Pina Contemporânea

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Visando a conexão entre diferentes bens da arquitetura paulistana, o espaço ganhou forma graças a soluções sustentáveis

 

Somando-se ao conjunto de edifícios da Pinacoteca de São Paulo, que hoje é composto pela Pinacoteca Luz e Pinacoteca Estação, o Pina Contemporânea foi idealizado para ser uma praça pública onde variadas atividades artísticas e culturais são apresentadas. Com projeto assinado pelo escritório Arquitetos Associados, o projeto tem 6.858 m², o que inclui Duas galerias para exibição de obras em grandes formatos, ateliês para atividades educativas, Biblioteca de Artes Visuais, além de loja, auditório, mirante e espaço de acolhimento.

Um dos principais objetivos do Pina Contemporânea é que ele atue como um eixo de circulação, paralelo à Avenida Tiradentes, interligando os diversos imóveis tombados da região, como a Estação da Luz, o Museu de Arte Sacra, o Convento de São Cristóvão, e até o bairro do Bom Retiro, onde estão instalados vários equipamentos culturais. Houve também um trabalho de preservação de bens tombados no próprio lote do projeto, tais quais a Escola Modelo da Luz de Ramos Azevedo, e a EEPG Prudente de Moraes, que foram dedicados a atividades compatíveis às suas estruturas e espacialidades originais.

Os espaços foram projetados com maior flexibilidade, de modo ampliar as possibilidades de uso de acordo com as atividades culturais propostas. Além disso, o escritório Arquitetos Associados apostou na integração de entre física e visual dos ambientes, enfatizando o viés público do projeto e estimulando a livre circulação. Esteticamente, o projeto dialoga com o modernismo, mas sem abrir mão da versatilidade que permite diferentes obras de arte a serem expostas.

 

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A Pina Contemporânea busca integrar-se à cidade, preservando e adaptando edifícios históricos, concebendo espaços públicos abertos e promovendo a sustentabilidade. Fotografia: Nelson Kon.

 

O Pina Contemporânea foi viável graças a variadas soluções sustentáveis, dentre elas a construção industrializada na cobertura e no anel de circulação, estruturados em madeira laminada colada (MLC) e aço, que buscam reduzir o impacto que a implantação geraria tanto na edificação existente quanto no Parque da Luz. O projeto conta ainda com infraestruturas para o reaproveitamento de água e geração de energia, o que lhe trouxe a certificação LEED Silver. Com o projeto, passado e presente se encontram para vislumbrar possíveis futuros.

A organização espacial dos remanescentes da antiga Escola Modelo da Luz e do Convênio Escolar orientou o projeto a constituir um conjunto de grande unidade, reforçado pela acolhedora sombra iluminada definida pela cobertura em continuidade ao bosque do parque. Além do reuso adaptativo das edificações históricas, as soluções sustentáveis, como a construção industrializada na cobertura e anel de circulação, estruturados em MLC e aço, buscam reduzir o impacto da implantação para a edificação existente e, especialmente, para o Jardim da Luz.

 

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A organização espacial dos remanescentes da antiga Escola Modelo da Luz e do Convênio Escolar orientou o projeto a constituir um conjunto de grande unidade, reforçado pela acolhedora sombra iluminada definida pela cobertura em continuidade ao bosque do parque. Fotografia: Nelson Kon.

 

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Além do reuso adaptativo das edificações históricas, as soluções sustentáveis, como a construção industrializada na cobertura e anel de circulação, estruturados em MLC e aço, buscam reduzir o impacto da implantação para a edificação existente e, especialmente, para o Jardim da Luz. Fotografia: Manuel Sá.

 

A criação de um pavimento em subsolo para a área de exposição evita bloqueios visuais além de dar destaque aos bens tombados. A Grande Galeria, compatível com as variadas demandas da arte contemporânea, oferece espaço expositivo flexível.

 

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Fotografia: Nelson Kon.

 

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Fotografia: Manuel Sá.

 

 

 

O trabalho de John Graz em exposição

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Exposição na Pinacoteca revisita a arte visual de John Graz, um dos mais importantes modernistas brasileiros

 

Inaugurada em 31 de julho pela Pinacoteca de São Paulo, a exposição John Graz: idílio tropical e moderno reúne cerca de 155 itens que revisitam a trajetória de Graz, um dos mais importantes nomes do modernismo no Brasil, com foco em sua atuação como artista visual e a dedicação de seus trabalhos à temática indígena, a fauna e flora, a história e cultura popular brasileiras.

A programação acontece no ano que antecede o centenário da Semana de Arte Moderna, que teve Graz como um dos participantes.

 

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A curadoria de Fernanda Pitta, curadora sênior, e Thierry Freitas, assistente curatorial do museu, ressalta a dedicação de Graz à criação de um imaginário moderno e tropical a partir de suas pinturas, desenhos e estudos, refletindo também a multiplicidade e versatilidade do artista.

 

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A organização expositiva das obras segue núcleos temáticos relacionados aos principais assuntos trabalhados pelo artista: Arcádia; Temática Indígena; Natureza brasileira, História e cultura popular; indigenismo e abstração e design. Ainda que o foco seja a produção visual, a exposição exibe mobiliários que demonstram o interesse de Graz pela criação de um design moderno e brasileiro, além de estudos de arquitetura, decoração e fotos dos ambientes que o artista idealizou.

Em 1925, Graz apresenta em São Paulo móveis tubulares, feitos de canos metálicos e laminados de madeira, com formas geometrizadas. Dotado de grande conhecimento técnico e fabril, acompanha pessoalmente a produção das peças no Liceu de Artes e Ofícios, onde conta com a colaboração de Federico Oppido (1877 – 1950).
Ao projetar os móveis, prevê sua distribuição no espaço e sua relação com painéis, vitrais e afrescos, sendo inovador na decoração de ambientes. A integração dos elementos é uma característica das casas decoradas por John Graz: a mesma proposta estende-se dos painéis pintados aos móveis, objetos e iluminação.

O artista desenhava os modelos em papel, em alguns casos executava projetos que demonstravam como havia pensado todo o interior da residência. Sua qualidade artística permitia que os clientes visualizassem suas ideias e certamente encantava àqueles que contratavam seus serviços.

 

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John Graz; guache e grafite sob papel; 70 x 100 cm.

 

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Residência Cunha Bueno; Jardim projetado por John Graz; Anos 30.

 

 

Serviço John Graz: idílio tropical e moderno

De 31 de julho de 2021 a 31 de janeiro de 2022

Estação Pinacoteca – Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia

De quarta a segunda, das 10h às 18h

Ingresso Gratuito, mas a entrada só é permitida com a reserva pelo site www.pinacoteca.org.br

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Pinacoteca
Imagens: Divulgação