Um estudo de fluxos

Vila Olímpia greenjoy foto Felco () Easy Resize com

KAS ARQ assina projetos da rede Greenjoy e cria manual arquitetônico com padrões e acabamentos a fim de assegurar que todas as unidades transmitissem o DNA jovem da marca.

 

Ambientes minimalistas com predomínio do branco, concreto aparente, marcenaria clara e inserções em serralheria marcam os restaurantes da rede Greenjoy assinados por Klaus Schmidt e equipe, à frente do escritório KAS ARQ, com colaboração da arquiteta Daniela Garcia. Ter uma atmosfera descontraída, com manutenção simples e que transmitisse o DNA jovem da marca, pautada na alimentação saudável, estavam entre as premissas para a concepção dos projetos. “Tínhamos que encontrar um equilíbrio entre o fast-food e o restaurante casual, um modelo que os fundadores batizaram de fast-casual”, conta Klaus.

 

Vila Olímpia greenjoy foto Felco () Easy Resize com
Greenjoy Vila Olímpia

 

Nas lojas, o paisagismo é espartano e suficiente para trazer vida aos espaços, sem excessos, também não há decorações intimistas, nem uso de meias-luzes. “O restaurante deveria ser despretensioso, bem iluminado e confortável na medida certa, afinal poltronas muito aconchegantes estimulariam longa permanência, o que prejudicaria o giro de mesas pretendido”, explica Schmidt. Cinco unidades já foram entregues com o novo conceito: Jardins (450 m²), Anália Franco (370 m²), Vila Olímpia (860 m²), Faria Lima (390 m²) e Moema (330 m²). Há outras duas já em desenvolvimento.

 

FELCO jardins Easy Resize com

FELCO jardins Easy Resize com
Greenjoy Jardins

 

A unidade do Jardins foi a loja-piloto e a primeira a receber o novo conceito que, segundo Klaus, funcionou super bem e foi rapidamente validado. “Passamos então a implementar o projeto nas demais unidades, sempre respeitando os pilares da marca. Mesas próximas à calçada, por exemplo, é uma das exigências: isso torna a loja mais convidativa ao pedestre e gera um efeito ganha-ganha, pois o movimento da rua traz vida para o salão e o movimento do salão torna-se um convite para o público que passa pela rua.” Na loja da Vila Olímpia, maior restaurante da rede, booths no mezanino maximizam o aproveitamento do andar superior e convidam os clientes a se sentarem próximos à janela, sempre buscando integrar os ambientes interno e externo.

 

Vila Olímpia greenjoy foto Felco () Easy Resize com

Vila Olímpia greenjoy foto Felco () Easy Resize com
Greenjoy Vila Olímpia

 

Para seguir o conceito em todos os outros projetos, foi preciso criar um manual arquitetônico com padrões e acabamentos, para ser usado como base das novas unidades. Porém, como cada ponto comercial é único, adaptações do manual são sempre necessárias e a cada loja o projeto é revisitado e aprimorado, e novos itens vão sendo adicionados. É o caso da lojinha com produtos da marca e a área de pick-up, dedicada para retirada de refeições encomendadas pelo aplicativo, ambas as novidades foram inauguradas na loja da Faria Lima, a quarta a ser construída.

 

FELCO faria lima Easy Resize com

FELCO faria lima Easy Resize com
Greenjoy Faria Lima

 

O escritório adotou bancos corridos no perímetro dos salões, para maximizar o número de assentos sem encher o espaço com cadeiras soltas, o que dificultaria a rotina de organização e daria ao restaurante aquele ar de “restaurantão pouco charmoso”, brinca Daniela ao explicar que o formato curvo dos bancos ajuda a quebrar a tradicional monotonia desses ambientes. Outro ponto de destaque é acerca da materialidade, contam os arquitetos. “Brincamos com as texturas, mais do que com as cores. O piso e os bancos em concreto aparente são lisos, contrastando com a aspereza dos tijolinhos aparentes. A chapa expandida, presente da fachada ao mobiliário, traz curvas delicadas que decoram o ambiente ao mesmo tempo que o protegem do sol. O granilite claro utilizado no piso para setorização de áreas, alegra o espaço quebrando a frieza do concreto. E a cerâmica verde, único revestimento colorido do restaurante, foi escolhida para dar destaque ao balcão de retirada dos pedidos.”

 

Anália Franco greenjoy foto Felco () Easy Resize com

Anália Franco greenjoy foto Felco () Easy Resize com
Greenjoy Anália Franco

 

Entre as soluções implementadas, destacam-se os totens de autoatendimento, que substituíram os tradicionais caixas de cobrança, contribuindo para a experiência dos clientes e reduzindo o tamanho das filas. Como os restaurantes operam com um grande volume de clientes, principalmente no horário do almoço, o preparo dos pratos deve ser extremamente ágil. “O estudo de fluxos e o desenho da cozinha é um verdadeiro quebra-cabeças e, sem dúvidas, a parte mais complexa dos projetos. A cozinha e as áreas de apoio representam mais de 50% da área dos imóveis”, diz Klaus e finaliza. “Fico muito feliz em ver nossa arquitetura sendo valorizada pelos clientes; o ganho de movimento para os restaurantes é evidente e isso é muito gratificante.”

 

FELCO moema Easy Resize com

FELCO moema Easy Resize com
Greenjoy Moema

 

 

Unidades

Moema – Alameda dos Nhambiquaras, 1315 – Moema
Pinheiros – av. Brigadeiro Faria Lima, 1247
Jardins – Alameda Santos, 1119
Vila Olímpia – Rua Funchal, 345
Anália Franco – Rua Emília Marengo, 870

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Ju Vilela Press
Imagens: Felco

Toldos Dias celebra 75 anos

toldos

Com festa, Toldos dias comemora 75 anos de trajetória e reforça ao mercado seu compromisso com a excelência.

 

A Toldos Dias, empresa paulista com soluções em proteção solar para áreas externas, celebrou na semana passada seus 75 anos na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp, com a presença de seu presidente, Josué Gomes da Silva. Na ocasião, Amaury Dias, presidente da Toldos Dias, expressou sua “sincera gratidão a todos os colaboradores, parceiros e clientes, cujo apoio tem sido fundamental para nossa trajetória”. E conclui: ” continuaremos nosso compromisso de trabalho incansável, em busca de mais décadas de sucesso para a Toldos Dias”.

 

toldos
Amaury Dias, presidente da Toldos Dias.

 

toldos
Victor Pires – CEO da Toldos Dias, Josué Gomes da Silva – presidente Fiesp e Amaury Dias – presidente da Toldos Dias.

 

Objetivando o reconhecimento pela credibilidade em qualidade, eficiência e atendimento, como também ser referência em criatividade e diversificação de produtos, a empresa oferece ao mercado ampla linha de soluções para proteção solar voltados a ambientes externos, como Toldos, Pérgulas, Velas, Ombrelones, Rolôs Externos e Produtos Especiais.

 

toldos

toldos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por: Redação
Imagens: Divulgação

 

Maria Joaquina Marcenaria recebe Casa MOOUI

unnamed T Easy Resize com

Marcas apresentam novidades em um evento de três dias especialmente dedicado ao universo infantil que inclui loja pop-up, lançamento de coleções, ambientes assinados, oficinas e que se encerra com um show do grupo Tiquequê.

 

De 27 a 29 de outubro, quem acompanha e se interessa pelo universo da decoração e do design para crianças poderá experimentar uma agenda mais do que especial organizada pelas marcas Maria Joaquina Marcenaria e MOOUI, em São Paulo. De 27 a 29 de outubro, quem acompanha e se interessa pelo universo da decoração e do design para crianças poderá experimentar uma agenda mais do que especial organizada pelas marcas Maria Joaquina Marcenaria e MOOUI, em São Paulo.

Importantes nomes do universo da arquitetura e da decoração também participam assinando ambientes – um ‘prato cheio’ para quem está buscando projetar ou repensar o quarto das crianças. São eles: Mauricio Arruda (Quarto dos Três Irmãos), Quattrino Arquitetura (Lojinha Mooui + MJ), Histórias de Casa + Forma011 (Na Casa da Vovó), Gabi Work (Quarto dos Sonhos), Hana Lerner (Trocador Mágico), Studio Adoleta (Oficina Criativa) e Estúdio Joaquina (Refúgio Fantástico) – este último, marca da Maria Joaquina focada na criação de projetos de arquitetura para crianças. Completam os convidados Juliana Bicudo, que será a responsável pela criação da vitrine da loja para a mostra, enquanto a Alado Objetos fará a ativação da entrada e do jardim da Maria Joaquina especialmente para os dias de evento.

 

unnamed T Easy Resize com

 

A programação também foi pensada com carinho para receber as crianças. Sexta, sábado e domingo acontecem oficinas de Encadernação e de Customização de Casinhas de Papelão e um encontro para Contação de Histórias. Confira abaixo:

Sexta-feira
11h às 13h – Customizando casinhas de papelão | MJ
14h às 16h – Customizando casinhas de papelão | MJ

Sábado
11h às 12h – Contação de Histórias | Mar de Histórias
14h às 16h – Encadernação Criativa | Schizzibooks

Domingo
11h às 12h – Contação de Histórias | Mar de Histórias
14h às 16h Móbile em Papel | Alado Objetos
16h – Show Tiquequê

 

unnamed () Easy Resize com

 

MARIA JOAQUINA RECEBE CASA MOOUI
De 27 a 29 de outubro de 2023 das 10h às 18h
R. Girassol, 481 – Vila Madalena, São Paulo
Evento gratuito e aberto a todos
*26 de outubro, das 18h às 22h, coquetel de abertura somente para convidados com RSVP

Como viabilizar bairros planejados dá o tom do Seminário sobre Comunidades Planejadas e Desenvolvimento Urbano

Imagens SITE T Easy Resize com

Evento terá participação do designer mundialmente conhecido Elger Blitz, da Carve, escritório referência em desenvolvimento de projetos para playground.

 

A 13ª edição do Complan, principal Seminário sobre Comunidades Planejadas, Loteamentos e Desenvolvimento Urbano do Brasil, acontece nos dias 25 e 26 de outubro, em Atibaia (SP), para um público que promete ser recorde: mais de 600 participantes. A edição deste ano vai trazer análises sobre esse modelo de moradia e ampliará a discussão sobre como viabilizar bairros planejados econômicos. O evento é uma realização da ADIT Brasil, uma das mais representativas associações do setor imobiliário no Brasil.

A edição deste ano ainda tem uma participação especial reconhecida mundialmente: o designer sênior Elger Blitz, fundador da Carve, um grupo holandês de designers e urbanistas focados em playgrounds. O escritório contabiliza projetos em destinos como Hong Kong, Cingapura, Istambul. Suas criações trazem elementos diferentes para transformar essas áreas em espaços lúdicos que atendem diferentes perfis de usuários.

Em 12 anos de história, a realização já movimentou mais de 3 mil pessoas em torno das discussões sobre desafios de grandes projetos urbanísticos, bairros e comunidades planejadas, loteamentos e condomínios. Neste ano não será diferente. Estarão frente a frente: loteadores, incorporadores, desenvolvedores urbanos construtores, arquitetos, comercializadoras, consultorias, fundos de investimentos e private equity, escritórios jurídicos, instituições financeiras e imobiliárias.

 

WhatsApp Image at

 

 

Para Caio Calfat, presidente do Conselho da ADIT Brasil, “esse evento é essencial para o nosso país. Os bairros planejados são o caminho para a organização dos municípios e estados e cada vez mais se percebe que eles não são exclusividades das classes média e alta da sociedade. Podem também atender às classes menos favorecidas”. Nessa esteira, identificar as empresas âncoras que estarão no bairro e demais corporações que poderão ter unidades lá é essencial.

O conceito de bairro planejado é uma importante solução para diferentes desafios enfrentados pelas cidades atualmente. E um deles é a questão da mobilidade urbana. Calfat explica que “os bairros com vida própria movimentam a economia e demandam menos deslocamentos das pessoas, dessa forma empresas somam menos custos, pessoas necessitam de menos tempo em deslocamento, automaticamente teremos menos veículos nas ruas e o meio ambiente agradece.”

O Complan 2023 conta com seguintes apoios: Patrocinadores Globais: Audaar, Brain, OSPA, RCI, Wyndham Hotels & Resorts; Ouro: Area Urbanismo, CV Real Estate, Lotenet, Negrão Ferrari Advogados; Prata: Dias & Amaral Advogados Associados, Durazzo & Medeiros Advogados Associados, Geasa, Menezes Niebuhr Sociedade de Advogados; Bronze: Graça Couto Advogados, Mustacchi Advogados; Apoio Institucional: Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano – AELO, CBIC, DOITY, International Real Estate Federation – FIABCI, Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário – IBRADIM e SECOVI-SP.

 

WhatsApp Image at ()

 

Programação Oficial
25/10 (Quarta-feira)
08h00 |Credenciamento
08h45 | Abertura Oficial
09h00 | Cidades para as Pessoas & Vida: Design urbano holístico
11h15 | Lições dos Bairros Planejados ancorados em Shoppings Centers
14h30 | Como viabilizar Bairros Planejados Econômicos
15h30 | O case dos condomínios de segunda moradia com lagos no litoral do Rio Grande do Sul
15h30 | Três pilares de sustentação da estruturação jurídica para Bairros Planejados: 1. Licenciamento e fracionamento do solo; 2. Relações contratuais e tributárias; 3. Governança e gestão do empreendimento
17h00 | O sucesso das incorporações em Bairros Planejados
26/10 (Quinta-feira)
08h45 | Abertura Oficial
09h00 | Palestra Especial com Elger Blitz – Founder and Designer Senior da Carve
Um dos mais relevantes escritórios de arquitetura globais, focado em playgrounds
10h40 | Onde o Paisagismo e o Urbanismo se encontram
11h10 | Cenário do mercado de loteamentos no Brasil
11h30 | Case: Parc Autódromo (Curitiba – PR)
11h50 | Case: Vila Carnaúba (Preá – CE)
11h50 | Represamento Amigável
12h10 | Desenvolvendo Cidades Responsivas
14h00 | Conhecer as características dos terrenos para identificar as vocações – As lições dos urbanistas
15h00 | E(nvironment)SG na Prática. Debate: projetos comprometidos com mitigação das crises climáticas
Para mais informações, acesse: https://adit.com.br/evento/complan/
Sobre a ADIT Brasil
Fundada em 2006, a ADIT Brasil – Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil – é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo o desenvolvimento dos mercados imobiliário, turístico e urbanístico dentro das melhores práticas nacionais e internacionais. Com grande atuação na educação, conscientização e capacitação do mercado, a ADIT é hoje reconhecida pela forte rede e geração de negócios brasileiros, caracterizando-se na associação nacional referência do mercado imobiliários, com aproximadamente 500 associados de diferentes áreas. Atualmente, a associação conta com um calendário de eventos de capacitação e networking robusto: ADIT Arq, ADIT Invest, ADIT Juris, ADIT Share, COMPLAN e IMOBTUR. Paralelamente, a entidade realiza cursos, reuniões de melhores práticas, publicações de livros e revistas, além de missões técnicas nacionais e internacionais. www.adit.com.br

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagens: Divulgação ADIT Brasil

Coleção In∞Out Artefacto Beach & Country 2023

Showroom B&C Credito Gui Gomes () Easy Resize com

Nova coleção que tem o modernismo californiano como inspiração é assinada pelos designers Roberto Cimino e Nelson Amorim.

 

Versatilidade, utilização in & out, durabilidade. Três características fundamentais na cena do design contemporâneo orientaram as escolhas dos designers Roberto Cimino e Nelson Amorim no desenvolvimento da coleção In∞Out, para a Artefacto Beach & Country. A quarta assinada pelos designers para a marca, composta por móveis para ambientes internos, externos, ou ainda, de utilização híbrida.

 

Showroo RobertoCim NelsonAm Crédito Gui Gomes () Easy Resize com

Showroo RobertoCim NelsonAm Crédito Gui Gomes () Easy Resize com

 

Como inspiração, formal e conceitual, para a nova coleção, o Modernismo das mais variadas décadas e latitudes. Dos escandinavos a Niemeyer. Das décadas de 30 a 60, com ênfase nos anos 40. “No desenvolvimento desta coleção revisitamos, com particular interesse, o modernismo californiano, E nele descobrimos muitos pontos em comum com a nossa visão, tropical, do movimento”, conta Cimino.

“Sempre nos atraiu a ideia da arte utilitária. O mundo dos objetos que sem abrir mão de suas funções primordiais se permitem ser portadores da visão de mundo e da percepção estética de seus criadores”, complementa Amorim. Para os designers, mais do que uma postura utópica, nos dias de hoje, conceber objetos que excedem suas funções, é de fato, uma postura não só contemporânea, mas necessária.

 

Showroom B&C Credito Gui Gomes () Easy Resize com

Showroo RobertoCim NelsonAm Crédito Gui Gomes () Easy Resize com

Showroo RobertoCim NelsonAm Crédito Gui Gomes () Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagens: Gui Gomes

Emissões de Carbono: Escopo 3

Imagens SITE Easy Resize com

Escopo 3 inclui as emissões indiretas de atividades relacionadas à cadeia de valor de uma empresa, não se limitando apenas à operação desta, mas sendo estendida à outras empresas onde haja sua participação acionária.

 

As mudanças climáticas são um problema global e todos nós temos a responsabilidade de agirmos e reduzirmos as chamadas emissões de carbono, ou gases de efeito estufa (GEE), os quais, por seu aumento a partir da era industrial, têm se concentrado na atmosfera e a natureza não tem a capacidade de absorver tudo que vem sendo emitido. A partir dessa constatação e estudos, o Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU (Organização das Nações Unidas) vem nos alertando que o potencial aumento da temperatura acima da temperatura de 1,5° C pode trazer sérios riscos, como chuvas em excesso, estresse hídrico, aumento do nível do mar, entre outras consequências.

Trazendo essa informação para o contexto do mundo corporativo, para se tomar medidas de mitigação a esses riscos é preciso partir do “entendimento” das emissões do carbono em suas operações. É primordial mensurar e monitorar os GEE e assim subsidiar, com bases técnicas, as tomadas de decisões.

É necessário endereçar as questões climáticas para evitar risco reputacional, mitigar questões regulatórias futuras, como taxação de carbono, identificar produtos/serviços de baixo carbono na sua cadeia produtiva, evitar perdas e abrir novos horizontes em termos de tecnologias, produtos e procedimentos, entre outras providências.

Diante de tamanho desafio, houve um esforço do WRI (World Resources Institute) e do WBCSD (World Business Council for Sustainable Business), trabalhando juntamente com governos, ONGs, empresas e instituições, para a construção de bases técnicas de mensurações, estabelecendo o GHG Protocol Corporate Standard, que classifica as emissões de GEE de uma empresa em três escopos (1,2 e 3).

O Escopo 1 diz respeito a emissões diretas de fontes próprias ou controladas. O Escopo 2, a emissões indiretas da geração de energia comprada. E o Escopo 3, a todas às emissões indiretas (não incluídas no Escopo 2) que ocorrem na cadeia de valor da empresa.

E a responsabilidade das emissões não se limita apenas à operação da empresa relatora, mas pode ser estendida a outras empresas onde haja sua participação acionária. Portanto, o levantamento das emissões e sua consolidação têm relacionamento proporcional ao tamanho da participação no patrimônio líquido na operação de outras empresas.

Cada vez mais, verifica-se que o impacto produzido na cadeia de valor tem um peso relevante em relação às emissões e por isso o Escopo 3 inclui as emissões indiretas de atividades relacionadas ao chamado “upstream”, ou seja, as emissões relacionadas com os fornecedores de produtos e serviços que foram comprados, e também ao chamado “downstream”, onde a empresa vende seus produtos e serviços.

No lado do “upstream”, encontramos os seguintes itens que podem ser classificados dentro das mensurações da cadeia de valor:

● Compra de bens e serviços – bens de capital: extração, produção e transporte de bens e serviços comprados ou adquiridos pela empresa;

● Aquisição de combustível e energia (não
incluído no escopo 1 ou escopo 2);

● Transporte e distribuição;

● Eliminação e tratamento de resíduos gerados nas operações no ano de referência;

● Viagens de negócios;

● Transporte de empregados (em veículos não pertencentes à empresa);

● Operação de bens alugados pela empresa (locatário) no ano de referência e não incluído no escopo 1 e escopo 2 – relatado pelo locatário.

No “downstream”, temos:

● Transporte e distribuição na venda dos produtos;

● Processamento de produtos vendidos: fabricantes;

● Tratamento dos produtos em seu fim de vida;

● Ativos alugados/arrendados;

● Franquias;

● Investimentos.

 

Outro ponto que temos relacionado ao envolvimento da cadeia de valor é a existência do Padrão de Produto do GHG Protocol, além do Padrão da Cadeia de Valor Corporativa do GHG Protocol (Escopo 3). O primeiro padrão citado aborda o ciclo de vida e o segundo aborda a cadeia de valor, respectivamente. Resumidamente, o Padrão da Cadeia de Valor Corporativa considera as emissões no patamar corporativo e o Padrão do Produto considera as emissões do produto individual.

O Padrão da Cadeia de Valor Corporativa (Escopo 3) ajuda as empresas a identificar oportunidades de redução de GEE, acompanhar o desempenho e envolver fornecedores de âmbito corporativo, enquanto o Padrão do Produto ajuda a empresa a atingir os mesmos objetivos em relação ao produto. Juntamente com o GHG Protocol Corporate Standard, os três padrões fornecem uma abordagem abrangente para medição e gerenciamento de GEE da cadeia de valor.

As empresas descobriram que o desenvolvimento da Cadeia de Valor Corporativa (Escopo 3) e dos inventários de GEE de produtos proporcionam retorno positivo sobre o investimento. Os novos padrões ajudam a reduzir emissões e custos para atender aos objetivos estratégicos de negócios.

Com essas medições, as indústrias poderão desenvolver regras específicas com o objetivo de identificar pontos críticos no ciclo de vida de um produto e concentrar recursos com eficiência, trazer comparações em relação às emissões entre produtos, visando sua competitividade no mercado e se beneficiar com possíveis formas de incentivos que possam surgir.

Os riscos climáticos estão entre os Top 5 no mundo, pela World Economic Forum -WEF, e por isso incentivar a transição dos modelos de negócios para uma economia de baixo carbono requer um olhar estratégico sobre a redução de emissões, que estimula a busca da inovação, pesquisa, desenvolvimento e enfrentamento dos riscos com foco na mitigação e na adaptação de ambientes (cidades, infraestrutura, transportes etc).

É necessário que as empresas identifiquem os pontos críticos em suas cadeias de valor – as atividades que geram mais emissões – e alcançar reduções mais significativas, não apenas dentro de suas operações, mas em todas as cadeias de valor globais.

Esse olhar sobre os riscos pode trazer oportunidades com novas tecnologias, novos produtos, novos procedimentos, com maior eficiência, gerando empregos e aumentando a resiliência das empresas em geral. A contínua busca da descarbonização é um esforço coletivo de transição da sociedade que norteará os investidores e a preferência de consumidores.

 

Por Linda Murasawa *

*Formada pelo ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica e pelo IMT – Instituto
Mauá de Tecnologia, com especialização em Sustentabilidade na Universidade de Cambridge. É especialista em Sustentabilidade, ESG, Clima e Finanças Sustentáveis. Consultora, é sócia da Fractal Assessoria e Desenvolvimento de Negócios.

 

Este artigo faz parte da edição Casa e Mercado Especial Construção – ESG.
Leia na íntegra AQUI!

 

Plastic Fischer adota soluções do Siemens Xcelerator

(Crédito da imagem Plastic Fischer GmbH) ()

Para reduzir a quantidade de resíduos plásticos em rios e oceanos, a empresa adotou o software Solid Edge® da Siemens, que permite personalizar os projetos atuais.

 

A Siemens Digital Industries Software anunciou que a Plastic Fischer, empresa social que trabalha para reduzir os resíduos plásticos nos rios para que não poluam os oceanos, adotou soluções do portfólio de software industrial Siemens Xcelerator para ajudar a expandir suas operações e trazer os benefícios da transformação digital para o desenvolvimento e gerenciamento do ciclo de vida de seus produtos.

Fundada em 2019 por três amigos que resolveram tomar uma medida para deter a poluição por resíduos plásticos no rio Mekong, no Vietnã, a Plastic Fischer é agora reconhecida internacionalmente e está expandindo suas operações na Índia e Indonésia. Sua tecnologia inovadora TrashBoom é uma barreira flutuante modular, construída localmente, de baixo custo e tecnologia simples, que impede que os resíduos plásticos nos rios cheguem ao oceano.

Depois de coletados do rio, os resíduos plásticos são levados para a unidade de recuperação de materiais da Plastic Fischer, onde são separados em materiais recicláveis e não recicláveis pelos funcionários que trabalham em tempo integral. Os materiais recicláveis como vidro, alumínio, garrafas PET e HDPE são vendidos e reintroduzidos na cadeia de abastecimento, enquanto os materiais não recicláveis são levados para fábricas certificadas de coprocessamento, onde o plástico é incinerado e utilizado como complemento do carvão. O uso deste tipo de material como fonte de energia segue as melhores práticas internacionais.

 

(Crédito da imagem Plastic Fischer GmbH)
Imagen: Plastic Fischer GmbH.

 

Para aumentar a confiabilidade e apoiar sua crescente equipe remota, a Plastic Fischer adotou o software Solid Edge® da Siemens e utiliza o aplicativo Teamcenter® Share para compartilhar dados distribuídos e melhorar a eficiência da colaboração. Suas ferramentas anteriores de projeto auxiliado por computador (CAD) tinham recursos limitados de montagem e desenho, mas o Solid Edge permite que a equipe personalize projetos atuais e desenvolva soluções inovadoras para os problemas encontrados em campo. Com sua equipe distribuída globalmente, as soluções permitem que a equipe trabalhe nos mesmos projetos simultaneamente e tenha melhor coordenação das alterações necessárias no projeto para atender às competências e capacidades locais

A Plastic Fischer não apenas desenvolve e implementa a tecnologia, mas também cria empregos localmente para realizar as operações de ponta a ponta. Hoje, com suas operações, a empresa coletou mais de 800 toneladas métricas de plástico dos rios, impedindo que se decompusesse em microplásticos que, de outra forma, acabariam nos nossos oceanos. Paralelamente a este trabalho fundamental, a empresa poderá criar mais de 85 empregos em tempo integral para as comunidades carentes em suas operações na Índia e na Indonésia.

“A nossa missão é desenvolver tecnologias simples para impedir de forma eficaz e eficiente que os resíduos plásticos nos rios cheguem ao oceano. Nossos sistemas TrashBoom podem ser construídos no local da operação pela população local. Com isso, evitamos importações, implementamos o sistema de maneira rápida, poupamos tempo e dinheiro e deixamos de emitir carbono” – Aviel Itzhak, diretor de tecnologia da Plastic Fischer.

A empresa está usando o portfólio Siemens Xcelerator não apenas para projetar e desenvolver a próxima geração da sua tecnologia inovadora, mas também para apoiar a colaboração global de suas equipes espalhadas geograficamente para fabricar seu sistema TrashBoom usando recursos locais. De acordo com eles, o próximo passo é implementar a tecnologia em corpos d’água poluídos em todo o mundo; por isso, estão procurando patrocinadores que permitam a realização deste trabalho. 

Residência Clotilde e Sérgio Ferreira se torna a nova sede do CAU/SP na região de Ribeirão Preto

MG Easy Resize com

Construída entre 1968 e 1969, a casa é um projeto do arquiteto João Batista Martinez Corrêa, sócio titular da JBMC Arquitetura & Urbanismo, e de Martin Tresca.

 

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP) ganha uma nova sede para seu Escritório Descentralizado na região de Ribeirão Preto, na “Residência Clotilde e Sérgio Ferreira”. Um imóvel histórico, recentemente tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de Ribeirão Preto, planejado para abrigar a família da professora universitária Maria Clotilde Rossetti e do biólogo Sérgio Henrique Ferreira, notável pela sua descoberta sobre o fator de potenciação da bradicinina.

Um exemplo da “Arquitetura Brutalista”, o projeto foi inovador e pioneiro para sua época, principalmente devido a total liberdade que o casal deu ao arquiteto, que ainda era um estudante na época, para experimentar soluções que poderiam ser aplicadas no projeto. “Fizemos muitas experiências nesse projeto porque queríamos fazer uma casa que fosse econômica e atual para aquele, dentro daquela tendência de arquitetura que a gente achava que ela deveria ter.”, destaca João.

 

 

MG Easy Resize com

MG Easy Resize com

 

Mesmo com um orçamento mais restrito, o terreno amplo permitiu a criação de uma casa espaçosa, que enfatiza a integração harmoniosa de espaços e setores internos. Os revestimentos trazem inspirações brutalistas por meio de instalações aparentes, com destaque no uso de tijolos lixados e a união de estruturas de concreto com as alvenarias para impedir o surgimento de fissuras.

O resultado foram paredes tão duráveis que até mesmo as áreas molhadas exigiram apenas uma camada de cera à base de silicone e permaneceram intactas por muitos anos. “A casa foi feita com poucos recursos, mas com material de boa qualidade, o que garantiu uma maior durabilidade aos revestimentos”, revela o arquiteto.

 

 

MG Easy Resize com

MG Easy Resize com

 

Devido à temperatura da região, a casa foi estruturada com pé direito alto e lanternim na cobertura para saída de ar quente pelo teto, garantindo melhor conforto térmico no interior da residência. As portas dos quartos foram equipadas com venezianas divididas ao meio, permitindo que fiquem abertas durante todo dia para uma melhor circulação do vento, aproveitando a inércia térmica proporcionada pelas paredes de tijolos.

As condições de Ribeirão Preto também orientaram a identidade visual da residência, com o uso de tijolos vermelhos locais e lajotas no piso que se assemelham à tradicional terra avermelhada da região. Na cobertura, as calhas nas extremidades contaram com instalação de gárgulas com vidro, que redirecionam as águas pluviais para o canal de drenagem do residencial.

 

MG Easy Resize com

MG Easy Resize com

 

A decisão de tornar o projeto da Residência Clotilde e Sérgio Ferreira como uma nova sede da CAU em Ribeirão Preto simboliza o respeito pela preservação de um importante patrimônio da Arquitetura Brutalista na cidade, enquanto proporciona o aprimoramento da infraestrutura para atender aos arquitetos urbanistas da instituição. “A notícia foi vista com muita alegria, visto que a própria Clotilde já externava esse desejo que a casa não fosse modificada, e sim que fosse preservada, com possibilidade de utilização da residência como um escritório para arquitetos.”, celebra João.

MG Easy Resize com

MG Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagens: Carlos Kipnis

 

Lei de Zoneamento: evolução urbana e suas implicações no futuro das cidades

unnamed ()

Com o futuro de nossas cidades em pauta, arquiteta e urbanista Adriana Levisky aborda as perspectivas sobre a Lei de Zoneamento.

 

O Plano Diretor e a Lei de Zoneamento podem desempenhar um papel central nesse processo se tratados de forma flexível e estratégica. Esta lei, muitas vezes subestimada em sua importância, é fundamental para traduzir em paisagem urbana e qualificar as relações nos espaços das cidades, a partir das diretrizes e políticas públicas delineadas pelos Planos Diretores Municipais. Compreender seu impacto é crucial para o planejamento e desenvolvimento de nossas comunidades.

A Lei de Zoneamento é o conjunto de normas que regulam como o solo urbano pode ser utilizado em diferentes partes da cidade. Ela determina onde edifícios residenciais, comerciais e industriais podem ser construídos, bem como as restrições de altura, potencial construtivo, e demais padrões de uso e ocupação do solo. Essa legislação, através da ferramenta de projeto, fundamentalmente utilizada por arquitetos e urbanistas, molda a paisagem urbana, influenciando diretamente a qualidade de vida e das relações entre seus cidadãos.

Neste contexto, especialistas têm se destacado ao analisar as implicações da Lei de Zoneamento em nossas cidades. A revisão periódica desta legislação é essencial para garantir que ela esteja alinhada com as necessidades em constante evolução de nossas comunidades. Adriana Levisky, membro no Conselho Deliberativo da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura – regional São Paulo (AsBEA-SP) e sócia titular do escritório Levisky Arquitetos| Estratégia Urbana, enfatiza que uma revisão cuidadosa e atenta à realidade da Lei de Zoneamento é vital para manter nossas cidades atualizadas com as demandas contemporâneas.

“À medida que nossas cidades apontam para perspectivas de desenvolvimento, é imperativo que a legislação se adapte para estimular atitudes responsáveis, adotar soluções respeitosas com o meio ambiente e as pessoas, elaborar modelos econômicos e sociais que busquem e, talvez, mais do que isto, premiem boas práticas relacionadas ao respeito ao meio ambiente, à preservação do patrimônio cultural, à economia de insumos, demandas prioritárias da população e à equidade social universal” – Adriana Levisky.

Adriana destaca ainda a importância da participação integrada entre as diversas pastas públicas e a sociedade no processo de revisão. “Cidadãos, empresas e especialistas devem ser envolvidos ativamente. Isso assegura que as decisões tomadas sejam representativas das aspirações e preocupações da comunidade”, diz ela. Isso capacita a sociedade em prol da conscientização quanto à importância de uma voz ativa, resiliente e propositiva.

Em uma serie de municípios ao redor do país estamos defrontados com oportunidades que podem ser encaradas como cruciais na medida que se queira refletir sobre as possibilidades qualificadoras que Planos Diretores e Leis de Zoneamento em nossas vidas cotidianas e para considerar como podem ser direcionadas para enfrentar os desafios do futuro: climáticos, econômicos, sociais, jurídicos e afetivos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Porter Novelli
Inagem: Divulgação