Smart CITIES e a eficência da informação

Em conjunto com as tecnologias, processos colaborativos entre gestores públicos e a sociedade civil é de extrema importância para o desenvolvimento funcional de smart city.

 

De acordo com dados das Nações Unidas (2017), atualmente, mais da metade da população mundial vive em cidades ou centros urbanizados e se espera que até 2050 esse número cresça para cerca de 70%. Dada a importância das cidades, a arquitetura e o urbanismo buscam essencialmente que estes espaços de assentamentos humanos proporcionem formas de serem inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis, com foco constante em melhorias de infraestrutura e redução de vulnerabilidades.  

 

A pandemia causada pelo coronavírus COVID-19 tem gerado mudanças significativas nos padrões de consumo, nos níveis de produção e estilo de vida das pessoas em todo o mundo. Evidenciou-se, por exemplo, uma crise sanitária com grande impacto na economia mundial e na forma de funcionamento das cidades, trazendo à tona maiores, mais urgentes e novas reflexões sobre smart city. Na busca por minimizar impactos, melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, eficiência de recursos e serviços e uso das tecnologias de informação e comunicação, cidades inteligentes ganham destaque no campo do urbanismo e gestão pública.  

 

Figura B Plano Piloto Brasília

 

Um grande desafio é identificar áreas e grupos mais vulneráveis. Em conjunto com as tecnologias, processos colaborativos entre gestores públicos e a sociedade civil é de extrema importância. Plataformas colaborativas e modelos de negócio participativos tornem-se cada vez mais comuns no futuro próximo. Muitas cidades fazem uso de sensores integrados que realizam a coleta de uma quantidade enorme de dados, possibilitando a tomada de ações com base em inteligência artificial e machine learning para benefício dos cidadãos. Se utilizadas com responsabilidade e seriedade, tais ferramentas impactam profundamente o cotidiano e geram “armas” para enfrentar crises. Na China, Han (2020) aponta que a vigilância digital, proporcionada pelo uso do big data e ação de especialistas em informática e TICs, auxilia no enfrentamento ao Covid-19 tanto quanto a área de saúde. A coleta, tratamento e uso de dados será fundamental, principalmente durante e pós-eventos catastróficos, e deverão ser utilizados de forma adequada, com a devida proteção e sigilo dos cidadãos.  

 

Mas uma forma de pensar as cidades, amplamente discutida nos últimos anos, é com olhar voltado para soluções baseadas na natureza. Esse tipo de estratégia está relacionado ao conceito da biomimética, que pode ser definido como a área da ciência que tem por objetivo estudar e entender os fenômenos biológicos e suas funções, procurando aprender com a natureza, suas estratégias e soluções (Herzog, 2013). A infraestrutura convencional, produzida em sua grande parte por concreto, asfalto, entre outros materiais de grande impacto ambiental, normalmente chamada de infraestrutura cinza, deve ser gradativamente complementada e em alguns casos substituída por uma infraestrutura verde, baseada em um desenho urbano ecológico, que combine tais estratégias de soluções integradas à natureza. Utilizar a vegetação como um elemento fundamental para a entrega de algum serviço à cidade também é tecnológico, e de grande melhoria urbana, como por exemplo conforto térmico, aumento da biodiversidade e sequestro de CO2 e poluentes no ar.  

 

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Tem ganhado destaque as chamadas “cidades esponjas”, como um modelo que priorize a infiltração das águas da chuva em vez de seu escoamento, buscando por maior porosidade e permeabilidade dos espaços livres e construídos, para que a água possa ser absorvida. Com base nessas soluções, as cidades tendem a ser mais adaptáveis aos futuros impactos das mudanças climáticas, regulam melhor questões relacionadas à drenagem e ao tratamento de doenças e possibilitam regeneração de áreas até então degradadas. Um caso emblemático é a renaturalização do riacho Cheonggyecheon, localizado em Seul (Coreia do Sul), onde foi derrubada uma via expressa elevada para a construção de um espaço de lazer em torno ao riacho recuperado, trazendo uma nova realidade (regenerativa) para a região. 

 

Os impactos relacionados às mudanças climáticas e pandemias como a de agora incidirão de formas diferentes em cada cidade e nos diferentes grupos da população. A importância do benefício ao cidadão, como centro para qualquer projeto e gestão de uma cidade inteligente, é fundamental. Uma mudança de postura se faz cada vez mais necessária, buscando o replanejamento e a regeneração de cidades, mais resilientes e equilibradas ecologicamente, onde ações em conjunto parece ser a chave.  

 

 

 

 

 

Fonte: Archdaily 
Por Redação 
Imagem: Divulgação

 

FORA da caixinha

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Sustentabilidade, mobilidade urbana e facilities são pilares do novo modelo imobiliário implantado no Rio de Janeiro, que promete revolucionar o mercado.

 

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O Send Cooliving é o primeiro empreendimento a seguir o conceito “cooliving”, construído no Brasil. A obra é resultado de uma parceria entre a WTorre e a Rio Realty, assinada pelo arquiteto Celso Rayol, que a partir do retrofit de um o antigo prédio comercial subutilizado, projetou 266 studios residenciais divididos em duas torres interligadas por um café com passarelas suspensas, áreas comuns e serviços como lavanderia e espaço delivery – que funcionará para receber encomendas mesmo quando o morador não estiver em casa – e 6 lojas no térreo.A sustentabilidade aparece desde a implantação, com a reabilitação de uma construção desocupada e consequente contribuição para a revitalização da região. O aproveitamento da maior parte da área já construída e seus materiais – reduzindo significativamente a emissão de gases, resíduos poluentes e a geração de ruídos – e maior rapidez na execução da obra, se comparado à construção convencional é outro aspecto ecologicamente correto do projeto.

Além disso, as unidades contarão com medidores individuais de consumo de água, a fim de estimular a economia, uma vez que cada um pagará exclusivamente pelo que consumir. Toda água pluvial será armazenada em caixas d’água específicas e reutilizada para manutenção das áreas comuns.

 

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O projeto que contempla uma área de 14 mil m² é a aposta das duas maiores empresas do setor imobiliário do país, que consideraram as novas necessidades da vida moderna para trazer o novo modelo de habitação para o Brasil. “Trocamos o carro pelo aplicativo, os bancos pelos aplicativos, o escritório pelo coworking, o shopping pelo e-commerce.

 

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Chegou a hora de trocar o trânsito por morar perto do trabalho e o tempo perdido por qualidade de vida.
Enfim, trocar o “metro quadrado” pelo “metro descolado” comenta Rafael Cardoso, diretor do Send Cooliving, que está localizado no coração do Rio de Janeiro, próximo do Teatro Municipal, com fácil acesso ao metrô, VLT, ciclovias, linhas de ônibus e do aeroporto Santos Dummont, além de estar próximo a vários cartões postais da cidade.

 

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Por Redação
Imagens: Divulgação

 

Conheça o SOURCE!

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Já pensou ser possível gerar água a partir da umidade do ar?

 

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Um grupo de profissionais inovadores, o Zero Mass Water, conseguiu o feito criando um hidro-painel chamado SOURCE.

O aparelho, como um painel solar, usa a energia do sol para produzir água limpa, mesmo em condições de pouca luz e umidade e já beneficia comunidades que vivem em áreas de seca. Um único painel fornece água suficiente para 2-3 pessoas.
Além disso, fornecendo água com energia renovável, ele substitui os sistemas de infraestrutura hídrica que podem esgotar ou contaminar reservas de água valiosas, afetando ecossistemas.

Em tempos de sustentabilidade, arquitetos conscientes ou que trabalhem para locais de acesso limitado à água também se beneficiam com a inovação, tecnologia que vem a servir não somente grandes comunidades mas também pode integrar projetos para residências cada vez mais sustentáveis.

Visite o site: www.zeromasswater.com