Governo Federal retoma programa Minha Casa Minha Vida

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Objetivo é reduzir o déficit habitacional no Brasil, onde milhares de pessoas ainda não tem moradia.

 

Atual gestão do Governo Federal anuncia a retomada do Minha Casa Minha Vida (MCMV), maior programa habitacional já lançado no Brasil. Criado em 2009, recentemente o programa passou a se chamar Casa Verde e Amarela, pela Lei 14.118/21. Ao assumir seu terceiro mandato, o presidente Lula anunciou a retomada do programa para enfrentar a falta de moradia no país, facilitando o acesso da população ao financiamento residencial.

O déficit habitacional é um problema grave no Brasil, com milhares de pessoas sem um local adequado para se viver. São pessoas dependem de políticas públicas para facilitar o acesso a moradias construídas de forma segura, em locais seguros e com boa infraestrutura. De acordo com Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2019 o Brasil contava com mais de 8 milhões de famílias sem casa. Já de acordo com o Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), existem mais de 5 milhões de moradias que são consideradas irregulares.

Em decorrência da pandemia de Covid-19 e do agravamento da crise econômica, principalmente nas camadas mais vulneráveis, o número de pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza disparou e com a falta de pesquisas e relatórios atualizados, o Governo Federal afirma que os números do cenário habitacional podem ser ainda mais preocupantes.  Estima-se que, no comparativo dos anos de 2019 e 2022, a população em situação de rua cresceu 38% no Brasil, segundo o IPEA.

 

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Divulgação Lyx Engenharia

 

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) considera importante a volta da Faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida, que passa a contemplar as famílias com renda mensal de até R$ 2.640, ante o limite anterior de R$ 1.800. A medida é importante para o combate ao déficit habitacional de 5,9 milhões de famílias. Após a retomada das obras paradas do Faixa 1, a entidade espera que as demais faixas do programa possam receber novos incentivos, ampliando, dessa forma, a contratação de novos projetos e incentivando, também, a geração de empregos e renda para a população.

“O setor deve continuar com um bom desempenho neste ano, gerando empregos e contribuindo para que muitos brasileiros possam realizar o sonho da casa própria. O retorno do programa Minha CasaMinha Vida tem um papel fundamental neste cenário pois amplia o acesso das famílias mais carentes à moradia, contribuindo no combate ao déficit habitacional e na inclusão social para a população de menor renda”, analisa o presidente da ABRAINC, Luiz França.

De acordo com pesquisa realizada pela Brain, 77% das compras de imóveis realizadas nos últimos anos foram viabilizadas somente em função dos benefícios promovidos pelos programas de habitação. O mesmo levantamento mostrou, ainda, que 80% das pessoas que compraram um imóvel tiveram uma melhora considerável na qualidade de vida.

 

 

 

O SindusCon-SP também considera positiva a iniciativa do governo federal de restabelecer o Programa para estimular o acesso à moradia e contribuir com a erradicação do déficit habitacional. A Medida Provisória 1.162, que reinstituiu o MCMV, contém diversos aspectos positivos, tais como a definição clara dos objetivos, das linhas de atendimento e das diretrizes do programa. Neste último item, cumpre destacar o estímulo ao cumprimento da função social da propriedade, a promoção do planejamento integrado com as demais políticas de governo com vistas ao desenvolvimento sustentável , a cooperação federativa e fortalecimento do Sistema nacional de Habitação de Interesse Social e, muito relevante: transparência e monitoramento com relação à execução física e orçamentária dos benefícios habitacional e à participação dos atores envolvidos, incluída a divulgação dos valores de subvenção concedidos e dos benefícios gerados.

Também são positivas as alocações de subvenção econômica para complementar o valor necessário a assegurar o equilíbrio econômico-financeiro das operações realizadas pelas instituições ou pelos agentes financeiros e de recursos em fundo garantidor de operações que envolvam benefícios de natureza habitacional. Da mesma forma, é relevante a disposição de que as operações contratadas no âmbito do programa poderão contar com a cobertura do Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab).

O novo desenho do programa também acerta quando condiciona a participação de Estados e Municípios a leis desses entes federados, isentando de ITCMD e de ITBI, que tenham como fato gerador a transferência das unidades imobiliárias ofertadas aos beneficiários, cujas operações decorram da aplicação dos recursos provenientes de: dotações orçamentárias da União, Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).

 

Aperfeiçoamentos

De outro lado, consideramos que a MP é passível de aperfeiçoamentos. O programa também contempla a possibilidade de financiar a produção de unidades comerciais, e de financiar infraestrutura para aquisição e instalação de tecnologia de informação e de comunicação, desviando-se de seu foco habitacional, o que deveria ser evitado. A MP dispõe acertadamente que, na produção subsidiada de unidades imobiliárias novas em áreas urbanas, compete ao prestador dos serviços públicos de distribuição de energia elétrica disponibilizar infraestrutura de rede e instalações elétricas até os pontos de conexão das unidades habitacionais. Mas a MP se esquece de que determinar o mesmo para as concessionárias de água e esgoto.

A MP dispõe que o Ministério das Cidades poderá exigir das construtoras das moradias do programa a contratação de apólices de nada menos de sete tipos diferentes de seguro, o que poderá encarecer os empreendimentos. O governo poderia mitigar riscos se estabelecer critérios que permitam contratar as construtoras mais qualificadas, sem a necessidade de tantos seguros.

A MP também não trouxe indicação de manutenção do Regime Especial de Tributação sobre os empreendimentos produzidos pelo Minha CasaMinha Vida. Para uma nova avaliação, aguarda-se agora o detalhamento da regulamentação e operacionalização do programa, pelo Ministério das Cidades, precedida de uma ampliação do diálogo com o setor da construção.

 

Tapete desenvolvido pela by Kamy é destaque em exposição de Gaetano Pesce nos EUA

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Tapete “Namorado/Namorada” homenageia as diferentes histórias e formas de amor.

 

A pedido de Gaetano Pesce, um dos mestres do design mundial, a by Kamy desenvolveu um tapete especialmente para o escritório do italiano, exposto agora em uma exposição exclusiva promovida pelo designer em Los Angeles nos Estados Unidos até o final de março (31).

Sob o nome “Dear future: the work of Gaetano Pesce”, a mostra sediada na galeria Future Perfect’s Goldwyn House no distrito de Hollywood Hills apresenta uma coletânea de peças criadas pelo designer ao longo de seis décadas de trabalho.

“É um orgulho enorme para a by Kamy ser escolhida para tecer um tapete assinado por um dos mestres do design mundial. Só podemos agradecê-lo pelo carinho e pelo respeito que ele nutre pela by Kamy, pelo nosso país e pelo que somos capazes de criar aqui” – Francesca Alzati, diretora artística da by Kamy.

 

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A exposição celebra o estilo colorido de Pesce e a sua insistência em combater a aparente contradição entre originalidade e massificação, destacando-se por desenhos que podem ser repetidos de maneiras que permitem que cada peça seja ligeiramente diferente.

Entre as novidades está o inédito tapete “Namorado/Namorada”, o qual a by Kamy teve a honra tecê-lo com exclusividade para o estúdio do designer. Pesce celebra nesta peça não só as diferentes histórias e formas de amor, mas também declara o seu amor pelo Brasil, evidenciando pela escrita em português.

 

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Soluções de engenharia podem amenizar desastres naturais

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Tecnologias da engenharia civil, mecânica e eletrônica podem evitar grandes rupturas em edifícios, potencializando a comunicação e agilizando os planos de evacuação.

 

Nos últimos anos, a quantidade de desastres naturais vem aumentando significativamente em todo o mundo, motivados por enchentes, deslizamentos de encostas e terremotos, como o ocorrido na Turquia e na Síria. Por isso, as ameaças mais recentes exigem formas inovadoras de enfrentamento, o que faz aumentar a demanda por profissionais de engenharia, suas expertises, técnicas e tecnologias agregadas para amenizar os prejuízos à vida humana.

As engenharias têm uma variedade de papéis a desempenhar na mitigação de desastres naturais. Isso inclui desenvolver tecnologias de ponta, construir infraestruturas mais resistentes e atuar nas próprias operações de resgate e reconstrução. A construção civil, por exemplo, pode ser uma das primeiras linhas de defesa para minimizar os danos. Novas estruturas precisam ser resistentes a inundações, terremotos, deslizamentos de terra, furacões e tufões.

“Além dos tradicionais cálculos para as construções, há outras técnicas para fortalecer a construção que podem ajudá-la a resistir os esforços gerados pelos terremotos, como isolar a fundação do prédio com o solo, ou seja, aparelhos de apoio abaixo dos pilares ou fundação que desacoplam a superestrutura de sua fundação”, relata o engenheiro Pedro Henrique Cerento de Lyra, coordenador do curso de Engenharia Civil do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).

“Quando ocorre movimentação do solo, é possível evitar que as vibrações passem para o prédio ou qualquer construção que esteja sendo contemplada com essa técnica”, aponta. O especialista reforça ainda que para cada catástrofe pode ser aplicada uma técnica específica para a construção.

O engenheiro Fernando Malvezzi, professor no curso de Engenharia Mecânica do IMT, ressalta que terremotos causam vibrações nas estruturas dos edifícios e que, quando a frequência da vibração coincide com uma das frequências naturais da estrutura, as oscilações se amplificam, o que pode causar o colapso do edifício.

Uma alternativa para se evitar esse colapso, diz ele, seria o emprego de um absorvedor dinâmico de vibrações, que consiste em uma grande massa ligada à estrutura do edifício por um elemento flexível, possibilitando a oscilação. “A instalação desse sistema altera as frequências naturais da estrutura, de modo que a oscilação é ‘transferida’ para a massa do absorvedor, como acontece no Taipei 101”, conta Malvezzi, sobre o prédio de 101 andares em Taiwan.

 

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Taipei 101 – absorvedor dinâmico de vibrações.

 

Outra solução potencial recente é o 5G, que pode elevar as potencialidades da rede atual e alçar a banda larga móvel a altíssimos padrões de velocidade de conexão e de usuários simultâneos. Para amenizar as catástrofes, as smart cities (cidades inteligentes) também são excelentes opções, incluindo sensores que captam sinais de perigo, como enchentes, tremores ou deslizamentos. Esses sinais são enviados a uma central, onde as informações são utilizadas para a elaboração de planos de fuga com maior rapidez.

“Em uma barragem, por exemplo, esses sensores podem captar fragmentos na estrutura, tremores ou anormalidades que possam levar à sua ruptura”, reforça Ricardo Caranicola Caleffo, professor do curso de Engenharia Eletrônica do IMT.

Segundo ele, essas informações podem ser decisivas para avisar previamente a comunidade local e planejar uma rota de fuga. “No caso de locais onde possa haver terremotos, é possível instalar um sismógrafo, que registra os movimentos do solo”, prossegue. “Esse aparelho traz informações com maior rapidez sobre possíveis vibrações no solo e, com isso, é possível alertar os moradores, para otimizar o tempo de evacuação ou até mesmo durante as operações de resgate”, assinala.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: GC Grandes Construções
Imagem: Divulgação

 

Expo Revestir 2023

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A maior feira de revestimentos e acabamentos da América Latina acontecerá no São Paulo Expo, proporcionando mais experiências, conteúdos, design, tendências e inspirações para o setor.

 

Prestes a chegar à 21ª edição, a Expo Revestir inaugurará em 2023 uma “nova casa”, com 70 mil metros quadrados, o dobro do tamanho registrado anteriormente. A feira, promovida pela Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), será realizada entre os dias 14 e 17 de março, no pavilhão de exposições São Paulo Expo.

A mudança de local representa um passo rumo ao futuro. Com a duplicação da área de exposição, os visitantes terão uma experiência única, imersos em um ambiente que conectará inovações tecnológicas, tendências, design e conceitos do futuro para o mercado da construção.

“A feira é o primeiro grande evento de negócios no ano para o setor. A mudança representa um aumento significativo de 45% em área útil, o que permitirá à Expo Revestir proporcionar experiências e conteúdos inéditos. Com o novo espaço, reforçamos mais uma vez nosso compromisso de promover negócios, parcerias e o desenvolvimento do setor, nacional e internacionalmente. Além de ampliar o evento para novos usos, o intuito é garantir mais conforto e comodidade ao público e expositores” – Benjamin Ferreira Neto, presidente do Conselho de Administração da Anfacer.

 

Dinâmica, inovadora e com mais soluções para a construção

De olho no futuro, a Expo Revestir antecipa tendências em design e inovação, sendo referência pela qualidade dos produtos e lançamentos que apresenta.

A edição 2023 contará com mais de 300 marcas e expositores, que apresentarão lançamentos em cerâmicas, louças sanitárias, metais para cozinha e banheiro, rochas ornamentais, mosaicos, madeiras, laminados, cimentícios e vítreos.

A indústria de revestimentos e acabamentos está em constante desenvolvimento para oferecer novas soluções em design, tecnologia e qualidade. Na feira, os profissionais terão acesso ao que existe de mais moderno em termos de tendências, novos formatos, texturas, acabamentos, padronagens e composições.

 

Negócios, network e atualização: um novo impulso de energia para o setor

Expo Revestir é uma oportunidade única para que profissionais da arquitetura, designers de interiores, revendedores, compradores internacionais e todos que fazem parte da cadeia produtiva da construção possam reunir-se, atualizar-se e realizar contatos comerciais com os maiores players nacionais e internacionais do setor.

Além do ambiente de negócios, a 21ª edição contará com grandes novidades na parte de conteúdo. O aguardado FIAC – Fórum Internacional de Arquitetura e Construção, agora será FIER+ (Fórum Internacional Expo Revestir), promovendo palestras e debates sobre arquitetura, design, sustentabilidade, inovação e o mercado de revenda e da construção para mais de 10 mil profissionais.

O FIER+ será palco das mais importantes vozes mundiais da arquitetura, do design e da construção, para que possam debater e criar uma reflexão sobre os conceitos, os desafios e as tecnologias do futuro.

Buscando amplificar ainda mais a jornada de conhecimento, tanto a feira quanto o FIER+ serão realizados em formato híbrido, presencial e digital. Pela primeira vez, o fórum será transmitido ao vivo, por meio da exclusiva plataforma da Expo Revestir.

 

Mais Sinergia

Simultânea à Expo Revestir e ao FIER+ será realizada a primeira edição da Haus Decor Show, feira voltada para segmentos que trazem sinergia com o público e os produtos da Expo Revestir. A Haus Decor Show é promovida e organizada pela NürnbergMesse e apresentará novidades em tintas e vernizes, iluminação e automação residencial. Juntos, os eventos ocuparão 100% da capacidade do São Paulo Expo (Expo Revestir pavilhões 1 ao 6; Haus Decor Show pavilhões 7 e 8).

 

Nova infraestrutura

Expo Revestir 2023 acontecerá no mais moderno pavilhão de exposições da América Latina, o São Paulo Expo. O espaço conta com ambiente totalmente climatizado, corredores mais largos e áreas de alimentação maiores.

+ Negócios: 70 mil metros quadrados dedicados ao design e à inovação (aumento de 45% de área útil em comparação à última edição).

+ Novidades: mais de 300 marcas e expositores.

+ Conhecimento: FIER+ (Fórum Internacional Expo Revestir), com transmissão ao vivo pela plataforma digital.

+ Comodidade: 4.500 vagas de estacionamento cobertas e fácil acesso ao metrô (vans saindo da estação Jabaquara)

+ Conforto: praça de alimentação ampliada e com gastronomia variada.

 

Sobre o evento

Expo Revestir, uma das principais feiras mundiais de negócios com soluções em acabamentos e revestimentos para a construção civil, é a maior do gênero na América Latina. Em 2022, registrou público superior a 60 mil visitantes, procedentes de mais de 55 países. O credenciamento será aberto em breve. Acompanhe os anúncios no site e nas redes sociais oficiais para saber como participar: Expo Revestir

SERVIÇO — Expo Revestir 2023
Dia 14 a 16 de março: das 10h às 19h
Dia 17 de março: 10h às 17h
Local: Pavilhão de Exposições São Paulo Expo
Endereço: KM 1,5, Rodovia dos Imigrantes, Vila Água Funda, São Paulo, SP

Alma em Madeira, uma nova série do canal Curta!

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Os capítulos de “Alma em Madeira” acompanham a rotina de trabalho de designers brasileiros especializados em obras em madeira.

 

“Alma em Madeira”, a nova série do canal Curta!, apresenta ao público oito designers que transformaram a paixão pela madeira em ofício. Entre plainas, formão, gabaritos e muita serragem, episódio pretende acompanhar o processo de criação de uma cadeira, conhecer o ateliê, as referências, o estilo de vida do designer e entender porque cada um, ao seu modo, tem a madeira na alma.

Com direção e pesquisa de Barbara Heckler, cada episódio aborda o trabalho de um artista de reconhecimento mundial, e traz uma história de vida relacionada ao desenvolvimento da técnica do uso da madeira na arte e no design. São eles Paulo Alves, Morito Ebine, Fernando Mendes, Fernanda Barretto, Ricardo Graham, Julia Krantz, Claudia Moreira Salles e Hugo França.

 

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Fernanda Barretto

 

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Hugo França

 

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Claudia Moreira Salles

 

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Paulo Alves

 

“Alma em Madeira” é uma série da Olé Produções viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Também está disponível em streaming através do Curta!On – Clube de Documentários.

ACESSO no site CurtaOn.com.br.

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Adotando estratégias sustentáveis, edifício educacional foi planejado para integrar espaços e alunos.

 

Primeiro edifício de ensino no Brasil a receber a certificação ambiental LEED nível ouro, o Colégio Positivo Internacional, implantado dentro do campus da Universidade Positivo, em Curitiba, Paraná, é integrado à toda infraestrutura esportiva, cultural e laboratorial disponível no local. Projetado por MCA Manoel Coelho Arquitetura e Design, e com 5.000,00 m2 de área construída, a solução estrutural escolhida pelo escritório mescla o uso do concreto in loco no bloco linear às estruturas metálicas no volume irregular.

Colégio foi construído em várias fases estruturais;  a primeira estabeleceu uma distribuição hipotética das funções, tipo e singular; na segunda, o arquiteto determinou a sala de aula com uma planta ortogonal simplificada e, depois, repetida. Posteriormente, definiu-se o porte do edifício, seccionando o paralelogramo que caracteriza os blocos didáticos, de maneira que sobraram as salas de um lado e os corredores fluidos, abertos para o pátio, acompanhando o desnível do terreno. Na etapa da metodologia dividiu-se de vez a área entre funções e a articulação entre ambas. O edifício adota várias estratégias sustentáveis e busca estimular as percepções sensoriais das crianças, oferecendo grandes áreas de convívio e ampla integração visual com o meio externo.

 

“Foi aproveitada a entrada de luz natural para o ambiente do pátio, reforçada pela iluminação zenital do jardim interno e da escada principal de circulação vertical. A permeabilidade visual é explorada sempre que possível, integrando o colégio ao conjunto da universidade.”- Manoel Coelho, arquiteto.

 

O projeto adotou várias estratégias sustentáveis: aproveitamento dos platôs existentes para implantação do edifício minimizando o impacto e movimento de terra no local, gestão de resíduos na obra, correta orientação solar com salas voltadas para o norte, ventilação cruzada, aproveitamento da luz natural através de zenital, proteção solar com brises, seleção de materiais, consumo sustentável de água, reaproveitamento de águas pluviais, eficiência energética, luminárias inteligentes, conforto térmico, visual e acústico, paisagismo com espécies nativas, entre outros.

 

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O espaço se organiza através de um monobloco linear, com estrutura em concreto, onde estão alocados as salas de aula e laboratórios, e um volume irregular, em estrutura metálica, que abriga as funções singulares, como biblioteca, administração e sala de professores. O pátio coberto, é o elemento principal, articulador dos setores e o grande espaço de convívio dos alunos.

O Colégio foi construído em cinco fases estruturais. Na segunda, o escritório determinou as salas de aula com uma planta ortogonal simplificada e, depois, repetida. Uma passarela, também designada para convívio social, articula as áreas que abrigam as funções tipo e singular.

 

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A permeabilidade visual é explorada integrando o colégio ao conjunto da universidade através das peles de vidro e principalmente dos painéis de vedação em telhas metálicas perfuradas. Os painéis permitem a conexão visual com os espaços externos, ao mesmo tempo que maximizam a ventilação e iluminação natural.

O uso de cores quentes, em tons de amarelo, laranja e vermelho, conferem identidade ao edifício e estimula as percepções sensoriais das crianças.

 

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O volume irregular abriga as funções singulares, como a biblioteca, em posição de destaque, envidraçada e suspensa à esquerda da entrada. O escritório foi também responsável por todo o projeto de ambientação interna, com detalhamento do mobiliário específico e de sinalização visual.

 

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Por Redação

Imagens: Nelson Kon

 

Guia de infraestrutura verde e azul aponta como tornar cidades sustentáveis

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Foco do guia é melhorar a governança local em relação a três fatores-chave: alimentação, água e energia.

 

Diante dos desafios para alinhar as demandas de desenvolvimento com as políticas de sustentabilidade, pesquisadores da FGV EAESP (Escola de Administração de Empresas de São Paulo), junto à organização não governamental internacional ICLEI (sigla em inglês para Governos Locais para a Sustentabilidade), e outros parceiros, criaram o Guia de Infraestrutura Verde e Azul. O objetivo é realizar um passo a passo de como tornar cidades sustentáveis, com foco em melhorar a governança local em relação a três fatores-chave: alimentação, água e energia.

De acordo com o pesquisador à frente do projeto, José Puppim, a urbanização acelerada sem planejamento, as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade podem gerar insegurança alimentar e escassez de água e energia, uma vez que o consumo desses três elementos vai aumentar significativamente nas próximas décadas, principalmente em cidades.

“Esses são alguns dos temas que mais preocupam a população mundial na atualidade e que podem gerar grandes consequências para os próximos anos, principalmente dentro das cidades”, declarou Puppim. O especialista lembra que por meio das mudanças climáticas e o crescimento constante da demanda, esses recursos já deixaram cidades reféns em crises de água, energia e alimentos. Por isso, a ideia deste projeto é entender como uma melhor gestão da Infraestrutura Verde e Azul pode evitar a escassez destes recursos.

 

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Estúdio em Londres com telhado verde e claraboias. Foto: Divulgação.

 

Infraestrutura verde e azul

José Puppim afirma que antes de se considerar o Guia, é necessário entender o que são essas infraestruturas e porquê esses elementos serem selecionados como parâmetros. “Se a infraestrutura verde é mais voltada para florestas e agricultura urbana, telhados verdes, plantações nas ruas, conservação de áreas, etc, a infraestrutura azul é voltada para o sistema de águas urbanas, como regiões urbanas alagadas, lagos e lagoas, rios urbanos, ecossistemas da costa a exemplo de mangues e baías, o sistema de drenagem urbano, entre outros”.

O pesquisador também explica a importância dos três sistemas que compõem o projeto: “é estimado um aumento grande no consumo tanto de alimentos, quanto de água e energia para os próximos 50 anos e boa parte desse consumo vem das cidades. Em termos de governança fica evidente que as cidades costumam ter pouca gestão desses sistemas”, afirma Puppim. Como exemplo, ele destaca que grande parte dos alimentos vem de fora das cidades, a gestão do sistema hídrico costuma ser estadual, enquanto a de energia, federal. “Fica evidente como as cidades possuem pouca governança sobre os sistemas, o que as impedem de governar ‘green and blue infrastructure”.

 

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Jardim de chuva na cidade de Nova York. Foto: NYC Water.

 

Aplicando as soluções

O Guia de Infraestrutura Verde e Azul (GBI, do inglês Green and Blue Infrastructure) propõe melhores práticas de governança em categorias como provisionamento (serviços de água, medicinais, matérias-primas), regulação (temperaturas locais, índices de carbono, desperdício de água) e cultural (recreação, saúde, estética), além de servir de suporte para a preservação de espécies e seus habitats nas cidades. Os temas que englobam “Food, Water and Energy”, presentes no GBI, estão alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), da ONU.

O guia é voltado para comunidades, governos, líderes e pesquisadores. No total, 10 cidades ao redor do mundo foram inicialmente selecionadas pelos pesquisadores para aplicação das diferentes lições em “Food, Water and Energy”. Posteriormente estas lições poderão ser utilizadas por outras cidades com o auxílio do Guia de Infraestrutura Verde e Azul. A expectativa é que mais de 30 cidades utilizem o Guia, entre elas, no Brasil, estão São José dos Campos (SP), que está mais imersa na utilização das ferramentas e Florianópolis (SC), que já deu início a um novo programa de segurança alimentar baseado neste estudo.

A elaboração do Guia de Infraestrutura Verde e Azul foi apoiada pelo JPI Urban Europe e Belmont Forum, programa que congrega 30 financiadores, englobando diversos projetos para tornar cidades sustentáveis, utilizando-se das infraestruturas verde e azul. A participação da FGV neste Guia é direcionada para governança, ou seja, focada em entender como os municípios estão lidando com os sistemas de alimentação, água e energia, e como é possível melhorar a gestão desses recursos, a fim de reduzir os riscos de escassez no suprimento e tornar a cidade mais sustentável.

O estudo liderado pela FGV faz parte de um projeto maior, o IFWEN (Iniciativas Inovadoras para Governar Água, Alimentos e Energia em Cidades). Trata-se de um consórcio liderado pela FGV Eaesp, que inclui a Universidade de Yale, a Universidade de Estocolmo (Stockholm Resilience Center-SRC), o ICLEI, a Universidade de Ming-Chuan (Taiwan, China), e a The Nature of the Cities. Ele é financiado por seis agências de pesquisa, incluindo a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e a National Science Foundation (NSF), entre outras.

 

Veja como conferir o guia completo.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Ciclovivo

 

Caaobi surge no mercado para certificar projetos de pagamento por serviços ambientais

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Padrão nacional Caaobi certifica projetos PSA, com metodologia específica para certificar projetos para geração de créditos de carbono em áreas de diferente porte de qualquer bioma do país.

 

Uma certificadora brasileira que atenda as especificidades de cada região do Brasil, certifica projetos por Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), ou seja, garante que quem promove a conservação da vegetação nativa receba pelos seus esforços, promove o giro da bioeconomia em território nacional, reduz expressivamente o valor da certificação – por ser uma certificadora brasileira, e cujos projetos certificados ainda podem servir como um lastro para emissão da Cédula de Produto Rural (CPR) Verde. É com esses e muitos outros fatores inéditos e pioneiros no mercado de carbono, que a Caaobi Certificadora  – que na língua tupi significa floresta verde, virgem ou nativa – surge no mercado para atender desenvolvedoras de projetos para geração de créditos de carbono.

Diferentemente dos projetos regidos no âmbito do incentivo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), nos programas de certificação do mercado voluntário de crédito de carbono, os projetos PSA podem ser aplicados em áreas protegidas de acordo com a nova legislação ambiental, sejam elas Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reservas Legais, dentre outras áreas que são consideradas legalmente protegidas, como Unidades de Conservação (UCs), sejam Parques Estaduais ou Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs) – o que supera um entrave dos projetos REDD+, que não consideram essas áreas como elegíveis para geração de créditos de carbono.

Antonio Manoel dos Santos Oliveira, presidente da Caaobi Certificadora, e Doutor em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP), explica que com o surgimento da Caaobi no mercado de carbono brasileiro, o objetivo é impulsionar desenvolvedoras brasileiras para desenvolverem projetos PSA em todos os biomas brasileiros, e em propriedades de diferentes portes. “Nosso objetivo é incentivar desenvolvedoras de projetos a atuarem de maneira a cobrir todo o território nacional, independentemente do bioma e da região, e para isso nós temos um padrão que favorece essa aplicação, com base no Pagamento por Serviços Ambientais”, ressalta Manoel.

 

Caaobi surge no mercado para certificar projetos de pagamento por servicos ambientais que podem servir como lastro para emissao de CPR Verde edit Easy Resize com

 

 

O padrão Caaobi Certificadora foi elaborado com o devido rigor por um corpo técnico altamente qualificado, a partir de uma pesquisa minuciosa, que contempla os procedimentos de geração de créditos de carbono que melhor se adaptam a cada bioma do país e às realidades socioambientais e socioeconômicas de cada região. Gestora de Projetos de Biodiversidade da Caaobi, a bióloga e Mestre em Análise Geoambiental Rosana Cornelsen Duarte, reforça que todo o desenvolvimento do padrão Caaobi considera as especificidades de cada região do Brasil.

“A Caaobi é uma das certificadoras brasileiras pioneiras com padrões de certificação adequados às necessidades e características ambientais do nosso país, além de estar alinhada integralmente à legislação ambiental vigente, com a inclusão das áreas verdes legalmente protegidas” – Rosana Cornelsen Duarte, bióloga e Mestre em Análise Geoambiental

A certificação de projetos por PSA, possibilita a democratização ao mercado de carbono, ampliando a participação de proprietários com áreas de pequeno e médio porte ao mercado, promovendo assim efetivamente o reconhecimento de todos aqueles que preservam as matas nativas. Esse reconhecimento ocorre independente do porte da propriedade e do ente que está assumindo esse compromisso – seja ele do setor público ou privado -, que passa então a ter o direito de receber pelos serviços ambientais prestados para conservação da floresta. “É muito importante e inédito no país. Com isso, há uma garantia maior que as florestas sejam mantidas em pé. Os benefícios obtidos com a preservação das florestas são inúmeros, principalmente no que diz respeito à biodiversidade, conservação do solo, preservação dos recursos hídricos, regulação do clima e moderação de eventos extremos”, pontua a Gestora de Projetos em Créditos de Carbono da Caaobi, Vanessa Mantovani, engenheira ambiental e Doutora em Recursos HÍdricos pela Universidade Federal de Lavras (UFLA).

O presidente da Caaobi, e também membro do corpo técnico que elaborou o padrão, detalha que a metodologia da standard contempla todos os biomas a partir de uma abordagem reconhecida no campo geomorfológico e pedológico, que considera que os terrenos de qualquer região podem ser analisados conforme a distribuição das unidades ambientais homogêneas que o compõe, o que aprimora o grau de precisão da quantificação do carbono em determinada área. “Uma encosta de um morro não se comporta da mesma forma que uma várzea. Uma várzea tem cobertura vegetal e comportamentos próprios diferentes de uma encosta. Então, um dos aspectos importantes, é a consideração da realidade geoambiental dos terrenos, com seus componentes físicos, bióticos e antrópicos específicos, que nos permite detalhar com maior precisão a distribuição do carbono. Além disso, nós também consideramos que os tipos de solos das paisagens tropicais do planeta são completamente distintas daquelas que se apresentam nos países do Hemisfério Norte, ou seja, de clima temperado”, considera Manoel.

ecisão da quantidade de carbono em áreas caracterizadas como homogêneas do ponto de vista geoambiental, eleva a comercialização dos créditos de carbono em outro nível no mercado, garantindo uma fundamentação científica e maior segurança no lastro dos créditos. Há também outros fatores que valorizam o carbono em estoque e influenciam na valorização dos créditos, como por exemplo, a pressão antrópica que as áreas verdes estão sujeitas (como é o caso das áreas periurbanas), e a riqueza da biodiversidade e dos benefícios ecossistêmicos, que acabam refletindo nas justiças ambiental, social e climática. “Esse carbono da área objeto, está representando uma regulação térmica, uma regulação de escoamento superficial, a produção de água, entre outras vantagens do ponto de vista dos benefícios ecossistêmicos, o que também deve valorizar esse carbono do padrão Caaobi no mercado”, comenta Manoel.

Cabe ainda ressaltar que para o setor do agronegócio, os projetos PSA certificados pela Caaobi, podem servir como um lastro para emissão da Cédula de Produto Rural (CPR) Verde, produzindo safras de carbono que vão se somar às safras das propriedades agropecuárias.

 

Rastreabilidade

Coibir práticas escusas como o greenwashing (termo em inglês que pode ser traduzido como “lavagem verde”), é um dos pilares da Caaobi Certificadora. Para isso, foi pensado todo um sistema de rastreabilidade de ponta a ponta dos créditos de carbono, para evitar duplicidade de venda dos créditos e impedir operações fraudulentas ou com financiamento de atividades duvidosas. Tudo isso é possível a partir das tecnologias mais modernas que são utilizadas pela certificadora. “A Caaobi prima pela transparência. O acesso é aberto, sendo possível seguir cada crédito de carbono certificado por ela, fornecendo toda segurança ao mercado”, garante Manoel.

Toda a responsabilidade de custódia dos créditos de carbono fica a cargo da certificadora, em todo o “ciclo de vida” dos créditos, que vai desde a sua colocação no mercado até a sua aposentadoria. O sistema prevê um número de série em cada crédito, que pode ser acessado por qualquer pessoa no site da Caaobi e, uma vez acessado o crédito, é possível saber sua origem, validade, a desenvolvedora responsável, dentre outras informações. Todos os processos de transação passam por aprovação da certificadora que, somada a essa singularidade dos créditos, garantem a qualidade nos métodos de registro, controle e transparência dos dados.

 

Legislação e metas

O cenário de surgimento da Caaobi, ocorreu a partir da nova legislação brasileira com vistas às metas climáticas assumidas em acordos internacionais para redução da emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEE), cuja última atualização da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira estipula que o Brasil deve reduzir as suas emissões em 37% para 2025, e em 50% até 2030.

Na avaliação de Antonio Manoel, o surgimento de uma certificadora brasileira no mercado de carbono como a Caaobi, é uma importante ferramenta de contribuição para atingir as metas climáticas, através da mensuração em bases científicas do que está sendo efetivamente evitado de desmatamento, uma vez que os dados disponíveis atualmente são genéricos. “Com os projetos PSA você consegue mensurar a quantidade de carbono estocado e, a partir do momento que os créditos são comercializados, o desmatamento está sendo evitado e o proprietário passa a receber os recursos necessários para manter a mata nativa conservada”, finaliza.

A desenvolvedora interessada em desenvolver um projeto dentro do padrão metodológico da Caaobi Certificadora deve entrar em contato através do e-mail: atendimento@caaobi.org