Grande destaque do impactante stand da Bertazzoni na 62ª edição do Salone del Mobile.Milano são os novos acabamentos da marca
Bertazzoni traz à EuroCucina 2024 uma estreia mundial de novos conceitos estéticos para seus acabamentos, projetados para tornar ainda mais único o design de seus aparelhos. Para a ocasião a empresa apresentou uma prévia destes novos conceitos nos fornos embutidos da sua linha Modern Series. As pesquisas mostram que o acabamento material, cromático e superficial está se tornando cada vez mais importante nos projetos, graças também aos novos processos produtivos, capazes de tornar o produto altamente personalizável e diversificado, com sustentabilidade.
A marca baseia-se na pesquisa e no desenvolvimento de técnicas inovadoras de processamento inspirado nas grandes excelências italianas reconhecidas em todo o mundo. Em colaboração com especialistas CMF no estúdio MM Design, com o designer Alex Terzariol, três novos acabamentos metálicos foram desenvolvidos, capturando engenhosamente uma essência positiva através de uma mistura harmoniosa de tons de luz e uma textura vibrante e agradável ao toque.
No espaço Bertazzoni, conceitos como Metallo Puro e Specchio, ambos disponíveis em Diferentes nuances, incluindo Gold, e o conceito Forma, com diferentes padrões texturizados, incluindo o icônico ‘Spaghetti’, ganha vida. Os acabamentos rígidos são o resultado excepcional do frio rolamento em ambos os lados – tecnicamente chamado face&reverse – de chapas de aço inoxidável. Este processamento mecânico de alta pressão imprime o textura em relevo na superfície. Apresentado na EuroCucina em Texturas ‘Spaghetti’ e ‘Punti’.
“Essa tendência expressa alegria, entendida como uma abordagem positiva do mundo ao nosso redor. Uma forte emoção inspirada na beleza da natureza, particularmente no calor dos raios solares. Perfeitamente em linha com o nosso objetivo de trazer alegria para a cozinha.” – Valentina Bertazzoni, Head de Comunicação e Estilo da empresa.
HERITAGE SERIES
Este ano, a Bertazzoni também enriquece a sua linha Heritage Series com acabamentos preciosos, incluindo o novo acabamento Gold. Inspirado no artesanato centenário dos ourives italianos, o acabamento apresenta revestimento de ouro genuíno com um tratamento especial e altamente reflexivo que protege contra o desgaste de uso diário, garantindo seu perfeito estado em todos os momentos e aprimorando cada detalhe do projeto, dos manípulos aos acabamentos. O acabamento especial adorna os fornos embutidos da Heritage Series, refinados descendentes dos fogões a lenha originais projetados pela Bertazzoni desde o início dos anos 1900, particularmente o forno elétrico embutido de 60 cm.
TECNOLOGIA DE INDUÇÃO PREMIADA
O espaço Bertazzoni destaca-se também com o que há de melhor em tecnologia de indução para cozinhar com precisão absoluta, combinada a um design elegante e moderno. Recém premiado com o iF Design Award, o fogão Air-Tec PROCH94I1EART de 90 cm de largura incorpora três equipamentos em um: cooktop de indução, forno multifuncional e exaustor, integrando a tecnologia avançada da Série Professional com seu icônico e diferenciado estilo, realçado pelos mesmos acabamentos de cor aplicados aos mais famosos superesportivos de luxo italianos.
Interior do País atrai empreendimentos com foco em aspectos urbanos, que privilegiam espaços abertos e promovem a gentileza urbana
Na zona sul de Sorocaba, interior de São Paulo, foi construído o Ícone Planeta, novo empreendimento residencial de alto padrão com arquitetura Königsberger Vannucchi para a Construtora Planeta. Com mais de 22 mil m² de área construída e uma única torre de 141 metros de altura, o edifício residencial, o mais alto do interior do Brasil, foi erguido após 37 meses de construção, prazo recorde para uma obra deste porte.
Com histórico de projetos de impacto urbano em grandes centros e tecnicamente desafiadores, a Königsberger Vannucchi tem em seu portfólio, construído ao longo dos 52 anos de existência, edifícios que o credenciaram para a execução do Ícone. Em 2022, assinou o projeto Platina 220, atual prédio mais alto da capital paulista e marco da criação de um novo eixo urbano na Zona Leste de São Paulo. É responsável também por projetos como Brascan Century Plaza, Stadium Alphaville e Curitiba Universe – marcados por sua arquitetura de uso misto – e que, por meio de suas implantações, qualificam a relação com o contexto urbano.
Inicialmente, o projeto para o Ícone Planeta seria concebido com aproximadamente 80 metros de altura. No entanto, após análise minuciosa das características do terreno e do produto, assim como uma intensa interação entre o escritório e o cliente ao longo do processo, surgiu o desejo de criar um ícone que desafiasse os limites verticais tradicionais, tornando-se uma referência na cidade. “No nosso processo projetual, a interação com o cliente é fundamental. Acreditamos que desta forma surgem as melhores soluções para o projeto, construído a quatro mãos, e o Ícone Planeta é um ótimo exemplo disto”, afirma Alexandre Daud, Diretor Associadoda Königsberger Vannucchi.
A configuração arquitetônica apresenta escalonamentos ao longo da altura do prédio. Com a disposição triangular de três apartamentos por andar, o edifício se integra harmoniosamente ao terreno angulado, proporcionando visuais desobstruídos, iluminação e ventilação cruzada para todos os apartamentos. O resultado é uma volumetria singular a ser observada de diversos pontos de vista em Sorocaba e no entorno próximo.
Os grandes terraços e as janelas posicionadas nos vértices do “triângulo” contrastam com as superfícies das fachadas dos quartos, destacando a grelha marcante da estrutura do edifício e conferindo leveza ao conjunto.
O projeto é marcado pelo uso mínimo de muros e gradis, resultando em um amplo jardim aberto para a cidade, promovendo assim a gentileza urbana. “Existe uma relação muito agradável entre o pedestre e o lobby envidraçado, potencializado pela relação com o verde da natureza. Não precisamos construir cidades com grades. A separação entre o público e o privado se resolve com soluções arquitetônicas que tomam partido do posicionamento do edifício no lote e da topografia do terreno”, conta Daud.
Como diferencial, o empreendimento apresenta portaria com serviço de delivery, hall com entradas sociais e de serviço independentes, vagas para visitantes, energia fotovoltaica para a área de lazer, iluminação em LED nas áreas compartilhadas e sistema de reuso de água pluvial para torneiras de lavagem e irrigação.
A estrutura foi um dos desafios enfrentados, não apenas devido à altura imponente, mas também à esbeltez única do prédio. O projeto foi submetido a um rigoroso teste em túnel de vento, que determinou os esforços e cargas de vento no edifício. A solução, proposta pelos engenheiros responsáveis pelo cálculo estrutural, previu espessas paredes de concreto formando um núcleo central no edifício, também utilizado para a circulação vertical, apoiadas sobre uma fundação robusta, de um grande bloco de 1.600 metros cúbicos de concreto, garantindo a estabilidade do edifício.
As áreas comuns foram estrategicamente posicionadas em andares elevados, proporcionando vistas deslumbrantes da cidade. O Sky Health Club & Spa, localizado no 21° andar, oferece instalações como sala de massagem e hidro, enquanto o Sky Lounge & Gourmet, situado no 29° andar, proporciona um ambiente exclusivo para os moradores.
A iluminação noturna dos escalonamentos, alimentada por um sistema de placas fotovoltaicas, não apenas reforça a marcante presença do edifício na cidade, mas também realça o paisagismo circundante e proporciona segurança e conforto aos passeios públicos. “A ideia é que o Ícone Planeta seja um verdadeiro farol da cidade, como um ponto de referência para os sorocabanos e até mesmo para helicópteros e aviões, que não têm rota nas proximidades do edifício, mas podem de certa forma se localizar no período noturno com esta iluminação”, explica Ricardo Guimarães, presidente do Conselho Administrativo da Construtora Planeta.
Organizações se propõem a atuar juntas para promover a implementação da Agenda 2030, com destaque para o ODS 11 – tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis
O Brasil tem um déficit habitacional de aproximadamente seis milhões de moradias, segundo relatório de 2021 da Fundação João Pinheiro. O conceito abarca não somente a carência de residências, mas as milhares de famílias vivendo em condições insalubres de habitação, entre outros percalços.
Tendo em vista este desafio nacional, que atinge de forma relevante o estado de São Paulo, no último dia 15, o ONU-Habitat (Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos) e o CAU/SP (Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo), assinaram memorando de entendimento para colaboração em futuros projetos na área.
O memorando foi assinado por Elkin Velásquez, representante regional para América Latina e Caribe do ONU-Habitat, ao passo que, pelo CAU/SP, o documento foi assinado pela presidente, Camila Moreno de Camargo. O propósito do Memorando é proporcionar um marco de cooperação entre o ONU-Habitat e o CAU/SP, de modo que as duas organizações colaborem na busca de soluções para o alcance do desenvolvimento urbano sustentável por meio da Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (ATHIS) no Estado de São Paulo.
Dessa forma, as organizações se propõem a atuar juntas para promover a implementação da Agenda 2030, com destaque para o ODS 11 – tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis, e da Nova Agenda Urbana (NAU), com base na capacidade técnica de ambas as partes.
Com duração de 12 meses, a colaboração terá foco no intercâmbio de metodologias institucionais, ferramentas e boas práticas para fortalecer os conhecimentos sobre habitação social, e no diálogo com diferentes instituições para promover futuras parcerias.
Segundo a Nova Agenda Urbana, o tema da habitação está no centro da discussão por um desenvolvimento sustentável, entendendo que o direito à moradia adequada para todas as pessoas é um componente do direito a um padrão de vida adequado. Além disso, a habitação compõe uma das sete metas que integram o ODS 11 na busca por cidades e comunidades sustentáveis.
O acordo prevê a elaboração de um plano de trabalho para estruturar as atividades que serão desenvolvidas. A ideia é que a parceria possa compartilhar conhecimentos, técnicas e metodologias de trabalho para aprimorar e construir projetos relacionados a habitação social e à ATHIS.
Saiba mais sobre o e-commerce oficial das renomadas marcas Wolff e Lyor, do Grupo Rojemac
Da paixão pelo zelo e cuidado com o lar, nasceu a Woly, o mais recente e-commerce para aqueles que buscam transformar suas casas em verdadeiros refúgios de conforto e estilo. Considerado um dos melhores sites de compras de utilidades domésticas do Brasil, a Woly se apresenta como a loja oficial das marcas renomadas Wolff e Lyor, consolidando-se como uma referência em decoração e utilidades para o lar.
Com um catálogo vasto, composto por mais de 8 mil itens cuidadosamente selecionados, a Woly é a união perfeita das marcas Wo(lff) + Ly(or), garantindo elegância e sofisticação aos clientes. São mais de 5 mil itens de decoração e utilidades artesanais da Wolff, além de mais de 3 mil produtos de utilidades domésticas e decoração da Lyor, combinando praticidade e estilo de forma incomparável.
Além da qualidade e diversidade de seus produtos, a Woly também se destaca pela estrutura de excelência. Com um Centro de Distribuição exclusivo localizado em São Paulo, a empresa conta com uma equipe dedicada de colaboradores que desempenham um papel crucial na logística e no armazenamento dos produtos. Desde o processo de embalagem até a entrega final, cada etapa é realizada com o mais alto padrão de qualidade e atenção aos detalhes.
“Estamos comprometidos em levar mais beleza, estilo e tendências para cada lar brasileiro”, afirma Kellen Cristine Frutuoso, diretora de marketing e experiência do cliente. “Oferecemos produtos exclusivos de maneira simples, rápida e descomplicada, em uma ampla gama de categorias para atender a todos os gostos. Queremos ser parte das memórias inesquecíveis que são criadas em cada lar, em cada celebração com amigos e família”, conclui.
O Grupo Rojemac, reconhecido por sua extensa variedade de produtos de utilidades domésticas, presentes e decoração, celebra seu 24º ano no mercado. Ao longo desses anos, a empresa consolidou sua posição como referência no setor, destacando-se tanto na importação quanto na produção de itens sob marcas renomadas, como Wolff, Lyor e Woodart. Hoje, os produtos do Grupo Rojemac estão disponíveis em grandes redes varejistas, lojas de decoração, presentes e utilidades domésticas, em sites por todo o Brasil, e também no e-commerce Woly.
Adicionando uma estética moderna e, ao mesmo tempo rústica, painéis ripados se adaptam a variados estilos e ambientes
Painéis ripados são elementos decorativos e funcionais que podem conferir ao ambiente estilo, conforto e sofisticação. Atualmente, designers e arquitetos têm aderido bastante ao uso para a composição de paredes, móveis e áreas externas. Nesse sentido, a escolha desse aparato garante uma aparência moderna e criativa.
Basicamente, o painel ripado é formado por ripas de madeira ou outro material, dispostas lado a lado, formando um tipo de revestimento que pode ser utilizado em diferentes superfícies de maneira simples e versátil. Entretanto, é importante saber tudo sobre a sua aplicação e os cuidados para a manutenção.
Qual tipo de material escolher?
O primeiro passo para adquirir o painel ripado é escolher o material. Para isso, devem ser levados em consideração aspectos como aparência desejada, local de aplicação, orçamento disponível para compra e manutenção, entre outros aspectos. A seguir, estão dispostas as vantagens e desvantagens dos materiais mais utilizados:
Madeira:
Vantagens: Aparência mais natural e alta resistência.
Desvantagens: Material mais caro, requer manutenção mais frequente e é mais suscetível a cupins e insetos.
PVC:
Vantagens: Resistente à umidade, ideal para ambientes externos, banheiros e cozinhas. Também é mais fácil de manter e limpar.
Desvantagens: Menor resistência a impactos e altas temperaturas.
EVA:
Vantagens: É um material mais leve e fácil de aplicar. Em relação às outras opções, costuma ser mais barato e possui muitas opções de cores.
Desvantagens: Possui baixa durabilidade e resistência, sendo ideal para projetos temporários.
Poliestireno:
Vantagens: Leve e fácil de aplicar, possui resistência à umidade, e alguns têm o acabamento bem semelhante a madeira.
Desvantagens: Assim como o PVC, possui menor resistência a impactos e altas temperaturas.
WPC (Wood-Polymer Composite):
Vantagens: Possui alta resistência e durabilidade, sua aparência é bem semelhante a madeira, suporta a umidade e não atrai insetos e cupins. Ao contrário da madeira, não requer muita manutenção.
Desvantagens: É mais caro que os demais, exceto a própria madeira, e pode desbotar se ficar exposto à luz solar.
Estética e praticidade: os espaços foram muito bem aproveitados neste projeto do escritório NK Arquitetura / Fotografia: Mariana Koentopp
Como é feita a aplicação do painel ripado?
Para a aplicação do painel ripado, pode ser feita a contratação de profissionais para realizar todo o procedimento de instalação. Porém, se o objetivo é economizar, tem a opção de aderir ao DIY (faça você mesmo). Para isso, escolha o local desejado e se atente aos procedimentos que devem ser seguidos.
Para iniciar, é preciso medir o lugar e o material para ajustar e, se necessário, cortar o tamanho ideal do painel. Em seguida, deve ser preparada a superfície, que precisa estar limpa e nivelada. Para fixar o adereço, podem ser utilizados pregos encaixados com o auxílio de uma furadeira. Dependendo do material, o painel também pode ser colado. Com ele aplicado, podem ser realizados acabamentos com lixa, pinturas, selantes e vernizes.
Os tons terrosos e suaves não somente agregaram personalidade, como perpetuaram a ideia de acalanto do quarto neste projeto de Paiva e Passarini Arquitetura / Fotografia: Xavier Neto
Cuidados e manutenção
Para manter o painel bonito e sem infestação de insetos, a manutenção deve ser feita conforme a frequência indicada para cada material e conforme a orientação do fabricante. Isso pode incluir a reposição da camada de selante ou verniz, ou até a reparação de alguma parte danificada.
Na hora de limpar, é necessário ter bastante cautela para não arranhar ou estragar o painel. Recomenda-se que a limpeza seja feita com o auxílio de panos úmidos, espanadores ou aspirador de pó. Esse cuidado deve ser feito de forma regular, para evitar o acúmulo de poeiras e outros resíduos.
Dispostas na vertical ou horizontal, as placas ripadas podem oferecer diferentes paginações, ampliando o pé direito ou mesmo integrando ambientes ou camuflando portas, por exemplo. Na imagem, Vini Bordon – Ripado Verde Oliva, da Teto Vinílico / Fotografia: Bruno Kruber e Guilherme Cunha
Um dos pontos altos deste projeto da arquiteta Natalia Salla é o hall de entrada, que conta com iluminação em LED integrada a um painel ripado, além de um espaço dedicado à chapelaria e marcenaria personalizada / Fotografia: Flavio Dias
Publicação é dividida em cinco temas que destacam aspectos desejáveis para uma vida urbana mais sustentável e resiliente
O Laboratório Urbano UN-Habitat publicou “My Neighborhood”, uma publicação que oferece uma lista de princípios de projeto urbano com o objetivo de criar cidades mais sustentáveis e resilientes. Contendo ações aplicáveis à escala do bairro, o guia se dedica a apresentar uma abordagem integrada que responde a setores-chave, como transporte, iniciativas urbanas locais, moradia, espaços públicos, serviços públicos e outros.
Fossgate em York / Fotografia: cktravels.com
A publicação da ONU-Habitat é dividida em cinco temas, cada um destacando aspectos desejáveis da vida urbana: Cidade Compacta, Cidade Conectada, Cidade Inclusiva, Cidade Vibrante e Cidade Resiliente. Oferece princípios acionáveis para ajudar atores urbanos-chave a colaborar e projetar soluções em escala local. O objetivo final da publicação é ajudar a criar bons bairros, entendidos como áreas que proporcionam um ambiente propício para uma melhor qualidade de vida para todos. A escala do bairro garante um impacto máximo dessas estratégias, sem perder de vista os sistemas da cidade que alimentam o bairro.
Juntos, esses capítulos cobrem uma diversidade de indicadores espaciais, como forma, distribuição, proximidade, diversidade, intensidade e conectividade. Em vez de criar uma abordagem linear que divide os assuntos em categorias isoladas, o guia visa conectar as dimensões espaciais de bairros, ruas, espaços abertos e unidades de construção, e destacar como essas características desejáveis funcionam em todas as escalas e dependem umas das outras.
O guia visa ser usado como um banco compartilhado de princípios, oferecendo também uma matriz digital interativa para servir como base para conversas. É dirigido a profissionais de planejamento, urbanistas, especialistas setoriais, grupos da sociedade civil, acadêmicos e representantes governamentais e ONGs. Pode ser usado para iniciar iniciativas interdisciplinares que envolvam grupos comunitários e criar responsabilidade para todos os atores envolvidos.
Programa de Renovação de Habitação – Bairro Mugica – Bueno Aires / Fotografia: cortesia Special Projects Unit Barrio Padre Carlos Mugica
Várias outras iniciativas semelhantes se esforçam para ajudar líderes comunitários a criar espaços mais equilibrados, inclusivos e resilientes, com programas diversos voltados para reconsiderar o design apropriado das ruas, criar novos modelos de habitação coletiva ou repensar espaços públicos para receber categorias populacionais negligenciadas. Da mesma forma, em colaboração com a Associação Nacional de Serviços de Saúde, o Heatherwick Studio lançou a iniciativa Heath Street, um guia para repensar ambientes clínicos tradicionais e reimaginar como olhamos para o bem-estar e aspectos de saúde holística da vida urbana. Outras táticas mais subversivas para proteger a comunidade local podem incluir formas disruptivas de arte pública, como grafite de rua e a proteção de espaços para protestos.
Instituto Tomie Ohtake lança filmes sobre projetos vencedores do 9° Prêmio Arquitetura Tomie Ohtake AkzoNobel
O Instituto Tomie Ohtake e a AkzoNobel acabam de lançar os vídeos experimentais sobre os três projetos premiados na categoria Profissional do 9° Prêmio Arquitetura Tomie Ohtake AkzoNobel. Os filmes apresentam o Casarão 28, o Centro de Referência Quebradeiras de Babaçu, e a Rota do São Benedito.
O Prêmio buscou reconhecer as produções arquitetônicas de destaque na cena contemporânea brasileira, valorizando as formas inovadoras de pensar e construir o espaço social, contribuindo, assim, com o desenho do panorama atual da arquitetura nacional nos seus mais variados contextos. Os projetos selecionados participaram de uma exposição na sede do Instituto Tomie Ohtake e foram apresentados em catálogo. Conheça mais sobre os projetos e assista aos vídeos.
Casarão 28
A intervenção da arquiteta Naia Alban neste imóvel do século XVIII, localizado no centro histórico de Salvador, revela uma alternativa econômica e sustentável para a conservação de edifícios antigos, além de transformar a cadeia produtiva da construção. O projeto priorizou a reutilização de materiais de demolição e recicláveis de outros canteiros de obras da mesma cidade, para realizar as intervenções propostas pela arquiteta. O vídeo de Alan dos Anjos capta o modus operandi desse processo, mostrando os materiais vindos de outros canteiros e sendo adaptados/instalados por trabalhadores-artesãos. O atual Casarão 28 é o resultado dessas ações, reconfigurando espaços e enfatizando a reutilização de materiais, especialmente a madeira.
Centro de Referência Quebradeiras de Babaçu
O projeto elaborado pelo Estúdio Flume para o Centro de Referência Quebradeiras de Babaçu aborda inicialmente uma prática de apoio a uma comunidade, de um fazer realizado por mulheres, sua conexão com o território e a natureza, para depois discutir a arquitetura. Arquitetura que se comprometeu de forma prática com as mudanças socioambientais exigidas pelo nosso tempo e apresentadas de maneira educativa à comunidade do povoado de Sumauma. O processo de elaboração do projeto foi realizado em colaboração com as mulheres quebradeiras de coco, vinculando-se aos processos produtivos, buscando melhorar as condições de execução do fazer delas, mas também se propondo a articular e atender outras demandas comunitárias no espaço construído. Mais do que a própria arquitetura, o vídeo aborda o cotidiano dessas mulheres no espaço, alinhado à ideia inicial do projeto elaborado pelo Estúdio Flume.
Rota do São Benedito
A criação da Rota de São Benedito partiu de um levantamento colaborativo realizado pelo coletivo Cidade Quintal junto aos moradores do bairro São Benedito, em Vitória, ES. A rota, projeto que ultrapassa os entendimentos clássicos sobre arquitetura e urbanismo, se fundamenta na memória, nas histórias contadas e nos lugares que as conectam, dando origem ao circuito histórico-cultural Rota do São Benedito, composto por oito pontos de interesse determinados e priorizados pela comunidade local. O território ativado pela Rota está localizado a oeste de uma extensa avenida que corta a cidade, uma espécie de fronteira entre a área predominantemente habitada por pessoas brancas e aquela que pode ser identificada como sua região mais negra. Essa área abriga morros onde estão situadas comunidades provenientes de antigos quilombos, incluindo o bairro São Benedito. Apesar da vida pulsante, o bairro não fazia parte, até então, do circuito turístico da cidade e passa a ter, com a rota, novas possibilidades socioculturais e econômicas. O filme de Francisco Xavier retrata a iniciativa e o percurso, através de depoimentos de moradores e de turistas que visitam o local.
Reforma investiga detalhes originais do prédio projetado pelo arquiteto David Libeskind e restaura revestimentos autênticos
O projeto de renovação deste apartamento, situado em um prédio projetado pelo arquiteto David Libeskind na área dos Jardins, em São Paulo, visa simplificar as divisões internas e aprimorar a iluminação natural dos ambientes por meio da fachada frontal, que inclui um elemento vazado da estrutura. No decorrer da reforma, idealizada pelo Estudio Imo, foi realizada uma cuidadosa investigação sobre os detalhes originais do prédio, buscando restaurar revestimentos autênticos como os pisos de taco na sala e nos quartos, e o piso de marmorite na varanda.
O layout do apartamento é organizado em cinco áreas principais: a sala de estar, que constitui o núcleo central e se conecta com a sala de jantar e a varanda por meio de uma estante metálica; a cozinha e a área de serviço, que foram expandidas para melhorar a iluminação e a ventilação, podendo ser integradas à sala de jantar através de uma ampla porta de correr.
A seleção de materiais foi influenciada tanto pelos revestimentos originais restaurados quanto por novos acabamentos, escolhidos por sua ampla variedade de cores e sua conexão com técnicas artesanais. Isso inclui o revestimento lateral da bancada da cozinha, as pastilhas cerâmicas e os ladrilhos hidráulicos.
O quarto principal, que se divide em dois ambientes distintos, o escritório e a área de dormir.
Como a tecnologia está mudando a forma de imaginar, projetar, construir e vivenciar o espaço
A tecnologia é uma realidade em nossas vidas, principalmente quando se trata da inteligência artificial (IA). Ela utiliza algoritmos para sugerir filmes e séries, para destacar artigos e notícias que possam nos interessar ou recomendar músicas ou podcasts que despertem o nosso interesse. Estes sistemas também permeiam outras tarefas cotidianas, como a sugestão de rotas de viagem, ou veículos auto dirigidos, otimização de recursos e sistemas de economia de energia e a capacidade de armazenamento e suprimento de mercadorias. Com todas essas facilidades fica até difícil não “depender” da tecnologia para sobreviver hoje em dia e a IA ocupa um papel importante nessa relação.
Em linhas gerais, a inteligência artificial é geralmente entendida como a teoria e o desenvolvimento de sistemas computacionais capazes de realizar tarefas que normalmente requerem o uso da inteligência humana. O termo é frequentemente aplicado à capacidade de uma máquina ou sistema de raciocinar, descobrir significados, generalizar ou aprender com as experiências prévias.
Dentro da arquitetura, essa tecnologia tem a capacidade de abrir inúmeras portas com potencial de tornar nossa profissão mais fácil, mais eficiente e ainda mais segura. Os sistemas se destacam na solução de problemas, com respostas claras para tarefas repetitivas, o que por sua vez, libera tempo para sermos criativos e trabalharmos em questões mais subjetivas. Ou seja, apesar do The Economist afirmar que 47% do trabalho realizado pelos humanos terá sido substituído por robôs até 2037, as tarefas que envolvem alto nível de criatividade e interação humana como arquitetura são as mais difíceis de serem substituídas indicando um futuro no qual homem e máquina trabalharão coletivamente. A inteligência artificial já faz parte do nosso dia a dia, profissional e pessoal. O que nos resta, portanto, é entender como podemos tirar o máximo de proveito dessas tecnologias para facilitar o nosso trabalho.
A arquitetura não segue ciclos econômicos ou de moda, segue ciclos de inovação gerados por desenvolvimentos sociais e tecnológicos. A sociedade contemporânea não para e as edificações precisam evoluir com novos padrões de vida para corresponder às novas necessidades. – Zaha Hadid.
Automação/Domótica
Quando se fala em inteligência artificial aplicada à arquitetura a automação ou domótica é o primeiro exemplo que vem à cabeça. Apesar do mais usual ser sua aplicação nos quesitos de iluminação e aquecimento, auxiliando principalmente na economia de energia, a domótica pode ser vista hoje ocupando diversos papéis como gerenciamento e reuso de águas pluviais ou nos sensores que monitoram vazamentos ou mau funcionamento de alguma instalação.
Além desses, inúmeras facilidades são oferecidas pela IA dentro das residências de secadores de corpo a escovas de dentes para verificação de saúde bucal, a gavetas que aquecem as toalhas, a pisos que enviam um alerta se você cair, enfim, as possibilidades parecem infinitas e deixariam a Madame Arpel abismada.
Realidade Aumentada
A realidade aumentada é outro tópico que logo vem à mente quando se fala sobre a inteligência artificial. Um grande foco atual da tecnologia de inteligência artificial é melhorar a experiência do cliente no processo de projeto por meio de diferentes estratégias que se aproximam cada vez mais da realidade e esta é uma delas. Dos videogames aos projetos arquitetônicos, a realidade aumentada permite simular não somente a estética do projeto, mas inclusive seus sons, criando uma atmosfera muito próxima ao real que, por sua vez, auxilia o cliente na compreensão do projeto.
Além disso, a realidade aumentada também pode ser utilizada nos canteiros de obra. Assim como o artigo anteriormente citado afirma, diferente da realidade virtual, que cria um ambiente totalmente novo e independente do mundo real, a realidade aumentada inclui elementos virtuais que interagem com os que já existem. Assim, é possível unir projetos arquitetônicos virtuais à realidade do canteiro de obras – aumentando a eficiência e precisão, reduzindo a ocorrência de erros e economizando tempo, dinheiro e recursos.
A ideia é que os aplicativos de realidade aumentada possam proporcionar uma visão mais exata daquilo que será construído e todas as camadas de materiais e instalações que, muitas vezes, são complexas de se entender através de desenhos. Para isso, plantas 3D e até hologramas de maquetes virtuais são utilizados para melhorar a compreensão do projeto e facilitar a execução de projetos.
Blockchain
De forma sucinta, blockchain é um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informação pela internet. Ele permite o funcionamento e transação das criptomoedas e tem revolucionado o comércio de itens digitais nos últimos tempos, tornando possível a comercialização de imagens, vídeos, músicas, postagens na rede social, memes, entre outros. Essa estratégia de comercialização da produção digital, que acaba atraindo investidores e colecionadores, tem invadido também o campo da arquitetura.
Por meio do NFT Non-fungible Token” (“Token não-fungível”, em tradução livre), que é um certificado de autenticidade baseado em blockchain atribuído à arquivos digitais para verificar sua origem e propriedade, surge um comércio de casas virtuais. Diferentemente dos modelos virtuais que estamos acostumados a lidar, a arquitetura NFT vai além de ser apenas um instrumento de apresentação de projeto, mas atribui à criação uma qualidade de obra de arte, muito antes de ser de fato construída.
A primeira casa digital foi vendida há alguns meses pelo valor de 500 mil dólares. Projetada pela artista Krista Kim, a Mars House é composta por planos transparentes em tons magenta e azul, inserida em uma paisagem montanhosa com um eterno pôr-do-sol a abre precedentes históricos para uma possível vertente da arquitetura que é totalmente digital. Assim como o arquiteto e entusiasta da tecnologia NFT, Chris Precht, afirmou recentemente, essa tecnologia pode ainda significar a criação de oportunidades, especialmente para jovens arquitetos e pequenos escritórios que poderão futuramente vender as versões digitais de seus projetos e arrecadar dinheiro para os físicos.
Design Generativo
Projetar é um processo árduo que envolve exaustivas tentativas no jogo de cintura entre as diferentes condicionantes, há um constante trabalho que envolve analisar o que foi produzido e refazê-lo aperfeiçoando o projeto. O design generativo surgiu justamente para facilitar esse processo. De maneira automatizada, o computador realiza em segundos inúmeras combinações e delineia um caminho evolutivo para criar uma forma. Ou seja, em vez da maneira tradicional de se conceber, no design generativo os critérios e as condicionantes do que se pretende são informados ao software por meio de algoritmos e ele busca as melhores opções para atender esses parâmetros. As combinações das variáveis podem ser custos, resistências dos materiais, eficiência energética, entre outras.
A Autodesk, por exemplo, está desenvolvendo uma etapa de Inteligência Artificial desse processo, o Machine Learning – ensinar a máquina a aprender a fazer, de forma a futuramente torná-la coautora, junto com o arquiteto, de projetos por meio de seu próprio aprendizado.
Big Data
O conceito de Big Data está atrelado a três fatores: volume de dados, velocidade e rapidez em que são gerados, armazenados e analisados e variedade de dados, características que se relacionam perfeitamente com a análise das cidades, por exemplo. Assim como o artigo citado acima apresenta, em relação ao urbanismo, a copilação e gestão de dados, junto ao desenvolvimento de novas plataformas e conjuntos de ferramentas para sua interpretação, deu início a uma nova era no que diz respeito à análise da forma urbana, habilitando novos recursos para compreender, avaliar, supervisionar e gestionar a morfologia e a evolução das cidades. O “cidadão inteligente” pode, portanto, auxiliar na gestão urbana, mapeando e discutindo questões, entendo-os inclusive como autores de soluções inovadoras e criativas para as cidades.
Dentro do projeto arquitetônico, a análise massiva de dados também pode estabelecer parâmetros interessantes mapeando, por exemplo, preferências e gostos dos clientes, alimentando um algoritmo que fornece ideais estéticos e padrões de comportamento. A IA poderia copilar exemplos e opções de projetos gerados a partir dos padrões mapeados. Esse é sistema ainda que não existe, mas parece perfeitamente possível.
Sistemas adaptativos complexos
Um sistema adaptativo complexo é um conjunto no qual muitos elementos ou agentes interagem, levando a resultados emergentes que são muitas vezes difíceis ou até impossíveis de se prever simplesmente olhando para as interações individuais. É um sistema de grande escala cujos comportamentos podem mudar, evoluir ou se adaptar.
Por ter surgido nas ciências naturais e físicas, os sistemas adaptativos complexos podem oferecer um embasamento teórico para se analisar o desenvolvimento e evolução das cidades, por exemplo. Ele reconhece a cidade como fenômeno emergente que pode ajudar a conservar as características inerentes ao sistema em vez de alcançar uma condição específica. Na análise da cidade, a aplicação do estudo dos sistemas adaptativos complexos, cruzados com uma base de dados, torna possível prever como um determinado elemento impactará sobre os outros ao seu redor, podendo ser aplicado em um volume arquitetônico, o lote ou uma cidade inteira.
