Floresta Vertical

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Projeto de conceito pioneiro na construção ecológica une ciência inovadora, sistemas passivos bioclimáticos e tecnologias pró-ativas

 

A torre sustentável Tao Zhu Yin Yuan, em construção no Distrito de Xinyi, na cidade de Taipei, em Taiwan, foi inspirada na estrutura de dupla hélice do DNA e contará com aproximadamente 23 mil árvores, arbustos e plantas distribuídos em seus 20 andares, cujo conceito arquitetônico é se tornar uma eco-construção residencial autosuficiente de energia, cuja energia é elétrica, térmica e também alimentar.

O projeto de aproximadamente 42.705 m² de área total, idealizado pelo escritório Vincent Callebaut Architectures e ganhador do International Architectural Competition em 2010, propõe criar um fragmento de paisagem vertical com consumo de energia mínima, uma espécie de “árvore habitada”. O edifício de design sinuoso completa uma torção de 90 graus à medida que sobe, uma volta de 4,5 graus por nível, e o formato foi escolhido aplicando-se o conceito taiji do ciclo incessante da vida, com base em quatro critérios: integrar-se ao perfil piramidal da volumetria da edificação, determinada pelos afastamentos urbanos; gerar uma área para jardins em cascata, suspensos ao ar livre; oferecer vistas panorâmicas do skyline de Taipei para todos os residentes; e fornecer privacidade a cada apartamento, evitando eixos visuais diretos.

Projetado também para aproveitar as condições climáticas e ambientais de seu terreno, as áreas verdes pretendem que o edifício absorva 130 toneladas de dióxido de carbono do ar anualmente, com cobertura verde de 246%, o que é quase cinco vezes maior do que o exigido pela regulamentação local. O escritório realizou análises de iluminação natural, análises térmicas e eólicas para refinar o projeto, otimizando a luz natural e a ventilação em todo o edifício. Design proposto para codificar um verdadeiro purificador de ar!

 

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O núcleo central do edifício possui um sistema de fachada dupla, que permite o controle passivo do clima na circulação vertical e espaços internos. Outras características ambientais incluem um sistema de reciclagem de água da chuva, vidro de alta performance, uma matriz solar fotovoltaica na cobertura, elevadores eficientes e monitores de poupança de energia automatizados que se adaptam às condições climáticas.

A estimativa é que toda essa “floresta verde”, habitada e cultivada através de seus próprios habitantes, absorva cerca de 130 toneladas de carbono por ano – um número cinco vezes maior que o exigido pela regulamentação local. As plantas fornecem oxigênio, deixam o ambiente mais úmido e atenuam o barulho.

 

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As plantas baixas das unidades seguem dois layouts típicos em pavimentos alternados, para melhor se ajustarem à estrutura de vigas treliçadas. Cada unidade contém 550 metros quadrados de espaço aberto, sem colunas, permitindo a máxima flexibilidade dos layouts internos e cada dupla hélice é representada no projeto por duas unidades habitacionais formando um nível completo. O edifício conta com um sistema estrutural de alta resistência à terremotos e intempérie, integrando um conceito sísmico de grau nuclear.

 

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Por Redação
Imagens: Vincent Callebaut Architectures

 

 

Biomateriais – Tendência de mercado

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Experimentação, otimização e inteligência: novas matérias-primas desenvolvidas em prol da causa ambiental

 

No mundo, as edificações são responsáveis por grande porcentagem de emissão de CO2, considerando emissões diretas, indiretas e incorporadas (no ciclo de vida dos produtos de construção). Ao mesmo tempo, como é um setor que consome e ainda consumirá grande quantidade de materiais, carrega consigo a oportunidade de ajudar no enfrentamento às mudanças climáticas, priorizando e incentivando o uso de biomateriais.

Resíduos de cana-de-açúcar se convertem em plástico, folhas de cactos e ramos de cogumelos resultam em alternativas para o couro. Biomateriais podem ser definidos como aqueles de origem biológica, sendo os mais empregados na arquitetura e construção civil: madeira, bambu, plantas na forma de coberturas, fachadas e muros e outras fibras naturais como o sisal, cânhamo, linho, etc.

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Fachada Carabamchel Housing – FAG

Em um recente estudo publicado na Nature (CHURKINA et al. 2020) estima-se que uma adoção agressiva no uso de biomateriais estruturais nas edificações a ser empregado em novas construções, em todo o mundo, entre 2020 e 2050, tem o potencial de estocar de 7 a 60 GtCO2.  Além das estruturas, os biomateriais podem ser empregados em diversos elementos de uma edificação: paredes, revestimentos e até mesmo mobiliários. Em 2019 o termo biomaterial  foi incorporado ao vocabulário do design quando, na ocasião, foi eleito material do ano pelos organizadores do London Design Festival.

A Fundação Ellen MacArthur, organização internacional difusora dessa ideia, diz em seu guia de design que, manter os materiais dentro da cadeia produtiva pelo maior tempo possível colabora para frear a extração de recursos finitos e promover a regeneração de ecossistemas.

 

“O designer, hoje, deve se preocupar com a procedência e o destino dos ingredientes que usa em seu trabalho. Ele precisa planejar o descarte de suas peças, e como desmontar e reinserir cada parte delas no ciclo de fabricação” –  arquiteta Léa Gejer, fundadora da Flock, consultoria para projetos de design e arquitetura circulares, e sócia do site educativo Ideia Circular.

 

No guia sobre construções verdes publicado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) tem muitos exemplos com o uso de biomateriais, principalmente para casos no Brasil e na América Latina. O guia também mostra as principais vantagens, desvantagens e o que é preciso considerar quando se pensa em construir com esses materiais. O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) publicou um estudo especial que apresenta o papel do uso de biomateriais como uma das formas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Na elaboração de novos produtos, o mindset da colaboração responde por algumas das junções de talentos mais interessantes dos últimos tempos no desenvolvimento de biomateriais. Em Maceió, por exemplo, os designers Marcelo Rosenbaum e Rodrigo Ambrosio e o Instituto A Gente Transforma uniram forças com a comunidade de catadores de sururu do entorno da Lagoa de Mundaú, e especialmente com o artesão Itamácio Santos, para criar o cobogó Mundaú, elemento vazado que incorpora as cascas descartadas do molusco em uma manufatura semiartesanal. À nível internacional, a mescla entre os universos do design e dos biomateriais já rendeu frutos como o Desserto, couro vegano feito de cactos, o Carbon Tile, ladrilho de cimento e carbono capturado da poluição do ar, e o Mylo, tecido com aparência de couro composto de micélio (a parte fibrosa dos cogumelos).

 

Imagens Recorte MIDIAS Easy Resize com
Cobogó Mundaú

 

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Bio Concreto de Bambu – Vanessa Andreola

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Redação
Imagens: Divulgação, Itay Sikolski, FAG, Vanessa Andreola.

 

 

 

Nas ALTURAS

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Casa na árvore tem estrutura de container e utiliza 80% de materiais reciclados.

 

Criado para a contemplação da natureza, esse refúgio no interior de São Paulo tem projeto de Barros Assuane Arquitetura. Liderado por Daniel Assuane Duarte e Nádia Barros Assuane, conta com 257 m² divididos em três pavimentos. “A casa deveria se integrar com o meio, sem prejudicar as árvores nativas ao redor”, aponta o profissional. Por isso, ela é elevada do nível do solo, permitindo a preservação do solo original, sem prejudicar a drenabilidade e a dinâmica das raízes. A solução ainda permitiu que as janelas e varandas ficassem na altura das copas das árvores.

Construída com sistema modular em container marítimo, a casa suspensa ainda preza pela reutilização de materiais. “Praticidade e reciclabilidade foram os pontos fortes para a escolha deste sistema. O volume de material reciclado utilizado nesta obra chega a 80%”, afirma Daniel. No interior, a madeira de demolição foi escolhida como revestimento e as sobras dos recortes do container dão vida às portas. Buscando eficiência, o projeto conta ainda com ventilação cruzada e telhado verde, com sistema de reaproveitamento da água de chuva.

 

A premissa do projeto foi de uma casa de campo que se integrasse ao ecossistema do local, com sustentabilidade e reciclabilidade” – Barros Assuane Arquitetura.

 

Com estrutura de container marítimo, a casa suspensa de Barros Assuane Arquitetura conta com sombreamento durante todo o dia, por ser construída sob as árvores. Posicionada para privilegiar a ventilação cruzada e com sistema de isolamento nas paredes, possui um conforto térmico que dispensa ar-condicionado.

Além de preservar o solo original do terreno, a casa na árvore conta com telhado verde modular, de fácil manutenção. Além de proporcionar conforto térmico e integrar a casa com a natureza, ele conta com sistema de armazenamento de água de chuva, para minimizar a necessidade de irrigação. A madeira (SM Madeiras) foi escolhida como revestimento parcial da fachada. Unida com a estrutura metálica, conferiu um ar industrial e rústico para a casa.

 

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Os pilares metálicos (Gerdau) fazem a sustentação da construção. Seu sistema em “v” proporciona economia de concreto e área de fundações, pois gera uma única base para dois apoios. As fundações são do tipo rasas, uma vez que a casa é leve e o solo, firme.

A madeira (SM Madeiras) foi escolhida como revestimento parcial da fachada. Unida com a estrutura metálica, conferiu um ar industrial e rústico para a casa. Elementos náuticos, reaproveitados de navios já não mais navegantes,  remetem ao antigo uso do container e trazem bossa – como a escotilha da porta de entrada.

 

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Internamente, a madeira de demolição foi garimpada de fornecedores independentes, que reaproveitam o material de casas antigas. A planta privilegia as áreas comuns e varandas, com um conceito de integração. Rústica, mas acolhedora, conta com móveis e objetos decorativos da Kristalle e Amo Madeira. A iluminação, por sua vez, é da Leati.  Os ambientes possuem ventilação cruzada e amplas aberturas, para troca de ar e conforto térmico.

Chapas reaproveitadas dos recortes dos containers da estrutura da casa tornaram-se portas internas. A madeira de demolição também estrutura as divisões e foi escolhido por, além de ser um material reciclado, dispensar a necessidade de pintura. Todas as paredes da casa são isoladas com manta termo acústica, para maior conforto térmico.

 

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Mesmo nas áreas íntimas, a premissa foi de integração com a natureza, onde a casa se encaixa entre as árvores, como um quebra-cabeça. As grandes esquadrias, com porta de correr, levam a uma varanda com deck de madeira, para contemplação da vista. Todas as paredes da casa são isoladas com manta termo acústica, para maior conforto térmico.

A casa container é suspensa e dividida em três pavimentos. No total, são dois quartos – um no térreo, outro no segundo pavimento – com duas varandas com deck de madeira. A casa como um todo privilegia os espaços de estar, com jardim verde no segundo pavimento e na cobertura.

 

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tem as imagens separadas na pasta de foto Easy Resize com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Marcela Millan
Imagens: Celso Mellani

Conformo acústico e eficiência energética

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Projetos de acústica e luminotecnia para a sustentabilidade das edificações.

 

A área da construção tem buscando reduzir o impacto ambiental de suas atividades por meio do atendimento de critérios estabelecidos em diversas certificações, como o LEED, GBC Condomínio, Aqua-HQE, Well, EDGE, Fitwel, entre outros, e também as recomendações previstas na Norma de Desempenho. Nesse sentido, tanto o projeto de acústica quanto o de luminotécnica são importantes para cumprir os requisitos, mas também para levar bem-estar e conforto aos usuários desses empreendimentos. O tema foi tratado no workshop Abordagens sustentáveis nos projetos de Acústica e Luminotecnia no Brasil e na Europa, durante a BW Expo, Summit e Digital 2020, que terminou nesta quinta (19).

Para rever as apresentações, basta clicar aqui.

Para Paula Longato, líder da equipe de iluminação em Berlim e na Europa da BuroHappold Engineering, a sustentabilidade na área luminotécnica significa combinar e integrar a luz natural com o planejamento inteligente da luz elétrica, baseado em procedimentos simples e claros. Isso significa introduzir a luz do dia no interior dos espaços, aproveitando todos os benefícios desse recurso natural, aplicando a eletricidade quando necessário.

“O projeto deve criar uma infraestrutura flexível de luminotécnica, sendo adaptável para que possa ser usado em um mesmo ambiente, para diferentes usos, sem a necessidade de reformar todo o espaço. O objetivo é criar soluções que permita reutilizar os equipamentos de iluminação em boas condições e não os usar apenas uma única vez. Além de sustentável, é uma forma excelente de poupar recursos. Essa modalidade reduz o investimento dos usuários e fornece manutenção enquanto o contrato estiver em vigor.” – Paula Longato, líder da equipe de iluminação em Berlim e na Europa da BuroHappold Engineering.

Paula comentou sobre a evolução da indústria de iluminação nas últimas décadas, que desenvolveu produtos mais sustentáveis, ampliando seu ciclo de vida. Por isso, em sua apresentação, ela reforçou a necessidade de reparar e reutilizar esses equipamentos ou dar uma destinação adequada para quando chegar ao final do seu ciclo de vida. Outra possibilidade seria transformar o produto em serviço, por meio do aluguel desses produtos.

 

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Já na área de acústica, Andrea Destefani, Sócia e Líder de Acústica da Ca2 Consultores Ambientais Associados, ponderou que a maioria dos edifícios não está preparado para fornecer a experiência auditiva que o usuário gostaria de ter. O motivo é que as três principais fontes sonoras – externas, empreendimento e interna – precisam ser avaliadas em conjunto para fornecer o desempenho acústico correto, observando os pontos críticos depois da ocupação dos empreendimentos.

Segundo Andrea, a abordagem deve ser multidisciplinar, porque ele possui, por exemplo, interface com os facilities, a fachada, a luminotécnica e o conforto térmico. Um exemplo é quando há uma academia nos andares superiores do edifício, que pode gerar impacto vibracional ou de ruído em pavimentos inferiores. Já na questão da luz natural, a escolha do vidro precisa também ser pensada do ponto de vista acústico, assim como se a abertura das janelas emitirá muitos ruídos externos. Outro ponto tratado por Andrea foi quanto as certificações, que exigem um desempenho acústico adequado para a edificações.

“O arquiteto responsável pelo projeto da acústica precisa estar bastante envolvido com várias disciplinas para dar suporte e argumentações quando for necessário, além de verificar se tudo o que é requisitado na certificação está sendo atendido. O ideal é que o projeto seja integrado para obter um melhor resultado.” – Andrea Destefani, Sócia e Líder de Acústica da Ca2 Consultores Ambientais Associados

 

Acesse a palestra AQUI!!

 

 

 

 

 

 

 

Por Mecânica Comunicação Estratégica
Imagem: Divulgação e Sustentativa

Vencedores SUSTENTÁVEIS

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Conheça o Top 10 do COTE Awards 2020!

 

O Comitê de Meio Ambiente (COTE) do Instituto Americano de Arquitetos (AIA) premiou 10 projetos com soluções para a saúde e bem-estar, de pessoas e do planeta, vencedores do COTE Top 10 Awards 2020.

Para se qualificar para o COTE Top 10 Award, os envios de projetos individuais atenderam critérios rigorosos, que incluíam 10 medidas, como valores sociais, econômicos e ecológicos. A partir daí, um júri de cinco membros avaliou cada projeto com base na “eficácia de sua solução holística de design e métricas associadas às 10 medidas”.

O júri de 2020 incluiu: Robert Berkebile, FAIA, BNIM Architects; Roy Decker, FAIA, arquitetos Duvall Decker; William Horgan, associado AIA, Grimshaw; Vivian Loftness, FAIA, Universidade Carnegie Mellon; e Andrea Love, AIA, Payette.

Saiba mais em: www.aia.org

 

Biblioteca Central de Austin, Austin, Texas – Flato Architects + Shepley Bulfinch

“O átrio interior cheio de luz tornou-se uma sala de estar para a cidade, aberta à comunidade e a todos os grupos constituintes; o espaço é dinâmico e oferece muitas oportunidades para os cidadãos encontrarem o local certo para ler, estudar, conhecer ou trabalhar”.
Imagem: Nic Lehoux

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Porto de entrada terrestre nos EUA, Columbus, Novo México – Richter Architects

“Um porto de entrada é um tipo de construção desafiador. Os designers deste projeto não apenas enfrentaram este desafio, mas alcançaram mais ao nos mostrar como a arquitetura de qualquer tipo pode tornar os ambientes humanos saudáveis ​​e dignos. Este é um edifício pensativo e durável, feito para durar”.
Imagens: Robert Reck

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Centro e pré-escola ambiental da natureza, Newport Beach, Califórnia – LPA, Inc.

“Apresenta às crianças a sustentabilidade responsável desde cedo, e é um lugar onde as pessoas vão querer enviar seus filhos. Ele faz todas as coisas certas – água, biofilia, resiliência e fortes escolhas materiais”.
Imagens: Dover Drive – Cris Costea

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Sede da Etsy, Nova York – Gensler

“Tudo sobre os habitantes, o prédio e o uso do espaço está envolvido no investimento em sustentabilidade como um modo de vida. Este projeto é uma celebração da saúde e do artesanato, pega um tecido existente e o transforma em algo mais gratificante”.
Imagens: Garrett Rowland

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Centro da Fundação Ford para Justiça Social, Nova York – Gensler

“O novo design adiciona ajustes e mudanças ao seu planejamento, tornando-o mais público e equitativo. O jardim é restabelecido como um oásis público, que convida a comunidade e, seguindo os valores atuais da Fundação Ford, o edifício abre espaço para parceiros com ideias semelhantes em uma estrutura mais colaborativa”.
Imagens: Garrett Rowland

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Edifício de Design John W. Olver, Amherst, Massachusetts – Leers Weinzapfel Associates

“O espaço é possibilitado por um inovador sistema de treliças de madeira, que nos mostra como ir além dos sistemas CLT para criar espaços maiores. Seu pátio garante vistas e acesso ao campus a todos dentro do edifício e está bem integrado ao campus maior”.
Imagens: Albert Vecerka/Esto – Ngoc Doan / STIMSON

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Keller Center na Harris School of Public Policy, Chicago – Farr Associates e Woodhouse Tinucci Architects

“A abertura das placas do piso para criar um átrio comunitário maior e cheio de luz torna o interior expansivo. Essa intervenção de projeto nos ensina uma lição importante sobre como transformar esses grandes edifícios existentes em placas de piso em espaços saudáveis, desejáveis ​​e cheios de luz”.
Imagens: Tom Rossiter

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Centro de Educação Marinha do Laboratório de Pesquisa da Costa do Golfo, Ocean Springs, Mississippi – Flato Architects em associação com Unabridged Architecture

“O cuidado atencioso da equipe de design é mostrado em todos os lugares. O complexo é ordenado não por uma imposição de algum tipo de construção, mas por encontrar locais que causem danos mínimos e que estariam acima da planície de inundação e permaneçam inerentemente resistentes”.
Imagens: Casey Dunn

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The Six, Los Angeles – Brooks + Scarpa

“O pátio cria um espaço público protegido e fornece um porto comunitário para uma população vulnerável. Estratégias passivas são identificadas na escala do edifício e da unidade. As unidades estão cheias de luz e o pátio fornece ventilação”.
Imagens: Tara Wujcik

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UPCycle, Austin, Texas – Gensler

“A equipe de design aqui mostra como criar um projeto de reutilização excelente, saudável, sustentável e adaptável, com um orçamento apertado”.
Imagens: Dror Baldinger

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Fonte: AIA

 

Infraestrutura VERDE

chuttersnap unsplash x

Design biofílico e construção sustentável.

 

 

O resgate do contato com a natureza em meio ao cinza urbano é transformador. Muito além de uma tendência na arquitetura sustentável, o design biofílico está transformando cidades, vidas e organizações e, essencialmente, se propõe a trazer a natureza para dentro dos projetos de construção. Seu impacto vai além da estética e se reflete diretamente no bem-estar dos seres humanos. Dentre as inúmeras soluções para uma bioconstrução, merece destaque sistemas que visam possibilitar a reutilização da água para fins não potáveis.

A implementação de telhado ecológico em residências oferece inúmeras vantagens, dentre elas a redução da poluição do ar, o conforto térmico e acústico. Um ponto importante a ser observado nesse sistema é local de instalação e a impermeabilização. Em suma, precisa contar com as seguintes camadas: laje, manta impermeabilizante, barreira contra raízes, sistema de drenagem, tecido permeável, terra e, por último, a vegetação.

À exemplo, a Ecotelhado® apresenta um modo eficiente de reúso para uma arquitetura sustentável, o Sistema Integrado de Reciclagem de Água Urbana, que funciona da seguinte forma: o esgoto doméstico, papel higiênico resíduos orgânicos e águas cinzas são coletados e enviados para tratamento no Vermifiltro®, um reator biológico composto de minhocas e micro-organismos onde as impurezas são digeridas sem gerar odor, que retém o material sólido, funcionando também como um filtro.

O efluente líquido vai para a torre verde, onde a água percola, fornecendo oxigênio ao efluente pré-tratado antes de chegar ao Ecotelhado/Wetland, que pode ser instalado tanto em laje plana quanto no nível do solo, dependendo do volume de efluente a ser tratado e área disponível. Nesta fase do sistema, as plantas e bactérias alocadas em suas raízes fazem o tratamento secundário da água (para reutilizar a água tratada nos vasos sanitários aconselha-se um sistema terciário de filtragem e cloração, conforme recomenda a NBR 13969). Mesmo que a opção seja apenas a substituição de uma fossa séptica, o Vermifiltro® dispensa a retirada de lodo e evita que a matéria orgânica com poluentes vá para rede pública.

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O Sistema, além de ser ecologicamente sustentável pois permite a utilização das tecnologias verdes sem a necessidade de desperdiçar água potável para irrigação, também é economicamente vantajoso. O investimento tem retorno em uma média de 2 a 3 anos devido a dois fatores: a economia de água gerada pela reutilização; e a economia de energia em climatização, devido ao conforto térmico propiciado pela utilização do Ecotelhado®. Ambos os materiais como Vermifiltro® cilíndrico, grelha de pavimento natural e cone de Ecodreno são produzidas em material reciclado.

A implementação de telhado ecológico em residências oferece inúmeras vantagens, dentre elas a redução da poluição do ar, o conforto térmico e acústico.

Pode ser aplicado em residências; edifícios comerciais e residenciais, restaurantes; instituições d e ensino; indústrias; hotéis, resorts, clubes.

 

Sistema Integrado 

 

Vermifiltro®

Responsável por reter a matéria orgânica, possui camadas filtrantes compostas por uma grelha de pavimento natural e uma membrana de fibra PC. Essas camadas abrigam minhocas, que transformam resíduos em matéria orgânica, que poderão ser usados posteriormente como adubo.

Para residências até 15 pessoas é utilizado Vermifiltro® cilíndrico, suas dimensões aproximadas são: Diâmetro 1,5m e Altura 1,5m.

Para volumes maiores é dimensionado o tamanho necessário, ele deverá ser projetado conforme especificação podendo ser em alvenaria ou concreto.

 

Torre verde

Dispositivo que recebe o efluente líquido que sai do Vermifiltro®. Composto principalmente de carvão vegetal, que serve para percolação da água antes de ir para o Ecotelhado/Wetland.

Sua altura e diâmetro variam conforme projeto.

 

Ecotelhado/Wetland

Seu principal elemento é o Cone de Ecodreno, que proporciona uma lamina de água abaixo das plantas, onde as raízes e bactérias fazem o tratamento da água, cada cone possui 18 cm de altura, podendo conectar dois para formar uma lamina de água maior.

As dimensões dos elementos do sistema variam conforme projeto, visto que cada edificação tem um volume diferente de efluentes gerados.

 

large Sistema Integrado

 

 

 

 

 

Por Redação

Imagens: Divulgação Ecotelhado®

 

 

Design Fundamental

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Proposta de instalação de laboratório no Reino Unido explora o potencial de Biomaterial no desenvolvimento urbano.

 

 

Investigando a relação entre crise ambiental e a atividade arquitetônica, o arquiteto Kyle Crossley propõe o “DAMAGED EARTH”, complexo laboratorial localizado em Castlefield, Reino Unido. O projeto explora a bio-regeneração como uma ferramenta para o desenvolvimento urbano futuro, usando sistemas naturais para a criação de energia renovável, alimentos e materiais biológicos, mitigando os efeitos adversos das mudanças climáticas.

As ameaças ao clima são existenciais e os edifícios são extremamente cúmplices. No Reino Unido, consomem  40% da energia e representam quase metade das emissões globais anuais de GEE (gases de efeito estufa). O dióxido de carbono (CO2) é o principal agente da mudança climática, tornando tais construções, por associação, profundamente responsáveis. Algumas dessas conseqüências incluem invernos mais úmidos, elevação do nível do mar, inundações extremas, ondas de calor e secas.

 

“A mudança climática é o problema de design fundamental do nosso tempo. Como arquitetos somos confrontados com uma escolha: podemos refazer nossos edifícios ou continuar os negócios como de costume e viver com as consequências.” – Kyle Crossley, arquiteto.

 

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DAMAGED EARTH foi projetado para suavizar as mudanças climáticas usando purificadores de ar naturais, recursos de energia renovável e soluções alimentares sustentáveis. As três principais instalações incluem centros de pesquisa baseados em algas em ambos os sistemas de fachada para criar biocombustíveis, bem como fazendas de algas para experimentação nutricional.

 

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Instalação de crescimento colaborativo

 

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Laboratório de crescimento de materiais biológicos

 

O projeto também incluirá instalações de pesquisa, investigando biomateriais inovadores que possam ser usados ​​e cultivados na própria arquitetura. Novas ideias serão testadas, fornecendo as condições específicas de crescimento da vegetação em suas várias fachadas, enquanto vários laboratórios também atenderão às necessidades de cientistas especialistas que irão trabalhar, ensinar e descobrir tecnologias para combater o aquecimento global.

 

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Biblioteca – espaço de trabalho compartilhado

 

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Instalação de filtragem de algas

 

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Instalação de tratamento de alimentos – algas

 

 

 

 

Por Redação
Imagens: Kyle Crossley

ALTO PADRÃO, baixo impacto

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Utilizar as inclinações do terreno e a incidência solar para otimizar o projeto garantiu iluminação e ventilação naturais, além de uma bela vista à residência de 600 m². 

 

Antigos conhecidos do escritório Sesso e Dalanezi, os moradores paulistanos adquiriram um novo terreno em Itatiba, no interior de São Paulo, para a construção da casa de veraneio da família. Os arquitetos construíram a casa em módulos, deixando a área íntima avançar em balanço sobre o terreno, o que permite ter vista panorâmica da cidade e também para a área de lazer, localizada entre as alas íntima e social, em um platô inferior, acessado por passarelas. 

 

“Participamos do projeto desde a compra do lote e identificamos que a implantação deveria obedecer a um estudo solar para melhor aproveitamento da luz natural e funcionamento das placas fotovoltaicas, além de criar um espaço onde a vista pudesse ser contemplada de camarote. ” – Marcelo Sesso.  

 

Além de um cronograma racional para causar baixo impacto à natureza local durante a construção e evitar desperdícios de materiais, os proprietários também solicitaram alguns recursos ecológicos, como a captação de águas pluviais para o uso doméstico, através da automação para otimização da água e economia de energia. A aquisição de produtos como madeira de demolição de fornecedores locais, revestimentos e mobiliário recicláveis ou de reflorestamento também são parte dos aspectos sustentáveis desta obra. As áreas interna e externa, são revestidas pelo cimentício Etrusco, da Castelatto, que oferece bom escoamento e é produzido com técnicas e materiais ecológicos. 

A construção se divide em dois blocos, que delimitam a ala social – em alvenaria com acabamento – e a íntima revestida com ripas de madeira cumarú. Neste bloco, as portas correm para dentro dos painéis e ficam camufladas. 

 

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O bloco social é aberto, com um amplo caixilho e uma laje projetada pela engenharia, para não haver pilares na varanda. Os materiais são sempre naturais, como a pedra Guarujá que reveste a área gourmet e as ripas de Cumarú no forro. 

A sala de estar e jantar são privilegiadas pela iluminação zenital, proveniente dos vãos fechados com vidro, próximos ao forro. Um recurso sustentável, pois banha o ambiente com luz natural evitando o uso da luz elétrica durante o dia. 

 

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Pequenas espécies de samambaias compõem uma parede verde, que reveste o módulo inferior da casa. O paisagismo é assinado pela Raízes Paisagem & Jardim, da paisagista Vânia Felchar e o mobiliário de varanda é da MAC Móveis. 

A horta oferece temperos frescos aos proprietários, que tem a gastronomia como um hobby. No bloco ao lado, está a academia particular e o home office, onde as placas fotovoltaicas captam a luz solar para transformá-la na energia elétrica que abastece parte da casa. 

 

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“Nossos projetos refletem o que acreditamos como arquitetura comportamental. Nossas experiências nos fazem viver e aprender com a arquitetura. Imprimimos tudo isso a cada traço, contribuindo para o bem-estar dos nossos clientes.” – Sesso e Dalanezi. 

 

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Por Redação
Imagens: Divulgação

 

Refúgio litorâneo

Com arquitetura contemporânea, casa foi desenvolvida com novas tecnologias de projeção e preceitos sustentáveis. 

 

 

A Praia do Forte na Bahia é conhecida por sua tranquilidade e riquezas naturais, onde a fauna e a flora são totalmente preservadas. Todo esse cenário foi a base para criar o projeto que soma 293 m², realizado pela M100 Arquitetura. A integração entre a paisagem e a arquitetura é evidente em toda parte da casa, que possui um jardim interno apelidado pelos clientes de “jardim das bananeiras”, com vegetação remanejada do próprio terreno, espaço ideal para a contemplação.

 

“A residência exigia praticidade, conforto e sustentabilidade, escolhas resistentes à maresia e que pudesse trazer a longo prazo para os moradores a redução dos custos mensais.” – Renan Saturnino, arquiteto. 

 

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No forro foi utilizado a talisca palha de dendê, produzida por artesãos locais.

 

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Material simples que traz identidade para o projeto.

 

O grande desafio para os arquitetos foi a inserção de tecnologias sustentáveis, que foram implantadas a partir da limpeza do terreno realizada manualmente, na instalação de sistemas de captação e reaproveitamento das águas pluviais, no uso de um sistema de aquecimento solar e na escolha de materiais locais para acabamento interno. 

 

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Os sófas da Saccaro complementam o espaço que transparece conforto a partir do pergolado de madeira.

 

A ventilação cruzada no interior desse refúgio litorâneo foi definida à partir das esquadrias, que vão do chão ao teto, trazendo melhorias no conforto térmico e no aproveitamento da luz natural. A projeção com softwares BIM, como o Revit e Archicad, contribuiu diretamente para a concepção do projeto. 

 

“Esta tecnologia permite a visualização de detalhes como acabamentos, texturas e revestimentos, o que traz segurança para o cliente, que consegue imergir na experiência de um passeio virtual pela casa, antes mesmo de ser construída.” – Renan Saturnino, arquiteto. 

 

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A piscina tem início no limite da varanda, cercada pelo gramado e pelas plantas de espécies nativas do terreno.

 

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As fachadas foram produzidas pela Demuner Marcenaria, a partir de madeiras de lei, conforme as diretrizes de sustentabilidade do projeto.

 

 

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Por Redação
Imagens: Divulgação