Prisma ILUMINADO

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Adotando estratégias sustentáveis, edifício educacional foi planejado para integrar espaços e alunos.

 

Primeiro edifício de ensino no Brasil a receber a certificação ambiental LEED nível ouro, o Colégio Positivo Internacional, implantado dentro do campus da Universidade Positivo, em Curitiba, Paraná, é integrado à toda infraestrutura esportiva, cultural e laboratorial disponível no local. Projetado por MCA Manoel Coelho Arquitetura e Design, e com 5.000,00 m2 de área construída, a solução estrutural escolhida pelo escritório mescla o uso do concreto in loco no bloco linear às estruturas metálicas no volume irregular.

Colégio foi construído em várias fases estruturais;  a primeira estabeleceu uma distribuição hipotética das funções, tipo e singular; na segunda, o arquiteto determinou a sala de aula com uma planta ortogonal simplificada e, depois, repetida. Posteriormente, definiu-se o porte do edifício, seccionando o paralelogramo que caracteriza os blocos didáticos, de maneira que sobraram as salas de um lado e os corredores fluidos, abertos para o pátio, acompanhando o desnível do terreno. Na etapa da metodologia dividiu-se de vez a área entre funções e a articulação entre ambas. O edifício adota várias estratégias sustentáveis e busca estimular as percepções sensoriais das crianças, oferecendo grandes áreas de convívio e ampla integração visual com o meio externo.

 

“Foi aproveitada a entrada de luz natural para o ambiente do pátio, reforçada pela iluminação zenital do jardim interno e da escada principal de circulação vertical. A permeabilidade visual é explorada sempre que possível, integrando o colégio ao conjunto da universidade.”- Manoel Coelho, arquiteto.

 

O projeto adotou várias estratégias sustentáveis: aproveitamento dos platôs existentes para implantação do edifício minimizando o impacto e movimento de terra no local, gestão de resíduos na obra, correta orientação solar com salas voltadas para o norte, ventilação cruzada, aproveitamento da luz natural através de zenital, proteção solar com brises, seleção de materiais, consumo sustentável de água, reaproveitamento de águas pluviais, eficiência energética, luminárias inteligentes, conforto térmico, visual e acústico, paisagismo com espécies nativas, entre outros.

 

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O espaço se organiza através de um monobloco linear, com estrutura em concreto, onde estão alocados as salas de aula e laboratórios, e um volume irregular, em estrutura metálica, que abriga as funções singulares, como biblioteca, administração e sala de professores. O pátio coberto, é o elemento principal, articulador dos setores e o grande espaço de convívio dos alunos.

O Colégio foi construído em cinco fases estruturais. Na segunda, o escritório determinou as salas de aula com uma planta ortogonal simplificada e, depois, repetida. Uma passarela, também designada para convívio social, articula as áreas que abrigam as funções tipo e singular.

 

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A permeabilidade visual é explorada integrando o colégio ao conjunto da universidade através das peles de vidro e principalmente dos painéis de vedação em telhas metálicas perfuradas. Os painéis permitem a conexão visual com os espaços externos, ao mesmo tempo que maximizam a ventilação e iluminação natural.

O uso de cores quentes, em tons de amarelo, laranja e vermelho, conferem identidade ao edifício e estimula as percepções sensoriais das crianças.

 

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O volume irregular abriga as funções singulares, como a biblioteca, em posição de destaque, envidraçada e suspensa à esquerda da entrada. O escritório foi também responsável por todo o projeto de ambientação interna, com detalhamento do mobiliário específico e de sinalização visual.

 

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Por Redação

Imagens: Nelson Kon

 

Sistema ESG na gestão corporativa

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Sustentabilidade e Governança nas empresas do setor da construção

 

Com o advento da pandemia, as empresas da cadeia produtiva da construção têm procurado, cada vez mais, se conectar com as práticas de responsabilidade ambiental, social e de governança corporativa, caminhando para implantação de um Sistema ESG na gestão corporativa de suas organizações.

O termo ESG vem do inglês Environmental, Social & Governance (Ambiental, Social e Governança).

Para a definição dos requisitos de um Sistema ESG, devem ser considerados os principais referenciais já consagrados nacional e internacionalmente, tais como: indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial, ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa, GRI – Global Reporting Initiative, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e Pacto Glogal, assim como os referenciais dos sistemas de certificação ambiental praticados no mercado da construção: LEED, AQUA, PROCEL, WELL, FITWELL, CRADLE TO CRADLE e outros.

 

Ao implantar um Sistema ESG, no que se refere à dimensão Ambiental, a empresa deve considerar em suas políticas, compromissos, processos e comunicação, os seguintes aspectos:

  • Mudanças Climáticas
  • Gestão da Água
  • Gestão de Energia
  • Poluição e resíduos
  • Certificações Ambientais
  • Biodiversidade e recursos naturais
  • Qualidade urbana e uso do solo
  • Riscos ambientais

 

Na dimensão Social devem ser considerados os aspectos:

  • Direitos Humanos
  • Relações de trabalho
  • Saúde, segurança e bem estar
  • Capital humano
  • Diversidade
  • Equidade
  • Relações com fornecedores
  • Relações com a comunidade e a sociedade
  • Relações com clientes e consumidores

 

E na dimensão da Governança devem ser considerados os seguintes aspectos:

  • Estrutura de governança e compliance
  • Conselho, diretoria, acionistas e stakeholders
  • Corrupção e suborno
  • Ética nos negócios
  • Obrigações fiscais e legais
  • Gestão de Riscos
  • Gestão de crises e planos de contingência
  • Segurança e proteção de dados
  • Transparência e report

 

O Sistema ESG deve ser conduzido pela alta administração da empresa, consolidado em um documento de referência, com o detalhamento das diretrizes, requisitos e indicadores de performance do Sistema. A partir desse referencial, é possível estabelecer padrões e ferramentas de controle para garantir a sua efetiva implementação, a identificação de não conformidades e adoção de ações corretivas, preventivas e de melhoria.

Além disso, deve contar com um forte programa de conscientização e treinamento dos colaboradores e, ainda, com um intenso programa de comunicação com todos os stakeholders, visando divulgar os resultados alcançados.

Essa é uma das lições aprendidas com a pandemia, que vem acelerando importantes movimentos empresariais no setor da construção na direção da transformação digital, governança, responsabilidade socioambiental e solidariedade.

Uma mudança necessária de Mindset empresarial, com foco na Inovação.

 

 

 

Por Por Roberto de Souza, presidente do CTE – Centro de Tecnologia de Edificações ([email protected])

EFICIÊNCIA na medida

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Sede empresarial tem projeto eficiente e ganha selo LEED Platinum

 

Buscar soluções ecológicas e sustentáveis durante a obra e após sua conclusão foi o desejo dessa empresa de laticínios para a construção de sua sede, em Goiânia. Com cerca de 8.430 m² dividos em cinco pavimentos, tem projeto da arquiteta Christiane Abrão Helou, em parceria com os engenheiros Luis Antônio Maciel Pitaluga e Stayllon Patrick de Souza e Silva, e conquistou a Certificação LEED Platinum, com 97 pontos. “Além da preocupação ambiental, o projeto deveria priorizar por um ambiente agradável para seus usuários, proporcionando alto rendimento das equipes”, afirma Christiane.

Estruturada em concreto armado, a sede possui fachada composta por alumínio, mármores regionais, vidros de alta eficiência e isolamento térmico e acústico, criando uma envoltória leve e resistente. “Internamente, produtos como tintas, colas, silicones, selantes e afins, foram definidos de acordo com seu índice de emissão de compostos orgânicos voláteis (COV) para garantir a qualidade do ar no ambiente interno”, explica a profissional, que tinha a eficiência nas instalações como um pré-requisito do projeto. “Os resultados obtidos foram frutos de estudos e simulações prévias, analisando desde a localização do terreno, até os pontos onde eram extraídas as matérias primas dos materiais que foram agregados ao edifício. Buscou-se proporcionar a seus colaboradores uma edificação eficiente, confortável acessível e agradável”, diz. 

“O projeto foi concebido como uma edificação prática e eficiente, compatível com a visão da empresa de trabalhar a sustentabilidade não apenas atendendo a exigências legais, mas com um objetivo maior” – Christiane Abrão Helou

Para a constituição da fachada, vidros de alta performance (Cebrace) permitem a conservação a temperatura interna e iluminação natural. Também para auxiliar no conforto térmico, a sede conta com um telhado verde.

Além da utilização de materiais inteligentes como os vidros de alta performance, que auxiliam no conforto térmico e acústico, o prédio conta com placas fotovoltaicas que geram uma economia de 50% de energia em relação a edifícios similares – o que garantiu ao projeto o selo PROCEL Nível A em eficiência energética. Um sistema de reuso de água pluvial economiza 47% desse recurso.

São mais de 10% – ou cerca de 950 m² – de áreas de paisagismo, que se distribuem em zonas internas e externas. Foram escolhidas espécies vegetais nativas da região, evitando um desequilíbrio na flora das imediações. Toda a irrigação é feita com água coletada da chuva.

 

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A madeira certificada foi destaque em alguns dos ambientes internos, de acordo com sua utilização. Um sistema de iluminação (Mingrone Iluminação) foi ainda dimensionado para complementar a iluminação natural.

Internamente, o edifício ganhou piso de porcelanato ou PVC, que alia o efeito estético à alta resistência mecânica. O sistema de forros modulares de gesso acartonado (Placo) proporcionou fácil acesso às instalações dispostas acima deste.

 

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Na área de escritório, o piso vinílico (Beaulieu) foi o escolhido. Um sistema de controle central automatizado (LG) para climatização, iluminação, bombeamento e persianas que acompanham a luz solar (Uniflex) garante eficiência.

Espaço de descompressão e refeitório fazem parte da composição da sede, que conta com iluminação (Philips) controlada pelo sistema Dynalight. Com preocupação ambiental em todas as etapas de projeto,  94% dos resíduos gerados durante a construção foi reciclado.

 

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Por: Marcela Millan
Imagens: Edgard César

CERTIFICAÇÕES ambientais na Construção Civil

Imagens Recorte MIDIAS Easy Resize com

Saiba um pouco mais sobre os principais sistemas usados no Brasil para avaliar edificações e gerar certificação Green Building.

 

A construção civil é um grande gerador de resíduos e emissor de gases de efeito estufa. Com o objetivo de incentivar mudanças no setor da construção civil para adequação às agendas de sustentabilidade, vários países desenvolveram sistemas de certificação ambiental para edificações. Também conhecidas como como selos verdes, as ferramentas são voltadas principalmente para questões relativas a impactos ao meio ambiente e consumo de recursos naturais.

De acordo com o Relatório Global de Status da ONU para edifícios e construção, a construção e as operações de construção representaram a maior parcela do uso final global de energia e das emissões de CO2 relacionadas à energia. Além disso, a indústria da construção contribui com uma quantidade significativa de resíduos. Embora os programas de reciclagem ajudem a reduzir o desperdício que acaba nos aterros, os resíduos de construção e demolição ainda são significativos.

 

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Projetada pelo escritório Perkins and Will, Centro de Pesquisa e Inovação da L’Oréal Brasil é o único do Rio de Janeiro a obter a certificação LEED Platinum O+M, para edifícios existentes – Operação e Manutenção.

 

Um dos principais benefícios alcançados ao construir edifícios verdes é a economia significativa em consumo de energia, aquecimento e refrigeração durante a vida útil do edifício. A Certificação Green Building pode ainda valorizar o valor do edifício sustentável, pois apresentam reduções significativas: despesas com resíduos; despesas de energia; despesas de água; despesas de financiamento; custos de manutenção e reparo; custo de seguro; custo de financiamento; taxa de ocupação; rent premium e valor da propriedade.

O maior desafio ao adotar estratégias de design sustentável tende a ser o custo associado à seleção de materiais e sistemas de construção que atendem aos critérios do sistema de classificação. Para compensar isso, cidades de diversos países desenvolveram códigos ou outra legislação que exigem estratégias ecológicas, com critérios de desempenho energético, podendo ou não exigir o uso de determinado sistema de classificação.

No Brasil, os sistemas mais usados para avaliar as edificações são o LEED, o Processo AQUA e os Selos Casa Azul e Procel Edificações, confira a seguir:

 

 

LEED ®

significa Liderança em Energia e Design Ambiental e é um dos principais sistemas de classificação de sustentabilidade. Embora a maioria dos projetos com certificação LEED esteja nos Estados Unidos, o programa também é bem conhecido internacionalmente. O sistema de classificação LEED começou em 1998 como um programa piloto e cresceu para certificar dezenas de milhares de projetos. No Brasil, a certificação doi lançada em 2007.

Os projetos que buscam a certificação LEED são analisados por oito dimensões. Todas possuem pré-requisitos (práticas obrigatórias) e créditos (recomendações) que a medida que atendidos, garantem pontos à edificação. O nível da certificação é definido, conforme a quantidade de pontos adquiridos, podendo variar de 40 pontos a 110 pontos. Os níveis são: Certificado, Silver, Gold e Platinum.

 

Processo Aqua

Alta Qualidade Ambiental é definida como sendo um processo de gestão de projeto visando obter a qualidade ambiental de um empreendimento novo ou envolvendo uma reabilitação.O Processo AQUA avalia o desempenho ambiental de uma construção por sua natureza arquitetônica e técnica, bem como pela gestão. Estrutura-se em dois instrumentos principais: o Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE) e o referencial de Qualidade Ambiental do Edifício (QAE). Na visão deste selo, a gestão da edificação, permite definir as vertentes de projeto que irão atingir e manter os níveis de qualidade ambiental.

Na metodologia do AQUA verifica-se catorze categorias, ou conjuntos de preocupações, que são agrupadas em quatro famílias.As fases analisadas são a do programa de necessidades, a de projeto e a de construção. Os níveis que uma edificação pode obter pelo Processo AQUA são relacionados à Qualidade Ambiental do Edifício. O desempenho associado pode ser Bom, Superior ou Excelente. São emitidos 6 tipos de certificação: Edifícios Habitacionais; Escritórios e Edifícios Escolares; Renovação; Hospedagem, Lazer, Bem Estar, Eventos e Cultura; Bairros e Loteamentos.

 

Selo Casa Azul

Classificação socioambiental destinado a propostas de empreendimentos habitacionais que adotem soluções eficientes na concepção, execução, uso, ocupação e manutenção das edificações. São elegíveis projetos novos em fase de análise ou já analisados e contratados, desde que a obra ainda não tenha sido iniciada. Caso o projeto atenda aos critérios exigidos, o proponente recebe o certificado de concessão do Selo Casa Azul + CAIXA no nível alcançado no ato da contratação e a Caixa verificará durante o acompanhamento da obra se o empreendimento será executado conforme o projeto certificado.

O Selo Casa Azul foi o primeiro sistema de certificação criado para a realidade da construção habitacional brasileira. Foi desenvolvido em 2008 por uma equipe multidisciplinar em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade Estadual de Campinas.

 

Selo Procel Edificações

Tem por objetivo principal identificar as edificações que apresentem as melhores classificações de eficiência energética em uma dada categoria, motivando o mercado consumidor a adquirir e utilizar imóveis mais eficientes. Este é um setor de extrema importância no mercado de energia elétrica, representando cerca de 50% do consumo de eletricidade do país.

Nos edifícios comerciais, de serviços e públicos são avaliados três sistemas: envoltória, iluminação e condicionamento de ar. Nas Unidades Habitacionais são avaliados: a envoltória e o sistema de aquecimento de água. O Selo Procel Edificações é outorgado tanto na etapa de projeto, válido até a finalização da obra, quanto na etapa da edificação construída.

 

 

 

 

 

 

Fonte: ARQ+ Smart Construction
Imagens
Capa: Projeto de Manoel Coelho Arquitetura e Design – Colégio Positivo Internacional, Primeiro edifício de ensino no Brasil a receber a certificação ambiental LEED. Fotografia de Nelson Kon.
Matéria: Divulgação.