gratuita pelo site https://www.iabsp.org.br/?concursos=24a-premiacao-iabsp-2022. A participação é aberta somente a associados do IAB de qualquer um dos Departamentos Estaduais de todo o país, que tenham trabalhos e propostas executadas no estado de São Paulo a partir de janeiro de 2017. Mas, a boa notícia é poder se associar durante o período das inscrições.

Valem arquitetos e urbanistas com produções individuais, autônomos, organizados em escritórios, assessorias técnicas, coletivos, cooperativas, grupos de pesquisa, grupos de extensão e outras formas de organização de trabalho coletivo. E também organizações não governamentais, órgãos e empresas públicas, empresas privadas e coletivos, desde que tenham pelo menos um autor ou coordenador técnico arquiteto. “Não serão aceitos trabalhos finais de graduação, dissertações de mestrado, teses de doutorado e de pós-doutorado, assim como projetos de iniciação científica e de extensão universitária”, ressalta Jaime Solares, coordenador desta edição do prêmio.

Entre as vantagens, um mesmo titular poderá inscrever quantos trabalhos desejar, desde que não seja inscrito em mais de uma categoria. Por falar em categorias da premiação, as quatro definem um conjunto de práticas profissionais no campo da arquitetura e do urbanismo, que serão avaliados por comissões julgadoras específicas: edificações; interiores e design; urbanismo, planejamento e cidades e cultura arquitetônica. Serão divididas em subcategorias, que dialogam entre si dentro de uma mesma categoria, mas que apresentam expressões, escopos, objetivos e objetos distintos, ainda que por vezes complementares.

 

Em edificações serão avaliados obras concluídas e projetos de edificações nas diversas tipologias e programas.

  • residencial e habitação de interesse social: habitação unifamiliar, multifamiliar, habitações de interesse social ou qualquer programa residencial de qualquer escala, além de Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social (ATHIS).
  • equipamentos, indústria e serviços: equipamentos públicos e privados institucionais, culturais, educacionais entre outros; programas industriais tal como fábricas, plantas fabris, galpões, laboratórios, centrais de distribuição; além de programas ligados ao setor de serviços, tais como mercados, shoppings centers, lojas, clínicas, escritórios e espaços ligados ao setor terciário ou terciário superior.
  • restauro, retrofit e requalificação: restauro, retrofit, requalificação, reforma, ampliação, renovação de edifícios considerados patrimônio cultural de caráter histórico, necessariamente tombados em ao menos uma das instâncias públicas de proteção ao patrimônio cultural (municipal, estadual ou federal).

 

Na subcategoria Interiores e Design serão avaliadas obras construídas e projetos de interiores, ou que agenciam temporalidades e escalas reduzidas.

  • arquitetura de interiores arquitetura de interiores e decoração, notadamente reformas ou qualificação de espaços internos novos.
  • arquitetura efêmera: projetos com ciclo de vida determinado, com montagem e desmontagem, destinados a um uso esporádico ou terminativo, como cenografias, expografias, instalações, stands de venda e pavilhões.
  • objeto: desenho industrial, de mobiliários e de objetos em geral.

 

Em Urbanismo, Planejamento e Cidades a avaliação será de projetos, obras, planos, programas e ações, executadas ou não, voltados ao espaço público, ou privado de uso coletivo.

  • desenho urbano e paisagismo:projetos de reestruturação urbana; de espaços públicos; de infraestruturas; de sistemas urbanos ambientais; de áreas verdes e espaços livres, seja de uso público ou privado.
  • planejamento urbano: planos de ordenação territorial; planos diretores municipais; programas e planos de políticas setoriais; governança e gestão urbana.
  • ativismo urbano Travessias: em consonância com as agendas políticas discutidas na 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, serão avaliados em separado as propostas que envolverem as ações de ativismo urbano e iniciativas de promoção do direito à cidade.

 

Em Cultura Arquitetônica, serão considerados os produtos de iniciativas artísticas, culturais, acadêmicas e educacionais de difusão, reflexão e ensino pertinentes ao campo da arquitetura e do urbanismo.

  • publicação: de diversos formatos e fins (que tenham código ISBN), como livros, compêndios, manuais e periódicos.
  • visualidades:  produtos e processos com temáticas relativos ao campo da arquitetura e urbanismo, como mostras de fotografia; produções audiovisuais; exposições de artes plásticas e ilustrações; projetos de comunicação visual, e sinalização.
  • técnicas e tecnologia: pesquisa concluída ou produção de novos materiais; projetos estruturais inovadores; softwares, aplicativos e equipamentos; patentes; projetos e programas de inovação social; pesquisas e construção que utilizem técnicas tradicionais locais, que inclui a valorização de saberes autóctones ou que discutam a sustentabilidade na prática.

 

Desde a primeira edição, em 1967, a Premiação IABsp constituiu-se como uma importante plataforma de promoção da crítica e da divulgação da arquitetura e do urbanismo. A premiação busca premiar propostas engenhosas e significativas, principalmente aquelas que contribuem para o desenvolvimento da técnica, do conhecimento e do ambiente construído em diálogo com a natureza, sociedade, economia e cultura em todo o território nacional. 

Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo  –  Com 101 anos, o Instituto de Arquitetos do Brasil é uma entidade sem fins lucrativos que se dedica a temas essenciais ao arquiteto, à cultura arquitetônica e urbanística e à sociedade.   Fundado em 1943, o Departamento de São Paulo (IABsp) promove diversas atividades, como debates, palestras, cursos, oficinas, projeção de filmes, além da premiação e da bienal de arquitetura. O IABsp se propõe a refletir e debater as questões contemporâneas da arquitetura e do urbanismo e tem núcleos localizados em Bauru, Campinas, Franca, Guarulhos, Jundiaí, Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte e Sorocaba.

 

24ª Premiação IABsp 2022
Inscrições gratuitas até 21 de novembro de 2022.
Link para inscrições: https://www.iabsp.org.br/?concursos=24a-premiacao-iabsp-2022
Site do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo – www.iabsp.org.br

Carlos Vergada, Hugo França e Marga Pasquali em Trancoso

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Exposição “Natureza Inventada” de Carlos Vergara chega à Galeria Hugo França e lenços estampados com imagens inéditas são destaque na mostra.

 

Um encontro de amigos de longa data com muito em comum. Uma relação de amizade e profunda ligação com a natureza e com o Sul da Bahia levaram a exposição “Natureza Inventada” de Carlos Vergara, um dos mais importantes artistas da atualidade, à Galeria Hugo França, em Trancoso, com abertura marcada para 12 de novembro, às 16h.

Composta por esculturas em aço corten, monotipias, gravuras e impressões inéditas estampadas em lenços, a mostra apresenta a multiplicidade da obra de Carlos Vergara e sua constante reinvenção de linguagem, matérias e técnicas, realizadas ao longo de mais de cinco décadas dedicadas à arte.

Mais do que ocupar o espaço de 300 metros quadrados em meio à mata atlântica, já muito frequentado pelo artista, a exposição, idealizada e realizada a partir de uma parceria entre a Galeria Bolsa de Arte e Hugo França – que inaugurou a galeria para inserir Trancoso no circuito da arte nacional e internacional -, propõe um convívio harmônico entre obra, espectador e paisagem.

 

Carlos Vergara e Hugo Franca

 

Entre os destaques da mostra está a série de lenços estampados com imagens criadas pelo artista, produzidos especialmente para a exposição. Eles são resultado de monotipias inseridas sobre as formas dos tecidos amassados e sobre um colorismo alquimista, que fazem parte do universo experimentalista desenvolvido por Vergara no campo da pintura contemporânea, desde os anos 80.

 

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Marga Pasquali e Hugo Franca/Divulgação.

 

Nas esculturas em aço corten, o artista busca evidenciar a passagem do tempo. De uma estrutura pesada e com presença altiva no espaço, a escultura logo se converte em um corpo suscetível a instabilidades. A oxidação e o surgimento de “imperfeições”, relevos, crostas, “desgastes” sobre a sua superfície associam-se a uma metáfora sobre a passagem de tempo e o envelhecimento de um corpo.

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Carlos Vergara Sem titulo Aco Corten X cm Easy Resize com

 

Por fim, a série de gravuras feitas com os moldes das esculturas revela alguns sentidos, como a simultaneidade entre projeto e acaso, uma marca da produção do artista como um todo. Se, em um primeiro momento Vergara planeja os cortes de aço para montar as estruturas, em um segundo, ao usar a tinta, o acaso entra em cena e o resultado é uma mescla do que foi calculado e do comportamento imprevisível do contato entre matérias-primas.

 

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Nesta exposição, a natureza não está apenas presente nas criações, ela é o meio, a própria obra. Tanto as monotipias – processo de decalque da natureza no qual o pigmento, a cor, a textura e os materiais que vêm da terra constroem uma nova forma de expressão para a pintura – quanto as esculturas e as pinturas fazem uso da natureza como matéria.

A cada obra, a mutabilidade do meio ambiente traduzida em expressão artística, é um verdadeiro convite para o público lançar um olhar mais presente e sensível às mudanças e situações que, por estarem todos tão concentrados em si mesmos, acabam despercebidos.

 

Sobre Carlos Vergara

Nascido na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 1941, Carlos Vergara iniciou sua trajetória artística nos anos 60. Em 1965, participou da mostra Opinião 65, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, exposição seminal na história da arte brasileira. Nos anos 70, seu trabalho passou por grandes transformações e começou a conquistar espaços de destaque, principalmente com fotografias e instalações.

Desde os anos 80, pinturas e monotipias têm sido o cerne de um percurso de experimentação. Novas técnicas, materiais e pensamentos resultam em obras contemporâneas, caracterizadas pela inovação, mas sem perder a identidade e a certeza de que o campo da pintura pode ser expandido. Em sua trajetória, Vergara realizou mais de 180 exposições individuais e coletivas com o seu trabalho. Integrou, em 1980, a 40ª edição da Bienal de Veneza e participou de 5 edições da Bienal de São Paulo, em 1963, 1967, 1985, 1989 e 1994.

 

Vergara Galeria Hugo Franca

 

Carlos Vergara – Natureza Inventada

Abertura: 12 de novembro, às 16h.
Galeria Hugo França – Trancoso (BA)
Visitação: até 28 de fevereiro – segunda a sábado, das 10h às 17h. Aos domingos, mediante agendamento

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Galeria Hugo França
Imagens: Divulgação

 

Logística reversa: implementação efetiva da agenda de governança social e ambiental

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Startup Central de Custódia consolida dados de mais de 600 mil toneladas de embalagens.

 

Atuando como verificador independente dos resultados da logística reversa de embalagens no Brasil, a startup Central de Custódia apresenta um balanço em que verificou a recuperação de 602 mil toneladas de embalagens pós consumo ao ciclo produtivo, as quais estão lastreadas em 62.000 notas fiscais eletrônicas. Para se ter uma melhor visualização desses resultados, essas quantidades de materiais recuperados equivalem, em peso, a 200 estádios Maracanãs, representando assim, uma reinserção de 30 bilhões de toneladas ao ciclo produtivo.

Esses resultados foram alcançados pelo trabalho de 647 operadores da reciclagem instalados em 843 cidades brasileiras e nas 27 unidades federativas. Grande parte desses, 65%, são cooperativas e associação de catadores que, como preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos, devem ser priorizados nos investimentos de logística reversa.

Esses operadores receberam pela coleta e triagem das embalagens em geral cerca de R$ 78.260.000,00 de 21 Programas de Logística Reversa, que representam mais de 6.000 fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos comercializados em embalagens em geral. Entre os programas estão: De a mão para o futuro (DAMF), Prolata, Pragma, Instituto Rever, Viraser, Pólen, European Recycling Platform (ERP), Instituto de Logística Reversa (ILOG), Tudo se Transforma, Inpar, Recicleiros, Grupo Muda, Controle Ambiental, Yatto, Ecocash, Valora, Ecoloop, Minha Coleta, 4 Habitos, Eureciclo e Abrabe.

 

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De acordo com Fernando Bernardes, Diretor de Operações da Central de Custódia, esses números consolidam a startup como principal verificador independente do mercado no Brasil, que detém a maior plataforma de dados sobre logística reversa de embalagens no mundo. Além de verificar a validade das notas fiscais junto à base de dados da Receita Federal, a conformidade da natureza jurídica dos operadores logísticos envolvidos e apontar oportunidades de melhorias dos requisitos formais exigidos pelas entidades gestoras, a startup analisa a ocorrência de duplicidade na utilização de notas fiscais pelos diferentes sistemas de logística reversa, o que garante a unicidade dos resultados, minimiza os riscos existentes quanto à duplicidade de contabilização destes e gera adicionalidade de novos resíduos na cadeia da reciclagem.

“A comparação de dados por estados deixa claro como o desenvolvimento da logística reversa no país depende de diversos fatores. Algumas unidades da federação reciclam mais resíduos por ter uma atividade econômica mais intensa, mas não são obrigatoriamente os locais que mais retornam materiais recicláveis por meio de programas voltados para o setor” – Fernando Bernardes, Diretor de Operações da Central de Custódia.

 

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As informações registradas na plataforma da startup possibilitam, ainda, listar quais foram os estados que mais receberam resíduos para reciclar e quais os que mais retornaram materiais recicláveis em programas de logística reversa no último ano. No primeiro grupo estão, pela ordem, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina, enquanto no segundo, também pela ordem, os cinco primeiros foram São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Nesta última relação, apenas Rio Grande do Sul e Minas Gerais não dispõem de legislação específica que regulamente a logística reversa.

Segundo o Diretor, a questão regulatória é essencial para obter resultados nesse sentido, apenas cinco estados já possuem legislação consolidada para isso: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Piauí, mas outros já estão com decretos similares tramitando como Minas Gerais, Goiás, Pernambuco e Mato Grosso. “Por isso, outro objetivo que temos é o de disponibilizar dados precisos que possam ajudar a orientar e elaborar políticas públicas que estimulem o desenvolvimento desta cadeia no país”, afirma.

A disponibilização dessas informações torna-se fundamental para o avanço de questões relacionadas a esta cadeia em âmbito nacional ou local. “Alguns exemplos são a implementação mais efetiva da agenda de governança social e ambiental (ESG) nas empresas e da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), além da formulação de políticas públicas de diferentes estados que avançam na exigência de cumprimento das obrigações de logística reversa. Todas essas iniciativas são fundamentais para o desenvolvimento deste setor que, por sua vez, é importantíssimo para a geração de emprego, renda e sustentabilidade do país. Mas isso só será possível se elas estiverem baseadas em métricas objetivas”, comenta.

 

Legislação

O processo de logística reversa vem aumentando o seu nível de compliance desde o seu surgimento a partir da Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei Federal nº 12.305/2010. Recentemente, em 13 de abril de 2022, o Governo Federal publicou o Decreto nº 11.044/2022, que disciplinou o setor, trazendo documentos obrigatórios para lastros dos resultados, como a Nota Fiscal Eletrônica e o Certificado de Destinação Final e a obrigatoriedade desses documentos serem enviados para fins de comprovação da veracidade, autenticidade, unicidade e da não colidência por um verificador independente. Importante destacar que o verificador independente deve ser uma figura isenta do mercado, ou seja, não pode executar atividades de entidades gestoras e/ou entidades representativas, bem como não pode ser formado, ser dirigido ou ainda ter associados fabricantes de embalagens e principalmente usuários de embalagens.

Essa autorregulação busca atribuir maior eficácia, bem como incrementar o nível de garantia quanto ao cumprimento da meta, mitigando o risco de resultados duplicados e sem lastro na origem, o que poderia impactar na agenda ESG da empresa. “Torna-se imprescindível a atuação de um verificador independente para maior segurança e transparência de dados para os órgãos ambientais, contemplando averiguações isentas e consistentes, facilitando auditorias e avaliações pelos programas”, finaliza Bernardes.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Goin Ggreen
Imagens: Divulgação

 

Toma que o lixo é seu!

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Por Antonio Cândido Carneiro de Azambuja Neto*

 

Muito se tem dito e feito a respeito da necessidade cada vez mais imperativa de se reciclar as coisas. E, consequentemente reciclar pressupõe coletar seletivamente o material para esse fim. E assim, coletando seletivamente os materiais, a sociedade tem entendido ser essa a melhor forma de preservar as coisas. Para onde tem ido o lixo coletado seletivamente? A melhor resposta são aterros sanitários, criados e administrados para esse fim: receber esse lixo. Mas será que isso é verdade? Será que esses aterros sanitários realmente existem e que o lixo coletado tem sido designado às empresas de reciclagem e o restante encaminhado para lá?

Sem falsas especulações ou preocupação quanto à realidade dos fatos, convido-os a um passeio por uma proposta. Uma proposta simples que talvez possa revolucionar todo o processo social como hoje é conhecido e aceito. Vamos tomar por base toda mercadoria comprada por uma família no supermercado. Agora, vamos considerar o lixo gerado por essa família. De maneira bem simples e direta, bastaria que esse lixo, separado de acordo com as orientações vigentes – lixo orgânico, Metal, Vidro, Papel, Plástico – fosse devolvido ao lugar de onde ele veio, isto é, ao supermercado. Isso mesmo. Vamos devolver o lixo gerado – a caixa de sabão em pó, o vidro do palmito, a lata de ervilha, etc. para o supermercado, que seria o polo centralizador desse lixo.

Mas, vamos imaginar a expressão, muito popular nos anos 80, “Toma que o filho é seu!”. E, partindo dela vamos imaginar que o supermercado recepcionaria esse lixo e, digamos, o “devolveria” por sua vez aos distribuidores que venderam esses produtos: as caixas de sabão aos distribuidores de sabão, os vidros de palmito aos distribuidores de palmito e assim, a cada distribuidor seus “filhos”, ou melhor, seus lixos. E esses distribuidores fariam o mesmo com seus lixos, isto é, retornariam aos fabricantes que produziram inicialmente esses produtos, agora lixos.

Quero convidar a todos os gênios criativos a aguçarem suas mentes e começarem a projetar novas criações que envolvam, por exemplo, menos embalagens – o adoçante poderia ser uma pequena folha biodegradável adocicada que seria colocada diretamente na bebida, dispensando o atual saquinho. Que a indústria de higiene e limpeza aprimore o sistema utilizado nos caminhões que percorrem as ruas nos bairros oferecendo produtos de limpeza caseiros, isto é, bastaria que eu ou você levássemos as embalagens vazias e as recarregássemos no ponto de venda, simples e óbvio não acha? Sem falar no quanto de plásticos somos obrigados a levar para casa – tudo que compramos é embalado por plástico!!! E as bandejinhas de isopor? Foram banidas as caixinhas que embalavam os sanduíches nas redes de fast-food, mas as gôndolas de frios, e carnes nos mercados continuam repletas delas….

O que espero com esse exercício é imaginar que agindo dessa forma comecemos a mudar o mundo convidando todos os envolvidos no processo a conhecer e a reconhecer o lixo que produzem. A expectativa é que os fabricantes tenham uma melhor consciência na hora de conceber seus produtos, preocupando-se com o tipo, a qualidade e a quantidade de lixo que retornaria posteriormente e a consequente aplicação que esses poderiam ter.

Assim, receber seu “filho” de volta será algo muito melhor do que é hoje.

 

*Antonio Candido Carneiro de Azambuja Neto – Especialista em política e estratégia pelo NAIPPE/USP, Economista e professor do curso de Administração da Universidade Guarulhos e Faculdade Anhanguera.

 

 

 

Um novo lar!

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Reformulados totalmente, ambientes foram planejados para abarcar todas as necessidades dos moradores com funcionalidade e elegância.

 

Um casal jovem e arrojado, que gosta de misturar itens contemporâneos internacionais com objetos e móveis de grandes artistas nacionais, queria um projeto que contemplasse amplos espaços aconchegantes e quatro suítes, sendo que uma delas seria para hóspedes.

O apartamento de 815 m² nunca havia sido habitado e não estava em bom estado. Localizado em um prédio estilo neoclássico bastante bonito e simbólico, próximo ao emblemático hotel Unique, em São Paulo, o imóvel sofreu transformações estruturais complexas para que fosse possível dividir claramente o conteúdo programático em três andares: Pavimento Íntimo, Pavimento Social e Escritório. Para isso, o escritório do arquiteto David Bastos propôs alterar os dois elevadores sociais do prédio, visto que havia apenas uma saída na cobertura, transformando-a em duas (Intima e Social) – O prédio aprovou!

“O espaço foi completamente reformulado e pensado para ser elegante, funcional e atemporal.” – David Bastos

O pavimento íntimo integra apenas a área de serviço, as suítes, uma sala íntima e uma copa para conforto imediato. No pavimento social há uma grande sala de estar dividida em dois ambientes, a sala de jantar, o lavabo, a cozinha e um espaço gourmet em continuidade expressiva para a área da piscina. No pavimento do escritório há, para além do escritório, um lavabo e um sundeck com vista privilegiada para a copas das árvores dos jardins América e Europa.

Aqui, o espaço foi completamente refeito. No piso, mármore Travertino foi aplicado por todo o pavimento e, ao fundo, um painel em sanfona dá acesso à sala de jantar, com mesa e cadeira Sergio Rodrigues. Uma das principais exigências do prédio foi que prevalecesse as esquadrias de madeira. No amplo estar foi possível aproveitar estas janelas envolvendo-as pelos nichos da estante e emoldurando a vista com a marcenaria. Grandes tapetes, da Phenicia Concept, delimitam e aconchegam o ambiente.

 

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Nos pavimentos superiores o projeto previu revestimento de tecido almofadado para as paredes, com lâmina da madeira nogueira e um piso de travertino romano. No pavimento inferior optou-se por colocar um piso de madeira de demolição de canela retirado de uma fazenda antiga, material que se destaca no pavimento todo. Para integrar uma circulação vertical que não ocupasse muito espaço a opção foi projetar uma escada circular, caracol, em aço corten. A escada destacou-se e tornou-se um marco no projeto. 

 

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A área externa contempla uma piscina e um confortável ambiente para descanso. Conectado a ela, uma cozinha/churrasqueira gourmet e simultaneamente um estar íntimo. Todos os painéis se movem transformando o lugar para a função desejada.

 

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A cozinha longitudinal, toda feita sob medida pela Ornare, conta com um passa-prato que liga a cozinha com a copa e, posteriormente, a copa com a sala de jantar. Funcional, a bancada vira aparador apenas subindo a guilhotina. 

 

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O dormitório, bastante aconchegante, foi desenvolvido para pessoas que não entram com sapatos. A cabeceira recebeu couro La Notiva.

O banheiro é totalmente novo, inclusive no formato e localização. Um destaque é o posicionamento da janela correr, por trás do mármore da parede. A clássica banheira, centralizada no canto, é Vallvé.

 

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Por Redação:
Imagens: Tuca Reinés

Vem aí a COP27 2022

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A 27ª sessão da Conferência das Partes da ONU reunirá os líderes de todas as nações para debater sobre o clima. Brasil terá papel chave nas discussões.

 

O balneário de Sharm El-Sheihk, no Egito, será o palco do principal encontro climático deste ano: a 27ª sessão da Conferência das Partes, a COP27, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU). O evento, realizado desde 1995, reunirá os líderes de praticamente todos os países globais. Nos últimos anos, as COPs resultaram em alguns dos acordos mais importantes da história, como o Acordo de Paris, na COP21, e a criação do mercado global de carbono, na COP26.

A chamada COP27 estava originalmente prevista para ocorrer de 8 a 20 de novembro de 2021, mas por conta da pandemia de covid-19, a 26ª edição ocorreu em novembro do ano passado, deixando a 27ª edição para 7 a 18 de novembro de 2022. É possível esperar a participação de autoridades, como do alto escalão da ONU, entre eles Antonio Guterres, secretário-geral da ONU e Sanda Ojiambo, diretora-executiva do Pacto Global. Presidentes e representantes nacionais dos ministérios de clima, meio ambiente e sustentabilidade também são esperados.

 

O que é a COP?

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) é um tratado internacional com o objetivo de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.

Uma das principais tarefas da COP é revisar as comunicações nacionais e os inventários de emissões apresentados por todos os países membros e, com base nessas informações, avaliar os progressos feitos e as medidas a serem tomadas.

Para além disto, líderes empresariais e a sociedade civil se unem para discutir suas participações no tema. Neste cenário, a EXAME atua como parceira oficial da do Pacto Global ONU Brasil, organização das Nações Unidas que congrega o setor privado. Veja a linha do tempo e entenda como esse debate vem se desenvolvendo ao longo dos anos:

 

LINHA DO TEMPO ESG COP

LINHA DO TEMPO ESG COP

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COP26: a COP das empresas

COP26, realizada em novembro de 2021 na cidade de Glasgow, Escócia, terminou com um acordo histórico que cria um mercado global de carbono. O documento, assinado por todos os países presentes, regulamentou as últimas cláusulas do Acordo de Paris e, dessa forma, permite aos países comercializar créditos de carbono entre si, um passo fundamental para fazer a transição para a economia de baixo carbono e conter o aquecimento global.

Essa conferência também ficou marcada pela participação decisiva do setor empresarial, que marcou presença em número recordo — por isso, a COP26 ficou conhecida como a “COP das empresas”. O resultado foi muito comemorado pelos empresários e executivos.

“A pressão do setor empresarial, que se posicionou de maneira contundente nesta COP — reunindo em um posicionamento 119 CEOs e 14 instituições do setor privado em torno dos principais pontos da pauta —, junto à expressiva participação da sociedade civil, academia, ambientalistas, indígenas e jovens, produziu resultados positivos”, afirmou, na ocasião, o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), entidade que reúne quase metade do PIB brasileiro.

Sobre os fatos ocorridos em Glasgow, na Escócia, e as expectativas de futuro, os executivos Cristiano Teixeira, CEO da Klabin, Guilherme Weege, CEO da Malwee, Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade de Marfrig e Mariana Oiticica, co-head ESG & Impacto no BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME) conversaram em painel mediado por Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global. Em um dos compromissos, por exemplo, países anunciaram acordo para reduzir emissões de metano em 30% até 2030, estando o Brasil incluso.

“Para a pecuária, quando a gente fala de desmatamento, isto se complementa com o acordo do metano. Na Marfrig, desde o início de 2020, já vinhamos trabalhando no desafio de redução do metano, com critérios baseados na ciência. Assim, temos a informação de todos os fornecedores de como ele está para colhermos amostras e quantificar isto”, diz Pianez.

Para o mercado de carbono, criado a partir da COP26, também será preciso metrificação de informações. “O mercado de carbono, do qual somos a favor, tem um papel de punir o que não investe e premiar o que investe, mas a gente sempre defendeu a contabilidade fidedigna do que for comercial em crédito de carbono”, diz Teixeira.

Para a transformação dos mercados, o setor financeiro precisa estar altamente incluído. “A gente ajuda os clientes a investir ou fazer a transição para uma economia mais limpa. Para isto, identificamos os que as empresas têm de enfrentar, quais são os desafios e os melhores caminhos”, diz Oiticica.

 

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COP26: os desafios dos países para transformar promessas em ações

As consequências desse acordo deverão ser amplas. A existência de uma bolsa mundial para compra e venda de títulos atrelados às emissões de carbono precifica uma substância com valor pouco mensurado até agora.

No longo prazo, o mercado global deve incentivar países poluidores a transferir recursos para países com florestas e tecnologias capazes de compensar a poluição alheia — e servir de pauta para a próxima COP, esperada para novembro de 2022 no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh. O acordo assinado em Glasgow cria um mecanismo financeiro global aos moldes do já existente em algumas regiões do planeta, como a União Europeia, a China e o estado americano da Califórnia.

O alcance mundial do mercado de carbono e as metas cada vez mais ambiciosas contra o aquecimento global têm tudo para forçar uma valorização crescente desses títulos. Na prática, o sistema deve trazer uma avalanche de investimentos em alternativas aos combustíveis fósseis emissores de carbono, como carvão e petróleo.

As minúcias desse mercado deverão ficar para a COP do ano que vem. Restam dúvidas sobre pontos fundamentais, como os padrões de transparência a ser respeitados por todas as partes envolvidas nesse tipo de negociação. “Daqui para a frente, o debate será sobre implementação e resultado”, diz Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global, entidade ligada à ONU para reunir o setor empresarial na pauta climática.

 

 

 

Construção: economia circular através da tecnologia de polímeros

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Projeto WOOL2LOOP busca resolver um dos maiores desafios na utilização de resíduos de construção e demolição com uma abordagem de circularidade.

 

Ao abordarmos sobre reciclagem de materiais de construção há algumas dificuldades a se enfrentar para um resultado realmente abrangente e efetivo. Primeiramente, uma demolição sem cuidado pode tornar o processo muito complexo, misturando produtos com destinações distintas. Além disso, nem todos os materiais contam com processos realmente eficientes para sua reciclagem ou processamento como um outro produto. Muitos ainda são caros ou complexos demais. Mas a indústria da construção, sendo uma enorme contribuidora para a produção de resíduos e a emissão de gases do efeito estufa, também tem desenvolvido múltiplas novas tecnologias para melhorar suas práticas. É o caso do projeto WOOL2LOOP, que busca resolver um dos maiores desafios na utilização de resíduos de construção e demolição com uma abordagem de circularidade.

substituindo cimento por residuos economia circular atraves da tecnologia de polimeros

 

Um dos exemplos de possibilidade inexplorada de circularidade são as lãs minerais. Trata-se de materiais fibrosos formados pela fiação ou extração de minerais ou rochas fundidas, como escória e cerâmica. Estes funcionam como excelentes isolantes térmicos e acústicos, por terem uma densidade extremamente baixa. Por este motivo, também se tornam um problema durante uma demolição, pois ocupam um espaço significativo em aterros sanitários. São resíduos muito leves, mas altamente volumosos. Como aponta este artigo, “Na Europa, cerca de 2,5 milhões de toneladas de resíduos de lã mineral são gerados a cada ano na construção e demolição. Atualmente, os resíduos de lã mineral são quase totalmente depositados em aterros, resultando em um custo anual de cerca de 250 milhões de euros para o setor da construção.”

O projeto WOOL2LOOP tem o intuito de utilizar os resíduos de lã mineral, após processamento, em produtos como painéis de fachadas, chapas acústicas, lajotas para pavimentação e mesmo como agregados para impressoras 3D. Para tal, desenvolveu-se um processo que se inicia separando os resíduos de lã mineral, moendo-os e utilizando-os como produtos através da ativação alcalina (ou geopolimerização), convertendo-os em materiais cerâmicos ou semelhantes a concreto.

 

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Os geopolímeros são considerados boas alternativas para substituir o tradicional cimento Portland comum (Ordinary Portland Cement – OPC), principalmente devido às propriedades mecânicas comparáveis, mas liberando uma fração do dióxido de carbono. A grande vantagem é que diversos resíduos de processos industriais existentes podem ser utilizados para a fabricação de geopolímeros, como cinzas volantes ou escórias de forno, o que torna o processo ideal tanto ambiental quanto economicamente. Para se ter uma ideia do impacto, aproximadamente 5-10% de todas as emissões de CO2 provocadas pelo homem são geradas na produção de cimento.

A geopolimerização está se tornando um método mais amplamente aceito para preparar ligantes de baixo teor de dióxido de carbono, outros produtos e materiais de vários subprodutos industriais, sendo um deles o resíduo de lã mineral. Estima-se que o concreto geopolimérico de lã mineral produza aproximadamente 80% menos emissões de CO2 em comparação com o concreto comum e o produto final é duas vezes mais duro que o concreto convencional de alta resistência.

 

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Entre as áreas de atuação, a impressão 3D é uma das possibilidades mais promissores no projeto. Atualmente estão sendo testadas diferentes capacidades de impressão com diferentes misturas de geopolímeros que contêm materiais de isolamento recuperados de canteiros de obras. Com proporções de mistura adequadas e a adaptação da tecnologia de impressão, novas geometrias podem ser fabricadas que de outra forma não poderiam ser feitas com as técnicas tradicionais.

 

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WOOL2LOOP tem sido desenvolvido por um consórcio de 15 parceiros, com empresas, entre elas a Saint-Gobain Finland, uma ONG e instituições de pesquisa. Como aponta Anne Kaiser, Gerente de Sustentabilidade na Saint-Gobain Finlândia, “Ao transformar a lã mineral no final de sua vida útil em uma matéria-prima para novos produtos, nos tornamos parte de novos ecossistemas industriais e promovemos a eco-inovação na economia circular, reduzindo a quantidade de resíduos de construção”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Archdaily, por Eduardo Souza
Imagens: Divulgação

Livro “Do Grafite À Fine Art” reúne protagonistas da cena de grafite

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Agente cultural e curador, Luan Cardoso reuniu textos de Philippe Arthur dos Reis, Lucas Pexão, Filipe Maia e de sua própria autoria para compor a obra.

 

Engana-se quem pensa que o grafite é um movimento homogêneo. Com foco em mostrar e desvendar a arte das ruas, assim como apresentar um panorama dos diversos estilos da expressão artística que, no Brasil, atingiu sua expressão máxima nas ruas de São Paulo, o lançamento do livro “Do Grafite À Fine Art” aconteceu no último dia 26 de outubro. O exemplar conta com a organização de Luan Cardoso e é apresentado pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Em “Do Grafite À Fine Art”, Cardoso cruza os labirintos da arte urbana, através da perspectiva de pessoas que pesquisam e testemunham o que move o processo criativo dos artistas que imprimem o seu pensamento nas paredes da cidade. As imagens aliadas aos textos escritos por Philippe Arthur dos Reis, Lucas Pexão, Filipe Maia e do próprio Luan, traduzem a história e os desafios da street art e do grafite nacional.

“O livro busca colaborar com a construção de uma história e de uma reflexão sobre a arte urbana, a partir do muralismo contemporâneo. O assunto é incontornável, literalmente, pela escala das pinturas na cidade.” – Lucas Pexão.

 

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Finok SP

 

A coletânea, oferecida gratuitamente, aborda a variedade de estilos e formas de intervenção urbana de   artistas brasileiros como Enivo, Finok, Bicicleta Sem Freio, Mari Mats, Kika Carvalho, Zéh Palito e estrangeiros, como Doze Green, Gleo, PichiAvo, Shepard Fairey, Paola Delfin, entre outros. Além dos textos e imagens, a obra contempla entrevistas com os artistas Zéh Palito, Kika Carvalho, Shepard Fairey “OBEY” e Finok, em links disponibilizados no livro.

O projeto gráfico do livro, que traz a capa em formato de uma empena, potencializa as imagens e os textos, além de dar um diferente trato às páginas, à capa e à sobrecapa. Com a proposta de democratizar ainda mais o acesso a este trabalho editorial e, principalmente, à história da arte urbana na cidade, serão doados livros ao DRE São Mateus, órgão responsável pela distribuição dos exemplares às instituições.

 

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E ainda, reafirmando o compromisso da inclusão e da acessibilidade, ficará disponível uma audiodescrição completa do título no YouTube do projeto: https://bit.ly/3MHyzrT.  Além disso, com o intuito de democratizar e agregar um número maior de pessoas, o livro conta com tradução para o inglês e francês.

O livro está disponível no link l.ead.me/DoGrafiteaFineArt

 

by Kamy entrelaça arte e design na Casa Brasil Bicentenário Lisboa 2022

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Grife apresenta arazzos, tapeçarias e tapetes exclusivos durante evento que valoriza a presença brasileira em Portugal e comemora 200 anos da independência do Brasil.

 

A by Kamy representa o design têxtil brasileiro na Casa Brasil Bicentenário Lisboa 2022, entre 5 e 13 de novembro, em uma instalação montada na prestigiada Avenida Liberdade, número 12. A mostra é promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) em parceria com a Embaixada Brasileira na capital portuguesa, que convidaram marcas como a by Kamy para compor o espaço.

Além de destacar internacionalmente a arte o design do nosso país, o evento aproveita a ocasião do Bicentenário da Independência (1822-2022) para contar a história do desenvolvimento brasileiro em diversos setores, passando pelo agronegócio, indústria e serviços, além de trazer uma visão de futuro dos negócios e da brasilidade.

A instalação conta com a curadoria do arquiteto, designer e crítico Bruno Simões, profissional que também supervisionou o conceito, a narrativa, a escolha das marcas e das peças tal como na instalação brasileira do último Fuorisalone em Milão-ITA. Diante da responsabilidade de representar a tecitura brasileira em mais um palco internacional, a by Kamy selecionou peças exclusivas do seu acervo que abrangem três dos pilares sustentados pela marca nos últimos anos:

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Tapeçaria Arazzo Tarsila® Abaporu (1,37 x 1,20m), da by Kamy

 

Uma das artistas brasileiras mais reconhecidas mundialmente, Tarsila do Amaral® foi uma das principais entusiastas de um fazer artístico genuinamente brasileiro, pregando a valorização de uma identidade regional em meio à efervescência do movimento modernista brasileiro.

No ano em que celebramos o centenário da Semana da Arte Moderna de 1922, da qual Tarsila curiosamente não esteve envolvida diretamente, a by Kamy selecionou duas peças icônicas da artista, tecidas sob licença exclusiva, interpretadas em arazzos por meio de um minucioso processo de seleção de matérias-primas e confecção manual.

Os arazzos Tarsila® Religião Brasileira III (0,90 x 0,69m) e Tarsila® Abaporu (1,37 x 1,20m) representam o rico acervo da by Kamy Arte, que se propõe a conectar a brasilidade e a arte por meio do design têxtil.

 

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Arazzo Tarsila® Religião Brasileira III (0,90 x 0,69m), da by Kamy

 

 

by Kamy Verde

Da origem ao destino dos produtos, a by Kamy se preocupa com o impacto ambiental de cada escolha criativa que faz, engajando-se verdadeiramente nas questões de sustentabilidade e prezando pela produção de uma arte e design 360º. Para evidenciar toda esta capacidade criativa e sustentável da marca, desembarcam em Lisboa, também, três peças assinadas pelo designer Ricardo Centurione e uma pelo diretor artístico Kiko Maldonado.

Os designers desenvolveram as tapeçarias no galpão da by Kamy Verde, unidade criativa da grife que dá espaço e recursos para que designers e artesãos de diferentes gerações, pontos de vista, gostos e expertises, como é o caso desta dupla, troquem ideias, experimentem materiais e criem sem amarras. A partir da reutilização inovadora e responsável de fragmentos de tapetes, a by Kamy desenvolve novas peças únicas e exclusivas, como é o caso dos exemplares levados até a capital lusitana.

Traços limpos e lineares se tornaram a identidade de Centurione, que assina as peças Bela Vista 1 e Bela Vista 2, ambas com 95 cm de diâmetro, que podem ser utilizadas como tapetes ou tapeçarias em paredes. Elas interpretam a paisagem brasileira de formas sinuosas, com camadas e formas sobrepostas de maneira harmônica e fluída, trazendo cores e movimento para a cena.

 

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Tapetes/Tapeçarias Bela Vista 1 e 2 (ambos com 95 cm de diâmetro), da by Kamy

 

Adicionalmente, o designer também criou a tapeçaria Sabedoria Verde (1,22 x 1,82 mm), que parte da sabedoria emanada pela natureza, exaltando-a aos olhos quem a vê, tomando as árvores e as partes que formam esse todo vivo e eficaz como inspiração em particular.

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Tapeçaria Sabedoria Verde (1,22 x 1,82 m), da by Kamy

 

Kiko, por sua vez, exercita sua pop art atual a partir do uso de objetos impessoais, como fragmentos de tapetes, partindo do pressuposto que eles também são elementos culturais.

Com o tapete Flora, de dois metros de diâmetro, o experiente designer parte do costume de se dar nomes femininos inspirados em nomes florais, muito em conta da delicadeza e da beleza que evocam, para criar uma ode à primavera e à exuberância de cores, cor e vitalidade desta estação.

 

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Tapeçaria Sabedoria Verde (1,22 x 1,82 m), da by Kamy

 

 

by Kamy Jovem

Com o olhar atento ao futuro do design e crente que a essência da brasilidade vai muito além do território nacional e inclusive dos próprios brasileiros, a by Kamy leva até o Casa Brasil Bicentenário Lisboa 2022 o tapete Dhurie Geometria Florentinas, assinado pelo jovem designer italiano Fabio Fanfani, na cor Mix Rust e 2,60 x 1,50m.

O desenho foi criado em parceria com a by Kamy para ser apresentado durante a Semana de Design de São Paulo, ganhando a partir dali novas interpretações a partir das técnicas e materiais empregados, sendo produzido hoje como Kilim, Dhurie e Tear – o que denota a capacidade e expertise técnica da marca.

A peça apresenta a tradicional geometria arquitetônica da italiana Florença e sua conexão com o Brasil, país visto no mundo todo como um símbolo de alegria, miscigenação, harmonia e beleza natural, aliando a transfiguração cartesiana com a hereditariedade do design.

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Tapeçaria Sabedoria Verde (1,22 x 1,82 m), da by Kamy