Construtivo leva tecnologias para projeto inédito em BIM na reconstrução do Museu Nacional/UFRJ

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Companhia de tecnologia fornece sistemas de visualização de nuvem de pontos e modelo, de colaboração e comunicação e de gestão de documentos para todas as etapas de reconstrução do patrimônio.

 

Após quatro anos do trágico incêndio que atingiu o Paço de São Cristóvão (Rio de Janeiro) e abalou uma das mais importantes instituições científicas da América Latina, o Museu Nacional/UFRJ está sendo restaurado e reconstruído por meio do Projeto Museu Nacional Vive. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro (Iphan-RJ) aprovou em junho o Anteprojeto de Restauração e Arquitetura do Paço de São Cristóvão, a sede do Museu Nacional/UFRJ. O documento registra o acordo com o conceito geral do projeto e a disponibilidade da instituição de seguir colaborando com o desenvolvimento do projeto executivo para as intervenções no palácio e no seu entorno.

O Construtivo, companhia de Tecnologia da Informação com DNA em Engenharia, é uma das empresas contratadas pela iniciativa e está apoiando o desenvolvimento de projetos técnicos por meio de um trabalho inédito em BIM (Building Information Modeling). Nesta execução desenvolvida integralmente em HBIM (em português, BIM aplicado a edifícios históricos), metodologia que garante precisão, qualidade de representação e informações adequadas para obras de restauro e intervenção, três soluções do Construtivo estão em operação: o Cintoo, o BIM Track e o Colaborativo.

A primeira passou a ser utilizada na etapa inicial do projeto, cuja metodologia envolveu o escaneamento a laser e o trabalho de pesquisa e arqueologia para trazer conhecimento dos elementos da construção, como a estrutura e os objetos, ou seja, a representação precisa, que tecnicamente é obtida por meio do escaneamento a laser, gerando arquivos de nuvem de pontos para apoiar as atividades de estudo e desenvolvimento do projeto.

Para visualizar todo esse processo, a equipe utilizou o Cintoo, que funciona como uma plataforma streaming para armazenar e suportar o fácil acesso de diferentes partes interessadas à nuvem de pontos e às imagens captadas a partir da realidade. Até o momento, a plataforma recebeu 768 escaneamentos e cerca de 240 GB em imagens.

“O Cintoo possibilita que todos os participantes visualizem o material de forma facilitada. Se não fosse ela, seria necessário que todos os envolvidos tivessem computadores com alta capacidade de armazenamento e conhecimento técnico em nuvem de pontos. Além disso, a possibilidade da plataforma de associar modelos à nuvem de pontos dá condições de tomar decisões considerando as condições retratadas nas imagens. Por exemplo, se o objetivo é fazer um furo em determinada parede, a nuvem de pontos associada a este modelo irá mostrar se a intervenção é apropriada” – Sérgio Leusin, coordenador BIM do projeto e sócio-gerente da GDP – Gerenciamento e Desenvolvimento de Projetos.

 

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Imagem: Museu Nacional Vive / UFRJ

 

Paralelamente ao Cintoo, ocorre o processo de coordenação de projetos, contemplando a comunicação e a colaboração entre os projetistas no BIM Track, que permite acessar o modelo virtual 3D para fazer as análises e as compatibilizações das diversas disciplinas existentes. Sem uma ferramenta de apoio como a BIM Track, seria necessário fazer desenhos e sobrepô-los no computador para verificação de incompatibilidades e conflitos, o que traria além do aumento de tempo na comunicação e na interação entre os envolvidos, a ampliação dos riscos e, consequentemente, o custo do projeto.

“A discussão via uma plataforma de colaboração é essencial num processo BIM, pois otimiza e agiliza o processo de compatibilização resolvendo os problemas antes da execução da obra, além de diminuir a exposição ao risco de atrasos e retrabalhos. Ao todo, 158 arquivos e mais de 1,8 mil questões são administradas dentro da solução. A previsão é finalizar o projeto com cerca de 5 mil tópicos de discussão solucionados”, comenta Leusin.

Com a discussão ocorrendo no BIM Track, o processo administrativo e contratual é gerenciado no Colaborativo, que faz a gestão de aproximadamente sete mil arquivos simultaneamente, entre desenhos 2D, projetos, aprovações dos modelos e documentos em geral. Ou seja, todos os entregáveis são processados e aprovados no Colaborativo e já se sabe que esse volume deve dobrar até o final da obra.

O projeto em BIM para a reconstrução do Museu Nacional envolve 21 empresas, entre projetistas, gerenciadoras e consultorias. Ao todo, mais de 100 especialistas em 32 disciplinas atuam no projeto. O desenvolvimento integrado otimiza recursos financeiros e evita conflitos entre as soluções apresentadas para cada área. O mais emblemático resultado deste processo colaborativo em 2022 é o Anteprojeto de Restauração e Arquitetura do Paço de São Cristóvão e de reforma do Anexo Alípio de Miranda Ribeiro, que foi submetido no mês de agosto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Para Marcus Granadeiro, sócio-diretor do Construtivo, atender projetos com alta complexidade e necessidade de integração em BIM é um dos diferenciais das ferramentas da empresa. “Um projeto dessa dimensão sem a adoção do BIM seria mais longo, teria menos precisão e a obra seria mais cara. Neste modelo, a quantificação para o orçamento é muito mais precisa. O Museu Nacional/UFRJ será uma referência no Brasil em HBIM, abrindo precedentes para que mais instituições adotem o modelo para antecipar problemas e economizar tempo de obra”, finaliza Granadeiro.

O Construtivo é uma empresa de tecnologia com DNA de engenharia. Pioneira no conceito de nuvem, atende aos maiores projetos de infraestrutura do Brasil. Fundado em 2000 como uma joint venture do Grupo Santander, o Construtivo passou por um processo de MBO (Management buy-out) em 2004 e se tornou uma empresa nacional. Atende mais de 100 mil usuários e cerca de 200 clientes ativos, entre eles Norte Energia, AES, CPFL, EDP, Taesa, Alupar, CTG, Energisa, CSN, Rumo, Promon, Concremat, EGIS, Intertechne, Systra, LBR, Voith, Andritz e Weg, a empresa mantém uma sede em São Paulo e uma filial em Porto Alegre.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Museu Nacional Vive / UFRJ e Construtivo