EFICIÊNCIA comprovada!

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Conheça as principais certificações ambientais e pelos selos de sustentabilidade para a construção civil.

 

A construção civil é um grande gerador de resíduos e emissor de gases de efeito estufa. Com o objetivo de incentivar mudanças no setor para reduzir os impactos gerados, vários países desenvolveram sistemas de certificação ambiental para edificações. Também conhecidos como “selos verdes”, os selos ambientais tem a função de atestar sustentabilidade e são voltados principalmente para questões relativas a impactos ao meio ambiente e consumo de recursos naturais. Infelizmente, a indústria da construção contribui com uma quantidade significativa de resíduos de obra e demolição, e representam a maior parcela do uso final global de energia e das emissões de CO2 relacionadas à energia. 

Um dos desafios da agenda 2030 — que corresponde ao conjunto de programas, ações e diretrizes que orientarão os trabalhos das Nações Unidas e de seus países membros rumo ao desenvolvimento sustentável — é construir cidades cada vez mais sustentáveis e ambientalmente eficientes. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são metas estabelecidas pela ONU e relacionadas aos principais desafios para o desenvolvimento econômico e social do planeta. Muitas dessas metas estão relacionadas aos impactos causados pelas atividades do mercado de Engenharia e Construção. Incorporadoras e construtoras estão apostando em selos de certificação sustentável como posicionamento de marca, já que traz um viés de qualidade por se tratar de um empreendimento certificado e fortalece a credibilidade, atestando a responsabilidade social e ambiental.

Dentre os principais benefícios alcançados ao construir edifícios verdes é justamente a economia significativa em consumo de energia, aquecimento e refrigeração durante a vida útil do edifício. Certificações valorizam o valor do edifício sustentável, identificando uma propriedade que reduziu as despesas operacionais, aumentando a satisfação do ocupante e apresentando reduções significativas: despesas com resíduos; despesas de energia; despesas de água; despesas de financiamento; custos de manutenção e reparo; custo de seguro; custo de financiamento; taxa de ocupação; rent premium e valor da propriedade. 

“Há anos o SindusCon-SP apoia e incentiva o uso de fontes renováveis alternativas, defende a democratização de geração energética e o consumo racional de água e energia em projetos, edificações e uso final dos empreendimentos imobiliários. Para ser considerada sustentável, uma construção precisar ter olhar para alguns quesitos e pensar em vários aspectos; a escolha dos materiais, a escolha dos sistemas construtivos e, por fim, como será definido o próprio empreendimento.” – SindusCon-SP

Grande desafio ao adotar estratégias de design sustentável tende a ser o custo associado à seleção de materiais e sistemas construtivos que atendam aos critérios do sistema de classificação, e o mercado geralmente não está preparado para todos as estratégias ecológicas determinadas. Equipes operacionais de construções mais sofisticadas também podem não estar preparadas para executar sistemas mais avançados e um treinamento adequado acaba gerando custos ao proprietário. No Brasil, existem diversos sistemas de classificação que atendem a diferentes tipos de projetos ou objetivos e diferem em seu foco e aplicações.  Por meio delas estabelece-se métricas e atinge-se patamares superiores comparado à construções sustentáveis tradicionais. 

 

LEED

Os projetos que buscam a certificação LEED – Leadership in Energy and Environmental Design – são analisados por 8 dimensões. Todas possuem pré-requisitos (práticas obrigatórias) e créditos (recomendações), que a medida que atendidos, garantem pontos à edificação. O nível da certificação é definido, conforme a quantidade de pontos adquiridos, podendo variar de 40 a 110 pontos. Os níveis são: Certificado, Silver, Gold e Platinum. A certificação LEED pode ser aplicada a diversos tipos de projetos, em qualquer fase da construção, incluindo novas construções, reformas, operação e manutenção. As tipologias variam entre: BD+C (Novas Construções), ID+C (Design de Interiores), O+M (Edifícios Existentes) e ND (Bairros). Avaliando um empreendimento em diversas categorias, é o selo ecológico com maior reconhecimento a nível internacional, sendo adotado nos cinco continentes.

Para obter a certificação LEED é preciso que o projeto esteja registrado junto ao USGBC. No Brasil, quem fornece essa certificação, adaptada de acordo com as condições e realidade do país, é o GBC – Green Building Council Brasil, dentre outras certificações. 

“Nossa missão é transformar a indústria da construção civil e a cultura da sociedade em direção à sustentabilidade, utilizando as forças de mercado para conduzir a adoção de práticas de green building em um processo integrado, contribuindo para garantir o equilíbrio entre desenvolvimento econômico, impactos socioambientais e uso de recursos naturais.” – Green Building Council Brasil.

AQUA-HQA

O selo foi desenvolvido a partir da certificação francesa Démarche HQE (Haute Qualité Environnementale) e aplicado no Brasil exclusivamente pela Fundação Vanzolini. Avalia o desempenho ambiental de uma construção por sua natureza arquitetônica e técnica, bem como pela gestão de projeto, e estrutura-se em dois instrumentos principais: o Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE) e o referencial de Qualidade Ambiental do Edifício (QAE). As fases analisadas são programa, concepção, realização da obra e uso do edifício. O desempenho associado pode ser Bom, Superior ou Excelente. São emitidos 6 tipos de certificação: Edifícios Habitacionais; Escritórios e Edifícios Escolares; Renovação; Hospedagem, Lazer, Bem Estar, Eventos e Cultura; Bairros e Loteamentos e os benefícios de um empreendimento com o selo AQUA são os seguintes: a qualidade de vida do seu usuário, a economia de água, a energia elétrica, a disposição de resíduos e respetiva manutenção e a contribuição para o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental da localização em que se insere.

 

WELL

A certificação ambiental WELL é o primeiro que se foca na saúde e no bem-estar dos usuários, sendo um complemento e uma alternativa às outras certificações ambientais. Criado pelo International Well Building Institute em 2015 parte da premissa de que o maior custo de uma edificação comercial são das pessoas que as habitam. Em três níveis de certificação, Prata, Ouro e Platina, a classificação final é calculada a partir de 102 características descritivas, divididas em sete áreas de avaliação, como o ar, água, alimentação, iluminação, saúde física, conforto e mente.

 

PROCEL

PROCEL Edifica é um selo ambiental desenvolvido pela ELETROBRAS/PROCEL, dirigido a edifícios comerciais de serviços ou públicos e residenciais, com o objetivo de promover a eficiência energética e é uma das certificações ambientais que classifica o desempenho da construção. São incentivados projetos que estimulem e aproveitem a iluminação e ventilação natural dos edifícios, na busca por combater o desperdício, assim como reduzir custos e os investimentos setoriais. O Selo Procel Edificações é outorgado tanto na etapa de projeto, válido até a finalização da obra, quanto na etapa da edificação construído, sendo avaliados três sistemas: envoltória, iluminação e condicionamento de ar.

 

SELO CASA AZUL

O Selo Casa Azul é uma classificação socioambiental dos projetos habitacionais financiados pela Caixa Econômica Federal. Foi o primeiro sistema de certificação criado para a realidade da construção habitacional brasileira e é um instrumento de classificação destinado a propostas de empreendimentos que adotem soluções eficientes na concepção, execução, uso, ocupação e manutenção das edificações. São elegíveis projetos novos em fase de análise ou já analisados e contratados, desde que a obra ainda não tenha sido iniciada.

 

BREEAM

BREEAM são as iniciais de Building Research Establishment Environmental Assessment Method, um selo de certificação ambiental de edifícios criado em 1990 com base em critérios relacionados com o bem-estar ambiental, aos quais atribui uma pontuação que varia entre os resultados de aprovação, como: Bom, Muito bom, Ótimo e Excelente. Sendo a principal certificação ambiental de edifícios utilizada no Reino Unido atualmente está disseminado nos cinco continentes e avalia todas as fases do empreendimento de construção, considerando o consumo de menos energia e água, a contaminação resultante do empreendimento, os materiais utilizados, a saúde e o bem-estar de todos os envolvidos direta e indiretamente, o transporte, a gestão de resíduos, o uso do terreno e a também a inovação empregada.

 

EDGE

A certificação Edge – Excellence in Design for Greater Efficiencies – é uma certificação para edifícios sustentáveis, focada em questões que mais causam impacto ambiental na construção civil, considerando 3 categorias: consumo de energia, consumo de água e na energia incorporada nos materiais. Presente em 150 países, ele certifica 6 tipologias de projeto e tem como objetivo incentivar a prática sustentável em empreendimentos de países emergentes. O EDGE é composto por um software que roda em uma plataforma web, uma norma, e um sistema de certificação de sustentabilidade e pode ser acessado gratuitamente, permitindo a avaliação de um projeto de construção de acordo com uma linha de base, apropriada e calibrada ao país em questão. Mais simplificado, o sistema eliminou o comissionamento de gestão de resíduos, de obra, de controle de erosão e poluição durante o período da construção e possui uma ferramenta online onde é possível imputar dados relativos à eficiência energética e hídrica, como orientação solar de vidro, brise, materiais de cobertura e fachada, desempenho de sistemas de ar condicionado, impactos no consumo de água, e assim por diante. Para que você obtenha a certificação, precisa ter minimamente um desempenho em 20% menor de energia, 20% melhor em consumo de água e 20% a menos de energia incorporada nos materiais, em comparação com um edifício referência de mesma localidade, no caso do Brasil. 

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Mas boas práticas vão além da certificação! Não adianta só se falar em economia de energia e de água se o empreendimento não preenche todos os requisitos básicos desde a sua concepção, e para isso é preciso pensar na certificação desde o projeto em um contexto geral e não só em alguns itens. É antecipar soluções que evitem a criação de um problema e não lidar com ele quando já existente, e incentivar a adoção de práticas que contribuam ao real valor de se aplicar a sustentabilidade na construção civil. O reconhecimento por meio das certificações deixam claro quais são as especificidades necessárias no quesito ecológico. A certificação ambiental atesta que as construções são saudáveis para o meio ambiente, com critérios sustentáveis para os edifícios, uma vez que eles são os grandes consumidores dos recursos naturais.

A CM buscou maiores informações sobre processos com o CTE – Centro de Tecnologia de Edificações, uma empresa de consultoria e gerenciamento especializada em qualidade, tecnologia, gestão, sustentabilidade e inovação para o setor da construção atuando de forma integrada em 8 áreas.  

Dentre as valorizações já citadas, a implantação de boas práticas de governança tem sido primordial. Para as empresas, aderir aos padrões ESG – Environmental, Social and Governance, é uma oportunidade de buscar sustentabilidade a longo prazo, conquistar mais eficiência nas operações e elevar a resiliência durante crises. Estratégias ESG estão deixando de ser uma tendência para virar algo mandatório. “Ao implantar o sistema é preciso considerar aspectos como mudanças climáticas, gestão da água e da energia, riscos ambientais, qualidade urbana e uso do solo, entre outros pontos. No âmbito social, as empresas precisam estar atentas a aspectos como direitos humanos, relações de trabalho, diversidade e equidade, além de relações com a comunidade. Na dimensão da governança, por sua vez, são trabalhados temas como estrutura de compliance, gestão de crises e planos de contingência, segurança e proteção de dados, etc.” – explica Roberto de Souza, CEO do CTE.  

“Uma adesão bem-sucedida ao Sistema ESG requer condução da alta administração das empresas, consolidada em um documento de referência, com o detalhamento das diretrizes, requisitos e indicadores. A partir desse referencial, podemos estabelecer padrões e ferramentas de controle para garantir a implementação do ESG, a identificação de não conformidades e a adoção de ações corretivas, preventivas e de melhoria.”-  CTE

 

 

 

 

 

 

 

Por Redação
Imagens: Divulgação

Guardian Glass lança vidro de controle solar!

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SunGuard Âmbar confere estética diferenciada e conforto térmico a projetos comerciais e residenciais.

 

A diferenciação estética é um dos quesitos que os projetos arquitetônicos mais buscam para se destacarem e se tornarem referênciassem deixar de lado o conforto e o bem-estarbenefícios fundamentais, principalmente, em locais como as residências e os ambientes de trabalho. Pensando nisso, Guardian Glass lança o novo vidro de controle solar SunGuard Âmbar. Com tonalidade âmbar/bronze, o produto chega para suprir a demanda crescente da arquitetura comercial e residencial por vidros com grande impacto estético, que aliam conforto térmico e a economia de energia. Além disso, o produto possui uma excelente combinação entre entrada de luz e bloqueio de calor e baixos índices de reflexão interna e externa, o que também é uma tendência nos projetos. 

Renato Sivieri, diretor de marketing da Guardian Glass, explica que nesta busca pela diferenciação o tom âmbar vem ganhando a preferência entre arquitetos e construtores, especialmente, por estar alinhado com a tendência de cores inspiradas pela beleza da natureza.

O SunGuard Âmbar chega para mudar a forma como enxergamos os horizontes da arquitetura, agregando poder, requinte e sofisticação para que cada projeto seja único. Temos desenvolvido vidros com valor agregado pensando nas necessidades dos nossos clientes e parceiros, em relação à variedade estética – que está em alta neste momento –, a flexibilidade de design, a eficiência energética e o bem-estar dos consumidores.” – Renato Sivieri, diretor de marketing da Guardian Glass. 

Além da cor diferenciada, o vidro bloqueia 51% do calor, permite a entrada de 44% de luz solar no ambiente interno, e possui índices de reflexão externa de 14% e reflexão interna de 13%. Protege ainda móveis, tapetes e pisos contra os raios do sol, sendo ideal para fachadas, janelas, portas, sacadas, varandas, coberturas e também pode ser aplicado em móveis e decoração de ambientes. SunGuard Âmbar utiliza como base o vidro incolor e seu acabamento pode ser monolítico, temperado, laminado e insulado, o que confere ao produto mais versatilidade de aplicação. 

O produto, que é produzido na unidade da Guardian Glass em Porto Real (RJ), integra a Série Solar, da linha SunGuardque reúne vidros que bloqueiam o calor e os raios UVA e UVB, proporcionam melhor aproveitamento da luz natural e contribuem para o conforto térmico e redução do consumo de energia elétrica. Integram também a Série Solar os vidros Neutral 14, Silver 20, Silver 32, Neutral Plus 41, Chrome, Royal Blue 20, Royal Blue 30, LB32, ReflectGuardian, além do ClimaGuard SunLight. 

 

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Para ajudar construtores, processadores e arquitetos a encontrarem as melhores soluções e estratégias para cada tipo de obra, a Guardian Glass possui uma equipe de gerentes técnicos dedicados auxiliar na especificação de vidros de controle solar do ponto de vista da pesquisa, de design e desempenho. Este serviço de consultoria, que já é prestado presencialmente, está disponível agora de forma remota.

Acesse a consultoria online AQUI.

 

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Fonte: Guardian Glass
Imagens: Divulgação

Sinuoso HORIZONTE

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Projeto resgata técnica ancestral e incorpora terra retirada do próprio terreno.

 

 

Os clientes deste projeto, idealizado pelo arquiteto Guilherme Paoliello,  fizeram apenas dois pedidos especiais: um espaço mais isolado da casa para a prática de yoga e uma adega generosa, já que possuem uma pequena produção de vinho. A construção da casa de 702,64 m² e 2 pavimentos, localizada na Serra da Mantiqueira, em São Paulo, se deu de forma alongada e sinuosa, conformando um “S” aberto que se encaixa perfeitamente no relevo quase sem movimentação de terra, com vista para o horizonte sobre a mata nativa adjacente.

A residência utiliza técnicas construtivas adaptadas ao local e de baixo impacto ao meio ambiente. Toda a terra gerada pela movimentação da terraplenagem e proveniente das escavações das fundações foram aproveitadas no embasamento, com paredes de terra socada na técnica ancestral revisitada da taipa de pilão, escolha que também ajuda a manter a temperatura ideal para armazenagem dos vinhos. A casa dispõe de sistemas sustentáveis próprios, como aquecimento solar, geração de energia fotovoltaica, captação e reaproveitamento das águas pluviais, o que torna esta construção praticamente autossuficiente em consumo de água e energia elétrica.

 

“O diferencial do projeto está justamente no sistema construtivo utilizado. As paredes de taipa, além de serem sustentáveis por reaproveitarem a terra retirada do próprio terreno, também auxiliam na questão térmica da armazenagem do vinho, algo solicitado pelo cliente.”- Guilherme Paoliello, arquiteto.

 

Pelo formato e topografia do terreno, a implantação da construção se deu de forma alongada, em três seções de reta conformando um “S” aberto. Desta forma, a construção se encaixa no relevo quase sem movimentação de terra, conformando o programa de maneira linear.

 

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Todos os ambientes da casa se voltam para o fundo do lote, com magnífica vista do horizonte. Na face oposta, voltada para a rua de acesso, um paliteiro de madeira, ao longo de toda a fachada, protege de maneira leve e não totalmente opaca os ambientes da casa, preservando sua privacidade.

Sem pilares, foram projetadas duas vigas de concreto longitudinais com balanços simétricos, para distribuir as cargas de maneira uniforme sobre as paredes de taipa no pavimento térreo. A estrutura de madeira laminada colada em eucalipto do pavimento superior repousa suavemente, através de uma sequência modular de vigas transversais de madeira, sobre as vigas de concreto.

 

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No pavimento superior, de um lado os dormitórios e banheiros e de outro o espaço de convívio social, bastante transparente para a vista. Aqui, com todas as funções integradas e abertas, reforçando a ideia do compartilhamento de atividades, desfrutando da paisagem e do horizonte variado.

Toda a estrutura foi montada rapidamente e coberta com telhas metálicas “sanduiche” (camada dupla de chapas metálicas com miolo de poliuretano expandido) protegendo desta forma as paredes e a estrutura de madeira das intempéries. As telhas metálicas se apresentam integralmente na arquitetura como cobertura e forro interno dos espaços, a camada superior foi pintada na cor terracota e na face inferior interna aos ambientes da casa foi pintada de branco.

 

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CK F terreo page

 

 

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Por Redação
Imagens: Manuel Sá

 

 

Tégula fabrica 1ª telha fotovoltaica de concreto do Brasil

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1ª telha fotovoltaica de concreto do Brasil recebe registro do INMETRO e começa a ser produzida pela Eternit.

 

A Eternit – companhia especializada no fornecimento de matérias-primas, produtos e soluções para o setor de construção civil, e líder de mercado no segmento de coberturas – recebeu no início deste mês o registro do INMETRO para a telha fotovoltaica de concreto BIG-F10 – 1ª telha de concreto com tecnologia desenvolvida no Brasil, que capta energia solar para a produção de energia elétrica a partir de células fotovoltaicas aplicadas diretamente nas telhas, sem a necessidade de painéis adicionais. O modelo já tinha aprovação do Instituto e agora está certificado sob o registro 005443/2020.

A Tégula Solar, empresa que pertence ao Grupo, iniciou a produção sob demanda na fábrica de Atibaia, no interior paulista, para projetos-pilotos em parceria com clientes selecionados em locais residenciais, comerciais e de agronegócio. Com capacidade total de 11 MWp/a (ou 11 Megawatts-pico ao ano) em geração de energia, a unidade recebeu a instalação de equipamentos nacionais e importados, e adaptou sua infraestrutura para a fabricação da nova linha de produtos de alta tecnologia. A comercialização para o grande público em todo o país está prevista para o primeiro semestre de 2021.

 

“Somos a única companhia brasileira a produzir localmente um produto revolucionário que irá ajudar a diminuir o consumo de energia tradicional de forma ecológica, ao mesmo tempo em que promove eficiência no uso.” – Luís Augusto Barbosa, presidente do Grupo Eternit.

 

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Cada telha de concreto da Eternit Solar produz 9,16 watts e tem dimensão de 365 x 475 mm. A capacidade de produção média mensal de uma única telha é de 1,15 Kilowatts hora por mês (kwh/mês). A estimativa é que essa tecnologia seja vantajosa para o consumidor ao permitir entre 10% e 20% de economia no valor total da compra e da instalação das telhas fotovoltaicas, em relação aos painéis solares montados em cima de telhados comuns. O retorno sobre o investimento ocorre dentro de um período relativamente curto, de 3 a 5 anos, dependendo do sistema.

O número de telhas fotovoltaicas necessário para uma residência vai depender da quantidade de energia que se deseja produzir, da localização do imóvel, inclinação e orientação com relação ao sol, entre outros fatores. Uma residência pequena pode ter em torno de 100 a 150 telhas fotovoltaicas de concreto. Casas de médio e alto padrão, de 300 a 600 unidades ou mais. O restante do telhado é feito com telhas comuns, complementadas com acabamentos como cumeeiras, laterais, espigão do mesmo modelo, com mesmo material e encaixes perfeitos, garantindo a melhor estética do telhado.

 

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Fonte: Tégula
Imagens: Divulgação

Viva a convivência!

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Projeto da nova área de lazer do Grande Hotel Senac São Pedro une sustentabilidade e desenho universal.

 

Pensado para conectar a sede do Grande Hotel Senac São Pedro à área de piscina, o projeto da nova área de lazer do empreendimento foi liderado por Adriana Levisky, do Levisky Arquitetos. “Buscamos ampliar, integrar e qualificar as opções de recreação, convivência e lazer, com mobilidade e conforto, para atender as diversas faixas etárias dos hóspedes”, indica a arquiteta. Localizado em Águas de São Pedro, no interior de São Paulo, e com uma área construída de 1.500 m² e um parque com mais de 15 mil m², o projeto está em uma área de vale e se beneficia da topografia do terreno. As edificações são conectadas por praças, que se integram a decks e ambientes pensados para atividades lúdicas.

Preservação ambiental e sustentabilidade foram preocupações de Adriana Levisky. “A volumetria do novo conjunto construído foi concebida em sintonia com a topografia e está integrada à paisagem do entorno, respeitando o histórico do terreno e da edificação. Ao revisitá-la sob a ótica da sustentabilidade, destaca-se a escolha de materiais e soluções construtivas que permitem a racionalidade no canteiro de obras, o que evita desperdícios e minimiza a quantidade de resíduos”, explica. O projeto ainda atende às diretrizes de desenho universal, buscando a acessibilidade e favorecendo a mobilidade.

 

“Premissas de sustentabilidade, preservação ambiental e acessibilidade estão presentes em nosso trabalho, envolvendo desde a fase de obras até o momento de uso dos espaços” – Adriana Levisky, de Levisky Arquitetos.

 

A área de lazer projetada pelo escritório Levisky Arquitetura surgiu para promover a interação entre dois blocos, antes segregados, do hotel, que tem construção original de 1930. Com vasto terreno, de 15 mil m², conta com áreas construídas que se conectam a parques e espaços abertos.

 

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O hotel ganhou um parque aquático projetado para atender a diferentes idades, com brinquedos que estimulam a diversão e oferecem total acessibilidade e conforto. As regiões alagadas contam com piso antiderrapante (EPDM), térmico e macio, para segurança dos pequenos.

 

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A madeira e o concreto são materiais de destaque no projeto, garantindo uma construção eficiente no conforto térmico e acústico. A ideia foi trazer um fechamento periférico leve e sutil, aproximando as edificações da natureza que a circunda.

O projeto de paisagismo foi assinado pelo escritório Fany Galender Arquitetura e Paisagismo  e preservou as árvores existentes no terreno. Novas espécies foram plantadas, para trazer ainda mais vigor. As construções contam ainda com uma laje de cobertura com piso elevado, que também recebeu um jardim – algo que também auxilia no conforto térmico.

 

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Detalhe arquitetônico e que também serve para a diversão dos pequenos, o painel de madeira cumaru, certificada, ganhou um formato sinuoso. As áreas construídas ora são sombreadas por pergolados, ora descobertas e arborizadas, permitindo integração com o paisagismo. Revestimento interno em porcelanato é da Portobello.

Nos ambientes internos, a profissional optou por módulos que permitem flexibilidade, tanto do layout, como da programação desejada. Os fechamentos externos (Dorma), em divisórias retráteis de vidro incolor, permitem que as salas sejam ampliadas e se integrem aos ambientes externos.

 

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A área de lazer teve como foco de atuação os espaços livres, com algumas áreas de apoio, usadas para entretenimento. Interligando a sede do hotel à área de piscinas, o projeto respeitou a topografia do terreno.

 

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Por Marcela Millan
Imagens: Ana Mello

 

Gasto ZERO

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Edifício corporativo é autossuficiente em água e energia.

 

Em busca de um projeto corporativo saudável e sustentável, o arquiteto Gonzalo Serra valeu-se de diversas tecnologias para a concepção da sede da RAC Engenharia, localizada em Curitiba (PR). A empresa, com cerca de 30 funcionário – divididos em setor administrativo, engenharia, finanças e diretoria – contou com uma edificação de 836 m² que recebeu o selo LEED Platinum, com 97 pontos – a maior pontuação da América Latina. “A sede é o primeiro edifício corporativo NET Zero Água e Energia do Brasil. Isto é, toda a energia elétrica é gerada por placas fotovoltaicas implantadas na cobertura do edifício, atendendo a 100% dos equipamentos do escritório. Além disso, as águas pluviais e esgoto são tratados in loco, fazendo que o sistema hídrico funcione em um ciclo fechado, desconectado da rede de água convencional”, aponta Gonzalo Serra.

Autossuficiente em água e energia, a edificação é um ícone quando se fala de construção sustentável. Para se ter uma ideia, anualmente são gerados mais de 26 mil kW em energia, através de painéis fotovoltaicos que atendem a todas as demandas do espaço. “Algumas medidas também foram tomadas para reduzir o consumo de energia do edifício, como o uso de luz natural, de lâmpadas LED e a instalação de sensores fotométricos e de presença, além de um ar-condicionado super eficiente, que atua de acordo com a real carga térmica necessária em determinado momento”, explica o profissional. A água, por sua vez, é captada da chuva e resguardada em um reservatório de 5 mil litros para, depois, ser filtrada. A sede conta ainda com o próprio sistema de tratamento de esgoto.

 

“Todo o processo de projeto englobou um trabalho sinérgico de profissionais que conceberam um objeto construído inovador e de alto desempenho, através de simulações de computador e sua e posterior aplicação real dos melhores resultados” – Gonzalo Serra.

 

Concebido para que usufruísse do que há de melhor no mercado de sustentabilidade e conforto na construção civil, o projeto de Gonzalo Serra recebeu o LEED Platinum, com a maior pontuação da América Latina.

A sede da construtora ganhou estrutura de concreto aparente, em uma estética industrial. Na fachada de acesso, brises verticais foram instalados para controlar a incidência do sol nascente, especialmente no verão. 

Na fachada posterior, brises vegetais caducos permitem o controle da incidência solar. Gonzalo Serra optou pela folhagem de espécie ‘falsa-vinha’ que, ao crescer, tomará toda a estrutura. E escolha se deu porque a espécie se adapta às estações do ano, permitindo, através da podagem, controlar a densidade da planta e regular o conforto visual e térmico.

 

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Na recepção, o concreto se destaca, trazendo a estética da fachada para o interior do projeto. Ao fundo, o vidro acidato serve para conferir privacidade para a sala de reunião, mas sem abrir mão da luz natural indireta. O painel de madeira (Ambi Brasil), perfurado, auxilia no conforto acústico.

Para permitir um ambiente saudável para quem trabalha, a edificação contou com pátios descobertos, para os momentos de descompressão e lazer. O paisagismo e mobiliário de madeira trazem a natureza para mais perto.

Internamento, os ambientes prezam pela integração, criando uma permeabilidade visual e física. Como a solução gera grandes vazios, nuvens de forro acústico de gesso perfurado amenizam as reverberações e eco. Além delas, revestimentos de parede madeirados canaletados e grandes panos de tecido absortivo complementam o projeto. As mesas são da Cequipel e o ar condicionado Daikin mantém a temperatura agradável. 

 

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Detalhe da fachada em concreto, com placas fotovoltaicas (Canadian) responsáveis pela geração total de energia utilizada no edifício. O material, além de trazer a estética desejada, auxiliou no conforto termoacústico da construção.

O edifício se divide em um subsolo com estacionamento, térreo com área administrativa e serviço, mezanino de engenharia e um terceiro pavimento, para a diretoria e gerência. A construção conta ainda com um sistema próprio de captação e tratamento de água da chuva e esgoto.

 

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Por Marcela Milan
Imagens: Albufeira

Matéria e ESPÍRITO

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Tecnologia aplicada à atividade minerária apresenta ao público novos conceitos de sustentabilidade.

 

Elaborada pelo escritório Gustavo Penna Arquiteto & Associados para a Gerdau, a “Casa Sustentável” é a primeira residência construída a partir de coprodutos da operação de mineração. Com 45 m² e localizada em Ouro Branco, Minas Gerais, a construção trata-se de um projeto piloto e faz parte dos equipamentos de educação ambiental do Programa Gerdau Germinar, que apresenta novos conceitos de sustentabilidade aplicados à atividade minerária e ao conceito de economia circular na habitação. O projeto une sustentabilidade, educação e moradia, buscando a combinação ideal entre o design e o melhor aproveitamento dos recursos naturais. 

O projeto promove, além de baixo impacto ambiental, a diminuição do volume de rejeitos junto à natureza e evidencia a viabilidade econômica do aproveitamento de resíduos, temas de imprescindível importância para o setor da construção civil. Com 7 cômodos, a casa seguiu os pré-requisitos do programa federal “Minha casa, Minha vida”, integrando tecnologias ecologicamente corretas já existentes, oferecendo recursos e espaços conectados, como cozinha aberta, sala de estar que se integra com o jardim, sistema de aquecimento solar de água e energia eólica. Tecnologia sustentável que, aliada à processos construtivos planejados, encontra sua máxima no uso de materiais simples transformados pelo conhecimento.

 “A nossa CASA SUSTENTÁVEL é feita de matéria e de espírito.  A matéria-prima, os subprodutos inutilizados da atividade mineradora, é o principal componente: no uso ecologicamente adequado, aproveitamos suas qualidades e propriedades. Em espírito, a unidade de habitação pretende ser um lar, lugar que, mesmo em sua simplicidade, seja capaz de criar um senso de orgulho e autoestima”- Gustavo Penna.

A Casa conta com sistemas ecologicamente corretos e que já estão acessíveis no mercado, como aquecimento solar, a geração de energia, biodigestores, tanques de compostagem e captação de água pluvial.

A volumetria lúdica e dinâmica da casa desempenha um papel na sua funcionalidade: melhorar sua ventilação natural pela condução dos ventos, sombrear a fachada transparente e possibilitar interessantes combinações de montagem das unidades. O projeto prevê a implementação de painéis fotovoltaicos e turbina eólica.

 

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O Departamento de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Minas Gerais, em parceria com a Gerdau, desenvolveu a produção de blocos, piso drenante e argamassa a partir da pozolana – substância obtida do processamento dos rejeitos de minério de ferro – uma solução que pode transformar a gestão de resíduos da mineração no futuro. Além do valor de reciclagem e seus benefícios térmicos, o método representa uma nova forma de sustentabilidade social.

As paredes são autoportantes, usando tijolos de 19 x 39 cm. O telhado é leve, construído em chapa metálica ondulada suportada por perfis metálicos.  O layout programático possibilita futuras expansões.

 

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Por Redação
Imagens:  Jomar Bragança

Odair Senra é reeleito presidente do SindusCon-SP

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Diretoria do SindusCon-SP reelegeu Odair Senra para a Presidência.

 

Para um novo mandato de dois anos, a Diretoria do SindusCon-SP reelegeu Odair Senra para a Presidência e Eduardo Zaidan para a Vice-Presidência Administrativa e Financeira da entidade. Composta por 14 vice-presidentes, a Diretoria eleita tomou posse em 1º de janeiro. Pelo estatuto da entidade, este colegiado escolhe o presidente e o vice Administrativo e Financeiro. Senra e Zaidan foram eleitos por aclamação. O estatuto prevê que a reeleição consecutiva do presidente se dê apenas uma vez. Isto favorece a renovação constante da liderança do SindusCon-SP.

Também tomaram posse em 1º de janeiro, para um mandato de dois anos, os representantes à Fiesp e os 3 membros e 3 suplentes do Conselho Fiscal. Para um mandato de quatro anos, tomaram posse 12 dos 24 membros do Conselho Consultivo. Os 12 restantes, com dois anos de mandato, permanecem por mais dois anos. Desta forma, a cada biênio, metade do Conselho é renovada, mantendo-se uma continuidade em suas atividades.

 

 

Odair Senra
Presidente do SindusCon-SP, Odair Senra.

 

Sobre o SindusCon-SP

O SindusCon-SP é a maior associação de empresas da indústria da construção na América Latina. Congrega 850 construtoras associadas e representa as cerca de 50 mil empresas de construção residencial, industrial, comercial, obras de infraestrutura e habitação popular, localizadas no Estado de São Paulo. Tem sede na capital paulista, e representações em nove regionais e uma delegacia nos principais municípios do Interior. A construção paulista representa 27,6% da construção brasileira, que por sua vez equivale a 4% do PIB brasileiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: SindusCon-SP
Imagem: Divulgação SindusCon-SP.

Pegada de CARBONO, redução de impactos.

pegada de carbono

Saiba mais sobre a pegada de carbono na construção civil e como reduzi-la.

 

A construção civil é uma das áreas que mais contribui para a emissão de gases do efeito estufa, sendo praticamente protagonista no problema atual da pegada de carbono. A pegada de carbono é uma metodologia utilizada para calcular a emissão de gases do efeito estufa (GEE). Todos os gases nocivos ao planeta são convertidos em carbono equivalente. Os principais gases considerados para o cálculo são:

CO2 – Dióxido de Carbono: queima de combustíveis fósseis, desmatamentos e queimadas, transporte.

CH4 – Metano: agricultura, aterros sanitários e lixões.

N2O – Óxido Nitroso: combustão em carros, manutenção de solos agrícolas.

HFC – hidrofluorocarboneto: ar condicionado, refrigeração, retardadores de chamas, aerossóis e solventes.

PFC – perfluorocarbonetos: produção de alumínio.

SF6 – hexafluoreto de enxofre: equipamentos de eletricidade e energia.

 

Cada um desses gases possui um potencial diferente para aquecer a atmosfera. O Óxido Nitroso (N2O), por exemplo, é 310 vezes mais prejudicial que o dióxido de carbono. Isso significa que cada Kg de N2O equivale a 310 Kg de CO2. Dessa forma, utiliza-se o carbono como medida de grandeza para contabilizar esses gases.

O impacto ambiental causado por tais substâncias tem ganhado espaço na sociedade e na mídia. Diversos países se reúnem para discutir estratégias de redução de emissão de gases e assinam acordos de investimentos e comprometimento, como por exemplo o Acordo de Paris. 195 países assinaram o tratado mundial que objetiva conter o aquecimento global durante a COP21 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015), em Paris. As medidas e metas do tratado passaram a valer no ano passado (2020), cada país dentro de seu contexto de crescimento populacional e econômico.

Hoje, o Brasil ocupa o 15º lugar na classificação mundial de quantidade de emissões de CO2 por consumo de energia. Muitas indústrias vêm atuando na redução da pegada de carbono. Contudo, ainda contam com baixos resultados, atingindo somente 10% nas reduções. A meta brasileira corresponde a uma redução de 66% na emissão de gases do efeito estufa por unidade do PIB até 2025 e de 75% até 2030. Ambas em relação a 2005.

 

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Esquema de pegada de carbono por estado brasileiro. (2018)

 

Como a pegada de carbono é contabilizada

Diversas atividades do nosso cotidiano envolvem a emissão de gases poluentes. Boa parte dos alimentos que compramos chegou até o mercado pelo transporte de caminhões. Antes disso, ocupou terras de plantio ou de pasto. Tanto os caminhões quanto o desmatamento para agricultura e pecuária são atividades que aumentam os níveis de carbono na atmosfera. Para fazer a conta desses níveis é possível utilizar dois métodos: o ‘top down’ ou o ‘botton up’.

 

‘Top Down’:

Emissões totais ÷ Emissões = Atividades Geradoras.

De cima para baixo, divide o total de emissões de uma entidade (organização, cidade, país…) pelas suas atividades.

‘Bottom Up’:

Atividades Geradoras ÷ Emissões = Emissões totais

Nesse caso são somadas as emissões de carbono de cada uma das atividades individuais.

 

A quantificação da emissão de carbono é necessária para contabilizar reduções e seu possível valor de comercialização. Sim, o carbono pode ser comercializado. Você já ouviu falar em créditos de carbono? É basicamente uma moeda de troca que consiste na não emissão de dióxido de carbono.

Representa um mercado de créditos que são gerados tanto na base da não emissão de gases, como em ações que revertem o problema. Programas de plantio de árvores ou de geração de energia renovável são exemplos dessas ações. Esses créditos podem ser comercializados. Assim, países ou empresas que não conseguem cumprir suas metas de redução, podem adquirir créditos.

Utilizamos o termo “sequestro de carbono” para atividades que absorvem carbono da atmosfera. A maior e mais natural delas é o crescimento de florestas. Cada hectare de floresta em crescimento pode absorver de 150 a 200 toneladas de carbono. A compensação de carbono é a procura pelo contrapeso das emissões de determinada empresa ou país.

 

 

A Construção Civil e a Redução da Pegada de Carbono

Em um edifício, devemos considerar os efeitos da pegada de carbono em dois momentos: Durante o período de construção e ao longo dos anos de uso. Um bom projeto e gerenciamento de obra são fundamentais para otimizar o processo, não adianta projetar uma casa eficiente se não forem considerados materiais e técnicas em sua construção. A etapa da obra geralmente é quando se tem o maior impacto. Cada material da construção (revestimentos, iluminação, estrutura, tijolos, portas, janelas…) também passa por um processo de fabricação, por isso o momento de especifica-los é de imprescindível importância, assim como entender o impacto desse processamento no ciclo de vida do material.

No Brasil, por exemplo, a siderurgia responde por cerca de 35% das emissões de carbono do setor industrial. Enquanto isso, a produção de cimento corresponde por 19%. Contudo, o aço pode ser reciclado, já o cimento, não. Se não houver uma logística de reciclagem, é muito possível que a destinação final seja o aterro sanitário ou algum lixão. Ambos são grandes emissores de gás metano e dióxido de carbono, portanto, quanto menos processado for o material, melhor. Deve-se priorizar o uso de materiais naturais facilmente assimilados pelo ambiente. Os principais materiais que emitem gases de efeito estufa são: aço, cal e o cimento.

Além da escolha dos materiais, existem outras técnicas que abrangem a redução da pegada de carbono em uma edificação e colaboram para reduzir os impactos do edifício durante seu uso. Uso de energia renovável (solar, eólica…); elementos passivos para conforto térmico, como brises e ventilação natural; captação de água da chuva; tratamento de água quando possível; paisagismo com vegetação densa; medição para alcançar melhorias; direcionar resíduos de obra para reciclagem, compostagem ou outras obras., etc, são algumas estratégias para empreendimentos mais sustentáveis e menos poluentes. É fundamental promover pesquisas acerca de materiais e técnicas construtivas. Assim, garante-se uma evolução constante de eficiência e qualidade na construção civil.

Uma boa ferramenta para elaboração de projetos de baixo impacto é a  “Climate Positive Design”. Gratuita, ela permite que você simule o projeto com tipologias genéricas de plantas. Então, ela cria uma estimativa de quanto carbono foi poupado ou sequestrado com seu design.

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Fontes:

Ugreen: www.ugreen.com.br
Ministério do Meio ambiente: www.mma.gov.br
Ferramente Climate Positive Designclimatepositivedesign.com
Observatório do Clima: www.observatoriodoclima.eco.br

Imagens: Divulgação Ugreen