Sistema ESG na gestão corporativa

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Sustentabilidade e Governança nas empresas do setor da construção

 

Com o advento da pandemia, as empresas da cadeia produtiva da construção têm procurado, cada vez mais, se conectar com as práticas de responsabilidade ambiental, social e de governança corporativa, caminhando para implantação de um Sistema ESG na gestão corporativa de suas organizações.

O termo ESG vem do inglês Environmental, Social & Governance (Ambiental, Social e Governança).

Para a definição dos requisitos de um Sistema ESG, devem ser considerados os principais referenciais já consagrados nacional e internacionalmente, tais como: indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial, ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa, GRI – Global Reporting Initiative, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e Pacto Glogal, assim como os referenciais dos sistemas de certificação ambiental praticados no mercado da construção: LEED, AQUA, PROCEL, WELL, FITWELL, CRADLE TO CRADLE e outros.

 

Ao implantar um Sistema ESG, no que se refere à dimensão Ambiental, a empresa deve considerar em suas políticas, compromissos, processos e comunicação, os seguintes aspectos:

  • Mudanças Climáticas
  • Gestão da Água
  • Gestão de Energia
  • Poluição e resíduos
  • Certificações Ambientais
  • Biodiversidade e recursos naturais
  • Qualidade urbana e uso do solo
  • Riscos ambientais

 

Na dimensão Social devem ser considerados os aspectos:

  • Direitos Humanos
  • Relações de trabalho
  • Saúde, segurança e bem estar
  • Capital humano
  • Diversidade
  • Equidade
  • Relações com fornecedores
  • Relações com a comunidade e a sociedade
  • Relações com clientes e consumidores

 

E na dimensão da Governança devem ser considerados os seguintes aspectos:

  • Estrutura de governança e compliance
  • Conselho, diretoria, acionistas e stakeholders
  • Corrupção e suborno
  • Ética nos negócios
  • Obrigações fiscais e legais
  • Gestão de Riscos
  • Gestão de crises e planos de contingência
  • Segurança e proteção de dados
  • Transparência e report

 

O Sistema ESG deve ser conduzido pela alta administração da empresa, consolidado em um documento de referência, com o detalhamento das diretrizes, requisitos e indicadores de performance do Sistema. A partir desse referencial, é possível estabelecer padrões e ferramentas de controle para garantir a sua efetiva implementação, a identificação de não conformidades e adoção de ações corretivas, preventivas e de melhoria.

Além disso, deve contar com um forte programa de conscientização e treinamento dos colaboradores e, ainda, com um intenso programa de comunicação com todos os stakeholders, visando divulgar os resultados alcançados.

Essa é uma das lições aprendidas com a pandemia, que vem acelerando importantes movimentos empresariais no setor da construção na direção da transformação digital, governança, responsabilidade socioambiental e solidariedade.

Uma mudança necessária de Mindset empresarial, com foco na Inovação.

 

 

 

Por Por Roberto de Souza, presidente do CTE – Centro de Tecnologia de Edificações ([email protected])

Steel frame une o alto padrão às construções limpas

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Sustentabilidade e sofisticação são os principais motivos para a alta procura no mercado de arquitetura de luxo

 

 

O Steel Frame, padrão de construção cuja a estrutura é de aço e gera baixos resíduos, tem conquistado a arquitetura de alto padrão.  Com um público cada vez mais informado sobre descarte de materiais e processo construtivo, o Steel Frame é um case de sucesso e uma tendência quando o assunto é construção sustentável e sofisticada.

A alta procura está relacionada à rapidez com que as construções podem ser entregues e a projetos que sejam ecoeficientes. Dependendo do projeto, uma casa de 450m² pode levar de seis a oito meses para ser concluída. Quando comparada a uma construção de alvenaria, este prazo pode dobrar. Além de gerar menos resíduos na obra com materiais de construção, descarte e, até mesmo, menos mão de obra, o aço é 100% reciclável e a construção é limpa. Aplicar o steel frame de uma forma eficiente, em geral, proporciona qualidade no quesito estrutural, pois se obtém vãos maiores sem a necessidade de pilares, com tecnologia aplicada tanto na etapa de projeto quanto na construção final. Além da sustentabilidade e sofisticação, o Steel Frame traz outros benefícios, como melhor acústica para a construção e mais conforto térmico. Um ambiente climatizado usará menos energia no seu dia a dia, trazendo mais economia.

A procura por materiais que sejam recicláveis e se preocupem com práticas sustentáveis se torna cada dia mais realidade no setor da construção. De acordo com o USGBC (United States Green Building), criador do sistema LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental), o Brasil é o 5º país do mundo com maior número de certificações de edifícios sustentáveis.  Há uma mudança de comportamento nas pessoas: a arquitetura precisa acompanhar esse processo de atender ao bem-estar do usuário com a urgência de um futuro mais sustentável.

 

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Projeto 8Haus em Steel Frame.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte:  8Haus
Imagem: Divulgação

ACE abre inscrições para certificação em ESG

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Programa é pioneiro na educação prática e aplicação de  boas práticas referentes ao tema com consultoria de Susan Winterberg e Carlo Pereira

 

Com a agenda de sustentabilidade ganhando força nos meios corporativos, surgiu o que hoje é chamado de ESG – sigla em inglês para environmental, social and governance (ambiental, social e governança corporativa, no português). Levando em conta que a inovação é uma grande aliada na sustentabilidade dos negócios e mercados, a ACE Cortex, braço de inovação corporativa da ACE, lançou o GrowthReport ESG e Inovação com mapeamento mais atualizado do Brasil de startups que atuam no setor. Além disso, trouxe uma iniciativa pioneira com um programa de certificação conduzido pela empresa e participação de nomes como Susan Winterberg, consultora da Universidade de Harvard e Carlo Pereira, Diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU. As inscrições vão de 19 de abril a 17 de maio e podem ser feitas pelo site.

O programa tem como foco executivos de empresas nacionais e multinacionais de grande porte, que ocupem cargos estratégicos em nível de coordenação, gerência e diretoria e estejam diretamente ligados a iniciativas de inovação e/ou ESG (Ambiental, Social e Governança).Os inscritos passarão por um processo de análise de perfil para compor a turma. O resultado dos aprovados será divulgado via e-mail no dia 18 de Maio de 2021. Os módulos de preparação acontecerão AO VIVO, via Zoom, nos dias 25, 26 e 27 de Maio, das 18h30 às 21h30.

 

Um dos princípios da ACE é transformar o Brasil por meio da inovação. Essa missão se torna também nossa principal abordagem dentro de ESG. Ou seja, a ACE Cortex ajuda na transformação de empresas, trazendo princípios e valores éticos, em linha com as ambições e negócios futuros estratégicos, com uma imagem de ESG na prática. Queremos despertar nas empresas o desenvolvimento de capacidades e habilidade de perdurar no tempo e sobreviver a mudanças” – Luis Gustavo Lima, CEO da ACE Cortex.

 

Confira abaixo o programa completo do ESG management Certificate

25 de Maio | Módulo 1: Contextualizando o ESG

  • Contexto de mundo: desafios e oportunidades da sustentabilidade;
  • Agenda 2030 e ESG da ONU;
  • ESG: Surgimento, definição e objetivos;
  • ESG Frameworks;
  • Boas práticas ESG e Cenário Brasil.

26 de Maio | Módulo 2: ESG na prática

  • Transformações organizacionais alinhadas ao ESG;
  • Inovação com startups e ESG;
  • ESG aplicado ao RH (iniciativas, diversidade e inclusão, e indicadores de performance ESG);
  • Relações com investidores: investimentos sustentáveis, fundos ESG e investimento de impacto;
  • Índice ESG.

27 de Maio | Módulo 3: Cenário Brasil do ESG

  • Questões legais do ESG;
  • Live Cases

 

Growthreport ESG e Inovação

No dia 15 de abril, a ACE lançou o Growthreport ESG e Inovação, que além de conteúdos sobre o tema, traz um mapeamento de startups que desenvolvem soluções relacionadas ao tema. O time de research de ACE Cortex dividiu as companhias por principal segmento de atuação: E (ambiental), S (social) e G (governança). Entendendo que as três dimensões são indissociáveis, é importante ressaltar que o recorte é apenas uma forma de facilitar a compreensão da atividade principal de cada uma dessas companhias.

Assim, foram mapeadas 343 startups com soluções relacionadas à ESG no Brasil. Destas, 180 atuam principalmente no mercado de meio ambiente, 130 delas possuem negócios relacionados ao contexto de impacto social e 33 desenvolvem soluções de governança.A metodologia se deu em parceria com a Great Place to Work, combinando o banco de dados de mais de 15 mil startups avaliadas pela divisão ACE Startups, informações públicas de mercado e a rede de contato da ACE Cortex com mais de 80 parceiros corporativos, sendo este o material mais atualizado sobre esse mercado no Brasil.

A ACE, fundada em 2012 por Mike Ajnsztajn e Pedro Waengertner, é uma empresa líder no ecossistema empreendedor do Brasil, com objetivo de transformar grandes empresas em organizações mais inovadoras, ágeis, e startups em negócios de nível global.

Com a ACE Startups, entrega uma plataforma com capital, expertise e networking de alto nível ao investir e trabalhar junto com as startups desde a etapa de validação e crescimento, até a escala; Já na ACE Cortex fazem uma consultoria de inovação corporativa, que alavanca grandes corporações ao futuro de seus atuais e novos mercados, e não só constrói, mas também executa junto à liderança e colaboradores, estratégias de inovação com metodologia própria baseada em insights do Vale do Silício proporcionando resultados reais. São pioneiros na aproximação entre grandes corporações e Startups no Brasil.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: VCPR
Imagem: ACE

Inovação ECO-EFICIENTE

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Centro de Pesquisa de grande fabricante de cosméticos ganha selo LEED Platinum.

 

Laureado com o selo LEED Platinum, o projeto do Centro de Pesquisa e Inovação de uma empresa global de cosméticos, idealizado pelo escritório Perkins+Will, é exemplo de sustentabilidade bem empregada. Localizado na Ilha de Bom Jesus, no Rio de Janeiro, conta com cerca de 14 mil m² e, segundo os profissionais, “foi inspirado no legado poético da relação da arquitetura brasileira com a natureza”. Assim, a edificação se adapta à paisagem, com formato sinuoso dividido em dois pavimentos elevados.

A inteligência construtiva começa na fachada de vidro tecnológico com inclinação negativa, que permite entrada de luz natural em abundância, sem perder o conforto térmico. Um sistema de aproveitamento de água de chuva e tratamento de efluentes gera uma economia de 40%, ao passo que placas fotovoltaicas dão conta da economia energética. “Os jardins de filtragem de água e o impacto zero na topografia existente fornecem uma abordagem integrada ao projeto sustentável focado nos principais subsistemas – local e habitat, água, energia e materiais – para atingir os padrões LEED Platinum”, explicam.

 “O Centro de Pesquisa foi concebido para estimular inovação por meio do uso de tecnologias, novos métodos colaborativos e integração dos consumidores em todo processo” – Perkins+Will.

Integrado à paisagem que o circunda, o edifício do Centro de Pesquisa e Inovação de uma grande empresa do ramo de cosméticos teve uma instalação neutra em emissão de carbono. Seus dois andares são elevados, permitindo que, abaixo, fosse projetado um estacionamento.

Segundo os profissionais, a edificação de última geração e alto desempenho deveria restaurar e regenerar o ambiente natural a seu redor. Assim, o projeto respeitou a topografia do terreno e trouxe, ainda, um jardim com espécies nativas.

  

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A edificação é construída, principalmente, com concreto e vidro. Um telhado verde, placas fotovoltaicas e sistema de captação de água garantem a economia de água e energia.

Ao evitar a incidência direta dos raios solares, a fachada principal de vidro com inclinação negativa também colaborou para maximizar a entrada de luz natural sem gerar ganho térmico significativo.

Jardins filtrantes com espécies da flora regional contribuiram significativamente para reduzir o consumo de água.Além de formar um elemento paisagístico, o sistema permite que todo efluente gerado, seja da operação do laboratório, seja da captação de água de chuva, possa ser recondicionado, transformando-se em água de reuso para irrigação, sistema de incêndio e sanitários.Desenvolvido em parceria com a Phytorestore, o sistema opera de maneira fechada, sem qualquer ligação com rede de esgoto municipal.

 

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Bem iluminado e projetado com bom conforto térmico e acústico, o Centro de Pesquisa e Inovação foi pensado para estimular a integração entre interior e exterior, em uma conectividade visual.

 

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Estudos de sustentabilidade e eco-eficiência garantiram ao centro o selo LEED Platinum. Internamente, ele inclui  espaços de avaliação de marcas cruzadas para cuidados com os cabelos, cuidados com a pele, higiene, proteção solar e maquiagem. Áreas comuns e restaurante ainda estão no programa.

 

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Por Marcela Milan
Imagens: James Steinkamp