Projeto de pesquisa experimental alemã possui duração prevista de três anos e é financiado pelo Ministério Federal de Assuntos Econômicos e Energia (BMWi), que disponibilizou 1,5 milhões de euros para a iniciativa.
Atentos os esforços estipulados no Acordo Climático de Paris de 2015 — em que a comunidade global se comprometeu a limitar o aquecimento global a menos de 2 °C até o final do século —, a parceria entre três instituições alemãs impressionou a comunidade tecnológica mundial ao anunciar um novo método de produzir carbono: a partir do ar.
O recurso ainda está em fase de testes, mas promete grandes resultados, segundo os responsáveis. Isso porque as alemãs INERATEC GmbH e Climeworks, com o apoio do Instituto de Tecnologia Karlsruhe (KIT) — uma universidade técnica estatal da Alemanha — construíram uma usina piloto para capturar o dióxido de carbono (CO2) diretamente do ar e transformá-lo em carbono sólido em pó, que pode ser armazenado ou usado como matéria-prima industrial (como o grafite de alta qualidade).
A metodologia, chamada de Necoc (Dióxido de Carbono Negativo para Carbono, na sigla em inglês), funciona em quatro etapas:
• Absorção: CO2 é separado do ar ambiente por meio de um absorvedor.
• Reação: CO2 é levado para um reator microestruturado, onde reage com hidrogênio sustentável produzido por eletrolisador, transformando-se em metano e água.
• Pirólise: Metano é enviado para um reator com estanho líquido, onde ocorre uma reação de pirólise que divide as moléculas de metano, criando hidrogênio e carbono sólido em pó.
• Separação: Hidrogênio é devolvido para o processo, enquanto o carbono sólido é retirado mecanicamente. Ajustes nos parâmetros permitem a produção de diferentes tipos de carbono.
Apesar de parecer complexo, todo o experimento acontece em uma usina com o tamanho de um contêiner, capaz de transformar dois quilos de CO2 do ar ambiente em 0,5 quilo de carbono sólido durante um dia. “Conhecemos bem os módulos individuais”, diz o coordenador de projeto do NECOC, Dr. Benjamin Dietrich (TVT). “No entanto, eles nunca foram realizados juntos em uma instalação integrada até agora. Esta é a primeira vez no mundo. Se esse carbono permanecer permanentemente ligado [sem retornar para a atmosfera], teremos combinado com sucesso a emissão negativa com um componente do suprimento de recursos pós-fósseis como parte de uma futura estratégia de gerenciamento de carbono. Isso representa uma dupla contribuição para um futuro sustentável”, complementa.
O próximo passo, segundo as empresas idealizadoras, é aprimorar a tecnologia para tornar o processo mais eficiente em termos de energia, melhorando a recuperação do calor gerado durante a produção do carbono. Para isso, eles estão estudando a possibilidade de integrar o armazenamento de calor de alta temperatura e o aquecimento solar direto. Comprovada a eficácia, as instalações serão deslocadas para o campus do KIT, para testar efetividade à operação a longo prazo.
A campanha “Ela na Obra” irá escolher 5 mestres de obras, pedreiras ou de áreas correlatas para representar cada região do Brasil.
Para valorizar a participação feminina no mercado da construção civil, a Vedacit irá contar as histórias das mulheres que trabalham no setor. Serão selecionadas cinco profissionais, uma de cada região do país, para a produção de uma websérie. Para participar, é preciso gravar um vídeo respondendo a pergunta: “Como é ser mulher no mundo da construção?
Como inspiração às participantes, a websérie conta com a primeira mulher mestre de obras do Brasil, Márcia Cristina. Ela na Obra é o movimento criado pela Vedacit para dar voz às profissionais que atuam no setor. De acordo com a gerente de Marca e Relacionamento com o Consumidor, Daniela Sartorato, o objetivo é promover cada vez mais a equidade e combater as desigualdades de gênero. “Tivemos avanços nos últimos anos, mas é preciso evoluir com mais agilidade em prol da equidade de oportunidades na construção. A campanha valoriza a competência feminina e mostra sua multiplicidade de atuação”, afirma. “Ela na Obra foi idealizada para contribuir com essa discussão, dando espaço para que elas mostrem suas histórias e sejam exemplo para quem está começando”, complementa. Assista o primeiro episódio, com Márcia Cristina, abaixo!
Os pré-requisitos para a participação incluem a postagem do vídeo na rede social TikTok, marcando a Vedacit e incluindo as hashtags #ElaNaObra e #Vedacit, seguir a empresa nas redes sociais, deixar o perfil público e se inscrever até 27 de abril de 2023. O resultado será divulgado em 30 de maio, por meio das redes sociais da empresa.
Líder no mercado de impermeabilização e produtos de alta tecnologia para a construção civil, a Vedacit, com 87 anos de atuação, eleva a impermeabilização a um patamar de maior modernidade, sempre atenta as necessidades dos consumidores. Com o propósito de “transformar a vida de milhões de pessoas melhorando as condições de habitação, fazendo da sua casa a nossa causa”, a empresaapresenta produtos inovadores para a durabilidade e saúde das edificações e se aproxima das famílias brasileiras com soluções que são utilizadas no dia a dia, de forma prática e eficiente.
São mais de 100 produtos nas linhas de impermeabilizantes, materiais para a recuperação de estruturas e aditivos para concreto, desenvolvidos em laboratório próprio, com a mais alta tecnologia para oferecer soluções apropriadas a diferentes dimensões. Seus itens podem ser encontrados em mais de 50 mil pontos de venda.
Genuinamente nacional, a Vedacit possui três unidades fabris, duas em São Paulo – capital e Itatiba – e uma em Salvador, abastecendo todas as regiões do Brasil. Conta ainda com quatro grandes regionais distribuídas estrategicamente pelo país.
Como Empresa B, faz parte de uma comunidade global de empresas que atendem a altos padrões de impacto social e ambiental. Reforçando também o compromisso com a sustentabilidade, a Vedacit é associada ao Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), foi reconhecida como Top Employer 2022 e 2023 e recebeu a certificação GPTW 2022, que atesta as melhores empresas para trabalhar no país. Assim, a Vedacit assume um compromisso público de estar permanentemente alinhada com práticas que determinarão os rumos do desenvolvimento global nas próximas décadas.
Com curadoria realizada por Guilherme Wisnik, a iniciativa abre espaço para 100 peças de mobiliário das décadas de 30 a 80, desenvolvidas pelos alunos do Liceu de Artes e Ofícios, que comemora 150 anos em 2023.
Em parceria com o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, a Galeria Teo convida para a Exposição Liceu de Artes e Ofícios 150 anos, em continuidade à mostra realizada durante a SP-Arte 2023, Festival Internacional de Arte de São Paulo, que aconteceu entre os dias 29 de março e 02 de abril. A exposição será aberta ao público de 12 de abril a 30 de junho, na Galeria Teo, localizada na Rua João Moura 1298.
A curadoria, assinada por Guilherme Wisnik, busca traçar um paralelo entre a arquitetura e as peças elaboradas; dentre as quais, algumas foram encomendadas por designers por conta da qualidade de execução das peças, mas também, pela matéria prima utilizada para sua confecção.
Poltrona Escandinava de Balanço em Jacarandá | Década de 1960 | Liceu de Artes e Ofícios | 68 X 94 X 76H cm
LICEU: A EXCELÊNCIA DO FAZER | TEXTO GUILHERME WISNIK
“O selo azul colado nos móveis do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo sempre foi um atestado de qualidade. O primado da excelência na fabricação de cadeiras, poltronas, mesas, estantes e aparadores remonta à sua origem manufatureira, ligada à tradição dos mestres de ofício na Europa. Ao mesmo tempo, a criação da instituição, em 1873 – inicialmente denominada Sociedade Propagadora de Instrução Popular –, por iniciativa da elite paulistana, esteve vinculada à vontade de formação de mão de obra para a indústria nascente.
Abrigando ao mesmo tempo escola e oficina voltada para o mercado, o Liceu passou a atender encomendas tanto para os palacetes da burguesia quanto para importantes obras públicas, confeccionando caixilhos, portões, frisos e até mesmo estátuas monumentais. Oferecendo mão de obra gabaritada em suas oficinas de marcenaria e serralheria (que incluíam ebanisteria e fundição de metais finos), a instituição se destacou pela qualidade do fazer, que atendia ao gosto variado dos clientes, abarcando desde os florais ornamentados do Art Nouveau e do Ecletismo até as linhas retas e sóbrias do modernismo. É nessa última fase, iniciada nos anos 1950, que essa exposição se concentra.
A grande tradição brasileira no campo do mobiliário explorou o uso da madeira, reforçada no período moderno pelos trabalhos de figuras como Joaquim Tenreiro, Zanine Caldas, Sérgio Rodrigues e Jorge Zalszupin, dentre outros. Esse é também o caso do Liceu, cujos móveis são feitos em madeiras nobres, como o jacarandá da Bahia e a imbuia, trazendo muitas vezes, como marcada de estilo, destacadas peças oblongas de travamento em cunha, feitas de faixas horizontais de jacarandá e marfim imperial. Uma bela maneira de se destacar os vínculos construtivos das peças, afastando-se já da noção de ornamento, que tanto guiou a sua produção até aquele período.
O trabalho nas oficinas do Liceu executava tanto o desenho de projetistas de fora quanto aqueles que eram realizados internamente, e que constituem o foco desta exposição. Mas a ênfase dos projetos do Liceu nunca foi a invenção formal, e sim a decantação de padrões de linguagem construtiva lentamente assimilados ao longo do tempo, e depurados sobre as noções de estabilidade e elegância.
Num tempo em que o design autoral se destaca cada vez mais, os móveis do Liceu demonstram a qualidade de uma produção anônima e de caráter coletivo. Assim, à medida que o desenho de mobiliário no Brasil vai se aproximando – pelo traço autoral, e pela ainda tímida serialidade da sua produção – do caráter idiossincrático da obra de arte, as peças fabricadas pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo reafirmam o ethos do trabalho coletivo, apoiado no binômio que a fundou: artesanato e indústria. “
Sobre o Liceu de Artes e Ofícios
O Liceu de Artes e Ofícios figura entre as instituições de ensino mais antigas da cidade de São Paulo e integra a tradição de liceus em cidades diversas do mundo. Trata-se de uma instituição privada e que até hoje oferece ensino técnico em áreas diversas, além de Ensino Médio regular. Em sua origem era destinada a formar mão de obra, oferecendo conhecimentos necessários às artes e ofícios, ao comércio, à lavoura e às indústrias.
Sob a direção de Ramos de Azevedo, em 1895, o Liceu deu um salto para se tornar uma espécie de escola de belas artes, e passou a produzir mobiliário, além de peças artísticas e decorativas. Temos como exemplo, a produção de tecidos da casa dos imigrantes Wagih e Maria, moradores da mansão de esquina da Av. Paulista, 1811, o mobiliário do edifício Altino Arantes (também conhecido como edifício Banespa) do arquiteto-engenheiro Plínio Botelho do Amaral, o Monumento às Bandeiras, o lustre no saguão do Teatro Municipal de São Paulo, o Monumento a Duque de Caxias entre muitos outros. Por lá, passaram pessoas como Victor Brecheret, Alberto Santos Dumont, entre outros.
Depois, nos anos 1950, em linha com a modernização promovida por Juscelino Kubitschek, o Liceu abandona a produção artesanal e passa a desenvolver mobiliários e peças industriais, como esquadrias em aço inoxidável. São frutos dessa nova fase industrial: execução das esquadrias do MASP; execução de parte do mobiliário do Aeroporto Internacional de Cumbica; produção dos caixas-automáticos 24 Horas; entre outros.
Por fim, as peças produzidas atualmente são valorizadas por sua qualidade indiscutível, tendo sido usadas em edifícios e casas importantes, como o Hotel de La Plage, no Guarujá, o Theatro Municipal de São Paulo e a Faculdade de Direito do Largo São Francisco. No dia 14 de dezembro de 1873, Leôncio de Carvalho e mais 130 aristocratas da cidade de São Paulo fundaram a Sociedade Propagadora da Instrução Popular. Essa associação educacional privada, fundada com o apoio da maçonaria, tinha como objetivo inicial as primeiras letras aos filhos de camponeses e operários.
Nove anos depois de sua fundação, a instituição passa por uma reformulação total. Os cursos profissionalizantes, utilizando como modelo a experiência europeia, são introduzidos no currículo a partir do dia 1 de setembro de 1882. Nesse dia, a instituição passa-se a chamar Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
No final do século XIX, o diretor-geral Francisco de Paula Ramos de Azevedo foi responsável por uma reforma administrativa e curricular. O arquiteto italiano Domiziano Rossi integra o corpo docente do Liceu, tornando obrigatório o estudo de cunho renascentista, principalmente nos ornatos, o que influenciou as construções paulistas até cerca de 1920.
Par de poltronas em Jacarandá, 69 X 64 X 71 H, década de 50 | Sofá 3 lugares com mesas ripadas em Jacarandá, 249 X 70 X 71 H, década de 50 | Mesa auxiliar quadrada em metal com ripas em Jacarandá, 68 X 68 X 35,5 H | Fotografia: Ramanaik Cunha Bueno
Mesa quadrada para jogos e cadeira atribuídos ao Liceu de Artes e Ofícios | Fotografia: Ramanaik Cunha Bueno
No ano de 1900, o Liceu muda-se para a sua sede na Av. Tiradentes, no bairro da Luz. Em 1905, o prédio passa a abrigar a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Além das exposições de arte, havia galerias que exibiam permanentemente os trabalhos realizados pelos alunos nas oficinas-escolas. As manufaturas, com o intuito de manter a escola, eram vendidas ao público. A redução das importações decorrentes das duas Guerras Mundiais contribuiu para o crescimento industrial do Liceu, verificando-se um aumento no consumo dos produtos nacionais. Por ser um grande divulgador e realizador do estilo art-nouveau, o Liceu recebeu o prêmio St. Louis Universal Exhibition.
Conflitos políticos das décadas de 1920 a 1930 interromperam as atividades da instituição e causaram sérios prejuízos materiais. O Liceu foi ocupado pelos batalhões nos movimentos revolucionários de 1924, 1930 e 1932. Em 1945, sofreu mais prejuízos com um incêndio ocorrido em sua sede.
Em 1946, a escola é transferida para o terreno localizado na Rua João Theodoro, onde funcionavam as oficinas. Na década de 1970 ocorre uma reforma curricular e na década seguinte é fundado o Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, quando estreia o espetáculo de luz e som Multivisão, com roteiro do crítico Olívio Tavares de Araújo.
Atualmente, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, instituição de ensino particular, filantrópica e sem fins lucrativos, une a tradição – que o consagrou como um dos principais colégios do país – com as mais inovadoras metodologias educacionais, pautadas na utilização das tecnologias, mas também, na preparação dos alunos para o mercado de trabalho e para o ingressar nas universidades brasileiras e internacionais.
SERVIÇO
GALERIA TEO | EXPOSIÇÃO LICEU DE ARTES E OFÍCIOS 150 ANOS
PERÍODO DA EXPOSIÇÃO | 12 DE ABRIL A 30 DE JUNHO
ENTRADA GRATUITA
Galeria Teo | Rua João Moura 1298, São Paulo SP 05412-003 Brasil
+55 11 3063-1939
Segunda à sexta das 09h às 18h – sábado das 10h às 14h https://casateo.com.br/ @ galeriateo
Organizadores apostam em edição maior com aumento de 50% no número de marcas expositoras e atrações inéditas na programação.
A FEICON, o maior evento de construção civil da América Latina, já abriu o credenciamento de visitantes para a sua 27ª edição, que acontecerá entre os dias 11 e 14 de abril, no São Paulo Expo (SP), em São Paulo capital. As inscrições devem ser feitas pelo site oficial do evento e são gratuitas para profissionais do setor.
Considerada uma das principais plataformas de geração de negócios, atualização profissional e networking do setor, a feira trará uma série de novidades e um número 50% maior de marcas neste ano. A expectativa é surpreender tanto os expositores quanto profissionais do varejo, distribuição, engenharia, arquitetura e de toda a indústria, além de reforçar o movimento positivo do setor, que fechou 2022 com crescimento de 10,9% no Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), segundo informações do IBGE divulgadas na terça-feira (10).
Referência para os profissionais que fazem parte do mercado de construção civil e arquitetura, no Brasil e em toda América Latina, a feira é considerada por seus milhares de visitantes como o principal evento de negócios, relacionamento e inspiração do setor, justamente porque suas iniciativas presenciais e digitais conectam o mercado de maneira ampla, gerando conteúdo e negócios durante o ano todo. O evento é o único da América Latina em que expositores apresentam produtos e serviços para varejistas, atacadistas, construtores, arquitetos e formadores de opinião em busca de tendências, novas tecnologias e inspiração.
A RX – promotora e organizadora do evento – destaca algumas das atrações inéditas deste ano, como a Rota de Tecnologia, patrocinada pela MÚTUA (Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea), com soluções e tecnologias construtivas inovadoras, selecionados por um comitê de especialistas na área. Outra atração estreante será o Lounge dos influenciadores, que reforçará a participação de formadores de opinião do mercado no evento, além de oferecer uma programação de conteúdos com os maiores especialistas no setor de construção civil, arquitetura e tendências dessa indústria.
A perspectiva é superar o sucesso e os números recordes do evento de 2022. “Como principal evento do setor e importante palco para lançamento de tendências e geração de negócios dessa indústria, queremos movimentar ainda mais o mercado e destacar todo o processo de inovação da construção civil, trazendo um panorama amplo de estudos, debates, soluções, produtos e tecnologias que estão transformando a área”, ressalta Lúcia Mourad, Gerente da FEICON.
Lamina
Outros destaques
Além das novidades, atrações consideradas tradicionais também terão espaço na edição 2023. Uma delas, a Casa Cerâmica, modelo de projeto eficiente para conjuntos habitacionais, voltará a expor uma casa em tamanho real, com produtos modernos e que ao mesmo tempo trazem redução de custo para construtores e público final.
Outro destaque é a Rota da Sustentabilidade, com marcas e produtos que atendem aos critérios de ESG selecionados por especialistas da Fundação Vazolini em parceria com a Inovatech Engenharia.
A grade de programação contará com o Núcleo de Conteúdo – Atacado, Varejo e Distribuição, com curadoria da Grau 10 Editora e do Sincomavi, e do Núcleo de Conteúdo – Construção, organizado pela Inovatech Engenharia.
O retorno de expositores que são referência no mercado também será um dos diferenciais. Lorenzetti, Astra e Stam são algumas das marcas que estarão ao lado de players como Vonder, Juntos Somos Mais, Grupo Saint Gobain, Ferragens Negrão e muitos outros.
Vale destacar que o setor da construção civil espera um crescimento de 2,5% em 2023, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A projeção considera o ritmo de expansão dos últimos três anos do segmento, acima da economia nacional, além do ciclo de negócios do mercado imobiliário em andamento e da demanda habitacional sólida. Ainda sobre essas tendências e projeções, a CBIC, em parceria inédita com a RX, apresentará a 96ª edição do ENIC durante a feira em abril.
“Sabemos que essa indústria tem um papel estratégico e essencial para o desenvolvimento do país, com geração de negócios, emprego e renda, e o PIB do setor tem superado a média nacional nos últimos anos. Por isso, a cada edição buscamos surpreender os participantes, elevando o nível das experiências e atrações, impactando a geração de negócios durante o ano”, reforça Mourad.
O movimento ESG vem ganhando tração nas empresas do setor da construção!
Na dimensão da responsabilidade ambiental do ESG, alguns aspectos merecem atenção das empresas, emtodas as fases do processo do negócio: incorporação, projetos, fabricação de materiais, execução de obras e uso e operação, ao longo da vida útil dos empreendimentos.
Entre esses aspectos, é possível citar a preservação dos recursosnaturais, eficiência no uso de água e energia, atenção às emissões de poluentese à geração de resíduos, preservação da biodiversidade, redução da geração degases de efeito estufa e prevenção de acidentes ambientais.
Logo no início do desenvolvimento de um empreendimento, durante a seleção de um terreno, é necessário avaliar os impactos ambientais (positivos e adversos) tanto na fase de construção, quanto na fase de uso e operação dos empreendimentos.
No desenvolvimento dos produtos e dos projetos é importante definir soluções construtivas que potencializem os impactos positivos e mitiguem os negativos. Isso pode se dar, por exemplo, com a especificação de materiais sustentáveis, a previsão de reuso de água, a adoção de métodos construtivos de baixo impacto e a instalação de sistemas eficientes de energia. Além da incorporação de tecnologias digitais, visando monitorar o desempenho sustentável do empreendimento.
Durante a obra, deve-se atentar para os impactos causados pelas atividades de obra e por toda a cadeia de abastecimento. A emissão de poluição e a geração de resíduos sólidos e líquidos pode ser evitada com soluções construtivas industrializadas. Já os consumos de energia e água podem ser reduzidos com a seleção de equipamentos de baixo consumo e com um planejamento minucioso das atividades. Descartes adequados e legalizados são fundamentais para evitar contaminações inapropriadas. Além disso, cuidados com a biodiversidade local têm que ser previstos logo no início das atividades no canteiro.
No uso e operação dos edifícios, é importante estabelecer processos para garantir a eficiência das tecnologias digitais incorporadas no projeto e disponibilizadas para os usuários. O monitoramento sistemático de consumos via softwares, pode proporcionar mais eficiência e, consequentemente, reduzir demandas e reduzir os custos de operação ao longo da vida útil.
Como é possível perceber, ao longo do ciclo da construção, cada solução contribui para alinhar a empresa ao ESG e consolidar sua responsabilidade ambiental. As certificações ambientais têm um papel extremamente importante nessa jornada, pois atestam, via auditoria de um órgão independente, que essas práticas sustentáveis, são efetivamente adotadas pelas empresas.
Hoje no Brasil temos uma vasta oferta de certificações para a empresa, para os empreendimentos e para os materiais. Para a empresa destacam-se a certificação ISO 14.000 focada na avaliação do sistema de gestão ambiental da empresa, e a certificação do Sistema B, focada na avaliação dos princípios e práticas ESG das empresas.
Para os empreendimentos, os selos ambientais prevalentes no Brasil, são o LEED, AQUA, EDGE, Well, Fitwell, GBC Casa e Condomínio, PBE Edifica, Sustainable Sites e Casa Azul da CAIXA. E para os materiais temos a Declaração Ambiental do Produto com base na Análise do Ciclo de Vida e a certificação Cradle to Cradle, focado na economia circular na produção de materiais.
Para as empresas que estão implementando a Jornada ESG e querem adotar alguma certificação, recomenda-se analisar qual o valor que cada certificação agrega ao seu negócio, ao seu Propósito, e aos seus stakeholders. Quanto aos empreendimentos, hoje a recomendação é selecionar o selo ambiental que se adeque à tipologia do empreendimento (residencial, comercial, logística, industrial, varejo, loteamento e empreendimentos mistos) e que crie um diferencial competitivo, percebido pelos clientes desse empreendimento.
Por Por Roberto de Souza, presidente do CTE – Centro de Tecnologia de Edificações (roberto@cte.com.br)
UFRGS é a primeira universidade brasileira a iniciar pesquisa sobre nova tecnologia.
Nas última década, a busca por materiais cimentícios que permitam criar estruturas resistentes e duráveis tem impulsionado o trabalho de pesquisadores no Brasil e no mundo. É nesse contexto que surge o concreto têxtil (textile-concrete, em inglês), material que tem configuração semelhante aos tecidos e que utiliza uma rede formada por polímeros em substituição ao aço no concreto armado.
As vantagens associadas a essa nova tecnologia são muitas. A começar pela possibilidade de moldar o concreto em sessões mais esbeltas e arrojadas, uma vez que passa a ser desnecessário o cobrimento mínimo das armaduras. Mas o maior benefício está relacionado à durabilidade. Afinal, ao dispensar o uso de elementos metálicos, o concreto torna-se isento de corrosão, fenômeno que é o principal redutor de vida útil das estruturas de concreto. Há, ainda, ganhos atrelados à sustentabilidade, decorrentes do fato de as estruturas serem produzidas com menor volume de concreto e terem maior durabilidade.
O concreto têxtil tende a ser aproveitado principalmente pelo segmento de pré-fabricados de concreto, para a produção de elementos em forma de painéis e para peças com sessões mais complexas. Componentes produzidos com concreto têxtil podem ser produzidos com seções transversais de espessura significativamente menores (5-50 mm) do que aquelas produzidas em concreto convencional.
Inovador, material utiliza rede de matriz polimérica para substituir as armaduras de aço.
Outra aplicação importante é no reforço e reparo de estruturas corroídas, incluindo em edifícios históricos. “Nesses casos, o concreto têxtil pode recompor de forma muito eficiente a capacidade de carga original, sem implicar em elevação de peso”, comenta Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, diretor da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ele lembra que o concreto têxtil pode utilizar fibras de diferentes origens e morfologias, como as de carbono e as de vidro, especificadas em função da necessidade do elemento estrutural resistir a esforços. Segundo ele, os pesquisadores investigam, no momento, como esse novo material se comporta em ensaios de envelhecimento e quando exposto a temperaturas elevadas.
“Com o concreto têxtil, o limite de cobrimento mínimo não será mais pautado pela corrosão, e sim pelo comportamento desejável da estrutura em caso de incêndio” – Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, diretor da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Com aproximadamente 100 metros, a passarela de concreto têxtil em Albstadt-Lautlingen é a primeira aplicação prática do concreto têxtil e atualmente o maior obra do tipo do mundo.
O futuro do concreto armado
primeira aplicação prática do concreto têxtil está exposta na cidade de Albstadt, no sul da Alemanha. Trata-se de uma passarela com 97 metros de comprimento executada com fios de fibra de vidro para armar os componentes pré-fabricados. A superestrutura com o concreto têxtil pesa aproximadamente 40% menos, em comparação à execução com concreto armado.
Outras obras de referência são a reforma da catedral de Aachen, também na Alemanha, que empregou reforço de argamassa têxtil nos reparos estruturais. O desenvolvimento do concreto têxtil é resultado de um avanço gradativo que vem ocorrendo no desenvolvimento dos materiais poliméricos. Ao longo dessa trajetória, um momento importante foi o desenvolvimento de fios poliméricos por pesquisadores da Universidade Técnica de Dresden, em parceria com o Instituto de Pesquisa Têxtil Saxon, em Chemnitz.
Depois disso, os avanços foram muitos. Tanto é que na Alemanha já há empresa que desenvolve comercialmente concreto têxtil para múltiplas aplicações, especialmente para painéis de fachadas. A próxima etapa nessa linha evolutiva é a formatação de uma nova teoria de dimensionamento estrutural.
“Como ocorre com outros materiais construtivos, o concreto têxtil não é uma panaceia, mas uma solução ótima para algumas aplicações”, pondera o professor da UFRGS. “Para compor uma viga tradicional, por exemplo, sua utilização não faz muito sentido. Mas em peças com geometrias especiais ele pode ser bastante competitivo”, conclui Silva Filho.
Com um programa vertical de lojas, escritórios e apartamentos residenciais, projeto prenuncia uma nova geração de edifícios de uso misto em São Paulo.
Batizado em homenagem ao seu endereço em São Paulo, o Harmonia 1250 se afasta do modelo tradicional de “edifícios que parecem uma caixa” que domina o mercado imobiliário. O edifício de uso misto, da incorporadora Idea Zarvos, reivindica a diferenciação como um valor primário ao propor a arquitetura como uma ferramenta para melhorar a convivência entre diferentes públicos e usos; assim, em vez de propor uma construção fechada voltada para dentro, o projeto do escritório franco-brasileiro Triptyque criou uma estrutura aberta, conectada ao exterior e com múltiplas vistas.
O terreno irregular, composto por vários pequenos lotes pré-existentes, inspirou a criação de um edifício com duas extremidades salientes unidas por um corpo alongado que funciona como um passadilho, ligando ambos os lados à uma área central com circulação vertical. O projeto reorganiza elementos essenciais da arquitetura, com base nas especificidades do terreno e na sua altimetria, dando origem a um edifício com múltiplas vistas e orientações que estabelece uma relação fluida e intrincada com o solo, a vegetação e os espaços públicos.
“O projeto estabelece seu valor primordial através da reorganização da caixa de ferramentas tradicional das construções racionalistas de acordo com 3 temas: relação com o espaço urbano, com o solo; qualidade da ventilação, vista e iluminação dos apartamentos e espaços de trabalho; integração interior/exterior.” – Triptyque Architecture
O edifício é pensado como lajes empilhadas com fechamento em vidro piso-teto. O piso térreo é visualmente permeável e comporta-se como uma fachada ativa atravessada por vários acessos; já os superiores, destinados a uso residencial, têm uma materialidade diferente, evidenciando a existência de um programa misto. Em cada andar, os espaços internos se estendem para o exterior em continuidade direta, dando vista para o panorama urbano da cidade.
As fachadas são terraços protegidos por brises soleils metálicos e por uma camada vegetal, formando uma pele que cobre e protege o edifício, mantendo-o “respirável” e aberto para a cidade. Os vasos de plantas colocados nas fachadas são irrigados por um sistema de gotejamento integrado, projetado para garantir um baixo consumo de água.
O rearranjo volumétrico de elementos essenciais da arquitetura deu origem a um edifício com múltiplas orientações: o Harmonia 1250 têm aparências diferentes, que variam dependendo do ponto de vista do qual é visto. O projeto paisagístico de Rodrigo Oliveira propõe um jardim natural e espontâneo, que traz conforto térmico e, ao abrir-se para a rua, cria uma integração bem-vinda com o espaço público.
Por Redação
Imagens: Ricardo Basseti e Leonardo Finotti
Sob o título Terra, a representação do Pavilhão do Brasil na Biennale Architettura 2023 propõe desenhar possíveis futuros e repensar o passado, trazendo para o centro agentes esquecidos pelos cânones arquitetônicos, em diálogo com a curadoria da edição, Laboratory of the Future.
A Fundação Bienal de São Paulo anuncia o projeto que ocupará o Pavilhão do Brasil na 18. Mostra Internacional de Arquitetura (18 MIA), La Biennale di Venezia [Bienal de Veneza]. A exposição tem curadoria conjunta dos arquitetos Gabriela de Matos e Paulo Tavares e conta com a participação dos seguintes colaboradores, agora anunciados: Ana Flávia Magalhães Pinto; Ayrson Heráclito; Day Rodrigues com colaboração de Vilma Patrícia Santana Silva (Grupo Etnicidades FAU-UFBA); coletivo Fissura; Ilê Axé Iyá Nassô Oká (Casa Branca do Engenho Velho); Juliana Vicente; Leandro Vieira; povos indígenas Mbya-Guarani; povos indígenas Tukano, Arawak e Maku; Tecelãs do Alaká (Ilê Axé Opô Afonjá); Thierry Oussou e Vídeo nas Aldeias.
Partindo de uma reflexão entre o Brasil de ontem, o de hoje e aquele porvir, a mostra coloca a terra no centro do debate tanto como poética quanto elemento concreto no espaço expositivo. Para isso, todo o pavilhão será aterrado, colocando o público em contato direto com a tradição das moradias indígenas, quilombolas e sertanejas, além dos terreiros de candomblé.
“Nossa proposta curatorial parte de pensar o Brasil enquanto terra. Terra como solo, adubo, chão e território. Mas também terra em seu sentido global e cósmico, como planeta e casa comum de toda a vida, humana e não humana. Terra como memória, e também como futuro, olhando o passado e o patrimônio para ampliar o campo da arquitetura frente às mais prementes questões urbanas, territoriais e ambientais contemporâneas”, contam os curadores.
Elementos de habitações populares brasileiras estão presentes na mostra já na entrada no pavilhão brasileiro, em contraste com os traços modernistas do prédio, caso dos gradis com o símbolo sankofa — pertencente a um sistema de escrita africano denominado Adinkra, dos povos acã da África ocidental, que foi muito usado nos desenhos de gradis, podendo ser visto em grande parte das cidades brasileiras, e quer dizer “olhar para o conhecimento de nossos antepassados em busca de construir um futuro melhor”.. Uma bandeira verde e rosa, de Leandro Vieira, também integra esse local de recepção, contrapondo-se à nacional. Nela, o emblema “ordem e progresso” é substituído pelos sujeitos que evocam a relação com a terra evocada pelos curadores chão: “índios, negros e pobres”.
A primeira galeria do edifício modernista é chamada pelos curadores de “Brasília Território Quilombola”, questionando o imaginário em torno da versão de que a capital do Brasil foi construída em meio ao nada, uma vez que indígenas e quilombolas que habitavam o lugar já eram retirados da região desde o período das Bandeiras, sendo finalmente empurrados para as periferias com a imposição da cidade moderna. Desse modo, o que se pretende expor é uma imagem territorial, arquitetônica e patrimonial mais complexa, diversa e plural da formação nacional e da modernidade no Brasil, apresentando outras narrativas por meio de arquiteturas e paisagens negligenciadas pelo cânone arquitetônico urbano, como a do Quilombo Kalunga, o maior do país, que se encontra a 250 km de Brasília. Com múltiplos formatos, as obras que preenchem a galeria vão da projeção de uma obra audiovisual da cineasta Juliana Vicente e criada em conjunto com a curadoria, comissionada para a ocasião, passando por uma seleção de fotografias de arquivo, organizada pela pesquisadora Ana Flávia Magalhães Pinto, ao mapa etno-histórico do Brasil de Curt Nimuendajú e o mapa Brasília Quilombola.
“A Mostra Internacional de Arquitetura da Biennale di Venezia é um espaço privilegiado para o debate das questões mais urgentes em arquitetura e urbanismo, campo que, em última instância, reflete sobre nossas dinâmicas de vida a partir do uso e compartilhamento de espaços comuns, enquanto sociedade. Em um momento de grandes desafios enfrentados pela humanidade, realizar a exposição proposta pelos arquitetos Gabriela de Matos e Paulo Tavares é uma maneira de dar visibilidade a pesquisas e práticas que podem contribuir para a elaboração coletiva de nosso futuro” – José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo.
Fachada do pavilhão brasileiro na 18 MIA, exposição Terra. Render produzido pelos curadores Gabriela de Matos e Paulo Tavares.
A segunda galeria, batizada de “Lugares de Origem, Arqueologias do Futuro”, nos recepciona com a projeção de dois vídeos de Ayrson Heráclito — O Sacudimento da Casa da Torre e O Sacudimento da Maison des Esclaves em Gorée, ambos de 2015 — e se volta para as memórias e a arqueologia da ancestralidade. Ocupada por projetos e práticas socioespaciais de saberes indígenas e afro-brasileiros acerca da terra e do território, a curadoria parte de seis referências essenciais: Casa da Tia Ciata, no contexto urbano da Pequena África no Rio de Janeiro; a Tava, como os Guarani chamam as ruínas das missões jesuítas no Rio Grande do Sul; o complexo etnogeográfico de terreiros em Salvador; os Sistemas Agroflorestais do Rio Negro na Amazônia; e a Cachoeira do Iauaretê dos Tukano, Aruak e Maku. A exibição demonstra o que várias pesquisas científicas comprovam: que terras indígenas e quilombolas são os territórios mais preservados do Brasil. Suas práticas, tecnologias e costumes ligados ao manejo e produção da terra, como outras formas de fazer e de compreender a arquitetura, estão situadas na terra, são igualmente universais e carregam em si o conhecimento ancestral para ressignificar o presente e desenhar outros futuros.
Ayrson Heráclito, O sacudimento da Casa da Torre e o da Maison des Esclaves em Gorée, 2015, videoinstalação. Cortesia do artista.
A prerrogativa da Fundação Bienal de São Paulo na realização da representação oficial do Brasil nas bienais de arte e arquitetura de Veneza é fruto de uma parceria de décadas com o Governo Federal, que outorga à Fundação Bienal a responsabilidade pela nomeação da curadoria e pela concepção e produção das mostras em reconhecimento à excelência de seu trabalho no campo artístico-cultural. Organizadas com o intuito de promover a produção artística brasileira no mais tradicional evento de arte do mundo, as exposições ocorrem no Pavilhão do Brasil, projetado por Henrique Mindlin e construído em 1964.
Pavilhão do Brasil na 18ª Mostra Internacional de Arquitetura — La Biennale di Venezia
Exposição: Terra Comissário: José Olympio da Veiga Pereira, Presidente da Fundação Bienal de São Paulo Curadoria: Gabriela de Matos e Paulo Tavares Participantes: Ana Flávia Magalhães Pinto; Ayrson Heráclito; Day Rodrigues com colaboração de Vilma Patrícia Santana Silva; coletivo Fissura; Ilê Axé Iyá Nassô Oká (Casa Branca do Engenho Velho); Juliana Vicente; Leandro Vieira; povo indígena Mbya-Guarani; povos indígenas Tukano, Arawak e Maku; Tecelãs do Alaká (Ilê Axé Opô Afonjá); Thierry Oussou; Vídeo nas Aldeias Local: Pavilhão do Brasil Endereço: Giardini Napoleonici di Castello, Padiglione Brasile, 30122, Veneza, Itália Data: 20 de maio a 26 de novembro de 2023 Preview para imprensa e profissionais: 18 e 19 de maio de 2023
Lançamento de A Grande Escola é a Cidade coloca em perspectiva mais de duas décadas dedicadas ao ensino de arquitetura e urbanismo.
Como fazer uma faculdade de arquitetura sem fins lucrativos e voltada para o interesse coletivo, para a melhoria das cidades brasileiras? Da formação de uma associação de professores demitidos após uma greve, em 1996, passando pelo acolhimento e apoio de figuras como Aziz Ab’Sáber, Domenico di Masi e Oscar Niemeyer, o livro A Grande Escola é a Cidade: 20 anos de uma faculdade de arquitetura no centro de São Paulo conta o surgimento da Escola da Cidade (2002) até os dias atuais, revisitando diferentes gerações de profissionais, docentes e formados, cuja atuação repercute no Brasil e no mundo.
A matéria-prima da publicação são documentos, depoimentos e entrevistas inéditos. Foram mais de 30 encontros, gravados pelo núcleo audiovisual da Escola, responsável também pelo levantamento e seleção das imagens que ilustram uma linha do tempo. Os professores Alexandre Benoit e José Paulo Gouvêa coordenaram a pesquisa do livro, o laboratório de Design (coordenado pelos professores Celso Longo e Daniel Trench) assina o projeto gráfico e a edição é da Editora Escola da Cidade.
A edição é fruto de um desejo antigo, e de uma difícil missão, de resgatar a origem de uma história ainda em curso, com inúmeras versões e, principalmente, incontáveis e importantes personagens. Todas, todos e todes, docentes, discentes e colaboradores, contribuíram para a construção de uma nova realidade tendo como ponto de encontro a Rua General Jardim, nº 65, no coração da metrópole.
O livro A Grande Escola é a Cidade: 20 anos de uma faculdade de arquitetura no centro de São Paulo foi lançado no dia 1º de abril, na Escola da Cidade. Na ocasião, foi inaugurada uma exposição com o material audiovisual que integra o livro.